2. Sumário
• Pesquisa clínica
• Fases da pesquisa clínica
• Contract research operations (CRO)
• Principais multinacionais CROs
• Serviços oferecidos por um CRO
• Pesquisa clínica na América Latina
• Partes envolvidas numa pesquisa clínica
• Divisão de responsabilidades em pesquisa clínica
• Principais documentos
• Principais legislações Brasileiras
• Principais deficiências apontadas pelo FDA
• Referências
3. Pesquisa clínica
• Estudo sistemático de medicamentos/ devices em voluntários humanos;
• Segue estritamente diretrizes do método científico;
• Finalidade: descobrir/confirmar efeitos e/ou identificar reações adversas
do produto investigado bem como estudar farmacocinética de
ingredientes ativos estabelecendo sua eficácia e segurança;
• Demonstrar eficácia e segurança de um medicamento/produto (e.g.
aprovação comercial, nova indicação) a agencias regulatórias;
• Eficácia e segurança demonstrada por meio de ensaios clínicos
controlados;
• Padrão nacional e internacional harmonizado (GCP-ICH);
• Segue o princípio ético e científico
(Declaração de direitos humanos de Helsinki);
• Gera bilhões de dólares no mundo.
4. Pesquisa Clínica
• Segue rigidamente normas definidas no protocolo de pesquisa;
• Protocolo deve conter:
- Descrição completa da pesquisa a ser realizada;
- Objetivos claramente definidos;
- Métodos utilizados;
- Procedimentos que pacientes serão submetidos;
- Proposta para análise dos dados do estudo;
- Qualificações de investigadores em cada centro de estudo;
• Importante: perfil do sujeito/paciente submetido a pesquisa:
- Portador de alguma doença;
- Estágio da doença a ser estudado;
- Faixa etária.
6. Fases da pesquisa clínica
• Estágio 1: Descobrimento da molécula;
• Estágio 2: Estudo pré-clínico (testes in-silico, in-vitro, Ex-vivo, animais;
• Estágio 3: Estudos clínicos (Fases I, II, III e IV);
• Fase I:
• Primeira vez usado em humanos (20-100);
• Indivíduo saudável sem a doença onde medicamento é estudada;
• Diferentes vias de administração, doses;
• Testes inicias de segurança;
• Interação com outras drogas e álcool;
7. Fases da pesquisa clínica
• Fase II:
• 100 – 300 indivíduos que têm a doença ou condição onde o
medicamento é estudado;
• Obtenção de mais dados de segurança;
• Inicia-se avaliação de eficácia do medicamento/procedimento;
• Diferentes dosagens são avaliadas;
• Avaliação de diferentes indicações do novo medicamento;
• Estudo piloto.
8. Fases da pesquisa clínica
• Fase III:
• 300 – 3000 indivíduos com a doença em questão;
• Estudos multicêntricos, período prolongado;
• Segurança;
• Eficácia;
• Interação de drogas;
• Comparar estudos do tratamento habitual (ou placebo) com
tratamento alternativo;
• Fornece informações para elaboração do rótulo e bula da nova droga;
• Análises de dados nessa fase pode levar ao registro e aprovação para
uso comercial ou procedimento pelas autoridades regulatórias.
9. Fases da pesquisa clínica
• Fase IV:
• Testes de acompanhamento elaborados e implementados em
milhares de pessoas;
• Fornece conhecimentos/detalhes adicionais sobre segurança e
eficácia;
• Conhecida como estudo pós-marketing:
• Indivíduos de vários grupos raciais e etários estudados;
• Detecção/avaliação de efeitos colaterais previamente
desconhecidos/inadequadamente qualificados;
• Detecção/avaliação de fatores de risco relacionados.
10. Contract Research Operations (CRO)
• Contratada pelo sponsor para conduzir/gerenciar várias etapas no
desenvolvimento de uma droga/ devices (inclui estudos pré-clínicos);
• Pequeno grupo de multinacionais representa 50% mundial da receita
gerada (PPD, Parexel, Quintiles, Covance, Icon;
• Demais empresas, pequenas e médias CROs ofertam serviços nicho numa
delimitada região geográfica ( Intrials ), estado específico de uma doença
ou modelo terapêutico;
11. Contract Research Operations (CRO)
• Potencial vantagens de contratar uma CRO
• Redução:
• Tempo para desenvolvimento e comercialização de uma droga;
• Custo fixo para o sponsor associado aos pesquisadores,
equipamentos e instalações necessárias para o projeto;
• Fornece:
• Acesso rápido a especialistas no assunto e/ou tecnologia;
• Acesso maior a potenciais investigadores;
• Conhecimento regulatório de mercados estrangeiros;
• Riscos:
• Geralmente associado a redução de controle do processo de pesquisa
pelo sponsor
• Atrasos em finalizar o estudo;
• Perda ou dados inválidos (qualidade pobre);
• Infrações regulatórias.
13. Serviços oferecidos por um CRO
• Varia dependendo da organização:
• Qualificação e seleção de centros de estudos;
• Assuntos regulatórios;
• Garantia de qualidade & compliance;
• Gerenciamento de projetos;
• Monitoria de pesquisa clínica;
• Revisão/preparação de SOPs
• Marketing de produtos e vendas;
• Execução de testes clínicos;
• Medical writing;
• Suprimentos clínicos;
• Comunicação médica;
• E mais.....
14. Pesquisa clínica na América Latina
• Vantagens:
• Grande população (> 500 milhão);
• População multiétnica;
• Baixa densidade de centros de pesquisa;
• 2 línguas oficiais;
• Investigadores qualificados e comprometidos com bioética e GCP;
• Estações opostas do hemisfério Norte;
• Fatores a se analisar:
• Legislação regulatória complexa (há progresso na área);
• Dificuldade em obter fundos;
• Competição com o leste Europeu & Ásia (custo mais acessível);
• Aumento de custos na região;
15. Partes envolvidas numa pesquisa
clínica
Sponsor CRO Investigador
Instituição
Serviços Voluntário
16. Divisão de responsabilidades em
pesquisa clínica
• Investigador principal:
• Qualificado, recursos adequados;
• Responsável pela obtenção do consenso informado;
• Esclarecer dúvidas do sujeito, responsável por todas decisões médicas;
• Comunicação ao comitê de ética e pesquisa (CEP);
• Conhecer e obedecer normas GCP e exigências regulatórias;
• Coordenador:
• Informar ao investigador ocorrência de erros;
• Relatar se eventos adversos (AEs) são relatados no prazo;
• Comunicar desvios;
• Informar investigador sobre erros, omissões ou ilegibilidade;
• Sujeitos de pesquisa:
• Termo de consentimento de livre e esclarecido (TCLE) deve conter
responsabilidades do sujeito quanto a:
• Informar ao médico tratamentos e doenças pré-existentes;
• Utilizar medicação de estudo de acordo com o orientado;
• Retornar medicação não usada e lacrada para contabilidade;
• Comunicar qualquer evento ou sintoma.
17. Divisão de responsabilidades em
pesquisa clínica
• Sponsor:
• Implementação e manutenção da garantia de qualidade;
• Reter documentos específicos do patrocinador referente ao estudo;
• Pode transferir as tarefas do estudo para uma organização
representativa de pesquisa clínica (ORPC) mas responsabilidade final
de qualidade e integridade dos dados é do patrocinador;
• Designa uma equipe qualificada para o projeto durante todos os
estágios até o fechamento dos dados;
18. Divisão de responsabilidades em
pesquisa clínica
• Monitor:
• Monitorar estudos clínicos fases I a IV e epidemiológicos;
• Principal contato entre sponsor e equipe de estudos;
• Supervisionar e monitorar o cumprimento do protocolo;
• Validar resultados finais garantido ética e qualidade;
• Elaborar/organizar documentação interna referente a relatórios de
farmacovigilância/Anvisa;
• Suporte na elaboração de dossiês regulatórios de aprovação de
pesquisa clínica como CEP, CONEP, ANVISA;
• Solicitar, controlar e enviar medicação e material de estudos aos
centros de pesquisa;
• Planejamento e execução de visitas aos
centros de estudos.
19. Principais documentos
• Acordo de confidencialidade:
• Documento assinado pelo investigador e patrocinador;
• Previne contra divulgação a indivíduos não autorizados das informações de propriedade ou
identidade de um sujeito a pesquisa;
• Brochura do investigador:
• Compilação dos dados clínicos e não clínicos dos produtos em investigação;
• Protocolo:
• Descreve os objetivos, desenho, metodologia, considerações estatísticas e procedimentos de um
estudo;
• Emenda:
• Descrição de alterações ou esclarecimentos ao protocolo;
• Termo de consentimento (TCLE):
• Documenta o processo no qual o sujeito confirma voluntariamente participação na pesquisa;
• Ficha clínica (CRF):
• Documento impresso ou eletrônico destinado a registrar todas as informações requeridas pelo
protocolo a serem relatadas ao patrocinador, sobre cada sujeito de estudo;
• POPs:
• Instruções detalhadas por escrito para obtenção de uniformidade de desempenho relativo a uma
função específica.
21. Principais deficiências apontadas pelo
FDA
• Dificuldade na obtenção dos dados-fonte;
• Problemas com TCLE;
• Não aprovação do estudo pelas Autoridades aplicáveis;
• Falha na notificação das alterações às Autoridades aplicáveis;
• Inadequada contabilização dos medicamentos;
• Falha na aderência ao protocolo pela equipe do estudo;
• Dados inadequados e não precisos;
• Lista de participantes do estudo/ assinaturas inapropriada;
• Pagamento inapropriado a voluntários;
• Problemas no relato dos Eventos Adversos/ prazos de comunicação.