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A
LIDERANÇA E A GESTÃO DE CONFLITOS NO
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO DO
LUENA
PALESTRANTE: JOÃO MIGUEL FILHO
TÉCNICO MÉDIO EM ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, NO
COMPLEXO ESCOLAR DIOCESANO Nº341-SÃO JOSÉ
1
INTRODUÇÃO
O conflito existe à muito tempo e em todos os lugares, seja no âmbito profissional ou
pessoal. Fazem parte do processo de evolução dos seres humanos e são necessários para
o desenvolvimento e o crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e
organizacional. Quando se trata de organizações, pode comprometer a sua função e o
funcionamento da empresa, tendo formas diversas, indo desde uma simples
incompatibilidade de ideias até uma afronta recíproca.
É possível pensar inúmeras alternativas para indivíduos e grupos lidarem com os
conflitos. Estes podem ser ignorados ou abafados, ou sanados e transformados num
elemento auxiliar na evolução de uma sociedade ou organização. O líder depara-se
constantemente com situações de conflito, capazes de gerar condições caóticas que
tornam praticamente impossível que os funcionários trabalhem em conjunto. E a melhor
maneira de criar equipes eficazes é aceitar a existência deles, resolvendo quando
atrapalharem, ou encorajando, quando beneficiarem. Em meio a um confronto de
interesses, crenças, valores, conhecimentos e experiências, a consequência mais comum
é o surgimento do conflito, e cabe ao líder administrá-lo, e não o evitar.
Os conflitos são importantes a todos e as organizações. Imaginem se todos os funcionários
pensassem do mesmo modo e tivessem a mesma opinião sobre um fato da empresa? Ideias
divergentes são necessárias, pois através delas chega-se ao senso comum e é tomada a
melhor decisão para o futuro da organização. Assim, é impossível imaginar uma empresa
sem conflitos, já que seres humanos sempre têm opiniões e influências de vida diferentes.
O conflito é necessário para a sobrevivência no mercado de trabalho, como prova de que
o indivíduo sabe discernir e tem uma opinião formada sobre um assunto determinado.
O que não pode haver são conflitos degenerativos que impliquem em brigas constantes e
antipatia evidente. Aí, é que o líder aparece para negociar com as partes envolvidas a
melhor solução, seja resolvendo o conflito, ou ao menos, Com a constante modernização,
é comum que o indivíduo tenha que se adaptar às constantes mudanças do ambiente. Nada
mais natural então que surja os conflitos e com eles, os problemas (ou não) advindos do
mesmo. Além do conflito de si mesmo, aparece os intergrupais, já que as pessoas são
diferentes na ação, pensamentos e sentimentos de acordo com os seus princípios e de cada
situação.
Daí surge a figura do líder como agente mediador das situações conflitivas, adotando
assim a melhor estratégia, ignorando, abafando ou transformando-os em um recurso
auxiliar na evolução da empresa. Conflitos, quando excesso, causam um clima de tensão
e/ou exclusão na empresa, prejudicando o clima organizacional. Assim, o trabalho parte
do seguinte problema: qual a função do líder na gestão de conflitos e o que ele pode fazer
para transformar os problemas em soluções para a organização.
Analisando-se o contexto da situação conflitiva, o líder, maior responsável pela gestão
destas, pode optar pelo abafamento, omissão ou resolução do conflito, baseando-se
também na versão das partes envolvidas. Este trabalho, fruto de uma análise exploratória,
não pretende responder todos os questionamentos acerca do assunto, mas, apenas,
constatar como o líder pode exercer uma influência na resolução dos conflitos.
2
Esta pesquisa tem por objetivo principal analisar a função do líder diante de situações de
conflito na organização. Além disso, tem por objetivos complementares identificar a
consequência dos conflitos no ambiente organizacional, descrever liderança dentro da
organização, verificar até onde as diferenças interpessoais podem causar os conflitos,
além de sugerir modelos de tomadas de decisão do líder perante situações conflitivas.
O tema liderança sob todos os aspectos vem ganhando espaço nas principais pesquisas
acadêmicas e livros do país, pois o mundo está em constante transformações e o líder
deve estar atento a todas elas. Para a pesquisa, foi dedicado o estudo do líder e o conflito.
Já que os conflitos podem interferir no andamento da organização, cabendo ao líder
intervir na situação, para que os mesmos não destruam nas relações interpessoais da
equipe.
Esta obra é direcionada aos gestores das organizações, a aspirantes a cargos de liderança,
a estudantes de cursos de Administração e áreas afins, e também a pesquisadores e
interessados no assunto, baseando-se em pesquisas. Trata se de uma pesquisa de caráter
qualitativo, baseada em pesquisas bibliográficas de livros, artigos da internet e
conhecimentos adquiridos ao longo de muinha formação Média Acadêmica. Para isso,
foram comprovadas informações de principais autores sobre o tema Gestão de Pessoas,
nos aspectos de liderança e conflitos, como: Chiavenato (2000), Martinelli e Almeida
(2008), Robbins (2005), Brunetta (2009), Hunter (2004), Gil (2008) e Mussak (2010).
Esta obra está repartida em duas partes, sendo a primeira, abordada os primordios da
gestão de conflitos, no que concerne as teorias científicas, bem como os tipos de conflitos
existentes na vida organizacional. E, na segunda parte, mencionarei os principios usados
pelos grandes homens Cristãos, a partir do Soberano Rei, abrangendo pelos seus
discípulos, bem como, seus perfís mediante o tema em estudo.
3
I. A LIDERANÇA SEGUNDO A CIÊNCIA
Desde os primórdios do mundo, a liderança podia ser vista em gestos mais simples. Por
volta de 4.000 a.C., surgiu a Mesopotâmia, uma rica região da Ásia Menor, localizada
nas planícies férteis banhadas pelos rios Tigre e Eufrates. Começou ali os vestígios da
liderança, a necessidade de se viver em conjunto, em sociedade, favoreceu o surgimento
de líderes para que este projeto fosse seguido.
Para Chiavenato (2006, p. 18-19) a liderança “(...) é essencial em todas as
funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber
conduzir as pessoas, isto é, liderar.”
Todos já nascem líderes, ainda que não saibam. No momento que você escolhe que curso
fazer, que empresa abrir ou até que roupa usar, está sendo líder da sua própria vida. Mas
nem todos desenvolvem essa capacidade dentro de uma organização, ela deve ser
explorada, ou seja, deve ser inspirado a despertar sua liderança.
Não adianta exercer um cargo de líder, se não há preocupação com o bem-estar dos
funcionários e o desenvolvimento das pessoas que estão ao seu redor. Você pode escolher
o melhor estilo, mas em nada adiantará se não houver a essência da liderança.
A Liderança vem se tornando o principal assunto do mundo dos negócios. Através dela
as organizações realizam projetos, expandem seus negócios e conquistam clientes.
Através da comunicação, vem influenciando várias pessoas, para consecução de objetivos
específicos, também sendo como um fenômeno que envolve vários grupos sociais. Os
líderes são maiores quando se usa a humildade de entender o que seus seguidores
necessitam. “Então a chave para a boa liderança é exercer as tarefas enquanto se
constroem os relacionamentos” (HUNTER, 2004).
De acordo com Mussak (2010) uma equipe vencedora depende de três fatores: um líder
para dar rumo, respeito pelas diferenças internas e a existência de um objetivo comum.
Liderança não é algo apenas comum ao topo da empresa (MUSSAK, 2010); quanto maior
ela for, mais haverá a presença de líderes. O líder, necessariamente, não precisa ser
administrador, pois até um funcionário do setor operacional pode ter características de
liderança e se destacar entre os demais. Mas, se ele tiver conhecimentos administrativos,
será melhor, pois o mesmo poderá aliá-los ao seu papel de líder. Portanto, de acordo com
Hunter, no livro O MONGE E O EXECUTIVO, pudesse definir liderança como: A
habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os
objetivos identificados como sendo para o bem comum (p. 28, 2004).
Fiedler e Chemers (1981) descrevem, em uma de suas obras, definições de liderança:
“Liderança é o exercício da autoridade e da tomada de decisões” (DUBRIN, 1961).
“Liderança é uma habilidade de persuadir ou dirigir as pessoas sem o uso do prestígio ou
da força de uma autoridade formal, ou de circunstâncias externas” (REUTER, 1941). “O
líder é a pessoa que consegue as mudanças mais efetivas no desempenho do grupo”
(CATTEL, 1953).
A liderança, numa discussão em grupo, diz respeito às atividades de iniciar, organizar,
clarificar, questionar, motivar, resumir e formular conclusões, dessa forma, o líder é a
pessoa que passa mais tempo falando ao grupo, desde que caiba a ele cumprir a maior
parte dessas tarefas verbais (BASS, 1990).
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Liderar não é apenas ordenar funções aos seus subordinados e/ou puni-los quando algo
não der certo. Ser líder corresponde à empatia, colocar-se no lugar do seu funcionário,
utilizar a sua inteligência emocional para lidar com as diferenças de cada um e conduzir
a sua equipe ao melhor desempenho. Como diz o grande guru da liderança, John C.
Maxwell, o motivo de ser líder é a valorização das pessoas.
Os bons líderes extraem o melhor das pessoas, fazendo com que elas evoluam dentro da
organização e saibam também conviver em harmonia com personalidades e
comportamentos divergentes. Despertam em seus colaboradores a capacidade crítica e os
motivam a chegar em lugares que seriam impossíveis, até então, de alcançarem. Vale
ressaltar que o líder para liderar a sua equipe, deve ser capaz de liderar a sua própria vida.
Ou seja, deve desenvolver a auto liderança, sendo capaz de liderar seus próprios
sentimentos, pensamentos e ações.
Existem ainda divergências das qualidades de um líder ideal, mas Jordão (2015) destaca
algumas pertinentes à liderança:
O líder ideal é aquele que consegue reunir o máximo de qualidades, entre elas:
entusiasmo, integridade, imparcialidade, firmeza, humildade, determinação, criatividade,
flexibilidade, dinamismo. Além de tudo isso, ele precisa ser ético, observador, saber se
relacionar com os outros, saber ouvir, saber desenvolver a equipe, ter visão de futuro e
cercar-se de pessoas certas. O ideal é que ainda seja carismático.
É ideal obter o maior número possível das características citadas pela autora, mas é
importante também que o líder queira e goste de ser líder, conhecendo seus pontos fortes
e fracos, desenvolvendo-os para o seu melhor desempenho. Afinal, ser líder é muito
simples na teoria, mas prática requer o seu entendimento acerca da alma humana e a sua
capacidade de lidar com pessoas.
1.2 TIPOS DE LIDERANÇA
Maximiano (2007) afirma que o líder deve utilizar os três estilos de liderança:
Autocrática, Democrática e Liberal de acordo com as pessoas, com a situação e com a
tarefa a ser executada. O líder tem o papel de mandar cumprir ordens, deve consultar seus
subordinados antes de tomar uma decisão, e também sugerir alguns subordinados a
realizar algumas tarefas. A Figura 1, abaixo, fornece comparações entre os estilos de
liderança e as suas ênfases perante líder e subordinado.
Figura 1 – Ênfases dos estilos de liderança nos colaboradores.
Fonte:
http://slideplayer.com.br/slide/76561/
5
O líder Autocrático é conhecido como “chefe” que supervisiona atividades de outras
pessoas e que possui pessoas reportando-se a ele. Ele acredita que a sua opinião é sempre
a mais correta e que seus subordinados são pouco merecedores de confiança. Segundo o
autor, “o líder impõe suas ideias e suas decisões sobre o grupo, sem nenhuma participação
deste. A ênfase está nele.”
A Liderança Democrática é reconhecida pela participação e envolvimento da equipe na
tomada de decisões, pela delegação da autoridade e pela decisão em conjunto. “O líder
orienta o grupo e incentiva a participação de todos. A ênfase está no líder e também no
grupo” (MAXIMIANO, 2007).
O estilo Liberal evidencia-se pela total liberdade dada aos colaboradores
para decidir e executar o trabalho da melhor forma possível. Cabe ao líder somente
responder as dúvidas e disponibilizar os recursos necessários. O autor evidencia que o
líder delega totalmente as decisões ao grupo sem controle algum e deixa-o completamente
à vontade. É mínima a participação do líder e o grupo é enfatizado. Utilizando agora os
princípios de Chiavenato (2007), os estilos de Liderança foram acrescidos dos “estilos
contemporâneos”. O autor adiciona mais três:
Indeciso, Situacional e Emergente.
O estilo Indeciso caracteriza-se pelo não reconhecimento da responsabilidade, é o tipo de
líder que não toma direção efetiva das coisas, vive no estilo “deixa como está, para ver
como é que fica”; “deixa a vida me levar”. Com isso, o grupo fica desorganizado, gera
insegurança e atritos, aumentando ainda mais os conflitos interpessoais.
O estilo Situacional, como o próprio nome já diz, é o líder que assume um estilo de
liderança próprio, dependendo da situação ocorrida. O grupo fica seguro e motivado por
um certo momento.
Já o líder Emergente, diz respeito àquele que surge e assume o comando por reunir mais
qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados à
uma situação específica. Significa que alguns membros da equipe irão liderar atividades
nas quais eles são reconhecidamente bons especialistas. Uma das características da
liderança emergente é que os membros da equipe se tornam seguidores por livre e
espontânea vontade. Para alguns autores, é tida como uma liderança de “bagunça”, já que
não se tem um líder nomeado específico. O grupo reage bem, participa, colabora, sabendo
que se houver emergência, o líder saberá o que fazer.
A Figura 2 demonstra como cada estilo de liderança influencia na participação dos
colaboradores no processo de tomada de decisões.
Figura 2 – Influência dos estilos de liderança
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Fonte: http://old.knoow.net/cienceconempr/gestao/continuumlideranca.htm
1.3 CHEFIA VERSUS LIDERANÇA
Muitos tendem a confundir ou até associar como sinônimas as palavras “liderança” e
“chefia”, talvez por falta de experiência ou por achar que para comandar uma equipe é
necessário ser chefe. Um líder pode ser um chefe, mas um chefe não pode ser líder, a
menos que ele aprenda como ser um. Constantemente, relacionam a palavra “LÍDER” a
alguém ambicioso, agressivo, que detém o poder. Mussak (2010) afirma que ele pode ser
rígido, severo e exigente, mas deve basear-se no uso sensato da autoridade, na
responsabilidade e na obtenção de resultados.
Na verdade, essas características pertencem ao “CHEFE”, que apenas exerce o poder e
delega funções aos seus subordinados. "Liderança é muito mais um processo de dar poder
às demais pessoas do que o exercício pessoal de poder." (MUSSAK, 2010). O chefe é
aquele que comanda seus funcionários, dando ordens e esperando que sejam cumpridas.
Os seus funcionários sentem-se desmotivados e os obedece apenas pelo medo de
perderem o emprego. Preocupa-se apenas com resultados e lucros, utilizando-se da sua
hierarquia. Ele não admite erros, culpa apenas o grupo organizacional pelas suas falhas e
se vangloria quando algo dá certo. Adota as mesmas características do líder autoritário; é
o típico ditado: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo.”
O líder inspira a sua equipe e segue junto com ela; o chefe dá ordens e apenas espera que
sejam cumpridas. Mussak (2010) confirma esta proposição, quando diz que “[...] Líderes
eficazes lideram inspirando outras pessoas, e não dando ordens.” Dirige seus funcionários
para o sucesso, e melhor, vai com eles. As metas são traçadas e divididas entre o grupo.
Os funcionários se motivam e o respeita, já não utilizando o temor. O líder preocupa-se
primeiramente com o bem-estar da equipe, para que juntos alcancem os resultados e
adquiram os lucros.
Assume total responsabilidade com a sua equipe pelos erros e divide a glória com os
acertos. Adota a postura: “Vamos, eu irei com vocês!” Os chefes são contratados por uma
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única razão: resolver problemas. Ainda, de acordo com o autor, os líderes não resolvem,
previnem os problemas; devem ter uma visão sistêmica do presente e do futuro da
empresa. Nele deve conter o poder da iniciativa, a capacidade de superar desafios e
motivar os outros a superá-los também.
Como forma de exemplificação, podemos resumir essas características na tabela a seguir:
Tabela 1 – Diferenças entre chefe e líder
CHEFIA VS LIDERANÇA
CHEFIA LIDERANÇA
Os chefes são contratados para
resolver problemas
Os líderes não resolvem
problemas;
eles os previnem
Dirige os empregados Treina os empregados
Dependa da autoridade. Depende da boa vontade.
Inspira medo. Inspira entusiasmo.
Culpa pelas falhas. Corrige as falhas.
Usa pessoas Desenvolve pessoas
Ordena. Pergunta.
Diz “Vão!” Diz “Vamos!”
Fonte: WorkTec Preparação Profissional. Adaptado pela autora.
1.4 LIDERANÇA NO SÉCULO XXI
Em meio às mudanças sociais, políticas e econômicas que estão acontecendo nos últimos
anos, não é de se estranhar que o perfil dos líderes venha mudando gradativamente.
Atualmente, essa característica de liderança não é mais tida como uma virtude, e sim,
como uma necessidade, já que a autoridade tem dado lugar aos questionamentos dos
liderados, o que chamamos de “liderança participativa”. “Antigamente focava-se
principalmente nos produtos e nos serviços entregues. Hoje, o foco de interesse passa
para as pessoas” (KRAMES, 2006). Para isso, são adotadas posturas de recompensas
como motivação para que os funcionários superem seus objetivos. Assim, o autor
confirma quando diz que um dos principais papéis do líder é estimular as pessoas e a
colaboração entre elas, formando equipes de grande desempenho.
PRINCIPAIS CONFLITOS EMPRESARIAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Consideramos como tipos de conflitos empresariais toda controvérsia, desavença,
polêmica, choque de interesses ou disputa que ocorre em uma empresa. Infelizmente, nem
sempre se sabe lidar adequadamente com essas situações, o que acaba por gerar uma série
de prejuízos financeiros e relacionais, mas que podem envolver também todo um
departamento jurídico, o poder judiciário, ações judiciais, mal estar, perda de
colaboradores, a necessidade de se buscar mediação, conciliação e a lista vai longe.
Os conflitos fazem parte da nossa realidade. Ninguém pensa ou age de uma maneira
idêntica, o que significa que, em alguns momentos, haverá discordâncias e desencontros.
As opiniões divergentes são saudáveis em equipes maduras com pluralidade de
pensamento, e desafio por buscar melhores soluções e resoluções mais bem pensadas deve
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ser até valorizado. Mas, por mais que um grupo conviva bem entre si ou esteja bem-
alinhado com a empresa, existirão os momentos de divergências mais tensas para as
organizações ou pessoas envolvidas. A maior questão é saber como gerenciar as
controvérsias, evitando excessos e também agravamentos e impactos negativos sobre a
produtividade, segurança psicológica dos envolvido, atéo risco da perda de resultados
práticos. Adiciona-se a estes elementos, a pandemia do coronavírus trouxe consigo a
covid 19 e elevou ainda mais os desafios por bom diálogo, o que pode-se perceber que
dificultou uma boa mediação de conflitos. O objetivo do gerenciamento não deve ser
eliminar completamente os eventos, como afirmamos são por vezes muito saudáveis, mas
sim evitar os conflitos que geram os desgastes, assim como suas consequências negativas.
Sem a gestão adequada, técnicas e métodos, os conflitos institucionais podem como se
vê inúmeras vezes gerar sérios impactos para o clima organizacional e até prejudicar a
execução das metas de uma equipe. Neste conteúdo vamos mostrar quais são os principais
tipos de conflitos empresariais, quais são malefícios dos de difícil solução e o que podem
causar em termos de custo. Também procuraremos oferecer um método para solução de
conflitos para você saber melhor como lidar com eles, entre outros aspectos. Acompanhe
a leitura e saiba mais!
Quais são os principais tipos de conflitos empresariais?
De modo geral, os conflitos podem se dar de diferentes formas:
 intrapessoais, ocorrendo em um único indivíduo com ele mesmo. É o que
acontece quando entramos em choque com nossos valores, por exemplo.
 interpessoais, ocorrendo entre duas ou mais pessoas;
 Podem se dar dentro de um mesmo grupo, setor ou equipe (intragrupais);
 Ou ocorrer entre equipes e departamentos (intergrupais).
Aqui, vamos focar nas três últimas modalidades, mas vale lembrar que os conflitos
intrapessoais também devem ser abordados com cuidado e empatia, pois envolvem
questões emocionais e momentos difíceis para a pessoa. A seguir listamos alguns dos
principais tipos de conflitos entre pessoas ou grupos.
1. Conflito latente
Tratam-se de conflitos não declarados. São aqueles não mencionados, que não ficam
evidentes e nem os próprios envolvidos o percebem com clareza. Eles podem sentir
incômodos, mas ainda não perceberam o conflito racionalmente. Geralmente, esse tipo
de conflito não é trabalhado pelos gestores, o que pode ser um erro, já que isso pode ser
um gatilho para problemas maiores. Não significa, no entanto, se apegar exageradamente,
tentando identificar e se aprofundar em cada pequeno incômodo no seu time.
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2. Conflito percebido
O conflito percebido é aquele em que os envolvidos já têm consciência e uma maior
clareza de sua existência. Apesar de o perceberem racionalmente, ainda não se
manifestaram abertamente em relação ao problema. Também pode acontecer de o conflito
ser percebido por apenas uma das partes ou por terceiros. Esse tipo também pode ser o
início de um atrito maior, caso não se procure a sua resolução.
3. Conflito sentido
Esse conflito pode ou não ser percebido por terceiros, mas gera tensão e impactos
emocionais em ao menos uma das partes. É o conflito que afeta principalmente o
psicológico dos envolvidos, podendo levar a sérias consequências, tanto para os
indivíduos quanto para a sua atuação na empresa.
É muito importante ter cuidado, pois mesmo com esses efeitos, esse conflito pode ainda
não ter se manifestado. Assim, alterações no comportamento de uma pessoa, como raiva,
irritação, maior sensibilidade, inibição ou abalos emocionais devem ser investigadas com
cautela, respeito e empatia.
A pessoa não deve ser punida ou julgada como culpada. Além disso, o sigilo ao conversar
com o afetado, a confiabilidade e a discrição são aspectos necessários nesse sentido.
4. Conflito manifesto
Consiste na etapa em que o conflito já é evidente em ambas as partes e também é
percebido com bastante clareza por terceiros. É quando ao menos uma das partes o
manifesta, havendo ações de interferência passiva ou ativa. Esse conflito é capaz de
interferir profundamente na dinâmica e no relacionamento da organização.
Quais fatores Causadores de conflitos empresariais?
Agora que você conhece os tipos de conflitos empresariais, é importante também entender
os seus possíveis motivos. Listamos alguns deles a seguir!
Falhas na comunicação interna
Sem uma comunicação interna bem-estruturada, o que se nota é um efeito parecido com
o da brincadeira "telefone sem fio". Há a presença de informações descentralizadas e
decisões que podem gerar conflitos de interesses entre os departamentos.
Uma empresa precisa de um planejamento adequado, inclusive para aspectos bem
práticos. Cada departamento tem as suas próprias funções, mas é preciso construir uma
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boa interação entre elas. É importante observar o negócio como um todo e organizá-lo de
forma que um setor contribua para o outro.
Para que isso funcione no dia a dia, a comunicação interna precisa ser clara, concisa e
sempre alinhada com os objetivos da organização. Do contrário, aumenta-se o risco de
discórdia e disputa entre as áreas. Aliás, outro fator relevante é mostrar que toda equipe,
gestor e funcionário é importante e valorizado pela empresa.
Ausência de processos adequados
Da mesma maneira que a comunicação interna faz grande diferença na resolução de
conflitos empresariais, uma boa gestão de processos contribui diretamente com a maneira
como os problemas são resolvidos à medida que surgem. Infelizmente, muitas empresas
não definem nem padronizam seus processos adequadamente e isso gera grande margem
para novos conflitos empresariais.
Clima organizacional ruim
Sem dúvida, esse é um dos tipos de problemas empresariais mais comuns e costuma
ocorrer pela falta de investimento em estratégias e ações que contribuam para garantir
uma relação saudável entre os funcionários.
A tendência é que discussões, desavenças e conflitos se tornem presentes no cotidiano.
Dado o contexto, é necessário promover ações que ajudem a desenvolver um clima
organizacional amigável, pois isso pode reduzir as possibilidades de conflitos no
ambiente de trabalho.
Além disso, o bem-estar e a qualidade de vida também fazem toda a diferença para o
clima. Se a empresa não oferece boas condições e não valoriza a saúde física e mental
dos funcionários, é evidente que haverá um alto nível de estresse e, portanto, maiores
chances de conflito.
Da mesma forma, se os gestores tratam os colaboradores de forma inadequada, com
intimidação ou desrespeito, a insatisfação, a tensão e os atritos serão bem mais
recorrentes.
Escassez de recursos
A escassez de recursos também pode elevar o estresse, a tensão e a competitividade
negativa. Se há falta de pessoal, por exemplo, os funcionários podem ser sobrecarregados.
Se faltam equipamentos, eles podem competir e conflitar entre si para utilizar os
disponíveis.
Mesmo que pareçam coisas pequenas, a frequência desses atritos e desconfortos acaba
intoxicando o clima empresarial. As pessoas começam a construir rivalidades e
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desavenças. Assim, é importante ficar atento, procurar disponibilizar um procedimento
adequado, treinar as pessoas para desempenharem uma boa postura técnica e construir
melhores relações.
Mudanças na organização
Mudanças e transições também fazem parte das empresas, em determinados momentos.
É compreensível, porém, que isso gere tensão e preocupe os colaboradores. Existe o medo
de ser demitido, de não saber como lidar com as novidades ou de reduções no salário, por
exemplo. Isso pode gerar rivalidade, desconfiança ou mesmo um clima mais denso,
levando a atritos.
Assim, é importante ter muito cuidado ao fazer uma transformação. Seja implementando
um novo processo, alterando algo na estrutura, nos recursos ou no funcionamento, é
fundamental dar o devido suporte aos funcionários. Estar aberto a tirar dúvidas, ter
transparência, fazer as mudanças com paciência e de maneira gradativa são algumas
medidas de extrema relevância.
Conflitos por alta competitividade
A empresa deve tomar muito cuidado com seu modo de lidar com a competitividade, seja
entre os funcionários ou as equipes. O mercado atual já estimula o comportamento
competitivo, mas o próprio negócio pode tornar isso ainda mais negativo. Privilegiar
certas pessoas ou áreas, por exemplo, pode incentivar a raiva, o atrito e prejudicar o senso
de trabalho em equipe.
Assim, é fundamental tomar cuidado com as ações implantadas, inclusive no que diz
respeito a recompensas. Ninguém deve se sentir inferiorizado. No entanto, a
competitividade também pode surgir de outras motivações, como desejo por status,
ganância ou excesso de ambição e disputa por poder.
Conflitos de perspectivas
Conflitos podem surgir por diferentes opiniões, visões de mundo e preferências. Isso pode
se dar em uma tomada de decisão ou em qualquer momento. Como explicamos, é natural
que aconteçam divergências de pensamentos, mas é preciso ter cuidado para que esses
conflitos não gerem maiores problemas.
É preciso incentivar o respeito e a escuta, mesmo que não haja total concordância.
A diversidade é algo muito positivo para as empresas. Ela aumenta a criatividade, torna
os processos mais humanizados e amplia as perspectivas do negócio, devendo ser
estimulada. No entanto, as divergências vão ocorrer mesmo entre aqueles indivíduos
extremamente semelhantes.
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Para além desses fatores, os conflitos podem ser causados por outras situações, inclusive
por desrespeito aos direitos dos funcionários ou por uma busca inadequada por
autonomia. Agora vamos apresentar algumas das suas consequências.
Quais as consequências que os conflitos trazem para a organização?
Já conhecendo os principais tipos de conflitos empresariais e os motivos que causam esses
problemas entre colaboradores, podemos afirmar também quais os impactos que eles
podem gerar para a empresa. Por exemplo:
 instigam comportamentos irresponsáveis;
 aprofundam as diferenças entre os funcionários;
 estimulam a polarização entre indivíduos e grupos;
 dificultam a comunicação, interação e cooperação;
 geram desgaste emocional;
 afetam os resultados da empresa;
 desencadeiam ações judiciais;
 podem romper relacionamentos;
 criam suspeitas e desconfianças;
 podem levar os líderes a adotarem um perfil autoritário.
Entretanto, quando bem administrados, os conflitos empresariais podem ser grandes
oportunidades de melhorias, mudanças e desenvolvimento.
Como lidar com os conflitos?
A forma de gerir conflitos com a finalidade de chegar a soluções depende principalmente
do estágio em que os problemas se encontram, além da sensibilidade do mediador em
notar suas existências, já que existem inclusive formas de conflitos não declaradas, como
já mencionamos.
Sendo assim, o primeiro passo — e o melhor caminho para solucionar qualquer desavença
— é estabelecer um diálogo aberto, partindo da premissa de que todas as partes envolvidas
precisam se desarmar e apresentar claramente as divergências identificadas, sempre
buscando um clima amistoso, ético e profissional. O impacto dessa primeira abordagem
é dar chance para que os fatos sejam esclarecidos sem ativar sistemas de defesa
imediatamente ao tratar dos temas delicados.
Após desenvolver um clima propício para negociações saudáveis, é preciso discutir os
pontos de vista de ambos os lados. Ambos devem ser escutados com respeito e empatia.
Caso uma das partes ainda se mostre relutante, um intermediador deverá assimilar a
posição, conduzindo a negociação para o caminho sustentável. Ou seja, a busca deve ser
por preservar os interesses de todos os lados, sem que isso perca o alinhamento com os
objetivos da empresa. Também é preciso agir com cautela caso sejam necessárias
concessões.
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É muito importante mostrar que é comum ocorrerem divergências de opiniões dentro de
uma empresa. Ainda mais importante é garantir um ambiente corporativo sério e
profissional, que sempre terá os objetivos da empresa como uma prioridade, e o trabalho
em equipe como uma ferramenta imprescindível para o desenvolvimento de todos. O
respeito deve fazer parte da cultura da empresa.
Como você pôde conferir neste artigo, conhecer os tipos de conflitos empresariais e suas
causas é fundamental para saber como lidar com eles. Além disso, agora você sabe que
as divergências entre colaboradores não devem ser encaradas somente como um aspecto
negativo.
A sua resolução pode ser encarada como uma oportunidade de crescimento entre os
colegas de trabalho e da organização como um todo. Vale lembrar ainda que o cuidado
com conflitos é importante mesmo na atualidade, com grande parte das pessoas
trabalhando de casa.
Esperamos que tenha gostado do conteúdo. Não deixe de assinar a newsletter para mais
dicas e novidades!
II. A LIDERANÇA SEGUNDO A BÍBLIA
INTRODUÇÃO
A liderança é uma grande responsabilidade. Liderar não é mandar nos outros nem ser
dominador. Liderar é guiar, ensinar e preparar as pessoas. O líder é responsável por ajudar
no crescimento das pessoas. Um bom líder precisa estar sujeito ao Grande Líder - Jesus.
Isso significa obedecer Jesus e seguir seu exemplo. Para liderar bem é preciso dar o
exemplo; o que você faz vai falar muito mais alto do que palavras. Todo mundo está
debaixo de liderança em alguma altura da vida. É muito importante obedecer e dar honra
aos líderes, porque seu trabalho é muito difícil. Em vez de criticar, devemos tentar os
ajudar e imitar os bons líderes.
Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as
pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário,
quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o
primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".
Mateus 20:25-28
Jesus foi e é o maior líder de todos os tempos. Nunca houve alguém com vocação tão
suprema, ministério tão eficaz, liderança tão exemplar e legado mais duradouro. Como
líder, ele tinha uma clara consciência de sua pessoa, da sua missão e do seu dever de
formar discípulos que continuassem sua obra. Em seu estado de humilhação Jesus
aprendeu a depender do Pai em tudo e todas as suas escolhas ministeriais, desde o
chamado aos discípulos até seu triunfo na cruz, foram feitas em oração e submissão.
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O presente estudo aborda o ministério de Jesus como o modelo Supremo de liderança a
ser imitado, analisando algumas características marcantes que devem ser seguidas por
todo líder cristão, como sua consciência da missão, seu pastoreio sacrificial, seu amor
abnegado e o seu exemplo humilde que moldou a vida e o caráter dos discípulos. Todos
são chamados a amar, servir e liderar como ele, formando outros discípulos para que a
obra de Deus continue se expandindo até a consumação.
I. JESUS, O LÍDER SINGULAR
Jesus foi um líder completo, diferentemente de todos os outros líderes humanos. O caráter
singular da sua pessoa como Deus e homem proporcionou uma perfeição a suas ações,
palavras e escolhas que nunca poderão ser plenamente imitadas por nenhum homem ou
líder. Ninguém pode perguntar aos demais como ele perguntou: “Quem dentre vós me
convence de pecado?” (Jo 8.46).
Jesus foi único porque sua pessoa é única. Ele é o verdadeiro Deus que se fez carne e veio
ao mundo com o propósito de salvar pecadores (Jo 1.1-5,11-14). Ao mesmo tempo, é o
servo de Deus que renunciou sua glória nascendo como perfeito homem para dessa forma
identificar-se com seu povo e salvá-lo da condenação eterna (cf. Jo 15.13).
A singularidade e perfeição da pessoa e obra de Cristo responde por sua perfeita
consciência de si mesmo, de sua missão e das suas ovelhas, coisa que os demais líderes
não possuem. Ainda assim, o fato de ele ter sido apontado por Deus como Supremo Pastor
e exemplo indica a todo líder cristão que seu dever é seguir os passos do Mestre (1Pe
2.21-22).
A. Consciência de si mesmo
Jesus tinha uma perfeita consciência de quem era. Ele sabia que era perfeito Deus e
perfeito homem. Um dos mais importantes títulos encontrados no NT para Jesus é “Filho
de Deus” (Mt 11.25- 27; 16.17). Repetidas vezes ele fala de Deus como seu Pai,
mostrando que tinha consciência da sua divina filiação. No seu batismo e transfiguração,
o próprio Pai testemunhou que Jesus era o seu preexistente filho (Mc 1.1,11; 9.7). Por
outro lado, ele nasceu e cresceu como um perfeito homem, sabendo que era o segundo
Adão, o descendente real de Davi, o servo sofredor prometido, o messias e “Filho do
Homem” que reinaria para sempre.
Essa consciência de Jesus quanto à sua dupla natureza em uma só pessoa é afirmada
constantemente no NT. Jesus se define pelo menos 18 vezes com a expressão “Eu Sou”,
que apontava para o caráter divino de sua pessoa e missão (Jo 6.35; 8.12,23-24,58; 10.9;
11.25). Porém, em diversas ocasiões, Jesus fez também referência à sua natureza humana
(Jo 2.25; 11.35; 12.33). Sua encarnação proporcionou um conhecimento prático do que
era a natureza humana com todas as suas limitações. Embora tivesse nascido sem pecado,
seu corpo carregava as marcas da fragilidade impostas pela queda, como o sofrimento e
a morte.
Esse é um ponto importante para os líderes atuais porque a primeira coisa que um líder
precisa ter é uma clara consciência de si. Obviamente, não existem líderes divinos ou
perfeitos, porém conhecer a si mesmo é fundamental para um ministério eficaz. Por isso,
é necessário buscar um conhecimento profundo de Deus e de sua Palavra, pois tal
conhecimento produzirá algo vital no ministério, a humildade.
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B. Compreensão de sua missão
Jesus sabia perfeitamente por que veio ao mundo. Ele fala de si mesmo como tendo
“vindo” ou sido “enviado” por Deus (Mc 1.38; 10.45; Lc 12.49,51). Ele possuía um
completo conhecimento de cada momento e estágio do seu ministério. Essa consciência
se devia tanto ao relacionamento eterno com o Pai, quando recebeu sua missão como aos
próprios textos proféticos que falavam em detalhes dessa missão. (Veja por exemplo: Jo
16.28; Lc 19.10; Jo 4.34; 10.11; Lc 9.22).
O ministério de Jesus possuía um caráter paradoxal, pois ele tanto sabia da origem divina
de sua pessoa, como agiu como um servo sofredor para cumprir a missão dada pelo Pai
(Is 53.1-12). Hoje, nenhum líder é capaz de ter uma visão completa da sua missão com
respeito a cada estágio de sua vida ministerial como Jesus teve. Contudo, ainda assim é
de suma importância para os líderes compreenderem por que foram chamados por Deus
e qual é a natureza da sua missão. Os exemplos dos apóstolos e de Paulo mostram que
líderes eficazes são aqueles que sabem o propósito de sua missão e mantêm o foco no que
é prioritário (At6.1-7; 20.24).
C. Conhecimento de suas ovelhas
A metáfora predileta de Jesus para retratar seu relacionamento com seu povo foi a
ilustração do pastor e da ovelha. O Antigo Testamento estava repleto de alusões a Deus
como o pastor de Israel (Is 40.10-11; Sl 23.1). Além disso, o conceito de pastorear tornou-
se uma importante imagem explicativa usada para retratar a liderança espiritual em Israel.
Assim, reis, profetas e sacerdotes eram chamados de pastores (Jr 23.1-4; Ez 34; Zc 11).
Essa metáfora não foi usada pelo Senhor Jesus por acaso, uma vez que era uma clara
alusão ao pastor ferido, conforme profetizado por Zacarias, como também uma imagem
cultural fácil de ser entendida pelos ouvintes (Zc 13.7-9). Assim, Jesus se descreve como
o bom pastor, cuja obra consistia em dar a vida pelas ovelhas (Jo 10.11). O conceito de
ovelhas era importante porque mostrava que somente um grupo de pessoas creria na
mensagem de Jesus (Jo 10.26-27).
Ao usar essa metáfora, Jesus demonstra ter um conhecimento perfeito das suas ovelhas.
Ele sabia quem entre os seus discípulos e ouvintes eram crentes verdadeiros e algumas
vezes se referiu a pessoas como não fazendo parte do seu aprisco. De fato, Jesus nunca
foi surpreendido por falsas ovelhas e sempre deixou claro que sua missão consistia em
juntar apenas aquelas que o Pai lhe dera (Jo 6.37-44; 10.25-29; 13.18).
Esse conhecimento perfeito do rebanho nenhum líder hoje tem, embora seja seu dever
pastorear o rebanho conhecendo as ovelhas e cuidando de cada uma delas. Na igreja
visível é possível apenas observar os frutos e as marcas da graça na vida de alguém e
presumir que tal pessoa seja uma ovelha do Senhor. Contudo, enganos podem acontecer
e muitos bodes podem estar no meio do rebanho ou mesmo da liderança. É tarefa dos
líderes estar atentos para pastorear as ovelhas do Senhor e ter cuidado com os lobos
vestidos de cordeiro.
II. JESUS, O LÍDER A SER IMITADO
O ministério de Jesus consistia em pregar e ensinar as boas-novas do reino (Mt 4.23),
instruindo aqueles que respondiam afirmativamente à sua proclamação a terem uma
atitude de total submissão à sua própria pessoa e ensino, por ser ele o Messias, Rei e
Salvador. A nova vida ideal dos crentes consistia em viver como cidadãos do reino,
reconhecendo que o rei veio e que suas exigências eram graciosas e revestidas de
autoridade, exigindo uma resposta de fé e um comprometimento absoluto. É possível
16
resumir a prática ministerial de Jesus observando suas quatro principais ênfases, que
eram: a) anunciar a verdade de Deus com autoridade aos ouvintes, mostrando que as
profecias estavam sendo cumpridas nele e pregando as Escrituras pelo método de
exposição, ilustração e aplicação com o objetivo de converter pecadores e edificar os
discípulos; b) depender do Pai em tudo, vivendo em completa submissão e vida de oração;
c) desenvolver um ministério de misericórdia paralelo ao da pregação, em que as curas e
exorcismos tinham o propósito de mostrar a sua compaixão e a natureza singular de sua
vida e obra (Mt 11.2-6; Is 35.5-6; 61.1); d) preparar discípulos para que fossem como ele
mesmo e dentre eles selecionar um grupo para pastorear os demais (os 12 apóstolos).
A. Jesus, o expositor da Palavra
Jesus foi um pregador da Palavra de Deus e sua forma de pregar foi essencialmente
judaica, apresentando a exposição das Escrituras entrelaçada com ilustrações, figuras de
linguagem e constantes aplicações práticas. Sua preocupação central era anunciar que o
reino havia chegado à sua plenitude e a sua própria pessoa representava a inauguração do
estágio final do reino de Deus. Ele era não somente o concretizador das promessas do
Antigo Testamento concernentes à era vindoura, mas também o inaugurador dos
propósitos finais de Deus na história da salvação, trazendo a mensagem do evangelho
tanto para judeus como para gentios (Mt 4.23-25).
A exposição do Antigo Testamento feita com autoridade formava a base do ministério de
Jesus (Lc 4.16-21). Ele era tanto o intérprete final das Escrituras, como a sua vida e
ministério (nascimento, morte, ressurreição e exaltação) eram a própria chave para se
entender o seu conteúdo, uma vez que todas as Escrituras falavam a respeito dele (Lc
24.25-27,44-45).
Durante todo o seu ministério Jesus nunca se apartou da Palavra de Deus e sua linguagem,
motivos, temas e mensagem eram somente baseados nela. Algumas vezes, sua pregação
consistia em uma exposição bíblica em textos específicos com afirmações revestidas de
autoridade e autor referências que indicavam o caráter único de sua pessoa (Lc 4.16-21).
Outras vezes, tratava de temas gerais e amplos cujas ideias estavam ancoradas em
linguagem alusiva ao Antigo Testamento, como no caso do sermão do monte (Mt 5.1–
7.29). Ou, ainda, sua exposição era resultado de uma resposta aos desafios e questões
propostas pelos ouvintes (Mt 19.3-12). Sua prática de ensino possuía sempre autoridade
e era repleta de metáforas, símiles, parábolas e outras figuras de linguagem usadas para
causar impacto nos ouvintes.
A ênfase ministerial de Jesus nas Escrituras e sua forma de interpretar foram imitadas
pelos apóstolos e seus seguidores, mas, infelizmente, têm sido negligenciadas pelos
líderes. É de fundamental importância reaprender os métodos interpretativos e
comunicativos de Jesus, com a profundidade bíblica acompanhada de ilustrações e
aplicações práticas que falem ao mundo real dos ouvintes.
B. Jesus e sua vida de oração
A oração foi um elemento distintivo no ministério de Jesus. Não há um único momento
em seu ministério em que Jesus não seja visto buscando o Pai em oração. Além disso, o
escopo de sua oração era vasto, pois tanto orou por si, como pelos discípulos e os futuros
crentes. Ele também ensinou os discípulos a orar e deixou um modelo de oração a ser
imitado.
Jesus orou no início e durante seu ministério (Mc 1.35-39; Mt 14.23; Lc 9.28), antes de
escolher os discípulos e depois os ensinou a orar (Lc 6.12-16; 11.2; Mt 6.9-15; Mt 21.22;
Lc 11.9-13; 18.1; 22.40), antes e durante a sua crucificação (Mc 14.32-42; 15.34-35). Ele
rogou (orar com grande intensidade) pela vida espiritual dos discípulos (Lc 22.32; Jo
17
17.9), pela sua futura igreja (Jo 17.20-21). Jesus zelou pelo papel singular da oração na
vida do povo de Deus (Mt 21.13) e alertou sobre a importância da oração na batalha
espiritual (Mc 9.29; cf. Ef 6.17- 18). A submissão a Deus em se ministério dirigia suas
orações. Ele não orava por algo que implicasse fazer sua própria vontade (Mt 26.36-
39,53).
Todas as citações mostram que Jesus viveu em constante oração em seu ministério. A
oração não era uma prática ou tema acessório em sua vida, mas a contínua ênfase que
norteava seu ministério e deveria também nortear o ministério dos discípulos. Portanto, é
impossível pensar em um líder cristão fiel que não seja um homem de oração. Nas
palavras do teólogo John Owen, “um ministro pode encher os bancos da igreja, sua lista
de comunhão, a boca do público, mas o que esse ministro é sobre seus joelhos em secreto
diante do Deus Todo-Poderoso é o que ele é e nada mais”.
III. JESUS, O LÍDER A SER SEGUIDO
Outra característica fundamental no ministério de Jesus foi sua ênfase em formar
discípulos e motivá-los a ser como ele. Cristo escolheu homens comuns e os treinou por
um período de tempo ensinando-os a guardar a Palavra de Deus (Mt 28.20), corrigindo
pela convivência e exemplificando modelos comportamentais a serem imitados (Jo 13.12-
17,34-35). Ele os ensinou sobre teologia e como interpretar as Escrituras, sobre a história
da salvação e seus eventos finais, bem como a viver em comunhão e de forma piedosa
como homens de oração, dispostos a perdoar e servir aos outros com humildade.
Porque seu ministério seria curto (cerca de três anos), era preciso um programa de
discipulado rápido, prático, intensivo e seletivo. Então ele escolheu especialmente 12
homens com quem trabalhar mais de perto (Lc 6.12-16). A seleção dos 12 foi um marco
importante no ministério de Jesus, pois seu ministério adquirira grandes proporções e isso
exigia uma organização e divisão de trabalho mais efetiva. Além do mais, era preciso
preparar uma liderança que serviria de fundamento para a igreja do Novo Testamento,
que seria composta de judeus e gentios (Ef 2.19-22).
No caso específico dos 12, o objetivo de Jesus foi treiná-los para exercer um pastoreio
sacrificial, um amor abnegado pela obra do Pai e uma vida de humildade similar à do
Mestre. Eles precisavam pastorear com a Palavra, vigiar em oração, exercer misericórdia
para com os fracos e oprimidos e liderar com amor. Sua missão seria testemunhar acerca
da obra de Cristo e glorificar o seu nome fazendo discípulos de todas as nações,
“ensinando-os a guardar todas as coisas” ordenadas por Jesus (Mt 28.18-20; At 1.8;
4.12,33).
Líderes devem aprender com Jesus que a prioridade no ministério não é apenas pregar,
mas formar discípulos pelo ensino e exemplo. Além disso, é importante selecionar e
preparar dentre eles os que são aptos para liderar a igreja. Formar discípulos requer tempo,
ensino da Palavra, oração, visitação, atribuição de missão, exemplo e humildade.
CONCLUSÃO
Estudar sobre a vida de Jesus como líder nos conduz a um modelo completo de liderança,
em que autoridade e serviço, amor e verdade, firmeza e sensibilidade, disciplina e
compaixão, fidelidade e submissão andam juntos. É pastorear com coração amoroso e
formar discípulos pelo ensino, exemplo e serviço. É ter posição de autoridade, mas agir
humildemente como servo de todos. É trabalhar incansavelmente anunciando o
evangelho, mas sempre dependendo de Deus em tudo. É ter paciência com as ovelhas,
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pastoreando cada uma delas de acordo com suas necessidades. É resistir ao erro,
denunciar a hipocrisia, o legalismo e as tradições humanas que se sobrepõem à verdade
de Deus. Porém, é também anunciar o arrependimento, indicando o caminho da salvação
aos pecadores e a vida que devem viver para agradar a Deus. Enfim, estudar sobre o
ministério de Jesus é descobrir que nunca houve ou haverá um líder como ele, mas todos
os líderes cristãos são desafiados a ser como Cristo.
A ética e a moral devem ser a marca de quem é líder. Afinal, um bom gestor, antes de
tudo, deveria ser um bom exemplo, alguém que inspira e motiva seus liderados ao
progresso e ao mútuo respeito, onde todos podem aproveitar seus talentos e capacidades
para o bem comum.
Em meio a instabilidade que temos vivido atualmente, o que mais precisamos é de uma
liderança sadia e forte. No entanto, um líder forte não significa alguém autoritário, mas
claro, reconhecido e atrativo.
O tema da liderança tem sido muito abordado ultimamente. São muitos os seminários,
livros, cursos, foros, etc que tocam esse tema. Logo, empresas têm investido fortemente
na capacitação de líderes.
Contudo, a necessidade de uma liderança sadia e forte não se restringe somente às
empresas. Na Igreja, e até mesmo dentro das famílias, é necessário ter líderes que
consigam unificar sua vida em Deus.
Somente seguindo o modelo de liderança divina um líder consegue atuar em qualquer
circunstância sendo coerente com seus princípios, tendo um projeto de vida claro, focado
em tudo o que faz.
Desse modo, sabe vibrar com seus projetos pessoais, se sente realizado profundamente e
transmite seu entusiasmo a todos aqueles que o encontram. Esse líder tem discernimento
para adaptar-se a cada pessoa, circunstância e contexto.
Talvez agora você esteja se perguntando: Mas, afinal, que modelo de liderança é este?
Você já vai entender!
A liderança na Palavra de Deus
A Bíblia Sagrada reúne alguns princípios de liderança que podem nos servir de inspiração
para exercermos. Segui-los pode ser importante, pois, seja nos negócios, na família, nas
paróquias, só alcançamos a estabilidade e a prosperidade quando temos uma liderança
sadia e forte.
“Quando o homem é prudente e entendido, a terra tem estabilidade”
(Provérbios 28, 2).
Para isso, precisamos de mais pessoas dispostas a se reconhecer como líderes, que
aprendam os princípios da liderança e os apliquem na prática.
Vejamos, então, quais são esses princípios:
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1. Nada acontece até que alguém tome a frente
A liderança sempre foi necessária. Por meio de um líder tudo se levanta ou desmorona,
só depende da sua forma de liderar.
Contudo, o mundo precisa de líderes que promovam mudanças. Um local que sofre com
a insegurança, ou a ideia inovadora de um serviço para a sociedade, assim como uma
nova paróquia em um bairro, são exemplos de coisas que necessitam de um líder que tome
à frente do projeto. Ou seja, necessita de alguém que se disponibiliza a oferecer a
liderança necessária.
2. O segredo é a influência
Existem muitas definições para liderança. Contudo, se tivéssemos que resumir numa
palavra, seria influência.
Quando falamos de líderes, muitas vezes pensamos nos grandes CEO’s, em cantores
famosos ou artistas de filmes, mas a liderança é muito mais simples. A liderança é
influência. Se você pode influir sobre alguém, você tem uma liderança e, por isso, tem
também uma responsabilidade.
A prova da liderança é: alguém está te seguindo? Se a resposta é positiva, pense que você
é o elo de uma corrente que só Deus sabe onde pode terminar.
Somos instrumentos de Deus e temos uma responsabilidade a cumprir.
Jesus diz: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem”
(João 10, 27).
No entanto, a liderança não é questão de título ou de cargo. Se trata de uma influência
real. Existe uma grande diferença entre ser chefe e ser líder. O verdadeiro líder nem
sempre ocupa a cadeira mais importante dentro de uma organização.
Se alguém precisa lembrar os outros de que ele é o líder, significa, na verdade, que ele
não está sendo um líder.
3. O fundamento da liderança é o caráter, não o carisma
É importante ter claro que na liderança é mais importante o caráter do que o carisma.
Seguramente você já viu líderes com muito carisma e talento natural, mas suas obras são
efêmeras. Passam juntamente com seu cargo. Por quê? Porque não realizou obras com
boas raízes e alicerces. Estão baseados no encanto pessoal, na capacidade de trabalho, no
entusiasmo ou no dinheiro.
O que fica é aquilo que conseguimos arraigar profundamente, e para isso é preciso caráter
e constância. O carisma depende dos dons naturais com os quais nascemos. Já o caráter
depende de nossa força de vontade para perseverar e seguir sempre em frente.
A maioria das obras importantes exige tempo, esforço, constância. Nada que realmente
tenha valor na vida se constrói em um só dia ou é fruto da casualidade, de um golpe de
sorte.
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As coisas que realmente contam na vida e na sociedade normalmente se alcançam com
muito trabalho, por isso aqueles que as conseguem são respeitados e vistos como líderes
pela sociedade.
A liderança sem caráter pode ser influente, mas passa rápido. Afinal, reputação é o que
as pessoas dizem que você é. Caráter é o que você realmente é, ou seja, é aquilo que
somos quando ninguém está olhando.
4. A liderança pode ser aprendida
Ninguém nasce líder, isso é uma capacidade que podemos desenvolver. Alguns aprendem
antes, outros depois. Alguns aprendem sozinhos, outros com ajuda.
O apóstolo Paulo disse: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em
mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Filipenses 4, 9). Afinal, o que Paulo
está dizendo é: aprendam a ser líderes.
A liderança se aprende pela forma que respondemos aos desafios da vida.
Também Jesus dedicou tempo para treinar seus apóstolos. O evangelista Marcos diz:
“designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar” (Mc 3, 14).
Esses apóstolos treinados pelo líder Jesus, fizeram história.
Neemias, um exemplo de liderança na Bíblia
Neemias foi um líder que fez coisas grandiosas porque tinham um grande caráter. Para
ele, importavam as mesmas coisas que importavam a Deus.
Ele tinha uma vida muito tranquila na Babilônia. Era copeiro do rei, um cargo de muita
importância. Logo, tinha grandes qualidades, era inteligente, com grande capacidade de
liderança.
Milhares de quilômetros de distância, em Jerusalém, estavam seus irmãos, deprimidos,
desalentados, derrotados.
Neemias se importou com essa situação, como um bom líder.
Líderes são sensíveis à situação que os rodeia. Sendo assim, Deus se importa e por isso
busca pessoas que também tenham essa capacidade de se preocupar com os problemas
dos outros.
A Deus lhe preocupava a situação de seu povo. Pois, Ele tinha um grande plano para
Israel.
Neemias também se preocupou pela situação de Jerusalém e isso fez dele um líder perante
Deus. Então, reconstruiu as muralhas de Jerusalém.
Mas, não pense você que Neemias estava preparado para a missão para a qual o Senhor o
chamou. Na verdade, Deus o escolheu porque ele estava disponível.
Igualmente acontece conosco. Deus não olha para a nossa capacidades, mas para a nossa
disponibilidade.
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Não precisamos ter talento para a liderança, precisamos nos decidir por ser líderes.
Mas, e você? Está disposto a ser líder na sua família, na empresa, na sociedade, entre os
amigos. Está dispostos a ser instrumento para os planos de Deus?
Tenha a ousadia de apresentar-se disponível ao Senhor, e colha os frutos da liderança na
sua vida.
Seja como Samuel - 3 qualidades do bom líder
O profeta Samuel foi o último líder de Israel antes de começar a monarquia. Ele foi um
grande líder, muito usado por Deus, e libertou Israel de seus inimigos. Todos
respeitavam Samuel. Mas porquê? Samuel tinha algumas características muito
importantes, fazem um bom líder:
1. O líder aprende
"O menino Samuel ministrava perante o Senhor, sob a direção de Eli; naqueles dias
raramente o Senhor falava, e as visões não eram frequentes."
1 Samuel 3:1
Ninguém nasce como líder. Samuel passou vários anos a aprender como liderar seu
povo espiritualmente antes de começar seu ministério. Apesar de Eli não ser o melhor
professor, foram esses anos de aprendizagem que o equiparam para ser um bom líder.
Muitas vezes ficamos impacientes, pensamos que não precisamos aprender e queremos
logo subir a uma posição de liderança. Mas o bom líder é humilde e reconhece que
ainda tem muito para aprender. Podemos aprender e crescer muito com outros líderes
mais experientes, mesmo se não forem os melhores exemplos.
2. O líder ouve
"O Senhor voltou a chamá-lo como nas outras vezes: "Samuel, Samuel!" Samuel disse:
"Fala, pois o teu servo está ouvindo"."
1 Samuel 3:10
Samuel aprendeu a ouvir a voz de Deus. E mais: Samuel obedeceu. Samuel prestava
atenção às instruções de Deus e não as ignorava. Por causa disso, Deus usou a vida de
Samuel de maneira poderosa!
O bom líder ouve e obedece a Deus. Ele procura conhecer a vontade de Deus,
estudando a Bíblia, e aplica-a em sua vida. Todo líder precisa se submeter à liderança
maior de Deus.
3. O líder ora
"E disseram a Samuel: "Não pares de clamar por nós ao Senhor, o nosso Deus, para que
nos salve das mãos dos filisteus"."
1 Samuel 7:8
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Samuel orava e Deus respondia! Samuel sabia que era completamente dependente de
Deus e que todas as suas vitórias vinham de Deus. Ele orava porque reconhecia que
sozinho ele não tinha poder. Samuel orava porque confiava completamente em Deus.
Um dos erros em que todo líder pode cair é achar que tudo depende dele. Na verdade,
tudo depende de Deus! Orar é muito importante, porque coloca Deus em primeiro
lugar em sua vida, em seu ministério e em sua liderança. A oração fortalece o bom líder
e traz vitória.
Seja um bom líder como Samuel!
PRINCÍPIOS OU CARATERÍSTICAS DE UMA LIDERANÇA SEGUNDO A
BÍBLIA
O livro mais sábio que existe, a Bíblia, tem várias assertivas sobre as boas práticas de
gestão e liderança. Compartilho com você os resultados da minha pesquisa, mencionando
algumas passagens correspondentes:
Honestidade e integridade, sem as quais, a liderança é destrutiva e perniciosa – Lc 16.10-
12, Mt 24.45-51, Pv 22.1
Trate os que estão sob sua liderança como gostaria de ser tratado – Lc 6.31
Planear é parte das atividades exigidas de um líder – Lc 14.28-30
Gestão implica em zelo profissional – Pv 22.29, Pv 24.3 e 24.30-34, Ec 9.10
Utilize-se de boas práticas, e da ética – Pv. 28.10
Um bom gestor é alguém que ganha a confiança dos liderados – Pv 28.12
Bajulação não é técnica de administração – Pv 28.23
Emotividade exposta pode indicar problemas de liderança – Pv 29.11
Orgulho é um mau hábito de quem lidera – Pv 29.23
Nunca humilhe alguém em público – Pv 30.10
Tratar a todos com justiça e equidade – Cl 4.1
Abandone práticas arcaicas e incorretas – Pv 4.13-15
Preguiça e negligência são a certeza do insucesso - Mt 25.14-30 - Parábola dos Talentos
Não tente fazer tudo sozinho – delegue tarefas! Ex 18.14-26
Um verdadeiro líder deve servir, e não procurar servir-se dos seus liderados – Mc 10.42-
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Aconselhar-se, quando o assunto é complexo, e ouvir opiniões, não é sinal de fraqueza
ou incapacidade, mas de sabedoria – Pv. 15.22.
4 tipos de liderança na igreja, qual tem sido a sua?
A liderança na igreja não é nada fácil de ser exercida, não é mesmo? Pois lidar com
pessoas nem sempre é fácil. Logo, por que ser um líder cristão então?
Aprender a ser um líder eficaz na igreja é realmente necessário, pois nós precisamos nos
envolver com o que realmente importa!
Entretanto, em sua essência, a liderança cristã possui um paradoxo: ela não pode ser
tomada à força, se o for, no final das contas, é bem provável acabar em insucesso.
Mas antes, a liderança é um presente que só pode ser dado pelas outras pessoas, na medida
que, naturalmente, te reconhecem como um líder, pois não faz sentido tornar-se líder sem
que outras pessoas estejam dispostas e queiram caminhar contigo, sob tua liderança.
Veja estes 4 tipos de líderes na igreja e avalie a si mesmo, qual você está sendo?
1) Líder piedoso
Características:
Tem muito amor
Tem autoridade
Pontos positivos:
Disciplina à má conduta que uma pessoa teve, e não à pessoa em si
Repreende, aconselha ou adverte, não deixa a pessoa caminhar para o erro (Gl 4:16)
Ele corrige e confronta à mudança, não conforma-se com a má conduta, mas valoriza a
pessoa, ama e a compreende suas fraquezas. Jesus demonstrou ser este tipo de líder
quando restaurou a Pedro e também os demais discípulos, pois todos falharam com ele
(Jo 21:15-17). Este tipo de liderança na igreja é um exemplo de cristão (Fp 4:9; 1ª Co
11:1), ele gera pessoas multiplicadoras e motivadas, confiantes que podem melhorar (2ª
Tm 2:2).
Pontos negativos:
Nenhum
Destaque:
Separa a identidade do comportamento que a pessoa tem ou teve em um momento,
buscando sempre valorizar o indivíduo.
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2) Líder permissivo
Características:
Muito amor
Nenhuma autoridade
Pontos positivos:
Muito amor às pessoas
Muita compaixão
Pontos negativos:
Geralmente este tipo de líder não consegue disciplinar as pessoas, corrigi-las ou adverti-
las quanto a seus limites, ele prefere deixar as pessoas livres, do jeito que quiserem e bem
entenderem, para não magoá-las ou ferir a amizade com elas; devido a isso ele gera
pessoas espiritualmente fracas, inseguras, desmotivadas, que não produzem muito e que
cedem fácil às tentações da carne, tomando gosto pelos pecados carnais e considerando-
os algo comum.
Além disso, este não ajuda a produzir mudança na vida e no caráter das pessoas devido à
pouca instrução que confronta os erros delas, por causa disso muitas pessoas sentem-se
sem valor.
Destaque:
Não confronta e não põe limites
“Aquele que repreende um homem, mais tarde encontrará mais favor do que aquele que
lisonjeia com a língua”. (Provérbios 28:23 KJF)
3) Líder cristão negligente
Características:
Pouco amor
Pouca autoridade
Pontos positivos:
Nenhum
Pontos negativos:
Esse tipo de líder na igreja é inseguro porque muitas vezes tem medo, então torna-se um
procrastinador
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Ele também não corrige as pessoas, talvez não queira arrumar problemas para si; não
adverte as pessoas com seus erros porque não faz por onde ter conhecimento e por isso
não tem autoridade para confronta-las (à semelhança como Paulo fez com Pedro em
Gálatas 2:11-14)
É desorganizado, por ser negligente também não gosta de ser cobrado de seus deveres
Não sabe valorizar os outros porque geralmente não vê também o próprio valor
Ele gera líderes semelhantes a si: inseguros, negligentes e que não produzem muito
“Não sejais negligentes nas atividades; ferventes no espírito, servindo ao Senhor”.
(Romanos 12:11 KJF)
4) Ditatorial
(talvez a pior liderança na igreja e que, infelizmente, muito existe por aí à fora)
Características:
Pouquíssimo amor
Forte controle
Pontos positivos:
Nenhum
Pontos negativos:
Ele é manipulador, como quem quer criar escravos para seu “império”
Ele não admite seus próprios erros, sempre quer estar coberto de razão e mal dá ouvidos
aos outros
Não aceita ser corrigido por ninguém e sempre tem argumentos para justificar-se e tornar-
se o dono da verdade
Ele também não sabe se comunicar com as pessoas
Não valoriza as pessoas e mal procura saber o estado delas
Causa ofensas e fere as pessoas de maneira tão natural quem nem percebe o quanto
magoa, é insensível
Não sabe ensinar, é bruto
É “grosso” no convívio com as pessoas porque carece de amor ao próximo
26
Ele gera rebeldes e ateus, pessoas desacreditadas na vida religiosa e em DEUS, em fim
não gera outras lideranças saudáveis
Ele produz no coração das pessoas a sensação de que elas são um erro e incapazes de
fazer coisas boas que agradam os outros
Muitas pessoas o rejeitam e evitam contato com ele devido seu jeito rude de ser
Por não ser submisso a ninguém, até mesmo a DEUS, este tipo de líder tem dificuldades
de ser humilde para aprender e corrigir-se, e apesar de horar a DEUS com suas palavras,
suas ações demonstram que está bem distante dEle (Mt 15:8,9)
Ele atropela até mesmo a autoridade de DEUS e de Sua Palavra em favor de suas próprias
convicções e razões
Destaques:
Rebeldia
Ateísmo
“O sábio de coração será chamado de prudente, e a doçura dos lábios aumenta o
aprendizado”. (Provérbios 16:21 KJF)
Que tipo de liderança na igreja tem sido a sua?
Quem sabe muitos líderes começaram como o 1º dessa lista, os piedosos, mas por algum
motivo foram fazendo pequenas concessões às características dos outros 3 tipos de líderes
descritos aqui, e já não são mais reconhecidos como eram no início do ministério.
Precisamos tomar muito cuidado com isso!
É bom auto avaliar-se com frequência e corrigir-se, ser comunicativo com as pessoas e
ouvir conselhos para errar o menos possível (Leia 2ª Co 13:5).
“Qualidade é a presença de valores, não a ausência de erros”.
E não devemos avaliar somente que tipo de liderança na igreja temos exercido, mas
também em casa, no trabalho ou em outros lugares de nosso convívio.
Como livrar-se de ser um mau líder cristão, mas exercer uma liderança eficaz na igreja?
Comece sendo honesto(a) consigo mesmo e humilde para com as pessoas, reconheça que
precisa de ajuda e que só DEUS e as pessoas podem te ajudar ouvindo-as!
Pergunte ao seu cônjuge que tipo de liderança você tem sido, ela(e) poderá te dar mais
informações e te abrir os olhos, mas apenas ouça sem tentar ficar se justificando! Pois
você está em busca de melhoria e não de empurrar seus ideias nas pessoas, então você
precisa ouvi-las e corrigir-se.
27
Continue aprendendo mais sobre liderança bíblica e cristã!
Leia obras bíblicas e experiências de outros autores e líderes cristãos que poderão te
ajudar a seguir corrigindo-se!
Com que meios purificará um jovem o seu caminho? Prestando atenção nisso, segundo a
tua palavra. (Salmo 119:9 KJF)
28
CONCLUSÃO
Os atritos gerados pelas mais diversas motivações são comuns nas organizações, no
entanto, isso pode resultar em graves consequências para o negócio se o gestor não tiver
a situação sob controle. É por isso que a gestão de conflitos na empresa é fundamental.
Existem certos problemas na relação entre colaboradores e setores de um
empreendimento que podem resultar em consideráveis prejuízos na produtividade, atrasos
que refletem no cliente, perda de informações e outros malefícios.
Estar preparado para gerenciar os conflitos permitirá que o gestor não apenas evite tais
transtornos, como também possa qualificar o relacionamento interpessoal na empresa e
colher os benefícios dessa harmonia. Confira a seguir algumas dicas sobre o assunto!
1. OTIMIZE OS ASPECTOS COMUNICACIONAIS DA EMPRESA
Um dos principais causadores de conflitos em qualquer contexto é a falha na
comunicação. O pior dessa situação é que, em muitos desses casos, a suposta origem do
conflito sequer existe e poderia ser evitada se fosse esclarecida. Em uma empresa, esses
fatores não só podem ser resolvidos como também evitados.
Estabelecer fluxos de comunicação, utilizar ferramentas e instrumentos que possam
padronizar alguns aspectos comunicacionais ou facilitar a troca entre os colaboradores é
uma das medidas preventivas para evitar conflitos gerados por essa situação.
Contudo, não se deve parar por aí: realizar confraternizações e outras situações de
convivência que permitam que os membros da empresa se conheçam melhor também é
muito interessante, uma vez que será possível perceber o jeito de cada um e esse
conhecimento somado à empatia gerada nessas situações poderá reduzir as possibilidades
de conflito.
2. A GESTÃO DE CONFLITOS EXIGE PROFUNDA COMPREENSÃO DO
PROBLEMA
Mesmo quando existe uma otimização na comunicação da empresa e outras medidas
preventivas a conflitos, eles acontecem e a maneira de lidar com eles será fundamental
para a redução da frequência e gravidades deles. Isso quer dizer que tratar de um conflito
de maneira errônea pode piorá-lo ou estendê-lo.
É importante que o gestor entenda que, uma vez ocorrido o conflito, precisará investir
tempo e atenção para resolvê-lo. É fundamental escutar bem todas as pessoas envolvidas,
analisar a origem e gravidade da situação, identificar a quanto tempo ela está ocorrendo,
as consequências e prejuízos que ela gerou ou poderá gerar, dentre outras questões.
Com base nessa análise, deve-se procurar levantar possíveis soluções que sejam justas
para todos e positivas para empresa. A resolução e andamento desse processo deverá ser
acompanhada por feedbacks e novas conversas, sempre que necessário, envolvendo todos
os interessados, de modo a evitar rumores e equívocos.
29
3. TREINE AS LIDERANÇAS PARA A GESTÃO DE CONFLITOS
A gestão de conflitos em uma empresa envolve algumas atitudes e modos de lidar com as
pessoas que não são fáceis e, geralmente, nem naturais de ninguém. Saber escutar, por
exemplo, é algo difícil e pouco praticado em nossa cultura. O modo correto de falar com
as pessoas é outro desafio e poderíamos listar outros mais.
Para o efetivo tratamento dos atritos na organização é preciso que os cargos de chefia
estejam preparados para lidar com isso sem alimentar ainda mais as desavenças já
existentes. A única via segura para isso é a capacitação. Sendo assim, tanto você quanto
aqueles que exercem cargos de chefia na empresa deverão passar por esse processo de
qualificação.
Parece pouco, mas a verdade é que essas três medidas para trabalhar a gestão de conflitos
em uma empresa sintetizam muitas listas enormes que você encontrará por aí. É
importante ter em mente que esses fatores estão relacionados, então, é preciso aplicá-los
em conjunto, além de levar em consideração as particularidades da sua empresa para fazer
as devidas adaptações.
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO EM GRUPO
1. Por que Jesus foi um líder completo?
2. Como Jesus liderou os seus discípulos?
3. Como podemos aprender com as ênfases ministeriais de Jesus?
4. Como o relacionamento pastor/ ovelhas entre Jesus e seus discípulos pode ajudar a
repensarmos o relacionamento entre líderes e liderados hoje?
30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://liderescatolicos.org/lideranca-biblia/
https://www.bibliaon.com/lideranca/
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/liderancaeabiblia.htm
https://www.bibliaon.com/samuel_qualidades_do_lider/
https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/jesus-modelo-de-
lideranca/
http://www.idebrasil.com.br/blog/3-dicas-chave-para-gestao-de-conflitos-na-empresa/

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a liderança e a gestão de conflitos

  • 1. A LIDERANÇA E A GESTÃO DE CONFLITOS NO INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO DO LUENA PALESTRANTE: JOÃO MIGUEL FILHO TÉCNICO MÉDIO EM ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, NO COMPLEXO ESCOLAR DIOCESANO Nº341-SÃO JOSÉ
  • 2. 1 INTRODUÇÃO O conflito existe à muito tempo e em todos os lugares, seja no âmbito profissional ou pessoal. Fazem parte do processo de evolução dos seres humanos e são necessários para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e organizacional. Quando se trata de organizações, pode comprometer a sua função e o funcionamento da empresa, tendo formas diversas, indo desde uma simples incompatibilidade de ideias até uma afronta recíproca. É possível pensar inúmeras alternativas para indivíduos e grupos lidarem com os conflitos. Estes podem ser ignorados ou abafados, ou sanados e transformados num elemento auxiliar na evolução de uma sociedade ou organização. O líder depara-se constantemente com situações de conflito, capazes de gerar condições caóticas que tornam praticamente impossível que os funcionários trabalhem em conjunto. E a melhor maneira de criar equipes eficazes é aceitar a existência deles, resolvendo quando atrapalharem, ou encorajando, quando beneficiarem. Em meio a um confronto de interesses, crenças, valores, conhecimentos e experiências, a consequência mais comum é o surgimento do conflito, e cabe ao líder administrá-lo, e não o evitar. Os conflitos são importantes a todos e as organizações. Imaginem se todos os funcionários pensassem do mesmo modo e tivessem a mesma opinião sobre um fato da empresa? Ideias divergentes são necessárias, pois através delas chega-se ao senso comum e é tomada a melhor decisão para o futuro da organização. Assim, é impossível imaginar uma empresa sem conflitos, já que seres humanos sempre têm opiniões e influências de vida diferentes. O conflito é necessário para a sobrevivência no mercado de trabalho, como prova de que o indivíduo sabe discernir e tem uma opinião formada sobre um assunto determinado. O que não pode haver são conflitos degenerativos que impliquem em brigas constantes e antipatia evidente. Aí, é que o líder aparece para negociar com as partes envolvidas a melhor solução, seja resolvendo o conflito, ou ao menos, Com a constante modernização, é comum que o indivíduo tenha que se adaptar às constantes mudanças do ambiente. Nada mais natural então que surja os conflitos e com eles, os problemas (ou não) advindos do mesmo. Além do conflito de si mesmo, aparece os intergrupais, já que as pessoas são diferentes na ação, pensamentos e sentimentos de acordo com os seus princípios e de cada situação. Daí surge a figura do líder como agente mediador das situações conflitivas, adotando assim a melhor estratégia, ignorando, abafando ou transformando-os em um recurso auxiliar na evolução da empresa. Conflitos, quando excesso, causam um clima de tensão e/ou exclusão na empresa, prejudicando o clima organizacional. Assim, o trabalho parte do seguinte problema: qual a função do líder na gestão de conflitos e o que ele pode fazer para transformar os problemas em soluções para a organização. Analisando-se o contexto da situação conflitiva, o líder, maior responsável pela gestão destas, pode optar pelo abafamento, omissão ou resolução do conflito, baseando-se também na versão das partes envolvidas. Este trabalho, fruto de uma análise exploratória, não pretende responder todos os questionamentos acerca do assunto, mas, apenas, constatar como o líder pode exercer uma influência na resolução dos conflitos.
  • 3. 2 Esta pesquisa tem por objetivo principal analisar a função do líder diante de situações de conflito na organização. Além disso, tem por objetivos complementares identificar a consequência dos conflitos no ambiente organizacional, descrever liderança dentro da organização, verificar até onde as diferenças interpessoais podem causar os conflitos, além de sugerir modelos de tomadas de decisão do líder perante situações conflitivas. O tema liderança sob todos os aspectos vem ganhando espaço nas principais pesquisas acadêmicas e livros do país, pois o mundo está em constante transformações e o líder deve estar atento a todas elas. Para a pesquisa, foi dedicado o estudo do líder e o conflito. Já que os conflitos podem interferir no andamento da organização, cabendo ao líder intervir na situação, para que os mesmos não destruam nas relações interpessoais da equipe. Esta obra é direcionada aos gestores das organizações, a aspirantes a cargos de liderança, a estudantes de cursos de Administração e áreas afins, e também a pesquisadores e interessados no assunto, baseando-se em pesquisas. Trata se de uma pesquisa de caráter qualitativo, baseada em pesquisas bibliográficas de livros, artigos da internet e conhecimentos adquiridos ao longo de muinha formação Média Acadêmica. Para isso, foram comprovadas informações de principais autores sobre o tema Gestão de Pessoas, nos aspectos de liderança e conflitos, como: Chiavenato (2000), Martinelli e Almeida (2008), Robbins (2005), Brunetta (2009), Hunter (2004), Gil (2008) e Mussak (2010). Esta obra está repartida em duas partes, sendo a primeira, abordada os primordios da gestão de conflitos, no que concerne as teorias científicas, bem como os tipos de conflitos existentes na vida organizacional. E, na segunda parte, mencionarei os principios usados pelos grandes homens Cristãos, a partir do Soberano Rei, abrangendo pelos seus discípulos, bem como, seus perfís mediante o tema em estudo.
  • 4. 3 I. A LIDERANÇA SEGUNDO A CIÊNCIA Desde os primórdios do mundo, a liderança podia ser vista em gestos mais simples. Por volta de 4.000 a.C., surgiu a Mesopotâmia, uma rica região da Ásia Menor, localizada nas planícies férteis banhadas pelos rios Tigre e Eufrates. Começou ali os vestígios da liderança, a necessidade de se viver em conjunto, em sociedade, favoreceu o surgimento de líderes para que este projeto fosse seguido. Para Chiavenato (2006, p. 18-19) a liderança “(...) é essencial em todas as funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.” Todos já nascem líderes, ainda que não saibam. No momento que você escolhe que curso fazer, que empresa abrir ou até que roupa usar, está sendo líder da sua própria vida. Mas nem todos desenvolvem essa capacidade dentro de uma organização, ela deve ser explorada, ou seja, deve ser inspirado a despertar sua liderança. Não adianta exercer um cargo de líder, se não há preocupação com o bem-estar dos funcionários e o desenvolvimento das pessoas que estão ao seu redor. Você pode escolher o melhor estilo, mas em nada adiantará se não houver a essência da liderança. A Liderança vem se tornando o principal assunto do mundo dos negócios. Através dela as organizações realizam projetos, expandem seus negócios e conquistam clientes. Através da comunicação, vem influenciando várias pessoas, para consecução de objetivos específicos, também sendo como um fenômeno que envolve vários grupos sociais. Os líderes são maiores quando se usa a humildade de entender o que seus seguidores necessitam. “Então a chave para a boa liderança é exercer as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos” (HUNTER, 2004). De acordo com Mussak (2010) uma equipe vencedora depende de três fatores: um líder para dar rumo, respeito pelas diferenças internas e a existência de um objetivo comum. Liderança não é algo apenas comum ao topo da empresa (MUSSAK, 2010); quanto maior ela for, mais haverá a presença de líderes. O líder, necessariamente, não precisa ser administrador, pois até um funcionário do setor operacional pode ter características de liderança e se destacar entre os demais. Mas, se ele tiver conhecimentos administrativos, será melhor, pois o mesmo poderá aliá-los ao seu papel de líder. Portanto, de acordo com Hunter, no livro O MONGE E O EXECUTIVO, pudesse definir liderança como: A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum (p. 28, 2004). Fiedler e Chemers (1981) descrevem, em uma de suas obras, definições de liderança: “Liderança é o exercício da autoridade e da tomada de decisões” (DUBRIN, 1961). “Liderança é uma habilidade de persuadir ou dirigir as pessoas sem o uso do prestígio ou da força de uma autoridade formal, ou de circunstâncias externas” (REUTER, 1941). “O líder é a pessoa que consegue as mudanças mais efetivas no desempenho do grupo” (CATTEL, 1953). A liderança, numa discussão em grupo, diz respeito às atividades de iniciar, organizar, clarificar, questionar, motivar, resumir e formular conclusões, dessa forma, o líder é a pessoa que passa mais tempo falando ao grupo, desde que caiba a ele cumprir a maior parte dessas tarefas verbais (BASS, 1990).
  • 5. 4 Liderar não é apenas ordenar funções aos seus subordinados e/ou puni-los quando algo não der certo. Ser líder corresponde à empatia, colocar-se no lugar do seu funcionário, utilizar a sua inteligência emocional para lidar com as diferenças de cada um e conduzir a sua equipe ao melhor desempenho. Como diz o grande guru da liderança, John C. Maxwell, o motivo de ser líder é a valorização das pessoas. Os bons líderes extraem o melhor das pessoas, fazendo com que elas evoluam dentro da organização e saibam também conviver em harmonia com personalidades e comportamentos divergentes. Despertam em seus colaboradores a capacidade crítica e os motivam a chegar em lugares que seriam impossíveis, até então, de alcançarem. Vale ressaltar que o líder para liderar a sua equipe, deve ser capaz de liderar a sua própria vida. Ou seja, deve desenvolver a auto liderança, sendo capaz de liderar seus próprios sentimentos, pensamentos e ações. Existem ainda divergências das qualidades de um líder ideal, mas Jordão (2015) destaca algumas pertinentes à liderança: O líder ideal é aquele que consegue reunir o máximo de qualidades, entre elas: entusiasmo, integridade, imparcialidade, firmeza, humildade, determinação, criatividade, flexibilidade, dinamismo. Além de tudo isso, ele precisa ser ético, observador, saber se relacionar com os outros, saber ouvir, saber desenvolver a equipe, ter visão de futuro e cercar-se de pessoas certas. O ideal é que ainda seja carismático. É ideal obter o maior número possível das características citadas pela autora, mas é importante também que o líder queira e goste de ser líder, conhecendo seus pontos fortes e fracos, desenvolvendo-os para o seu melhor desempenho. Afinal, ser líder é muito simples na teoria, mas prática requer o seu entendimento acerca da alma humana e a sua capacidade de lidar com pessoas. 1.2 TIPOS DE LIDERANÇA Maximiano (2007) afirma que o líder deve utilizar os três estilos de liderança: Autocrática, Democrática e Liberal de acordo com as pessoas, com a situação e com a tarefa a ser executada. O líder tem o papel de mandar cumprir ordens, deve consultar seus subordinados antes de tomar uma decisão, e também sugerir alguns subordinados a realizar algumas tarefas. A Figura 1, abaixo, fornece comparações entre os estilos de liderança e as suas ênfases perante líder e subordinado. Figura 1 – Ênfases dos estilos de liderança nos colaboradores. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/76561/
  • 6. 5 O líder Autocrático é conhecido como “chefe” que supervisiona atividades de outras pessoas e que possui pessoas reportando-se a ele. Ele acredita que a sua opinião é sempre a mais correta e que seus subordinados são pouco merecedores de confiança. Segundo o autor, “o líder impõe suas ideias e suas decisões sobre o grupo, sem nenhuma participação deste. A ênfase está nele.” A Liderança Democrática é reconhecida pela participação e envolvimento da equipe na tomada de decisões, pela delegação da autoridade e pela decisão em conjunto. “O líder orienta o grupo e incentiva a participação de todos. A ênfase está no líder e também no grupo” (MAXIMIANO, 2007). O estilo Liberal evidencia-se pela total liberdade dada aos colaboradores para decidir e executar o trabalho da melhor forma possível. Cabe ao líder somente responder as dúvidas e disponibilizar os recursos necessários. O autor evidencia que o líder delega totalmente as decisões ao grupo sem controle algum e deixa-o completamente à vontade. É mínima a participação do líder e o grupo é enfatizado. Utilizando agora os princípios de Chiavenato (2007), os estilos de Liderança foram acrescidos dos “estilos contemporâneos”. O autor adiciona mais três: Indeciso, Situacional e Emergente. O estilo Indeciso caracteriza-se pelo não reconhecimento da responsabilidade, é o tipo de líder que não toma direção efetiva das coisas, vive no estilo “deixa como está, para ver como é que fica”; “deixa a vida me levar”. Com isso, o grupo fica desorganizado, gera insegurança e atritos, aumentando ainda mais os conflitos interpessoais. O estilo Situacional, como o próprio nome já diz, é o líder que assume um estilo de liderança próprio, dependendo da situação ocorrida. O grupo fica seguro e motivado por um certo momento. Já o líder Emergente, diz respeito àquele que surge e assume o comando por reunir mais qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados à uma situação específica. Significa que alguns membros da equipe irão liderar atividades nas quais eles são reconhecidamente bons especialistas. Uma das características da liderança emergente é que os membros da equipe se tornam seguidores por livre e espontânea vontade. Para alguns autores, é tida como uma liderança de “bagunça”, já que não se tem um líder nomeado específico. O grupo reage bem, participa, colabora, sabendo que se houver emergência, o líder saberá o que fazer. A Figura 2 demonstra como cada estilo de liderança influencia na participação dos colaboradores no processo de tomada de decisões. Figura 2 – Influência dos estilos de liderança
  • 7. 6 Fonte: http://old.knoow.net/cienceconempr/gestao/continuumlideranca.htm 1.3 CHEFIA VERSUS LIDERANÇA Muitos tendem a confundir ou até associar como sinônimas as palavras “liderança” e “chefia”, talvez por falta de experiência ou por achar que para comandar uma equipe é necessário ser chefe. Um líder pode ser um chefe, mas um chefe não pode ser líder, a menos que ele aprenda como ser um. Constantemente, relacionam a palavra “LÍDER” a alguém ambicioso, agressivo, que detém o poder. Mussak (2010) afirma que ele pode ser rígido, severo e exigente, mas deve basear-se no uso sensato da autoridade, na responsabilidade e na obtenção de resultados. Na verdade, essas características pertencem ao “CHEFE”, que apenas exerce o poder e delega funções aos seus subordinados. "Liderança é muito mais um processo de dar poder às demais pessoas do que o exercício pessoal de poder." (MUSSAK, 2010). O chefe é aquele que comanda seus funcionários, dando ordens e esperando que sejam cumpridas. Os seus funcionários sentem-se desmotivados e os obedece apenas pelo medo de perderem o emprego. Preocupa-se apenas com resultados e lucros, utilizando-se da sua hierarquia. Ele não admite erros, culpa apenas o grupo organizacional pelas suas falhas e se vangloria quando algo dá certo. Adota as mesmas características do líder autoritário; é o típico ditado: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo.” O líder inspira a sua equipe e segue junto com ela; o chefe dá ordens e apenas espera que sejam cumpridas. Mussak (2010) confirma esta proposição, quando diz que “[...] Líderes eficazes lideram inspirando outras pessoas, e não dando ordens.” Dirige seus funcionários para o sucesso, e melhor, vai com eles. As metas são traçadas e divididas entre o grupo. Os funcionários se motivam e o respeita, já não utilizando o temor. O líder preocupa-se primeiramente com o bem-estar da equipe, para que juntos alcancem os resultados e adquiram os lucros. Assume total responsabilidade com a sua equipe pelos erros e divide a glória com os acertos. Adota a postura: “Vamos, eu irei com vocês!” Os chefes são contratados por uma
  • 8. 7 única razão: resolver problemas. Ainda, de acordo com o autor, os líderes não resolvem, previnem os problemas; devem ter uma visão sistêmica do presente e do futuro da empresa. Nele deve conter o poder da iniciativa, a capacidade de superar desafios e motivar os outros a superá-los também. Como forma de exemplificação, podemos resumir essas características na tabela a seguir: Tabela 1 – Diferenças entre chefe e líder CHEFIA VS LIDERANÇA CHEFIA LIDERANÇA Os chefes são contratados para resolver problemas Os líderes não resolvem problemas; eles os previnem Dirige os empregados Treina os empregados Dependa da autoridade. Depende da boa vontade. Inspira medo. Inspira entusiasmo. Culpa pelas falhas. Corrige as falhas. Usa pessoas Desenvolve pessoas Ordena. Pergunta. Diz “Vão!” Diz “Vamos!” Fonte: WorkTec Preparação Profissional. Adaptado pela autora. 1.4 LIDERANÇA NO SÉCULO XXI Em meio às mudanças sociais, políticas e econômicas que estão acontecendo nos últimos anos, não é de se estranhar que o perfil dos líderes venha mudando gradativamente. Atualmente, essa característica de liderança não é mais tida como uma virtude, e sim, como uma necessidade, já que a autoridade tem dado lugar aos questionamentos dos liderados, o que chamamos de “liderança participativa”. “Antigamente focava-se principalmente nos produtos e nos serviços entregues. Hoje, o foco de interesse passa para as pessoas” (KRAMES, 2006). Para isso, são adotadas posturas de recompensas como motivação para que os funcionários superem seus objetivos. Assim, o autor confirma quando diz que um dos principais papéis do líder é estimular as pessoas e a colaboração entre elas, formando equipes de grande desempenho. PRINCIPAIS CONFLITOS EMPRESARIAIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS Consideramos como tipos de conflitos empresariais toda controvérsia, desavença, polêmica, choque de interesses ou disputa que ocorre em uma empresa. Infelizmente, nem sempre se sabe lidar adequadamente com essas situações, o que acaba por gerar uma série de prejuízos financeiros e relacionais, mas que podem envolver também todo um departamento jurídico, o poder judiciário, ações judiciais, mal estar, perda de colaboradores, a necessidade de se buscar mediação, conciliação e a lista vai longe. Os conflitos fazem parte da nossa realidade. Ninguém pensa ou age de uma maneira idêntica, o que significa que, em alguns momentos, haverá discordâncias e desencontros. As opiniões divergentes são saudáveis em equipes maduras com pluralidade de pensamento, e desafio por buscar melhores soluções e resoluções mais bem pensadas deve
  • 9. 8 ser até valorizado. Mas, por mais que um grupo conviva bem entre si ou esteja bem- alinhado com a empresa, existirão os momentos de divergências mais tensas para as organizações ou pessoas envolvidas. A maior questão é saber como gerenciar as controvérsias, evitando excessos e também agravamentos e impactos negativos sobre a produtividade, segurança psicológica dos envolvido, atéo risco da perda de resultados práticos. Adiciona-se a estes elementos, a pandemia do coronavírus trouxe consigo a covid 19 e elevou ainda mais os desafios por bom diálogo, o que pode-se perceber que dificultou uma boa mediação de conflitos. O objetivo do gerenciamento não deve ser eliminar completamente os eventos, como afirmamos são por vezes muito saudáveis, mas sim evitar os conflitos que geram os desgastes, assim como suas consequências negativas. Sem a gestão adequada, técnicas e métodos, os conflitos institucionais podem como se vê inúmeras vezes gerar sérios impactos para o clima organizacional e até prejudicar a execução das metas de uma equipe. Neste conteúdo vamos mostrar quais são os principais tipos de conflitos empresariais, quais são malefícios dos de difícil solução e o que podem causar em termos de custo. Também procuraremos oferecer um método para solução de conflitos para você saber melhor como lidar com eles, entre outros aspectos. Acompanhe a leitura e saiba mais! Quais são os principais tipos de conflitos empresariais? De modo geral, os conflitos podem se dar de diferentes formas:  intrapessoais, ocorrendo em um único indivíduo com ele mesmo. É o que acontece quando entramos em choque com nossos valores, por exemplo.  interpessoais, ocorrendo entre duas ou mais pessoas;  Podem se dar dentro de um mesmo grupo, setor ou equipe (intragrupais);  Ou ocorrer entre equipes e departamentos (intergrupais). Aqui, vamos focar nas três últimas modalidades, mas vale lembrar que os conflitos intrapessoais também devem ser abordados com cuidado e empatia, pois envolvem questões emocionais e momentos difíceis para a pessoa. A seguir listamos alguns dos principais tipos de conflitos entre pessoas ou grupos. 1. Conflito latente Tratam-se de conflitos não declarados. São aqueles não mencionados, que não ficam evidentes e nem os próprios envolvidos o percebem com clareza. Eles podem sentir incômodos, mas ainda não perceberam o conflito racionalmente. Geralmente, esse tipo de conflito não é trabalhado pelos gestores, o que pode ser um erro, já que isso pode ser um gatilho para problemas maiores. Não significa, no entanto, se apegar exageradamente, tentando identificar e se aprofundar em cada pequeno incômodo no seu time.
  • 10. 9 2. Conflito percebido O conflito percebido é aquele em que os envolvidos já têm consciência e uma maior clareza de sua existência. Apesar de o perceberem racionalmente, ainda não se manifestaram abertamente em relação ao problema. Também pode acontecer de o conflito ser percebido por apenas uma das partes ou por terceiros. Esse tipo também pode ser o início de um atrito maior, caso não se procure a sua resolução. 3. Conflito sentido Esse conflito pode ou não ser percebido por terceiros, mas gera tensão e impactos emocionais em ao menos uma das partes. É o conflito que afeta principalmente o psicológico dos envolvidos, podendo levar a sérias consequências, tanto para os indivíduos quanto para a sua atuação na empresa. É muito importante ter cuidado, pois mesmo com esses efeitos, esse conflito pode ainda não ter se manifestado. Assim, alterações no comportamento de uma pessoa, como raiva, irritação, maior sensibilidade, inibição ou abalos emocionais devem ser investigadas com cautela, respeito e empatia. A pessoa não deve ser punida ou julgada como culpada. Além disso, o sigilo ao conversar com o afetado, a confiabilidade e a discrição são aspectos necessários nesse sentido. 4. Conflito manifesto Consiste na etapa em que o conflito já é evidente em ambas as partes e também é percebido com bastante clareza por terceiros. É quando ao menos uma das partes o manifesta, havendo ações de interferência passiva ou ativa. Esse conflito é capaz de interferir profundamente na dinâmica e no relacionamento da organização. Quais fatores Causadores de conflitos empresariais? Agora que você conhece os tipos de conflitos empresariais, é importante também entender os seus possíveis motivos. Listamos alguns deles a seguir! Falhas na comunicação interna Sem uma comunicação interna bem-estruturada, o que se nota é um efeito parecido com o da brincadeira "telefone sem fio". Há a presença de informações descentralizadas e decisões que podem gerar conflitos de interesses entre os departamentos. Uma empresa precisa de um planejamento adequado, inclusive para aspectos bem práticos. Cada departamento tem as suas próprias funções, mas é preciso construir uma
  • 11. 10 boa interação entre elas. É importante observar o negócio como um todo e organizá-lo de forma que um setor contribua para o outro. Para que isso funcione no dia a dia, a comunicação interna precisa ser clara, concisa e sempre alinhada com os objetivos da organização. Do contrário, aumenta-se o risco de discórdia e disputa entre as áreas. Aliás, outro fator relevante é mostrar que toda equipe, gestor e funcionário é importante e valorizado pela empresa. Ausência de processos adequados Da mesma maneira que a comunicação interna faz grande diferença na resolução de conflitos empresariais, uma boa gestão de processos contribui diretamente com a maneira como os problemas são resolvidos à medida que surgem. Infelizmente, muitas empresas não definem nem padronizam seus processos adequadamente e isso gera grande margem para novos conflitos empresariais. Clima organizacional ruim Sem dúvida, esse é um dos tipos de problemas empresariais mais comuns e costuma ocorrer pela falta de investimento em estratégias e ações que contribuam para garantir uma relação saudável entre os funcionários. A tendência é que discussões, desavenças e conflitos se tornem presentes no cotidiano. Dado o contexto, é necessário promover ações que ajudem a desenvolver um clima organizacional amigável, pois isso pode reduzir as possibilidades de conflitos no ambiente de trabalho. Além disso, o bem-estar e a qualidade de vida também fazem toda a diferença para o clima. Se a empresa não oferece boas condições e não valoriza a saúde física e mental dos funcionários, é evidente que haverá um alto nível de estresse e, portanto, maiores chances de conflito. Da mesma forma, se os gestores tratam os colaboradores de forma inadequada, com intimidação ou desrespeito, a insatisfação, a tensão e os atritos serão bem mais recorrentes. Escassez de recursos A escassez de recursos também pode elevar o estresse, a tensão e a competitividade negativa. Se há falta de pessoal, por exemplo, os funcionários podem ser sobrecarregados. Se faltam equipamentos, eles podem competir e conflitar entre si para utilizar os disponíveis. Mesmo que pareçam coisas pequenas, a frequência desses atritos e desconfortos acaba intoxicando o clima empresarial. As pessoas começam a construir rivalidades e
  • 12. 11 desavenças. Assim, é importante ficar atento, procurar disponibilizar um procedimento adequado, treinar as pessoas para desempenharem uma boa postura técnica e construir melhores relações. Mudanças na organização Mudanças e transições também fazem parte das empresas, em determinados momentos. É compreensível, porém, que isso gere tensão e preocupe os colaboradores. Existe o medo de ser demitido, de não saber como lidar com as novidades ou de reduções no salário, por exemplo. Isso pode gerar rivalidade, desconfiança ou mesmo um clima mais denso, levando a atritos. Assim, é importante ter muito cuidado ao fazer uma transformação. Seja implementando um novo processo, alterando algo na estrutura, nos recursos ou no funcionamento, é fundamental dar o devido suporte aos funcionários. Estar aberto a tirar dúvidas, ter transparência, fazer as mudanças com paciência e de maneira gradativa são algumas medidas de extrema relevância. Conflitos por alta competitividade A empresa deve tomar muito cuidado com seu modo de lidar com a competitividade, seja entre os funcionários ou as equipes. O mercado atual já estimula o comportamento competitivo, mas o próprio negócio pode tornar isso ainda mais negativo. Privilegiar certas pessoas ou áreas, por exemplo, pode incentivar a raiva, o atrito e prejudicar o senso de trabalho em equipe. Assim, é fundamental tomar cuidado com as ações implantadas, inclusive no que diz respeito a recompensas. Ninguém deve se sentir inferiorizado. No entanto, a competitividade também pode surgir de outras motivações, como desejo por status, ganância ou excesso de ambição e disputa por poder. Conflitos de perspectivas Conflitos podem surgir por diferentes opiniões, visões de mundo e preferências. Isso pode se dar em uma tomada de decisão ou em qualquer momento. Como explicamos, é natural que aconteçam divergências de pensamentos, mas é preciso ter cuidado para que esses conflitos não gerem maiores problemas. É preciso incentivar o respeito e a escuta, mesmo que não haja total concordância. A diversidade é algo muito positivo para as empresas. Ela aumenta a criatividade, torna os processos mais humanizados e amplia as perspectivas do negócio, devendo ser estimulada. No entanto, as divergências vão ocorrer mesmo entre aqueles indivíduos extremamente semelhantes.
  • 13. 12 Para além desses fatores, os conflitos podem ser causados por outras situações, inclusive por desrespeito aos direitos dos funcionários ou por uma busca inadequada por autonomia. Agora vamos apresentar algumas das suas consequências. Quais as consequências que os conflitos trazem para a organização? Já conhecendo os principais tipos de conflitos empresariais e os motivos que causam esses problemas entre colaboradores, podemos afirmar também quais os impactos que eles podem gerar para a empresa. Por exemplo:  instigam comportamentos irresponsáveis;  aprofundam as diferenças entre os funcionários;  estimulam a polarização entre indivíduos e grupos;  dificultam a comunicação, interação e cooperação;  geram desgaste emocional;  afetam os resultados da empresa;  desencadeiam ações judiciais;  podem romper relacionamentos;  criam suspeitas e desconfianças;  podem levar os líderes a adotarem um perfil autoritário. Entretanto, quando bem administrados, os conflitos empresariais podem ser grandes oportunidades de melhorias, mudanças e desenvolvimento. Como lidar com os conflitos? A forma de gerir conflitos com a finalidade de chegar a soluções depende principalmente do estágio em que os problemas se encontram, além da sensibilidade do mediador em notar suas existências, já que existem inclusive formas de conflitos não declaradas, como já mencionamos. Sendo assim, o primeiro passo — e o melhor caminho para solucionar qualquer desavença — é estabelecer um diálogo aberto, partindo da premissa de que todas as partes envolvidas precisam se desarmar e apresentar claramente as divergências identificadas, sempre buscando um clima amistoso, ético e profissional. O impacto dessa primeira abordagem é dar chance para que os fatos sejam esclarecidos sem ativar sistemas de defesa imediatamente ao tratar dos temas delicados. Após desenvolver um clima propício para negociações saudáveis, é preciso discutir os pontos de vista de ambos os lados. Ambos devem ser escutados com respeito e empatia. Caso uma das partes ainda se mostre relutante, um intermediador deverá assimilar a posição, conduzindo a negociação para o caminho sustentável. Ou seja, a busca deve ser por preservar os interesses de todos os lados, sem que isso perca o alinhamento com os objetivos da empresa. Também é preciso agir com cautela caso sejam necessárias concessões.
  • 14. 13 É muito importante mostrar que é comum ocorrerem divergências de opiniões dentro de uma empresa. Ainda mais importante é garantir um ambiente corporativo sério e profissional, que sempre terá os objetivos da empresa como uma prioridade, e o trabalho em equipe como uma ferramenta imprescindível para o desenvolvimento de todos. O respeito deve fazer parte da cultura da empresa. Como você pôde conferir neste artigo, conhecer os tipos de conflitos empresariais e suas causas é fundamental para saber como lidar com eles. Além disso, agora você sabe que as divergências entre colaboradores não devem ser encaradas somente como um aspecto negativo. A sua resolução pode ser encarada como uma oportunidade de crescimento entre os colegas de trabalho e da organização como um todo. Vale lembrar ainda que o cuidado com conflitos é importante mesmo na atualidade, com grande parte das pessoas trabalhando de casa. Esperamos que tenha gostado do conteúdo. Não deixe de assinar a newsletter para mais dicas e novidades! II. A LIDERANÇA SEGUNDO A BÍBLIA INTRODUÇÃO A liderança é uma grande responsabilidade. Liderar não é mandar nos outros nem ser dominador. Liderar é guiar, ensinar e preparar as pessoas. O líder é responsável por ajudar no crescimento das pessoas. Um bom líder precisa estar sujeito ao Grande Líder - Jesus. Isso significa obedecer Jesus e seguir seu exemplo. Para liderar bem é preciso dar o exemplo; o que você faz vai falar muito mais alto do que palavras. Todo mundo está debaixo de liderança em alguma altura da vida. É muito importante obedecer e dar honra aos líderes, porque seu trabalho é muito difícil. Em vez de criticar, devemos tentar os ajudar e imitar os bons líderes. Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Mateus 20:25-28 Jesus foi e é o maior líder de todos os tempos. Nunca houve alguém com vocação tão suprema, ministério tão eficaz, liderança tão exemplar e legado mais duradouro. Como líder, ele tinha uma clara consciência de sua pessoa, da sua missão e do seu dever de formar discípulos que continuassem sua obra. Em seu estado de humilhação Jesus aprendeu a depender do Pai em tudo e todas as suas escolhas ministeriais, desde o chamado aos discípulos até seu triunfo na cruz, foram feitas em oração e submissão.
  • 15. 14 O presente estudo aborda o ministério de Jesus como o modelo Supremo de liderança a ser imitado, analisando algumas características marcantes que devem ser seguidas por todo líder cristão, como sua consciência da missão, seu pastoreio sacrificial, seu amor abnegado e o seu exemplo humilde que moldou a vida e o caráter dos discípulos. Todos são chamados a amar, servir e liderar como ele, formando outros discípulos para que a obra de Deus continue se expandindo até a consumação. I. JESUS, O LÍDER SINGULAR Jesus foi um líder completo, diferentemente de todos os outros líderes humanos. O caráter singular da sua pessoa como Deus e homem proporcionou uma perfeição a suas ações, palavras e escolhas que nunca poderão ser plenamente imitadas por nenhum homem ou líder. Ninguém pode perguntar aos demais como ele perguntou: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46). Jesus foi único porque sua pessoa é única. Ele é o verdadeiro Deus que se fez carne e veio ao mundo com o propósito de salvar pecadores (Jo 1.1-5,11-14). Ao mesmo tempo, é o servo de Deus que renunciou sua glória nascendo como perfeito homem para dessa forma identificar-se com seu povo e salvá-lo da condenação eterna (cf. Jo 15.13). A singularidade e perfeição da pessoa e obra de Cristo responde por sua perfeita consciência de si mesmo, de sua missão e das suas ovelhas, coisa que os demais líderes não possuem. Ainda assim, o fato de ele ter sido apontado por Deus como Supremo Pastor e exemplo indica a todo líder cristão que seu dever é seguir os passos do Mestre (1Pe 2.21-22). A. Consciência de si mesmo Jesus tinha uma perfeita consciência de quem era. Ele sabia que era perfeito Deus e perfeito homem. Um dos mais importantes títulos encontrados no NT para Jesus é “Filho de Deus” (Mt 11.25- 27; 16.17). Repetidas vezes ele fala de Deus como seu Pai, mostrando que tinha consciência da sua divina filiação. No seu batismo e transfiguração, o próprio Pai testemunhou que Jesus era o seu preexistente filho (Mc 1.1,11; 9.7). Por outro lado, ele nasceu e cresceu como um perfeito homem, sabendo que era o segundo Adão, o descendente real de Davi, o servo sofredor prometido, o messias e “Filho do Homem” que reinaria para sempre. Essa consciência de Jesus quanto à sua dupla natureza em uma só pessoa é afirmada constantemente no NT. Jesus se define pelo menos 18 vezes com a expressão “Eu Sou”, que apontava para o caráter divino de sua pessoa e missão (Jo 6.35; 8.12,23-24,58; 10.9; 11.25). Porém, em diversas ocasiões, Jesus fez também referência à sua natureza humana (Jo 2.25; 11.35; 12.33). Sua encarnação proporcionou um conhecimento prático do que era a natureza humana com todas as suas limitações. Embora tivesse nascido sem pecado, seu corpo carregava as marcas da fragilidade impostas pela queda, como o sofrimento e a morte. Esse é um ponto importante para os líderes atuais porque a primeira coisa que um líder precisa ter é uma clara consciência de si. Obviamente, não existem líderes divinos ou perfeitos, porém conhecer a si mesmo é fundamental para um ministério eficaz. Por isso, é necessário buscar um conhecimento profundo de Deus e de sua Palavra, pois tal conhecimento produzirá algo vital no ministério, a humildade.
  • 16. 15 B. Compreensão de sua missão Jesus sabia perfeitamente por que veio ao mundo. Ele fala de si mesmo como tendo “vindo” ou sido “enviado” por Deus (Mc 1.38; 10.45; Lc 12.49,51). Ele possuía um completo conhecimento de cada momento e estágio do seu ministério. Essa consciência se devia tanto ao relacionamento eterno com o Pai, quando recebeu sua missão como aos próprios textos proféticos que falavam em detalhes dessa missão. (Veja por exemplo: Jo 16.28; Lc 19.10; Jo 4.34; 10.11; Lc 9.22). O ministério de Jesus possuía um caráter paradoxal, pois ele tanto sabia da origem divina de sua pessoa, como agiu como um servo sofredor para cumprir a missão dada pelo Pai (Is 53.1-12). Hoje, nenhum líder é capaz de ter uma visão completa da sua missão com respeito a cada estágio de sua vida ministerial como Jesus teve. Contudo, ainda assim é de suma importância para os líderes compreenderem por que foram chamados por Deus e qual é a natureza da sua missão. Os exemplos dos apóstolos e de Paulo mostram que líderes eficazes são aqueles que sabem o propósito de sua missão e mantêm o foco no que é prioritário (At6.1-7; 20.24). C. Conhecimento de suas ovelhas A metáfora predileta de Jesus para retratar seu relacionamento com seu povo foi a ilustração do pastor e da ovelha. O Antigo Testamento estava repleto de alusões a Deus como o pastor de Israel (Is 40.10-11; Sl 23.1). Além disso, o conceito de pastorear tornou- se uma importante imagem explicativa usada para retratar a liderança espiritual em Israel. Assim, reis, profetas e sacerdotes eram chamados de pastores (Jr 23.1-4; Ez 34; Zc 11). Essa metáfora não foi usada pelo Senhor Jesus por acaso, uma vez que era uma clara alusão ao pastor ferido, conforme profetizado por Zacarias, como também uma imagem cultural fácil de ser entendida pelos ouvintes (Zc 13.7-9). Assim, Jesus se descreve como o bom pastor, cuja obra consistia em dar a vida pelas ovelhas (Jo 10.11). O conceito de ovelhas era importante porque mostrava que somente um grupo de pessoas creria na mensagem de Jesus (Jo 10.26-27). Ao usar essa metáfora, Jesus demonstra ter um conhecimento perfeito das suas ovelhas. Ele sabia quem entre os seus discípulos e ouvintes eram crentes verdadeiros e algumas vezes se referiu a pessoas como não fazendo parte do seu aprisco. De fato, Jesus nunca foi surpreendido por falsas ovelhas e sempre deixou claro que sua missão consistia em juntar apenas aquelas que o Pai lhe dera (Jo 6.37-44; 10.25-29; 13.18). Esse conhecimento perfeito do rebanho nenhum líder hoje tem, embora seja seu dever pastorear o rebanho conhecendo as ovelhas e cuidando de cada uma delas. Na igreja visível é possível apenas observar os frutos e as marcas da graça na vida de alguém e presumir que tal pessoa seja uma ovelha do Senhor. Contudo, enganos podem acontecer e muitos bodes podem estar no meio do rebanho ou mesmo da liderança. É tarefa dos líderes estar atentos para pastorear as ovelhas do Senhor e ter cuidado com os lobos vestidos de cordeiro. II. JESUS, O LÍDER A SER IMITADO O ministério de Jesus consistia em pregar e ensinar as boas-novas do reino (Mt 4.23), instruindo aqueles que respondiam afirmativamente à sua proclamação a terem uma atitude de total submissão à sua própria pessoa e ensino, por ser ele o Messias, Rei e Salvador. A nova vida ideal dos crentes consistia em viver como cidadãos do reino, reconhecendo que o rei veio e que suas exigências eram graciosas e revestidas de autoridade, exigindo uma resposta de fé e um comprometimento absoluto. É possível
  • 17. 16 resumir a prática ministerial de Jesus observando suas quatro principais ênfases, que eram: a) anunciar a verdade de Deus com autoridade aos ouvintes, mostrando que as profecias estavam sendo cumpridas nele e pregando as Escrituras pelo método de exposição, ilustração e aplicação com o objetivo de converter pecadores e edificar os discípulos; b) depender do Pai em tudo, vivendo em completa submissão e vida de oração; c) desenvolver um ministério de misericórdia paralelo ao da pregação, em que as curas e exorcismos tinham o propósito de mostrar a sua compaixão e a natureza singular de sua vida e obra (Mt 11.2-6; Is 35.5-6; 61.1); d) preparar discípulos para que fossem como ele mesmo e dentre eles selecionar um grupo para pastorear os demais (os 12 apóstolos). A. Jesus, o expositor da Palavra Jesus foi um pregador da Palavra de Deus e sua forma de pregar foi essencialmente judaica, apresentando a exposição das Escrituras entrelaçada com ilustrações, figuras de linguagem e constantes aplicações práticas. Sua preocupação central era anunciar que o reino havia chegado à sua plenitude e a sua própria pessoa representava a inauguração do estágio final do reino de Deus. Ele era não somente o concretizador das promessas do Antigo Testamento concernentes à era vindoura, mas também o inaugurador dos propósitos finais de Deus na história da salvação, trazendo a mensagem do evangelho tanto para judeus como para gentios (Mt 4.23-25). A exposição do Antigo Testamento feita com autoridade formava a base do ministério de Jesus (Lc 4.16-21). Ele era tanto o intérprete final das Escrituras, como a sua vida e ministério (nascimento, morte, ressurreição e exaltação) eram a própria chave para se entender o seu conteúdo, uma vez que todas as Escrituras falavam a respeito dele (Lc 24.25-27,44-45). Durante todo o seu ministério Jesus nunca se apartou da Palavra de Deus e sua linguagem, motivos, temas e mensagem eram somente baseados nela. Algumas vezes, sua pregação consistia em uma exposição bíblica em textos específicos com afirmações revestidas de autoridade e autor referências que indicavam o caráter único de sua pessoa (Lc 4.16-21). Outras vezes, tratava de temas gerais e amplos cujas ideias estavam ancoradas em linguagem alusiva ao Antigo Testamento, como no caso do sermão do monte (Mt 5.1– 7.29). Ou, ainda, sua exposição era resultado de uma resposta aos desafios e questões propostas pelos ouvintes (Mt 19.3-12). Sua prática de ensino possuía sempre autoridade e era repleta de metáforas, símiles, parábolas e outras figuras de linguagem usadas para causar impacto nos ouvintes. A ênfase ministerial de Jesus nas Escrituras e sua forma de interpretar foram imitadas pelos apóstolos e seus seguidores, mas, infelizmente, têm sido negligenciadas pelos líderes. É de fundamental importância reaprender os métodos interpretativos e comunicativos de Jesus, com a profundidade bíblica acompanhada de ilustrações e aplicações práticas que falem ao mundo real dos ouvintes. B. Jesus e sua vida de oração A oração foi um elemento distintivo no ministério de Jesus. Não há um único momento em seu ministério em que Jesus não seja visto buscando o Pai em oração. Além disso, o escopo de sua oração era vasto, pois tanto orou por si, como pelos discípulos e os futuros crentes. Ele também ensinou os discípulos a orar e deixou um modelo de oração a ser imitado. Jesus orou no início e durante seu ministério (Mc 1.35-39; Mt 14.23; Lc 9.28), antes de escolher os discípulos e depois os ensinou a orar (Lc 6.12-16; 11.2; Mt 6.9-15; Mt 21.22; Lc 11.9-13; 18.1; 22.40), antes e durante a sua crucificação (Mc 14.32-42; 15.34-35). Ele rogou (orar com grande intensidade) pela vida espiritual dos discípulos (Lc 22.32; Jo
  • 18. 17 17.9), pela sua futura igreja (Jo 17.20-21). Jesus zelou pelo papel singular da oração na vida do povo de Deus (Mt 21.13) e alertou sobre a importância da oração na batalha espiritual (Mc 9.29; cf. Ef 6.17- 18). A submissão a Deus em se ministério dirigia suas orações. Ele não orava por algo que implicasse fazer sua própria vontade (Mt 26.36- 39,53). Todas as citações mostram que Jesus viveu em constante oração em seu ministério. A oração não era uma prática ou tema acessório em sua vida, mas a contínua ênfase que norteava seu ministério e deveria também nortear o ministério dos discípulos. Portanto, é impossível pensar em um líder cristão fiel que não seja um homem de oração. Nas palavras do teólogo John Owen, “um ministro pode encher os bancos da igreja, sua lista de comunhão, a boca do público, mas o que esse ministro é sobre seus joelhos em secreto diante do Deus Todo-Poderoso é o que ele é e nada mais”. III. JESUS, O LÍDER A SER SEGUIDO Outra característica fundamental no ministério de Jesus foi sua ênfase em formar discípulos e motivá-los a ser como ele. Cristo escolheu homens comuns e os treinou por um período de tempo ensinando-os a guardar a Palavra de Deus (Mt 28.20), corrigindo pela convivência e exemplificando modelos comportamentais a serem imitados (Jo 13.12- 17,34-35). Ele os ensinou sobre teologia e como interpretar as Escrituras, sobre a história da salvação e seus eventos finais, bem como a viver em comunhão e de forma piedosa como homens de oração, dispostos a perdoar e servir aos outros com humildade. Porque seu ministério seria curto (cerca de três anos), era preciso um programa de discipulado rápido, prático, intensivo e seletivo. Então ele escolheu especialmente 12 homens com quem trabalhar mais de perto (Lc 6.12-16). A seleção dos 12 foi um marco importante no ministério de Jesus, pois seu ministério adquirira grandes proporções e isso exigia uma organização e divisão de trabalho mais efetiva. Além do mais, era preciso preparar uma liderança que serviria de fundamento para a igreja do Novo Testamento, que seria composta de judeus e gentios (Ef 2.19-22). No caso específico dos 12, o objetivo de Jesus foi treiná-los para exercer um pastoreio sacrificial, um amor abnegado pela obra do Pai e uma vida de humildade similar à do Mestre. Eles precisavam pastorear com a Palavra, vigiar em oração, exercer misericórdia para com os fracos e oprimidos e liderar com amor. Sua missão seria testemunhar acerca da obra de Cristo e glorificar o seu nome fazendo discípulos de todas as nações, “ensinando-os a guardar todas as coisas” ordenadas por Jesus (Mt 28.18-20; At 1.8; 4.12,33). Líderes devem aprender com Jesus que a prioridade no ministério não é apenas pregar, mas formar discípulos pelo ensino e exemplo. Além disso, é importante selecionar e preparar dentre eles os que são aptos para liderar a igreja. Formar discípulos requer tempo, ensino da Palavra, oração, visitação, atribuição de missão, exemplo e humildade. CONCLUSÃO Estudar sobre a vida de Jesus como líder nos conduz a um modelo completo de liderança, em que autoridade e serviço, amor e verdade, firmeza e sensibilidade, disciplina e compaixão, fidelidade e submissão andam juntos. É pastorear com coração amoroso e formar discípulos pelo ensino, exemplo e serviço. É ter posição de autoridade, mas agir humildemente como servo de todos. É trabalhar incansavelmente anunciando o evangelho, mas sempre dependendo de Deus em tudo. É ter paciência com as ovelhas,
  • 19. 18 pastoreando cada uma delas de acordo com suas necessidades. É resistir ao erro, denunciar a hipocrisia, o legalismo e as tradições humanas que se sobrepõem à verdade de Deus. Porém, é também anunciar o arrependimento, indicando o caminho da salvação aos pecadores e a vida que devem viver para agradar a Deus. Enfim, estudar sobre o ministério de Jesus é descobrir que nunca houve ou haverá um líder como ele, mas todos os líderes cristãos são desafiados a ser como Cristo. A ética e a moral devem ser a marca de quem é líder. Afinal, um bom gestor, antes de tudo, deveria ser um bom exemplo, alguém que inspira e motiva seus liderados ao progresso e ao mútuo respeito, onde todos podem aproveitar seus talentos e capacidades para o bem comum. Em meio a instabilidade que temos vivido atualmente, o que mais precisamos é de uma liderança sadia e forte. No entanto, um líder forte não significa alguém autoritário, mas claro, reconhecido e atrativo. O tema da liderança tem sido muito abordado ultimamente. São muitos os seminários, livros, cursos, foros, etc que tocam esse tema. Logo, empresas têm investido fortemente na capacitação de líderes. Contudo, a necessidade de uma liderança sadia e forte não se restringe somente às empresas. Na Igreja, e até mesmo dentro das famílias, é necessário ter líderes que consigam unificar sua vida em Deus. Somente seguindo o modelo de liderança divina um líder consegue atuar em qualquer circunstância sendo coerente com seus princípios, tendo um projeto de vida claro, focado em tudo o que faz. Desse modo, sabe vibrar com seus projetos pessoais, se sente realizado profundamente e transmite seu entusiasmo a todos aqueles que o encontram. Esse líder tem discernimento para adaptar-se a cada pessoa, circunstância e contexto. Talvez agora você esteja se perguntando: Mas, afinal, que modelo de liderança é este? Você já vai entender! A liderança na Palavra de Deus A Bíblia Sagrada reúne alguns princípios de liderança que podem nos servir de inspiração para exercermos. Segui-los pode ser importante, pois, seja nos negócios, na família, nas paróquias, só alcançamos a estabilidade e a prosperidade quando temos uma liderança sadia e forte. “Quando o homem é prudente e entendido, a terra tem estabilidade” (Provérbios 28, 2). Para isso, precisamos de mais pessoas dispostas a se reconhecer como líderes, que aprendam os princípios da liderança e os apliquem na prática. Vejamos, então, quais são esses princípios:
  • 20. 19 1. Nada acontece até que alguém tome a frente A liderança sempre foi necessária. Por meio de um líder tudo se levanta ou desmorona, só depende da sua forma de liderar. Contudo, o mundo precisa de líderes que promovam mudanças. Um local que sofre com a insegurança, ou a ideia inovadora de um serviço para a sociedade, assim como uma nova paróquia em um bairro, são exemplos de coisas que necessitam de um líder que tome à frente do projeto. Ou seja, necessita de alguém que se disponibiliza a oferecer a liderança necessária. 2. O segredo é a influência Existem muitas definições para liderança. Contudo, se tivéssemos que resumir numa palavra, seria influência. Quando falamos de líderes, muitas vezes pensamos nos grandes CEO’s, em cantores famosos ou artistas de filmes, mas a liderança é muito mais simples. A liderança é influência. Se você pode influir sobre alguém, você tem uma liderança e, por isso, tem também uma responsabilidade. A prova da liderança é: alguém está te seguindo? Se a resposta é positiva, pense que você é o elo de uma corrente que só Deus sabe onde pode terminar. Somos instrumentos de Deus e temos uma responsabilidade a cumprir. Jesus diz: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10, 27). No entanto, a liderança não é questão de título ou de cargo. Se trata de uma influência real. Existe uma grande diferença entre ser chefe e ser líder. O verdadeiro líder nem sempre ocupa a cadeira mais importante dentro de uma organização. Se alguém precisa lembrar os outros de que ele é o líder, significa, na verdade, que ele não está sendo um líder. 3. O fundamento da liderança é o caráter, não o carisma É importante ter claro que na liderança é mais importante o caráter do que o carisma. Seguramente você já viu líderes com muito carisma e talento natural, mas suas obras são efêmeras. Passam juntamente com seu cargo. Por quê? Porque não realizou obras com boas raízes e alicerces. Estão baseados no encanto pessoal, na capacidade de trabalho, no entusiasmo ou no dinheiro. O que fica é aquilo que conseguimos arraigar profundamente, e para isso é preciso caráter e constância. O carisma depende dos dons naturais com os quais nascemos. Já o caráter depende de nossa força de vontade para perseverar e seguir sempre em frente. A maioria das obras importantes exige tempo, esforço, constância. Nada que realmente tenha valor na vida se constrói em um só dia ou é fruto da casualidade, de um golpe de sorte.
  • 21. 20 As coisas que realmente contam na vida e na sociedade normalmente se alcançam com muito trabalho, por isso aqueles que as conseguem são respeitados e vistos como líderes pela sociedade. A liderança sem caráter pode ser influente, mas passa rápido. Afinal, reputação é o que as pessoas dizem que você é. Caráter é o que você realmente é, ou seja, é aquilo que somos quando ninguém está olhando. 4. A liderança pode ser aprendida Ninguém nasce líder, isso é uma capacidade que podemos desenvolver. Alguns aprendem antes, outros depois. Alguns aprendem sozinhos, outros com ajuda. O apóstolo Paulo disse: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Filipenses 4, 9). Afinal, o que Paulo está dizendo é: aprendam a ser líderes. A liderança se aprende pela forma que respondemos aos desafios da vida. Também Jesus dedicou tempo para treinar seus apóstolos. O evangelista Marcos diz: “designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar” (Mc 3, 14). Esses apóstolos treinados pelo líder Jesus, fizeram história. Neemias, um exemplo de liderança na Bíblia Neemias foi um líder que fez coisas grandiosas porque tinham um grande caráter. Para ele, importavam as mesmas coisas que importavam a Deus. Ele tinha uma vida muito tranquila na Babilônia. Era copeiro do rei, um cargo de muita importância. Logo, tinha grandes qualidades, era inteligente, com grande capacidade de liderança. Milhares de quilômetros de distância, em Jerusalém, estavam seus irmãos, deprimidos, desalentados, derrotados. Neemias se importou com essa situação, como um bom líder. Líderes são sensíveis à situação que os rodeia. Sendo assim, Deus se importa e por isso busca pessoas que também tenham essa capacidade de se preocupar com os problemas dos outros. A Deus lhe preocupava a situação de seu povo. Pois, Ele tinha um grande plano para Israel. Neemias também se preocupou pela situação de Jerusalém e isso fez dele um líder perante Deus. Então, reconstruiu as muralhas de Jerusalém. Mas, não pense você que Neemias estava preparado para a missão para a qual o Senhor o chamou. Na verdade, Deus o escolheu porque ele estava disponível. Igualmente acontece conosco. Deus não olha para a nossa capacidades, mas para a nossa disponibilidade.
  • 22. 21 Não precisamos ter talento para a liderança, precisamos nos decidir por ser líderes. Mas, e você? Está disposto a ser líder na sua família, na empresa, na sociedade, entre os amigos. Está dispostos a ser instrumento para os planos de Deus? Tenha a ousadia de apresentar-se disponível ao Senhor, e colha os frutos da liderança na sua vida. Seja como Samuel - 3 qualidades do bom líder O profeta Samuel foi o último líder de Israel antes de começar a monarquia. Ele foi um grande líder, muito usado por Deus, e libertou Israel de seus inimigos. Todos respeitavam Samuel. Mas porquê? Samuel tinha algumas características muito importantes, fazem um bom líder: 1. O líder aprende "O menino Samuel ministrava perante o Senhor, sob a direção de Eli; naqueles dias raramente o Senhor falava, e as visões não eram frequentes." 1 Samuel 3:1 Ninguém nasce como líder. Samuel passou vários anos a aprender como liderar seu povo espiritualmente antes de começar seu ministério. Apesar de Eli não ser o melhor professor, foram esses anos de aprendizagem que o equiparam para ser um bom líder. Muitas vezes ficamos impacientes, pensamos que não precisamos aprender e queremos logo subir a uma posição de liderança. Mas o bom líder é humilde e reconhece que ainda tem muito para aprender. Podemos aprender e crescer muito com outros líderes mais experientes, mesmo se não forem os melhores exemplos. 2. O líder ouve "O Senhor voltou a chamá-lo como nas outras vezes: "Samuel, Samuel!" Samuel disse: "Fala, pois o teu servo está ouvindo"." 1 Samuel 3:10 Samuel aprendeu a ouvir a voz de Deus. E mais: Samuel obedeceu. Samuel prestava atenção às instruções de Deus e não as ignorava. Por causa disso, Deus usou a vida de Samuel de maneira poderosa! O bom líder ouve e obedece a Deus. Ele procura conhecer a vontade de Deus, estudando a Bíblia, e aplica-a em sua vida. Todo líder precisa se submeter à liderança maior de Deus. 3. O líder ora "E disseram a Samuel: "Não pares de clamar por nós ao Senhor, o nosso Deus, para que nos salve das mãos dos filisteus"." 1 Samuel 7:8
  • 23. 22 Samuel orava e Deus respondia! Samuel sabia que era completamente dependente de Deus e que todas as suas vitórias vinham de Deus. Ele orava porque reconhecia que sozinho ele não tinha poder. Samuel orava porque confiava completamente em Deus. Um dos erros em que todo líder pode cair é achar que tudo depende dele. Na verdade, tudo depende de Deus! Orar é muito importante, porque coloca Deus em primeiro lugar em sua vida, em seu ministério e em sua liderança. A oração fortalece o bom líder e traz vitória. Seja um bom líder como Samuel! PRINCÍPIOS OU CARATERÍSTICAS DE UMA LIDERANÇA SEGUNDO A BÍBLIA O livro mais sábio que existe, a Bíblia, tem várias assertivas sobre as boas práticas de gestão e liderança. Compartilho com você os resultados da minha pesquisa, mencionando algumas passagens correspondentes: Honestidade e integridade, sem as quais, a liderança é destrutiva e perniciosa – Lc 16.10- 12, Mt 24.45-51, Pv 22.1 Trate os que estão sob sua liderança como gostaria de ser tratado – Lc 6.31 Planear é parte das atividades exigidas de um líder – Lc 14.28-30 Gestão implica em zelo profissional – Pv 22.29, Pv 24.3 e 24.30-34, Ec 9.10 Utilize-se de boas práticas, e da ética – Pv. 28.10 Um bom gestor é alguém que ganha a confiança dos liderados – Pv 28.12 Bajulação não é técnica de administração – Pv 28.23 Emotividade exposta pode indicar problemas de liderança – Pv 29.11 Orgulho é um mau hábito de quem lidera – Pv 29.23 Nunca humilhe alguém em público – Pv 30.10 Tratar a todos com justiça e equidade – Cl 4.1 Abandone práticas arcaicas e incorretas – Pv 4.13-15 Preguiça e negligência são a certeza do insucesso - Mt 25.14-30 - Parábola dos Talentos Não tente fazer tudo sozinho – delegue tarefas! Ex 18.14-26 Um verdadeiro líder deve servir, e não procurar servir-se dos seus liderados – Mc 10.42- 45
  • 24. 23 Aconselhar-se, quando o assunto é complexo, e ouvir opiniões, não é sinal de fraqueza ou incapacidade, mas de sabedoria – Pv. 15.22. 4 tipos de liderança na igreja, qual tem sido a sua? A liderança na igreja não é nada fácil de ser exercida, não é mesmo? Pois lidar com pessoas nem sempre é fácil. Logo, por que ser um líder cristão então? Aprender a ser um líder eficaz na igreja é realmente necessário, pois nós precisamos nos envolver com o que realmente importa! Entretanto, em sua essência, a liderança cristã possui um paradoxo: ela não pode ser tomada à força, se o for, no final das contas, é bem provável acabar em insucesso. Mas antes, a liderança é um presente que só pode ser dado pelas outras pessoas, na medida que, naturalmente, te reconhecem como um líder, pois não faz sentido tornar-se líder sem que outras pessoas estejam dispostas e queiram caminhar contigo, sob tua liderança. Veja estes 4 tipos de líderes na igreja e avalie a si mesmo, qual você está sendo? 1) Líder piedoso Características: Tem muito amor Tem autoridade Pontos positivos: Disciplina à má conduta que uma pessoa teve, e não à pessoa em si Repreende, aconselha ou adverte, não deixa a pessoa caminhar para o erro (Gl 4:16) Ele corrige e confronta à mudança, não conforma-se com a má conduta, mas valoriza a pessoa, ama e a compreende suas fraquezas. Jesus demonstrou ser este tipo de líder quando restaurou a Pedro e também os demais discípulos, pois todos falharam com ele (Jo 21:15-17). Este tipo de liderança na igreja é um exemplo de cristão (Fp 4:9; 1ª Co 11:1), ele gera pessoas multiplicadoras e motivadas, confiantes que podem melhorar (2ª Tm 2:2). Pontos negativos: Nenhum Destaque: Separa a identidade do comportamento que a pessoa tem ou teve em um momento, buscando sempre valorizar o indivíduo.
  • 25. 24 2) Líder permissivo Características: Muito amor Nenhuma autoridade Pontos positivos: Muito amor às pessoas Muita compaixão Pontos negativos: Geralmente este tipo de líder não consegue disciplinar as pessoas, corrigi-las ou adverti- las quanto a seus limites, ele prefere deixar as pessoas livres, do jeito que quiserem e bem entenderem, para não magoá-las ou ferir a amizade com elas; devido a isso ele gera pessoas espiritualmente fracas, inseguras, desmotivadas, que não produzem muito e que cedem fácil às tentações da carne, tomando gosto pelos pecados carnais e considerando- os algo comum. Além disso, este não ajuda a produzir mudança na vida e no caráter das pessoas devido à pouca instrução que confronta os erros delas, por causa disso muitas pessoas sentem-se sem valor. Destaque: Não confronta e não põe limites “Aquele que repreende um homem, mais tarde encontrará mais favor do que aquele que lisonjeia com a língua”. (Provérbios 28:23 KJF) 3) Líder cristão negligente Características: Pouco amor Pouca autoridade Pontos positivos: Nenhum Pontos negativos: Esse tipo de líder na igreja é inseguro porque muitas vezes tem medo, então torna-se um procrastinador
  • 26. 25 Ele também não corrige as pessoas, talvez não queira arrumar problemas para si; não adverte as pessoas com seus erros porque não faz por onde ter conhecimento e por isso não tem autoridade para confronta-las (à semelhança como Paulo fez com Pedro em Gálatas 2:11-14) É desorganizado, por ser negligente também não gosta de ser cobrado de seus deveres Não sabe valorizar os outros porque geralmente não vê também o próprio valor Ele gera líderes semelhantes a si: inseguros, negligentes e que não produzem muito “Não sejais negligentes nas atividades; ferventes no espírito, servindo ao Senhor”. (Romanos 12:11 KJF) 4) Ditatorial (talvez a pior liderança na igreja e que, infelizmente, muito existe por aí à fora) Características: Pouquíssimo amor Forte controle Pontos positivos: Nenhum Pontos negativos: Ele é manipulador, como quem quer criar escravos para seu “império” Ele não admite seus próprios erros, sempre quer estar coberto de razão e mal dá ouvidos aos outros Não aceita ser corrigido por ninguém e sempre tem argumentos para justificar-se e tornar- se o dono da verdade Ele também não sabe se comunicar com as pessoas Não valoriza as pessoas e mal procura saber o estado delas Causa ofensas e fere as pessoas de maneira tão natural quem nem percebe o quanto magoa, é insensível Não sabe ensinar, é bruto É “grosso” no convívio com as pessoas porque carece de amor ao próximo
  • 27. 26 Ele gera rebeldes e ateus, pessoas desacreditadas na vida religiosa e em DEUS, em fim não gera outras lideranças saudáveis Ele produz no coração das pessoas a sensação de que elas são um erro e incapazes de fazer coisas boas que agradam os outros Muitas pessoas o rejeitam e evitam contato com ele devido seu jeito rude de ser Por não ser submisso a ninguém, até mesmo a DEUS, este tipo de líder tem dificuldades de ser humilde para aprender e corrigir-se, e apesar de horar a DEUS com suas palavras, suas ações demonstram que está bem distante dEle (Mt 15:8,9) Ele atropela até mesmo a autoridade de DEUS e de Sua Palavra em favor de suas próprias convicções e razões Destaques: Rebeldia Ateísmo “O sábio de coração será chamado de prudente, e a doçura dos lábios aumenta o aprendizado”. (Provérbios 16:21 KJF) Que tipo de liderança na igreja tem sido a sua? Quem sabe muitos líderes começaram como o 1º dessa lista, os piedosos, mas por algum motivo foram fazendo pequenas concessões às características dos outros 3 tipos de líderes descritos aqui, e já não são mais reconhecidos como eram no início do ministério. Precisamos tomar muito cuidado com isso! É bom auto avaliar-se com frequência e corrigir-se, ser comunicativo com as pessoas e ouvir conselhos para errar o menos possível (Leia 2ª Co 13:5). “Qualidade é a presença de valores, não a ausência de erros”. E não devemos avaliar somente que tipo de liderança na igreja temos exercido, mas também em casa, no trabalho ou em outros lugares de nosso convívio. Como livrar-se de ser um mau líder cristão, mas exercer uma liderança eficaz na igreja? Comece sendo honesto(a) consigo mesmo e humilde para com as pessoas, reconheça que precisa de ajuda e que só DEUS e as pessoas podem te ajudar ouvindo-as! Pergunte ao seu cônjuge que tipo de liderança você tem sido, ela(e) poderá te dar mais informações e te abrir os olhos, mas apenas ouça sem tentar ficar se justificando! Pois você está em busca de melhoria e não de empurrar seus ideias nas pessoas, então você precisa ouvi-las e corrigir-se.
  • 28. 27 Continue aprendendo mais sobre liderança bíblica e cristã! Leia obras bíblicas e experiências de outros autores e líderes cristãos que poderão te ajudar a seguir corrigindo-se! Com que meios purificará um jovem o seu caminho? Prestando atenção nisso, segundo a tua palavra. (Salmo 119:9 KJF)
  • 29. 28 CONCLUSÃO Os atritos gerados pelas mais diversas motivações são comuns nas organizações, no entanto, isso pode resultar em graves consequências para o negócio se o gestor não tiver a situação sob controle. É por isso que a gestão de conflitos na empresa é fundamental. Existem certos problemas na relação entre colaboradores e setores de um empreendimento que podem resultar em consideráveis prejuízos na produtividade, atrasos que refletem no cliente, perda de informações e outros malefícios. Estar preparado para gerenciar os conflitos permitirá que o gestor não apenas evite tais transtornos, como também possa qualificar o relacionamento interpessoal na empresa e colher os benefícios dessa harmonia. Confira a seguir algumas dicas sobre o assunto! 1. OTIMIZE OS ASPECTOS COMUNICACIONAIS DA EMPRESA Um dos principais causadores de conflitos em qualquer contexto é a falha na comunicação. O pior dessa situação é que, em muitos desses casos, a suposta origem do conflito sequer existe e poderia ser evitada se fosse esclarecida. Em uma empresa, esses fatores não só podem ser resolvidos como também evitados. Estabelecer fluxos de comunicação, utilizar ferramentas e instrumentos que possam padronizar alguns aspectos comunicacionais ou facilitar a troca entre os colaboradores é uma das medidas preventivas para evitar conflitos gerados por essa situação. Contudo, não se deve parar por aí: realizar confraternizações e outras situações de convivência que permitam que os membros da empresa se conheçam melhor também é muito interessante, uma vez que será possível perceber o jeito de cada um e esse conhecimento somado à empatia gerada nessas situações poderá reduzir as possibilidades de conflito. 2. A GESTÃO DE CONFLITOS EXIGE PROFUNDA COMPREENSÃO DO PROBLEMA Mesmo quando existe uma otimização na comunicação da empresa e outras medidas preventivas a conflitos, eles acontecem e a maneira de lidar com eles será fundamental para a redução da frequência e gravidades deles. Isso quer dizer que tratar de um conflito de maneira errônea pode piorá-lo ou estendê-lo. É importante que o gestor entenda que, uma vez ocorrido o conflito, precisará investir tempo e atenção para resolvê-lo. É fundamental escutar bem todas as pessoas envolvidas, analisar a origem e gravidade da situação, identificar a quanto tempo ela está ocorrendo, as consequências e prejuízos que ela gerou ou poderá gerar, dentre outras questões. Com base nessa análise, deve-se procurar levantar possíveis soluções que sejam justas para todos e positivas para empresa. A resolução e andamento desse processo deverá ser acompanhada por feedbacks e novas conversas, sempre que necessário, envolvendo todos os interessados, de modo a evitar rumores e equívocos.
  • 30. 29 3. TREINE AS LIDERANÇAS PARA A GESTÃO DE CONFLITOS A gestão de conflitos em uma empresa envolve algumas atitudes e modos de lidar com as pessoas que não são fáceis e, geralmente, nem naturais de ninguém. Saber escutar, por exemplo, é algo difícil e pouco praticado em nossa cultura. O modo correto de falar com as pessoas é outro desafio e poderíamos listar outros mais. Para o efetivo tratamento dos atritos na organização é preciso que os cargos de chefia estejam preparados para lidar com isso sem alimentar ainda mais as desavenças já existentes. A única via segura para isso é a capacitação. Sendo assim, tanto você quanto aqueles que exercem cargos de chefia na empresa deverão passar por esse processo de qualificação. Parece pouco, mas a verdade é que essas três medidas para trabalhar a gestão de conflitos em uma empresa sintetizam muitas listas enormes que você encontrará por aí. É importante ter em mente que esses fatores estão relacionados, então, é preciso aplicá-los em conjunto, além de levar em consideração as particularidades da sua empresa para fazer as devidas adaptações. PERGUNTAS PARA REFLEXÃO EM GRUPO 1. Por que Jesus foi um líder completo? 2. Como Jesus liderou os seus discípulos? 3. Como podemos aprender com as ênfases ministeriais de Jesus? 4. Como o relacionamento pastor/ ovelhas entre Jesus e seus discípulos pode ajudar a repensarmos o relacionamento entre líderes e liderados hoje?