O documento discute o conceito de resiliência, definindo-o como a capacidade de se adaptar positivamente às mudanças e se recuperar de eventos estressantes. A resiliência envolve padrões de conduta positivos, foco, flexibilidade e organização, bem como fatores internos como autoestima, senso de propósito e apoio social. Pessoas resilientes tendem a ver mudanças como oportunidades em vez de ameaças.
5. Para a Física, Resiliência é conceituada como a “propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação elástica”.
6. É preciso ter muito cuidado com o conceito, pois muitas revistas e pessoas conhecem uma versão limitada de que Ser Resiliente é “aguentar” a situação, “suportar pressão” , "ser saco de pancada" ou até mesmo "deixar submeter-se passivamente".
7. Para psicologia, o conceito é utilizado para definir um conjunto de processos sociais e intrapsíquicos que possibilitam indivíduos a manifestarem o máximo de inteligência, saúde e competência em ambientes de complexidade, instabilidade e pressão.
8. Neste contexto, Resiliência foi utilizada para dar a noção de Flexibilidade, Elasticidade, ajuste às Tensões.
9. “Capacidade de responder de forma mais consistente aos desafios e dificuldades; de reagir com flexibilidade e capacidade de recuperação diante de desafios e circunstancias desfavoráveis; de ter uma atitude otimista, positiva e perseverante e mantendo um equilíbrio dinâmico durante e após os embates”
10. Resiliência Estratégica é “a capacidade de se antecipar - e se ajustar - continuamente a profundas tendências seculares, capazes de abalar de forma permanente a força geradora de lucros de um negócio. É a capacidade de reinventar modelos de negócios e estratégias de forma dinâmica à medida que mudam as circunstâncias.”
11. Você é Resiliente quando cresce nas mudanças, inova, se antecipa às situações e produz coerência estratégica para sua equipe e clientes. Sua influência como um ser resiliente precisa ter mais impacto proativo e orientado para o futuro.
12. RESILIÊNCIA NA MUDANÇA Onde falta resiliência, falta capacidade para promover mudanças com eficácia.
13. O vendedor de um produto com alto valor agregado, consegue após muita persistência e determinação fechar um pedido com um cliente que aceitou esperar mais pelo produto, do que esperaria com o concorrente, apenas pelo fato de considerar que o atendimento recebido por aquele vendedor merecia seu crédito, seu voto de confiança.
14. No dia marcado para a entrega do produto, recebe sua mercadoria, ansioso por ver sua nova aquisição em funcionamento, sabendo que ela favoreceria muitos pacientes visto que se tratava de uma máquina hospitalar. Ao desembalar o produto notou que faltava um dispositivo que faria com que a máquina pudesse funcionar, lembrou de que tal dispositivo foi sua única exigência ao adquirir este produto, e que provavelmente este dispositivo demoraria dias para chegar, sabendo que a empresa fabricante da máquina era situada em um estado distante do seu.
15. Ficou furioso, procurando o vendedor, mas não o encontrava em nenhum telefone. Irritadíssimo resolve falar com o gerente da empresa e expõe sua indignação diante do fato. O gerente lhe pede um tempo para verificar o que aconteceu, e lá se vão longos dias, na busca de um culpado para o fato de a máquina ter sido encaminhada faltando esse dispositivo.
16. Quem foi o responsável por isso? Quem foi o responsável por isso? Quem foi o responsável por isso?
18. Por que em algumas empresas ou em determinadas situações perde-se mais tempo procurando um culpado, alguém para crucificar, do que pegar o dispositivo, no caso, e encaminhar imediatamente ao cliente, sendo que era perfeitamente possível?
19. Por que pessoas que não são resilientes, tem a capacidade se apegar em erros deixando de encontrar solução imediata para os problemas, criando uma situação ainda maior de fúria nos clientes?
21. Em resiliência podemos afirmar que o futuro é prospero e positivo para quem está preparado, disposto e capacitado para lidar não com a mudança em si, mas com sua complexidade, velocidade e intensidade. “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo” Peter Druker, considerado o pai da gestão moderna.
22. Mudança é assim... Eu ignoro suas necessidades e sou atropelado por elas; Eu finjo que estou mudando e engano a mim mesmo;
23. Eu realizo a mudança sem uma analise crítica e fico a mercê dos acontecimentos; Eu aceito as mudanças, analiso e desenvolvo um plano de ação coerente com meus objetivos e me supero, abrindo caminhos para novas oportunidades.
24. Você é resiliente quando cresce nas mudanças, se antecipa às situações e produz coerência estratégica para sua equipe e seus clientes. Sua influência como um ser resiliênte precisa ter mais impacto proativo e orientado para o futuro.
28. O processo de resiliência busca conhecer não apenas a dimensão em que pode atuar, mas também o foco preciso do tempo do acontecimento.
29. O processo de resiliência contempla a avaliação da situação pelo indivíduo (como ele percebe, interpreta o que significa a situação), sua mobilização (como empreende esforços cognitivos, emocionais e comportamentais para enfrentar, maximizar, minimizar, modificar) e a administração das exigências externas (ameaças e desafios reais) ou internas (ameaças e desafios ilusórios), para que controle ou domine a situação antes que seja dominado por ela.
30. 4 Componentes de resiliência inerente às pessoas: 1. Padrões de conduta – positivo, proativo, focado, flexível, organizado.
31. Positivas: Demonstram segurança e convicção, pois compreendem a vida como um processo complexo, mas repleto de oportunidades. Ativam pensamentos, emoções e ações que favorecem a melhoria do bem-estar ou a criação de condições propícias para que o enfrentamento da situação seja o melhor possível diante da realidade existente. Não se trata de ser “Poliana”, mas de observar os aspectos construtivos e de atuar com base nas oportunidades que a situação apresenta.
32. Focadas: Tem uma visão clara do que querem realizar; valem-se de uma energia para focar propósitos e objetivos relevantes, abrindo mão de pensamentos e ações irrelevantes, que apenas desgastam e desperdiçam energia, diluindo a força e a firmeza do propósito.
33. Flexíveis: Demonstram uma elasticidade especial ao responderem às incertezas. Possuem uma amplitude maior de movimentos ou de pontos de articulação, e isto lhes dá capacidade de produzir e de contar com alternativas, mas continuam conectadas ao seu propósito ou objetivo essencial.
34. Organizadas: Desenvolvem abordagens estruturadas para gerenciar a ambigüidade. Contam com algum modelo de gestão formal e competências, ou princípios que as ajudam a identificar, a situação, a reconhecer os processos e recursos, a avaliar soluções e a promover ações com prazos para a promoção da superação.
35. 2. Características predominantes em resilientes – protagonista, criatividade, gosto por mudanças, elevada auto-estima, elevada auto-eficácia, senso de humor, equilíbrio emocional.
36. 3. Fatores de promoção – modelo de desafio, vínculos significativos, mente solucionadora, sentido de propósito.
37. 4. Atributos de sustentação – eu sou, eu estou, eu tenho, eu posso.
38. Os atributos de sustentação são responsáveis pelo alto grau de adaptação positiva do indivíduo às mudanças, promovendo a preparação e o aprendizado necessários para seu crescimento e fortalecimento.
39. Uma pessoa pode ser amada (eu tenho), mas se ela não tiver forças intrapsíquicas (eu sou/eu estou), mas se não souber como se comunicar com os outros (eu posso) para resolver problemas, ou não possuir ninguém (eu tenho) para compartilhar seus desafios ou dificuldades, o processo de resiliência não será completo e eficaz.
40. Eu Sou... (crenças, princípios e valores) Uma pessoa que sente apreço, carinho e orgulho de si mesma; Uma pessoa que freqüentemente encontra motivos para rir; Uma pessoa que sente que, na maioria das vezes, a vida tem sentido, significado; Uma pessoa que se sente bem, mesmo havendo quem não goste dela; Uma pessoa que normalmente encontra uma saída em situações difíceis; Uma pessoa que busca autenticidade, autonomia e independência; Uma pessoa realizada quando o trabalho está ligado a uma causa, um propósito maior.
41. Eu estou... (estados anímicos, disposições e posturas) Disposto a me responsabilizar por meus atos; Disposto a atribuir um sentido mais produtivo às adversidades e mudanças; Disposto a expandir minhas limitações e aprimorar minhas capacidades; Disposto a manifestar energia para fazer o que prometi ou aquilo pelo que me responsabilizei; Interessado por acontecimentos, desafios e enigmas que me cercam; Certo de que posso resolver problemas de alguma forma; Certo de que posso organizar tarefas para realizar meus objetivos; Otimista e esperançoso de que tudo sairá da melhor maneira possível.
42. Eu tenho... (apoio de pares, liderança, cultura) Pessoas do entorno em que confio e que me querem bem; Pessoas que me colocam limites para que eu aprenda a evitar perigos ou problemas; Pessoas que podem me ouvir sem preconceito ou julgamento, oferecendo um feedback construtivo e realista sobre o que estou sentindo ou fazendo;
43. Eu posso... (aquisição de competências relevantes para a superação dos desafios) Falar sobre coisas que me assustam ou inquietam; Aprender novas competências e estratégias, aplicando-se no tempo adequado; Controlar-me quando tenho vontade de fazer algo errado ou perigoso; Procurar o momento certo para falar com alguém; Encontrar alguém que me ajude quando necessito; Levar planos e objetivos até o fim; Organizar-me e adquirir disciplina (cumprir o que combinei comigo mesmo); Perceber uma situação sob mais de uma perspectiva.
44. Padrões de conduta. A mudança provoca uma crise quando quebra significativamente nossas expectativas sobre questões e eventos importantes. Quando se trata de mudanças, as pessoas têm preferência por uma das duas orientações a seguir:
45. Pessoas orientadas pelo perigo: Vêem a crise como ameaçadora e podem se sentirem vitimadas por ela. Falta-lhes um sentido abrangente de propósito ou visão para sua vida, expressando grande dificuldade para se reorientar e assimilar novos conhecimentos e competências. Com pouco conhecimento e paixão pela dinâmica da mudança, sentem necessidade de se defender ou se esquivar das novas propostas de orientação e do que precisa ser feito para se reorganizar.
46. Pessoas orientadas pela oportunidade: Apesar de reconhecerem os perigos, interpretam a mudança como uma vantagem em potencial a ser explorada; optam por uma visão mais otimista e realista da vida, não sendo contaminadas por uma visão catastrófica. Sentem as mesmas emoções perturbadoras diante da mudança, mas se esquivam e se defendem menos, procurando compreendê-las e utilizá-las como fator de alavancagem de suas forças e atributos.
47. Estão orientadas e conectadas com um propósito mais nobre, confiam em pessoas e relacionamentos que podem ajudá-las a melhorar e a expandir suas possibilidades e competências, encontrando novas formas de agir e existir.
48. Essas pessoas possuem um conjunto de padrões de conduta que, facilitam à superação das adversidades criando novos referenciais que as levam a conquista de seus objetivos e propósitos.
49. Nos próximos cinqüenta anos viveremos com 25% de certeza e 75% de incerteza. Isso dá uma tremenda vantagem para quem imagina, pensa, visualiza o futuro e cria as competências necessárias para estar lá.
50. Uma pessoa não é resiliente, ela pode estar resiliente, um médico pode ser resiliente para tomar atitude e decidir pela cirurgia de um paciente em um momento crítico, tomando todas as medidas necessárias, e pode não saber lidar com o choro de um filho recém nascido.
51. A resiliência se demonstra em como agimos e reagimos diante de uma situação de desconforto, é nossa atitude que evidencia se fomos ou não, resilientes. Portanto resiliência é também uma questão de exercício de comportamento diante dos fatos.
52. Inspirando ações resilientes: 1 – Discuta a possibilidade de criar um espaço para conversar e expor abertamente seus desafios profissionais e pessoais, expectativas, medos, alegrias e possibilidades de superação. 2 – Procure encontrar convergências entre missão, valores e interesses organizacionais e profissionais.
53. 3 – Discuta a respeito dos modelos e práticas gerenciais que estão facilitando ou dificultando a conquista de uma performance ou de um clima favorável para o Organização e os profissionais. 4 – Assuma o compromisso de descobrir quais atitudes e ações precisam ser mudadas, quais podem ser mantidas e quais devem ser descartadas.
54. 5 – Procure criar procedimentos e relacionamentos baseados em confiança, respeito e meritocracia. 6 – Construa um propósito, uma causa maior do que interesses pessoais. E pratique, pratique muito.
55. Não pense em esforço, pense em alavancagem: 1 – Utilize seu precioso tempo para descobrir como produzir o máximo de impacto no menor tempo possível. 2 – Comprometa-se com ações eficazes e constantes que possa iniciar, manter e concluir.
56. 3 – Dê preferência a ações relativamente modesta, mas de alto impacto estratégico. 4 – Conheça e trabalhe com pessoas altamente engajadas e competentes. 5 – Foque sua energia onde haja uma verdadeira chance de fazer a diferença.