SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Luscher, L. S., Lewis, M., & Ingram, A. (2006). The social
construction of organizational change paradoxes. Journal of
Organizational Change Management, 19(4), 491–502.
Carlos Jonathan Santos
Professora Dra. Silvia M R Domenico
AUTORES
Lothe Luscher Marianne Lewis Amy Ingram
Lusher é dinamarquesa.
Psicóloga e Doutora em Gestão.
É consultora de negócios em
empresas públicas e privadas e,
também é professora na Aarhus
School of Business – Dinamarca.
Lewis é Decana na Cass
Business School (Inglaterra) e,
Professora de Gestão. Sua
pesquisas aplica uma lente
paradoxal provocativa sobre
mudança organizacional,
governança e inovação.
Ingram é doutora em gestão e,
professora assistente na
Faculdade de Ciências
Empresariais e Comportamentais
da Clemson University (EUA).
RESUMO DO ARTIGO
 Objetivo - explicar como o paradoxo se tornou um rótulo comum para a complexidade
organizacional, ambiguidade e equívoco acentuados pela mudança.
 Design / metodologia / abordagem - como um rótulo, o paradoxo é socialmente construído
(o produto dos discursos diários dos atores). Aplicando uma lente construtivista e insights de
teorias de sistemas, o artigo explora a natureza e a dinâmica do paradoxo relacionados com a
mudança nas organizações. O artigo propõe uma estrutura que detalha paradoxos
recorrentes, suas fontes comunicativas, e sua interação paradoxal. Este estudo de
pesquisa-ação da Lego Company fornece um exemplo integrador.
 Resultados - a maioria dos fenômenos organizacionais que se faz o objeto de estudo são
trazidos pro meio de nossas próprias interações sociais. Processos e produto são dois lados da
mesma moeda. A Exploração de paradoxos geralmente cria círculos de reflexão. A
compreensão do paradoxo não resolve problemas, mas abre novas possibilidades e fomentam
círculos de maior complexidade.
 Originalidade / valor - O artigo fornece uma crítica da "resolução", identificando respostas
ao paradoxo que pode energizar a mudança.
 Tipo de artigo: ensaio teórico
O QUE É UM PARADOXO?
 Definido amplamente, o paradoxo denota a presença simultânea de elementos
aparentemente mutuamente exclusivos - demandas, emoções, perspectivas, idéias
(Quinn e Cameron, 1988).
 Os paradoxos são quebra-cabeças que desafiam a lógica formal (Handy, 1994).
 São fontes de paralisia organizacional, provocado pelas lutas dos atores para dar sentido
às tensões subjacentes (Smith e Berg, 1987).
 Os autores deste artigo partilham a visão dos teóricos que descrevem o paradoxo como
socialmente construído.
 Os autores propõem que o paradoxo se construa quando elementos de nossos
pensamentos, ações e emoções que pareciam lógicos quando considerados isoladamente,
estão justapostos, aparecendo mutuamente exclusivos.
 A partir de estudos existentes, propomos três categorias de paradoxo que podem
estender entendimentos de como a mudança organizacional complica demandas de
trabalho, relações e sistemas.
 Paradoxos de (1) desempenho, (2) pertencimento e (3) organização
PARADOXOS DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL
PARADOXO DE DESEMPENHO PADRÃO COMUNICATIVO
Paradoxo: como os papéis flutuam (oscilam)
com a estrutura e as expectativas em mudança,
as demandas contraditórias perturbam a auto
concepção.
Apker (2003): controlar os custos e melhorar a
qualidade e a acessibilidade.
Beech e Huxham (2003): prescrições de gestão
contrárias (por exemplo, aumento da
responsabilidade e autonomia dos funcionários).
Lego: os conflitos entre os gestores sobre as
suas responsabilidades na gestão de equipes de
trabalho autogeridas (por exemplo, direção ou
autonomia).
Mensagens misturadas: as expectativas
comunicadas são experimentadas como
demandas conflitantes, ambíguas e equívocas.
Apker (2003): crescente frustração com a
desconfiança da administração.
Beech e Huxham (2003): dúvida (incapacidade
de escolher) ou niilismo (futilidade de escolha).
Lego: os gerentes desconhecem suas próprias
mensagens misturadas (por exemplo, pedem
conflito e harmonia para examinar os desafios do
grupo).
PARADOXOS DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL
PARADOXO DE PERTENCIMENTO PADRÃO COMUNICATIVO
Paradoxo: as constelações sociais mutantes
promovem tensões entre si e entre outras, à
medida que os atores buscam identificar-se em
relação à organização e aos seus variados e
flutuantes (oscilantes) grupos.
Apker (2003): colaboração como capacitação e
subjugação.
Ybema (1996): limites de grupo permitem
unidade e divisão.
Westenholz (1993): marcos de referência
contrários.
Lego: tensões gerenciais entre estar envolvido e
destacado de suas equipes subordinadas.
Ligação dupla: o desejo de manter
relacionamentos inibe a confrontação, pois as
interações que podem permitir relações eficazes
e empoderamento também podem romper as
relações.
Apker (2003): colaboração como controle.
Ybema (1996): discursos antagônicos acentuam
distinções.
Westenholz (1993): defendendo o quadro
aumentando as defesas dos outros.
Lego: gestores presos entre a construção da
confiança da equipe por meio de divulgação
pessoal e que necessitam de confiança para a
divulgação.
PARADOXOS DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL
PARADOXO DE ORGANIZAÇÃO PADRÃO COMUNICATIVO
Paradoxo: O processo de organização e seus
variados participantes estabelecem distinções
que criam e acentuam as tensões.
Ybema (1996): a mudança acentua o consenso
organizacional e o dissenso da subcultura.
O'Connor (1995): esforços para aumentar a
participação destacam práticas conflituosas de
empoderamento e controle.
Lego: tensões entre a ordem (por exemplo,
metas claras e comuns da equipe) e flexibilidade
(por exemplo, objetivos diversos dos gerentes).
As contradições sistêmicas: As mensagens
misturadas e os ciclos recursivos tornam-se
incorporados, existentes independentemente dos
atores envolvidos.
Ybema (1996): agrupamentos de unidades e
socialização reforçam distinções de grupo,
enquanto a missão da organização e os objetivos
procuram a coordenação.
O'Connor (1995): rotulagem "insiders" e
"outsiders"
Lego: novas metas de capacitação e equipes
autogeridas entraram em conflito com a ênfase
existente e enraizada na produtividade.
CONCLUSÕES
 Paradoxos de desempenho estão relacionados com a auto compreensão dos atores e podem
precisar de uma reformulação como conflito cognitivo (por exemplo, sobre papéis,
expectativas e demandas) pode exigir respostas cognitivas.
 Da mesma forma, as tensões emocionais que permeiam os paradoxos de pertencimento
podem se beneficiar do confronto como uma abordagem emocional para o trabalho.
 A compreensão do paradoxo como uma característica natural dos sistemas intrincados e
dinâmicos sugere que os paradoxos da organização podem se beneficiar da aceitação.
 Explorar paradoxos geralmente cria círculos de reflexão. A compreensão do paradoxo não
resolve problemas, mas abre novas possibilidades e fomentam círculos de maior
complexidade. Uma estrutura de paradoxo implica ficar com essa complexidade para explorar
sua dinâmica e possíveis implicações.
 A solução de trabalhar por meio do paradoxo é, ela própria, paradoxal.
 O paradoxo é uma construção mental e, portanto, pode ser mentalmente dissolvido. E
paradoxo é inerente a toda a vida social e, portanto, não pode ser dissolvido - apenas vivido!
CONCLUSÕES
Aja sempre como se o futuro do universo dependesse do
que você faz, enquanto ri de si mesmo por pensar que
tudo o que faz, faz alguma diferença... É esta séria
combinação de preocupação e humildade, que torna
possível estar envolvido e despreocupado ao mesmo
tempo (Czikszentmihalyi, 1997, p.133).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

09. Teoria Estruturalista
09. Teoria Estruturalista09. Teoria Estruturalista
09. Teoria EstruturalistaDebora Miceli
 
Art Geracoes de lideres efeitos do imaginario sobre lideranca
Art Geracoes de lideres   efeitos do imaginario sobre liderancaArt Geracoes de lideres   efeitos do imaginario sobre lideranca
Art Geracoes de lideres efeitos do imaginario sobre liderancaGilberto Braga Pereira
 
Pensamento complexo, comunicacao nas organizacoes e dialogo sensivel
Pensamento complexo, comunicacao nas organizacoes e dialogo sensivelPensamento complexo, comunicacao nas organizacoes e dialogo sensivel
Pensamento complexo, comunicacao nas organizacoes e dialogo sensivelUSP e Plexus
 
Fundamentos De Burocracia
Fundamentos De BurocraciaFundamentos De Burocracia
Fundamentos De BurocraciaMarcos Mendes
 
Administração e Contexto Brasileiro. Guerreiro Ramos (1983). Cap. 1 e 2.
Administração e Contexto Brasileiro. Guerreiro Ramos (1983). Cap. 1 e 2.Administração e Contexto Brasileiro. Guerreiro Ramos (1983). Cap. 1 e 2.
Administração e Contexto Brasileiro. Guerreiro Ramos (1983). Cap. 1 e 2.Givanildo Silva
 
SO Parte II Triunfo da Burocracia
SO Parte II Triunfo da BurocraciaSO Parte II Triunfo da Burocracia
SO Parte II Triunfo da BurocraciaAna Maria Santos
 
Teoria Burocrática
Teoria BurocráticaTeoria Burocrática
Teoria Burocráticaadmetz01
 
Teorias Da Motivao774
Teorias Da Motivao774Teorias Da Motivao774
Teorias Da Motivao774Manuela
 
As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho
As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalhoAs teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho
As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalhovanderlei k
 
003 grupos e equipes de trabalho nas organizações
003   grupos e equipes de trabalho nas organizações003   grupos e equipes de trabalho nas organizações
003 grupos e equipes de trabalho nas organizaçõesPsicologia_2015
 
SO Parte I As Organizações e a Modernização do Mundo
SO Parte I As Organizações e a Modernização do MundoSO Parte I As Organizações e a Modernização do Mundo
SO Parte I As Organizações e a Modernização do MundoAna Maria Santos
 

Mais procurados (19)

09. Teoria Estruturalista
09. Teoria Estruturalista09. Teoria Estruturalista
09. Teoria Estruturalista
 
Estruturalismo
EstruturalismoEstruturalismo
Estruturalismo
 
Poder e autoridade
Poder e autoridadePoder e autoridade
Poder e autoridade
 
Teoria estruturalista 2012_01
Teoria estruturalista 2012_01Teoria estruturalista 2012_01
Teoria estruturalista 2012_01
 
Art Geracoes de lideres efeitos do imaginario sobre lideranca
Art Geracoes de lideres   efeitos do imaginario sobre liderancaArt Geracoes de lideres   efeitos do imaginario sobre lideranca
Art Geracoes de lideres efeitos do imaginario sobre lideranca
 
Teoria da burocracia
Teoria da burocraciaTeoria da burocracia
Teoria da burocracia
 
Pensamento complexo, comunicacao nas organizacoes e dialogo sensivel
Pensamento complexo, comunicacao nas organizacoes e dialogo sensivelPensamento complexo, comunicacao nas organizacoes e dialogo sensivel
Pensamento complexo, comunicacao nas organizacoes e dialogo sensivel
 
Fundamentos De Burocracia
Fundamentos De BurocraciaFundamentos De Burocracia
Fundamentos De Burocracia
 
Administração e Contexto Brasileiro. Guerreiro Ramos (1983). Cap. 1 e 2.
Administração e Contexto Brasileiro. Guerreiro Ramos (1983). Cap. 1 e 2.Administração e Contexto Brasileiro. Guerreiro Ramos (1983). Cap. 1 e 2.
Administração e Contexto Brasileiro. Guerreiro Ramos (1983). Cap. 1 e 2.
 
Max Weber
Max WeberMax Weber
Max Weber
 
SO Parte II Triunfo da Burocracia
SO Parte II Triunfo da BurocraciaSO Parte II Triunfo da Burocracia
SO Parte II Triunfo da Burocracia
 
Teoria Burocrática
Teoria BurocráticaTeoria Burocrática
Teoria Burocrática
 
Teorias Da Motivao774
Teorias Da Motivao774Teorias Da Motivao774
Teorias Da Motivao774
 
Direção
DireçãoDireção
Direção
 
As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho
As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalhoAs teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho
As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho
 
003 grupos e equipes de trabalho nas organizações
003   grupos e equipes de trabalho nas organizações003   grupos e equipes de trabalho nas organizações
003 grupos e equipes de trabalho nas organizações
 
SO Parte I As Organizações e a Modernização do Mundo
SO Parte I As Organizações e a Modernização do MundoSO Parte I As Organizações e a Modernização do Mundo
SO Parte I As Organizações e a Modernização do Mundo
 
Organização Contremporânea 2
Organização Contremporânea 2Organização Contremporânea 2
Organização Contremporânea 2
 
Organização Contremporânea 4
Organização Contremporânea 4Organização Contremporânea 4
Organização Contremporânea 4
 

Semelhante a The social construction of organizational change paradoxes. journal of organizational change management

Configurações contemporâneas da carreira
Configurações contemporâneas da carreiraConfigurações contemporâneas da carreira
Configurações contemporâneas da carreiraFelizardo Costa
 
Conflito organizacional
Conflito organizacional Conflito organizacional
Conflito organizacional Lukas Oliveira
 
SO Parte III As Diversas Escolas Teóricas
SO Parte III As Diversas Escolas TeóricasSO Parte III As Diversas Escolas Teóricas
SO Parte III As Diversas Escolas TeóricasAna Maria Santos
 
Organizações vistas como prisões psíquicas
Organizações vistas como prisões psíquicasOrganizações vistas como prisões psíquicas
Organizações vistas como prisões psíquicasAlexandra Santos
 
Apostila cultura e clima.pdf
Apostila cultura e clima.pdfApostila cultura e clima.pdf
Apostila cultura e clima.pdfmiguelmirandar13
 
Grh e o compotamento organizacional
Grh e o compotamento organizacionalGrh e o compotamento organizacional
Grh e o compotamento organizacionalbeirario
 
Liderança nas organizações educativas: a direcção por valores
Liderança nas organizações educativas: a direcção por valoresLiderança nas organizações educativas: a direcção por valores
Liderança nas organizações educativas: a direcção por valoresPedro Barreiros
 
Liderança nas organizações educativas a direcção por valores
Liderança nas organizações educativas a direcção por valoresLiderança nas organizações educativas a direcção por valores
Liderança nas organizações educativas a direcção por valoresRoberto Carlos Ferreira Dos Santos
 
parte 6-As partes de um trabalho Cientifico.pptx
parte 6-As partes de um trabalho Cientifico.pptxparte 6-As partes de um trabalho Cientifico.pptx
parte 6-As partes de um trabalho Cientifico.pptxLarissaB6
 
Resenha artigo eduardo_mestrado
Resenha artigo eduardo_mestradoResenha artigo eduardo_mestrado
Resenha artigo eduardo_mestradoeduviecorr
 
6 2 comemorando teoria da organização
6 2 comemorando teoria da organização6 2 comemorando teoria da organização
6 2 comemorando teoria da organizaçãoR D
 
Perspectivas Metateóricas
Perspectivas MetateóricasPerspectivas Metateóricas
Perspectivas MetateóricasAndrea Sousa
 
Imagens Da Organização
Imagens Da OrganizaçãoImagens Da Organização
Imagens Da Organizaçãoguestdf4f2e
 
a liderança e a gestão de conflitos
a liderança e a gestão de conflitosa liderança e a gestão de conflitos
a liderança e a gestão de conflitosJooMiguelFilho
 
Processos Grupais - Aula de Ética e Humanização em Saúde
Processos Grupais - Aula de  Ética e Humanização em SaúdeProcessos Grupais - Aula de  Ética e Humanização em Saúde
Processos Grupais - Aula de Ética e Humanização em SaúdeRejaneCamargo5
 

Semelhante a The social construction of organizational change paradoxes. journal of organizational change management (20)

Configurações contemporâneas da carreira
Configurações contemporâneas da carreiraConfigurações contemporâneas da carreira
Configurações contemporâneas da carreira
 
Conflito organizacional
Conflito organizacional Conflito organizacional
Conflito organizacional
 
SO Parte III As Diversas Escolas Teóricas
SO Parte III As Diversas Escolas TeóricasSO Parte III As Diversas Escolas Teóricas
SO Parte III As Diversas Escolas Teóricas
 
Capítulo iii a liderança
Capítulo iii a liderançaCapítulo iii a liderança
Capítulo iii a liderança
 
Organizações vistas como prisões psíquicas
Organizações vistas como prisões psíquicasOrganizações vistas como prisões psíquicas
Organizações vistas como prisões psíquicas
 
Teoria estruturalista
Teoria estruturalistaTeoria estruturalista
Teoria estruturalista
 
Apostila cultura e clima.pdf
Apostila cultura e clima.pdfApostila cultura e clima.pdf
Apostila cultura e clima.pdf
 
Grh e o compotamento organizacional
Grh e o compotamento organizacionalGrh e o compotamento organizacional
Grh e o compotamento organizacional
 
Liderança nas organizações educativas: a direcção por valores
Liderança nas organizações educativas: a direcção por valoresLiderança nas organizações educativas: a direcção por valores
Liderança nas organizações educativas: a direcção por valores
 
Liderança nas organizações educativas a direcção por valores
Liderança nas organizações educativas a direcção por valoresLiderança nas organizações educativas a direcção por valores
Liderança nas organizações educativas a direcção por valores
 
parte 6-As partes de um trabalho Cientifico.pptx
parte 6-As partes de um trabalho Cientifico.pptxparte 6-As partes de um trabalho Cientifico.pptx
parte 6-As partes de um trabalho Cientifico.pptx
 
DISCOURSES
DISCOURSESDISCOURSES
DISCOURSES
 
Resenha artigo eduardo_mestrado
Resenha artigo eduardo_mestradoResenha artigo eduardo_mestrado
Resenha artigo eduardo_mestrado
 
6 2 comemorando teoria da organização
6 2 comemorando teoria da organização6 2 comemorando teoria da organização
6 2 comemorando teoria da organização
 
Perspectivas Metateóricas
Perspectivas MetateóricasPerspectivas Metateóricas
Perspectivas Metateóricas
 
Imagens Da Organização
Imagens Da OrganizaçãoImagens Da Organização
Imagens Da Organização
 
3
33
3
 
a liderança e a gestão de conflitos
a liderança e a gestão de conflitosa liderança e a gestão de conflitos
a liderança e a gestão de conflitos
 
Processos Grupais - Aula de Ética e Humanização em Saúde
Processos Grupais - Aula de  Ética e Humanização em SaúdeProcessos Grupais - Aula de  Ética e Humanização em Saúde
Processos Grupais - Aula de Ética e Humanização em Saúde
 
A09v18n3
A09v18n3A09v18n3
A09v18n3
 

Mais de Carlos Jonathan Santos

Organizational evolution a metamorphosis model of convergence and reorientat...
Organizational evolution  a metamorphosis model of convergence and reorientat...Organizational evolution  a metamorphosis model of convergence and reorientat...
Organizational evolution a metamorphosis model of convergence and reorientat...Carlos Jonathan Santos
 
The structureof the social system invariant points of reference for the str...
The structureof the social system   invariant points of reference for the str...The structureof the social system   invariant points of reference for the str...
The structureof the social system invariant points of reference for the str...Carlos Jonathan Santos
 
O silêncio da metafísica em moritz schlick e em rudolf carnap.
O silêncio da metafísica em moritz schlick e em rudolf carnap.O silêncio da metafísica em moritz schlick e em rudolf carnap.
O silêncio da metafísica em moritz schlick e em rudolf carnap.Carlos Jonathan Santos
 
Da sociedade pós industrial à pós-moderna- novas teorias sobre o mundo con...
Da sociedade pós industrial à pós-moderna- novas teorias sobre o mundo con...Da sociedade pós industrial à pós-moderna- novas teorias sobre o mundo con...
Da sociedade pós industrial à pós-moderna- novas teorias sobre o mundo con...Carlos Jonathan Santos
 
Foucault and history in organization studies
Foucault and history in organization studiesFoucault and history in organization studies
Foucault and history in organization studiesCarlos Jonathan Santos
 
Elementos da teoria da estruturação
Elementos da teoria da estruturaçãoElementos da teoria da estruturação
Elementos da teoria da estruturaçãoCarlos Jonathan Santos
 
A estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasA estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasCarlos Jonathan Santos
 
Organization theory as a postmodern science
 Organization theory as a postmodern science Organization theory as a postmodern science
Organization theory as a postmodern scienceCarlos Jonathan Santos
 
Cultura Organizacional - cultura como uma metáfora e metáfora de culturas.
Cultura Organizacional - cultura como uma metáfora e metáfora de culturas.Cultura Organizacional - cultura como uma metáfora e metáfora de culturas.
Cultura Organizacional - cultura como uma metáfora e metáfora de culturas. Carlos Jonathan Santos
 
Aprendizagem organizacional (Learning Organizational - The Third Way
Aprendizagem organizacional (Learning Organizational - The Third WayAprendizagem organizacional (Learning Organizational - The Third Way
Aprendizagem organizacional (Learning Organizational - The Third WayCarlos Jonathan Santos
 

Mais de Carlos Jonathan Santos (14)

Organizational evolution a metamorphosis model of convergence and reorientat...
Organizational evolution  a metamorphosis model of convergence and reorientat...Organizational evolution  a metamorphosis model of convergence and reorientat...
Organizational evolution a metamorphosis model of convergence and reorientat...
 
The structureof the social system invariant points of reference for the str...
The structureof the social system   invariant points of reference for the str...The structureof the social system   invariant points of reference for the str...
The structureof the social system invariant points of reference for the str...
 
O silêncio da metafísica em moritz schlick e em rudolf carnap.
O silêncio da metafísica em moritz schlick e em rudolf carnap.O silêncio da metafísica em moritz schlick e em rudolf carnap.
O silêncio da metafísica em moritz schlick e em rudolf carnap.
 
Latour
LatourLatour
Latour
 
Da sociedade pós industrial à pós-moderna- novas teorias sobre o mundo con...
Da sociedade pós industrial à pós-moderna- novas teorias sobre o mundo con...Da sociedade pós industrial à pós-moderna- novas teorias sobre o mundo con...
Da sociedade pós industrial à pós-moderna- novas teorias sobre o mundo con...
 
Foucault and history in organization studies
Foucault and history in organization studiesFoucault and history in organization studies
Foucault and history in organization studies
 
Elementos da teoria da estruturação
Elementos da teoria da estruturaçãoElementos da teoria da estruturação
Elementos da teoria da estruturação
 
As regras do método sociológico
As regras do método sociológico As regras do método sociológico
As regras do método sociológico
 
A estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasA estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicas
 
Organization theory as a postmodern science
 Organization theory as a postmodern science Organization theory as a postmodern science
Organization theory as a postmodern science
 
Cultura Organizacional - cultura como uma metáfora e metáfora de culturas.
Cultura Organizacional - cultura como uma metáfora e metáfora de culturas.Cultura Organizacional - cultura como uma metáfora e metáfora de culturas.
Cultura Organizacional - cultura como uma metáfora e metáfora de culturas.
 
Organizational culture
Organizational culture Organizational culture
Organizational culture
 
Aprendizagem organizacional (Learning Organizational - The Third Way
Aprendizagem organizacional (Learning Organizational - The Third WayAprendizagem organizacional (Learning Organizational - The Third Way
Aprendizagem organizacional (Learning Organizational - The Third Way
 
Pesquisa científica qualitativa
Pesquisa científica qualitativa Pesquisa científica qualitativa
Pesquisa científica qualitativa
 

The social construction of organizational change paradoxes. journal of organizational change management

  • 1. Luscher, L. S., Lewis, M., & Ingram, A. (2006). The social construction of organizational change paradoxes. Journal of Organizational Change Management, 19(4), 491–502. Carlos Jonathan Santos Professora Dra. Silvia M R Domenico
  • 2. AUTORES Lothe Luscher Marianne Lewis Amy Ingram Lusher é dinamarquesa. Psicóloga e Doutora em Gestão. É consultora de negócios em empresas públicas e privadas e, também é professora na Aarhus School of Business – Dinamarca. Lewis é Decana na Cass Business School (Inglaterra) e, Professora de Gestão. Sua pesquisas aplica uma lente paradoxal provocativa sobre mudança organizacional, governança e inovação. Ingram é doutora em gestão e, professora assistente na Faculdade de Ciências Empresariais e Comportamentais da Clemson University (EUA).
  • 3. RESUMO DO ARTIGO  Objetivo - explicar como o paradoxo se tornou um rótulo comum para a complexidade organizacional, ambiguidade e equívoco acentuados pela mudança.  Design / metodologia / abordagem - como um rótulo, o paradoxo é socialmente construído (o produto dos discursos diários dos atores). Aplicando uma lente construtivista e insights de teorias de sistemas, o artigo explora a natureza e a dinâmica do paradoxo relacionados com a mudança nas organizações. O artigo propõe uma estrutura que detalha paradoxos recorrentes, suas fontes comunicativas, e sua interação paradoxal. Este estudo de pesquisa-ação da Lego Company fornece um exemplo integrador.  Resultados - a maioria dos fenômenos organizacionais que se faz o objeto de estudo são trazidos pro meio de nossas próprias interações sociais. Processos e produto são dois lados da mesma moeda. A Exploração de paradoxos geralmente cria círculos de reflexão. A compreensão do paradoxo não resolve problemas, mas abre novas possibilidades e fomentam círculos de maior complexidade.  Originalidade / valor - O artigo fornece uma crítica da "resolução", identificando respostas ao paradoxo que pode energizar a mudança.  Tipo de artigo: ensaio teórico
  • 4. O QUE É UM PARADOXO?  Definido amplamente, o paradoxo denota a presença simultânea de elementos aparentemente mutuamente exclusivos - demandas, emoções, perspectivas, idéias (Quinn e Cameron, 1988).  Os paradoxos são quebra-cabeças que desafiam a lógica formal (Handy, 1994).  São fontes de paralisia organizacional, provocado pelas lutas dos atores para dar sentido às tensões subjacentes (Smith e Berg, 1987).  Os autores deste artigo partilham a visão dos teóricos que descrevem o paradoxo como socialmente construído.  Os autores propõem que o paradoxo se construa quando elementos de nossos pensamentos, ações e emoções que pareciam lógicos quando considerados isoladamente, estão justapostos, aparecendo mutuamente exclusivos.  A partir de estudos existentes, propomos três categorias de paradoxo que podem estender entendimentos de como a mudança organizacional complica demandas de trabalho, relações e sistemas.  Paradoxos de (1) desempenho, (2) pertencimento e (3) organização
  • 5. PARADOXOS DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL PARADOXO DE DESEMPENHO PADRÃO COMUNICATIVO Paradoxo: como os papéis flutuam (oscilam) com a estrutura e as expectativas em mudança, as demandas contraditórias perturbam a auto concepção. Apker (2003): controlar os custos e melhorar a qualidade e a acessibilidade. Beech e Huxham (2003): prescrições de gestão contrárias (por exemplo, aumento da responsabilidade e autonomia dos funcionários). Lego: os conflitos entre os gestores sobre as suas responsabilidades na gestão de equipes de trabalho autogeridas (por exemplo, direção ou autonomia). Mensagens misturadas: as expectativas comunicadas são experimentadas como demandas conflitantes, ambíguas e equívocas. Apker (2003): crescente frustração com a desconfiança da administração. Beech e Huxham (2003): dúvida (incapacidade de escolher) ou niilismo (futilidade de escolha). Lego: os gerentes desconhecem suas próprias mensagens misturadas (por exemplo, pedem conflito e harmonia para examinar os desafios do grupo).
  • 6. PARADOXOS DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL PARADOXO DE PERTENCIMENTO PADRÃO COMUNICATIVO Paradoxo: as constelações sociais mutantes promovem tensões entre si e entre outras, à medida que os atores buscam identificar-se em relação à organização e aos seus variados e flutuantes (oscilantes) grupos. Apker (2003): colaboração como capacitação e subjugação. Ybema (1996): limites de grupo permitem unidade e divisão. Westenholz (1993): marcos de referência contrários. Lego: tensões gerenciais entre estar envolvido e destacado de suas equipes subordinadas. Ligação dupla: o desejo de manter relacionamentos inibe a confrontação, pois as interações que podem permitir relações eficazes e empoderamento também podem romper as relações. Apker (2003): colaboração como controle. Ybema (1996): discursos antagônicos acentuam distinções. Westenholz (1993): defendendo o quadro aumentando as defesas dos outros. Lego: gestores presos entre a construção da confiança da equipe por meio de divulgação pessoal e que necessitam de confiança para a divulgação.
  • 7. PARADOXOS DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL PARADOXO DE ORGANIZAÇÃO PADRÃO COMUNICATIVO Paradoxo: O processo de organização e seus variados participantes estabelecem distinções que criam e acentuam as tensões. Ybema (1996): a mudança acentua o consenso organizacional e o dissenso da subcultura. O'Connor (1995): esforços para aumentar a participação destacam práticas conflituosas de empoderamento e controle. Lego: tensões entre a ordem (por exemplo, metas claras e comuns da equipe) e flexibilidade (por exemplo, objetivos diversos dos gerentes). As contradições sistêmicas: As mensagens misturadas e os ciclos recursivos tornam-se incorporados, existentes independentemente dos atores envolvidos. Ybema (1996): agrupamentos de unidades e socialização reforçam distinções de grupo, enquanto a missão da organização e os objetivos procuram a coordenação. O'Connor (1995): rotulagem "insiders" e "outsiders" Lego: novas metas de capacitação e equipes autogeridas entraram em conflito com a ênfase existente e enraizada na produtividade.
  • 8.
  • 9. CONCLUSÕES  Paradoxos de desempenho estão relacionados com a auto compreensão dos atores e podem precisar de uma reformulação como conflito cognitivo (por exemplo, sobre papéis, expectativas e demandas) pode exigir respostas cognitivas.  Da mesma forma, as tensões emocionais que permeiam os paradoxos de pertencimento podem se beneficiar do confronto como uma abordagem emocional para o trabalho.  A compreensão do paradoxo como uma característica natural dos sistemas intrincados e dinâmicos sugere que os paradoxos da organização podem se beneficiar da aceitação.  Explorar paradoxos geralmente cria círculos de reflexão. A compreensão do paradoxo não resolve problemas, mas abre novas possibilidades e fomentam círculos de maior complexidade. Uma estrutura de paradoxo implica ficar com essa complexidade para explorar sua dinâmica e possíveis implicações.  A solução de trabalhar por meio do paradoxo é, ela própria, paradoxal.  O paradoxo é uma construção mental e, portanto, pode ser mentalmente dissolvido. E paradoxo é inerente a toda a vida social e, portanto, não pode ser dissolvido - apenas vivido!
  • 10. CONCLUSÕES Aja sempre como se o futuro do universo dependesse do que você faz, enquanto ri de si mesmo por pensar que tudo o que faz, faz alguma diferença... É esta séria combinação de preocupação e humildade, que torna possível estar envolvido e despreocupado ao mesmo tempo (Czikszentmihalyi, 1997, p.133).