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As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho, de modo à
analisar o comportamento do homem, os fatores que interferem nesse comportamento e os
resultados desse trabalho.
O pensamento administrativo acompanha momentos históricos, políticos e sociais e se
diferem entre si pela ênfase em certos tópicos e conteúdos específicos. No entanto, todas as
teorias divergem para cinco temas em comum: pessoas, ambiente, estrutura, tarefas e
tecnologia.
Segundo Jean-Jacques Rousseau, na Teoria do Contrato Social, o homem constitui um ser de
natureza pacífica e acaba por ser deturpado pela sociedade. Karl Marx e Engels defendiam a
teoria do Estado como força da dominação sobre o homem. No Marxismo a natureza humana
limitada no seu tempo e espaço se opõe ou desejo idealista.
Tanto a Igreja Católica como a organização militar tinham como influência o poder
centralizado, porém o segundo determinou a divisão por hierarquia tendo como preceitos a
disciplina e a unidade de direção, mostrando a importância de que todos os envolvidos
tivessem ciência de suas funções e dos objetivos finais.
Os economistas influenciaram as teorias administrativas com o conceito de livre concorrência,
motivadas pelas drásticas mudanças ocorridas no setor industrial como a produção em larga
escala e a divisão do trabalho.
Com o início da Revolução Industrial, os produtos deixam de ser fabricados por estrutura
familiar de forma artesanal e passam a fabricação por complexo industrial com o surgimento
das máquinas a vapor, em seguida a invenção do motor a combustão e eletricidade, aumento
da demanda trabalhista, produção em larga escala, péssimas condições de trabalho, conflitos
trabalhistas, cenário em que foi criado a primeira lei trabalhista na Inglaterra.
Teoria Científica
Surgiu durante a Revolução Industrial teve como base a divisão do trabalho, a especialização
do trabalhador, a padronização das tarefas, a gratificação no salário. Acreditava-se que
quanto maior a gratificação salarial maior a produção, observou-se também à influência do
ambiente no aumento da produção, como a melhora da ventilação e iluminação. Com a
especialização do trabalhador também surgiu à especialização do elemento supervisor, na
qual o operário passa a reportar a diferentes supervisores as diferentes tarefas.
Dentre as críticas a essa teoria há o fato de não levar em consideração as relações humanas,
de forma a tratar o ser humano como parte da engrenagem, pesquisas posteriores
comprovaram que a especialização do trabalhador não é compatível com o aumento da
produção.
Na enfermagem essa teoria ainda tem relevância, pois é evidente a segregação do trabalho
entre a equipe, deixando os cuidados integrais somente para pacientes graves, há ainda, a
preocupação com o "como fazer" e com a elaboração e adoção de manuais.
Teoria Clássica
O precursor da Teoria Clássica, Henry Fayol mostrava-se muito preocupado com a organização
que se estabelece diante de uma adequada estrutura e o funcionamento compatível com essa
estrutura, essa preocupação fez com que os adeptos dessa teoria fossem denominados
"anatomistas" e "fisiologistas da organização.
Acreditava-se que as empresas tinham seis funções em comum: técnica, comercial,
financeira, segurança, contábil e administrativa.
A função administrativa tem como características prever o futuro e traçar o programa de
ação, organizar de forma a constituir o duplo organismo social e material da empresa,
coordenar provocando a união de todos os atos e esforços, comandar na direção dos recursos
humanos e controlar de modo a velar para que tudo ocorra conforme proposto.
Enfatizou-se os princípios da divisão de trabalho, autoridade, responsabilidade, disciplina,
unidade de comando, unidade de direção, subordinação do interesse particular pelo interesse
geral, remuneração, hierarquia, equidade.
Em relação aos recursos materiais definiu-se que cada coisa deve permanecer em seu lugar,
preceito influenciado pelas idéias eclesiásticas e militares, de modo que concebe a
organização como uma estrutura rígida, hierárquica, estática e limitada. Nessa fase surgiu a
divisão do trabalho em grupo chamado de departamento.
Um ponto negativo consiste na imposição de regras para o comportamento do administrador,
além da falta de preocupações com as relações pessoais.
Na enfermagem observa-se por meio dos organogramas afixados nas paredes da unidade o
sistema hierárquico que estabelece a subordinação, a importância do quantitativo e não
qualitativo.
Teoria das Relações Humanas
Mais preocupados com as relações interpessoais, a Teoria da Relações Humana prioriza o bem-
estar, a interação, os sentimentos do indivíduo e sua inserção no grupo de trabalho, deixando
de lado o rigor das regras e normas compatíveis os as teorias anteriores.
Elton Mayo concluiu que, no que diz respeito a produtividade, verificou-se uma maior
interferência dos fatores psicológicos quando comparados com os fatores ambientais
(iluminação, ventilação) baseado nisso, passou a salientar a estrutura informal, onde o bem-
estar social passou a servir como incentivo a produção, contrariando a vertente anterior onde
a recompensa baseava-se no aumento salarial. Portanto a Teoria das Relações Humanas
passou a tratar de assuntos como: motivação humana, liderança, comunicação, dinâmica de
grupo. O “homem econômico” desaparecera, passando a chamar-se “homem social”.
A maior crítica a essa teoria surgiu da maneira com a qual o administrador conduz seus
administrados, elevando o espírito paternalista, buscando a harmonia dos conflitos, dos quais
passam a ser abafados e nada resolutivos.
Na enfermagem a comunicação adequada entre o enfermeiro e a equipe de enfermagem tem
sido valorizada de forma a otimizar a assistência. Porém não se encontram políticas nas
instituições que considerem esse tópico.
Teoria Burocrática
Criada por Max Weber por volta de 1940, tinha como preceito o fortalecimento da estrutura
organizacional, de forma a ordenar e controlar rigorosamente suas atividades, visando a
eficiência administrativa como objetivo básico, com enfoque na racionalização e na
adequação dos instrumentos usados nas organizações segundo os resultados almejados.
O surgimento da teoria burocrática coincidiu com o despontar do capitalismo, recebendo
influência dos sociólogos que acreditavam no trabalho árduo como dádiva de Deus e na
poupança como forma de evitar a vaidade e ostentação. Apesar de a Teoria Burocrática
receber influências das ideias protestantes, esta não se enquadra em um sistema social, mas
em uma forma diferenciada de autoridade e poder.
A proposta burocrática caracteriza-se pela impessoalidade das relações humanas, objetivando
a padronização dos comportamentos, mantendo dessa forma um caráter racional, a
determinação de procedimentos e rotinas é evidente, os profissionais são caracterizados de
acordo com a especialização técnica, a remuneração condizente com o cargo exercido, a
nomeação de um chefe imediato, a possibilidade de ascensão na empresa e a não
participação nos lucros.
Teoria Comportamentalista
A Teoria Comportamentalista passa a dar ênfase ao comportamento dos indivíduos e das
relações interpessoais, priorizando a motivação humana.
Influenciada pelo movimento behaviorista teve como pressuposto a criação do “homem
administrativo” deixando de lado a teoria do “homem econômico”, incorporando a “maneira
satisfatória” de realizar o trabalho e não mas, a “melhor forma”.
Kurt Lewin, 1890-1947, foi um grande criador do movimento behavorista e Simon, 1947 é
considerado o maior seguidor dessa teoria.
A Teoria da Motivação criada por Maslow determinou que os homens possuem necessidades
básicas que são prioritárias e outras que são secundárias, dispostas de forma hierárquica,
sendo as necessidades fisiológicas e as de segurança consideradas as mais importantes,
portanto, primárias ou prioritárias, seguidas das necessidades sociais, de auto-estima e de
auto-realização, consideradas secundárias, uma necessidade só estaria presente se a anterior
fosse imediatamente sanada.
Para Hertzberg o trabalhador sofre influência de dois fatores (Teoria dos Dois Fatores),
aqueles que ele próprio não pode modificar, chamados de fatores “higiênicos” como salário,
tipo de chefia, e aqueles que ele pode modificar, denominados “motivacionais” como o
sentimento, com esse estudo concluiu-se que os fatores motivacionais traziam resultados mais
efetivos quanto ao desempenho do trabalhador.
O autor behavorista McGregor acreditava que o comportamento do chefe dependia do perfil
do subordinado, sendo o administrado preguiçoso e irresponsável consequentemente o chefe
agiria de forma rígida e autoritária, no entanto se o funcionário fosse responsável e adepto ao
trabalho, o estilo da chefia seria dinâmico, aberto, flexível e democrático, essa teoria foi
denominada Teoria X para o estilo autoritário e Teoria Y para o estilo participativo.
Teoria dos Sistemas
Fundamenta-se em três vertentes: os sistemas existem dentro de sistemas, os sistemas são
abertos e as funções de um sistema dependem de sua estrutura.
O sistema é considerado um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas e reage
globalmente quando uma de suas partes é estimulada, se caracteriza pela proposição de
objetivos, globalismo, entropia, homeostasia, tende ao desgaste e desintegração levado pela
entropia e ao equilíbrio entre as partes garantido pela homeostase.
Esta teoria conceitua o “homem funcional” caracterizado pela importância no que diz
respeito aos relacionamentos interpessoais, também considerado um sistema de papéis, os
indivíduos constituem os atores que desempenham esses papéis.
Teoria Contingencial
Observou-se que uma mesma empresa funciona de formas diferentes em diferentes situações,
partindo deste princípio estudos concluíram que as condições que uma organização opera são
ditadas de fora para dentro da empresa, ou seja, o ambiente externo contribui para
estruturar os processos organizacionais.
A fim de esclarecer o binômio organização/ambiente, observou-se que as empresas sofrem
ação de dois fenômenos; diferenciação e integração, a diferenciação consiste na divisão da
organização em partes competentes e a integração, representa os esforços para unir as partes
divididas a fim de se obter o objetivo almejado.
Foi observado também a influência da tecnologia nas organizações, dessa forma incorporou-se
tanto a tecnologia física com matérias-primas diferenciadas, aparelhos sofisticados, quanto a
tecnologia humana com especialistas, peritos e técnicos.
Portanto a adoção de uma ou outra teoria administrativa dependerá não somente de fatores
sociais, econômicos e políticos disponíveis na instituição, mas principalmente das pretenções
dos detentores do poder dentro das organizações.

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As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho

  • 1. As teorias administrativas surgem como forma de permear as relações de trabalho, de modo à analisar o comportamento do homem, os fatores que interferem nesse comportamento e os resultados desse trabalho. O pensamento administrativo acompanha momentos históricos, políticos e sociais e se diferem entre si pela ênfase em certos tópicos e conteúdos específicos. No entanto, todas as teorias divergem para cinco temas em comum: pessoas, ambiente, estrutura, tarefas e tecnologia. Segundo Jean-Jacques Rousseau, na Teoria do Contrato Social, o homem constitui um ser de natureza pacífica e acaba por ser deturpado pela sociedade. Karl Marx e Engels defendiam a teoria do Estado como força da dominação sobre o homem. No Marxismo a natureza humana limitada no seu tempo e espaço se opõe ou desejo idealista. Tanto a Igreja Católica como a organização militar tinham como influência o poder centralizado, porém o segundo determinou a divisão por hierarquia tendo como preceitos a disciplina e a unidade de direção, mostrando a importância de que todos os envolvidos tivessem ciência de suas funções e dos objetivos finais. Os economistas influenciaram as teorias administrativas com o conceito de livre concorrência, motivadas pelas drásticas mudanças ocorridas no setor industrial como a produção em larga escala e a divisão do trabalho. Com o início da Revolução Industrial, os produtos deixam de ser fabricados por estrutura familiar de forma artesanal e passam a fabricação por complexo industrial com o surgimento das máquinas a vapor, em seguida a invenção do motor a combustão e eletricidade, aumento da demanda trabalhista, produção em larga escala, péssimas condições de trabalho, conflitos trabalhistas, cenário em que foi criado a primeira lei trabalhista na Inglaterra. Teoria Científica Surgiu durante a Revolução Industrial teve como base a divisão do trabalho, a especialização do trabalhador, a padronização das tarefas, a gratificação no salário. Acreditava-se que quanto maior a gratificação salarial maior a produção, observou-se também à influência do ambiente no aumento da produção, como a melhora da ventilação e iluminação. Com a especialização do trabalhador também surgiu à especialização do elemento supervisor, na qual o operário passa a reportar a diferentes supervisores as diferentes tarefas. Dentre as críticas a essa teoria há o fato de não levar em consideração as relações humanas, de forma a tratar o ser humano como parte da engrenagem, pesquisas posteriores comprovaram que a especialização do trabalhador não é compatível com o aumento da produção. Na enfermagem essa teoria ainda tem relevância, pois é evidente a segregação do trabalho entre a equipe, deixando os cuidados integrais somente para pacientes graves, há ainda, a preocupação com o "como fazer" e com a elaboração e adoção de manuais. Teoria Clássica O precursor da Teoria Clássica, Henry Fayol mostrava-se muito preocupado com a organização que se estabelece diante de uma adequada estrutura e o funcionamento compatível com essa estrutura, essa preocupação fez com que os adeptos dessa teoria fossem denominados "anatomistas" e "fisiologistas da organização. Acreditava-se que as empresas tinham seis funções em comum: técnica, comercial, financeira, segurança, contábil e administrativa. A função administrativa tem como características prever o futuro e traçar o programa de ação, organizar de forma a constituir o duplo organismo social e material da empresa, coordenar provocando a união de todos os atos e esforços, comandar na direção dos recursos humanos e controlar de modo a velar para que tudo ocorra conforme proposto. Enfatizou-se os princípios da divisão de trabalho, autoridade, responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação do interesse particular pelo interesse
  • 2. geral, remuneração, hierarquia, equidade. Em relação aos recursos materiais definiu-se que cada coisa deve permanecer em seu lugar, preceito influenciado pelas idéias eclesiásticas e militares, de modo que concebe a organização como uma estrutura rígida, hierárquica, estática e limitada. Nessa fase surgiu a divisão do trabalho em grupo chamado de departamento. Um ponto negativo consiste na imposição de regras para o comportamento do administrador, além da falta de preocupações com as relações pessoais. Na enfermagem observa-se por meio dos organogramas afixados nas paredes da unidade o sistema hierárquico que estabelece a subordinação, a importância do quantitativo e não qualitativo. Teoria das Relações Humanas Mais preocupados com as relações interpessoais, a Teoria da Relações Humana prioriza o bem- estar, a interação, os sentimentos do indivíduo e sua inserção no grupo de trabalho, deixando de lado o rigor das regras e normas compatíveis os as teorias anteriores. Elton Mayo concluiu que, no que diz respeito a produtividade, verificou-se uma maior interferência dos fatores psicológicos quando comparados com os fatores ambientais (iluminação, ventilação) baseado nisso, passou a salientar a estrutura informal, onde o bem- estar social passou a servir como incentivo a produção, contrariando a vertente anterior onde a recompensa baseava-se no aumento salarial. Portanto a Teoria das Relações Humanas passou a tratar de assuntos como: motivação humana, liderança, comunicação, dinâmica de grupo. O “homem econômico” desaparecera, passando a chamar-se “homem social”. A maior crítica a essa teoria surgiu da maneira com a qual o administrador conduz seus administrados, elevando o espírito paternalista, buscando a harmonia dos conflitos, dos quais passam a ser abafados e nada resolutivos. Na enfermagem a comunicação adequada entre o enfermeiro e a equipe de enfermagem tem sido valorizada de forma a otimizar a assistência. Porém não se encontram políticas nas instituições que considerem esse tópico. Teoria Burocrática Criada por Max Weber por volta de 1940, tinha como preceito o fortalecimento da estrutura organizacional, de forma a ordenar e controlar rigorosamente suas atividades, visando a eficiência administrativa como objetivo básico, com enfoque na racionalização e na adequação dos instrumentos usados nas organizações segundo os resultados almejados. O surgimento da teoria burocrática coincidiu com o despontar do capitalismo, recebendo influência dos sociólogos que acreditavam no trabalho árduo como dádiva de Deus e na poupança como forma de evitar a vaidade e ostentação. Apesar de a Teoria Burocrática receber influências das ideias protestantes, esta não se enquadra em um sistema social, mas em uma forma diferenciada de autoridade e poder. A proposta burocrática caracteriza-se pela impessoalidade das relações humanas, objetivando a padronização dos comportamentos, mantendo dessa forma um caráter racional, a determinação de procedimentos e rotinas é evidente, os profissionais são caracterizados de acordo com a especialização técnica, a remuneração condizente com o cargo exercido, a nomeação de um chefe imediato, a possibilidade de ascensão na empresa e a não participação nos lucros. Teoria Comportamentalista A Teoria Comportamentalista passa a dar ênfase ao comportamento dos indivíduos e das relações interpessoais, priorizando a motivação humana. Influenciada pelo movimento behaviorista teve como pressuposto a criação do “homem administrativo” deixando de lado a teoria do “homem econômico”, incorporando a “maneira satisfatória” de realizar o trabalho e não mas, a “melhor forma”.
  • 3. Kurt Lewin, 1890-1947, foi um grande criador do movimento behavorista e Simon, 1947 é considerado o maior seguidor dessa teoria. A Teoria da Motivação criada por Maslow determinou que os homens possuem necessidades básicas que são prioritárias e outras que são secundárias, dispostas de forma hierárquica, sendo as necessidades fisiológicas e as de segurança consideradas as mais importantes, portanto, primárias ou prioritárias, seguidas das necessidades sociais, de auto-estima e de auto-realização, consideradas secundárias, uma necessidade só estaria presente se a anterior fosse imediatamente sanada. Para Hertzberg o trabalhador sofre influência de dois fatores (Teoria dos Dois Fatores), aqueles que ele próprio não pode modificar, chamados de fatores “higiênicos” como salário, tipo de chefia, e aqueles que ele pode modificar, denominados “motivacionais” como o sentimento, com esse estudo concluiu-se que os fatores motivacionais traziam resultados mais efetivos quanto ao desempenho do trabalhador. O autor behavorista McGregor acreditava que o comportamento do chefe dependia do perfil do subordinado, sendo o administrado preguiçoso e irresponsável consequentemente o chefe agiria de forma rígida e autoritária, no entanto se o funcionário fosse responsável e adepto ao trabalho, o estilo da chefia seria dinâmico, aberto, flexível e democrático, essa teoria foi denominada Teoria X para o estilo autoritário e Teoria Y para o estilo participativo. Teoria dos Sistemas Fundamenta-se em três vertentes: os sistemas existem dentro de sistemas, os sistemas são abertos e as funções de um sistema dependem de sua estrutura. O sistema é considerado um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas e reage globalmente quando uma de suas partes é estimulada, se caracteriza pela proposição de objetivos, globalismo, entropia, homeostasia, tende ao desgaste e desintegração levado pela entropia e ao equilíbrio entre as partes garantido pela homeostase. Esta teoria conceitua o “homem funcional” caracterizado pela importância no que diz respeito aos relacionamentos interpessoais, também considerado um sistema de papéis, os indivíduos constituem os atores que desempenham esses papéis. Teoria Contingencial Observou-se que uma mesma empresa funciona de formas diferentes em diferentes situações, partindo deste princípio estudos concluíram que as condições que uma organização opera são ditadas de fora para dentro da empresa, ou seja, o ambiente externo contribui para estruturar os processos organizacionais. A fim de esclarecer o binômio organização/ambiente, observou-se que as empresas sofrem ação de dois fenômenos; diferenciação e integração, a diferenciação consiste na divisão da organização em partes competentes e a integração, representa os esforços para unir as partes divididas a fim de se obter o objetivo almejado. Foi observado também a influência da tecnologia nas organizações, dessa forma incorporou-se tanto a tecnologia física com matérias-primas diferenciadas, aparelhos sofisticados, quanto a tecnologia humana com especialistas, peritos e técnicos. Portanto a adoção de uma ou outra teoria administrativa dependerá não somente de fatores sociais, econômicos e políticos disponíveis na instituição, mas principalmente das pretenções dos detentores do poder dentro das organizações.