"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Rhabdoviridae - Microbiologia
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2. Família Rhabdoviridae
Características:
• Formato de bastão ;
• Pertence a ordem Mononegavirales;
• Possuem genoma de RNA-linear, não segmentado e de
polaridade negativa ;
• Essa família de vírus infecta plantas (baciliformes) e
vertebrados (formato de cone).
Figura 1: Anatomia do vírus;
Fonte: Madagascar - Adry Tiana - educatión
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4. VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
Ordem: Mononegavirales
Família: Rhabdoviridae
Gênero: Lyssavirus
Estirpe: vírus da raiva.
Perspectiva histórica:
O estudo científico desta doença se iniciou com Pasteur, o qual em
colaboração com Thuillier, Roux e Chamberland concluiu, em 1881, que o
órgão alvo do vírus rábico é o SNC
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5. Replicação viral
• O vírus entra na célula hospedeira por fusão do seu envelope com a
membrana celular.
• Toda a replicação ocorre no citoplasma. A replicação envolve, primeiro, a
transcrição do genoma viral para mRNA pela polimerase viral.
• Mais tarde, usando os produtos desta transcrição, há a produção de
muitas cadeias simples de RNA positivas, que vão ser usadas para a
síntese do RNA genômico.
• Usando a cadeia de RNA como molde, a polimerase transcreve 5
fragmentos subgenômicos de mRNA.
VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
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6. Propriedades físicas do vírus :
O vírus da raiva é inativo por agentes químicos tais como o éter,
a formalina (1%), cresol (3%) e por agentes físicos tais como fervura .
Também é destruído pela pasteurização e na saliva seca perdendo a
sua virulência em poucas horas, mas nos cadáveres putrefatos pode
residir até 45h após a morte. O frio é um excelente conservante.
VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
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7. VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
Ciclos
• URBANO – caninos e felinos
• RURAL – bovinos e equinos
• SILVESTRE – associado a espécies silvestres
Hospedeiros
Hospedeiros naturais
• Morcegos, guaxinins, raposas, cães selvagens.
Hospedeiros Terminais
• Bovinos, equinos, caninos e felinos.
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8. VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
Transmissão:
• O vírus é transmitido, principalmente, a outros animais e humanos através do
contato com a saliva do animal infectado (mordidas, arranhões, lambidelas numa
ferida aberta ou numa mucosa).
• No entanto há evidências de infecções devidas a: exposições ao tecido nervoso do
animal raivoso, exposições respiratórias – transmissão por aerossóis (no caso dos
morcegos), vacinas defeituosas.
• Transplante de córnea (único exemplo de transmissão direta humano-humano)
• O contato da pele intacta com urina, sangue ou fezes de um animal não constitui
fator de exposição, exceto nos morcegos . Em zonas onde há morcegos
hematófagos como na América do Sul, estes são os principais disseminadores da
doença em rebanhos.
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9. VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
Sintomas:
• O período de incubação é variável, uma vez que depende da localização e
severidade da mordedura, da quantidade de vírus presente na saliva,
iidade do animal e da sua espécie.
• No cão oscila entre os 15 e 90 dias, no Homem entre 20 e 60 dias e no
cavalo entre 21 a 90 dias, podendo prolongar-se até 4 meses. Nos ovinos,
caprinos, suínos entre 21 e 90 dias, nos bovinos 20 a 80 dias e nos
felinos 14 a 60 dias.
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10. VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
Sintomas no cão:
A forma furiosa é a mais importante e evolui em 3 períodos distintos: o
melancólico, o de excitação e o de depressão.
O período melancólico corresponde ao período em que o animal aparenta
tristeza, tem reflexos lentos e isola-se, evitando ruídos e luz intensa
(fotofobia).
Em certas regiões do corpo surgem escoriações visto que o animal se
coça até se mutilar, mas sem manifestar dor. Durante este período vagueia
durante longos períodos, com a língua pendente devido a paralisia da
maxila e a baba a escorrer.
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11. Sintomas em animais selvagens:
A principal característica dos animais selvagens infectados é a perda de
medo de seres humanos podendo apresentar-se anormalmente dóceis.
A doença pode ser crônica e inaparente em morcegos e provavelmente em
doninhas e outros mustelídeos e às vezes nas ratazanas e ratos.
Sintomas nos felinos:
Nos felinos, a evolução é muito semelhante à do cão, mas na fase furiosa,
o animal é muito mais agressivo do que o cão e tem maior tendência para
esconder-se em locais isolados.
VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
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12. Sintomas no cavalo :
No cavalo, a doença, manifesta-se por inquietação, excitação e forte prurido
na zona da mordedura. O animal tem uma atitude agressiva, e forte tendência
para morder, o que os leva à automutilação.
No termo da evolução da doença o animal apresenta paralisia progressiva,
dificuldade em engolir e febre.
Sintomas em ruminantes e suínos :
Nestes animais, o quadro clínico no que respeita à excitação, pouco difere
entre eles, embora com manifestações próprias de cada espécie. Os
ruminantes não mostram tendência para morder.
Nos bovinos a raiva assume sobretudo a forma paralítica, com elevada
salivação, sufocação, ausência de ruminação, esforço retal e paralisia dos
membros posteriores.
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13. Diagnóstico viral
• O principal método utilizado é a Imunofluorescência.
• Inoculação intracerebral em camundongos lactentes – cultivos celulares.
• Histopatologia - observação dos corpúsculos de Negri
• PCR
VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
* Corpúsculos de Negri são eosinofílicas inclusões virais citoplasmáticas (espécie de
"colonização" celular feita por vírus) localizadas nas células do cerebelo (células de Purkinje) do
animal afetado pela raiva. Apenas os vírus da raiva produzem uma inclusão exclusivamente no
citoplasma.
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14. Diagnóstico sorológico:
Utilizado para avaliar eficácia de vacinas ;
Profilaxia :
Vacinação ;
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Ordem: Mononegavirales
Família: Rhabdoviridae
Gênero: Vesiculovirus
Estirpe: Estomatite vesicular VSV
As espécies susceptíveis à infecção pelo vírus da EV são cavalos, burros, mulas,
bovinos, suínos, lhamas e humanos. Caprinos e ovinos são resistentes e raramente
apresentam sinais clínicos. A enfermidade ocorre apenas na América, apesar de casos
já terem sido relatados na França e na África do Sul.
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Família Rhabdoviridae
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Transmissão:
Depende de insetos como vetores, sendo citadas as moscas da
espécie Lutzomia shamnnoni e da família Simuliidae. Depois de ter sido
introduzido em um rebanho, o microrganismo pode ser transmitido pelo
contato direto entre os animais infectados, além dos fômites contaminados
com o fluido das vesículas ou saliva.
Os humanos podem ser contaminados pelo contato com animais
infectados, tanto pela saliva dos mesmos quanto pelos fluidos vesiculares
VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
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VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
Sinais clínicos :
O vírus tem um período de incubação de dois a oito dias, mas já foram
encontrados casos em que as vesículas desenvolveram-se em 24 horas.
O primeiro sintoma é a salivação excessiva com posterior formação de
vesículas cujos fluidos são importantes no mecanismo de transmissão da
doença. Essas últimas aparecem nas tetas (em bovinos, podendo levar a
mastite com perda da função mamária), língua, no interior e exterior dos
lábios, focinho e patas (a coroa do casco é particularmente afetada).
Após a erosão das vesículas, as úlceras provocam anorexia e recusa a
beber. O animal perde muito peso e rebanhos leiteiros apresentam perda
na produção.
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VÍRUS DE IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA
Sinais clínicos:
A enfermidade raramente é fatal em bovinos e equinos, mas tende a ser
letal em suínos. Os animais se recuperam em duas semanas, a menos que
infecções bacterianas estejam associadas.
Figura 1: Bovino com extensa salivação Figura 2: Bovino com teta erodida
Fonte: Beef point.
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Diagnóstico
• Liquido vesicular, saliva, mucosa afetada.
• Deve ser feito rapidamente, diferencial de Febre Aftosa.
• ELISA (Ag. ou IgG/IgM)
• Fixação do Complemento
• RT-PCR
• Imunofluorescência
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Prevenção :
Controle de insetos e manter animais em estábulos secos. A quarentena e
isolamento dos animais infectados é importante para se evitar a
transmissão
Tratamento:
Sintomático
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REFERÊNCIAS
1. Vírus da raiva – Universidade Évora ; http://home.uevora.pt/~sinogas/TRABALHOS/2004/Raiva.htm, Acesso em:06.06.2019
2. Casos de raiva no AM – G1; https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/morre-crianca-vitima-de-raiva-humana-no-am-irmao-
morreu-ha-duas-semanas-com-mesma-doenca.ghtml; Acesso em:06.06.2019
3. Estotamite vesicular – Beef Point; https://www.beefpoint.com.br/estomatite-vesicular-41855/; Acesso em:06.06.2019