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21 de Mar de 2023
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  1. TEAM AGILITY 1OO DIAS PARA UMA EQUIPE MAIS ADAPTATIVA Conceitos e atividades práticas para desenvolver na equipe uma cultura que fortaleça a sua capacidade de ser flexível e ajustar-se a mudanças em fatores, condições ou ambientes. Hypertext Consultoria, Treinamento e Pesquisa 2022 │Fevereiro
  2. TEAMAGILITY O QUE É?QUAIS SÃOSUAS BASES? Uma das chaves para navegar crises ou grandes mudanças é a realização de “pequenos movimentos adaptativos”, conforme proposto por Edgar Schein, professor do MIT. Nas palavras de Schein: “Ao usar a palavra ‘adaptativo’ quero enfatizar que não são soluções para ‘o problema’, mas ações direcionadas a melhorar a situação e revelar mais dados para o planejamento do próximo movimento. Ao usar a palavra ‘movimento’ estou novamente enfatizando que são pequenos esforços para melhorar a situação em vez de planos grandiosos ou intervenções extensas.” Ao enfrentar uma crise ou grande mudança podemos ter uma boa hipótese de como as coisas vão evoluir. Mas face às instabilidades nunca estaremos totalmente certos quanto a todos os efeitos. Por isso, a forma mais efetiva de lidar com essas situações é realizar pequenos passos e ajustes frequentes. Essa abordagem está baseada em aproximações sucessivas, isto é, fazemos um movimento, observamos os resultados e os analisamos para planejar o próximos movimento. Com o passar do tempo esses movimentos, alimentados por novos dados da realidade e pelo senso crítico dos membros da equipe, se somam em uma grande resposta efetiva à nova situação ou desafio. Essa abordagem é potencialmente muito mais eficaz do que tentar desenvolver e implantar essa grande resposta logo de início. Esses pequenos movimentos adaptativos são ações simples realizadas pelos membros da equipe que geram dados a partir dos quais a equipe como um todo se alimenta e se capacita a adaptar-se e aumentar seu desempenho. Alguns exemplos de ações desse tipo são buscar feedbacks, compartilhar informações, pedir ajuda, falar sobre erros e experimentar. Por meio dessas ações a equipe detecta mudanças no ambiente, aprende sobre as necessidades de seus “clientes”, aumenta o entendimento coletivo da situação ou descobre consequências não intencionais e inesperadas de suas ações anteriores. Essas ações neutralizam nossa tendência a depender de comportamentos habituais ou automáticos, totalmente inadequados em momentos turbulentos. Pequenos movimentos adaptativos proporcionam as bases de um processo contínuo de reflexão e ação para que a equipe descubra lacunas em seus planos e realize mudanças para evitá-las. Eles permitem que os membros da equipe testem suas premissas e conversem sobre diferenças de opinião de forma aberta e produtiva. 2 Team agility: práticas para equipes adaptativas Métodos e ferramentas para fazer com que equipes e organizações se tornem ágeis e adaptativas têm se disseminado com grande velocidade. Seu resultado se torna ainda mais intenso e seguro quando a equipe que os adotam também conta com um mindset de agilidade e adaptabilidade. Quais são os fatores que promovem esse mindset? Que práticas podem ajudar equipes a desenvolvê-lo?
  3. Essa conduta é benéfica para todos os tipos de equipes que costumam existir em organizações. Equipes podem variar muito de acordo com fatores específicos, que definem a sua formação. Por exemplo, equipes multiáreas vs. equipes de uma única área, temporárias vs. permanentes, autogerenciadas vs. administradas por um gestor. A combinação entre essas dimensões leva à formação de tipos muito diferentes de equipe. Por exemplo, uma equipe de desenvolvimento de produtos que trabalha em projetos. Ou uma equipe de produção autogerenciada. Porém, independentemente das combinações e do tipo de equipe resultante, a capacidade de fazer “pequenos movimentos adaptativos” é essencial para a agilidade da equipe e os resultados que ela é capaz de produzir. Essa capacidade de realizar pequenos movimentos adaptativos define a agilidade da equipe, qualquer que seja a sua natureza ou tipo. Nessa concepção, uma “equipe ágil” é aquela capaz de criar e realizar esses pequenos movimentos adaptativos com naturalidade, todos os dias, para lidar com o inesperado de forma efetiva e sustentável. Uma equipe que não se paralisa face às incertezas. Uma equipe que não traça planos sofisticados que se provam inadequados frente ao que a realidade revela com o tempo. Como desenvolver essa capacidade? Sugiro, nesta nota, cinco áreas de prática para introduzir e reforçar em qualquer tipo de equipe essa capacidade de realizar com naturalidade pequenos movimentos adaptativos. Em cada uma dessas áreas são sugeridas atividades a serem experimentadas pela equipe por um período de cerca de 20 dias, totalizando 100 dias. A cada período de 20 dias a equipe deve dialogar e refletir sobre os aprendizados obtidos. E as áreas de prática se acumulam, em períodos sucessivos. Esse exercício de 100 dias talvez não leve todas as equipes a se tornarem hiperadaptativas. Cada equipe é única, com uma cultura e desafios muito próprios. Mas acredito que muito provavelmente plantará boas sementes para uma evolução nessa direção. As cinco áreas de práticas sugeridas são: 1) Desenvolver segurança psicológica na equipe. 2) Adotar um design dinâmico do trabalho. 3) Compreender o significado e o impacto do trabalho. 4) Cultivar um estilo explanatório otimista. 5) Adotar regras simples para surfar na complexidade. 3 Team agility: práticas para equipes adaptativas
  4. A EQUIPE ALTAMENTE ADAPTATIVA... 4 Team agility: práticas para equipes adaptativas ...está sempre alerta aos sinais de mudança do ambiente... mas ...não é paranoica, com suspeitas exacerbadas de que algo ruim está sempre para acontecer. ...muda com velocidade... mas ...não é inconstante, volúvel, instável. ...mira a Lua, tem intenções e objetivos muito ousados... mas ...executa por meio de pequenos movimento concretos. ...cria e acumula conhecimento e know-how... mas ...tem humildade para reconhecer suas limitações e buscar ajuda. ...alimenta-se de evidências, fatos e dados objetivos... mas ...não despreza o subjetivo, o emocional e o intuitivo. Ao desenvolver o mindset de adaptabilidade, a equipe adquire e fortalece capacidades essenciais para atuar em condições incertas e transientes. Seus membros promovem deliberadamente pontos de vista contraditórios e se desafiam a encontrar soluções que transcendam as diferenças em vez de recorrer a meios- termos. Essa cultura de tensões gera ideias inovadoras, que a equipe implementa para enfrentar seus desafios, tanto de forma incremental quanto radical. Isso ocorre porque, como demonstram estudos sobre a cognição humana, quando as pessoas lidam com percepções opostas, elas entendem os diferentes aspectos de um problema e tendem a desenvolver soluções mais eficazes.
  5. SEGURANÇA PSICOLÓGICA Segurança psicológica é a convicção de que a equipe não irá humilhar, rejeitar ou punir alguém por dizer o que pensa. A expressão foi criada por Amy Edmondson, professora de Harvard, que estuda o tema há 25 anos. Pode parecer exagerado achar que alguém sente que é um risco expressar sua opinião perante os colegas. Mas em muitas equipes até mesmo uma pergunta simples como “qual é o objetivo deste projeto?” pode fazer quem pergunta parecer alguém por fora. É mais fácil avançar sem buscar esse esclarecimento do que ser percebido como ignorante. Frequentemente, porém, os efeitos da insegurança psicológica são ainda mais graves. Um estudo em hospitais revelou diferenças nas crenças dos membros das equipes de enfermagem quanto às consequências de relatar erros ao medicar os pacientes. Em algumas equipes as enfermeiras admitiam pronta e abertamente os erros e conversavam sobre maneiras de evitar a sua repetição. Em outras, as enfermeiras mantinham ao máximo em segredo algum erro que tivessem cometido. Uma enfermeira do primeiro tipo de equipe explicou que “erros são sérios pela toxicidade dos medicamentos; por isso nunca temos medo de contar para a chefe quando ocorrem”. Em contraste, no segundo tipo de equipe uma enfermeira afirmou “você vai a julgamento quando erra! As pessoas são culpadas pelos erros que cometem, portanto você não quer ser a pessoa que admite ter errado.” Esse é o efeito da diferença entre alta e baixa segurança psicológica nas equipes. Segurança psicológica e team agility A segurança psicológica é essencial para a agilidade das equipes porque minimiza a preocupação quanto às reações dos colegas para ações que sejam potencialmente embaraçosas ou até ameaçadoras. Por exemplo, os membros de uma equipe podem relutar em chamar a atenção para erros que poderiam ajudar a equipe a fazer mudanças futuras porque não querem ser vistos como incompetentes. Isso faz com que ignorem ou minimizem as potenciais consequências negativas do seu silêncio sobre o desempenho da equipe. Por outro lado, quando respeitam e se sentem respeitados pelos colegas e sentem confiança de que os colegas não irão “crucificá-los” por eventuais erros os membros da equipe se sentem seguros para rapidamente compartilhar informações, o que torna a equipe muito mais ágil e adaptativa. 5 Team agility: práticas para equipes adaptativas “Quando cometo um erro nenhum colega da equipe me ridiculariza ou constrange. Meu aparente equívoco ou desconhecimento nunca são jogados na minha cara.”
  6. UMA PRÁTICAPARA DESENVOLVERA SEGURANÇA PSICOLÓGICA PESQUISA Responda numa escala de 1 a 5 em que 1 = discordo totalmente e 5 = concordo totalmente. Na nossa equipe... 1. Todos sentem que suas habilidades e talentos são respeitados e valorizados pelos colegas. 2. Todos reconhecem com naturalidade pontos de convergência e de divergência. 3. Quando alguém comete um erro sequer pensa em esconder ou disfarçar. 4. Todos se sentem à vontade para pedir a ajuda de qualquer colega. 5. Todos buscam opiniões externas sobre como está o desempenho da equipe. 6. Nenhum membro da equipe agiria intencionalmente de forma a prejudicar meus esforços. 7. Ninguém é rejeitado por pensar diferente. 8. Todos demonstram um interesse verdadeiro pela saúde e bem-estar dos colegas. 9. Todos acreditam que os colegas estão tomando as melhores decisões para a equipe e a empresa. 10.Todos expõem em público suas divergências em vez de esperar para falar privadamente. 11.Todos se sentem seguros para assumir riscos. 12.Todos aprendem muito uns com os outros. 13.Todos pedem feedbacks dos colegas. 14.Todos se dedicam a contribuir para o sucesso da equipe tanto quanto para o próprio sucesso. 15.Todos se sentem à vontade para expor problemas ou situações difíceis. 16.Todos têm algum conhecimento sobre a vida dos colegas fora do trabalho. 17.Cada pessoa é considerada igualmente importante para o resultado da equipe. 18.Diferenças de opinião são rapidamente trabalhadas para não ficar “fermentando” muito tempo. 19.Sempre buscamos novas maneiras de fazer as coisas. 20.É comum que as pessoas se ofereçam para ajudar um colega antes mesmo que seja preciso pedir ajuda. 21.Todos aceitam e valorizam os conselhos que recebem dos colegas. 22.Todos demonstram mais foco em soluções (“o que podemos fazer para melhorar?”) do que em culpa (“por que você fez isso?”). 23.Antes de dizer o que pensa ninguém fica tentando adivinhar o que os outros gostariam de ouvir. 24.Todos compartilham com naturalidade notícias sobre sua vida pessoal. 6 Team agility: práticas para equipes adaptativas Todos os membros da equipe respondem, individual e anonimamente, a pesquisa ao lado. Todas as respostas são tabuladas na teia (veja a próxima página). E todos juntos dialogam sobre os principais pontos fortes e pontos a aprimorar para fortalecer a segurança psicológica na equipe.
  7. RESULTADO DAPESQUISA COMOESTÁA SEGURANÇA PSICOLÓGICA NA EQUIPE? 7 Team agility: práticas para equipes adaptativas Some os resultados das questões conforme indicado no gráfico ao lado, faça marcações nas escalas e junte os pontos. Essas são oito áreas fundamentais para a criação e sustentação da segurança psicológica na equipe. A partir da análise dos resultados, a equipe pode identificar em conjunto áreas em que é preciso melhorar e pensar em ações para chegar lá (inclusive a partir das áreas em que já é mais forte). Respeito e confiança nos conhecimentos e habilidades dos colegas Soma das respostas 1, 9 e 17 Disposição a dar e receber feedback Soma das respostas 5, 13 e 21 Disposição a compartilhar e receber ajuda e expertise Soma das respostas 4, 12 e 20 Interesse não utilitário pelas pessoas Soma das respostas 8, 16 e 24 Solução produtiva de conflitos Soma das respostas 2, 10 e 18 Aceitação das pessoas como elas são Soma das respostas 7, 15 e 23 Predisposição à experimentar Soma das respostas 3, 11 e 19 Crença nas intenções positivas dos outros Soma das respostas 6, 14 e 22
  8. DESIGNDINÂMICO DOTRABALHO O design dinâmico do trabalho é um conjunto de princípios e estruturas que orientam o comportamento das pessoas para a descoberta de problemas, sua correção e realização de melhorias em tempo real. Trata- se de uma alternativa para gerenciar o fluxo de trabalho que reconhece a necessidade da realização de dois tipos distintos de trabalho, tanto no ambiente físico quanto no intelectual: a “fábrica” e o “estúdio”. Esse conceito já é bastante praticado por empresas de manufatura que adotam o lean manufacturing. A inovação está na sua transposição para o trabalho intelectual em áreas como estratégia, inovação, gestão e trabalhos técnicos. O trabalho físico é mais fácil de rastrear porque é mais visível e geralmente repetitivo. O trabalho criativo é invisível e mais variável. Portanto, o fluxo de trabalho é mais difícil de monitorar. O design dinâmico do trabalho busca tornar visível o trabalho invisível para que possa ser continuamente aprimorado. A ideia foi desenvolvida por Don Kieffer, ex- executivo da Harley-Davidson, e Nelson Repenning, do MIT, que têm atuado há mais de 20 anos para desenvolver os métodos do design dinâmico do trabalho a partir de quatro princípios fundamentais. Alinhar atividades com intenções. Toda equipe existe para atender uma necessidade específica. Pergunte: os resultados que se pretende atingir estão claros? As atividades visíveis da equipe levarão à sua realização? Todas as atividades estão sistemicamente integradas para que isso ocorra? Integrar a cadeia humana de atividades por meio de gatilhos e verificações. A equipe consegue perceber um problema assim que ele acontece? As pessoas pedem ajuda com a velocidade necessária? Existem bons gatilhos para que a equipe se mobilize para resolver ambiguidades e corrigir problemas, de preferência em tempo real? Sistematizar a solução de problemas e a criatividade. A equipe realiza múltiplas formulações do problema em busca da formulação mais correta? Busca soluções a partir de dados da realidade real? Cuida para que o processo de solução permaneça focado no problema certo? Calibrar o desafio. Quão desafiadores devem ser os objetivos? A equipe busca a intensidade certa de desafio para trazer à tona os problemas e, simultaneamente, ter tempo suficiente para resolvê-los? O grau de desafio está adequado para que a equipe fique cada vez mais forte na solução de problemas? 8 Team agility: práticas para equipes adaptativas “Nosso processo de trabalho nos ajuda a transitar entre eficiência e adaptabilidade. Não estamos presos em apenas uma caixa. Temos regras que nos ajudam a saltar de um modo para outro de trabalho, dependendo do momento e da necessidade.”
  9. UMA PRÁTICA PARAO DESIGN DINÂMICO DOTRABALHO 1. Listar em pequenas fichas (PostIts) todas ideias e projetos em andamento, o principal responsável e a data que o projeto deve avançar de fase (por exemplo, passar de conceito para viabilidade). 2. Criar uma indicação visual simples para destacar quando um projeto não avançou na data esperada, por exemplo, uma moldura ou etiqueta vermelha. (Aplicação do princípio 2: “Integrar a cadeia humana de atividades por meio de gatilhos e verificações”). 3. Revisar semanalmente o quadro com toda a equipe com três objetivos: A. Rever as fichas que deveriam ter avançado na semana. Se houver atraso, indicar e analisar as razões. (Aplicação do princípio 1: “Alinhar atividades e intenções” e do princípio 3: “Sistematizar a solução de problemas”.) B. Decidir se há capacidade para adicionar um novo projeto. Se houver, movimentar uma ficha do topo da coluna do meio. E movimentar uma ideia para a coluna do meio. (Aplicação do princípio 4: “Calibrar o desafio”.) C. Rever a coluna do meio e verificar a concordância quanto às prioridades. Se as condições tiverem mudado, reordenar as fichas. 9 Team agility: práticas para equipes adaptativas + Impacto - + - Esforço Conceito Viabilidade Desenvolvi- mento Lançamento Produção Área de espera para novas ideias Ideias priorizadas, não iniciadas Funil de desenvolvimento
  10. ESTILO EXPLANATÓRIO OTIMISTA Estilo explanatório é a predisposição que uma pessoa tem para explicar de uma determinada maneira as causas dos sucessos e dos eventos adversos que enfrenta. Um dos pioneiros na descrição e entendimento desse fenômeno e seus efeitos sobre nossas atitudes e comportamentos foi o Dr. Martin Seligman, atual Diretor do Centro de Psicologia Positiva da Universidade da Pensilvânia. Seligman e outros demonstraram que face a eventos positivos ou negativos as pessoas recorrem a três dimensões para compreender suas possíveis causas. As três dimensões são: a) Causa interna versus externa (“Eu sou a causa?”), b) Causa permanente versus temporária (“Vai ser sempre assim?”), c) Causa global versus específica (“Acontece em tudo que eu faço?”). Por essa abordagem, “pessimistas” e “otimistas” são pessoas que tendem a estar num extremo ou outro. O otimista tende a atribuir sucessos a causas internas, permanente e globais, enquanto atribui fracassos a causas externas, temporárias e específicas. Por outro lado, um pessimista tende a atribuir sucessos a causas externas, temporárias e específicas, e fracassos a causas internas, permanentes e globais. O estilo explanatório tem raízes genéticas, mas também um forte componente aprendido. Estudos com pais e filhos, por exemplo, apontam para um forte vínculo entre ambiente e otimismo aprendido. Pais que ensinam seus filhos a entenderem suas dificuldades e as atribuírem ponderadamente a causas externas, temporárias e específicas, fomentam uma postura mais adaptativa, baseada nessa visão. Estilo explanatório coletivo Equipes também desenvolvem um estilo explanatório coletivo. Diversos estudos investigaram, por exemplo, o relacionamento entre o estilo explanatório e o desempenho de equipes de esportes coletivos. Equipes esportivas mais bem sucedidas se caracterizam por um estilo explanatório otimista. Coletivamente essas equipes compartilham a crença de que as causas para eventos negativos são controláveis, específicas da situação (e não globais), temporárias (e não permanentes) e universais (isto é, não intrínsecas à equipe). Equipes com esse estilo explanatório escapam da armadilha de um pessimismo passivo, que leva a um desânimo na busca de soluções para as adversidades normais do dia a dia. 10 Team agility: práticas para equipes adaptativas “Foi um revés para nossa equipe. Mas isso poderia ter acontecido com qualquer equipe. As causas são controláveis, passageiras e só se aplicam a esta situação. Podemos resolver bem, afinal também temos nossas qualidades e elas é que vão nos ajudar a virar o jogo.”
  11. UMA PRÁTICAPARA FORTALECERO ESTILO EXPLANATÓRIO OTIMISTA Passo 1: identificar crenças derrotistas e os eventos que as desencadeiam Todas equipes passam por situações que as levam a se deparar com alguma barreira. Por exemplos, podem ser atividades que as atrasam ou até mesmo as paralisam, conflitos com outras áreas, dificuldades para obter informações, impossibilidade de acessar determinados recursos, falta de reconhecimento das conquistas, dificuldade para obter resultados, entre outras. Passo 2: reunir evidências para avaliar as crenças Essas evidências devem ser usadas para avaliar a exatidão das crenças desencadeadas por essas situações. O objetivo é aprender a adotar um pensamento coletivo mais “científico” – examinar evidências para determinar se elas suportam ou refutam a crença negativa. Passo 3: substituir as crenças derrotistas por crenças mais construtivas e precisas A ideia aqui é desafiar e “descatastrofizar” as crenças instaladas na equipe que levam a um estado de espírito de pessimismo passivo. ABCD Esta é uma dinâmica que pode ser empregada num diálogo coletivo da equipe para compreender uma adversidade e buscar alternativas. Por exemplo: A = Adversidade “Não estamos conseguindo fechar contratos com grandes clientes.” B = Belief (crença) “O que há de errado com a equipe? Não temos habilidade para lidar com esses clientes [causa interna]. E nunca vamos conseguir porque somos muito diferentes deles em tudo [permanente e global].” C = Consequência “Desde a preparação da proposta já somos perdedores, demoramos demais, adiamos os contatos, não temos vontade de investir tempo e desistimos.” D = Desafios “É normal ouvir muitos nãos. Para fechar uma venda é preciso plantar muitas sementes. E para fechar uma grande venda precisamos plantar muito mais. Não tem nada de errado com isso.” “Outras equipes levaram anos para conquistar a confiança desses clientes. Nossas sementes vão levar algum tempo para frutificar. Mas uma hora vai acontecer. Enquanto isso, compensamos com os pequenos clientes.” 11 Team agility: práticas para equipes adaptativas Equipes podem aprender a superar crenças derrotistas. O estilo explanatório pessimista pode ser mudado por meio de técnicas de treinamento cognitivo comportamental. E até mesmo equipes otimistas se beneficiam dessa prática pois podem, ocasionalmente, desenvolver crenças mais pessimistas quando passam por períodos de estresse longo ou muito agudo.
  12. SIGNIFICADO E IMPACTODO TRABALHO Quando equipes acreditam que o seu trabalho é importante e faz diferença para a organização e para seus clientes tendem a realizar mudanças com muito mais naturalidade e intensidade. Essa crença se estabelece dentro da equipe em dois níveis de abstração. O primeiro nível, mais concreto, decorre de um bom entendimento de como o trabalho feito pela equipe contribui para a geração de resultados da empresa. Já o segundo nível, mais abstrato, é consequência da compreensão de como esses resultados conduzem a uma realização cada vez mais plena e intensa do propósito da empresa. Compreensão de como o trabalho se encaixa no todo da empresa A capacidade de enxergar a correlação entre o que a equipe faz e o desempenho da empresa como um todo depende do conhecimento que a equipe tem da anatomia de resultados da organização. Isto é, da compreensão refinada, intuitiva e prática de como a empresa funciona, como ela gera resultados e como as estratégias, decisões e ações afetam seu desempenho comercial, operacional e financeiro. Esse conhecimento da anatomia de resultados contribui para a adaptabilidade da equipe em diversas frentes. Volatilidade O entendimento das dimensões comerciais, operacionais, financeiras e humanas da empresa permite que a equipe compreenda mais rapidamente as implicações de mudanças que ocorrem em todas essas dimensões. Essa compreensão permite que ela antecipe os reflexos de mudanças e possa tomar decisões muito rapidamente ou até preventivamente. Incerteza Uma compreensão mais geral do que está ocorrendo na organização como um todo fortalece a capacidade de ser sensível às possibilidades e flexível com seus planos. A equipe passa a adaptar seus planos ao ambiente com naturalidade e evita planos rígidos que podem deixá-la descompassada em relação à empresa como um todo. Complexidade O conhecimento das diversas facetas da organização ajuda na compreensão da organização em toda a sua complexidade. Prováveis implicações das ações da equipe podem ser mais bem projetadas, melhorando sua capacidade de tomada de decisões mais rápidas e adequadas em ambientes complexos. 12 Team agility: práticas para equipes adaptativas “Compreendemos muito bem por que nossa organização existe, como ela funciona e como o trabalho feito por nossa equipe contribui para o atingimento dos seus objetivos e a realização do seu propósito. Percebemos com clareza o significado do nosso trabalho.”
  13. SIGNIFICADO E IMPACTODO TRABALHO Ambiguidade A compreensão mais profunda do negócio capacita a equipe a sentir ou ter uma intuição mais apurada e próxima da realidade do que está acontecendo. Isso a ajuda a não se paralisar frente a condições ambíguas, que despertam dúvidas e admitem interpretações diversas. Propósito: resgate do significado do trabalho da equipe A descoberta de um senso de propósito no trabalho em si ou no seu resultado é determinante para a efetividade da equipe. Esse propósito compartilhado é a “cola” que mantém a equipe unida. Ele reduz drasticamente a necessidade de uma hierarquia rígida e controladora pois expressa um norte que diminui a necessidade de orientação frequente e detalhada por parte dos gestores. Além disso, o alinhamento entre o propósito da organização, da equipe e dos seus membros faz com que as pessoas se sintam mais comprometidas com a estratégia da empresa e sua execução. Isso ajuda os membros da equipe a evitarem a armadilha de focar nas tarefas mais urgentes em vez de realizar as mais importantes. O propósito faz com que o trabalho mais difícil seja percebido como recompensador e expande a tolerância das pessoas para a mudança. A correlação entre propósito e bem-estar é bastante forte. As pessoas que afirmam estar “vivendo seu propósito” no trabalho reportam um nível de bem-estar até cinco vezes maior do que as que não fazem essa afirmação. As pesquisas demonstram que elas também são mais produtivas e resilientes. A clareza de propósito e a disposição a dedicar- se para a sua realização geram a energia extra necessária para a execução de mudanças rápidas. O inverso também é verdadeiro. Quando não há um propósito claro e motivador a motivação e a cooperação se deterioram rapidamente. Os problemas tendem a se agravar e multiplicar. A energia tende a ir para o que é rotineiro e trivial. A equipe perde a disposição e energia para mudar na velocidade necessária. 13 Team agility: práticas para equipes adaptativas
  14. UMA PRÁTICAPARA MAISPERCEPÇÃO QUANTOAO IMPACTODO TRABALHO Compreensão do impacto do trabalho da equipe A proposta aqui é fazer com que a equipe responda, coletivamente às questões a seguir. As perguntas podem ser propostas no começo da semana e a equipe terá uma semana para levantar as informações e trazê-las para um diálogo aberto entre todos. Qual foi o faturamento da empresa no ano passado? O faturamento está crescendo, diminuindo ou estável? Como o trabalho feito pela equipe contribui para o faturamento da empresa? Como o jeito de trabalhar da equipe tem contribuído para a tendência do nível de faturamento da empresa? Qual é a margem de lucro da empresa? Ela está crescendo, diminuindo ou estável? Como o trabalho feito pela equipe influencia a margem da lucro? Como o jeito de trabalhar da equipe tem contribuído para a tendência da margem de lucro da empresa? Como a margem da lucro da empresa se compara a de seus principais competidores? E com a margem de outros ramos de atividades? Como o trabalho feito pela equipe influencia o desempenho da margem de lucro da empresa em comparação com seus competidores e com outros ramos? Qual é o giro dos estoques da empresa? E o giro dos ativos? Como o trabalho feito pela equipe contribui para o giro dos estoques e dos ativos da empresa? Qual é o retorno sobre os ativos? Como o trabalho feito pela equipe contribui para o retorno sobre os ativos da empresa? Como o jeito de trabalhar da equipe pode contribuir para aumentar o retorno sobre os ativos da empresa? A geração de caixa está aumentando ou diminuindo? Por quê? Como o trabalho feito pela equipe afeta a geração de caixa da empresa? Como o jeito de trabalhar da equipe contribui para o aumento o diminuição da geração de caixa? Em geral, a empresa está avançando ou retrocedendo em comparação com sua competição? Como o trabalho feito pela equipe contribui para sua diferenciação em relação à concorrência? Como o jeito de trabalhar da equipe tem contribuído para um avanço da empresa em comparação com seus competidores? 14 Team agility: práticas para equipes adaptativas O fortalecimento da compreensão do impacto e do significado do trabalho da equipe é um exercício feito com base num conjunto de questões, que devem ser respondidas coletivamente. Nem todas as questões aqui sugeridas podem ser igualmente relevantes para todas as equipes. Basta selecionar aquelas que fazem mais sentido para a atividade e o contexto em que a equipe atua.
  15. UMA PRÁTICAPARA MAISPERCEPÇÃO QUANTOAO SIGNIFICADO DO TRABALHO Compreensão do significado do trabalho da equipe Dentro do propósito maior da organização, a equipe deve definir pelo menos uma missão (pode haver mais de uma), focada no principal público (ou principais públicos) que serve. Esses públicos podem incluir clientes da empresa, fornecedores, comunidades, outras áreas internas da empresa etc. Em suma, os públicos com os quais a equipe se relaciona e aos quais atende e serve. Após identificar esse público ou públicos, a equipe deve fazer um trabalho de levantamento de informações com base em questões, dirigidas a cada um dos públicos, como: O que adiciona valor para essa público? O que realmente vai melhorar a vida das pessoas que formam esse público? O que pode fazer com que a vida delas seja mais simples, agradável, plena? O que você gostaria que os membros desse público dissessem a respeito da equipe “nos bastidores”, ainda que nenhum membro da equipe esteja ouvindo? Quais são as palavras emocionais que membros desse público dizem sobre a equipe? Quais as coisas que eles dizem que realmente gostariam de receber da equipe? Que elogios gostariam de fazer à equipe e que eventualmente ainda não fazem? A equipe deve levantar informações sobre essas questões, buscar feedback de representantes dos vários públicos. Então, destilar todas as informações obtidas em frases significativas, sob medida para a equipe, que expressem sua missão ou missões focadas nos seus “clientes”. Deve buscar uma frase simples, curta, útil, com as seguintes qualidades: • Uma frase que signifique algo importante para a equipe, algo de valor, que pode ser usado como uma ferramenta. • Uma frase curta, compreendia por todos e memorável. • Uma frase que seja mensurável, para que a equipe possa saber como está o seu desempenho em relação à missão. 15 Team agility: práticas para equipes adaptativas
  16. REGRASSIMPLES PARASURFARNA COMPLEXIDADE Toda equipe tem pelo menos um gargalo. Geralmente trata-se de uma atividade ou decisão recorrente, repetitiva, crítica para o resultado da equipe. O gargalo é aquilo que impede ou dificulta que a equipe responda de maneira veloz e efetiva. Por exemplo, para uma equipe de socorristas o gargalo é decidir quais das vítimas de uma acidente de grande porte devem ser priorizadas para atendimento. O gargalo tende a ser um ponto de dúvida e desorientação para os membros da equipe. Por isso pode se tornar causa de lentidão de resposta individual e coletiva. Definir planos e procedimentos detalhados, que orientem as ações individuais numa mesma direção e assegurem coordenação e sinergia, costuma ser a resposta mais habitual e imediata para que os gargalos deixem de ser redutores do desempenho da equipe. Porém em ambientes complexos e com muitas mudanças imprevisíveis, planos e procedimentos superdetalhados são paralisantes, impedem que as pessoas percebam oportunidades e ameaças específicas e atuem velozmente para aproveitá-las ou neutralizá-las. Outra resposta, menos comum, é buscar o extremo oposto e conceder muito mais autonomia individual aos membros da equipe. Porém essa resposta aumenta a probabilidade de decisões e ações desalinhadas, com baixa coordenação e subaproveitamento da capacidade coletiva da equipe. Manter grande autonomia individual de ação e, ao mesmo tempo, muita coordenação e sinergia é um dos principais requisitos para se ter uma equipe altamente adaptativa. A definição de regras simples é uma solução, inspirada pela natureza, para resolver esse desafio. O antídoto da complexidade é a simplicidade. Regras simples permitem que todos atuem de forma autônoma, veloz, estratégica e coordenada na execução da estratégia. Retornando ao exemplo dos socorristas, cada situação é única. Os feridos podem variar desde leves até muito severos. As condições do atendimento estão geralmente abaixo do ideal. A equipe de socorro trabalha sob grande stress e o suprimento de medicamentos e equipamentos é limitado. O bombeiro tem uma opinião, o paramédico outra e as vítimas podem ter outra muito diferente. Resolver essas diferenças demanda tempo, que é o recurso mais escasso numa situação desse tipo. Como decidir para fazer com que o maior número possível de vítimas tenha as melhores chances de sobrevivência e recuperação? 16 Team agility: práticas para equipes adaptativas “Dar total autonomia e deixar que as pessoas decidam sozinhas pode levar a ações desalinhadas, descoordenadas e ineficazes, que não aproveitam os próprios recursos da equipe. Definir planos e procedimentos superdetalhados paralisa, engessa a ação e tende a gerar conflitos. Regras simples permitem uma ação alinhada e flexível, pelo equilíbrio certo entre orientação e liberdade, sem ser excessivamente vagas ou restritivas.”
  17. REGRASSIMPLES PARASURFARNA COMPLEXIDADE Em 1983 paramédicos da corporação de bombeiros e membros da equipe médica de um hospital na Califórnia criaram um processo de triagem simplificado, que batizaram de START, sigla para “Simple Triage and Rapid Treatment”. Esse método permite a classificação das pessoas acidentadas com base nas necessidades de cuidados e chance de sobrevivência, com a maior velocidade possível e com um mínimo de informações. O método utiliza do mnemônico “30 -2 - pode fazer” para triar as vítimas. O “30” avalia a capacidade respiratória da vítima em um minuto. O “2” a qualidade da sua perfusão periférica (fornecimento de sangue aos tecidos dos pés e das mãos) em 2 segundos. E, por fim, o “pode fazer” avalia o nível de consciência da vítima para seguir os comandos dos socorristas. As condições de cada vítima dentro desses parâmetros determinam o procedimento a ser adotado, por exemplo, quem deve ser removido por helicóptero. Essa avaliação inicial dura aproximadamente 30 segundos e não deve ultrapassar 60 segundos. É rápida e não requer equipamentos médicos especializados. E é um processo dinâmico e contínuo, pois as vítimas são avaliadas, classificadas e reavaliadas constantemente até que o tratamento definitivo em um centro de trauma seja feito, pois a classificação inicial pode ser alterada à medida que decorre o tempo após o trauma (por exemplo, lesões ocultas aparecem). Este é um exemplo de regras simples que são atalhos estratégicos para economizar tempo e alinhar ações na solução de problemas complexos. As regras simples focam a atenção da equipe no que é essencial e simplificam a forma pela qual seus membros processam as informações, decidem e agem. Sua aplicação consciente torna a equipe muito mais veloz e efetiva em adaptar-se às condições específicas que encontram ao buscar sua melhor performance nos seus gargalos críticos. 17 Team agility: práticas para equipes adaptativas
  18. UMA PRÁTICA PARADEFINIR REGRASSIMPLES PARASURFAR NA COMPLEXIDADE 1.Identificar, coletivamente, o principal gargalo da equipe. • Qual é a decisão ou atividade recorrente (em vez de escolhas ou atividades que são feitas só uma vez ou muito esporadicamente) que têm um impacto mais direto e importante na criação de valor pela equipe e podem dificultar o alcance de seus objetivos? • Qual é a decisão ou atividade recorrente em que é mais comum que as oportunidades excedam os recursos disponíveis (por exemplo, as oportunidades de vendas são maiores do que a capacidade da empresa de produzir e entregar)? • Qual é a situação que requer tomada de decisão e na qual cada repetição não é exatamente igual à anterior e as especificidades de cada repetição tornam o cenário complexo (por exemplo, cada acidente com muitas vítimas é diferente em suas especificidades)? • Qual é a situação que requer decisões que precisam levar em conta as especificidades da situação e portanto não podem ser simplesmente tomadas por um “algoritmo” ou algum “checklist” estruturado? A partir do diálogo com base nessas perguntas, a equipe decide qual é o gargalo para o qual regras simples podem ser definidas para alinhar a tomada de decisão e coordenar as ações. 2. Definir, coletivamente, um conjunto de 10 a 20 regras simples a serem testadas para sua redução posterior a cerca de 3 a 6 regras. Usar os exemplos a seguir como inspiração para a busca das possíveis regras. A. O gargalo está em escolher entre duas alternativas mutuamente excludentes. Exemplo: apertar ou não o gatilho de um drone de ataque? As regras (definidas na administração Obama): • O alvo representa uma ameaça imediata e sustentada para a população americana? • Somos o único governo capaz de neutralizar eficazmente essa ameaça? • Há praticamente certeza de que civis não serão mortos ou feridos? Três “sim” = disparo do drone. 18 Team agility: práticas para equipes adaptativas O processo de criação de regras simples que ajudem a equipe a se tornar mais adaptativa em seus gargalos pode ser feito a partir de uma série de passos simples. O essencial é que todos os membros da equipe participem desde a identificação do gargalo até a definição final das regras que serão utilizadas. Esse processo aberto e participativo é fundamental para a criação de regras efetivas.
  19. B. O gargalo está em definir o que é prioritário, isto é, escolher quais opções devem receber mais recursos, tempo, atenção etc. do que outras. Exemplo: Num acidente com muitas vítimas, quais devem receber atenção crítica e transporte imediato e quais podem esperar? As regras de triagem do START: • R30: a vítima tem entre 10 e 30 respirações por minuto? • P2: a vítima tem perfusão periférica em 2 segundos? • Can DO (Pode fazer): a vítima é capaz de seguir comandos dos socorristas? Três “sim” = vítima pode aguardar. Cada “não” significa mais prioridade no socorro, na ordem dos critérios. C. O gargalo está na decisão de quando parar ou abandonar uma ação. Exemplo: Quando parar de fazer follow up de uma proposta enviada para um cliente? Regras empregadas por empresas que prestam serviços profissionais: • O cliente pediu explicitamente para você parar? • Foram feitas oito tentativas de obter uma resposta? • Foi usado mais de um meio para obter a resposta? • Já se passaram mais de 15 dias úteis desde o último retorno do cliente? “Sim” na primeira = parar. Três “sim” nas demais = parar. D. O gargalo é aplicar o melhor know-how para realizar com excelência uma atividade. Exemplo: Como fazer um brainstorming que produza os resultados mais criativos. Regras comuns para bons brainstormings: • Tenha um tema bem definido. • Tenha sempre alguma comida – não subestime o poder do açúcar. • Convide um grupo diversificado. • Reserve entre 45 e 60 minutos. • Registre tudo rapidamente. • Impeça o julgamento das ideias. • Defina um objetivo exorbitante de número de ideias (a melhor forma de encontrar uma boa ideia é ter muitas ideias.) 19 Team agility: práticas para equipes adaptativas UMA PRÁTICA PARADEFINIR REGRASSIMPLES PARASURFAR NA COMPLEXIDADE
  20. UMA PRÁTICA PARADEFINIR REGRASSIMPLES PARASURFAR NA COMPLEXIDADE E. O gargalo está na decisão de se é a hora certa de agir ou não. Exemplo: como uma pessoa que sofre de insônia decide se é a hora certa de tentar adormecer? Regras do Instituto de Medicina do Sono da Universidade de Pittsburgh: • Não vá para a cama se não estiver com sono. • Não permaneça na cama se não conseguir adormecer. • Diminua o tempo que você passa na cama. • Acorde todo dia no mesmo horário. 3. Testar as regras definidas com base em: (a) uma análise do histórico de decisões e ações no gargalo e os resultados obtidos e (b) sua aplicação na prática, em situações que estão sendo diariamente enfrentadas pela equipe. 4. Definir, coletivamente, o conjunto final de regras simples, orientado-se pelas seguintes questões: • O número de regras simples é o mínimo necessário para orientar as decisões e ações? • As regras incorporam o conhecimento da realidade por parte dos membros da equipe que terão que usá-las? • As regras estão expressas na linguagem da equipe que irá se orientar por elas? • Alguma regra é excessivamente vaga ou genérica (por exemplo, “faça o seu melhor” ou “foque o cliente”) ou excessivamente restritiva ou detalhada (por exemplo, um algoritmo)? Qualquer resposta “não” às três primeiras perguntas ou “sim” à quarta significa que o grupo deve continuar a buscar uma versão final melhor do conjunto de regras simples que irá adotar. 20 Team agility: práticas para equipes adaptativas
  21. ALGUMAS REFERÊNCIAS PARAIRALÉM 1. A organização sem medo: Criando segurança psicológica no local de trabalho para aprendizado, novação e crescimento. Amy C. Edmondson. Alta Books, 2020. 2. Psychological Safety and Learning Behavior in Work Teams. Amy Edmondson. Administrative Science Quarterly, Vol. 44, No. 2 (Jun., 1999), 3. High-Performing Teams Need Psychological Safety. Here’s How to Create It. Laura Delizonna. Harvard Business Review. August 24, 2017. 4. Breaking Logjams in Knowledge Work: How organizations can improve task flow and prevent overload. Sheila Dodge, Don Kieffer, and Nelson P. Repenning. Sloan Management Review, September 06, 2018. 5. Visual management. A New Approach to Designing Work, Nelson P. Repenning, Don Kieffer, James Repenning. Sloan Management Review. Winter, 2018. 6. The relationship between team explanatory style and team success. Albert Carron and Luc J Martin. International Journal of Sport and Exercise Psychology, January 2014. 7. Adaptive Performance: A New Scale to Measure Individual Performance in Organizations. Audrey Charbonnier-Voirin e Patrice Roussel. Canadian Journal of Administrative Sciences, September 2012. 8. “Good vibrations”: optimism, social network position and resource-attraction capability. Luis Miguel Pereira Lopes. Submitted to the Universidade Nova de Lisboa on June, 2008. 9. Cognitive-behavioural training to change attributional style improves employee well- being, job satisfaction, productivity, and turnover. Judith G. Proudfoot et ali. Personality and Individual Differences, 2009. 10. The significance of task significance: Job performance effects, relational mechanisms, and boundary conditions. Adam M Grant. Journal of Applied Psychology, 2008 Jan; 93(1). 11. Applying Learned Optimism to Increase Sales Productivity. Peter Schulman. Journal of Personal Selling & Sales Management. Winter 1999. 12. Simple Rules: How to Thrive in a Complex World por Donald Sull e Kathleen Eisenhardt. Houghton Mifflin Harcourt. 21 Team agility: práticas para equipes adaptativas
  22. Para saber mais ou agendar uma demonstração (11) 97260-5700 mpellegatti1992@gmail.com https://www.hypertextconsult.com.br/ PENSAMENTO ESTRATÉGICO PERFORMANCE Conhecimento do cliente | Segmentação e posicionamento | Diferenciação e competitividade | Inteligência de mercado | Curto vs. longo prazo LIDERANÇA DE MUDANÇAS EXPLORING CHANGE Modelos de gestão de mudanças | Emoções e resistência | Comunicação e empatia | Mudança de hábitos | Cultura de adaptabilidade EXECUÇÃO DE PLANOS E PROJETOS CAYENNE Fatores humanos | Priorização e tomada de decisão | Comunicação | Gestão de stakeholders e influência | Cultura de iniciativa e protagonismo VISÃO DE NEGÓCIOS APPLES & ORANGES Visão sistêmica da empresa | Postura de dono do negócio | Consciência de custos e caixa | Otimização de resultados | Estratégia participativa INOVAÇÃO EM EQUIPE THE MEDICI GAME Criatividade coletiva | Potencialização da diversidade | Gestão pró-criatividade | Inovação disruptiva | Jornadas de inovação PENSAMENTO ÁGIL AGILE MOVE Princípios do ágil | Valor para o cliente Liderança | Trabalho em equipe | Tomada de decisão | Cultura ágil UMA PLATAFORMA BASEADA EM APRENDIZAGEM GAMIFICADA POR SIMULADORES
  23. Obrigado pela leitura e até uma próxima oportunidade! Marco Pellegatti mpellegatti1992@gmail.com mpellegatti1992@kellogg.northwestern.edu (11) 97260-5700
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