O documento descreve as principais vias de administração de medicamentos em enfermagem, incluindo os cuidados necessários em cada uma. São apresentados os cinco certos da medicação, as três leituras obrigatórias do rótulo antes da administração e as vias oral, retal, nasal, pulmonar, transdérmica, tópica, parenteral e endovenosa.
2. Cuidados Gerais no Preparo e
Administração de Medicamentos
Todo medicamento deve ser prescrito por médico
Para administrar exige-se responsabilidade e
conhecimentos de microbiologia, farmacologia e de
cuidados de enfermagem
Deve ser administrado por auxiliares e técnicos de
enfermagem, enfermeiros ou médicos
Atendentes de enfermagem são proibidos de aplicar
medicamentos
3. Os Cinco Certos da Medicação
Medicamento certo
Via certa
Dose certa
Hora certa
Paciente certo
4. Três Leituras Certas da Medicação
Confira o Rótulo da Medicação
PRIMEIRA VEZ
antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho
de medicamentos
SEGUNDA VEZ
antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou
ampola
TERCEIRA VEZ
antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou
ampola no recipiente
Nunca confie! leia você mesmo!
5. Cuidados na Administração de
Medicamentos
Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa;
Não permitir que familiares preparem medicamentos;
Antes de administrar, confira o leito e o nome do paciente;
Checar somente após aplicação ou ingestão do medicamento;
Caso não seja administrado o medicamento, rodelar o horário,
justificar no relatório de enfermagem e comunicar a enfermeira
da unidade
Anotar e notificar as anormalidades que o paciente apresentar;
Nunca ultrapassar a dose prescrita;
Em casos de emergência, medicação por ordem verbal, mas
deve ser anotada no prontuário;
Em geral, a prescrição médica é válida por 24 horas.
7. Vias de Administração de
Medicamentos
Via Oral
absorção bucal
absorção sublingual
Absorção mucosa
gástrica e intestinal
Via Parenteral
via intradérmica
via subcutânea
via intramuscular
via endovenosa
Via Inalatória
Outras Vias
retal
ocular
intranasal
Transdérmica
/tópica
8. Via Oral
Vantagens:
facilidade de administração
menos dispendiosa
Contra-indicação:
náuseas e vômitos
diarréias
pacientes com dificuldades para engolir
9. Vias de Administração de
Medicamentos
VIA ORAL
absorção intestinal
Absorção sublingual
10. Alguns medicamentos são colocados debaixo da
língua para serem absorvidos diretamente pelos
pequenos vasos sangüíneos ali situados. A via
sublingual é especialmente boa para a
nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina
(dor no peito), porque a absorção é rápida e o
medicamento ingressa diretamente na circulação
geral, sem passar através da parede intestinal e
pelo fígado. Mas a maioria dos medicamentos não
pode ser administrada por essa via, porque a
absorção é, em geral, incompleta e errática.
VIA SUBLINGUAL
15. Via Pulmonar/Alveolar
Boa absorção alveolar:
- membranas biológicas de fácil travessia
- grande superfície de absorção
- rica vascularização sanguínea
16. NEBULIZAÇÃO
Método utilizado para administração de
fármacos ou fluidificação de secreções
respiratórias. Utiliza um mecanismo
vaporizador através do qual se favorece a
penetração de água ou medicamentos na
atmosfera bronquial.
Via Inalatória
18. Via Transdérmica
Indicações:
- Absorção lenta e
contínua
Aborção na pele
(efeito sistêmico)
Tipos: hormônios,
analgésicos opióides,
drogas neoplásicas;
cardiovasculares, etc.
19. Via Tópica
- Efeito local
Cuidados:
-Limpeza da pele/secagem
-Técnica asséptica
-Evitar regiões com solução
de continuidade /injúria
20. Instilação ocular
Indicações:
-Efeito local
Cuidados:
-Evitar administrar na
córnea;
- Evitar contato direto
no globo ocular;
-Pressão leve no ducto
lacrimal (1-2 min);
- Fechar os olhor (1-2
min) melhor absorção.
21. Instilação no ouvido
Indicações:
Cuidados:
-Posicionamento da
cabeça;
- Manter a posição por
2-3 min.
22. Via intravaginal
Indicações:
- efeito local
Cuidados:
- técnica asséptica;
- isolamento;
Posicionamento:
- manter 2 ou 3 min
Apresentação:
-Supositório, creme
ou gel
29. 1. Via Intradérmica
Via muito restrita
Pequenos volumes - de 0,1 a 0,5 mililitros
Usada para reações de hipersensibilidade
provas de ppd (tuberculose), Schick (difteria)
sensibilidade de algumas alergias
fazer desensibilização e auto vacinas
aplicação de BCG (vacina contra tuberculose) - na
inserção inferior do músculo deltóide - uso mundial
30. Local mais apropriado: face anterior do antebraço
pobre em pelos
possui pouca pigmentação
possui pouca vascularização
ter fácil acesso para leitura
1. Via Intradérmica
31. 2. Via Subcutânea
A medicação é introduzida na tela subcutânea (tecido
subcutâneo ou hipoderme)
Absorção lenta, através dos capilares, de forma contínua
e segura
usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-
sarampo), anticoagulantes (heparina) e hipoglicemiantes
(insulina)
Volume não deve exceder 03 mililitros
32. Local de aplicação - teoricamente, toda tela subcutânea
Locais recomendados: menor inervação local, acesso
facilitado, maior capacidade de distensão local do tecido
parede abdominal
faces ântero-lateral da coxa
face externa do braço
Angulação da agulha
90º - Agulha calibre 13x4.5
Em uso repetido, deve ser revezado o local da
aplicação
2. Via Subcutânea
36. Complicações das injeções subcutâneas
infecções inespecíficas ou abcessos
formação de tecido fibrótico
embolias - por lesão de vasos e uso de drogas
oleosas ou em suspensão
lesão de nervos
úlceras ou necrose de tecidos
fenômeno de Arthus - formação de nódulos devido
injeções repetidas em um mesmo local
2. Via Subcutânea
37. 3. Via Intramuscular
Via muito utilizada, devido absorção rápida
Músculo escolhido
deve ser bem desenvolvido
ter facilidade de acesso
não possuir vasos de grande calibre
não ter nervos superficiais no seu trajeto
Volume injetado - depende da estrutura muscular
região deltóide - de 2 a 3 mililitros
região glútea - de 4 a 5 mililitros
músculo da coxa - de 3 a 4 mililitros
40. Região Deltóidea – Músculo deltóide
muito utilizada pela facilidade de acesso
muitas vezes indicada pelo paciente
localização
5 a 6 centímetros (quatro dedos) após final do
ombro
punção no meio do músculo, no sentido da
largura
podem acontecer complicações vásculo-nervosas
com paralisia muscular
3. Via Intramuscular - Deltóide
42. 3. Via Intramuscular - deltóide
Contra-indicações da Região Deltoídea
crianças de 0 a 10 anos
pequeno desenvolvimento muscular (caquéticos e
idosos)
volumes superiores a 3 mililitros
substâncias irritantes
injeções consecutivas
pacientes com AVC e parestesias ou paresias dos
braços
pacientes submetidos a mastectomia ou
esvaziamento ganglionar
43. 3. Via Intramuscular - Região Ventro- Glútea
Ou Hochsteter - músculo Glúteo médio e mínimo
Colocar a mão esquerda no quadril direito do cliente e
localizar com o dedo indicador a espinha ilíaca ântero-
posterior direita. Estender o dedo médio ao longo da
crista ilíaca, espalmando a mão sobre a base do grande
trocanter do fêmur e formar com o dedo indicador .
Localizar a punção nesse ângulo.
44. Região Dorso-Glútea
músculo glúteo máximo
localização: quadrante superior externo
linha horizontal: início da prega glútea
linha vertical: no meio da nádega escolhida para
injeção
posição:
decúbito ventral: maior relaxamento muscular
decúbito lateral e posição ortostática
3. Via Intramuscular – Dorso-Glútea
47. Quando não devemos utilizar a região dorso-glútea?
Crianças menores de 2 anos, principalmente as que não andam
Pacientes com atrofia de musculatura glútea (idosos)
Com parestesia ou paralisia de membros inferiores
Pacientes com lesões vasculares de membros inferiores
Complicações
evitar nervo ciático: quadrante inferior interno
• pode causar paralisia de membro inferior
injeções intra-vasculares: embolias
infecções e abcessos
3. Via Intramuscular - Dorso Glútea
48. 3. Via intramuscular -Região Ântero-lateral da Coxa
Músculo vasto-lateral (quadríceps
femural)
Facilidade de auto-aplicação
Cuidado com o nervo fêmuro-cutâneo
49. 4. Via Endovenosa
Via muito utilizada, com introdução de medicação diretamente
na veia
De preferência
membros superiores
evitar articulações
melhor local: face anterior do antebraço “esquerdo”
Indicações
necessidade de ação imediata do medicamento
necessidade de injetar grandes volumes - hidratação
introdução de substâncias irritantes de tecidos
coleta de sangue para exames
50. 4. Via Endovenosa
Tipos de medicamentos injetados na veia
soluções solúveis no sangue
líquidos hiper, iso ou hipotônicos
• sais orgânicos
• eletrólitos
• medicamentos
não oleosos
não deve conter cristais visíveis em suspensão
51. Veias utilizadas para medicação endovenosa
região cefálica - utilizada em recém-natos e lactentes
região cervical - veias jugulares
via subclávia - muito utilizada em UTI
para injeção de medicamentos
para infusão de alimentação parenteral
para acesso venoso central
para monitorização - PVC, Swan-Ganz
em pacientes com dificuldade de acesso venoso
em UTI - para acesso venoso central
4. Via Endovenosa
53. Veias utilizadas para medicação endovenosa...
membros superiores
veias cefálica, basílica
• para manutenção de via venosa contínua
veia intermediária do cotovelo
• para coletas de sangue
• para injeções únicas de medicamentos
dorso da mão
veias metacarpianas dorsais
• para injeções únicas
• manutenção de via venosa contínua (evitar)
4.Via Endovenosa
55. Veias utilizadas para medicação endovenosa...
membros inferiores
perna - veia safena magna e tibial anterior
pé - rede dorsal do pé
• evitar devido risco de flebites e embolia
• metabolismo de primeira passagem
• contra-indicada em pctes com lesões
neurológicas
4. Via Endovenosa
57. Técnica de punção venosa - injeção única
lave as mãos
explique o procedimento para o paciente
use luvas de procedimento (não estéril)
apóie o membro superior em um suporte
coloque o garrote acima do local a ser puncionado,
para dilatar a veia
apalpe a veia. Se estiver rígida, escolha outra
4. Via Endovenosa
58. Técnica de punção venosa - injeção única...
faça anti-sepsia no local da punção com uma bola
de algodão com álcool, com movimentos de baixo
para cima, virando-a a cada movimento
Para facilitar a punção, estique a pele para fixar a
veia
puncionar a veia com o bisel da agulha para cima,
utilizando ângulo entre 15 e 30 graus
aspire e, caso venha sangue, solte o garrote e peça
para o paciente abrir a mão
4. Via Endovenosa
59. Técnica de punção venosa - injeção única...
Verifique se a agulha está corretamente inserida na veia
verificar infiltração subcutânea ao redor da veia
verificar se está ocorrendo hematoma
verificar se não houve transfixação da veia
injete o medicamento lentamente na veia
verificar se o paciente está apresentando alguma reação
local ou sistêmica
Terminada a aplicação, retire a agulha e comprima o local da
punção com algodão
faça um pequeno curativo no local
comprima o local de 3 a 5 minutos e deixe exposto.
4. Via Endovenosa
60. Seja firme!
Pense sempre positivo.
Seja flexível, se for necessário refaça suas metas, recomece
seus propósitos, modifique aquilo que não funciona para a sua
vida.
Esteja em paz consigo mesmo (a).
Acredite, você pode ser melhor a cada dia, assim como
também pode conseguir o que deseja
para a sua vida.
Procure a força que está dentro de você e reaja!
Você tem o direito de ser feliz e viver com tudo o que a vida
oferece de melhor.
Então, mãos à obra, comece já a se empenhar para o seu
aperfeiçoamento!