SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
ESTRUTURALISMO
X
PÓS-ESTRUTURALISMO
Fundamentos da Linguística
Profª Drª Maria de Lourdes
LER
É

um processo cognitivo complexo das
informações que produz interacionalmente
conhecimentos novos para o leitor. (Silveira,
1998:137)
 Nesse sentido, o ato de ler é objeto de estudo
de diferentes disciplinas, embora durante
muito tempo, tenha sido considerado como a
capacidade humana de decodificar letras e
palavras, a partir do conhecimento linguístico
que um usuário tem de sua língua.( Palma:
1998: 39)
O ESTRUTURALISMO
Estruturalismo Europeu)



Estudo UNIDISCIPLINAR da
linguagem privilegiando a língua
para defini-la.



É o estudo da língua vista
como uma estrutura, que se
define por uma gramática, ou
seja, um conjunto finito de
regras capaz de dar conta da
infinita combinatória existente
na fala.

PÓS-ESTRUTURALISMO



Estudo
inter/multi/trans/disciplinar da
linguagem, privilegiando a
textualidade, a intertextualidade
e a argumentatividade.



É o estudo da linguagem,
enquanto processo de
produção, no uso efetivo da
interação do "eu" com o "tu"
a respeito de um "ele" num
"aqui/agora"




A língua é vista como um
sistema ideal e abstrato (langue)
ou como o conhecimento de
todas as regras gramaticais
(competência) de um falante
ideal e abstrato, portanto, a
língua é.
Com o método indutivo ou
dedutivo, atinge-se a descrição
de elementos da língua,
generalizando-os por regras
gramaticais



A linguagem é vista no seu uso efetivo
de interação comunicativa, onde a
língua está.



Com hipóteses interdisciplinares,
deduz-se o processo de produção a
partir de usos efetivos pragmáticos,
construindo-se modelos de textos e
de discursos.
O texto é visto tanto como um
produto manifestado oral ou escrito,
quanto um processo cognitvo de
produção de mensagens, que
transmitem conhecimentos e
intenções.
O discurso é a prática social das
relações humanas que requer uma
visão política e cultural para a
produção de sentidos.








Os níveis de descrição do
sistema da língua e os
componentes geradores
transformacionais e
supercializadores são
ordenados de forma
estanque, ou seja, ou o
estudo é sintático ou é
mórfico; ou é semântico ou é
fonológico.
Não há misturas. Cada
disciplina se instaura em sua
unidisciplinaridade, e ao
signo linguístico atribui-se o
significado lingüístico, ou
seja, a verdade por definição.



A transdisciplinaridade
impede uma visão estanque e
a semântica está presente no
texto em seu co-texto e em
seu contexto. Os estudos são
sintático/semântico/mórfico/fo
nológico, postulando-se que
mesmo o nível sonoro não é
isolado, não existindo,
portanto, níveis, pois cada
elemento por menor que seja
(vogal, silêncio, entonação...)
só se explica por hierarquias
mais altas relacionadas com
propósitos e com intenções.
Síntese




O paradigma atual é pós-estruturalista e ao privilegiar
a produção textual e discursiva atribui à língua,
enquanto código, uma gramática, mas ao texto e ao
discurso a produção de sentidos por estratégias e não
por regras gramaticais.
Todo texto deve ser lido em sua completude ainda
que seu co-texto de produção oriente para um
consenso, pois os sentidos ao serem produzidos
explicitam por inferências (conhecimentos adquiridos),
as implicaturas de língua ,que são características da
língua (cada lexia é um recorte que designa um
ângulo do conjunto referencial semântico),
implicaturas do discurso (princípio da cooperação
orientados por propósitos e intenções + o que se
quis dizer com aquilo.)
Síntese




O paradigma atual é pós-estruturalista e ao privilegiar
a produção textual e discursiva atribui à língua,
enquanto código, uma gramática, mas ao texto e ao
discurso a produção de sentidos por estratégias e não
por regras gramaticais.
Todo texto deve ser lido em sua completude ainda
que seu co-texto de produção oriente para um
consenso, pois os sentidos ao serem produzidos
explicitam por inferências (conhecimentos adquiridos),
as implicaturas de língua ,que são características da
língua (cada lexia é um recorte que designa um
ângulo do conjunto referencial semântico),
implicaturas do discurso (princípio da cooperação
orientados por propósitos e intenções + o que se
quis dizer com aquilo.)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estética da recepção
Estética da recepçãoEstética da recepção
Estética da recepção
Ana Paula
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Mariana Correia
 

Mais procurados (20)

Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
Epilinguística Sugestão de Aula
Epilinguística Sugestão de AulaEpilinguística Sugestão de Aula
Epilinguística Sugestão de Aula
 
Elementos da Comunicação e Funções da Linguagem
Elementos da Comunicação e Funções da LinguagemElementos da Comunicação e Funções da Linguagem
Elementos da Comunicação e Funções da Linguagem
 
Linguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidadeLinguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidade
 
Estruturalismo de saussure
Estruturalismo de saussureEstruturalismo de saussure
Estruturalismo de saussure
 
Analise do Discurso Midiático
Analise do Discurso MidiáticoAnalise do Discurso Midiático
Analise do Discurso Midiático
 
Gerativismo
GerativismoGerativismo
Gerativismo
 
Teoria da Recepção
Teoria da RecepçãoTeoria da Recepção
Teoria da Recepção
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Tudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMASTudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMAS
 
Estética da recepção
Estética da recepçãoEstética da recepção
Estética da recepção
 
Análise de Discurso
Análise de DiscursoAnálise de Discurso
Análise de Discurso
 
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
 
Resenha crítica
Resenha crítica Resenha crítica
Resenha crítica
 
Slide sobre artigo cientifico
Slide sobre artigo cientificoSlide sobre artigo cientifico
Slide sobre artigo cientifico
 
Concepões de língua, linguagem, norma e fala
Concepões de língua, linguagem, norma e falaConcepões de língua, linguagem, norma e fala
Concepões de língua, linguagem, norma e fala
 
Esquema Bakhtin
Esquema BakhtinEsquema Bakhtin
Esquema Bakhtin
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
 
Funcionalismo
FuncionalismoFuncionalismo
Funcionalismo
 
Teoria estruturalista
Teoria estruturalistaTeoria estruturalista
Teoria estruturalista
 

Destaque

Pós estruturalismo e a filosofia da diferença
Pós estruturalismo e a filosofia da diferençaPós estruturalismo e a filosofia da diferença
Pós estruturalismo e a filosofia da diferença
Leila Cristina Moraes
 
Aula08-sociedadeculutradesign
Aula08-sociedadeculutradesignAula08-sociedadeculutradesign
Aula08-sociedadeculutradesign
Izabel Meister
 
Aula06 designculturaesociedade
Aula06 designculturaesociedadeAula06 designculturaesociedade
Aula06 designculturaesociedade
Izabel Meister
 
A cultura da midia
A cultura da midiaA cultura da midia
A cultura da midia
TamelaG
 

Destaque (20)

Escola e movimentos teoricos
Escola e movimentos teoricosEscola e movimentos teoricos
Escola e movimentos teoricos
 
Pós estruturalismo e a filosofia da diferença
Pós estruturalismo e a filosofia da diferençaPós estruturalismo e a filosofia da diferença
Pós estruturalismo e a filosofia da diferença
 
Estruturalismo
EstruturalismoEstruturalismo
Estruturalismo
 
Corrente pedagógica pós-moderna : Pós-estruturalismo e Neo-pragnatismo.
Corrente pedagógica pós-moderna : Pós-estruturalismo e Neo-pragnatismo.Corrente pedagógica pós-moderna : Pós-estruturalismo e Neo-pragnatismo.
Corrente pedagógica pós-moderna : Pós-estruturalismo e Neo-pragnatismo.
 
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em  linguística. In: BORGES NET...
Reflexões preliminares sobre o estruturalismo em linguística. In: BORGES NET...
 
Aula08-sociedadeculutradesign
Aula08-sociedadeculutradesignAula08-sociedadeculutradesign
Aula08-sociedadeculutradesign
 
Teoria estruturalista
Teoria estruturalistaTeoria estruturalista
Teoria estruturalista
 
Aula06 designculturaesociedade
Aula06 designculturaesociedadeAula06 designculturaesociedade
Aula06 designculturaesociedade
 
Crítica literária
Crítica literáriaCrítica literária
Crítica literária
 
Estética 31
Estética 31Estética 31
Estética 31
 
NTEM - Tarefa da semana 2 - Matheus Wallace
NTEM - Tarefa da semana 2 - Matheus WallaceNTEM - Tarefa da semana 2 - Matheus Wallace
NTEM - Tarefa da semana 2 - Matheus Wallace
 
Atividade semana dois teorias sociocríticas
Atividade semana dois teorias sociocríticasAtividade semana dois teorias sociocríticas
Atividade semana dois teorias sociocríticas
 
Tga teoria estruturalista
Tga teoria estruturalistaTga teoria estruturalista
Tga teoria estruturalista
 
Formalismo Russo
Formalismo RussoFormalismo Russo
Formalismo Russo
 
Correntes pós-modernas no contexto tecnológico
Correntes pós-modernas no contexto tecnológicoCorrentes pós-modernas no contexto tecnológico
Correntes pós-modernas no contexto tecnológico
 
Corrente pedagógica pós-moderna : Pós estruturalismo e Neo-pragnatismo.
Corrente pedagógica pós-moderna : Pós estruturalismo e Neo-pragnatismo.Corrente pedagógica pós-moderna : Pós estruturalismo e Neo-pragnatismo.
Corrente pedagógica pós-moderna : Pós estruturalismo e Neo-pragnatismo.
 
A cultura da midia
A cultura da midiaA cultura da midia
A cultura da midia
 
Pós-modernidade - 1ª aula e 2ª aula
Pós-modernidade - 1ª aula e 2ª aulaPós-modernidade - 1ª aula e 2ª aula
Pós-modernidade - 1ª aula e 2ª aula
 
Compreender e Transformar o Ensino
Compreender e Transformar o EnsinoCompreender e Transformar o Ensino
Compreender e Transformar o Ensino
 
Marxismo e comunicação
Marxismo e comunicaçãoMarxismo e comunicação
Marxismo e comunicação
 

Semelhante a Estruturalismo xpós estruturalismo

O funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguisticoO funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguistico
Francione Brito
 
Interpretação e leitura de textos slides professora elzimar oliveira
Interpretação e leitura de textos  slides   professora elzimar oliveiraInterpretação e leitura de textos  slides   professora elzimar oliveira
Interpretação e leitura de textos slides professora elzimar oliveira
Elzimar Oliveira
 
Seminário linguistica e comunicação jakobson
Seminário linguistica e comunicação jakobsonSeminário linguistica e comunicação jakobson
Seminário linguistica e comunicação jakobson
Francione Brito
 

Semelhante a Estruturalismo xpós estruturalismo (20)

Influência do trato da língua e da linguagem - Aula 02.pptx
Influência do trato da língua e da linguagem - Aula 02.pptxInfluência do trato da língua e da linguagem - Aula 02.pptx
Influência do trato da língua e da linguagem - Aula 02.pptx
 
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti cslEsquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
Esquema de estudo sobre leitura e produçaõ de textos e as novas ti csl
 
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaIntrodução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
 
Linguistica slides
Linguistica slidesLinguistica slides
Linguistica slides
 
Aula pratica linguagem
Aula pratica linguagemAula pratica linguagem
Aula pratica linguagem
 
A tradição oral sônia queiroz
A tradição oral   sônia queirozA tradição oral   sônia queiroz
A tradição oral sônia queiroz
 
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
Parte 2   linguística geral saussure - apresentaçãoParte 2   linguística geral saussure - apresentação
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
 
O funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguisticoO funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguistico
 
Redação
 Redação Redação
Redação
 
Conteúdos Programáticos 1o. Ano Ensino Médio
Conteúdos Programáticos 1o. Ano Ensino MédioConteúdos Programáticos 1o. Ano Ensino Médio
Conteúdos Programáticos 1o. Ano Ensino Médio
 
Concepções de linguagem
Concepções de linguagemConcepções de linguagem
Concepções de linguagem
 
Slide 2 - Estudos Linguísticos Scheme.pptx
Slide 2 - Estudos Linguísticos Scheme.pptxSlide 2 - Estudos Linguísticos Scheme.pptx
Slide 2 - Estudos Linguísticos Scheme.pptx
 
Interpretação e leitura de textos slides professora elzimar oliveira
Interpretação e leitura de textos  slides   professora elzimar oliveiraInterpretação e leitura de textos  slides   professora elzimar oliveira
Interpretação e leitura de textos slides professora elzimar oliveira
 
Resenha a linguagem em uso
Resenha  a linguagem em usoResenha  a linguagem em uso
Resenha a linguagem em uso
 
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
 
Linguística como ciência
Linguística como ciênciaLinguística como ciência
Linguística como ciência
 
Estudos da linguagem
Estudos da linguagemEstudos da linguagem
Estudos da linguagem
 
Seminário linguistica e comunicação jakobson
Seminário linguistica e comunicação jakobsonSeminário linguistica e comunicação jakobson
Seminário linguistica e comunicação jakobson
 
308
308308
308
 
Texto e linguagem
Texto e linguagemTexto e linguagem
Texto e linguagem
 

Mais de Aparecida Mallagoli (20)

Identidade do povo_brasileiro
Identidade do povo_brasileiroIdentidade do povo_brasileiro
Identidade do povo_brasileiro
 
João cabral de_melo_neto
João cabral de_melo_netoJoão cabral de_melo_neto
João cabral de_melo_neto
 
Noivado do sepulcro
Noivado do sepulcroNoivado do sepulcro
Noivado do sepulcro
 
Mulheres de atenas
Mulheres de atenasMulheres de atenas
Mulheres de atenas
 
João de deus
João de deusJoão de deus
João de deus
 
As pupilas do_senhor_reitor_-_slides[1]
As pupilas do_senhor_reitor_-_slides[1]As pupilas do_senhor_reitor_-_slides[1]
As pupilas do_senhor_reitor_-_slides[1]
 
As concepã‡ã•es pedagã“gicas na histã“ria da educaã‡ãƒo brasileira
As concepã‡ã•es pedagã“gicas na histã“ria da educaã‡ãƒo brasileiraAs concepã‡ã•es pedagã“gicas na histã“ria da educaã‡ãƒo brasileira
As concepã‡ã•es pedagã“gicas na histã“ria da educaã‡ãƒo brasileira
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
As pupilas do_senhor_reitor_-_slides[1]
As pupilas do_senhor_reitor_-_slides[1]As pupilas do_senhor_reitor_-_slides[1]
As pupilas do_senhor_reitor_-_slides[1]
 
Almeida garret -_poemas
Almeida garret -_poemasAlmeida garret -_poemas
Almeida garret -_poemas
 
A intertextualidade[1]
A intertextualidade[1]A intertextualidade[1]
A intertextualidade[1]
 
Estruturalismo xpós estruturalismo
Estruturalismo xpós estruturalismoEstruturalismo xpós estruturalismo
Estruturalismo xpós estruturalismo
 
Romantismo -slides (2)
Romantismo  -slides (2)Romantismo  -slides (2)
Romantismo -slides (2)
 
Romantismo -slides (1)
Romantismo  -slides (1)Romantismo  -slides (1)
Romantismo -slides (1)
 
O romantismo
O romantismoO romantismo
O romantismo
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Sóror mariana alcoforado
Sóror mariana alcoforadoSóror mariana alcoforado
Sóror mariana alcoforado
 
Sóror mariana alcoforado
Sóror mariana alcoforadoSóror mariana alcoforado
Sóror mariana alcoforado
 
Gil vicente -_slides_ii
Gil vicente -_slides_iiGil vicente -_slides_ii
Gil vicente -_slides_ii
 
Camoes
CamoesCamoes
Camoes
 

Estruturalismo xpós estruturalismo

  • 2. LER É um processo cognitivo complexo das informações que produz interacionalmente conhecimentos novos para o leitor. (Silveira, 1998:137)  Nesse sentido, o ato de ler é objeto de estudo de diferentes disciplinas, embora durante muito tempo, tenha sido considerado como a capacidade humana de decodificar letras e palavras, a partir do conhecimento linguístico que um usuário tem de sua língua.( Palma: 1998: 39)
  • 3. O ESTRUTURALISMO Estruturalismo Europeu)  Estudo UNIDISCIPLINAR da linguagem privilegiando a língua para defini-la.  É o estudo da língua vista como uma estrutura, que se define por uma gramática, ou seja, um conjunto finito de regras capaz de dar conta da infinita combinatória existente na fala. PÓS-ESTRUTURALISMO  Estudo inter/multi/trans/disciplinar da linguagem, privilegiando a textualidade, a intertextualidade e a argumentatividade.  É o estudo da linguagem, enquanto processo de produção, no uso efetivo da interação do "eu" com o "tu" a respeito de um "ele" num "aqui/agora"
  • 4.   A língua é vista como um sistema ideal e abstrato (langue) ou como o conhecimento de todas as regras gramaticais (competência) de um falante ideal e abstrato, portanto, a língua é. Com o método indutivo ou dedutivo, atinge-se a descrição de elementos da língua, generalizando-os por regras gramaticais  A linguagem é vista no seu uso efetivo de interação comunicativa, onde a língua está.  Com hipóteses interdisciplinares, deduz-se o processo de produção a partir de usos efetivos pragmáticos, construindo-se modelos de textos e de discursos. O texto é visto tanto como um produto manifestado oral ou escrito, quanto um processo cognitvo de produção de mensagens, que transmitem conhecimentos e intenções. O discurso é a prática social das relações humanas que requer uma visão política e cultural para a produção de sentidos.  
  • 5.   Os níveis de descrição do sistema da língua e os componentes geradores transformacionais e supercializadores são ordenados de forma estanque, ou seja, ou o estudo é sintático ou é mórfico; ou é semântico ou é fonológico. Não há misturas. Cada disciplina se instaura em sua unidisciplinaridade, e ao signo linguístico atribui-se o significado lingüístico, ou seja, a verdade por definição.  A transdisciplinaridade impede uma visão estanque e a semântica está presente no texto em seu co-texto e em seu contexto. Os estudos são sintático/semântico/mórfico/fo nológico, postulando-se que mesmo o nível sonoro não é isolado, não existindo, portanto, níveis, pois cada elemento por menor que seja (vogal, silêncio, entonação...) só se explica por hierarquias mais altas relacionadas com propósitos e com intenções.
  • 6. Síntese   O paradigma atual é pós-estruturalista e ao privilegiar a produção textual e discursiva atribui à língua, enquanto código, uma gramática, mas ao texto e ao discurso a produção de sentidos por estratégias e não por regras gramaticais. Todo texto deve ser lido em sua completude ainda que seu co-texto de produção oriente para um consenso, pois os sentidos ao serem produzidos explicitam por inferências (conhecimentos adquiridos), as implicaturas de língua ,que são características da língua (cada lexia é um recorte que designa um ângulo do conjunto referencial semântico), implicaturas do discurso (princípio da cooperação orientados por propósitos e intenções + o que se quis dizer com aquilo.)
  • 7. Síntese   O paradigma atual é pós-estruturalista e ao privilegiar a produção textual e discursiva atribui à língua, enquanto código, uma gramática, mas ao texto e ao discurso a produção de sentidos por estratégias e não por regras gramaticais. Todo texto deve ser lido em sua completude ainda que seu co-texto de produção oriente para um consenso, pois os sentidos ao serem produzidos explicitam por inferências (conhecimentos adquiridos), as implicaturas de língua ,que são características da língua (cada lexia é um recorte que designa um ângulo do conjunto referencial semântico), implicaturas do discurso (princípio da cooperação orientados por propósitos e intenções + o que se quis dizer com aquilo.)