O documento divide a história da filosofia em quatro períodos principais: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval-Cristã, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea. Cada período é subdividido em outros períodos menores com seus respectivos principais representantes. O texto fornece detalhes sobre os principais conceitos, correntes filosóficas e pensadores de cada período histórico.
2. História da Filosofia
De modo geral, a filosofia é dividida nos seguintes
períodos:
Filosofia Antiga
(sécs. VII a.C. - VI d.C.)
Filosofia Medieval-Cristã
(sécs. I d.C. - XIV d.C.)
Filosofia Moderna
(sécs. XIV – XIX d.C.)
Filosofia Contemporânea
(sécs. XIX até hoje)
4. Períodos da Filosofia Antiga
Os períodos históricos são convenções criadas por
estudiosos. Nesse sentido, adotaremos a seguinte
subdivisão para a Filosofia Antiga:
1. Pré-socrático (ou cosmológico)
2. Socrático (ou antropológico)
3. Sistemático
4. Helenístico (ou Greco-romano)
6. Período Pré-socrático ou Cosmológico
(do séc. VII a.C. ao séc. V a.C.)
Os quatro elementos da natureza:
água, ar, terra e fogo.
Preocupou-se em
saber qual é a
origem do mundo
(cosmo) e a causa
das transformações
dos elementos
primordiais da
natureza.
7. Principais representantes
Jônios: Tales, Anaximandro e
Anaxímenes.
Pitagóricos: Pitágoras e outros.
Mobilistas: Heráclito de Éfeso.
Imobilistas: Parmênides, Zenão
e Melisso.
Físicos Pluralistas: Empédocles,
Anaxágoras, Leucipo e Demócrito
Período Pré-socrático ou Cosmológico
(do séc. VII a.C. ao séc. V a.C.)
8. Por conta do surgimento
da democracia e do
crescimento da vida
urbana, este período
investiga tanto as questões
humanas (como a ética, a
política e as técnicas),
como também busca
compreender qual o lugar
do homem no mundo. Homem Vitruviano, de
Leonardo Da Vinci (1492)
Período Socrático ou Antropológico
(do séc. V a.C. ao séc. IV a.C.)
10. Buscou reunir, organizar e
catalogar (isto é, sistematizar)
todos os conhecimentos e
práticas que os gregos produziram
nos períodos anteriores,
classificando-os em três áreas:
Platão e Aristóteles.
”Escola de Atenas”,
de Rafael (1506-1510)
Período Sistemático
(do séc. IV a.C. ao séc. III a.C.)
1) Ciências Produtivas
2) Ciências Práticas
3) Ciências Teoréticas
12. Alexandre Magno e a expansão
da cultura grega para o mundo.
Tem como base histórica o helenismo, movimento cultural
e político iniciado por Alexandre Magno. Porém, este
período também leva em consideração o domínio do
Império Romano, que mudou a vida de toda a Grécia.
Período Helenístico ou Greco-Romano
(do séc. III a.C. ao séc. VI d.C.)
Com isso, a filosofia passou a
investigar alguns temas, como
Ética, Física e Teologia,
interligando-os uns aos outros
na intenção de formar
explicações gerais sobre a
relação do “homem” com a
“natureza” e com “Deus”.
13. 2) Epicurismo
Zenão
(334-262 a.C.)
1) Estoicismo 3) Ceticismo 4) Neoplatonismo
Epicuro
(341-270 a.C.)
Pirro de Élis
(365-275 a.C.)
Plotino
(205-270 d.C.)
Principais representantes
Período Helenístico ou Greco-Romano
(do séc. III a.C. ao séc. VI d.C.)
15. A Filosofia Cristã ou Medieval
subdivide-se em dois grandes
períodos:
1) Patrística: do séc. I d.C.
até + o séc. VIII d.C.
2) Escolástica: do séc. VIII
ao séc. XIV d.C.
Filosofia Medieval-Cristã
16. A Patrística é um período filosófico que está
baseado no surgimento do Cristianismo.
Patrística
(do séc. I d.C. ao séc. VIII d.C.)
Esse período tem como
característica combinar a filosofia
de Platão com os dogmas da
religião cristã, com os objetivos:
a) Fundamentar filosoficamente
os dogmas da religião.
b) defender a nova religião dos
ataques ideológicos externos.
17. Patrística
(do séc. I d.C. ao séc. VIII d.C.)
Principais representantes
São Clemente de
Alexandria
Boécio
Santo Agostinho
de Hipona
18. É caracterizada tanto
pelo esforço de criação
das primeiras escolas e
universidades em torno
catedrais e mosteiros,
como como também pelo
hábito do ensino da
filosofia cristã em tais
escolas e universidades.
A Escolástica é o período em que a Igreja Romana
exerceu forte domínio sobre a Europa e o mundo.
Escolástica
(do séc. VIII d.C. ao séc. XIV d.C.)
21. A partir do séc. XIV, vários movimentos artísticos,
políticos e filosóficos colocaram em descrédito o
teocentrismo da Idade Média.
Filosofia Moderna
No lugar, surge aos
poucos o chamado
antropocentrismo
moderno.
22. Portanto, a questão principal
da Filosofia moderna é a
seguinte: “o que é
possível conhecer”.
Filosofia Moderna
Enquanto a Filosofia Antiga e Filosofia Medieval
perguntavam sobre a essência das coisas, a
Filosofia Moderna busca primeiro saber se o homem
é capaz ou não de conhecer as coisas.
23. Filosofia Moderna
Podemos identificar na Filosofia moderna alguns
períodos ou movimentos fundamentais que
constituíram a Época Moderna:
a) Renascimento
b) Escolas Modernas do
Conhecimento
d) Iluminismo
c) Precursores da Ciência
Moderna
24. Trata-se de um período que tem como finalidade
criticar os paradigmas tradicionais da Idade Média e
recuperar as obras dos grandes autores e artistas
gregos e latinos da antiguidade.
a) Renascimento
(do séc. XIV ao séc. XVI)
Tem como marca principal o
antropocentrismo.
25. a) Renascimento
(do séc. XIV ao séc. XVI)
Principais representantes
Vertente mística e poética: Petrarca,
Dante Alighiere, Pico de la Mirandola,
Marcílio Ficino, Pietro Pomponazzi etc.
Vertente política: Erasmo de Roterdã,
Thomas Morus, Nicolau Maquiavel etc.
Vertente artística e científica:
Leonardo Da Vinci, Rafael de Sanzio,
Bernardino Telésio, Giordano Bruno,
Tomaso Campanella, Michel de
Montaigne etc.
26. No séc. XVII, muitos filósofos passaram a questionar
os limites e as condições do conhecimento humano,
antes mesmo de saber o que são as coisas.
b) Escolas Modernas do Conhecimento
(do séc. XVII ao séc. XVIII)
Ou seja, tais autores
acreditavam ser mais
importante saber a
origem e a possibilidade
do conhecimento humano,
do que conhecer a
essência das coisas
externas (mundo e Deus).
27. b) Escolas Modernas do Conhecimento
(do séc. XVII ao séc. XVIII)
Principais representantes
Racionalismo: René Descartes,
Nicolau Malebranche, Baruch
Espinosa, Gottfried Leibniz e outros.
Empirismo: John Locke, Thomas
Hobbes, George Berkeley, David
Hume e outros.
Criticismo: Immanuel Kant.
Idealismo: Fichte, Schelling, Hegel.
28. c) Precursores da Ciência Moderna
(do séc. XVII ao séc. XVIII)
Tratam-se de autores que tinham como objetivo dar
autonomia à ciência com relação à Filosofia e
Teologia.
Ou seja, foram os primeiros
a pensar uma metodologia
específica para a ciência
(hipótese, observação e
teoria), como também os
precursores da própria
Ciência Moderna.
29. c) Precursores da Ciência Moderna
(do séc. XVII ao séc. XVIII)
Principais representantes
Francis Bacon, Nicolau
Copérnico, Galilei Galilei,
Johannes Kepler, Tycho
Brahe, Isaac Newton e
muitos outros.
30. O séc. XVIII é o período conhecido como
Iluminismo, Século das Luzes ou Aufklärung
(que significa “Esclarecimento”).
Como os próprios
nomes sugerem, trata-
se do otimismo em
reorganizar o mundo
humano por meio das
luzes da razão.
d) O Iluminismo
(do séc. XVIII ao séc. XIX)
31. a) por uma decidida confiança na razão humana,
cujo desenvolvimento é visto como o progresso da
humanidade;
b) por um desinibido uso crítico da razão, dirigido:
à libertação em relação aos dogmas e superstições
religiosas, preconceitos morais e tiranias políticas;
à defesa do conhecimento científico e técnico e dos
inalienáveis direitos naturais do homem e do cidadão.
De modo geral, o Iluminismo caracteriza-se:
d) O Iluminismo
(do séc. XVIII ao séc. XIX)
34. Trata-se de um período complexo, abrangente e de
difícil definição, pois as diferenças existentes entre as
várias posições filosóficas são enormes e
contrastantes.
Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
No entanto, grande parte das escolas
filosóficas baseiam-se na crítica a dois
conceitos: a) Razão Moderna; b)
Subjetividade.
Tais críticas provocaram aquilo que ficou conhecido
como a “crise da Filosofia Moderna”.
35. Porém, foi no século XIX, com o movimento
romântico, que se registrou pela primeira vez uma
reação ao Iluminismo, dirigido às seguintes crenças:
Os primeiros sinais da crise da razão surgiram com o
ceticismo de Hume e Kant (séc. XVIII).
a) Crítica à Razão Moderna
(Filosofia Contemporânea)
1º) De que a razão seria capaz de
alcançar a verdade.
2º) De que a ciência e a tecnologia
seriam capazes de dominar a
natureza.
36. A partir do séc. XIX e XX, a crise da razão tornou-se
mais evidente, o que levou à necessidade de
repensar toda a filosofia.
Portanto, a filosofia
contemporânea tem
como marca a crítica
à razão moderna e às
verdades absolutas.
a) Crítica à “Razão Moderna”
(Filosofia Contemporânea)
37. O que chamamos de “crise da razão” é também uma
crise da ideia de subjetividade.
O “penso logo existo” (cogito)
representa a ideia de que o sujeito
é capaz de conhecer a realidade
por si mesmo, de modo autônomo.
Com Descartes, a modernidade passou a estar
baseada na crença no sujeito:
b) Crítica à ideia de “Subjetividade”
(Filosofia Contemporânea)
38. Porém, a partir do final do séc. XIX, os “mestres da
suspeita” (Marx, Nietzsche e Freud), introduziram
elementos de desconfiança na capacidade humana de
conhecer a realidade e ter acesso transparente a si
mesmo.
b) Crítica à ideia de “Subjetividade”
(Filosofia Contemporânea)
39. Sobre essa desconfiança, Freud cria a noção de feridas
narcísicas, ideia esta que se refere à humilhação
sofrida pelo indivíduo na história:
No séc. XVI, com:
Evolucionismo
de Darwin
No séc. XIX, com as seguintes teorias:
Heliocentrismo de
Copérnico
Inconsciente
de Freud
Materialismo
de Marx
b) Crítica à ideia de “Subjetividade”
(Filosofia Contemporânea)
40. Nas décadas seguintes, vários filósofos debruçaram-se
sobre a ideia da “morte do sujeito”, que significa a
desconstrução do conceito de subjetividade que foi
construída na Idade Moderna.
Isso levou ao novo
ceticismo e relativismo,
justamente por propor a
descrença com relação à
possibilidade do
conhecimento como algo
dependente unicamente
do sujeito.
b) Crítica à ideia de “Subjetividade”
(Filosofia Contemporânea)
41. Inicialmente, no séc. XIX, alguns pensadores tiveram
influência marcante, como:
Kierkegaard
(1813-1885)
Schopenhauer
(1788-1860)
Nietzsche
(1844-1900)
Karl Marx
(1818-1883)
Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
Principais representantes
42. Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
Principais representantes
Positivismo: Augusto Comte
Neopositivismo (Círculo de
Viena): Moritz Schlick, Otto
Neurath, Rudolf Carnap e outros.
Outros teóricos da Filosofia da
Ciência: Bachelard, Karl Popper,
Thomas Kuhn, Lakatos e outros.
Área: Filosofia da Ciência
43. Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
Principais representantes
Pragmática: Wittgenstein, John
Austin, John Searle e outros
Hermenêutica: Hans-Georg
Gadamer, Paul Ricoeur e outros
Analítica: Frege, Bertrand Russell,
Wittgenstein, Alfred Whitehead,
Georg Moore, Gilbert Ryle, Apel etc.
Área: Filosofia da Linguagem
44. Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
Principais representantes
Escola de Frankfurt: Theodor Adorno,
Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Walter
Benjamin, Jürgen Habermas.
Neomarxismo: Rosa de Luxemburgo,
Lênin, György Lukács, Ernst Bloch, Antonio
Gramsci e outros.
Áreas: Política, Economia e Cultura
45. Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
Principais representantes
Área: Retomada da Metafísica Clássica
Personalismo: Emmanuel Mounier,
Karol Wojtyla (João Paulo II).
Espiritualismo: Maurice Blondel, Félix
Ravaisson Henri Bergson, Louis Lavelle.
Neotomismo: Leão XIII, Jacques
Maritain, Teilhard de Chardin, Étienne
Gilson, Karl Rahner, Bernard
Lonergan e Emerich Coreth.
46. Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
Principais representantes
Fenomenologia: Edmund Husserl,
Max Scheler e outros
Existencialismo: Martin Heidegger,
Jean-Paul Sartre, Simone de
Beauvoir, Albert Camus, Karl Jaspers,
Maurice Merleau-Ponty, Gabriel
Marcel e outros
Área: Crítica à Metafísica Clássica
47. Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
Principais representantes
Pragmatismo: Charles Peirce,
William James, John Dewey.
Neopragmatismo: Richard Rorty,
Donald Davidson, Hilary Putnam.
Área: Filosofia Prática e Relativismo
Utilitarismo: Jeremy Bentham,
Stuart Mill.
48. Filosofia Contemporânea
(do séc. XIX até hoje)
Principais representantes
Pós-modernismo: Jean-François
Lyotard, Jacques Derrida, Gianni
Vattimo e outros.
Estruturalismo: Ferdinand Saussure,
Michel Foucault, Lévi-Strauss, Jacques
Lacan e outros.
Área: Estruturalismo e neoestruturalismo