2. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO
• A administração da dose correta de um medicamento é uma responsabilidade
compartilhada entre o médico que prescreve o medicamento e a enfermagem
que o administra.
• Antes da administração de qualquer medicamento, a criança precisa ser
identificada usando dois identificadores: (p. ex., nome, número do prontuário
ou data de nascimento) e pulseira de identificação.
3. ITENS DE VERIFICAÇÃO PARA A PRESCRIÇÃO SEGURA DE
MEDICAMENTOS
• Identificação do paciente;
• Identificação do prescritor na prescrição;
• Identificação da instituição na prescrição;
• Identificação da data de prescrição;
• Legibilidade;
• Uso de Abreviaturas;
• Denominação dos medicamentos;
• Prescrição de medicamentos com nomes semelhantes;
• Expressão de doses.
4. ITENS DE VERIFICAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO SEGURA DE
MEDICAMENTOS
I. Paciente certo;
II. Medicamento certo;
III. Via certa;
IV. Hora certa;
V. Dose certa;
VI. Documentação certa (Registro certo); e
VII. Razão ( Orientação correta)
VIII. Forma correta
IX. Resposta Correta
5. ADMINISTRAÇÃO ORAL
• A via oral é a preferível para administrar medicamentos em crianças, por causa da
facilidade.
• A colher de chá é um dispositivo de medição impreciso e sujeito a erros.
• Um medicamento prescrito em colheres de chá deve ser transformado em mL; o
padrão estabelecido é 5 mL por colher de chá.
• Foi demonstrado que o Medibottle é mais eficiente para administrar medicamentos
por via oral em lactentes do que a seringa sem agulha.
6. ADMINISTRAÇÃO ORAL
• A forma mais usada para medir pequenas quantidades de medicamento é uma
seringa plástica descartável;
• As crianças pequenas e algumas maiores têm dificuldades em engolir
comprimidos ou drágeas.
• Apenas os comprimidos que são marcados podem ser cortados pela metade
ou em quatro partes com precisão.
• Se o medicamento for solúvel, o comprimido ou o conteúdo da cápsula pode
ser misturado com uma quantidade pequena e pré-medida de líquido.
7. ADMINISTRAÇÃO
• Com o lactente em posição semirreclinada, o medicamento é colocado na boca com
uma colher, copo plástico, conta-gotas ou seringa (sem agulha).
8. ADMINISTRAÇÃO INTRAMUSCULAR
• O comprimento da agulha deve ser suficiente para penetrar os tecidos subcutâneos e
depositar o medicamento no corpo do músculo.
• O calibre da agulha deve ser o menor possível para administrar o líquido com
segurança.
• Agulhas de diâmetro menor (calibre 25 a 30) causam menos desconforto, mas os
diâmetros maiores são necessários para medicamentos viscosos.
9. DETERMINAÇÃO DO LOCAL
• A quantidade e as características da medicação a ser injetada.
• A quantidade e as condições gerais da massa muscular
• A frequência ou número de injeções que serão administradas durante o tratamento.
• O tipo de medicamento a ser administrado
• Fatores que podem impedir o acesso ou causar contaminação no local.
• A habilidade da criança de ficar na posição segura
OBS: O local de recomendação para imunização IM para lactentes, é a face anterolateral da
coxa ou vasto lateral ou no ventroglúteo o qual foi observada como um local de poucas
reações e também encontraram poucas reações sistêmicas (irritabilidade e persistência de
choro e grito) e uma grande aceitação dos pais para a utilização do músculo ventroglúteo.
10. PREPARO DA CRIANÇA
• Procedimentos invasivos como injeções provocam muita ansiedade nas crianças
pequenas, que podem associar qualquer procedimento nas nádegas a uma punição.
• Uma vez que as injeções são doloridas, a enfermeira deve aplicar uma excelente
técnica e medidas efetivas para a redução da dor, a fim de diminuir o desconforto.
11. ESTRATÉGIAS PARA A CRIANÇA
Converse com a criança para distraí-la.
• Dê à criança algo para se concentrar (p. ex., apertar a mão ou a lateral do leito,
beliscar o próprio nariz, cantar, contar, gritar “ai”).
• Aplique spray gelado (p. ex., etil cloreto ou fluorimetano) no local antes da injeção
ou aplique compressas geladas ou um cubo de gelo enrolado em um tecido no local 1
minuto antes da injeção, ou aplique o frio no lado oposto.
• Peça à criança para segurar uma bandagem adesiva e colocá-la no local da punção
depois da injeção IM.
12. ADMINISTRAÇÃO RETAL
• A via retal de administração é a menos confiável, mas, às vezes, é usada quando a
oral é difícil ou contraindicada.
• Alguns dos medicamentos disponíveis na forma de supositórios incluem
paracetamol, sedativos, analgésicos (morfina) e antieméticos.
• Os supositórios retais são tradicionalmente inseridos com o ápice (extremidade
pontuda) primeiro.
13. ADMINISTRAÇÃO RETAL
• Usando uma luva, ou cobertura de dedo, insira o supositório rápido, porém
delicadamente no reto, passando pelos dois esfíncteres retais. Então, junte as
nádegas firmemente e segure as para aliviar a pressão do esfíncter anal, até que a
vontade de expelir o supositório tenha passado – isso ocorre de 5 a 10 minutos.
14. ADMINISTRAÇÃO OFTÁLMICA
• Para administrar a medicação oftálmica, a criança é colocada na posição de decúbito
dorsal ou sentada com a cabeça estendida e deve olhar para cima. Uma das mãos
puxa a pálpebra inferior para baixo; a mão que segura o conta-gotas fica na cabeça e
move-se simultaneamente a ela, reduzindo, assim, a possibilidade de trauma.
15. ADMINISTRAÇÃO OTOLÓGICA
• As gotas para o ouvido são administradas com a criança na posição de decúbito
ventral ou dorsal, com a cabeça virada para o lado apropriado.
• O uso de uma bola de algodão impede que a medicação saia pelo canal externo.
16. ADMINISTRAÇÃO NASAL
• As gotas nasais são administradas da mesma maneira que em pacientes adultos.
Deve se remover o muco do nariz com um lenço de papel ou um pano limpo.
17. REGIÕES DE INJEÇÃO INTRAMUSCULAR EM CRIANÇAS
VASTO LATERAL
• Calibre 22-25
• VANTAGENS
• Grande, músculo bem desenvolvido, que
pode tolerar grandes quantidades de líquido
0,5 mL [ lactente] para 2 mL [criança]).
• Facilmente acessível se a criança estiver
deitada, de lado ou sentada
• DESVANTAGENS: Trombose da artéria
femoral pela injeção na área de meio da coxa
Lesão do nervo ciático no uso de agulha
longa injetada posterior e medialmente em
pequena extremidade Mais doloroso do que
deltoide ou glútea
18. REGIÕES DE INJEÇÃO INTRAMUSCULAR EM CRIANÇAS
VENTROGLÚTEO
• Calibre 22–25†
• VANTAGENS
• Local livre de nervos importantes e das estruturas
vasculares/ Facilmente identificado por proeminências
ósseas/ Camada mais fina de tecido subcutâneo em
relação ao dorsoglúteo; neste sentido, existe menor
chance de haver depósito de medicamentos na região
subcutânea do que intramuscular/ Pode acomodar
grande quantidade de líquido (0,5 mL [lactente] a 2 mL
[criança])
• Deve ser utilizado acima de 7 meses, este local
apresenta menos risco pois é livre de vasos ou nervos
importantes e tecido subcutâneo de menor espessura.
• DESVANTAGENS
• Os profissionais de saúde não estão familiarizados com
o local
19. REGIÕES DE INJEÇÃO INTRAMUSCULAR EM CRIANÇAS
DELTOIDE
• Calibre 22-25
• VANTAGENS
• Rápida taxa de absorção em relação ao glúteo
• Facilmente acessível, com mínima remoção de roupas
• Menos doloroso e menos efeitos colaterais se comparados à
administração de vacinas no vasto lateral
• DESVANTAGENS
• Massa muscular pequena, que limita a quantidade de líquido
administrado (0,5-1 mL)
• Pequenas margens de segurança com possíveis danos aos
nervos radial e axilar (não mostrado; está sob deltoide na
cabeça do úmero)
20.
21.
22.
23.
24. ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA
• Os exemplos de injeções subcutâneas incluem insulina, reposição de hormônios,
dessensibilização de alergias e algumas vacinas.
• A angulação da agulha para uma injeção subcutânea é tipicamente de 90 graus. Em
crianças com pouco tecido subcutâneo, alguns profissionais inserem a agulha em
um ângulo de 45 graus.
• Os locais comuns incluem o terço central da face lateral do braço, o abdome e o
terço central da coxa anterior.
• O volume máximo suportado por essa via é 1,5 ml.
26. ADMINISTRAÇÃO INTRADÉRMICA
• O teste de tuberculina, a anestesia local e o teste da alergia são exemplos de
injeções intradérmicas frequentemente administradas.
• Ao aplicar uma injeção intradérmica na superfície volar do antebraço, a enfermeira
deve evitar o lado medial do braço, onde a pele é mais sensível.
• São injetados pequenos volumes, geralmente 0,1ml.
27. ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA
O método é usado para administrar medicamentos a crianças que:
• Têm uma absorção como resultado de diarreia, vômito e desidratação
• Precisam de uma alta concentração de medicação
• Tiveram infecções resistentes que requerem medicação parenteral sobre um tempo
maior
• Precisam de um contínuo alívio da dor
• Requerem tratamento de emergência
28. ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA
Fatores a serem considerados ao preparar e administrar medicamentos para lactentes e crianças
por via EV incluem:
• Quantidade do medicamento a ser administrado
• Diluição mínima do medicamento e se a criança está em restrição hídrica
• Tipo de solução em que o medicamento pode ser diluído
• Duração do período em que o medicamento pode ser administrado com segurança
• Frequente limitação da criança, sistema vascular e equipamento de infusão
• Horário em que este ou outro medicamento será administrado
• Compatibilidade de todos os medicamentos que a criança está recebendo por via IV
• Compatibilidade com os líquidos de infusão
30. ESCOLHA DO CATETER
• Um cateter de calibre 22 a 24 pode ser usado se for previsto que a terapia dure
menos de 5 dias. Deve ser escolhido o cateter de menor calibre e mais curto, que
acomode a terapia prescrita.
• O comprimento do cateter pode ser diretamente relacionado com infecção e/ou
formação de êmbolos – quanto mais curto o cateter, menos complicações.
31. FIXAÇÃO DO ACESSOVENOSO PERIFÉRICO
• O eixo do cateter é firmemente fixado no local da punção com um curativo
transparente e o dispositivo comercial de fixação ou um esparadrapo transparente e
antialérgico.
32. COMPLICAÇÕES
• Flebite, ou inflamação da parede do vaso, pode também desenvolver-se em
crianças que precisam da terapia IV descrevem três tipos de flebite:
Mecânica (causada por uma rápida inserção, manipulação IV);
Química (causada por medicamento)
Bacteriana (causada pelos estafilococos)
• O sinal inicial de flebite é a eritema (hiperemia) no local da inserção. Dor
pode ou não estar presente.
33. REFERÊNCIAS
Wong, fundamentos de enfermagem pediátrica / Marilyn J. Hockenberry, David
Wilson; tradução Maria Inês Corrêa Nascimento. - 9. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier,
2014.
Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos
protocolo coordenado pelo ministério da saúde e ANVISA em parceria com
FIOCRUZ e FHEMIG, 2017.