O documento discute a necessidade de inovação no ensino, questionando conceitos como "ensinar" e a eficácia da metáfora da "difusão do conhecimento". Defende que o ensino precisa considerar evidências científicas sobre o aprendizado e se adaptar à individualidade dos alunos. Também ressalta a importância de novas abordagens pedagógicas e do uso de tecnologias digitais para tornar o ensino mais eficaz.
A necessidade de inovação no ensino para uma educação eficaz
1. IS IT ´TEACHING´ OR JUST ANOTHER
BROADCAST CHANNEL THAT
STUDENTS ARE TRYING TO TUNE
INTO?
“Trata-se de “ensino” ou apenas de estudantes
tentando sintonizar um canal de difusão?”
(DAVID LYNCH AND RICHARD SMITH – SOUTHERN CROSS UNIVERSITY – AU
2. “Knowledge broadcasting”
(Difusão do conhecimento)
Trata-se de uma metáfora utilizada para
relatar fenômeno comum nas salas de aula de
hoje em dia, disfarçado de “ensino”
Reflete o quanto os professores falharam na
busca de mais conhecimento sobre “como os
alunos aprendem” e “como os professores
podem ensinar melhor”
Não se trata de uma crítica individual, mas
uma crítica aos sistemas de ensino em geral
3. “O Ensino”
O ensino existe desde a antiguidade nos mais
diversos setores da sociedade
O que faz o “professor expert”no mundo
moderno?
Tradicionalismo -> Ignorância sobre o
processo do aprendizado
Ciência -> evidências sobre o processo do
aprendizado
O ensino se tornou uma vítima da sua própria
história sócio-política
4. Metáforas da Educação
Denomina-se METÁFORA uma palavra ou
expressão que produza sentidos figurados por
meio de comparações implícitas.
Metáforas são um “lugar-comum” na área da
Educação e talvez o próprio princípio
fundamental da Educação: “Ensinar” possa
ser considerado metafórico em estrutura e em
função
5. Modelos da realidade
Metáforas são “modelos da realidade” e
podem “ajudar-nos compreender o que
pode ter sido incompreensível, pode
ajudar-nos a encontrar novas "verdades",
esclarecer e criar novas realidades”
Bosmajian, H. (1992). Metaphor and Reason in Judicial
Opinions. Carbondale: Southern Illinois University
Press.
6. A metáfora da Difusão
Os autores consideram “Broadcasting”
(difusão) como uma metáfora para um ensino
ineficaz.
Ao “transmitir” a mensagem aos alunos, o
professor age de forma unilateral, e
desconsidera diversos pontos importantes no
aprendizado, como p.ex.: a capacidade do
aluno de entender e aprender, a interação com
o aluno, dentre outros pontos.
Cabe aos alunos “sintonizar ou não”no que
está sendo transmitido.
7. A Ciência e o Ensino
A emergência das ciências cognitivas junto com
os estudos sobre os efeitos do ensino
complicaram a aceitação das não-criticadas
metáforas dominantes.
O ensino tradicional perde força e eficácia a
partir do momento em que começamos a
valorizar o ensino tendo em vista a
individualidade dos alunos
Novos desenvolvimentos científicos apontam
que existem tecnicas instrucionais identificaveis
que tem mais eficácia do que outras.
8. Novas técnicas de ensino
Para professores iniciantes, essas novas
técnicas instrucionais não são tão claras
como são os métodos ditos “tradicionais”.
Estas novas técnicas requerem uma imersão
em novos conhecimentos com base nas
neurociências, economia do conhecimento e
capacidades como estratégia, inovação,
diagnósticos e empreendedorismo.
Ensinar passa então a significar alcançar
através de passos codificados e de forma
objetiva os resultados pretendidos para o
aprendizado.
9. Um ensino inovador e eficaz
Professores capazes de identificar o perfil dos
estudantes
O professor estabelece o caminho apropriado
para alcançar resultados pré-estabelecidos e
adequados ao perfil dos estudantes.
Considerar as tecnologias disponiveis na
atualidade e utiliza-las em prol do ensino
O ensino tradicional perde força e eficácia a
partir do momento em que começamos a
valorizar o ensino tendo em vista a
individualidade dos alunos
10. Resistência à mudança
Muitos profissionais continuam fossilizados em seus
antigos procedimentos e relutam em olhar para estas
novas perspectivas.
Em pleno Século XXI, professores agem e são
tratados como se eles pertencem à classe
trabalhadora industrial de meados do século 20.
Apesar deste “novo e perturbador”modelo de
escolaridade já ter sido apontado por cientistas da
área da educação, assim como novas abordagens
para o ensino, muitos ainda relutam em deixar o
velho modelo de ensino dominante baseado na
metáfora do “dizer coisas criativas às pessoas”, ou
seja, a técnica da “difusão” (broadcasting)
11. Qual é o problema?
É necessária a renovação e
inovação do ensino
12. O Ensino precisa ser
repensado!
O que significa exatamente “ensinar”? Promover
o conhecimento dentro de determinado grupo?
Quem faz parte deste grupo? Como as pessoas
aprendem?
Qual o papel do professor no século XXI? O que
ele precisa considerar para promover um ensino
eficaz?
Os resultados do aprendizado precisam ser mais
objetivos
O ensino e a aprendizagem são campos
complexos e interligados que precisam ser cada
vez mais estudados e plenamente
compreendidos.
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15. INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO
Um estudo-piloto divulgado pela OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico),
intitulado Mensurando Inovação na Educação, mostra
que inovações de cunho filosófico, estilo e até de
recursos tecnológicos nas escolas podem ter impacto
positivo na valorização de professores e, em alguns
casos, nas notas dos alunos em algumas disciplinas.
Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/07/140717_inovacoes_educacao_ocde_pai
16. NOVAS TECNOLOGIAS
Em um mundo tão globalizado, as novas tecnologias
devem estar integradas ao projeto pedagógico. Assim,
professores e alunos também estarão mais integrados,
o que potencializará os processos de aprendizagem
através da personalização do ensino. É o que
defende Antoni Zabala, diretor da Revista AULA de
inovações educativas, fundador de Campus Virtual de
Educação da Universidade de Barcelona e referência
mundial em formação docente e reforma curricular
Fonte: http://porvir.org/porpensar/tecnologia-catalisa-inovacao-existe-professor/20140929
17. OPINIÕES
”Precisamos mudar a maneira de ensinar e o trabalho que é
feito dentro da sala de aula. Claro, ainda é necessário
conhecimento em matemática e ciências, mas agora o foco é
garantir às crianças as habilidades necessárias para a
sociedade do futuro. O modo tradicional de ensino foi feito
para a era industrial, com todos os trabalhadores fazendo a
mesma coisa e se mostrando obedientes, mas para o
amanhã e para o futuro é necessário fazer diferente e
desenvolver habilidades individuais e, ao mesmo tempo,
demonstrar colaboração, capacidade de inovar, ter coragem
para fracassar e encontrar novos modos de fazer as
coisas(...)Não podemos sentar e ficar só esperando e, sim,
trabalhar no redesenho do sistema educativo.”
Marjo Kyllönen (Secretária de Educação de Helsinque, capital da Finlândia)