O documento discute as ideias do filósofo Friedrich Nietzsche sobre a tragédia e a existência humana. Ele criticou a metafísica iniciada por Sócrates por ter embotado a vida em nome de uma verdade transcendente, e propôs que a existência humana deveria ser uma afirmação da vida através da intensidade dionisíaca e da tragédia, para além dos valores do bem e do mal. Nietzsche também discutiu a ideia do eterno retorno, onde não há fim, apenas um ciclo contínuo
2. NIETZSCHE
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 – 1900)
Reino da Prússia atual Alemanha.
Filósofo, crítico literário, escritor, poeta e
compositor prussiano. Sua filosofia
central é a ideia de "afirmação da vida",
que envolve questionamento de
qualquer doutrina que drene uma
expansiva de energias, não importando o
quão socialmente predominantes essas
ideias poderiam ser.
Entre sua principais ideias estão: o
pespectivismo, a vontade de poder, a
“morte de Deus”, o Novo – Homem e o
Eterno Retorno.
4. Para o filósofo, a metafísica, iniciada por Sócrates,
teria embotado a vida humana em nome de um
transcendente, de uma verdade, que estaria no além
do mundo material.
Antes de Sócrates, Nietzsche considerava que havia
uma intensa criatividade entre os gregos. Ao iniciar
a ideia da verdade do Conhecimento Transcendente,
Sócrates teria degenerado a cultura do Ocidente.
5. Dionísio: Deus do Vinho e da
vegetação. Representa a Paixão, o
Terror, a Embriaguez, a Realidade, o
Exagero, os Instintos e a Desarmonia.
Apolo: Deus da Beleza do Sol e
da Música. Representa a Ordem,
o Equilíbrio, a Expressão e a
Harmonia.
A força apolínea, que
representava a ordem,
dependia da força dionisíaca,
que representava a
embriaguez e o caos. Elas se
completavam.
Romper com essa
movimentação era separar o
ímpio do pio, o bem do mal,
era corromper a própria vida.
7. Para Nietzsche, Moral e Razão integravam uma
espécie de psicologia humana que deveria ser
pensada.
A Moral informava a condição cultural, enquanto a
Razão dizia respeito aos avanços materiais,
civilizacionais concretizados no mundo material.
Considerar o binômio cultura e civilização era entender
a própria condição humana.
8. Para o contexto grego clássico, o binômio
“apolínio e dionísico”, ou seja, trágico,
representava a grandeza humana.
9. A cultura iniciava a sua decadência por vincular-se a uma
moral de submissão humana aos tais valores transcendentes;
a civilização trilhava o mesmo caminho por querer se guiar
por uma racionalidade de causa e efeito, de início e fim,
quando, na verdade, o mundo era variedade, diversidade de
forças comunicantes.
10. Nietzsche afirmava que o mundo dos valores socráticos era
o mesmo dos valores cristãos e dos socialistas de sua época,
pois colocava em evidencia o comum, o igual, quando na
verdade a vida se expressa em diferença, em assimetria de
forças. Ele propunha um mundo para além do Bem e do
Mal.
11. Para o filósofo, a lógica Cristã era a moral do escravo, a
mesma proposta por Sócrates. Contrapondo a essa
lógica tinha a moral do Senhor, a moral dos fortes, dos
que viviam intensamente a plenitude da tragédia e da
existência plena
A filosofia do Rebanho
12. A CRÍTICA
RADICAL
Para muitos pensadores um
irracionalidade. O filósofo propunha
uma racionalidade que questiona no
âmbito do discurso, categorias ou
noções estáveis como causa, efeito,
identidade, permanência que
funcionam na construção metafísico e
ou religiosos.
O filósofo salienta que o discurso
científico levado às últimas
consequências, deveria assinalar a
própria “Morte de Deus”, entidade
sobre-humana que legisla uma moral
aos homens. A ciência anunciava a
própria vontade de poder do homem.
13. Nietzsche afirmava que os gregos eram mais livres e felizes quando
tinham seus deuses cada qual com suas características humanas, pois
poderiam afirmar suas ações, justificando-a com a diversidade divina
que os influenciava. Já os monoteístas, via um Deus todo-poderoso
opressor que exigia submissão humana no interior de uma moral, o
que não deixava mais espaço para a experiência da vida pela vida.
14. O SUPER-HOMEM
Este super-homem estaria muito além
do Bem e do Mal, seria demasiadamente
humano, pois não mais estaria
agrilhoado à cultura decadente, aos
princípios da decadência. Estes só
servem de consolo para os fracos, para
os que temem a vida e seu conteúdo
trágico que é tensão, conflito e,
também, aniquilamento.
15. O ETERNO RETORNO
O aniquilamento não é o fim na visão de Nietzshe, mas uma
oportunidade de retorno, de recriação, de reordenamento das
potências e do surgimento da continuidade da vida. Não há um
estancamento da vontade de potência, portanto não há um fim.
O que existe, então, é um eterno retorno.
Oroboros – símbolo que designa a
eternidade, um modelo de eterno retorno
16. A ESCRITA E O FILÓSOFO
A produção de Nietzsche é prolixa, envolvendo desde textos
acadêmicos, aforismo até produção poética. Percebe-se uma
grande influência de Shopenhauer no que diz respeito às
criticas radicais, desde à religião à metafísica e à ciências.
18. „Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para
atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos
sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além
do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te
perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.
Onde leva? Não perguntes, segue-o!“
Referência: https://citacoes.in/autores/friedrich-nietzsche/
19. „Você tem o seu caminho. Eu tenho o meu caminho. Quanto ao
caminho exato, o caminho correto, e o único caminho, isso não existe.“
„Fé significa não querer saber o que é a verdade.“
Referência: https://citacoes.in/autores/friedrich-nietzsche/
20. „O amor à vida é quase o contrário do amor a uma vida longa. Todo o amor
incide sobre o instante ou sobre a eternidade e não sobre o tempo no qual a
vida perdura.“
„A arte existe para que a verdade não nos destrua.“
„Quanto mais me elevo, menor fico aos olhos de quem não sabe voar.“
„O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.“
Referência: https://citacoes.in/autores/friedrich-nietzsche/