2. No século XX, os fundamentos do mundo
sofreram contínuos abalos. E a coisa mais
penosa dessa época é que só os tolos exibem
convicções e certezas, enquanto os que
possuem imaginação e raciocínio vivem
repletos de dúvidas e indecisões.
Bertrand Russel
3.
4. Século XX: Era de incertezas
Ao mesclar destruição e violência com uma
estupendo progresso técnino-científico,
desenvolveu-se no século XX uma
mentalidade menos arrogante quanto aos
benefícios infalíveis da racionalidade
científica.
5.
6.
7. O Existencialismo
O existencialismo busca falar sobre a
existência humana.
A relação do homem consigo mesmo, com
outros seres humanos, com os objetos culturais
e com a natureza.
8. O Existencialismo
Apresenta uma visão dramática
da condição humana.
Albert Camus (1913 – 1960):
a única questão séria é o
suicídio.
10. Ser Humano
É entendido como uma realidade imperfeita,
aberta e inacabada, que foi “lançada” ao
mundo e vive sob riscos e ameaças.
11. Liberdade Humana
Não é plena, mas condicionada às
circunstância históricas da existência. Nesse
sentido, querer não se identifica
com poder.
Homens e mulheres agem no mundo
superando ou não os obstáculos que se lhes
apresentam.
12. Vida Humana
É marcada por situações de sofrimento, como
doença, dor, injustiça, luta pela sobrevivência,
fracassos, velhice e morte.
É preciso considerar esses aspectos
adversos da vida e encará-los de frente.
13. Vida Humana
É marcada por situações de sofrimento, como
doença, dor, injustiça, luta pela sobrevivência,
fracassos, velhice e morte.
É preciso considerar esses aspectos
adversos da vida e encará-los de frente.
16. “Passeava com dois amigos ao pôr do sol quando o
céu ficou de súbito vermelho-sangue.
Eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a vedação.
Havia sangue e línguas de fogo
sobre o azul-escuro do
fiorde e sobre a cidade.
Os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a
tremer de ansiedade e senti o grito
infinito da Natureza.”
Edvard Munch
17.
18. Schopenhauer: vontade e
representação
“É mais feliz aquele que
consegue viver sem grandes
sofrimentos do que o outro que
vive cercado de alegrias e
prazeres.”
“O tolo vive perseguindo a
alegria da vida e acaba ludibriado,
enquanto o sábio procura evitar o
mal.”
19. Schpenhauer: vontade e
representação
Sua filosofia se caracteriza
por uma visão pessimista do
homem e da vida. Para ele, o ser
humano seria essencialmente
vontade, o que o levaria a desejar
sempre mais, produzindo uma
insatisfação constante.
20. Schpenhauer: vontade e
representação
Sua filosofia se caracteriza por
uma visão pessimista do homem e
da vida. Para ele, o ser humano
seria essencialmente vontade, o
que o levaria a desejar sempre mais,
produzindo uma insatisfação
constante.
23. Kierkegaard:
a experiência única da vida
O pensador dinamarquês, como pensador
cristão, defendeu o conhecimento que se
origina da fé.
Afirmava que a existência humana possui três
dimensões: a dimensão estética, a dimensão
ética e a dimensão religiosa.
27. De acordo com Kierkegaard, cabe ao homem
escolher em que dimensão ele quer viver, já
que se trata de dimensões que se excluem
entre si.
Essas dimensões podem ser entendidas,
também, como etapas pelas quais o homem
passa durante a sua existência: primeiro viria a
estética, depois a ética e, por último, a
religiosa.
28. Kierkegaard:
A relação do homem com o mundo - outros
seres humanos e a natureza – é dominada
pela angústia.
A angústia é entendida como o sentimento
profundo que temos ao perceber a
instabilidade de viver num mundo de
acontecimentos possíveis, sem garantia de
que nossas expectativas sejam realizadas.
29. Kierkegaard:
A relação do homem consigo mesmo é
marcada pela inquietação e pelo desespero.
Motivos: ausência de satisfação plena ou
impossibilidade de realizar aquilo que
pretendia.
30. Kierkegaard:
A relação do homem com Deus seria talvez
a única via para a superação da angústia e
do desespero. Contudo, é marcada pelo
paradoxo de ter de compreender pela fé o que
é incompreensível pela razão.
34. Nietzsche: Apolíneo e
dionisíaco
Em sua obra, Nietzsche
critica a tradição da filosofia
ocidental a partir de Sócrates, a
quem acusa de ter negado a
intuição criadora da filosofia
anterior,
a pré-socrática.
36. Nietzsche: Genealogia da
moral
Desenvolveu uma crítica intensa
dos valores morais, propondo
uma nova abordagem: a
genealogia da moral, isto é, o
estudo da formação histórica
dos valores morais.
37. Nietzsche: Genealogia da moral
Conclusão: não existem noções
absolutas de bem e de mal.
Ou seja, são produtos histórico-
culturais.
Para o filósofo as religiões impõe
esses valores humanos como se
fossem divinos.
38. Nietzsche: Genealogia da moral
Assim, podemos compreender
que os valores, sendo humanos,
podem ter seu valor questionado.
Porém, teremos que enfrentar o
risco de vivermos por nós
mesmos.
39. Nietzsche:
Niilismo
Definição simples: negação de todo o princípio
religioso, político e social.
Quando o cristianismo deixou de ser a “única
verdade” para se tornar uma das
interpretações possíveis do mundo, toda a
civilização ocidental e seus valores
absolutos foram postos em xeque.
41. Nietzsche:
Niilismo
“Ouse conquistar a si mesmo”
Orientação de Nietzsche àqueles que buscam
viver a “liberdade da razão”, sem conformismo,
resignação ou submissão.
42.
43.
44. Husserl:
a fenomenologia e o retorno às
próprias coisas.
“Consciência é intencionalidade.
É sempre consciência de alguma coisa.”
45. Husserl:
a fenomenologia e o retorno às
próprias coisas.
“Consciência é intencionalidade.
É sempre consciência de alguma coisa.”
46. Husserl:
a fenomenologia e o retorno às próprias
coisas.
Formulou um método de investigação filosófica
conhecido como fenomenologia.
47. Husserl:
a fenomenologia e o retorno às
próprias coisas.
Dessa maneira, busca-se analisar como se
forma, para nós, o campo de nossa
experiência, sem que o sujeito ofereça
resistência ao fenômeno estudado nem se
desvie dele.
48. Husserl:
a fenomenologia e o retorno às próprias
coisas.
O método fenomenológico consiste,
basicamente, na observação e descrição
rigorosa do fenômeno, isto é, daquilo que se
manifesta, aparece ou se oferece aos
sentidos ou à consciência.
56. A existência precede a essência.
Ponto 1: os objetos não possuem uma essência
anterior e que devemos nos concentrar nas
suas manifestações “existenciais” para
conhecê-los.
57. A existência precede a essência.
Ponto 2: o homem também não tem uma
essência predeterminada, ou seja, antes de
existir o home é “nada”.
58. A existência precede a essência.
Ponto 2: o homem também não tem uma
essência predeterminada, ou seja, antes de
existir o home é “nada”.
59. Desse modo, o existencialismo, indica que o
modo como o sujeito vive sua própria vida
determinará o que ele é.
60. O existencialismo de Sartre é ateu, pois afirma
que o homem não possui elementos que
indiquem uma natureza prévia, ou uma
essência.
Resta ao humano assumir sua existência.
Portanto, a ausência de uma essência
prévia
tem como consequência imediata a liberdade.
62. Liberdade e Situação:
Não há nenhuma razão que justifique como o
mundo é. Essa absoluta contingência do
mundo é o que dissolve as verdades e as
fundamentações para a existência humana.
63. Liberdade e Situação:
Na vida de um presidiário, nenhuma ação tira a
liberdade do preso, apenas a coloca sob
determinada situação.
64. O existencialismo e a ética: a
escolha universal
Angustia moral é a enorme
responsabilidade que temos perante
toda a humanidade, na medida em
que, ao escolhermos quem somos,
estamos escolhendo como todos
deveriam ser.