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Prof. Me. Flávio Maia
 Antiguidade Clássica: poesias eram
acompanhadas por instrumentos musicais
(lira)
 O ritmo está presente na poesia e, para que
possamos percebê-lo, faz-se necessário
conhecer os recursos utilizados pelos poetas.
 MÉTRICA: DETERMINAR O NÚMERO PRECISO
DE SÍLABAS POÉTICAS.
 Escandir um verso significa contar as sílabas
poética que ele contém
 ATENÇÃO:
◦SÍLABA POÉTICA É DIFERENTE DE
SÍLABA GRAMATICAL
I-Juca Pirama
Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
 Vamos dividir os versos em sílabas
gramaticais
Meu/can/to/de/mor/te  6 sílabas
Ger/rei/ros/ou/vi  5 sílabas
Sou/fi/lho/da/sel/va  6 sílabas
Lembre-se: Na escansão não levamos em
consideração as sílabas gramaticais
 1ª. Regra:
◦ Para saber as sílabas poéticas, conta-se até a
última sílaba tônica do verso
1º 2º 3º 4º 5º 6º
Meu can- to de MOR Te
Guer- rei ros ou- VI
Sou fi- lho das SEL- vas
1º 2º 3º 4º 5º 6º
Meu can- to de MOR Te
Guer- rei ros ou- VI
Sou fi- lho das SEL- vas
 2ª. Regra
◦ A contração de vogais, que ocorre quando uma
vogal é absorvida por outra, é denominada sinalefa
1º 2º 3º 4º 5º 6º
Da tri- bo pu- jan- te
Que a go ra an da er ran- te
Por fa- do in cons- tan- te
 A SINALEFA acontece somente quando a
vogal seguinte é átona
 Exemplo:
◦ Eu era seu guia
◦ Eu/e/ra/seu/gui/a
 Na poesia, as sílabas são contadas de acordo
com a SONORIDADE. Para contarmos as
sílabas poéticas devemos saber que:
◦ Ditongos possuem valor de uma única sílaba
poética.
◦ Se há duas palavras aproximadas por VOGAIS (a
primeira terminando em vogal e a segunda
iniciando em vogal), as sílabas dessas duas vogais
são contadas em apenas uma sílaba.
◦ As sílabas poéticas que estão após a última sílaba
tônica do verso não são contadas.
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Mi- nha ter- ra tem pal- mei- ras
On de can- ta o sa- bi- á
As a- ves que a- qui gor- gei- am
Não gor- gei- am co- mo lá
Número de Versos Designação
2 Dístico
3 Terceto
4 Quadra ou quarteto
5 Pentassílabos ou Redondilha menor
6 Sextilha
7 Heptassílabos ou Redondilha maior
8 Oitava
9 Nona ou eneassílabos
10 Decassílabo ou décima ou heroico ou sáfico
12 Dodecassílabo ou alexandrino
Lira IV
Tomás Antônio Gonzaga
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Que sofra, e que beije
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De injusto Senhor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
Mal vi o teu rosto,
O sangue gelou-se,
A língua prendeu-se,
Tremi, e mudou-se
Das faces a cor.
Marília, escuta
Um triste Pastor.
1º 2º 3º 4º 5º 6º
Ma- rí- lia teus o- lhos
São ré- us, e cul- pa- dos
Que so- fra e que bei- je
Os fer- ros pe- sa- dos
De in- jus- to se- nhor
O Canto do Guerreiro
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Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
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Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
- Ouvi-me, Guerreiros.
- Ouvi meu cantar.
1 2 3 4 5
A / qui / na / flo / res / ta
1 2 3 4 5
Dos / ven / tos / ba / ti / da,
1 2 3 4 5
Fa / ça / nhas / de / bra / vos
1 2 3 4 5
Não / ge / ram / es / cra / vos,
1 2 3 4 5
Que es / ti / mem / a / vi / da
1 2 3 4 5
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1 2 3 4 5
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1 2 3 4 5
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Tomás Antônio Gonzaga
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1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Pin- tam, Ma- rí- lia, os po- e tas
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Ar- co em pu nha do na mão
Li- gei- ras a- sas nos om- bros
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E de a- mor ou de cu- pi- do
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VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA
Fernando Pessoa
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
1 2 3 4 5 6 7
Vou / -me em / bo / ra / pra / Pa / sár / ga / da
1 2 3 4 5 6 7
Lá / sou / a / mi / go / do / rei
1 2 3 4 5 6 7
Lá / te / nho a / mu / lher / que eu / que / ro
1 2 3 4 5 6 7
Na / ca / ma / que es / co / lhe / rei
1 2 3 4 5 6 7
Vou / -me em / bo / ra / pra / Pa / sár / ga / da
Soneto da Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
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Que mesmo em face do maior encanto
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Quero vivê-lo em cada vão momento
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E rir meu riso e derramar meu pranto
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E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
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Mas que seja infinito enquanto dure.
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º
De tu- do ao meu a- mor se- rei a ten- to
An- tes e com tal ze- lo e sem- pre e tan to
Que mes-
mo
em
fa- ce do mai- or en- can to
De- le
se
en-
can- te mais meu pen- sa- men- to
E as- sim
quan
-
do mais tar- de me pro- cu- re
Que
m
sa- be a mor-
te
an-
gús- tia de quem vi- ve
Que
m
sa- be a so- li dão fim de quem a- ma
As Pombas
Raimundo Correia
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Vai / -se a / pri / mei / ra / pom / ba / des / per / ta / da...
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Vai / -se ou / tra / mais... / mais / ou / tra... en / fim / de / ze / nas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
De/ pom / bas / vão / -se / dos / pom / bais, / a / pe / nas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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Métrica e Escansão de Poemas

  • 2.  Antiguidade Clássica: poesias eram acompanhadas por instrumentos musicais (lira)  O ritmo está presente na poesia e, para que possamos percebê-lo, faz-se necessário conhecer os recursos utilizados pelos poetas.  MÉTRICA: DETERMINAR O NÚMERO PRECISO DE SÍLABAS POÉTICAS.
  • 3.
  • 4.  Escandir um verso significa contar as sílabas poética que ele contém  ATENÇÃO: ◦SÍLABA POÉTICA É DIFERENTE DE SÍLABA GRAMATICAL
  • 5. I-Juca Pirama Meu canto de morte Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci: Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi.
  • 6.  Vamos dividir os versos em sílabas gramaticais Meu/can/to/de/mor/te  6 sílabas Ger/rei/ros/ou/vi  5 sílabas Sou/fi/lho/da/sel/va  6 sílabas Lembre-se: Na escansão não levamos em consideração as sílabas gramaticais
  • 7.  1ª. Regra: ◦ Para saber as sílabas poéticas, conta-se até a última sílaba tônica do verso 1º 2º 3º 4º 5º 6º Meu can- to de MOR Te Guer- rei ros ou- VI Sou fi- lho das SEL- vas
  • 8. 1º 2º 3º 4º 5º 6º Meu can- to de MOR Te Guer- rei ros ou- VI Sou fi- lho das SEL- vas
  • 9.  2ª. Regra ◦ A contração de vogais, que ocorre quando uma vogal é absorvida por outra, é denominada sinalefa 1º 2º 3º 4º 5º 6º Da tri- bo pu- jan- te Que a go ra an da er ran- te Por fa- do in cons- tan- te
  • 10.  A SINALEFA acontece somente quando a vogal seguinte é átona  Exemplo: ◦ Eu era seu guia ◦ Eu/e/ra/seu/gui/a
  • 11.  Na poesia, as sílabas são contadas de acordo com a SONORIDADE. Para contarmos as sílabas poéticas devemos saber que: ◦ Ditongos possuem valor de uma única sílaba poética. ◦ Se há duas palavras aproximadas por VOGAIS (a primeira terminando em vogal e a segunda iniciando em vogal), as sílabas dessas duas vogais são contadas em apenas uma sílaba. ◦ As sílabas poéticas que estão após a última sílaba tônica do verso não são contadas.
  • 12. 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º Mi- nha ter- ra tem pal- mei- ras On de can- ta o sa- bi- á As a- ves que a- qui gor- gei- am Não gor- gei- am co- mo lá
  • 13.
  • 14. Número de Versos Designação 2 Dístico 3 Terceto 4 Quadra ou quarteto 5 Pentassílabos ou Redondilha menor 6 Sextilha 7 Heptassílabos ou Redondilha maior 8 Oitava 9 Nona ou eneassílabos 10 Decassílabo ou décima ou heroico ou sáfico 12 Dodecassílabo ou alexandrino
  • 15. Lira IV Tomás Antônio Gonzaga Marília, teus olhos São réus, e culpados, Que sofra, e que beije Os ferros pesados De injusto Senhor. Marília, escuta Um triste Pastor. Mal vi o teu rosto, O sangue gelou-se, A língua prendeu-se, Tremi, e mudou-se Das faces a cor. Marília, escuta Um triste Pastor.
  • 16. 1º 2º 3º 4º 5º 6º Ma- rí- lia teus o- lhos São ré- us, e cul- pa- dos Que so- fra e que bei- je Os fer- ros pe- sa- dos De in- jus- to se- nhor
  • 17. O Canto do Guerreiro Gonçalves Dias Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. - Ouvi-me, Guerreiros. - Ouvi meu cantar.
  • 18. 1 2 3 4 5 A / qui / na / flo / res / ta 1 2 3 4 5 Dos / ven / tos / ba / ti / da, 1 2 3 4 5 Fa / ça / nhas / de / bra / vos 1 2 3 4 5 Não / ge / ram / es / cra / vos, 1 2 3 4 5 Que es / ti / mem / a / vi / da 1 2 3 4 5 Sem / gue / rra e / li / dar. 1 2 3 4 5 - Ou / vi / -me, / Gue / rrei / ros. 1 2 3 4 5 - Ou / vi / meu / can / tar.
  • 19. Lira II Tomás Antônio Gonzaga Pintam, Marília, os Poetas A um menino vendado, Com uma aljava de setas, Arco empunhado na mão; Ligeiras asas nos ombros, O tenro corpo despido, E de Amor, ou de Cupido São os nomes, que lhe dão.
  • 20. 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º Pin- tam, Ma- rí- lia, os po- e tas A um me- ni- no vem da do Com u- ma al já va de se tas Ar- co em pu nha do na mão Li- gei- ras a- sas nos om- bros O ter- no cor- po des- pi- do E de a- mor ou de cu- pi- do São os no- mês que lhe dão
  • 21. VOU-ME EMBORA PRA PASÁRGADA Fernando Pessoa Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada
  • 22. 1 2 3 4 5 6 7 Vou / -me em / bo / ra / pra / Pa / sár / ga / da 1 2 3 4 5 6 7 Lá / sou / a / mi / go / do / rei 1 2 3 4 5 6 7 Lá / te / nho a / mu / lher / que eu / que / ro 1 2 3 4 5 6 7 Na / ca / ma / que es / co / lhe / rei 1 2 3 4 5 6 7 Vou / -me em / bo / ra / pra / Pa / sár / ga / da
  • 23. Soneto da Fidelidade De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.
  • 24. 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º De tu- do ao meu a- mor se- rei a ten- to An- tes e com tal ze- lo e sem- pre e tan to Que mes- mo em fa- ce do mai- or en- can to De- le se en- can- te mais meu pen- sa- men- to E as- sim quan - do mais tar- de me pro- cu- re Que m sa- be a mor- te an- gús- tia de quem vi- ve Que m sa- be a so- li dão fim de quem a- ma
  • 25. As Pombas Raimundo Correia Vai-se a primeira pomba despertada... Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sanguínea e fresca a madrugada...
  • 26. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Vai / -se a / pri / mei / ra / pom / ba / des / per / ta / da... 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Vai / -se ou / tra / mais... / mais / ou / tra... en / fim / de / ze / nas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 De/ pom / bas / vão / -se / dos / pom / bais, / a / pe / nas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Raia / san / guí/ ne / a e / fres /ca a / ma / dru / ga / da...

Notas do Editor

  1. Conforme já falamos, até mais ou menos o século XV, a poesia era acompanhada por instrumentos musicais, geralmente a lira. As poesias eram quase que canções recitadas A poesia, com isso, tinha ritmo e musicalidade
  2. Oberve que
  3. Oberve que além da última sílaba ser tônica, a segunda sílaba poética também é tônica Sílabas tônica e sílabas átonas
  4. O ERA IMPEDE A JUNÇÃO DE VOGAIS ERA
  5. Iremos trabalhar apenas três classificações As redondilhas e o Decassílabo
  6. Explorar as reações físicas do pastor diante da mulher amada, as quais se assemelham às apresentadas no pema de Safor e a possível intertextualidad entre os poemas
  7. Um dos versos mais comuns em língua português é o verso de dez sílabas, chamnado de decassílabo. Grande parte dos sonetos – poemas compostos de duas estrofes de quatro versos e duas de três é uma das formas poéticas mais desafiadoras para qualquer poeta – é principalmente construído com versos decassílabos.