SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 43
ATENDENTE DE FARMÁCIA E DROGARIA




             Prof. LEONARDO DE SOUZA SILVA
                                           Farmacêutico-Bioquímico
          Mestrando em Imunologia e Parasitologia básicas e aplicadas
                                Especialista em Farmacologia Clínica
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

 é definida como a modificação do efeito de
  um fármaco ou medicamento pela presença
  prévia ou simultânea de outro(s) fármaco(s),
  substâncias fisiológicas, substâncias
  exógenas não medicamentos no organismo,
  droga, fitoterapia, alimento, bebida ou algum
  agente químico ambiental.

Adaptado de:   - Stocley’s drug interactions
               - Drug-drug interactions : scientific and regulatory perspectives,
               - Miyasaka LS, Atallah NA. Risk of drug interaction: combination of
               antidepressants and other drugsRev Saúde Publica 2003;
Segundo a RDC nº140,
29/05/2003 – que estabelece
regras de bulas

[...] “uma resposta farmacológica ou clínica,
   causada pela combinação de medicamento,
   diferente dos efeitos de dois medicamentos
   dados individualmente. O resultado final
   pode aumentar ou diminuir os efeitos
   desejados e/ou os eventos adversos.”
Interação medicamentosa é
benéfica ou nociva?
FONTE:      ROCHA,    J.     Interações
Medicamentosas. Universidade Nove de
Julho
Fatores que interferem ou
causam as interações
Tipos de interações
         medicamentosas
(Quanto ao mecanismo de ação)
 Farmacêuticas ou físico-químicas
   incompatibilidades


 Farmacocinéticas


 Farmacodinâmicas
Tipos de interações
         medicamentosas
FARMACÊUTICAS OU FÍSICO-QUÍMICAS
 Acontecem fora do organismo, ex. seringa,
  copo-medida
 incompatibilidades
Tipos de interações
         medicamentosas
FARMACÊUTICAS OU FÍSICO-QUÍMICAS
 Há uma reação química, formando um
  substância química diferente das originais

 pH é um fator que desencadeia
  incompatibilidade
Aspecto útil da interação
físico-química
Tipos de interações
              medicamentosas




Fonte: DESTRUTI, A.B.C.B. Interações medicamentosas. São Paulo: Editora Senac, 1995.
Tipos de interações
              medicamentosas




Fonte: DESTRUTI, A.B.C.B. Interações medicamentosas. São Paulo: Editora Senac, 1995.
Tipos de interações
       medicamentosas

FARMACOCINÉTICAS
 Absorção
 Distribuição
 Metabolismo
 Eliminação
Tipos de interações
         medicamentosas
FARMACOCINÉTICA (Absorção)
 Alteração do pH gastrintestinal


 Presença de mecanismos de adsorção,
  quelação ou complexação

 Mudanças na motilidade gastrintestinal
Tipos de interações
         medicamentosas
FARMACOCINÉTICA (Distribuição)
 Ligação a proteínas plasmáticas
   Fármacos ácidos  ALBUMINA
   Fármacos básicos  lipoproteínas α-glicoproteína


  Ex. Fenilbutazona + varfarina (ALBUMINA)
    deslocamento da varfarina
Tipos de interações
         medicamentosas
FARMACOCINÉTICA (Distribuição)
 Alteração no fluxo sanguíneo


Ex. Propranolol promove o aumento do fluxo
  sanguíneo do trato digestório = aumento
  absorção

 Ligação a proteínas teciduais
   Digoxina liga-se a proteínas do músculo
    esquelético.
Tipos de interações
         medicamentosas
FARMACOCINÉTICA (Metabolismo)

 CYP 450



 Indução ou inibição enzimática
Fonte: Stockley’s Drug
  Interactions, 8th edition
Fonte: Stockley’s Drug Interactions, 8th edition
Tipos de interações
          medicamentosas
FARMACOCINÉTICA (Eliminação)
 Mudança no pH da urina
   Barbitúricos(ácido) + NaHCO3 = alcalinização da
    urina, aumento excreção dos barbitúricos


 Mudanças na secreção tubular
   Probenecida + penicilina (diminui excreção)


 Mudanças no fluxo sanguíneo renal
Tipos de interações
          medicamentosas
FARMACODINÂMICA
 Sinergismo
   Paracetamol + dipirona sódica
   Benzodiazepínicos + álcool
 Antagonismo
   Atenolol + Xantinas (aminofilina, bamifilina,
    teofilina)
 Fonte:
  Stockley’s
  Drug
  Interactions,
  8th edition
 Fonte: Stockley’s Drug Interactions, 8th edition
REAÇÕES ADVERSAS
REAÇÕES ADVERSAS

 é    qualquer resposta prejudicial ou
  indesejável, não intencional, a um
  medicamento, que ocorre nas doses
  usualmente empregadas no homem para
  profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou
  para a modificação de funções fisiológicas
  (ANVISA, 2011)
REAÇÕES ADVERSAS

 “reação nociva e não-intencional (...), que
  ocorre em doses normalmente usadas no
  homem para profilaxia, diagnóstico, terapia
  da doença ou para a modificação de funções
  fisiológicas”
(OMS, 2002)
DEFINIÇÕES IMPORTANTES

 Reações adversas, doença iatrogênica, efeito
  adverso, efeito indesejável


                     ≠
 Efeito colateral (do inglês: SIDE EFFECT) –
  pode ser benéfico ou indiferente e não
  necessariamente indesejável
Medicamentos isento de
prescrição
 Antiácidos: RAM  náuseas,
  vômitos, constipação intestinal
  (“prisão de ventre”)

 Naproxeno, ibuprofeno: RAM 
  zumbido no ouvido, cefaléia,
  tontura, vertigem, diarreia,
  sonolência, prurido, alterações da
  visão, dor abdominal
Medicamentos isentos de
prescrição
 Simeticona / dimeticona: RAM
  constipação intestinal (“prisão de
  ventre”)
      Dimenidrinato: RAM  sonolência,
            sedação, insônia, tontura, visão
                  borrada, retenção urinária
 Dipirona: RAM  ras cutâneo, reações
  anafiláticas, broncoespasmo, pressão
  baixa transitória
Medicamentos isentos de
prescrição
 Nafazolina: RAM palpitação, pressão alta
  transitória, taquicardia, urticária, náusea,
  fraqueza, sensação de queda iminente,
  tontura, suores




 Ambroxol: RAM má digestão, náusea,
  queimação no estômago
Urticária aguda
medicamentosa
              Dipirona sódica;
              Penicilinas;
Reação no músculo deltóide
     a um medicamento IM


Ex. diclofenaco
Síndrome de Stevens-Johnson
ex. carbamazepina, fluoxetina, dipirona sódica
Necrólise epidérmica
 tóxica ou Síndrome de
          Lyell
    ex. benzodiazepínicos,
zidovudina, amoxicilina, AINEs
   (piroxicam, meloxicam),
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS RAMs

 1. Suspensão da administração do
  medicamento, temporária ou definitivamente;
 2. Redução da dose;
 3. Administração de outros medicamentos ou
  medidas terapêuticas que reduzam ou anulem
  os efeitos adversos;
 4. Acelerar a eliminação do medicamento
  administrando um seqüestrante como as resinas
  catiônicas, ou um adsorvente como o carvão
  ativado, aumentando-se a diurese, alterando-se
  o pH urinário, etc.
 5. Tratamento dos sinais e sintomas provocados
  pelo medicamento;
 6. Submeter o paciente a hemodiálise ou diálise
  peritoneal;
 7. Administração de um antagonista específico,
  quando for o caso;
 8. Administrar medidas gerais de suporte
  (corrigir pH sangüíneo, eletrólitos, volume
  plasmático, etc.) para manter um sinal vital

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

7ª aula classes de medicamentos
7ª aula   classes de medicamentos7ª aula   classes de medicamentos
7ª aula classes de medicamentos
 
Medicamentos
MedicamentosMedicamentos
Medicamentos
 
aula 8 - CF2
aula 8 - CF2aula 8 - CF2
aula 8 - CF2
 
INTERAÇ
INTERAÇINTERAÇ
INTERAÇ
 
Analgésicos
AnalgésicosAnalgésicos
Analgésicos
 
04 atendente de farmácia (classificação de medicamentos)
04   atendente de farmácia (classificação de medicamentos)04   atendente de farmácia (classificação de medicamentos)
04 atendente de farmácia (classificação de medicamentos)
 
Noções de farmacologia
Noções de farmacologiaNoções de farmacologia
Noções de farmacologia
 
Apostila de farmacologia 1
Apostila de farmacologia 1Apostila de farmacologia 1
Apostila de farmacologia 1
 
5. sistema nervoso
5. sistema nervoso5. sistema nervoso
5. sistema nervoso
 
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
Aula 04   farmacologia - prof. clara motaAula 04   farmacologia - prof. clara mota
Aula 04 farmacologia - prof. clara mota
 
Farmacologia aula-1
Farmacologia aula-1Farmacologia aula-1
Farmacologia aula-1
 
Anticonvulsivantes
AnticonvulsivantesAnticonvulsivantes
Anticonvulsivantes
 
Farmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagemFarmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagem
 
Farmacodinâmica
FarmacodinâmicaFarmacodinâmica
Farmacodinâmica
 
Farmacologia das drogas do snc
Farmacologia das drogas do sncFarmacologia das drogas do snc
Farmacologia das drogas do snc
 
FarmacocinéTica
FarmacocinéTicaFarmacocinéTica
FarmacocinéTica
 
Farmacologia digestório
Farmacologia digestórioFarmacologia digestório
Farmacologia digestório
 
Aula farmacocinética 1
Aula farmacocinética 1Aula farmacocinética 1
Aula farmacocinética 1
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivos
 
Espectro agonista-antagonista
Espectro agonista-antagonistaEspectro agonista-antagonista
Espectro agonista-antagonista
 

Semelhante a Interações e reações adversas de medicamentos

Interações e efeito adverso galeno
Interações e efeito adverso galenoInterações e efeito adverso galeno
Interações e efeito adverso galenoLeonardo Souza
 
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdf
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdfWebpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdf
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdfFabianaAlessandro2
 
AULA REVISANDO HOJE.ppt
AULA REVISANDO HOJE.pptAULA REVISANDO HOJE.ppt
AULA REVISANDO HOJE.pptSuaMeKksh
 
INTRODUCAO A FARMACOLOGIA ENFERMAGEM.pdf
INTRODUCAO A FARMACOLOGIA ENFERMAGEM.pdfINTRODUCAO A FARMACOLOGIA ENFERMAGEM.pdf
INTRODUCAO A FARMACOLOGIA ENFERMAGEM.pdfRaquel Souza
 
Grandes sindromes geriatricas
Grandes sindromes geriatricasGrandes sindromes geriatricas
Grandes sindromes geriatricasSilvano de Souza
 
Atendente de Farmácia - interações medicamentosas
Atendente de Farmácia - interações medicamentosasAtendente de Farmácia - interações medicamentosas
Atendente de Farmácia - interações medicamentosasLuis Antonio Cezar Junior
 
Aula1 farmacologia de eicosanoides
Aula1 farmacologia de eicosanoidesAula1 farmacologia de eicosanoides
Aula1 farmacologia de eicosanoidesKaren Ferreira
 
aula17-interaesmedicamentosas-160819110920.pdf
aula17-interaesmedicamentosas-160819110920.pdfaula17-interaesmedicamentosas-160819110920.pdf
aula17-interaesmedicamentosas-160819110920.pdfProfYasminBlanco
 
FARMACOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS.ppt
FARMACOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS.pptFARMACOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS.ppt
FARMACOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS.pptCarolLima87568
 
MedResumos 2013 - Introduçao à farmacologia
MedResumos 2013   - Introduçao à farmacologiaMedResumos 2013   - Introduçao à farmacologia
MedResumos 2013 - Introduçao à farmacologiaMaiara Lima
 
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2Marcelo Zanotti da Silva
 
Aula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagemAula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagemNito Joao Sunde
 

Semelhante a Interações e reações adversas de medicamentos (20)

Interações e efeito adverso galeno
Interações e efeito adverso galenoInterações e efeito adverso galeno
Interações e efeito adverso galeno
 
5ª INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA.ppt
5ª INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA.ppt5ª INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA.ppt
5ª INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA.ppt
 
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdf
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdfWebpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdf
Webpalestra_InteraçãoMedicamentosa.pdf
 
AULA REVISANDO HOJE.ppt
AULA REVISANDO HOJE.pptAULA REVISANDO HOJE.ppt
AULA REVISANDO HOJE.ppt
 
INTRODUCAO A FARMACOLOGIA ENFERMAGEM.pdf
INTRODUCAO A FARMACOLOGIA ENFERMAGEM.pdfINTRODUCAO A FARMACOLOGIA ENFERMAGEM.pdf
INTRODUCAO A FARMACOLOGIA ENFERMAGEM.pdf
 
30351329 - Interacao - Medicamentosas.ppt
30351329 - Interacao - Medicamentosas.ppt30351329 - Interacao - Medicamentosas.ppt
30351329 - Interacao - Medicamentosas.ppt
 
Grandes sindromes geriatricas
Grandes sindromes geriatricasGrandes sindromes geriatricas
Grandes sindromes geriatricas
 
aula 1 - conceitos.pptx
aula 1 - conceitos.pptxaula 1 - conceitos.pptx
aula 1 - conceitos.pptx
 
Atendente de Farmácia - interações medicamentosas
Atendente de Farmácia - interações medicamentosasAtendente de Farmácia - interações medicamentosas
Atendente de Farmácia - interações medicamentosas
 
Aula1 farmacologia de eicosanoides
Aula1 farmacologia de eicosanoidesAula1 farmacologia de eicosanoides
Aula1 farmacologia de eicosanoides
 
aula17-interaesmedicamentosas-160819110920.pdf
aula17-interaesmedicamentosas-160819110920.pdfaula17-interaesmedicamentosas-160819110920.pdf
aula17-interaesmedicamentosas-160819110920.pdf
 
FARMACOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS.ppt
FARMACOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS.pptFARMACOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS.ppt
FARMACOLOGIA - CONCEITOS INICIAIS.ppt
 
Idoso medicação
Idoso medicaçãoIdoso medicação
Idoso medicação
 
Aula 2.ppt
Aula 2.pptAula 2.ppt
Aula 2.ppt
 
MedResumos 2013 - Introduçao à farmacologia
MedResumos 2013   - Introduçao à farmacologiaMedResumos 2013   - Introduçao à farmacologia
MedResumos 2013 - Introduçao à farmacologia
 
Infa09
Infa09Infa09
Infa09
 
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
[Instituto Interage - Curso de Psicofarmacologia] Aula 1/2
 
Slide 13 out 2019
Slide 13 out 2019Slide 13 out 2019
Slide 13 out 2019
 
2. administração de fármacos
2. administração de fármacos2. administração de fármacos
2. administração de fármacos
 
Aula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagemAula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagem
 

Mais de Leonardo Souza

Farmacologia Respiratória
Farmacologia RespiratóriaFarmacologia Respiratória
Farmacologia RespiratóriaLeonardo Souza
 
Farmacocinética galeno
Farmacocinética galenoFarmacocinética galeno
Farmacocinética galenoLeonardo Souza
 
Farmacodinâmica galeno
Farmacodinâmica galenoFarmacodinâmica galeno
Farmacodinâmica galenoLeonardo Souza
 
Noções de legislação farmacêutica
Noções de legislação farmacêuticaNoções de legislação farmacêutica
Noções de legislação farmacêuticaLeonardo Souza
 
Principios do atendimento farmácia e drogaria
Principios do atendimento farmácia e drogariaPrincipios do atendimento farmácia e drogaria
Principios do atendimento farmácia e drogariaLeonardo Souza
 
Farmacologia: Diabetes mellitus
Farmacologia: Diabetes mellitusFarmacologia: Diabetes mellitus
Farmacologia: Diabetes mellitusLeonardo Souza
 
medicamentos cardiovasculares
medicamentos cardiovascularesmedicamentos cardiovasculares
medicamentos cardiovascularesLeonardo Souza
 
Medicamentos que atuam no sistema digestório
Medicamentos que atuam no sistema digestórioMedicamentos que atuam no sistema digestório
Medicamentos que atuam no sistema digestórioLeonardo Souza
 
Farmacoterapia aplicada a algumas doenças parasitológicas
Farmacoterapia aplicada  a algumas doenças parasitológicasFarmacoterapia aplicada  a algumas doenças parasitológicas
Farmacoterapia aplicada a algumas doenças parasitológicasLeonardo Souza
 
Cepss reprodutor humano
Cepss reprodutor humanoCepss reprodutor humano
Cepss reprodutor humanoLeonardo Souza
 

Mais de Leonardo Souza (20)

Farmacologia Respiratória
Farmacologia RespiratóriaFarmacologia Respiratória
Farmacologia Respiratória
 
Farmacocinética galeno
Farmacocinética galenoFarmacocinética galeno
Farmacocinética galeno
 
Farmacodinâmica galeno
Farmacodinâmica galenoFarmacodinâmica galeno
Farmacodinâmica galeno
 
Noções de legislação farmacêutica
Noções de legislação farmacêuticaNoções de legislação farmacêutica
Noções de legislação farmacêutica
 
Anti histamínicos
Anti histamínicosAnti histamínicos
Anti histamínicos
 
Antifúngicos
AntifúngicosAntifúngicos
Antifúngicos
 
Principios do atendimento farmácia e drogaria
Principios do atendimento farmácia e drogariaPrincipios do atendimento farmácia e drogaria
Principios do atendimento farmácia e drogaria
 
Contraceptivos
ContraceptivosContraceptivos
Contraceptivos
 
Sistema urinário
Sistema urinárioSistema urinário
Sistema urinário
 
Farmacologia: Diabetes mellitus
Farmacologia: Diabetes mellitusFarmacologia: Diabetes mellitus
Farmacologia: Diabetes mellitus
 
medicamentos cardiovasculares
medicamentos cardiovascularesmedicamentos cardiovasculares
medicamentos cardiovasculares
 
Medicamentos que atuam no sistema digestório
Medicamentos que atuam no sistema digestórioMedicamentos que atuam no sistema digestório
Medicamentos que atuam no sistema digestório
 
Farmacoterapia aplicada a algumas doenças parasitológicas
Farmacoterapia aplicada  a algumas doenças parasitológicasFarmacoterapia aplicada  a algumas doenças parasitológicas
Farmacoterapia aplicada a algumas doenças parasitológicas
 
Parasitas
ParasitasParasitas
Parasitas
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Cepss reprodutor humano
Cepss reprodutor humanoCepss reprodutor humano
Cepss reprodutor humano
 
Cepss nervoso
Cepss nervosoCepss nervoso
Cepss nervoso
 
Cepss digestório
Cepss digestórioCepss digestório
Cepss digestório
 
Cepss respiratório
Cepss respiratórioCepss respiratório
Cepss respiratório
 
Cepss imunológico
Cepss imunológicoCepss imunológico
Cepss imunológico
 

Último

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 

Último (8)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 

Interações e reações adversas de medicamentos

  • 1. ATENDENTE DE FARMÁCIA E DROGARIA Prof. LEONARDO DE SOUZA SILVA Farmacêutico-Bioquímico Mestrando em Imunologia e Parasitologia básicas e aplicadas Especialista em Farmacologia Clínica
  • 2.
  • 3. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  é definida como a modificação do efeito de um fármaco ou medicamento pela presença prévia ou simultânea de outro(s) fármaco(s), substâncias fisiológicas, substâncias exógenas não medicamentos no organismo, droga, fitoterapia, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Adaptado de: - Stocley’s drug interactions - Drug-drug interactions : scientific and regulatory perspectives, - Miyasaka LS, Atallah NA. Risk of drug interaction: combination of antidepressants and other drugsRev Saúde Publica 2003;
  • 4. Segundo a RDC nº140, 29/05/2003 – que estabelece regras de bulas [...] “uma resposta farmacológica ou clínica, causada pela combinação de medicamento, diferente dos efeitos de dois medicamentos dados individualmente. O resultado final pode aumentar ou diminuir os efeitos desejados e/ou os eventos adversos.”
  • 6. FONTE: ROCHA, J. Interações Medicamentosas. Universidade Nove de Julho
  • 7. Fatores que interferem ou causam as interações
  • 8. Tipos de interações medicamentosas (Quanto ao mecanismo de ação)  Farmacêuticas ou físico-químicas  incompatibilidades  Farmacocinéticas  Farmacodinâmicas
  • 9. Tipos de interações medicamentosas FARMACÊUTICAS OU FÍSICO-QUÍMICAS  Acontecem fora do organismo, ex. seringa, copo-medida  incompatibilidades
  • 10. Tipos de interações medicamentosas FARMACÊUTICAS OU FÍSICO-QUÍMICAS  Há uma reação química, formando um substância química diferente das originais  pH é um fator que desencadeia incompatibilidade
  • 11. Aspecto útil da interação físico-química
  • 12. Tipos de interações medicamentosas Fonte: DESTRUTI, A.B.C.B. Interações medicamentosas. São Paulo: Editora Senac, 1995.
  • 13. Tipos de interações medicamentosas Fonte: DESTRUTI, A.B.C.B. Interações medicamentosas. São Paulo: Editora Senac, 1995.
  • 14.
  • 15. Tipos de interações medicamentosas FARMACOCINÉTICAS  Absorção  Distribuição  Metabolismo  Eliminação
  • 16. Tipos de interações medicamentosas FARMACOCINÉTICA (Absorção)  Alteração do pH gastrintestinal  Presença de mecanismos de adsorção, quelação ou complexação  Mudanças na motilidade gastrintestinal
  • 17.
  • 18.
  • 19. Tipos de interações medicamentosas FARMACOCINÉTICA (Distribuição)  Ligação a proteínas plasmáticas  Fármacos ácidos  ALBUMINA  Fármacos básicos  lipoproteínas α-glicoproteína Ex. Fenilbutazona + varfarina (ALBUMINA) deslocamento da varfarina
  • 20. Tipos de interações medicamentosas FARMACOCINÉTICA (Distribuição)  Alteração no fluxo sanguíneo Ex. Propranolol promove o aumento do fluxo sanguíneo do trato digestório = aumento absorção  Ligação a proteínas teciduais  Digoxina liga-se a proteínas do músculo esquelético.
  • 21. Tipos de interações medicamentosas FARMACOCINÉTICA (Metabolismo)  CYP 450  Indução ou inibição enzimática
  • 22. Fonte: Stockley’s Drug Interactions, 8th edition
  • 23. Fonte: Stockley’s Drug Interactions, 8th edition
  • 24. Tipos de interações medicamentosas FARMACOCINÉTICA (Eliminação)  Mudança no pH da urina  Barbitúricos(ácido) + NaHCO3 = alcalinização da urina, aumento excreção dos barbitúricos  Mudanças na secreção tubular  Probenecida + penicilina (diminui excreção)  Mudanças no fluxo sanguíneo renal
  • 25. Tipos de interações medicamentosas FARMACODINÂMICA  Sinergismo  Paracetamol + dipirona sódica  Benzodiazepínicos + álcool  Antagonismo  Atenolol + Xantinas (aminofilina, bamifilina, teofilina)
  • 26.  Fonte: Stockley’s Drug Interactions, 8th edition
  • 27.  Fonte: Stockley’s Drug Interactions, 8th edition
  • 29.
  • 30. REAÇÕES ADVERSAS  é qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento, que ocorre nas doses usualmente empregadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas (ANVISA, 2011)
  • 31. REAÇÕES ADVERSAS  “reação nociva e não-intencional (...), que ocorre em doses normalmente usadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas” (OMS, 2002)
  • 32. DEFINIÇÕES IMPORTANTES  Reações adversas, doença iatrogênica, efeito adverso, efeito indesejável ≠  Efeito colateral (do inglês: SIDE EFFECT) – pode ser benéfico ou indiferente e não necessariamente indesejável
  • 33.
  • 34.
  • 35. Medicamentos isento de prescrição  Antiácidos: RAM  náuseas, vômitos, constipação intestinal (“prisão de ventre”)  Naproxeno, ibuprofeno: RAM  zumbido no ouvido, cefaléia, tontura, vertigem, diarreia, sonolência, prurido, alterações da visão, dor abdominal
  • 36. Medicamentos isentos de prescrição  Simeticona / dimeticona: RAM constipação intestinal (“prisão de ventre”)  Dimenidrinato: RAM  sonolência, sedação, insônia, tontura, visão borrada, retenção urinária  Dipirona: RAM  ras cutâneo, reações anafiláticas, broncoespasmo, pressão baixa transitória
  • 37. Medicamentos isentos de prescrição  Nafazolina: RAM palpitação, pressão alta transitória, taquicardia, urticária, náusea, fraqueza, sensação de queda iminente, tontura, suores  Ambroxol: RAM má digestão, náusea, queimação no estômago
  • 38. Urticária aguda medicamentosa  Dipirona sódica;  Penicilinas;
  • 39. Reação no músculo deltóide a um medicamento IM Ex. diclofenaco
  • 40. Síndrome de Stevens-Johnson ex. carbamazepina, fluoxetina, dipirona sódica
  • 41. Necrólise epidérmica tóxica ou Síndrome de Lyell ex. benzodiazepínicos, zidovudina, amoxicilina, AINEs (piroxicam, meloxicam),
  • 42. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS RAMs  1. Suspensão da administração do medicamento, temporária ou definitivamente;  2. Redução da dose;  3. Administração de outros medicamentos ou medidas terapêuticas que reduzam ou anulem os efeitos adversos;  4. Acelerar a eliminação do medicamento administrando um seqüestrante como as resinas catiônicas, ou um adsorvente como o carvão ativado, aumentando-se a diurese, alterando-se o pH urinário, etc.
  • 43.  5. Tratamento dos sinais e sintomas provocados pelo medicamento;  6. Submeter o paciente a hemodiálise ou diálise peritoneal;  7. Administração de um antagonista específico, quando for o caso;  8. Administrar medidas gerais de suporte (corrigir pH sangüíneo, eletrólitos, volume plasmático, etc.) para manter um sinal vital