SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 40
Qual é o seu diagnóstico? SESSÃO CLÍNICA  CTI-HSL DRA. MICHELI PONTE
CASO CLÍNICO
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA Lúcida, orientada, eupneica, afebril, acianótica, anictérica  sem foco motor, sem rigidez de nuca,  hipocorada 1++, desidratada 1+/4+ RCR 2T BNF sem Sopros ou ES MVUA sem ruídos adventícios Abdome e MMII sem alterações Tratamento : Dipirona, Profenid, Tramal sem controle álgico TCC: Normal RX Seios Face:  EXS: sem leucocitose Conduta: Internação em quarto para controle álgico, observação estudo e tratamento.
INTERNAÇÃO EM QUARTO D1-  Cefaléiaholocraniana intensa refratária á analgesia venosa Astenia aos mínimos esforços Normotensa, taquicardica D2- Rebaixamento nível consciência- Sonolenta, despertável ao chamado com pouca interação com examinador, não obedece comandos.  Normotensa (130X80)  Taquipneica sem esforço       (FC:122  FR:26  SAT02:98%) ECG: Taqui sinusal. Sudorese Crise convulsiva
EVOLUÇÃO CRISE CONVULSIVA ( ESPASTICIDADE, AUMENTO TÔNUS MUSCULAR, LIBERAÇÃO ESFINCTERIANA, REBAIXAMENTO NIVEL CONSCIÊNCIA) PÓS - ICTAL CTI
ADMISSÃO NO CTI Sonolenta Abertura ocular espontânea Localiza dor ao estimulo álgico Resposta verbal confusa Pupilas isocóricas – fotorreagentes Hipocorada (2++), acinótica, anictérica, afebril, hidratada, normotensa (143X92) bradicardia (48bpm), taquipnéia(25irpm) Sat. 02: 98%. RCR 2T BNF sem sopros ou ES MVUA com estertores crepitantes até ápices Abdome e MMII sem alterações
CONDUTA Solicitado: Hemograma, bioquímica, PCR, LDL VDRL VHS T4 livre, TSH Aldolase Combs direta e indireta Sorologia para dengue e hepatite C Função Hepática Gasometria com lactato HIV Punção Lombar TCTX PRESCRITO HIDANTAL PRESCRITO MACRO CONTINUA
D3 IH D2 CTI Esforço respiratório com queda saturação 78% Rebaixamento nível consciência Sedada com dormonid + fentanil IOT n° 7,5 + VM VCV 350, Fio2 0,45 PEEP 8  PVSC esquerda sem  intercorrência. ECO: Função diastólica VE preservada    Discreta disfunção sistólica VD    PSAP 50    VCI Normal com boa variação respiratória Doppler Venoso de MMII- sem visualizar trombos Doppler carótidas e vertebrais: sem placas obstrutivas
D3 IH D2 CTI Punção LCR: Liquor Turvo EDA: Esofagite por cândida, pangastrite enantematosa 20h: Hipotensão- taquipnéia- taquicardia Oligoanúrica Regulados parâmetros respiratórios VCV PEEP 8 Fio2 50% Extremidades frias Conduta:  PAM, reposição volêmica Ajuste sedação Anfotericina B lipossomal
D4 IHD2 CTI Instabilidade hemodinâmica- Noradrenalina   Mal acoplada á ventilação P: 84  SATO2: 82% Conduta: VCV, PEEP 12, FIO2:100% Aumento escórias renais: Diálise 13h: bradicardia- PCR em assistolia: MCRP. ΔT: 5 minutos 14:30- PCR em assistolia- retorno em FA- FC 180 bpmCardioversão elétrica 360J. ΔT: 1 minuto 15h- PCR em assistolia- retorno com hipotensão ajustado dose noradrenalina. ΔT: 5 minutos. 16:30- PCR em assistolia sem sucesso após manobras reversão  16:50h- óbito
RETROSPECTIVA
Resultados de exames:
LIQUOR Exames Físico: Aspecto e cor: Levemente opalescente Após centrifugado: límpido e incolor Pressão saída: 70 Exame citológico: Leucocitos:1 Hemácias:0 Exame químico Proteínas totais:23mgl Glicose:68ngl Pesquisa de células neoplásicas: Não observadas Exame bacterioscópico: Formas Gram. positiva:  ausente Formas Gram. negativas:  ausentes Pesquisa B.A.A.R: Negativo Pesquisa fungos (tinta china) positivo Formas leveduriformes 683pm3,  sendo 4% gemulantes.
Liquor Látex ( antígenos bacterianos) Negativo Látex ( cryptococcus neoformans) Positivo 112 Cultura bactérias-  crescimento de Cryptococcus neoformans
“ Cefaléiaé um sintoma muito freqüente e deve ser considerado um sinal de alerta, seja ela conseqüência de problemas graves ou não.” CEFALÉIA
Classificação Etiologia Cefaléias primárias: são as que ocorrem sem etiologia demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais usuais. O principal exemplo é a migrânea. Cefaléias secundárias: são as provocadas por doenças demonstráveis pelos exames clínicos ou laboratoriais.
Classificação Instalação e a evolução Cefaléiasexplosivas:  São as que surgem abruptamente, em fração de segundo, atingindo a intensidade máxima instantaneamente. Ruptura de um aneurisma arterial intracraniano ou de outras mal fomaçõesvasculares, orgástica, thunderclapheadache. Cefaléias agudas:  São as que atingem seu máximo em minutos ou poucas exemplos, migrânea, cefaléia de tensão, meningites, encefalites, hemorragias cerebrais não arteriais, sinusites agudas. Cefaléias subagudas: Instalação insidiosa, atingindo o ápice em dias ou poucos meses (até três meses). Ocorrem, principalmente, nas cefaléias secundárias, decorrentes de hematomas subdurais, tumores de crescimento rápido, meningites crônicas (fungo, tuberculose). Cefaléias crônicas:  Persistem por meses ou anos ,  recidivante. migrânea, cefaléiaem salvas, cefaléia tipo tensão esporádica.
MENINGITE
Meninges Membranas de tecido conjuntivo que recobrem o SNC; Função: sustentação e proteção; Três membranas:  dura-máter, aracnóide, pia-máter;
Definição: inflamação das meninges e do LCR  FISIOPATOLOGIA: Barreira hematoencefálica e barreira sangue-LCR Contaminação do LCR Líquor: meio ideal Disseminação
Etiologia:  Asséptica sarcoidose, neoplasia, pós radioterapia Virais Enterovirus, Herpes simples, vírus Nilo ocidental Infecciosas: Bacterianas  Recém nascidos: S. beta hemolítico grupo B ( S. agalatiae) 1-15 anos: Neiseriameningitides e  Haemophilus influenza Adultos: Streptococcuspneumoniae e meningococo Idades extremas, gestantes, puérperas, etilistas, pacientes oncológicos imunodeprimidos: bacilo gram. positivo liquor: Listeria monocytogenes Endocardite e pós-operatório neurocirurgia, traumatismo crânio encefálico:  S. Aureus e Pseudomona Paciente com cateter de derivação de LCR: S. Epidermidis Paciente com fistula de LCR: Pneumococo Alteração imunidade: Tuberculose Fungos: Cryptococcus
Clínica Viral: Quadros subagudos Febre Cefaleia leve a moderada Fotofobia Escassa rigidez nuca Bacterianas: Quadros maior manifestação e rápida evolução Febre elevada Cefaleia intensa fotofobia Rigidez nuca marcada Kernig e brudzinski positivos Náuseas e vômitos opstótonos Sudorese Prostração Alguns casos : afeta pares cranianos: IV-VI-VII Alteração nível de consciência Convulsões Meningococcemia: Rash maculo eritematoso disseminado ou hemorrágico
DIAGNÓSTICO Clínico Punção Liquórica
DIAGNÓSTICO Punção de LCR Antes descartar hipertensão intracraniana mediante fundoscopia ou TC Crânio. Viral:  < 1000 célulaspredomínio linfócitos  Glicose normal Proteínas normais ou aumentadas Bacteriana Predomínio polimorfonucleares Glicose < 40mg/dl Proteínas elevadas Fungos, tuberculosa, Listeria, Brucella ou Treponema pallidum Predomínio linfócito Glicose diminuída < 25mg/dl Proteínas elevadas
CARACTERISTICAS DO LCR DE ACORDO COM ETIOLOGIA.
TRATAMENTO EMERGÊNCIA MÉDICA, RÁPIDA EVOLUÇÃO, POTENCIALMENTE FATAL- TRATAMENTO IMEDIATO. Meningite Virais- sintomáticos e aciclovir se herpética Bacteriana tratamento empírico de acordo com a bactéria: Adultos: cefalosporina de 3 geração:                                               ceftriaxona  (1-2 g 122 horas) ou cefotaxima (2g 6 horas) Suspeita de Listeria monocytogenes acrescentar ampicilina                   (200mggia- fracionado em doses de 6 horas) Pós-cirúrgico ou com derivação de LCR: Vancomicina                           (30-45mggia-fracionadas de 8 horas) Fúngica: Anfotericina B lipossomal- Meningite Criptococcica em HIV      (6 mggia) Iniciar corticoides- postula que diminuem as complicações por diminuir a inflamação meníngea principalmente em base do crânio.
Profilaxia: N. meningitides e H. influenza Ceftriaxona 250mg IM dose única Rifampicina 600mg 122 horas por 2 dias Ciprofloxacina 500mg- dose única Lembrar que o paciente tratado com medicação diferente a ceftriaxona que erradica o estado de portador deve receber profilaxia ao terminar o tratamento.
Prevenção Vacina contra o Haemophilus (vacina HiB)  emcrianças. VACINA ANTIPNEUMOCÓCICA Reduz o risco de infecções graves causadas pelo Streptococcuspneumoniae ("pneumococo").  Protege contra as formas mais graves de doença (pneumonia, meningite e sepse). Diminui a transmissão do S. pneumoniae de uma pessoa para outra.
Quem deve ser prioritariamente vacinado?  Pessoas com mais de 60 anos, principalmente se residirem em asilos ou casas de apoio à idosos.  Pessoas com mais de 2 anos com condições que predisponham às infecções pneumocócicas recorrentes: Esplenectomia(cirúrgica ou funcional, como na anemia falciforme)  Deficiência de imunoglobulinas  Neoplasias malígnas AIDS  Fístula liquórica Doenças pulmonares (enfisema, brônquite crônica, bronquiectasias)  Insuficiência cardíaca, renal ou hepática.  Diabetes  Alcoolismo  CI: PURPURA  TROMBOCITOPÊNICA
COMPLICAÇÕES Lesão cerebral Hipoacusia Hidrocefalia Convulsões
MENINGITE CRIPTOCÓCCICA
A CRIPOTOCOCOSE É UMA MICOSE PROFUNDA CAUSADA PELO CRIPTOCOCCUS NEOFORMS 1950 FATAL IMUNOCOMPETENTES:  PULMONAR IMUNODEPRIMIDOS:  MENINGOENCEFALITE
FISIOPATOGENIA Maioria inalação Nos alveólos as levaduras são atacadas pelos macrófagos alveolares e desencadeiam uma resposta inmunologica tipo Th1. Posteriormente podem ocorrer 3 situações: Imunocomprometido: prolifera e disemina: doença clínica Imunocompetente o germen é eliminado completamente.  As levaduras produzem um complexo "nódulo pulmonar-adenopatia" e se mantém latente no tecido pulmonar  até  que a perda da imunidadelocal (SIDA, corticoides) permita sua proliferação e disseminação a orgãos diferentes.
Apresentação clínica De acordo com positividade HIV variação dos órgaos afetados: HIV negativos:  Pulmão (36 %): de forma isolada.  SNC (51 %).  Outras localizações: pele, próstata, olhos   HIV positivos:  SNC (90 %).  Outras localizações extrapulmonares.  pulmão (5 %): de forma isolada.
DOENÇAS DO SNC CRIPTOCOCOMAS Massas ocupantes de espaço cerebral única  ou múltiplas causada pelo Cryptococcus. Meningoencefalite por Cryptococcus Alta suspeita para diagnóstico Rara em CD4 maior 100 por microlitro Inicio subagudo e sintomas de progressão gradual 3 sintomas mais frequentes: febre, cefaléia e mal estar 24% apresenta alteração do estado mental 6% foco neurológico 25-33% fotofobia e rigidez nuca
Diagnóstico Punção lombar: Pressão abertura maior 20mmhg em 70% pacientes com HIV Exame físico-químico-citológico: A contagem celular é  generalmente baixa con menos de 50 células/microlitro con predominancia mononuclear.   proteínas e  glicose: levemente alteradas.  25-30 % de los casos normal.  ExameDireto com Tinta China: Directo de LCR com gotas de tinta china.  Se observa as típicas levaduras com sua grossa cápsula (de 5-10 micras de diametro).  Sensibilidade:  HIV(+): > 80 %.  HIV(-): 50 %. Sorologias Culturas 60-75% positivo em pacientes com HIV e meningitis por cryptococcus.
TRATAMENTO ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL 6mg/kg/dia IV – por 4 semanas FLUCITOSINA 100 mg/kg/día dividido en 4 doses VO- 14 dias FLUCONAZOL 800mgia por 4 semanas Manutenção : fluconazol 200mgia  Suspender quando: CD4 maior 100 Carga viral indetectavel por 3 meses ou mais 12 meses de antifungicos.
"Medicina é uma ciência de incerteza e uma arte de probabilidade" - Sir. William Osler

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Manifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHManifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHsebastiaomoises
 
Mielite transversa
Mielite transversaMielite transversa
Mielite transversaRafaella
 
Amiloidose power point 2007
Amiloidose   power point 2007Amiloidose   power point 2007
Amiloidose power point 2007janinemagalhaes
 
HIV e manifestações neurológicas
HIV e manifestações neurológicas  HIV e manifestações neurológicas
HIV e manifestações neurológicas gueste361c62
 
3. apresenta+ç+âo meningite bacteriana iracema-2009
3. apresenta+ç+âo meningite bacteriana iracema-20093. apresenta+ç+âo meningite bacteriana iracema-2009
3. apresenta+ç+âo meningite bacteriana iracema-2009Alinebrauna Brauna
 
Esclerose Sistêmica Progressiva e Polimiosite e Dermatomiosite
Esclerose Sistêmica Progressiva e Polimiosite e DermatomiositeEsclerose Sistêmica Progressiva e Polimiosite e Dermatomiosite
Esclerose Sistêmica Progressiva e Polimiosite e DermatomiositeFlávia Salame
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumáticadapab
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãORodrigo Biondi
 
Pneumonite Intersticial não específica e Pneumonia em organização
Pneumonite Intersticial não específica e Pneumonia em organizaçãoPneumonite Intersticial não específica e Pneumonia em organização
Pneumonite Intersticial não específica e Pneumonia em organizaçãoFlávia Salame
 
Linfangioleiomiomatose e Proteinose Alveolar
Linfangioleiomiomatose e Proteinose AlveolarLinfangioleiomiomatose e Proteinose Alveolar
Linfangioleiomiomatose e Proteinose AlveolarFlávia Salame
 
Alteraçoes neurocognitivas no paciente hiv positivo. AIDS Dementia, HAND. Neu...
Alteraçoes neurocognitivas no paciente hiv positivo. AIDS Dementia, HAND. Neu...Alteraçoes neurocognitivas no paciente hiv positivo. AIDS Dementia, HAND. Neu...
Alteraçoes neurocognitivas no paciente hiv positivo. AIDS Dementia, HAND. Neu...Sidnei Rodrigues de Faria
 
Foi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminadaFoi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminadajaninemaga
 

Mais procurados (20)

Sepse
Sepse Sepse
Sepse
 
Manifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHManifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIH
 
Mielite transversa
Mielite transversaMielite transversa
Mielite transversa
 
Amiloidose power point 2007
Amiloidose   power point 2007Amiloidose   power point 2007
Amiloidose power point 2007
 
HIV e manifestações neurológicas
HIV e manifestações neurológicas  HIV e manifestações neurológicas
HIV e manifestações neurológicas
 
3. apresenta+ç+âo meningite bacteriana iracema-2009
3. apresenta+ç+âo meningite bacteriana iracema-20093. apresenta+ç+âo meningite bacteriana iracema-2009
3. apresenta+ç+âo meningite bacteriana iracema-2009
 
Neurotoxoplasmose
NeurotoxoplasmoseNeurotoxoplasmose
Neurotoxoplasmose
 
Sessao clinica 2
Sessao clinica 2Sessao clinica 2
Sessao clinica 2
 
Esclerose Sistêmica Progressiva e Polimiosite e Dermatomiosite
Esclerose Sistêmica Progressiva e Polimiosite e DermatomiositeEsclerose Sistêmica Progressiva e Polimiosite e Dermatomiosite
Esclerose Sistêmica Progressiva e Polimiosite e Dermatomiosite
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumática
 
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãOSepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
Sepse E DisfunçãO Aguda De óRgãO
 
Histoplasmose
HistoplasmoseHistoplasmose
Histoplasmose
 
Pneumonite Intersticial não específica e Pneumonia em organização
Pneumonite Intersticial não específica e Pneumonia em organizaçãoPneumonite Intersticial não específica e Pneumonia em organização
Pneumonite Intersticial não específica e Pneumonia em organização
 
Linfangioleiomiomatose e Proteinose Alveolar
Linfangioleiomiomatose e Proteinose AlveolarLinfangioleiomiomatose e Proteinose Alveolar
Linfangioleiomiomatose e Proteinose Alveolar
 
Febre reumática
Febre reumáticaFebre reumática
Febre reumática
 
SEPSE NEONATAL.
SEPSE NEONATAL.SEPSE NEONATAL.
SEPSE NEONATAL.
 
Alteraçoes neurocognitivas no paciente hiv positivo. AIDS Dementia, HAND. Neu...
Alteraçoes neurocognitivas no paciente hiv positivo. AIDS Dementia, HAND. Neu...Alteraçoes neurocognitivas no paciente hiv positivo. AIDS Dementia, HAND. Neu...
Alteraçoes neurocognitivas no paciente hiv positivo. AIDS Dementia, HAND. Neu...
 
Foi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminadaFoi febre de_origem_indeterminada
Foi febre de_origem_indeterminada
 
Encefalite herpética
Encefalite herpéticaEncefalite herpética
Encefalite herpética
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 

Destaque (10)

Apresentação artigo clínica joao xxiii
Apresentação artigo clínica joao xxiiiApresentação artigo clínica joao xxiii
Apresentação artigo clínica joao xxiii
 
Time de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore newsTime de resposta rápida e escore news
Time de resposta rápida e escore news
 
Neurologico22 04 2014
Neurologico22 04 2014Neurologico22 04 2014
Neurologico22 04 2014
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentes
 
Líquido cerebrospinal
Líquido cerebrospinal Líquido cerebrospinal
Líquido cerebrospinal
 
Meningite (1)
Meningite (1)Meningite (1)
Meningite (1)
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Semiologia ortopédica tjmg
Semiologia ortopédica tjmgSemiologia ortopédica tjmg
Semiologia ortopédica tjmg
 
Caso Clínico Veterinário: Reticuloperitonite
Caso Clínico Veterinário: ReticuloperitoniteCaso Clínico Veterinário: Reticuloperitonite
Caso Clínico Veterinário: Reticuloperitonite
 

Semelhante a Qual é o seu diagnóstico ?

Protocolo de nefrologia 2019
Protocolo de nefrologia 2019Protocolo de nefrologia 2019
Protocolo de nefrologia 2019Rubia Rettori
 
Protocolo nefro 2019
Protocolo nefro 2019Protocolo nefro 2019
Protocolo nefro 2019Rubia Rettori
 
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptxcepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptxLucas silva
 
Iv curso teórico prático - monitorização neurológica avançada
Iv curso teórico prático - monitorização neurológica avançadaIv curso teórico prático - monitorização neurológica avançada
Iv curso teórico prático - monitorização neurológica avançadactisaolucascopacabana
 
Dor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaDor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaPaulo Sérgio
 
Assistência ao Paciente Clínico Cirúrgico - revisão do conteúdo 1.pptx
Assistência ao Paciente Clínico Cirúrgico - revisão do conteúdo 1.pptxAssistência ao Paciente Clínico Cirúrgico - revisão do conteúdo 1.pptx
Assistência ao Paciente Clínico Cirúrgico - revisão do conteúdo 1.pptxTamiresSouza90
 
Saúde do adulto exame neurológico do adulto
Saúde do adulto exame neurológico do adultoSaúde do adulto exame neurológico do adulto
Saúde do adulto exame neurológico do adultoWerbertCosta1
 
Troboembolia Pulmonar
Troboembolia PulmonarTroboembolia Pulmonar
Troboembolia PulmonarElyse Santos
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdiojaquerpereira
 
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar IdiopáticaCaso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar IdiopáticaAmanda Thomé
 
1º Aula -URGÊNCIAS & EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS.pdf
1º Aula -URGÊNCIAS & EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS.pdf1º Aula -URGÊNCIAS & EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS.pdf
1º Aula -URGÊNCIAS & EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS.pdfEduardoMachado69756
 
Encefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickeEncefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickejaninemagalhaes
 

Semelhante a Qual é o seu diagnóstico ? (20)

Protocolo de nefrologia 2019
Protocolo de nefrologia 2019Protocolo de nefrologia 2019
Protocolo de nefrologia 2019
 
Protocolo nefro 2019
Protocolo nefro 2019Protocolo nefro 2019
Protocolo nefro 2019
 
Meningite e Interpretação do LCR
Meningite e Interpretação do LCRMeningite e Interpretação do LCR
Meningite e Interpretação do LCR
 
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptxcepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
cepeti-apresentacao3-111bb7.........1b.pptx
 
Palestra tce 2
Palestra tce 2Palestra tce 2
Palestra tce 2
 
Iv curso teórico prático - monitorização neurológica avançada
Iv curso teórico prático - monitorização neurológica avançadaIv curso teórico prático - monitorização neurológica avançada
Iv curso teórico prático - monitorização neurológica avançada
 
Dor torácica na emergência
Dor torácica na emergênciaDor torácica na emergência
Dor torácica na emergência
 
Doenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdfDoenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdf
 
Qual é o seu diagnostico 2
Qual é o seu diagnostico 2Qual é o seu diagnostico 2
Qual é o seu diagnostico 2
 
Assistência ao Paciente Clínico Cirúrgico - revisão do conteúdo 1.pptx
Assistência ao Paciente Clínico Cirúrgico - revisão do conteúdo 1.pptxAssistência ao Paciente Clínico Cirúrgico - revisão do conteúdo 1.pptx
Assistência ao Paciente Clínico Cirúrgico - revisão do conteúdo 1.pptx
 
Saúde do adulto exame neurológico do adulto
Saúde do adulto exame neurológico do adultoSaúde do adulto exame neurológico do adulto
Saúde do adulto exame neurológico do adulto
 
Emergencias cardiologicas
Emergencias cardiologicasEmergencias cardiologicas
Emergencias cardiologicas
 
Sepse
SepseSepse
Sepse
 
caso clínico
caso clínicocaso clínico
caso clínico
 
Troboembolia Pulmonar
Troboembolia PulmonarTroboembolia Pulmonar
Troboembolia Pulmonar
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar IdiopáticaCaso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
Caso Clínico: Fibrose Pulmonar Idiopática
 
1º Aula -URGÊNCIAS & EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS.pdf
1º Aula -URGÊNCIAS & EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS.pdf1º Aula -URGÊNCIAS & EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS.pdf
1º Aula -URGÊNCIAS & EMERGÊNCIAS CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS.pdf
 
Trauma Cranioencefálico - Urgência & Emergência
Trauma Cranioencefálico - Urgência & EmergênciaTrauma Cranioencefálico - Urgência & Emergência
Trauma Cranioencefálico - Urgência & Emergência
 
Encefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernickeEncefalopatia de wernicke
Encefalopatia de wernicke
 

Mais de ctisaolucascopacabana

O que temos feito para prevenir e tratar[1]
O que temos feito para prevenir e tratar[1]O que temos feito para prevenir e tratar[1]
O que temos feito para prevenir e tratar[1]ctisaolucascopacabana
 
Ruptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoRuptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoctisaolucascopacabana
 
Ruptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoRuptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoctisaolucascopacabana
 
Ruptura de cisto hepático infectado para congresso
Ruptura de cisto hepático infectado para congressoRuptura de cisto hepático infectado para congresso
Ruptura de cisto hepático infectado para congressoctisaolucascopacabana
 
Ruptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoRuptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoctisaolucascopacabana
 
Iv curso teórico prático - aula hidroeletrol
Iv curso teórico prático - aula hidroeletrolIv curso teórico prático - aula hidroeletrol
Iv curso teórico prático - aula hidroeletrolctisaolucascopacabana
 
Iv curso teórico prático - aula ac bas
Iv curso teórico prático - aula ac basIv curso teórico prático - aula ac bas
Iv curso teórico prático - aula ac basctisaolucascopacabana
 

Mais de ctisaolucascopacabana (20)

Mercredi intensif 27 fevereiro 2013
Mercredi intensif 27 fevereiro 2013Mercredi intensif 27 fevereiro 2013
Mercredi intensif 27 fevereiro 2013
 
Caso clinico
Caso clinicoCaso clinico
Caso clinico
 
Sessão clínica do cti hsl 2 06
Sessão clínica do  cti hsl   2 06Sessão clínica do  cti hsl   2 06
Sessão clínica do cti hsl 2 06
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
O que temos feito para prevenir e tratar[1]
O que temos feito para prevenir e tratar[1]O que temos feito para prevenir e tratar[1]
O que temos feito para prevenir e tratar[1]
 
Scr bild
Scr bildScr bild
Scr bild
 
Monitorização neurologica
Monitorização neurologicaMonitorização neurologica
Monitorização neurologica
 
Ultrassonografia na uti
Ultrassonografia na utiUltrassonografia na uti
Ultrassonografia na uti
 
Sessão clinica
Sessão clinicaSessão clinica
Sessão clinica
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
Sessão trale
Sessão traleSessão trale
Sessão trale
 
Medicina transfusional _-_cti[1]
Medicina transfusional _-_cti[1]Medicina transfusional _-_cti[1]
Medicina transfusional _-_cti[1]
 
Ruptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoRuptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectado
 
Ruptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoRuptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectado
 
Ruptura de cisto hepático infectado para congresso
Ruptura de cisto hepático infectado para congressoRuptura de cisto hepático infectado para congresso
Ruptura de cisto hepático infectado para congresso
 
Sedação e analgesia e delirio
Sedação e analgesia e delirioSedação e analgesia e delirio
Sedação e analgesia e delirio
 
Ruptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectadoRuptura de cisto hepático infectado
Ruptura de cisto hepático infectado
 
Sedação e analgesia e delirio
Sedação e analgesia e delirioSedação e analgesia e delirio
Sedação e analgesia e delirio
 
Iv curso teórico prático - aula hidroeletrol
Iv curso teórico prático - aula hidroeletrolIv curso teórico prático - aula hidroeletrol
Iv curso teórico prático - aula hidroeletrol
 
Iv curso teórico prático - aula ac bas
Iv curso teórico prático - aula ac basIv curso teórico prático - aula ac bas
Iv curso teórico prático - aula ac bas
 

Qual é o seu diagnóstico ?

  • 1. Qual é o seu diagnóstico? SESSÃO CLÍNICA CTI-HSL DRA. MICHELI PONTE
  • 3. ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA Lúcida, orientada, eupneica, afebril, acianótica, anictérica sem foco motor, sem rigidez de nuca, hipocorada 1++, desidratada 1+/4+ RCR 2T BNF sem Sopros ou ES MVUA sem ruídos adventícios Abdome e MMII sem alterações Tratamento : Dipirona, Profenid, Tramal sem controle álgico TCC: Normal RX Seios Face: EXS: sem leucocitose Conduta: Internação em quarto para controle álgico, observação estudo e tratamento.
  • 4. INTERNAÇÃO EM QUARTO D1- Cefaléiaholocraniana intensa refratária á analgesia venosa Astenia aos mínimos esforços Normotensa, taquicardica D2- Rebaixamento nível consciência- Sonolenta, despertável ao chamado com pouca interação com examinador, não obedece comandos. Normotensa (130X80) Taquipneica sem esforço (FC:122 FR:26 SAT02:98%) ECG: Taqui sinusal. Sudorese Crise convulsiva
  • 5. EVOLUÇÃO CRISE CONVULSIVA ( ESPASTICIDADE, AUMENTO TÔNUS MUSCULAR, LIBERAÇÃO ESFINCTERIANA, REBAIXAMENTO NIVEL CONSCIÊNCIA) PÓS - ICTAL CTI
  • 6. ADMISSÃO NO CTI Sonolenta Abertura ocular espontânea Localiza dor ao estimulo álgico Resposta verbal confusa Pupilas isocóricas – fotorreagentes Hipocorada (2++), acinótica, anictérica, afebril, hidratada, normotensa (143X92) bradicardia (48bpm), taquipnéia(25irpm) Sat. 02: 98%. RCR 2T BNF sem sopros ou ES MVUA com estertores crepitantes até ápices Abdome e MMII sem alterações
  • 7. CONDUTA Solicitado: Hemograma, bioquímica, PCR, LDL VDRL VHS T4 livre, TSH Aldolase Combs direta e indireta Sorologia para dengue e hepatite C Função Hepática Gasometria com lactato HIV Punção Lombar TCTX PRESCRITO HIDANTAL PRESCRITO MACRO CONTINUA
  • 8. D3 IH D2 CTI Esforço respiratório com queda saturação 78% Rebaixamento nível consciência Sedada com dormonid + fentanil IOT n° 7,5 + VM VCV 350, Fio2 0,45 PEEP 8 PVSC esquerda sem intercorrência. ECO: Função diastólica VE preservada Discreta disfunção sistólica VD PSAP 50 VCI Normal com boa variação respiratória Doppler Venoso de MMII- sem visualizar trombos Doppler carótidas e vertebrais: sem placas obstrutivas
  • 9. D3 IH D2 CTI Punção LCR: Liquor Turvo EDA: Esofagite por cândida, pangastrite enantematosa 20h: Hipotensão- taquipnéia- taquicardia Oligoanúrica Regulados parâmetros respiratórios VCV PEEP 8 Fio2 50% Extremidades frias Conduta: PAM, reposição volêmica Ajuste sedação Anfotericina B lipossomal
  • 10. D4 IHD2 CTI Instabilidade hemodinâmica- Noradrenalina Mal acoplada á ventilação P: 84 SATO2: 82% Conduta: VCV, PEEP 12, FIO2:100% Aumento escórias renais: Diálise 13h: bradicardia- PCR em assistolia: MCRP. ΔT: 5 minutos 14:30- PCR em assistolia- retorno em FA- FC 180 bpmCardioversão elétrica 360J. ΔT: 1 minuto 15h- PCR em assistolia- retorno com hipotensão ajustado dose noradrenalina. ΔT: 5 minutos. 16:30- PCR em assistolia sem sucesso após manobras reversão 16:50h- óbito
  • 13.
  • 14. LIQUOR Exames Físico: Aspecto e cor: Levemente opalescente Após centrifugado: límpido e incolor Pressão saída: 70 Exame citológico: Leucocitos:1 Hemácias:0 Exame químico Proteínas totais:23mgl Glicose:68ngl Pesquisa de células neoplásicas: Não observadas Exame bacterioscópico: Formas Gram. positiva: ausente Formas Gram. negativas: ausentes Pesquisa B.A.A.R: Negativo Pesquisa fungos (tinta china) positivo Formas leveduriformes 683pm3, sendo 4% gemulantes.
  • 15. Liquor Látex ( antígenos bacterianos) Negativo Látex ( cryptococcus neoformans) Positivo 112 Cultura bactérias- crescimento de Cryptococcus neoformans
  • 16. “ Cefaléiaé um sintoma muito freqüente e deve ser considerado um sinal de alerta, seja ela conseqüência de problemas graves ou não.” CEFALÉIA
  • 17. Classificação Etiologia Cefaléias primárias: são as que ocorrem sem etiologia demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais usuais. O principal exemplo é a migrânea. Cefaléias secundárias: são as provocadas por doenças demonstráveis pelos exames clínicos ou laboratoriais.
  • 18. Classificação Instalação e a evolução Cefaléiasexplosivas: São as que surgem abruptamente, em fração de segundo, atingindo a intensidade máxima instantaneamente. Ruptura de um aneurisma arterial intracraniano ou de outras mal fomaçõesvasculares, orgástica, thunderclapheadache. Cefaléias agudas: São as que atingem seu máximo em minutos ou poucas exemplos, migrânea, cefaléia de tensão, meningites, encefalites, hemorragias cerebrais não arteriais, sinusites agudas. Cefaléias subagudas: Instalação insidiosa, atingindo o ápice em dias ou poucos meses (até três meses). Ocorrem, principalmente, nas cefaléias secundárias, decorrentes de hematomas subdurais, tumores de crescimento rápido, meningites crônicas (fungo, tuberculose). Cefaléias crônicas: Persistem por meses ou anos , recidivante. migrânea, cefaléiaem salvas, cefaléia tipo tensão esporádica.
  • 19.
  • 21. Meninges Membranas de tecido conjuntivo que recobrem o SNC; Função: sustentação e proteção; Três membranas: dura-máter, aracnóide, pia-máter;
  • 22. Definição: inflamação das meninges e do LCR FISIOPATOLOGIA: Barreira hematoencefálica e barreira sangue-LCR Contaminação do LCR Líquor: meio ideal Disseminação
  • 23. Etiologia: Asséptica sarcoidose, neoplasia, pós radioterapia Virais Enterovirus, Herpes simples, vírus Nilo ocidental Infecciosas: Bacterianas Recém nascidos: S. beta hemolítico grupo B ( S. agalatiae) 1-15 anos: Neiseriameningitides e Haemophilus influenza Adultos: Streptococcuspneumoniae e meningococo Idades extremas, gestantes, puérperas, etilistas, pacientes oncológicos imunodeprimidos: bacilo gram. positivo liquor: Listeria monocytogenes Endocardite e pós-operatório neurocirurgia, traumatismo crânio encefálico: S. Aureus e Pseudomona Paciente com cateter de derivação de LCR: S. Epidermidis Paciente com fistula de LCR: Pneumococo Alteração imunidade: Tuberculose Fungos: Cryptococcus
  • 24. Clínica Viral: Quadros subagudos Febre Cefaleia leve a moderada Fotofobia Escassa rigidez nuca Bacterianas: Quadros maior manifestação e rápida evolução Febre elevada Cefaleia intensa fotofobia Rigidez nuca marcada Kernig e brudzinski positivos Náuseas e vômitos opstótonos Sudorese Prostração Alguns casos : afeta pares cranianos: IV-VI-VII Alteração nível de consciência Convulsões Meningococcemia: Rash maculo eritematoso disseminado ou hemorrágico
  • 26. DIAGNÓSTICO Punção de LCR Antes descartar hipertensão intracraniana mediante fundoscopia ou TC Crânio. Viral: < 1000 célulaspredomínio linfócitos Glicose normal Proteínas normais ou aumentadas Bacteriana Predomínio polimorfonucleares Glicose < 40mg/dl Proteínas elevadas Fungos, tuberculosa, Listeria, Brucella ou Treponema pallidum Predomínio linfócito Glicose diminuída < 25mg/dl Proteínas elevadas
  • 27. CARACTERISTICAS DO LCR DE ACORDO COM ETIOLOGIA.
  • 28. TRATAMENTO EMERGÊNCIA MÉDICA, RÁPIDA EVOLUÇÃO, POTENCIALMENTE FATAL- TRATAMENTO IMEDIATO. Meningite Virais- sintomáticos e aciclovir se herpética Bacteriana tratamento empírico de acordo com a bactéria: Adultos: cefalosporina de 3 geração: ceftriaxona (1-2 g 122 horas) ou cefotaxima (2g 6 horas) Suspeita de Listeria monocytogenes acrescentar ampicilina (200mggia- fracionado em doses de 6 horas) Pós-cirúrgico ou com derivação de LCR: Vancomicina (30-45mggia-fracionadas de 8 horas) Fúngica: Anfotericina B lipossomal- Meningite Criptococcica em HIV (6 mggia) Iniciar corticoides- postula que diminuem as complicações por diminuir a inflamação meníngea principalmente em base do crânio.
  • 29. Profilaxia: N. meningitides e H. influenza Ceftriaxona 250mg IM dose única Rifampicina 600mg 122 horas por 2 dias Ciprofloxacina 500mg- dose única Lembrar que o paciente tratado com medicação diferente a ceftriaxona que erradica o estado de portador deve receber profilaxia ao terminar o tratamento.
  • 30. Prevenção Vacina contra o Haemophilus (vacina HiB) emcrianças. VACINA ANTIPNEUMOCÓCICA Reduz o risco de infecções graves causadas pelo Streptococcuspneumoniae ("pneumococo"). Protege contra as formas mais graves de doença (pneumonia, meningite e sepse). Diminui a transmissão do S. pneumoniae de uma pessoa para outra.
  • 31. Quem deve ser prioritariamente vacinado? Pessoas com mais de 60 anos, principalmente se residirem em asilos ou casas de apoio à idosos. Pessoas com mais de 2 anos com condições que predisponham às infecções pneumocócicas recorrentes: Esplenectomia(cirúrgica ou funcional, como na anemia falciforme) Deficiência de imunoglobulinas Neoplasias malígnas AIDS Fístula liquórica Doenças pulmonares (enfisema, brônquite crônica, bronquiectasias) Insuficiência cardíaca, renal ou hepática. Diabetes Alcoolismo CI: PURPURA TROMBOCITOPÊNICA
  • 32. COMPLICAÇÕES Lesão cerebral Hipoacusia Hidrocefalia Convulsões
  • 34. A CRIPOTOCOCOSE É UMA MICOSE PROFUNDA CAUSADA PELO CRIPTOCOCCUS NEOFORMS 1950 FATAL IMUNOCOMPETENTES: PULMONAR IMUNODEPRIMIDOS: MENINGOENCEFALITE
  • 35. FISIOPATOGENIA Maioria inalação Nos alveólos as levaduras são atacadas pelos macrófagos alveolares e desencadeiam uma resposta inmunologica tipo Th1. Posteriormente podem ocorrer 3 situações: Imunocomprometido: prolifera e disemina: doença clínica Imunocompetente o germen é eliminado completamente. As levaduras produzem um complexo "nódulo pulmonar-adenopatia" e se mantém latente no tecido pulmonar até que a perda da imunidadelocal (SIDA, corticoides) permita sua proliferação e disseminação a orgãos diferentes.
  • 36. Apresentação clínica De acordo com positividade HIV variação dos órgaos afetados: HIV negativos: Pulmão (36 %): de forma isolada. SNC (51 %). Outras localizações: pele, próstata, olhos HIV positivos: SNC (90 %). Outras localizações extrapulmonares. pulmão (5 %): de forma isolada.
  • 37. DOENÇAS DO SNC CRIPTOCOCOMAS Massas ocupantes de espaço cerebral única ou múltiplas causada pelo Cryptococcus. Meningoencefalite por Cryptococcus Alta suspeita para diagnóstico Rara em CD4 maior 100 por microlitro Inicio subagudo e sintomas de progressão gradual 3 sintomas mais frequentes: febre, cefaléia e mal estar 24% apresenta alteração do estado mental 6% foco neurológico 25-33% fotofobia e rigidez nuca
  • 38. Diagnóstico Punção lombar: Pressão abertura maior 20mmhg em 70% pacientes com HIV Exame físico-químico-citológico: A contagem celular é generalmente baixa con menos de 50 células/microlitro con predominancia mononuclear. proteínas e glicose: levemente alteradas. 25-30 % de los casos normal. ExameDireto com Tinta China: Directo de LCR com gotas de tinta china. Se observa as típicas levaduras com sua grossa cápsula (de 5-10 micras de diametro). Sensibilidade: HIV(+): > 80 %. HIV(-): 50 %. Sorologias Culturas 60-75% positivo em pacientes com HIV e meningitis por cryptococcus.
  • 39. TRATAMENTO ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL 6mg/kg/dia IV – por 4 semanas FLUCITOSINA 100 mg/kg/día dividido en 4 doses VO- 14 dias FLUCONAZOL 800mgia por 4 semanas Manutenção : fluconazol 200mgia Suspender quando: CD4 maior 100 Carga viral indetectavel por 3 meses ou mais 12 meses de antifungicos.
  • 40. "Medicina é uma ciência de incerteza e uma arte de probabilidade" - Sir. William Osler