Tcvb2 marco gomes_cuidados a efectuar navegações na internet
Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente
1. Escola Profissional da Serra da Estrela
Curso vocacional básico de informática
Trabalho realizado por:Marco Gomes Nº15
Ano Letivo: 2015/2016
Modulo: 2
2. Introdução
Neste trabalho vou falar sobre quem foi Gil Vicente e sobre a obra dele, vou falar dos
autos e vou fazer um resumo do Auto da barca de inferno.
Vou falar nas personagens que fazem parte do texto do barco do inferno.
3. Quem foi Gil Vicente?
A data mais provável em que Gil Vicente nasceu foi 1466 e morreu em 1536, o local
onde nasceu ainda não descobriram ou certo há várias hipóteses de ter sido em
Barcelos, Guimarães mas dizem que o local certo foi em Lisboa. Casou-se duas vezes e
teve 5 filhos.
Gil Vivente é considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de
renome. Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de
músico, ator e encenador. É considerado o pai do teatro português, ou mesmo do
teatro ibérico, já que também escreveu em castelhano - partilhando a paternidade da
dramaturgia espanhola com Juan del Encina.
Obras de Gil Vicente:
Gil Vicente escreveu cerca de 50 peças de teatro em duas línguas que foi em Português
e em Castelhano, a primeira que fez foi em 1502 e a última foi em 1522, foram
bastantes obras.
Auto da Visitação (1502)
Auto Pastoril Castelhano (1502)
Auto dos Reis Magos (1503)
Auto da Sibila Cassandra
Auto da Fé (1510)
Auto dos Quatro Tempos
Auto de Mofina Mendes (1534)
Auto Pastoril Português (1523)
Auto da Feira (1527)
Auto da Alma (1508)
Auto da Barca do Inferno (1516
Auto da Barca do Purgatório (1518)
Auto da Barca da Glória (1519)
Auto da História de Deus (1527)
Diálogo de uns Judeus e Centúrios sobre a Ressurreição de Cristo
Auto da Cananea (1534)
Auto de São Martinho (1504)
4. Autos de Gil Vicente:
Autode SibilaCassandra;
Autodo VelhodaHorta;
Os autosde Natal;
Autoda Alma;
Preâmbulo;
Carta de Santarém;
SibilaCassandra;
Poética;
Autoda Visitação;
Autoda Índia;
Hípias;
Íons;
Auto da Barca do Inferno (Resumo)
Auto da Barca do Inferno, Obra de Gil Vicente que consegue se mostrar contemporânea.
Não é á toa que o livro “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente, um clássico da literatura,
seja obrigatório, ele retrata a sociedade portuguesa do século XVI e ao mesmo tempo possui
temas actuais, com uma boa sátira à sociedade.
O Auto é uma peça teatral, divida em cenas e atos, escrita em 1517. O cenário desta obra é um
porto onde se encontram duas barcas, uma leva ao inferno e a outra ao paraíso, uma guiada por
um diabo e a outra por um anjo, e sendo da decisão deles quem entra ou não em suas barcas.
Chegada e julgamento das almas
O primeiro personagem é o fidalgo, representante da nobreza e do luxo, que em vida foi tirano e
vivia de luxúria. O diabo diz que aquela é sua barca e que ele deve entrar ali. Ele se recusa e diz
que muitas pessoas rezam por ele. Ao pedir para entrar na barca do anjo que leva ao paraíso seu
pedido é negado devido aos pecados que cometeu. Ele se dirige para a barca do inferno e tenta
convencer o diabo a ver sua amada, porém o diabo revela que ela o enganava.
Livro Auto da Barca do Inferno O próximo personagem é o Onzeneiro, uma espécie de agiota
da época, ele tenta convencer o anjo a deixá-lo ir para o paraíso mais o pedido é negado pois ele
foi ganancioso e avarento. Ele tenta subornar o diabo e diz que quer voltar para pegar toda a sua
riqueza acumulada, porém o pedido é negado e ele entra na barca do inferno.
Depois, vem Joane, chamado de Parvo, que significa um tolo e inocente, que vivia de forma
simples. O diabo tenta enganá-lo para entrar na barca, mais quando ele descobre o destino corre
para conversar com o anjo que por fim devido a sua humildade o autoriza a subir na barca.
5. A próxima alma a chegar é a do sapateiro, que chega com todos os seus instrumentos de
trabalho. Ele se julga trabalhador e inocente, por isso pede ao anjo para deixá-lo ir ao paraíso, o
pedido porém é negado já que ele roubou e enganou seus clientes. Ele então entra na barca do
diabo.
O quinto a chegar é o frade, que segue em direção ao anjo convicto que por ser um membro da
igreja ali é seu lugar. Mas ele chega com sua amante e é condenado pelo anjo por falso
moralismo religioso, portanto deve ir para o inferno. Indignado ele segue seu destino.
Brísida Vaz é a próxima, uma alcoviteira que chega até o anjo com o argumento de possuir
seiscentos virgos postiços, que seriam hímens. Isso deixa a entender que prostituía meninas
virgens. Ela é condenada por bruxaria e prostituição, e entra então na barca do diabo.
Em seguida chega o Judeu, de nome Semifará, acompanhado de um bode. Nem o anjo ou o
diabo o quer em sua barca. Ele não pode chegar perto do anjo acusado de não aceitar o
cristianismo, e então tenta convencer o diabo a levá-lo, que aceita com a condição que ele seria
rebocado e não dentro da barca. Está é uma crítica ao movimento que acontecia na época, em
que muitos judeus foram expulsos de Portugal e os que ficaram deveriam se converter.
Por fim chegam os representantes da lei, um corregedor e um procurador, que aparecem com
seus livros e processos nas mãos e tentam argumentar sua entrada no céu. Porém são impedidos
e acusados por manipular a justiça para o bem próprio. Eles seguem para a barca do inferno,
onde parecem já conhecer a alcoviteira.
Os últimos a chegarem são quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o
cristianismo, por isso são perdoados de seus pecados e seguem para a barca do anjo.
Gil Vicente mostra nesta obra os valores da época, fazendo uma sátira social e demonstrando
que aqueles que acumulam e não pensam no bem e nas leis de Deus em vida, merecem o inferno
como destino.
Personagens do Auto da Barca do Inferno
Fidalgo (D. Anrique)
Onzeneiro,
Sapateiro (Joanantão)
Parvo (Joane)
Frade (Frei Babriel)
Alcoviteira (Brísida Vaz)
Judeu (Semifará)
Corregedor
Procurador
Enforcado
Quatro Cavaleiros.
6. Glossário:
Samicas (Diversas coisas);
Barrabás (Diabo);
Zambuco (Nome que se pode dar ao Diabo);
Mester (Profissão);
Simpreza (Simplicidade);
Sandeu (Doido);
Muitierama (Má hora);
Naviarra (Barca).
7. Conclusão
Ao fazer este trabalho ficamos a conhecer melhor sobre o Gil Vicente e as suas
obras tais como " Auto da Barca do Inferno".
Neste trabalho foi falado sobre a sua vida obras.