1) A implantação da abordagem construcionista na escola é difícil devido à resistência de alguns professores à mudança e à percepção de que as escolas não têm recursos adequados.
2) Alunos são vistos tradicionalmente como receptores passivos de conhecimento ao invés de construtores ativos.
3) A abordagem construcionista enfatiza a aprendizagem como uma construção do aluno baseada em conhecimentos prévios, não na instrução.
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1. Por quê é tão difícil a implantação da abordagem construcionista na prática escolar?
Que fatores se apresentam como empecilhos para sua implantação?
Alguns fatores interferem para que sejam adotadas na escola metodologias que
abandonem as teorias tradicionais que visam apenas instruir. Repensar essas velhas-
novas práticas, faz-se necessário, para que haja aprendizagem do aluno, e comecem a
interagindo e tenham chance de construir o seu conhecimento. Alguns são:
1. Resistência por parte de alguns docentes a mudança, chegando muitas vezes a se
posicionarem ou se tornarem indiferentes, desinteressados ou apáticos;
2. Outro argumento bastante comum difundido entre a comunidade escola é a
respeito da pobreza do nosso sistema educacional: a escola não tem carteiras,
não tem giz, não tem merenda e o professor ganha uma miséria. Nessa pobreza,
como falar em construção da aprendizagem, ou até mesmo como ensinar em
condições tão desapropriadas?
3. O aluno é um receptor passivo de conhecimento, eles podem assim memorizar
facilmente o que é ensinado.
Professores que são formados tanto na academia quanto na vida pessoal para entender
que a aprendizagem é uma construção do aluno sobre conhecimentos prévios, que
ofereça ao aluno ferramentas de construção e a possibilidade de interação com a
realidade. Demo (1998), tentando redefinir o papel do professor (cuja função básica não
é mais dar aula, pois isso pode ser feito através da televisão ou do microcomputador),
apresentando-o como o orientador do processo reconstrutivo do aluno, através da
avaliação permanente, do suporte em termos de materiais a serem trabalhados, da
motivação constante e da organização sistemática do processo.
Nesse caso, o conhecimento não é passado para o aluno. O aluno não é mais instruído,
ensinado, mas é o construtor do seu próprio conhecimento.
Esse é o paradigma construcionista onde a ênfase está na aprendizagem ao invés de
estar no ensino, mas agora está na construção do conhecimento e não na instrução.
DEMO, Pedro. 1998. Professor & Teleducação. Tecnologia Educacional, v.26,
n.143, p.52-63.