1. AUTO DA BARCA DO
INFERNO
GIL VICENTE
Prof. Me. Flávio Maia
2.
3. AUTO DA BARCA DO
INFERNO
Análise através:
• Texto
• Contexto
4. AUTO DA BARCA DO
INFERNO – O AUTOR
Escrito por Gil Vicente
É o primeiro de uma trilogia de Barcas
• Auto da Barca do Inferno (1517)
• Auto da Barca do Purgatório (1518)
• Auto da Barca da Glória (1519)
Humanismo: transição da Idade média para o renascimento
5. AUTO DA BARCA DO
INFERNO – A ÉPOCA
Sistema feudal entra em
declínio;
Início da expansão
ultramarina;
6. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O que é um auto?
• O Auto é uma composição dramática que surge durante a Idade
Média entre os séculos XIII e XV, na Península Ibérica, e tem como
expoente o espanhol Juan Del Encina (1468-1529), seguido do
exemplo maior de Gil Vicente.
• A principal marca desse modelo de texto teatral é a presença da
alegoria. Entendemos por alegoria a representação de uma ideia ou
conceito abstrato por meio de um elemento concreto.
7. Caronte, na mitologia grega
era o barqueiro de Hades, que
carreava a alma dos recém-
mortos sobre o rio que dividia o
mundo dos mortos do mundo
dos vivos
E O MITO?
8. E AS ALEGORIAS?
Cada personagem no Auto de Gil Vicente representa algo.
• O nome não é importante
• E sim a classe (casta) social
9. FIDALGO
Argumentos de acusação do diabo: acusa-o de
ter vivido uma vida imoral e de prazeres.
Argumentos de acusação do anjo : acusa-o de
ser vaidoso,desumano e desprezar os mais
desfavorecidos.
Argumentos de defesa: diz que deixa na outra
vida quem reze sempre por ele.; diz que é nobre
“Fidalgo de solar” e que por isso tem direito ao
céu.
Argumentos de acusação do anjo : acusa-o de ser vaidoso,desumano e desprezar os mais desfavorecidos.
Argumentos de acusação do diabo: acusa-o de ter vivido uma vida imoral e de prazeres.
.
10. ONZENEIRO
Argumentos de acusação do diabo: O onzeneiro é
acusado de ser parente do Diabo;
Argumentos de acusação do anjo: usar de maldade
para explorar os mais pobres; de ser ganancioso e
materialista.
Argumentos de defesa: O onzeneiro usa como
argumentos de defesa o facto de ter tido uma morte
súbita; Ser pobre e de Satanás o ter cegado.
11. PARVO
Argumento de defesa: Joane, o parvo não se defende a
si próprio, é o anjo que pronuncia os seus argumentos
de defesa.
Diz que é simples e não foi malicioso e que isso basta
para ir para o paraíso.
12. SAPATEIRO
Argumentos de acusação do diabo: Acusado de
roubo, desonestidade, mentira e falsa religiosidade.
Argumentos de acusação do anjo: Acusa-o de
roubo e desonestidade.
Argumentos de defesa: Diz que ouviu missas, se
confessou , comungou e deu ofertas ao santos.
13. FRADE
Argumentos de acusação do diabo: acusa-o
de ter vivido a vida a gozar ser temer a Deus.
(o anjo nao fala com o frade pois este pecou sob a
capa da religiao católica.)
Argumentos de defesa: O Frade usa como
defesa o facto de ser da corte; de usar o hábito e de
ter rezado os salmos.
14. ALCOVITEIRA
Argumentos de defesa: Diz ser uma benfeitora,
pois “salvou” muitas moças e compara-se a
apóstolos, anjos e mártires por ter feito coisas
divinas e ter deixado bem as moças, pois arranjou
dono para todas.
(A alcoviteira condena-se a ela própria ao falar
com o diabo e o anjo e estes nem chegam a
acusá-la)
15. JUDEU
Argumento de acusação do Parvo: acusado de
ter comido carne em dia de jejum e desrespeitado os
lugares sagrados.
(Não há argumentos de acusação do diabo nem
do anjo, pois ao diabo só interessavam aqueles que
pertenciam à religião católica, que pecassem contra
ela; O anjo nem sequer falou com a personagem)
16. CORREGEDOR
Argumento de acusação do diabo: usar o poder
do judiciário em benefício próprio, deixando-se
corromper e recebendo subornos.
Argumentos de acusação do anjo: Diz que está
carregado de pecados e que levou uma vida que o
conduzirá ao inferno.
Argumentos de defesa: Diz que apenas encobria
os pecados e que era a mulher que recebia as ofertas
dadas.
17. PROCURADOR
Argumentos de acusação do diabo: são os mesmos
argumentos que fez corregedor, pois são ambos corruptos
por isso o diabo apenas lhe pergunta se ele se confessou.
Argumentos de acusação do anjo : Diz que está carregado
de pecados e que levou uma vida que o conduzirá ao inferno.
Argumentos de defesa: o procurador diz que não se
confessou, pois pensava que não ia morrer e achava que isso
não era necessário.
18. QUATRO CAVALEIROS
O fato de morrerem pelo triunfo do
Cristianismo garante a esses personagens
uma espécie de passaporte para a
glorificação. Assim, não precisam de se
defender, pois não são acusados de nada.
Notas do Editor
Um dos maiores teatrólogos portugueses
Também escreveu peças líricas e satíricas
Por isso nas peças de Gil Vicente podemos encontrar traços do medievalismo, extremamente teocêntrico, como do humanismo, antropocêntrico. Há um embate entre essas duas corretes de pensamento
O declinio do sistema feudal favoreceu a centralização do peder nas mãos de um único rei. Em Portugal o reinado de D. João, o reflexo do mercantilismo ocorreu sobretudo na expansão ultramarina, a partir de 1415 com a tomada de Ceuta
Na mitologia grega, Caronte é o barqueiro do Hades, que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Uma moeda para pagá-lo pelo trajeto, geralmente um óbolo ou danake, era por vezes colocado dentro ou sobre a boca dos cadáveres, de acordo com a tradição funerária da Grécia Antiga.1