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Nietzsche - alguns conceitos

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20 de Apr de 2020
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Nietzsche - alguns conceitos

  1. Friedrich Nietzsche Alguns conceitos Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial e professor. www.ex-isto.com
  2. Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) Nietzsche não é um autor fácil, boa parte de sua obra é fragmentária, escrita por aforismos, metáforas e ironia, possibilita múltiplas interpretações.
  3. Friedrich Wilhelm Nietzsche foi filólogo, filósofo, professor e poeta, nasceu no Reino da Prússia, na atual Alemanha. Ele criticou a religião, a moral e a tradição filosófica do ocidente. Ele tratou sobre diversos temas, entre eles a afirmação da vida, questionando todas doutrinas que diminuem nossas potências, em favor da ampliação de nossas possibilidades de ser. Friedrich Nietzsche (1844-1900) ex-isto www.ex-isto.com
  4. Breve biografia Nietzsche nasceu em 1844, no vilarejo de Röcken, pertencente ao reino da Prússia, próximo a Leipzig, na Alemanha. Seu pai era culto e delicado, seus dois avós eram pastores protestantes. Aos 5 anos seu pai e seu irmão faleceram, ele passou a ser educado por sua mãe. Sua família se mudou para Naumburgo, com sua mãe, tias e avó. ex-isto www.ex-isto.com
  5. Breve biografia Durante a infância ele foi um aluno dócil e leal, era chamado na escola de “pequeno pastor”. Aos 14 anos ganhou uma bolsa de estudos na escola Pforta em Naumburgo. A partir de suas leituras, começou a se afastar do cristianismo, se interessando pela antiguidade clássica grega e latina, estudando grego, a Bíblia, alemão e latim, neste período seus autores favoritos eram Platão e Ésquilo. ex-isto www.ex-isto.com
  6. Breve biografia Ao terminar o curso em Pforta, foi estudar Teologia, logo abandonou e foi estudar Filologia, em Leipzig. Aos 24 anos ele foi nomeado professor de filologia da universidade de Basileia, na Suíça, onde permaneceu por dez anos. Filologia é o estudo da linguagem, da origem das línguas antigas, incluindo a literatura, a história, a linguística, as formas literárias e as instituições do pensamento. ex-isto www.ex-isto.com
  7. Breve biografia Ele começou a se interessar por filosofia depois de ler Arthur Schopenhauer, fez amizade com o compositor alemão Richard Wagner e escreveu sua primeira obra aos 27 anos, 'O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música'. Aos 44 anos há uma suposição de que tenha contraído uma paresia geral atípica por conta de sífilis, vindo a falecer em 1900. ex-isto www.ex-isto.com
  8. “Uma das intuições mais caras que ele aplaude: a intuição de que não existem substâncias estanques e inertes, e que tudo é uma perpétua metamorfose.” (Jean Granier, em ‘Nietzsche’, 2009) ex-isto www.ex-isto.com
  9. Características de sua filosofia ex-isto www.ex-isto.com
  10. Filosofia como criação Nietzsche propõe uma nova maneira de filosofar e compreender o mundo, reconhecendo a mudança, o devir, a multiplicidade, o contraste e a contradição no ser e no mundo. Ele não tem como intuito instituir um modo de filosofar, mas instigar ao leitor a questionar e criar a si próprio, inclusive seu modo de filosofar, o “torna-te quem tu és”. ex-isto www.ex-isto.com
  11. Aforismos Uma das características de Nietzsche é o uso de aforismos em quase todas suas obras. Aforismo é um gênero textual que condensa com precisão complexos conceitos filosóficos. Um aforismo se caracteriza por sua brevidade e concisão, contendo máximas que traduzem amplos conceitos por meio de pequenas sentenças. ex-isto www.ex-isto.com
  12. Aforismos Sua escrita sob a forma de aforismos, caracteriza seu estilo e, ao mesmo tempo, possibilitar uma leitura “não sistemática”, que caminha entre a filosofia e a arte, ao invés de uma leitura objetiva, sistemática e científica. Isso reflete diretamente sua tendência filosófica, se interessando mais pelo pluralismo e pela abertura a interpretações do que pela busca de uma unidade. ex-isto www.ex-isto.com
  13. “Um aforismo honestamente modelado e cunhado não pode ‘decifrar-se’ à primeira leitura. Ao contrário, começa-se unicamente agora a interpretar-se para o qual é necessário uma arte de interpretação. (...) Na verdade, para elevar assim a leitura à dignidade de ‘arte’ é mister, antes de mais nada, possuir uma faculdade hoje muito esquecida, uma faculdade que exige qualidades de vaca, e absolutamente não as de um homem ‘moderno’: a de ruminar…” (Nietzsche, em Prefácio da Genealogia da Moral) ex-isto www.ex-isto.com
  14. As tragédias, na Grécia Antiga, apresentavam histórias trágicas e dramáticas, derivadas das paixões humanas, envolvendo deuses, semideuses e heróis mitológicos. Envolviam uma tensão permanente e um final infeliz e trágico, gerando nas pessoas as sensações vividas pelos personagens, envolvendo o público como uma forma de purgação dos sentimentos. O Nascimento da Tragédia ex-isto www.ex-isto.com
  15. Nietzsche criticou a tradição da filosofia ocidental onde, desde Sócrates, que passou a valorizar a razão e o ideal da verdade em oposição ao corpo e a invenção. Ele estabelece uma distinção entre o princípio apolíneo, que é o da razão, da clareza e da ordem; e o dionisíaco, que corresponde ao da aventura, da música, da fantasia e da desordem. Apolíneo e Dionisíaco ex-isto www.ex-isto.com
  16. Para Nietzsche, esses dois princípios correspondem a dimensões complementares da realidade, sendo ambos igualmente necessários. Segundo ele, a realidade é composta pelo conflito, pelas misturas, complexidades, contradições e turbulências entre a ordem e a desordem. Apolíneo e Dionisíaco ex-isto www.ex-isto.com
  17. “Nietzsche argumenta que a tragédia combina dois tipos de estética que são usualmente mantidos em separado nas outras artes: o apolíneo e o dionisíaco. Apolo é o deus da beleza; Nietzsche o associava ao sonho, harmonia, forma e artes plásticas (como a escultura). Dionísio é o deus do vinho; Nietzsche o associava à intoxicação, desarmonia, ausência de forma, sublimidade e música. Nietzsche considera a combinação de ambas as estéticas na tragédia como a forma ideal de arte, uma forma que mais bem nos permite lidar com a vida e afirmá-la.” (Ashley Woodward, em ‘Nietzscheanismo’) ex-isto www.ex-isto.com
  18. Apolo é o deus da clareza, da ordem e da harmonia, Dionísio é o deus da exuberância, da desordem e da música. Sócrates separou os dois, tendo optado pelo culto à razão e à ordem, deixando de lado a emoção e a desordem. Segundo Nietzsche essa razão aniquilou a força criadora da filosofia nascente, priorizando o mundo abstrato do pensamento. Apolíneo e Dionisíaco ex-isto www.ex-isto.com
  19. “A tragédia é a síntese dessas forças antitéticas. Sem destruição, não há criação; sem trevas, não há luz; sem barbárie e crueldade, não há beleza nem cultura.” (Giacoia Júnior, em ‘Nietzsche’, 2000) ex-isto www.ex-isto.com
  20. Nietzsche fez uma análise genealógica sobre o desenvolvimento da moral no ocidente, um estudo sobre a constituição e transformação dos valores morais na história, investigando em quais condições certos valores emergiram sobre outros, e em quais circunstâncias estes valores se transformaram, foram negados ou, até mesmo, proibidos. Genealogia da moral ex-isto www.ex-isto.com
  21. Por meio de seus estudos, ele constata que o ser humano cria os valores que cultiva, partindo de certos desejos, necessidades e circunstâncias momentâneas, porém depois disso os toma como "eternos", esquecendo-se de sua potência criadora e inventiva, passando a se submeter aos valores antes estabelecidos, deixando de questionar e de desejar transformar. Genealogia da moral ex-isto www.ex-isto.com
  22. “Necessitamos de uma 'crítica' dos valores morais e antes de tudo deve discutir-se o 'valor destes valores', e por isso é toda a necessidade de conhecer as condições e o meio ambiente em que nasceram, em que se desenvolveram e deformaram.” (Nietzsche, em 'A Genealogia da Moral') ex-isto www.ex-isto.com
  23. Ele constatou que o termo "bom", era usado inicialmente pelos nobres e aristocratas para se auto-definirem, em contraposição ao "mau", relacionado a tudo o que era plebeu, vulgar e mesquinho. Aristoi era o termo utilizado pelos nobres na antiga sociedade grega, em particular na antiga Atenas, que significava "melhores", no sentido de "melhor nascido", enquanto "moralmente melhor". Genealogia da moral ex-isto www.ex-isto.com
  24. Na Roma Antiga, esse termo se transforma, o “bom” passa a ser tido como o guerreiro, e o “mau” passa a ser visto enquanto o sedentário trabalhador. Mais a frente, os judeus trazem uma nova apreciação moral, onde o "bom" passa a ser associado aos humildes e impotentes, enquanto que o "mau" é associado aos nobres, poderosos e felizes. Genealogia da moral ex-isto www.ex-isto.com
  25. Percebe-se então, que os nobres eram tidos como “bons”, e com o passar do tempo foram vistos como “maus”. E o que era tido como “mau”, relacionado ao fraco, passa a ser visto como “bom”. Com esta análise, ele constata que os conceitos de “bom” e “mau” não são universais, mas criados e mantidos intencionalmente no percurso da história, por meio de diversas lutas de forças contrárias. Genealogia da moral ex-isto www.ex-isto.com
  26. “Eu já disse que o que é tachado de 'bom' foi antigamente uma novidade, isto é, julgado imoral. Já disse que nenhuma forma que tome o bem e o mal é eterna. Nem tampouco devem ser eternas. Elas devem proliferar, crescer e transformar-se. É um ato de violência querer estabelecer o bem e o mal.” (Nietzsche, em 'A Genealogia da Moral') ex-isto www.ex-isto.com
  27. Nietzsche constatou uma distinção entre duas formas morais presentes na cultura ocidental, a 'moral dos fracos' (do rebanho ou dos escravos) e a 'moral dos fortes' (dos senhores, da criação e da afirmação). Estas correspondem a duas maneiras possíveis e mais comuns de se dispor ao mundo, a si mesmo, aos objetos e aos outros, características em nossa cultura. Moral dos fortes e moral dos fracos ex-isto www.ex-isto.com
  28. A moral dos fracos corresponde aos modos de ser daqueles que se submetem facilmente a uma regra estabelecida, que não criam nem modificam, pois não se sentem capazes de transformar algo, portanto apenas aceitam e seguem ordens. É a moral dos que são facilmente guiados, que não questionam as regras e os valores morais, que seguem estas para guiar e orientar suas vidas. Moral dos fracos ex-isto www.ex-isto.com
  29. A moral dos fortes, corresponde aos modos de ser daqueles que se afirmam independente das regras estabelecidas, daqueles que criam e estabelecem os valores, que não dependem de uma orientação externa, mas se guiam por seus próprios valores. Trata-se da moral daquele que diz “sim” à vida, que não nega o caos, as incertezas e angústias da existência, mas que assume a vida apesar delas. Moral dos fortes ex-isto www.ex-isto.com
  30. “Moral do senhor: senhores são os tipos fortes, capazes de afirmar a si mesmos, lidar com a natureza trágica da vida e legislar sobre seus próprios valores morais. Moral do escravo: escravos são os tipos fracos, que não conseguem lidar bem com o sofrimento e que, em compensação, desenvolvem uma crença em uma ordem moral do universo.” (Ashley Woodward, em 'Nietzscheanismo') ex-isto www.ex-isto.com
  31. Nietzsche questionou também os fundamentos de toda a filosofia ocidental desde Platão, entende que cada coisa tida como fundamento do conhecimento foi criada num determinado momento e com uma finalidade específica. Segundo ele, o mundo das ideias de Platão, e o conceito de sujeito de Descartes, são crenças e valores humanos, colocados como metafísicos ou superiores. Críticas à filosofia tradicional ex-isto www.ex-isto.com
  32. Para Nietzsche, o intuito da filosofia não é alcançar um conhecimento verdadeiro, mas interpretar e avaliar os diferentes sentidos de se compreender algo, de modo parcial e fragmentário. A interpretação abre múltiplos sentidos, e a avaliação possibilita compreender o valor desses sentidos, sem deixar a pluralidade de interpretações. Conhecimento como interpretação ex-isto www.ex-isto.com
  33. “Aprender a ver - habituar os olhos à calma, à paciência, ao deixar-que-as-coisas-se-aproxi mem-de-nós; aprender a adiar o juízo, a rodear e a abarcar o caso particular a partir de todos os lados.” (Nietzsche, em 'Crepúsculo dos ídolos') ex-isto www.ex-isto.com
  34. A concepção de verdade, no sentido filosófico, esteve marcada pela busca do que é imutável e universal, desde Pitágoras e Parmênides, mais fortemente por Platão, separando-se de nossas percepções e da experiência de mundo, que se transforma com o tempo. A verdade para esses filósofos deveria estar além de nossas percepções, deveria estar nas essências e no imutável. Concepção de verdade na filosofia ex-isto www.ex-isto.com
  35. “Falta de sentido histórico é o defeito hereditário de todos os filósofos. Não querem aprender que o homem veio a ser, que até mesmo a faculdade do conhecimento veio a ser. Tudo veio a ser; não há fatos eternos: assim como não há verdades absolutas. - Portanto, o filosofar histórico é necessário de agora em diante e, com ele, a virtude da modéstia.” (Nietzsche, em 'Humano, demasiado humano') ex-isto www.ex-isto.com
  36. Nietzsche critica essa vertente idealista de filosofia, para ele a verdade não passa de uma interpretação e atribuição de sentidos, nunca sendo uma explicação sobre a realidade, mas sempre como uma entre diversas possibilidades de conceber a realidade, numa pluralidade de pontos de vista. Concepção essa que se aproxima da complexidade da vida e dos seres. Problema da verdade ex-isto www.ex-isto.com
  37. “O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas.” (Nietzsche, ‘Sobre verdade e mentira no sentido extramoral’) ex-isto www.ex-isto.com
  38. O ‘além-do-homem’ é aquele que aceita viver a vida em seu caos, numa constante transformação, criando seus próprios valores e afirmando a sua potência de vida, para além dos limites dos valores dados, é portanto o transgressor dos valores para criar novos valores mais saudáveis, onde questiona os valores postos para ir ao encontro de outros novos. Além-do-homem ex-isto www.ex-isto.com
  39. “Eu vos ensino o além-do-homem. O homem é algo que deve ser superado. (...) O homem é uma corda estendida entre o animal e o além-do-homem - uma corda sobre o abismo. Um perigoso passar para o outro lado, um perigoso caminhar, um perigoso olhar para trás, um perigoso estremecer e parar. A grandeza do homem está em ser ele uma ponte, e não um fim: o que se pode amar no homem é que ele é uma passagem e um crepúsculo.” (Nietzsche, em 'Assim Falou Zaratustra') ex-isto www.ex-isto.com
  40. A grande saúde, é para Nietzsche uma postura mais ativa e afirmativa perante a vida, que ao constatar suas dificuldades e problemas não busca evitá-los ou agir contra eles, mas que se coloca diante deles e os enfrenta. Trata-se de não ficar remoendo as dores ou evitando as situações conflituosas, mas se permitir a experimentar o sofrimento e transcender essa condição. A Grande Saúde ex-isto www.ex-isto.com
  41. Essa é a postura de quem se coloca em favor de si mesmo e de sua experiência de vida, de uma saúde que é conquistada por meio da dor, do sofrimento e da luta. Diferencia-se daquela saúde que crê que devemos evitar conflitos e sofrimentos, mas uma saúde que diagnostica o que não está saudável e legisla sobre sua existência, de maneira afirmativa e autônoma. A Grande Saúde ex-isto www.ex-isto.com
  42. “(...) para alguém que é tipicamente saudável uma doença pode, ao contrário, até ser uma estimulação energética à vida, a viver mais. É assim que vejo agora aquele longo tempo de enfermidade: é como se eu tivesse redescoberto a vida de novo, incluindo-me dentro dela.” (Nietzsche, em 'Ecce Homo') ex-isto www.ex-isto.com
  43. A grande saúde, segundo o filósofo, não é algo que possuímos, mas o que devemos nos esforçar para alcançar. Ela não é como um objeto que se possa ter, mas algo que deve ser sempre adquirido por meio do reconhecimento da doença, trata-se de uma saúde que nos possibilita o contato com a experiência da doença, que é conquistada por meio da superação de resistências. A Grande Saúde ex-isto www.ex-isto.com
  44. “Ele adivinha meios curativos contra lesões, ele aproveita acasos desagradáveis em seu próprio favor; o que não acaba com ele, fortalece-o. Ele acumula por instinto tudo aquilo que vê, ouve e experimenta à sua soma: ele é um princípio selecionador, ele reprova muito. Ele está sempre em sua própria companhia, mesmo que esteja em contato com livros, pessoas ou paisagens.” (Nietzsche, em 'Ecce Homo') ex-isto www.ex-isto.com
  45. A saúde não é a ausência de sofrimento ou doença, mas a abertura para se viver a vida em suas possíveis expansões, enquanto que a doença é apenas um desvio interior à própria vida. Nietzsche considera a doença como um ponto de vista sobre a saúde, e a saúde um ponto de vista sobre a doença, de modo que a doença pode ser útil para uma pessoa e para a saúde. Saúde e doença ex-isto www.ex-isto.com
  46. “Não existe uma saúde em si, e todas as tentativas de definir tal coisa fracassaram miseravelmente. Depende do seu objetivo, do seu horizonte, de suas forças, de seus impulsos, seus erros e, sobretudo, dos ideais e fantasias de sua alma, determinar o que deve significar saúde também para seu corpo.” (Nietzsche, em 'A Gaia Ciência') ex-isto www.ex-isto.com
  47. Para Nietzsche, a loucura rompe com os velhos costumes, para uma subversão dos valores. Onde existe loucura, há também algo de genialidade e de sabedoria. É a loucura que proclama novas leis e quebra com a moralidade, criticando a decadência dos valores. Trata-se, portanto, de uma condição necessária à saúde. Loucura e sanidade ex-isto www.ex-isto.com
  48. “É preciso ter ainda o caos dentro de si, para poder dar à luz uma estrela dançante. Eu vos digo, tendes ainda o caos dentro de vós.” (Nietzsche, em 'Assim Falou Zaratustra,') ex-isto www.ex-isto.com
  49. A vontade de potência trata-se da afirmação do devir, do vir-a-ser, da transitoriedade das experiências e da multiplicidade. O impulso de afirmação da vida vai em direção de uma transmutação dos valores que é criadora, que conduz a possibilidade de um maior aproveitamento das potencialidades de cada um. Vontade de potência ex-isto www.ex-isto.com
  50. “A vontade de potência é o desejo por mais força, mais abundância; ela é o desejo por expansão e crescimento. A vontade de potência manifesta-se também como uma superação de si.” (Woodward, em ‘Nietzscheanismo’) ex-isto www.ex-isto.com
  51. Para Nietzsche, uma vida plena consiste na afirmação do devir em sua multiplicidade, alternando entre criação e destruição. A transmutação dos valores possibilita um novo ser, além do humano, do bem e do mal e de todas as convenções de uma cultura decadente. Criar seus valores significa viver no risco e na criatividade. Transmutação dos valores ex-isto www.ex-isto.com
  52. “O que é bom? –Tudo o que eleva o sentimento de potência, vontade de potência, a potência mesma no homem. O que é mau? –Tudo o que vem da fraqueza. O que é felicidade? –O sentimento de que o poder cresce, que uma resistência foi superada.” (Nietzsche, em ‘O Anticristo’) ex-isto www.ex-isto.com
  53. Nietzsche influenciou diversos autores e filósofos do século XX em diante, entre eles: Sigmund Freud, Hermann Hesse, Martin Buber, Karl Jaspers, Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre, Emil Cioran, Albert Camus, Gilles Deleuze, Michel Foucault, Jean-François Lyotard e Jacques Derrida. Influências de Nietzsche ex-isto www.ex-isto.com
  54. “Eu tenho o meu caminho. Você tem o seu caminho. Portanto, quanto ao caminho direito, o caminho correto, e o único caminho, isso não existe.” (Nietzsche, em 'Assim falou Zaratustra') ex-isto www.ex-isto.com
  55. Referências bibliográficas GIACOIA JÚNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo: Publifolha, 2000. GRANIER, Jean. Nietzsche. Porto Alegre: L&PM, 2009. NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. NIETZSCHE, Friedrich. A Genealogia da Moral. Petrópolis: Vozes, 2017.
  56. Referências bibliográficas NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e do Mal. Companhia de Bolso, 2005. NIETZSCHE, Friedrich. Assim Falou Zaratustra. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. NIETZSCHE, Friedrich. Ecce Homo. Porto Alegre: L&PM, 2003. WOODWARD, Ashley. Nietzscheanismo. Petrópolis: Vozes, 2017.
  57. Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e professor, graduado em Psicologia, licenciado em Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em Ensino de Filosofia, especializado em Psicoterapia Fenomenológico Existencial, pós-graduando em Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica. www.brunopsiexistencial.tk www.fb.com/brunopsiexistencial www.instagram.com/brunopsiexistencial
  58. ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo e pesquisa sobre o existencialismo e suas relações com a psicologia, filosofia, psicoterapia, fenomenologia, literatura e artes. Tem como intuito oferecer conteúdos que facilitem a compreensão sobre os temas pesquisados. www.ex-isto.com www.fb.com/existocom www.youtube.com/existo www.instagram.com/existocom
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