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JOÃOJOÃO
CABRAL DECABRAL DE
MELO NETOMELO NETO
JOÃO CABRAL DE MELO NETO
(1920 – 1999)
- DIPLOMATA;
- MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE
LETRAS;
- POETA-ENGENHEIRO;
- PRINCIPAL OBRA: MORTE E VIDA SEVERINA.
O ovo de galinha
O ovo revela o acabamento
a toda mão que o acaricia,
daquelas coisas torneadas
num trabalho de toda vida.
E que se encontra também noutras
que entretanto mão não fabrica:
nos corais, nos seixos rolados
e em tantas coisas esculpidas
cujas formas simples são obra
de mil inacabáveis lixas
usadas por mãos escultoras
escondidas na água, na brisa.
No entretanto, o ovo e apesar
da pura forma concluída,
não se situa no final:
está no ponto de partida.
CARACTERÍSTICAS
- Raciocínio e lógica;
- Objetividade;
- Ausência da ambiguidade;
- Presença de elementos concretos da realidade;
- Rejeição à inspiração;
- Oposição à espontaneidade poética;
- Traços metalinguísticos;
- Tendência surrealista e cubista;
- Denúncia social sem arrebatamentos sentimentais;
- A situação do homem nordestino.
Sevilha e o progresso
Sevilha é a única cidade
que soube crescer sem matar-se.
Cresceu do outro lado do rio,
cresceu ao redor, como os circos,
conservando puro seu centro,
intocável, sem que seus de dentro
tenham perdido a intimidade:
que ela só, entre todas as cidades,
pode o aconchego de mulher,
pode o macio existir do mel,
que outrora guardava nos pátios
e hoje é de todo antigo bairro.
TEMAS
- O Nordeste;
- A Espanha;
- A Arte.
ESTILO
- Anti-lírico e de musicalidade dissonante;
- Textos de configuração concreta.
MORTE E VIDA SEVERINA
AUTO DE NATAL PERNAMBUCANO
- Escrito entre 1954-55;
- O retirante Severino sai do sertão e vai à cidade,
seguindo o rio Capibaribe (“o fio da vida”):
sobrevivência, alimentação, multiplicação...
RIO  VIDA
- Divisão da obra:
I) Da cena 01 até a cena 12 – Caminho ou fuga para a
morte.
II)Da cena 13 até a cena 18 – Presépio ou encontro com
a vida.
MORTE E VIDA SEVERINA
AUTO DE NATAL PERNAMBUCANO
- Dois movimentos narrativos:
I) O trajeto de Severino, para Recife, em face da
opressão econômico-social.
II)A vida como o otimismo e a confiança no homem,
em sua capacidade de resolver os problemas sociais.
- Estrutura dramática, em que a personagem principal
transforma-se em adjetivo:
SEVERinO
- “Saltar fora da ponte e da vida” X “saltar para
dentro da vida”.
"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.“

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João Cabral de Melo Neto e a poesia do Nordeste

  • 2. JOÃO CABRAL DE MELO NETO (1920 – 1999) - DIPLOMATA; - MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS; - POETA-ENGENHEIRO; - PRINCIPAL OBRA: MORTE E VIDA SEVERINA.
  • 3. O ovo de galinha O ovo revela o acabamento a toda mão que o acaricia, daquelas coisas torneadas num trabalho de toda vida. E que se encontra também noutras que entretanto mão não fabrica: nos corais, nos seixos rolados e em tantas coisas esculpidas
  • 4. cujas formas simples são obra de mil inacabáveis lixas usadas por mãos escultoras escondidas na água, na brisa. No entretanto, o ovo e apesar da pura forma concluída, não se situa no final: está no ponto de partida.
  • 5. CARACTERÍSTICAS - Raciocínio e lógica; - Objetividade; - Ausência da ambiguidade; - Presença de elementos concretos da realidade; - Rejeição à inspiração; - Oposição à espontaneidade poética; - Traços metalinguísticos; - Tendência surrealista e cubista; - Denúncia social sem arrebatamentos sentimentais; - A situação do homem nordestino.
  • 6. Sevilha e o progresso Sevilha é a única cidade que soube crescer sem matar-se. Cresceu do outro lado do rio, cresceu ao redor, como os circos, conservando puro seu centro, intocável, sem que seus de dentro
  • 7. tenham perdido a intimidade: que ela só, entre todas as cidades, pode o aconchego de mulher, pode o macio existir do mel, que outrora guardava nos pátios e hoje é de todo antigo bairro.
  • 8. TEMAS - O Nordeste; - A Espanha; - A Arte. ESTILO - Anti-lírico e de musicalidade dissonante; - Textos de configuração concreta.
  • 9.
  • 10.
  • 11. MORTE E VIDA SEVERINA AUTO DE NATAL PERNAMBUCANO - Escrito entre 1954-55; - O retirante Severino sai do sertão e vai à cidade, seguindo o rio Capibaribe (“o fio da vida”): sobrevivência, alimentação, multiplicação... RIO  VIDA - Divisão da obra: I) Da cena 01 até a cena 12 – Caminho ou fuga para a morte. II)Da cena 13 até a cena 18 – Presépio ou encontro com a vida.
  • 12. MORTE E VIDA SEVERINA AUTO DE NATAL PERNAMBUCANO - Dois movimentos narrativos: I) O trajeto de Severino, para Recife, em face da opressão econômico-social. II)A vida como o otimismo e a confiança no homem, em sua capacidade de resolver os problemas sociais. - Estrutura dramática, em que a personagem principal transforma-se em adjetivo: SEVERinO - “Saltar fora da ponte e da vida” X “saltar para dentro da vida”.
  • 13. "...E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina.“