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QUAIS TESTES PRÉ-CLÍNICOS SÃO 
EXIGIDOS PELAS AGÊNCIAS 
REGULATÓRIAS 
PARA REGISTRO DE PRODUTOS 
QUÍMICOS E BIOLÓGICOS? 
Maria Lucia Zaidan Dagli 
22 set 2014 
SUPERNOVA
Sequência de produção de fármacos e 
medicamentos 
• Fase química: isolar novas substâncias a partir de produtos naturais, síntese 
química ou processos biotecnológicos; 
• Fase biológica: verificar o potencial terapêutico para submetê-la a testes 
farmacológicos, toxicológicos, bioquímicos e microbiológicos; 
• Fase clínica: o novo fármaco é testado e se verifica sua eficácia e efeitos colaterais. 
Nesta fase (varia de 9 a 12 anos), em média são testadas 10.000 moléculas para 
originar um único medicamento tecnicamente viável; fase galênica: análise das 
características da substância em termos de composição, pureza, estabilidade ao 
longo do tempo, quando químicos e engenheiros constroem planta piloto com 
requisitos técnicos e de ordem econômica, como a minimização do custo. 
Nos dois primeiros estágios está o núcleo do conhecimento tecno-científico de 
natureza químico-farmacêutica, concentrando a maior parte das dificuldades da 
produção de um medicamento. Os dois últimos estágios compreendem atividades 
estritamente farmacêuticas. O terceiro estágio, de produção de especialidades, 
lida essencialmente com processos físicos, não químicos e sua tecnologia é 
relativamente simples e difundida.
QUAIS AGÊNCIAS? 
• ANVISA – produtos alimentícios, cosméticos, fármacos, 
domissanitários, vacinas, etc, para uso humano 
• MAPA - órgão responsável pela avaliação e registro de 
Produtos Veterinários no Brasil 
• As normas da ANVISA não têm validade para o registro 
de produtos veterinários, no entanto podem ser 
utilizadas como referências. 
• Os produtos registrados na ANVISA não podem ser 
destinados a animais, bem como os registrados no 
MAPA não podem ser destinados a humanos.
Como conseguir o registro na ANVISA? 
• No Brasil, todo e qualquer produto alimentício, farmacêutico ou 
correlatos, só pode ser comercializado quando devidamente registrados 
na ANVISA. 
• O registro garante que o produto tenha qualidade tal que não venha 
comprometer a saúde da população. 
• Hoje o registro de um produto custa cerca de R$ 8 mil e de uma família de 
produtos até R$ 12mil. (Isso pode variar de acordo com o porte da 
empresa. ) 
• Para se fazer o registro, é necessário o envio de toda a documentação da 
empresa e do produto à ANVISA bem como as indicações de uso, o projeto 
gráfico dos rótulos, as informações técnicas entre outras. 
• É importante lembrar que antes do registro, as empresas devem estar 
regularizadas e com todas as licenças e autorizações sanitárias em dia. 
Para informações mais completas e saber a documentação necessária para 
o registro, visite a página da ANVISA 
http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home
Como conseguir o registro na ANVISA 
• O registro de produtos na ANVISA é um 
processo complexo que absorve tempo e 
dinheiro da empresa. 
• EM CONSEQUÊNCIA – DIVERSAS EMPRESAS 
FAZEM ESTE TRABALHO.
Critérios para nortear o 
desenvolvimento de fármacos e 
medicamentos 
• Qualidade 
• Segurança 
• Eficácia
Segurança 
• Consumidor 
• Ocupacional 
• Ambiental 
• Terapêutica ou espécie alvo (paciente).
Eficácia 
• Farmacodinâmica. 
• Farmacocinética. 
• Estudos laboratoriais in vitro e in vivo.
Que são testes pré-clínicos 
• Os testes pré-clínicos avaliam os parâmetros de 
segurança e eficácia dos compostos candidatos a 
fármacos, através de estudos de toxicidade e de 
atividade in vitro e in vivo. É nesta fase que são 
realizadas pesquisas com animais de laboratório. 
Farmacocinética não favorável, toxicidade do 
composto, eficácia não comprovada, 
aparecimento de efeitos adversos - esses são os 
principais problemas detectadas nos testes pré-clínicos, 
responsáveis pelo insucesso no 
desenvolvimento de medicamentos.
Gerência de Avaliação de 
Segurança e 
Eficácia – GESEF 
Gerência de Medicamentos 
Novos, Pesquisa e ensaios 
Clínicos – GEPEC 
http://portal.anvisa.gov.br/wp 
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Boas práticas de laboratório 
• Os estudos propostos devem ser conduzidos de acordo com as 
Boas Práticas de Laboratório (BPL) - OECD Principles of Good 
Laboratory Practice; HANDBOOK: GOOD LABORATORY PRACTICE 
(GLP) /WHO (Quality practices for regulated non-clinical research 
and development), quando aplicável, e os animais a serem 
utilizados deverão ser saudáveis, preferencialmente livres de 
patógenos (SPF – Specific Pathogen Free), e de origem conhecida, 
além de possuir peso e idade adequados ao experimento. Em caso 
de fármacos com novo mecanismo de ação, recomendamos que 
seja previamente avaliado se a espécie animal indicada para a 
realização dos estudos de segurança é considerada a mais 
apropriada para a extrapolação de dados para humanos. Para novos 
excipientes devem ser conduzidos estudos não clínicos de 
segurança, caso não haja informações sobre sua toxicidade.
Principais testes Pré-Clínicos 
• Toxicidade aguda, subaguda e crônica (?) 
• Genotoxicidade 
• Carcinogenicidade 
• Efeitos trato reprodutor e desenvolvimento 
• Tolerância Local
Principais testes Pré-Clínicos 
• Toxicidade aguda 
• Toxicidade subcrônica – repeat dose– 28 dias 
• Toxicidade subcrônica – repeat dose– 90 dias 
• Obs . Importantes para determinar o perigo 
(Hazard) e o risco (NOEL, NOAEL) e também a 
Margem de Segurança ou Margem de Exposição.
Principais testes Pré-Clínicos 
• Genotoxicidade – ALERTAS ESTRUTURAIS 
– Opção 1: Bateria de testes: 
• 1- Um teste para mutação gênica em bactéria, 
• 2- Um teste citogenético para avaliação de dano cromossômico (teste 
de aberrações 
• cromossômicas in vitro ou teste de micronúcleo in vitro) ou um teste in 
vitro de 
• mutação gênica em células tk de linfoma de camundongo, 
• 3- Um teste in vivo para genotoxicidade, geralmente um teste de dano 
cromossômico emcélulas hematopoiéticas de roedores, podendo ser 
micronúcleos ou aberrações cromossômicas. 
– Opção 2: Bateria de testes: 
• 1- Um teste para mutação gênica em bactéria, 
• 2- Uma avaliação de genotoxicidade in vivo em dois tecidos, 
geralmente um teste demicronúcleo em células hematopoiéticas de 
roedores e um segundo ensaio in vivo.
Principais testes Pré-Clínicos 
• Carcinogenicidade 
– Modelos de curta e média duração (em roedores 
in vivo, que podem incluir modelos de 
iniciação/promoção em roedores, ou modelos de 
carcinogenicidade usando transgênicos ou 
roedores neonatais.) 
– Modelos de longa duração em uma segunda 
espécie de roedor – estudos de 24 meses em ratos 
e no minimo 18 meses em camundongos. (OECD 
451)
Quando o teste de carcinogenicidade é 
necessário? 
• Necessidade da Realização de Ensaios de Carcinogenicidade 
• - Casos de eventual necessidade de avaliação de potencial carcinogênico: 
• (1) Estudos de carcinogenicidade devem ser realizados para quaisquer fármacos pretendidos para uso 
clínico contínuo de pelo menos 6 meses. Espera-se que muitos fármacos indicados para tratamento 
inferiores a 6 meses sejam utilizados de maneira contínua e intermitente. Em tais casos, como por 
exemplo, em terapias para rinite, depressão e ansiedade, há uma preocupação quanto ao potencial 
carcinogênico de tais fármacos. 
• (2) Produtos da mesma classe de um fármaco cujo potencial carcinogênico foi demonstrado 
anteriormente. 
• (3) Relação estrutura-atividade sugerindo potencial carcinogênico. 
• (4) Evidência de lesões pré-neoplásicas em estudos de toxicidade em doses repetidas. 
• (5) Retenção do composto ou seus metabólitos nos tecidos resultando em reações locais 
• ou outras alterações patofisiológicas. 
• (6) Quando houver preocupação com o potencial fotocarcinogênico, ensaios com 
• aplicação dérmica (geralmente em camundongos) podem ser necessários.
Casos onde ensaios de 
carcinogenicidade podem não ser 
necessários: 
• (1) Quando a expectativa de vida da população-alvo for curta (menor que 2 a 3 anos). 
• (2) Substâncias utilizadas topicamente (ex. via dérmica ou ocular) podem necessitar de 
• ensaios de carcinogenicidade. Entretanto, fármacos que demonstrem pouca exposição 
• sistêmica proveniente de uso tópico (dérmica ou ocular) em humanos podem não 
• necessitar de ensaios orais para avaliar o potencial carcinogênico a órgãos internos. 
• (3) Compostos comprovadamente genotóxicos, na ausência de outros dados, são 
• presumidamente carcinógenos a seres humanos e não necessitam de estudos de longo 
• prazo de carcinogenicidade. Entretanto, se o uso pretendido de tal fármaco for para 
• terapias crônicas, um ensaio de toxicidade crônica (de até 1 ano) pode ser necessário 
• para detectar lesões tumorais iniciais. 
• (4) Substâncias endógenas administradas essencialmente como terapias repositórias (isto 
• é, níveis fisiológicos) particularmente se houver experiência clínica com produtos similares 
• (por exemplo, insulinas animais, hormônio do crescimento derivado da pituitária e 
• calcitonina). 
• (5) Substâncias utilizadas por um período curto de exposição ou de maneira infreqüente 
• (exemplo, anestésicos ou contrastes e agentes diagnósticos radio-marcados).
Principais testes Pré-Clínicos 
• Efeitos trato reprodutor e desenvolvimento 
– A. Fertilidade e desenvolvimento embrionário 
inicial, 
– B. Desenvolvimento pré e pós-natal, incluindo 
função materna, 
– C. Desenvolvimento embrio-fetal.
Estudos de Tolerância Local 
• A avaliação de tolerância local deve ser realizada em testes 
de laboratório antes da exposição humana ao produto. O 
objetivo destes estudos é saber se as substâncias(princípios 
ativos e excipientes) são toleradas em locais do corpo que 
poderão entrar em contato com o produto em 
conseqüência da sua administração na prática clínica. Os 
testes deverão avaliar quaisquer efeitos mecânicos da 
administração ou ações meramente físico-químicas do 
produto que podem ser distinguidas de efeitostoxicológicos 
ou farmacodinâmicos. É preferível avaliar a tolerância local 
pela via terapêutica pretendida como parte dos estudos de 
toxicidade geral; estudos autônomos geralmente não são 
recomendados.
Estudos de Tolerância Local 
• A. Testes de Tolerância no Local de 
Administração 
• B. Teste de Toxicidade Sistêmica 
• C. Testes de Tolerância para Vias Específicas de 
Administração 
• D. Potencial de Sensibilidade
Produtos biológicos - ANVISA 
• ● Alérgenos: são substâncias, geralmente de origem proteica, existentes em animais ou vegetais 
que podem induzir uma resposta IgE e/ou uma reação alérgica do tipo I; 
● Anticorpos monoclonais: são imunoglobulinas derivadas de um mesmo clone de linfócito B, cuja 
clonagem e propagação efetuam-se em linhas de células contínuas; 
● Biomedicamentos: são medicamentos obtidos a partir de fluidos biológicos ou de tecidos de 
origem animal ou medicamentos obtidos por procedimentos biotecnológicos; 
● Hemoderivados: são produtos farmacêuticos obtidos a partir do plasma humano, submetidos a 
processos de industrialização e normatização que lhes conferem qualidade, estabilidade, atividade 
e especificidade; 
● Probióticos: são preparações ou que contêm microrganismos definidos e viáveis em quantidade 
suficiente para alterar a microbiota, por implantação ou colonização, de um compartimento do 
hospedeiro e, assim, exercer efeito benéfico sobre a saúde desse hospedeiro; 
● Vacinas: são medicamentos imunobiológicos que contêm uma ou mais substâncias antigênicas 
que, quando inoculadas, são capazes de induzir imunidade específica ativa a fim de proteger 
contra, reduzir a severidade ou combater a(s) doença (s) causada(s) pelo agente que originou o(s) 
antígeno(s). 
• http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Medicamentos/Assunto+de+I 
nteresse/Produtos+Biologicos
• Seção II - Informação Não-clínica e Clínica 
• Art. 44. No ato do protocolo do pedido de registro de um produto biológico, a empresa 
• solicitante deverá apresentar os relatórios completos dos estudos não-clínicos. 
• Parágrafo único. 
• Os estudos devem ser comparativos e desenhados para detectar diferenças 
• significativas entre o produto biológico e o produto biológico comparador. 
• Art. 45. No ato do protocolo do pedido de registro de um produto biológico, a empresa 
• solicitante deverá apresentar os relatórios dos seguintes estudos não-clínicos in-vivo: 
• I.estudos de farmacodinâmica relevantes para as indicações terapêuticas pretendidas; e 
• II.estudos de toxicidade cumulativa (dose-repetida), incluindo a caracterização dos 
• parâmetros da cinética de toxicidade, conduzidos em espécie(s) relevante(s). 
• Art. 46. No ato do protocolo do pedido de registro de um produto biológico, a empresa 
• solicitante deverá apresentar os protocolos e relatórios dos seguintes estudos clínicos: 
• I.estudos de farmacocinética; 
• II.estudos de farmacodinâmica; e 
• III. estudo(s) pivotal(is) de segurança e eficácia clínica.
Segurança de Agentes Antineoplásicos 
Paoloni M. and Khanna C. Translation of 
new cancer treatments from pet dogs to 
humans. Nature Reviews on Cancer 8: 
147-156, 2008
Alguns laboratórios que realizam 
estudos pré-clínicos em BPL 
• Bioagri – Mérieux – acreditações CGCRE/ 
INMETRO, REBLAS/ANVISA, MAPA – Ministério 
da Agricultura e do Abastecimento e OECD – 
Organization for Economic Cooperation and 
Development. 
• Bioxen – produtos veterinários 
• Cyallix 
• TECAM 
• Centro de Referência em Farmacologia Pré-Clínica
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências regulatórias

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Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências regulatórias

  • 1. QUAIS TESTES PRÉ-CLÍNICOS SÃO EXIGIDOS PELAS AGÊNCIAS REGULATÓRIAS PARA REGISTRO DE PRODUTOS QUÍMICOS E BIOLÓGICOS? Maria Lucia Zaidan Dagli 22 set 2014 SUPERNOVA
  • 2. Sequência de produção de fármacos e medicamentos • Fase química: isolar novas substâncias a partir de produtos naturais, síntese química ou processos biotecnológicos; • Fase biológica: verificar o potencial terapêutico para submetê-la a testes farmacológicos, toxicológicos, bioquímicos e microbiológicos; • Fase clínica: o novo fármaco é testado e se verifica sua eficácia e efeitos colaterais. Nesta fase (varia de 9 a 12 anos), em média são testadas 10.000 moléculas para originar um único medicamento tecnicamente viável; fase galênica: análise das características da substância em termos de composição, pureza, estabilidade ao longo do tempo, quando químicos e engenheiros constroem planta piloto com requisitos técnicos e de ordem econômica, como a minimização do custo. Nos dois primeiros estágios está o núcleo do conhecimento tecno-científico de natureza químico-farmacêutica, concentrando a maior parte das dificuldades da produção de um medicamento. Os dois últimos estágios compreendem atividades estritamente farmacêuticas. O terceiro estágio, de produção de especialidades, lida essencialmente com processos físicos, não químicos e sua tecnologia é relativamente simples e difundida.
  • 3.
  • 4. QUAIS AGÊNCIAS? • ANVISA – produtos alimentícios, cosméticos, fármacos, domissanitários, vacinas, etc, para uso humano • MAPA - órgão responsável pela avaliação e registro de Produtos Veterinários no Brasil • As normas da ANVISA não têm validade para o registro de produtos veterinários, no entanto podem ser utilizadas como referências. • Os produtos registrados na ANVISA não podem ser destinados a animais, bem como os registrados no MAPA não podem ser destinados a humanos.
  • 5. Como conseguir o registro na ANVISA? • No Brasil, todo e qualquer produto alimentício, farmacêutico ou correlatos, só pode ser comercializado quando devidamente registrados na ANVISA. • O registro garante que o produto tenha qualidade tal que não venha comprometer a saúde da população. • Hoje o registro de um produto custa cerca de R$ 8 mil e de uma família de produtos até R$ 12mil. (Isso pode variar de acordo com o porte da empresa. ) • Para se fazer o registro, é necessário o envio de toda a documentação da empresa e do produto à ANVISA bem como as indicações de uso, o projeto gráfico dos rótulos, as informações técnicas entre outras. • É importante lembrar que antes do registro, as empresas devem estar regularizadas e com todas as licenças e autorizações sanitárias em dia. Para informações mais completas e saber a documentação necessária para o registro, visite a página da ANVISA http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home
  • 6. Como conseguir o registro na ANVISA • O registro de produtos na ANVISA é um processo complexo que absorve tempo e dinheiro da empresa. • EM CONSEQUÊNCIA – DIVERSAS EMPRESAS FAZEM ESTE TRABALHO.
  • 7.
  • 8. Critérios para nortear o desenvolvimento de fármacos e medicamentos • Qualidade • Segurança • Eficácia
  • 9. Segurança • Consumidor • Ocupacional • Ambiental • Terapêutica ou espécie alvo (paciente).
  • 10. Eficácia • Farmacodinâmica. • Farmacocinética. • Estudos laboratoriais in vitro e in vivo.
  • 11. Que são testes pré-clínicos • Os testes pré-clínicos avaliam os parâmetros de segurança e eficácia dos compostos candidatos a fármacos, através de estudos de toxicidade e de atividade in vitro e in vivo. É nesta fase que são realizadas pesquisas com animais de laboratório. Farmacocinética não favorável, toxicidade do composto, eficácia não comprovada, aparecimento de efeitos adversos - esses são os principais problemas detectadas nos testes pré-clínicos, responsáveis pelo insucesso no desenvolvimento de medicamentos.
  • 12. Gerência de Avaliação de Segurança e Eficácia – GESEF Gerência de Medicamentos Novos, Pesquisa e ensaios Clínicos – GEPEC http://portal.anvisa.gov.br/wp s/content/Anvisa+Portal/Anvis a/Inicio/Medicamentos/Assun to+de+Interesse/Medicament os+novos/Consultores+ad+hoc +e+a+avaliacao+de+eficacia+e +seguranca+de+medicamento s
  • 13.
  • 14. Boas práticas de laboratório • Os estudos propostos devem ser conduzidos de acordo com as Boas Práticas de Laboratório (BPL) - OECD Principles of Good Laboratory Practice; HANDBOOK: GOOD LABORATORY PRACTICE (GLP) /WHO (Quality practices for regulated non-clinical research and development), quando aplicável, e os animais a serem utilizados deverão ser saudáveis, preferencialmente livres de patógenos (SPF – Specific Pathogen Free), e de origem conhecida, além de possuir peso e idade adequados ao experimento. Em caso de fármacos com novo mecanismo de ação, recomendamos que seja previamente avaliado se a espécie animal indicada para a realização dos estudos de segurança é considerada a mais apropriada para a extrapolação de dados para humanos. Para novos excipientes devem ser conduzidos estudos não clínicos de segurança, caso não haja informações sobre sua toxicidade.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18. Principais testes Pré-Clínicos • Toxicidade aguda, subaguda e crônica (?) • Genotoxicidade • Carcinogenicidade • Efeitos trato reprodutor e desenvolvimento • Tolerância Local
  • 19. Principais testes Pré-Clínicos • Toxicidade aguda • Toxicidade subcrônica – repeat dose– 28 dias • Toxicidade subcrônica – repeat dose– 90 dias • Obs . Importantes para determinar o perigo (Hazard) e o risco (NOEL, NOAEL) e também a Margem de Segurança ou Margem de Exposição.
  • 20. Principais testes Pré-Clínicos • Genotoxicidade – ALERTAS ESTRUTURAIS – Opção 1: Bateria de testes: • 1- Um teste para mutação gênica em bactéria, • 2- Um teste citogenético para avaliação de dano cromossômico (teste de aberrações • cromossômicas in vitro ou teste de micronúcleo in vitro) ou um teste in vitro de • mutação gênica em células tk de linfoma de camundongo, • 3- Um teste in vivo para genotoxicidade, geralmente um teste de dano cromossômico emcélulas hematopoiéticas de roedores, podendo ser micronúcleos ou aberrações cromossômicas. – Opção 2: Bateria de testes: • 1- Um teste para mutação gênica em bactéria, • 2- Uma avaliação de genotoxicidade in vivo em dois tecidos, geralmente um teste demicronúcleo em células hematopoiéticas de roedores e um segundo ensaio in vivo.
  • 21. Principais testes Pré-Clínicos • Carcinogenicidade – Modelos de curta e média duração (em roedores in vivo, que podem incluir modelos de iniciação/promoção em roedores, ou modelos de carcinogenicidade usando transgênicos ou roedores neonatais.) – Modelos de longa duração em uma segunda espécie de roedor – estudos de 24 meses em ratos e no minimo 18 meses em camundongos. (OECD 451)
  • 22. Quando o teste de carcinogenicidade é necessário? • Necessidade da Realização de Ensaios de Carcinogenicidade • - Casos de eventual necessidade de avaliação de potencial carcinogênico: • (1) Estudos de carcinogenicidade devem ser realizados para quaisquer fármacos pretendidos para uso clínico contínuo de pelo menos 6 meses. Espera-se que muitos fármacos indicados para tratamento inferiores a 6 meses sejam utilizados de maneira contínua e intermitente. Em tais casos, como por exemplo, em terapias para rinite, depressão e ansiedade, há uma preocupação quanto ao potencial carcinogênico de tais fármacos. • (2) Produtos da mesma classe de um fármaco cujo potencial carcinogênico foi demonstrado anteriormente. • (3) Relação estrutura-atividade sugerindo potencial carcinogênico. • (4) Evidência de lesões pré-neoplásicas em estudos de toxicidade em doses repetidas. • (5) Retenção do composto ou seus metabólitos nos tecidos resultando em reações locais • ou outras alterações patofisiológicas. • (6) Quando houver preocupação com o potencial fotocarcinogênico, ensaios com • aplicação dérmica (geralmente em camundongos) podem ser necessários.
  • 23. Casos onde ensaios de carcinogenicidade podem não ser necessários: • (1) Quando a expectativa de vida da população-alvo for curta (menor que 2 a 3 anos). • (2) Substâncias utilizadas topicamente (ex. via dérmica ou ocular) podem necessitar de • ensaios de carcinogenicidade. Entretanto, fármacos que demonstrem pouca exposição • sistêmica proveniente de uso tópico (dérmica ou ocular) em humanos podem não • necessitar de ensaios orais para avaliar o potencial carcinogênico a órgãos internos. • (3) Compostos comprovadamente genotóxicos, na ausência de outros dados, são • presumidamente carcinógenos a seres humanos e não necessitam de estudos de longo • prazo de carcinogenicidade. Entretanto, se o uso pretendido de tal fármaco for para • terapias crônicas, um ensaio de toxicidade crônica (de até 1 ano) pode ser necessário • para detectar lesões tumorais iniciais. • (4) Substâncias endógenas administradas essencialmente como terapias repositórias (isto • é, níveis fisiológicos) particularmente se houver experiência clínica com produtos similares • (por exemplo, insulinas animais, hormônio do crescimento derivado da pituitária e • calcitonina). • (5) Substâncias utilizadas por um período curto de exposição ou de maneira infreqüente • (exemplo, anestésicos ou contrastes e agentes diagnósticos radio-marcados).
  • 24. Principais testes Pré-Clínicos • Efeitos trato reprodutor e desenvolvimento – A. Fertilidade e desenvolvimento embrionário inicial, – B. Desenvolvimento pré e pós-natal, incluindo função materna, – C. Desenvolvimento embrio-fetal.
  • 25. Estudos de Tolerância Local • A avaliação de tolerância local deve ser realizada em testes de laboratório antes da exposição humana ao produto. O objetivo destes estudos é saber se as substâncias(princípios ativos e excipientes) são toleradas em locais do corpo que poderão entrar em contato com o produto em conseqüência da sua administração na prática clínica. Os testes deverão avaliar quaisquer efeitos mecânicos da administração ou ações meramente físico-químicas do produto que podem ser distinguidas de efeitostoxicológicos ou farmacodinâmicos. É preferível avaliar a tolerância local pela via terapêutica pretendida como parte dos estudos de toxicidade geral; estudos autônomos geralmente não são recomendados.
  • 26. Estudos de Tolerância Local • A. Testes de Tolerância no Local de Administração • B. Teste de Toxicidade Sistêmica • C. Testes de Tolerância para Vias Específicas de Administração • D. Potencial de Sensibilidade
  • 27. Produtos biológicos - ANVISA • ● Alérgenos: são substâncias, geralmente de origem proteica, existentes em animais ou vegetais que podem induzir uma resposta IgE e/ou uma reação alérgica do tipo I; ● Anticorpos monoclonais: são imunoglobulinas derivadas de um mesmo clone de linfócito B, cuja clonagem e propagação efetuam-se em linhas de células contínuas; ● Biomedicamentos: são medicamentos obtidos a partir de fluidos biológicos ou de tecidos de origem animal ou medicamentos obtidos por procedimentos biotecnológicos; ● Hemoderivados: são produtos farmacêuticos obtidos a partir do plasma humano, submetidos a processos de industrialização e normatização que lhes conferem qualidade, estabilidade, atividade e especificidade; ● Probióticos: são preparações ou que contêm microrganismos definidos e viáveis em quantidade suficiente para alterar a microbiota, por implantação ou colonização, de um compartimento do hospedeiro e, assim, exercer efeito benéfico sobre a saúde desse hospedeiro; ● Vacinas: são medicamentos imunobiológicos que contêm uma ou mais substâncias antigênicas que, quando inoculadas, são capazes de induzir imunidade específica ativa a fim de proteger contra, reduzir a severidade ou combater a(s) doença (s) causada(s) pelo agente que originou o(s) antígeno(s). • http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Medicamentos/Assunto+de+I nteresse/Produtos+Biologicos
  • 28. • Seção II - Informação Não-clínica e Clínica • Art. 44. No ato do protocolo do pedido de registro de um produto biológico, a empresa • solicitante deverá apresentar os relatórios completos dos estudos não-clínicos. • Parágrafo único. • Os estudos devem ser comparativos e desenhados para detectar diferenças • significativas entre o produto biológico e o produto biológico comparador. • Art. 45. No ato do protocolo do pedido de registro de um produto biológico, a empresa • solicitante deverá apresentar os relatórios dos seguintes estudos não-clínicos in-vivo: • I.estudos de farmacodinâmica relevantes para as indicações terapêuticas pretendidas; e • II.estudos de toxicidade cumulativa (dose-repetida), incluindo a caracterização dos • parâmetros da cinética de toxicidade, conduzidos em espécie(s) relevante(s). • Art. 46. No ato do protocolo do pedido de registro de um produto biológico, a empresa • solicitante deverá apresentar os protocolos e relatórios dos seguintes estudos clínicos: • I.estudos de farmacocinética; • II.estudos de farmacodinâmica; e • III. estudo(s) pivotal(is) de segurança e eficácia clínica.
  • 29. Segurança de Agentes Antineoplásicos Paoloni M. and Khanna C. Translation of new cancer treatments from pet dogs to humans. Nature Reviews on Cancer 8: 147-156, 2008
  • 30. Alguns laboratórios que realizam estudos pré-clínicos em BPL • Bioagri – Mérieux – acreditações CGCRE/ INMETRO, REBLAS/ANVISA, MAPA – Ministério da Agricultura e do Abastecimento e OECD – Organization for Economic Cooperation and Development. • Bioxen – produtos veterinários • Cyallix • TECAM • Centro de Referência em Farmacologia Pré-Clínica