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PROTOZOÁRIOS
Organismos protistas,
eucariotas, constituídos por
uma única célula
PROTOZOÁRIO
• Apresentam as mais variadas
formas, processo de alimentação,
locomoção e reprodução
–Grandes variações, conforme sua
fase evolutiva e meio a que
estejam adaptados:
• Esféricos, ovais, alongados
–Locomoção:
• Cílios, flagelos, sem organelas
locomotoras especializadas
PROTOZOÁRIO
• Unicelulares
• Possuem organelas que executam
processos vitais com semelhança ao
funcionamento dos seres
multicelulares.
Protozoário
• Dependendo da sua atividade
fisiológica, algumas espécies
possuem fases bem definidas:
– Trofozoito: forma ativa
(alimentação, reprodução)
–Cisto e oocisto: formas de
resistência
–Gameta: forma sexuada
Exemplo:
Entamoeba histolytica
Trofozoito Cisto
Protozoário
Reprodução
• Assexuada
• Sexuada
REPRODUÇÃO
Assexuada
• Divisão binária ou cissiparidade
• Brotamento ou gemulação
• Endogenia: formação de duas ou mais
células-filhas por brotamento interno
• Esquizogonia:
– Trofozoíto cresce e seu núcleo se divide várias vezes
formando o esquizonte
– Cada núcleo adquire uma porção do citoplasma,
formando os merozoítos
– O esquizonte se rompe liberando os merozoítos.
Reprodução
Sexuada
• Singamia
– O gameta masculino e o feminino se unem para
formar o zigoto.
• Esporogonia
– Processo semelhante à esquizogonia, que ocorre
após a formação do zigoto, originando os
esporozoítos.
• Conjugação
– Quando ocorre a troca de materiais nucleares entre
dois indivíduos que se unem temporariamente.
Protozoário
Nutrição
Holofíticos ou autotróficos
• São os que, a partir de grãos ou pigmentos
citoplasmáticos (cromatóforos), conseguem
sintetizar energia a partir da luz solar (fotossíntese)
Holozóicos ou heterotróficos
• Ingerem partículas orgânicas de origem animal
(fagocitose e pinocitose)
Saprozóicos
• Substâncias orgânicas de origem vegetal, já
decompostas e dissolvidas em meio líquido
Mixotróficos
• São capazes de se alimentar por mais de um
método
Protozoário
Excreção
• Difusão dos metabólitos através da
membrana
• Expulsão dos metabólitos através de
vacúolos contráteis
Respiração
• Aeróbicos: vivem em meio rico em
oxigênio
• Anaeróbicos: vivem em ambientes
pobres em oxigênio
Locomoção
Os protozoários, como todos os parasitas, precisam se
locomover, para encontrarem habitat adequados à sua
sobrevivência.
Sua locomoção pode ser através de:
• Pseudópodes:
– Expansões temporárias da membrana citoplasmática.
• Flagelos:
– Filamentos protéicos, longos e em pequeno número.
• Cílios:
– Filamentos protéicos curtos, presentes em grande
quantidade.
• Microtúbulos subpeliculares que permitem a locomoção
por flexão, deslizamento ou ondulação
Sistemática
REINO: Protista
SUBREINO: Protozoa
FILOS:
1. Sarcomastigophora
SUBFILO:
1. Mastigophora (com flagelos): tripanosomas, leishmanias,
giárdia, tricômonas
2. Sarcodina (com pseudópodos): amebas
2. Apicomplexa:
Plasmódios (malária),
Toxoplasma (toxoplasmose)
3. Ciliophora (ciliados) - Balantidium
REINO: Protista
SUBREINO: Protozoa
FILOS: Sarcomastigophora
SUBFILO: Mastigophora
(com flagelos): tripanosomas,
leishmanias, giárdia, tricômonas
SUBFILO: Mastigophora
Familia Trypanosomatidade
Possui dois gêneros de importância médica:
Leishmania e Trypanosoma.
Leishmanioses humanas
Leishmaniose tegumentar
Leishmaniose visceral (calazar)
Leishmanioses humanas
Leishmaniose tegumentar
Doença polimorfa da pele e das mucosas,
caracterizada pela presença de lesões
ulcerativas
Leishmaniose visceral
Doença generalizada de evolução
crônica que atinge as visceras: baço,
fígado e medula óssea.
• Leishmaniose tegumentar:
– Presença de úlcera cutânea única ou em pequeno
número, com bordas elevadas e ausência de dor
local.
• Leishmaniose visceral
– Progressiva alteração do estado geral, com febre
intermitente, hepatomegalia, esplenomegalia,
adenomegalia generalizada, palidez e caquexia,
podendo ser fatal.
– Cão, além desses sinais clínicos, podem ser
observados descamação da pele e crescimento
progressivo das unhas (ornicogrifose).
Seres humanos e animais
Diagnóstico:
1. Reconhecimento dos sinais e sintomas
clínicos sugestivos da doença
2. Dados epidemiológicos
3. Investigação laboratorial
– demonstração do parasita nos tecidos
– e / ou de reação cutânea positiva para antígenos
de Leishmania ou de presença de anticorpos anti-
Leishmania no soro.
Leishmaniose tegumentar
Doença polimorfa da pele e das mucosas,
caracterizada pela presença de lesões
ulcerativas que podem ser:
1. Cutânea simples (auto limitadas)
2. Cutânea difusa (lesões múltiplas
nodulares)
3. Forma muco-cutânea: podem ou não
ocorrer metástases nasobucofaringeanas
Espécies causadoras de Leishmaniose
tegumentar americana no Brasil:
Leishmania (V.) braziliensis,
Leishmania (V.) guyanensis
Leishmania (L.) amazonensis
Acomete o homem, mamíferos silvestres
(como a preguiça, o gambá, roedores,
canídeos) e domésticos (cão, cavalo etc.).
Cutânea simples
Cutânea difusa
(lesões múltiplas nodulares)
Forma muco-cutânea :
podem ou não ocorrer metástases nasobucofaringeanas
Leishmaniose visceral (LV) ou Calazar
• Forma crônica caracterizada
pelo acometimento
sistêmico (órgãos internos:
baço, fígado, medula óssea)
• Brasil:
Leishmania chagasi
Leishmaniose visceral (LV) ou Calazar
BRASIL
Uma zooantroponose peri-urbana e rural.
• No âmbito doméstico
– O cão é importante reservatório da Leishmania
chagasi, e responsável pelo caráter endêmico-
epidêmico da doença.
• No ambiente silvestre
– A raposa e outros canídeos são incriminados como
hospedeiros naturais
• A única espécie de flebótomo incriminada na
transmissão é a Lutzomyia longipalpis
Leishmaniose visceral (LV) ou Calazar
• Clinicamente, a doença humana pouco difere
das outras modalidades
clínico-epidemiológicas existentes em outros
continentes
–Febre, anemia, hepatoesplenomegalia e
emagrecimento de caráter progressivo
• Muito sensível ao tratamento pelo antimonial.
Leishmaniose visceral (LV) ou Calazar
• Taxa de mortalidade dos casos não tratados
varia de 75 a 95%
• Distribuição geográfica:
– Norte da Amazônia até os estados da região
sudeste, passando pelos da região centro-oeste.
– São mais atingidos os estados da região nordeste
(97% dos casos), predominando no Ceará.
Calazar humano
• Mais freqüente em crianças, na maioria
das áreas
–80% dos casos - menores de 10 anos
–60% - até os 4 anos
• Predominante no sexo masculino
Calazar canino
• Mais prevalente que o
humano
– Evolução lenta
– Acentuado
emagrecimento, perda
de pelos e apatia
– Freqüentemente
assintomático, embora
com alto grau de
parasitismo na pele sã e
vísceras.
Vetor
• Filo: Arthropoda
• Classe: Insecta
• Ordem: Diptera
• Familia: Psychodidae
• Gênero: Lutzomyia
• Espécie: Lutzomyia longipalpis
Brasil: cangalhinha, mosquito-palha, birigüi,
tatuíra
Lutzomyia longipalpis
• Coloniza facilmente o
peridomicílio, adaptando-se a
temperaturas elevadas e
baixo grau de umidade
• Período de maior
transmissibilidade a estação
chuvosa
• Invadem o domicílio, picando
tanto o homem quanto o cão.
Ciclo biológico
• Heteroxeno
1. Invertebrado
2. Vertebrado
1
2
Gênero Leishmania
• Formas evolutivas
–Amastígota
–Promastígota
Morfologia básica do gênero Leishmania
Forma flagelada ou promastigota
Forma aflagelada ou amastigota
Habitat
• Amastigota, encontrada
dentro
dos macrófagos
presentes nos
órgãos atingidos (pele ou
vísceras)
• Promastígotas, forma
infectante,
encontrada nos insetos
vetores:
flebótomos ou
Lutzomyia
Patogenia
Leishmaniose tegumentar:
• Lesão inicial
– Manifestada por um infiltrado inflamatório composto
principalmente de linfócitos e de macrófagos
(abarrotados de parasitos)
• Período de incubação
– Tempo entre a picada do inseto e o aparecimento da
lesão inicial: duas semanas a três meses
• Evolução
lesão inicial  nódulo dérmico (histiocitoma) 
lesão úlcero-crostosa úlcera leishmaniótica
Patogenia
Leishmaniose visceral
A pele é a porta de entrada para a infecção
• Amastigotas: migrarão, via sanguinea, do
nódulo inicial para as visceras (baço, fígado e
medula óssea)
 Nesses órgãos, as amatigotas se multiplicarão
intensamente, promovendo a esplenomegalia, a
hepatomegalia e a disfunção da medula óssea
Diagnóstico
Leishmaniose tegumentar
• Diagnóstico clínico
• Diagnóstico laboratorial
– Pesquisa do parasito
– Pesquisa do DNA
– Pesquisa de Ac
Diagnóstico
• Diagnóstico clínico
– Característica da lesão associado à anamnese
• Dados epidemiológicos são de grande importância
• Pesquisa do parasito
– Exame direto de esfregaços corados
– Exame histopatológico
– Cultura
– Inóculo em animais (hamster)
• Pesquisa do DNA do parasito
– PCR (reação em cadeia da polimerase)
• Detecta a presença de DNA de Leishmania spp em
fragmentos de fígado, baço, aspirados de linfonodo e
medula óssea.
Escarificação da borda de lesão cutânea, localizada no membro superior,
com lâmina de bisturi e confecção do esfregaço em lâmina de vidro.
Diagnóstico
• Métodos imunológicos
– Métodos para avaliação da resposta celular
• Teste intradérmico de Montenegro
– Métodos para avaliação da resposta humoral
• RIFI (reação de imunofluorescência indireta)
Leishmaniose visceral
Diagnóstico clínico:
• Anamnese
• Exames de palpação e de percussão
A demonstração do parasito é
conclusivo
Leishmaniose visceral
Diagnóstico laboratorial
• Exames parasitológicos
Demonstração de amastigotas
(punção da medula óssea, fígado e baço)
• Esfregaço em lâmina: fixado em álcool
metílico e corado pelo Giensa
• Semeadura em meio de cultura NNN
• Inoculado em hamster
PCR (reação em cadeia da polimerase)
• Pesquisa o DNA da Leishmania
Leishmaniose visceral
Diagnóstico laboratorial
• Métodos imunológicos
RIFI (reação de imunofluorescência indireta)
• Tem como antígeno forma promastígotas
oriundas de cultura e fixadas em lâminas
• Reação cruzadas com doença de Chagas e
leishmaniose tegumentar
ELISA (ensaio imunoenzimático)
• Sensibilidade: 98%
• Cruza com outros tripanosomatídeos
Epidemiologia
Leishmaniose tegumentar
Distribuição geográfica
• Distribuição mundial
– Exceto a causada pela L. braziliensis que ocorre
apenas nas Américas
Epidemiologia
Leishmaniose tegumentar
Fonte de infecção
Roedores silvestres ( paca, cotia, ratos silvestres),
edentados (tatu, tamanduá, preguiça), marsupiais
(gambás e marmotas), carnívoros (cães, gatos,
quatis), humanos e equinos
Forma de infecção:
Promastígota
Via de transmissão:
hospedeiros intermediários (Brasil: gênero Lutzomyia)
Via de penetração:
 Inoculação na pele das formas promastigotas pelo inseto
Epidemiologia
Leishmaniose visceral
Distribuição geográfica:
• Distribuição mundial
• Exceto a L. chagasi exclusiva das
Américas
Epidemiologia
Leishmaniose visceral
Fonte de infecção:
 Raposas e cães
Forma de transmissão:
 Promatigotas
Via de transmissão:
 Hospedeiro intermediário – Lutzomyia longipalpis
Via de penetração:
 Inoculação na pele das formas promastigotas pela
picada do inseto transmissor
Prevenção
• Mecanismos de proteção individual :
– Repelentes, telas em portas e janelas, camisas de
mangas compridas e calças, meias e sapatos.
• Controle de reservatórios domésticos
• Controle vetorial nas áreas intra e
peridomicílio
• Medidas educativas :
– Acondicionamento e destino adequado do lixo
orgânico.
Prevenção
• Leishmaniose tegumentar
– Vacina – protege mais de 70% dos humanos vacinados
– Pulverização de inseticidas
• Leishmaniose visceral
– Pulverização de inseticidas
– Principal reservatório: cão – recomendação expressa de
eutanásia de todos os animais positivos
– Tratamento e vacinação dos cães ainda estão em fase
experimental
– Não existe vacina que proteja os humanos contra essa
forma de leishmaniose
Tratamento
Humanos
• O SUS oferece tratamento
específico e gratuito para a
doença.
• O tratamento é feito com uso de
medicamentos específicos a base
de antimônio, repouso e uma boa
alimentação.
– Existem drogas eficientes mas a
terapêutica é de longa duração e
dolorosa
– Dieta equilibrada, capaz de repor
as perdas orgânicas e ativar o
sistema imune
Animais reservatórios:
 Ainda não existe tratamento
eficiente
Tratamento
LTA
Drogas: antimoniais:
• Glucantime ( N-metilglucamin)
LV
Drogas: antimoniais
• Glucantime ( N-metilglucamin)
– Sucesso do tratamento:
• Diretamente proporcional à precocidade com que é
instituído
– Alta mortalidade:
• Pacientes com diagnóstico incorreto, demorado ou em
imunodeprimidos
Tratamento
Leishmaniose visceral
• A medicação distribuída nas unidades públicas
de saúde onde se trata LV são compostos de
antimônio pentavalente, com dose
recomendada de 20mg/kg/dia por no mínimo
20 dias.
Hipersensibilidade ao uso de antimonial
pentavalente (Glucantime®)
• Alterações renais por hipersensibilidade ao
uso de antimonial pentavalente (Glucantime®)
Relato de um caso:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S0036-46651990000400003&lng=pt&nrm=iso
O tratamento nos cães existe, mas ainda é
controverso
• Animais tratados podem
continuar como
reservatórios após curados.
• Por esse motivo, o sacrifício
dos animais doentes é
indicado por lei.
• Código Penal Brasileiro
enquadra como crime contra
a Saúde Pública
Mas para acatar essa medida, o dono tem
o direto legal de:
• Requerer a confirmação do
exame positivo para
leishmaniose, através de novos
testes.
• Em caso positivo:entregar o
animal, mediante ordem
judicial.
• Eutanásia - proprietário tem
reservado o direito de confiar
seu cão a um veterinário de
confiança
Vacina contra a leishmaniose
• Desenvolvida no Brasil por
pesquisadores da Universidade
Federal do Rio de Janeiro
• Comercializada para um
número restrito de
veterinários em regiões
endêmicas.
 Possui registro no
Ministério da Agricultura,
mas sua utilização ainda não
foi aprovada pelo Ministério
da Saúde para uso em
campanhas em massa de
controle da leishmaniose.
Para ler
http://www.agencia.fiocruz.br/leishmaniose
http://www.dbbm.fiocruz.br/tropical/leishman/leishext/index.htm
http://www.fiocruz.br/bibcb/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=102&sid=106
www.dbbm.fiocruz.br/tropical/leishman/leishext/html/hist_rico.htm
http://www.microbiologia.ufrj.br/informativo/micromundo/250-vacina-brasileira-contra-
a-leishmaniose-visceral-em-caes-ganha-licenca-permanente
http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/biblioteca/2515/5_associacao_da_leishm
aniose_tegumentar_americana_a_outras_doencas.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-05962008000500009&script=sci_arttext
http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1415-
790X2004000300011&script=sci_arttext&tlng=pt

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  • 2. PROTOZOÁRIO • Apresentam as mais variadas formas, processo de alimentação, locomoção e reprodução –Grandes variações, conforme sua fase evolutiva e meio a que estejam adaptados: • Esféricos, ovais, alongados –Locomoção: • Cílios, flagelos, sem organelas locomotoras especializadas
  • 3. PROTOZOÁRIO • Unicelulares • Possuem organelas que executam processos vitais com semelhança ao funcionamento dos seres multicelulares.
  • 4. Protozoário • Dependendo da sua atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas: – Trofozoito: forma ativa (alimentação, reprodução) –Cisto e oocisto: formas de resistência –Gameta: forma sexuada
  • 7. REPRODUÇÃO Assexuada • Divisão binária ou cissiparidade • Brotamento ou gemulação • Endogenia: formação de duas ou mais células-filhas por brotamento interno • Esquizogonia: – Trofozoíto cresce e seu núcleo se divide várias vezes formando o esquizonte – Cada núcleo adquire uma porção do citoplasma, formando os merozoítos – O esquizonte se rompe liberando os merozoítos.
  • 8. Reprodução Sexuada • Singamia – O gameta masculino e o feminino se unem para formar o zigoto. • Esporogonia – Processo semelhante à esquizogonia, que ocorre após a formação do zigoto, originando os esporozoítos. • Conjugação – Quando ocorre a troca de materiais nucleares entre dois indivíduos que se unem temporariamente.
  • 9. Protozoário Nutrição Holofíticos ou autotróficos • São os que, a partir de grãos ou pigmentos citoplasmáticos (cromatóforos), conseguem sintetizar energia a partir da luz solar (fotossíntese) Holozóicos ou heterotróficos • Ingerem partículas orgânicas de origem animal (fagocitose e pinocitose) Saprozóicos • Substâncias orgânicas de origem vegetal, já decompostas e dissolvidas em meio líquido Mixotróficos • São capazes de se alimentar por mais de um método
  • 10. Protozoário Excreção • Difusão dos metabólitos através da membrana • Expulsão dos metabólitos através de vacúolos contráteis Respiração • Aeróbicos: vivem em meio rico em oxigênio • Anaeróbicos: vivem em ambientes pobres em oxigênio
  • 11. Locomoção Os protozoários, como todos os parasitas, precisam se locomover, para encontrarem habitat adequados à sua sobrevivência. Sua locomoção pode ser através de: • Pseudópodes: – Expansões temporárias da membrana citoplasmática. • Flagelos: – Filamentos protéicos, longos e em pequeno número. • Cílios: – Filamentos protéicos curtos, presentes em grande quantidade. • Microtúbulos subpeliculares que permitem a locomoção por flexão, deslizamento ou ondulação
  • 12.
  • 13. Sistemática REINO: Protista SUBREINO: Protozoa FILOS: 1. Sarcomastigophora SUBFILO: 1. Mastigophora (com flagelos): tripanosomas, leishmanias, giárdia, tricômonas 2. Sarcodina (com pseudópodos): amebas 2. Apicomplexa: Plasmódios (malária), Toxoplasma (toxoplasmose) 3. Ciliophora (ciliados) - Balantidium
  • 14. REINO: Protista SUBREINO: Protozoa FILOS: Sarcomastigophora SUBFILO: Mastigophora (com flagelos): tripanosomas, leishmanias, giárdia, tricômonas
  • 15. SUBFILO: Mastigophora Familia Trypanosomatidade Possui dois gêneros de importância médica: Leishmania e Trypanosoma.
  • 17. Leishmanioses humanas Leishmaniose tegumentar Doença polimorfa da pele e das mucosas, caracterizada pela presença de lesões ulcerativas Leishmaniose visceral Doença generalizada de evolução crônica que atinge as visceras: baço, fígado e medula óssea.
  • 18. • Leishmaniose tegumentar: – Presença de úlcera cutânea única ou em pequeno número, com bordas elevadas e ausência de dor local. • Leishmaniose visceral – Progressiva alteração do estado geral, com febre intermitente, hepatomegalia, esplenomegalia, adenomegalia generalizada, palidez e caquexia, podendo ser fatal. – Cão, além desses sinais clínicos, podem ser observados descamação da pele e crescimento progressivo das unhas (ornicogrifose).
  • 19. Seres humanos e animais Diagnóstico: 1. Reconhecimento dos sinais e sintomas clínicos sugestivos da doença 2. Dados epidemiológicos 3. Investigação laboratorial – demonstração do parasita nos tecidos – e / ou de reação cutânea positiva para antígenos de Leishmania ou de presença de anticorpos anti- Leishmania no soro.
  • 20. Leishmaniose tegumentar Doença polimorfa da pele e das mucosas, caracterizada pela presença de lesões ulcerativas que podem ser: 1. Cutânea simples (auto limitadas) 2. Cutânea difusa (lesões múltiplas nodulares) 3. Forma muco-cutânea: podem ou não ocorrer metástases nasobucofaringeanas
  • 21. Espécies causadoras de Leishmaniose tegumentar americana no Brasil: Leishmania (V.) braziliensis, Leishmania (V.) guyanensis Leishmania (L.) amazonensis Acomete o homem, mamíferos silvestres (como a preguiça, o gambá, roedores, canídeos) e domésticos (cão, cavalo etc.).
  • 24.
  • 25. Forma muco-cutânea : podem ou não ocorrer metástases nasobucofaringeanas
  • 26. Leishmaniose visceral (LV) ou Calazar • Forma crônica caracterizada pelo acometimento sistêmico (órgãos internos: baço, fígado, medula óssea) • Brasil: Leishmania chagasi
  • 27. Leishmaniose visceral (LV) ou Calazar BRASIL Uma zooantroponose peri-urbana e rural. • No âmbito doméstico – O cão é importante reservatório da Leishmania chagasi, e responsável pelo caráter endêmico- epidêmico da doença. • No ambiente silvestre – A raposa e outros canídeos são incriminados como hospedeiros naturais • A única espécie de flebótomo incriminada na transmissão é a Lutzomyia longipalpis
  • 28. Leishmaniose visceral (LV) ou Calazar • Clinicamente, a doença humana pouco difere das outras modalidades clínico-epidemiológicas existentes em outros continentes –Febre, anemia, hepatoesplenomegalia e emagrecimento de caráter progressivo • Muito sensível ao tratamento pelo antimonial.
  • 29. Leishmaniose visceral (LV) ou Calazar • Taxa de mortalidade dos casos não tratados varia de 75 a 95% • Distribuição geográfica: – Norte da Amazônia até os estados da região sudeste, passando pelos da região centro-oeste. – São mais atingidos os estados da região nordeste (97% dos casos), predominando no Ceará.
  • 30. Calazar humano • Mais freqüente em crianças, na maioria das áreas –80% dos casos - menores de 10 anos –60% - até os 4 anos • Predominante no sexo masculino
  • 31. Calazar canino • Mais prevalente que o humano – Evolução lenta – Acentuado emagrecimento, perda de pelos e apatia – Freqüentemente assintomático, embora com alto grau de parasitismo na pele sã e vísceras.
  • 32.
  • 33. Vetor • Filo: Arthropoda • Classe: Insecta • Ordem: Diptera • Familia: Psychodidae • Gênero: Lutzomyia • Espécie: Lutzomyia longipalpis Brasil: cangalhinha, mosquito-palha, birigüi, tatuíra
  • 34. Lutzomyia longipalpis • Coloniza facilmente o peridomicílio, adaptando-se a temperaturas elevadas e baixo grau de umidade • Período de maior transmissibilidade a estação chuvosa • Invadem o domicílio, picando tanto o homem quanto o cão.
  • 35. Ciclo biológico • Heteroxeno 1. Invertebrado 2. Vertebrado 1 2
  • 36.
  • 37. Gênero Leishmania • Formas evolutivas –Amastígota –Promastígota
  • 38. Morfologia básica do gênero Leishmania Forma flagelada ou promastigota Forma aflagelada ou amastigota
  • 39. Habitat • Amastigota, encontrada dentro dos macrófagos presentes nos órgãos atingidos (pele ou vísceras) • Promastígotas, forma infectante, encontrada nos insetos vetores: flebótomos ou Lutzomyia
  • 40. Patogenia Leishmaniose tegumentar: • Lesão inicial – Manifestada por um infiltrado inflamatório composto principalmente de linfócitos e de macrófagos (abarrotados de parasitos) • Período de incubação – Tempo entre a picada do inseto e o aparecimento da lesão inicial: duas semanas a três meses • Evolução lesão inicial  nódulo dérmico (histiocitoma)  lesão úlcero-crostosa úlcera leishmaniótica
  • 41. Patogenia Leishmaniose visceral A pele é a porta de entrada para a infecção • Amastigotas: migrarão, via sanguinea, do nódulo inicial para as visceras (baço, fígado e medula óssea)  Nesses órgãos, as amatigotas se multiplicarão intensamente, promovendo a esplenomegalia, a hepatomegalia e a disfunção da medula óssea
  • 42. Diagnóstico Leishmaniose tegumentar • Diagnóstico clínico • Diagnóstico laboratorial – Pesquisa do parasito – Pesquisa do DNA – Pesquisa de Ac
  • 43. Diagnóstico • Diagnóstico clínico – Característica da lesão associado à anamnese • Dados epidemiológicos são de grande importância • Pesquisa do parasito – Exame direto de esfregaços corados – Exame histopatológico – Cultura – Inóculo em animais (hamster) • Pesquisa do DNA do parasito – PCR (reação em cadeia da polimerase) • Detecta a presença de DNA de Leishmania spp em fragmentos de fígado, baço, aspirados de linfonodo e medula óssea.
  • 44. Escarificação da borda de lesão cutânea, localizada no membro superior, com lâmina de bisturi e confecção do esfregaço em lâmina de vidro.
  • 45.
  • 46. Diagnóstico • Métodos imunológicos – Métodos para avaliação da resposta celular • Teste intradérmico de Montenegro – Métodos para avaliação da resposta humoral • RIFI (reação de imunofluorescência indireta)
  • 47. Leishmaniose visceral Diagnóstico clínico: • Anamnese • Exames de palpação e de percussão A demonstração do parasito é conclusivo
  • 48. Leishmaniose visceral Diagnóstico laboratorial • Exames parasitológicos Demonstração de amastigotas (punção da medula óssea, fígado e baço) • Esfregaço em lâmina: fixado em álcool metílico e corado pelo Giensa • Semeadura em meio de cultura NNN • Inoculado em hamster PCR (reação em cadeia da polimerase) • Pesquisa o DNA da Leishmania
  • 49. Leishmaniose visceral Diagnóstico laboratorial • Métodos imunológicos RIFI (reação de imunofluorescência indireta) • Tem como antígeno forma promastígotas oriundas de cultura e fixadas em lâminas • Reação cruzadas com doença de Chagas e leishmaniose tegumentar ELISA (ensaio imunoenzimático) • Sensibilidade: 98% • Cruza com outros tripanosomatídeos
  • 50. Epidemiologia Leishmaniose tegumentar Distribuição geográfica • Distribuição mundial – Exceto a causada pela L. braziliensis que ocorre apenas nas Américas
  • 51. Epidemiologia Leishmaniose tegumentar Fonte de infecção Roedores silvestres ( paca, cotia, ratos silvestres), edentados (tatu, tamanduá, preguiça), marsupiais (gambás e marmotas), carnívoros (cães, gatos, quatis), humanos e equinos Forma de infecção: Promastígota Via de transmissão: hospedeiros intermediários (Brasil: gênero Lutzomyia) Via de penetração:  Inoculação na pele das formas promastigotas pelo inseto
  • 52. Epidemiologia Leishmaniose visceral Distribuição geográfica: • Distribuição mundial • Exceto a L. chagasi exclusiva das Américas
  • 53. Epidemiologia Leishmaniose visceral Fonte de infecção:  Raposas e cães Forma de transmissão:  Promatigotas Via de transmissão:  Hospedeiro intermediário – Lutzomyia longipalpis Via de penetração:  Inoculação na pele das formas promastigotas pela picada do inseto transmissor
  • 54. Prevenção • Mecanismos de proteção individual : – Repelentes, telas em portas e janelas, camisas de mangas compridas e calças, meias e sapatos. • Controle de reservatórios domésticos • Controle vetorial nas áreas intra e peridomicílio • Medidas educativas : – Acondicionamento e destino adequado do lixo orgânico.
  • 55. Prevenção • Leishmaniose tegumentar – Vacina – protege mais de 70% dos humanos vacinados – Pulverização de inseticidas • Leishmaniose visceral – Pulverização de inseticidas – Principal reservatório: cão – recomendação expressa de eutanásia de todos os animais positivos – Tratamento e vacinação dos cães ainda estão em fase experimental – Não existe vacina que proteja os humanos contra essa forma de leishmaniose
  • 56. Tratamento Humanos • O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença. • O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos a base de antimônio, repouso e uma boa alimentação. – Existem drogas eficientes mas a terapêutica é de longa duração e dolorosa – Dieta equilibrada, capaz de repor as perdas orgânicas e ativar o sistema imune Animais reservatórios:  Ainda não existe tratamento eficiente
  • 57. Tratamento LTA Drogas: antimoniais: • Glucantime ( N-metilglucamin) LV Drogas: antimoniais • Glucantime ( N-metilglucamin) – Sucesso do tratamento: • Diretamente proporcional à precocidade com que é instituído – Alta mortalidade: • Pacientes com diagnóstico incorreto, demorado ou em imunodeprimidos
  • 58. Tratamento Leishmaniose visceral • A medicação distribuída nas unidades públicas de saúde onde se trata LV são compostos de antimônio pentavalente, com dose recomendada de 20mg/kg/dia por no mínimo 20 dias.
  • 59. Hipersensibilidade ao uso de antimonial pentavalente (Glucantime®) • Alterações renais por hipersensibilidade ao uso de antimonial pentavalente (Glucantime®) Relato de um caso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S0036-46651990000400003&lng=pt&nrm=iso
  • 60. O tratamento nos cães existe, mas ainda é controverso • Animais tratados podem continuar como reservatórios após curados. • Por esse motivo, o sacrifício dos animais doentes é indicado por lei. • Código Penal Brasileiro enquadra como crime contra a Saúde Pública
  • 61. Mas para acatar essa medida, o dono tem o direto legal de: • Requerer a confirmação do exame positivo para leishmaniose, através de novos testes. • Em caso positivo:entregar o animal, mediante ordem judicial. • Eutanásia - proprietário tem reservado o direito de confiar seu cão a um veterinário de confiança
  • 62. Vacina contra a leishmaniose • Desenvolvida no Brasil por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro • Comercializada para um número restrito de veterinários em regiões endêmicas.  Possui registro no Ministério da Agricultura, mas sua utilização ainda não foi aprovada pelo Ministério da Saúde para uso em campanhas em massa de controle da leishmaniose.