2. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• A administração de medicamentos envolve aspectos legais e éticos de impacto
sobre a prática profissional.
• A administração de medicamentos é uma das mais sérias responsabilidades que
pesam sobre a enfermagem.
• Uma falha pode ter consequências irreparáveis.
• Todo medicamento a ser administrado ao paciente deve ser prescrito pelo médico.
• Toda prescrição de medicamento deve conter: data, nome do paciente, registro,
enfermaria, leito, nome do medicamento, dosagem, via de administração,
frequência, assinatura do médico.
3. • Ao preparar a bandeja de medicamentos, fazê-lo atentamente e não conversar.
• Ter sempre a frente, enquanto prepara o medicamento, a prescrição médica.
• Ler o rótulo do medicamento 3 vezes, comparando-o com a prescrição:
- antes de tirar o recipiente do armário;
- antes de colocar o medicamento no recipiente para administrar;
- antes de repor o recipiente no armário.
• Colocar a prescrição médica próximo ao recipiente de medicamentos sempre juntos
na bandeja;
• Nunca administrar medicamento com rótulo ilegível, sem rótulo ou vencido;
• Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas;
• Identificar a seringa ou frasco via oral: quarto, leito, via, nome do medicamento;
4. • Identificar o paciente antes de administrar o medicamento, solicitando nome e
certificando-se da exatidão do mesmo, pelo prontuário;
• Certificar-se das condições de conservação do medicamento; verificar a data de
validade;
• Anotar qualquer alteração após a administração (vômitos, diarréia, erupções, urticária);
• Quem prepara administra. Não administrar medicamentos preparados por outras
pessoas;
• Em caso de dúvida, nunca administrar o medicamento, até que a mesma seja
esclarecida;
• Os antibióticos devem ser administrados no máximo 15 minutos antes ou depois do
horário prescrito;
• Checar o horário da medicação somente após administrá-la assinar legivelmente seu
nome ao lado;
• Orientar o paciente quanto ao nome do medicamento, á ação da medicação, ao
procedimento, ao autocuidado
5. • Checar o horário do medicamento administrado durante o dia com caneta azul e
durante a noite com caneta vermelha (dependendo do pop hospitalar);
• Circular o horário em azul (dependendo do pop hospitalar), e anotar o motivo da
não administração da medicação (recusa, vômitos, paciente fora da unidade,
medicação suspensa);
• Circular o horário de vermelho (dependendo do pop hospitalar), caso o
medicamento não tenha dado por esquecimento;
• Nunca anotar ou checar o medicamento antes de ter sido administrado ao paciente;
• Orientar quanto ao perigo da automedicação;
• Ao colocar o medicamento no recipiente, mantê-lo no nível dos olhos, certificando-
se da graduação correta.
8. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
v Via Oral (VO);
v Sublingual (SL);
v Gástrica;
v Tópica;
v Ocular;
v Auricular;
v Retal;
v Genital;
v Nasal;
v Parenteral (IM, ID, SC, EV).
9. VIA ORAL
• É a administração de medicamento pela boca.
• Método mais comum de prescrição de um fármaco.
Vantagens: mais seguro; mais conveniente; mais econômico.
Desvantagens: irritação da mucosa gástrica; interferência na digestão; dificuldade
de deglutir.
Contra-Indicações: Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes; Em caso de
vômitos; Quando está de jejum para cirurgia ou exame.
10. v Material:
1. Bandeja;
2. Copo ou seringa descartável;
3. Prescrição médica;
4. Comprimido ou frasco de medicamento.
VIA ORAL
11. v Procedimento:
1. Lavar as mãos;
2. Colocar os medicamentos nos recipientes, diluindo-os se for necessário;
3. Identificar o recipiente com o nome do paciente, número do leito, medicamento e dose;
4. Levar a bandeja para junto do paciente;
5. Identificar o paciente, verificando o nome com a prescrição médica;
6. Explicar o paciente e acompanhante sobre o procedimento a ser realizado;
7. Explicar o propósito de cada medicamento, caso o paciente pergunte;
8. Colocar o medicamento na boca do paciente sem contaminar os comprimidos ou xarope;
9. Oferecer água;
10. Verificar se o paciente deglutiu o medicamento, nunca deixando-o sobre a mesa de cabeceira;
11. Recolher o material;
12. Checar o horário e fazer anotações.
VIA ORAL
12. VIA SUBLINGUAL
• São colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos
pequenos vasos sanguíneos.
• A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio
da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa
diretamente na circulação geral.
• A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a
absorção é, em geral, incompleta e errática.
13. v Procedimento:
1. Lavar as mãos;
2. Separar o medicamento conforme prescrita;
3. Dar água para o paciente enxaguar a boca;
4. Colocar o medicamento sob a língua e pedir para abster-se de engolir a saliva
por alguns minutos, a fim de que a droga seja absorvida.
5. Checar o horário e fazer as anotações necessárias.
VIA SUBLINGUAL
14. VIA GÁSTRICA
• É a introdução do medicamento através da sonda nasogástrica/nasoenteral/
gastrostomia;
• Utilizada para pacientes inconscientes ou impossibilitados de deglutir.
• Os medicamentos sólidos são dissolvidos em água e introduzidos na via gástrica
com seringa;
• As cápsulas são abertas, dissolvendo-se o pó medicamentoso nelas contido.
15. VIA TÓPICA
• É aplicação de medicamento na pele, sob forma de pomadas, cremes ou adesivos;
• Sua ação pode ser local ou geral.
16. v Procedimento
1. Explicar o procedimento e realizar a higiene local;
2. Organizar o material;
3. Lavar as mãos;
4. Calçar luvas;
5. Expor o local;
6. Colocar o medicamento na pele, conforme prescrição;
7. Observar qualquer anormalidade na pele: erupções, prurido, edema, eritema etc;
8. Deixar o paciente confortável;
9. Providenciar a limpeza e ordem do material;
10. Retirar as luvas e lavar as mãos;
11. Anotar o cuidado prestado.
VIA TÓPICA
17. VIA OCULAR
• É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular.
Material:
üColírio ou pomada;
üGaze.
18. Procedimento
1. Lavar as mãos e levar os materiais ao leito do paciente;
2. Explicar o procedimento ao paciente;
3. Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada para trás;
4. Antes da aplicação, realizar higiene ocular;
5. Afastar com o polegar a pálpebra inferior, com auxilio do lenço ou gaze, expondo o saco conjutival;
6. Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio;
7. Pedir ao paciente que olhe para cima, e instilar o medicamento na porção média da pálpebra inferior;
8. Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior;
9. Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular;
10. Retirar o excesso de pomada com gaze;
11. Lavar as mãos e anotar o cuidado prestado.
VIA OCULAR
19. VIA AURICULAR
• Consiste em introduzir o medicamento no canal auditivo externo.
MATERIAL:
üMedicamento;
üCuba-rim;
üGaze;
üSaco de resíduo.
20. Procedimento:
1. Lavar as mão;
2. Levar o material e explicar o procedimento;
3. Posicionar o cliente e lateralizar a cabeça;
4. Retirar, através do conta-gotas a medicação;
5. Entreabrir a orelha e instilar a medicação no conduto auditivo sem contaminar - No adulto, puxar
com delicadeza o pavilhão auditivo para cima e ara trás, a fim de retificar o canal auditivo - Na
criança, puxar para baixo e para trás;
6. Orientar o paciente quanto á manutenção da posição inicial por alguns minutos;
7. Colocar um floco de algodão no orifício externo da orelha;
8. Providenciar a limpeza e lavar as mãos;
9. Anotar o cuidado prestado.
VIA AURICULAR
21. VIA RETAL
• É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister
medicamentoso.
Material:
üBandeja;
üSupositório;
üGaze;
üLuvas de procedimento;
üSaco de lixo.
22. v Procedimento:
1. Reunir o material;
2. Lavar as mãos;
3. Explicar o procedimento ao paciente;
4. Calçar luvas;
5. Colocar o paciente em posição de SIMS;
6. Com o polegar e indicador da mão não dominante, entreabrir as nádegas;
7. Introduzir o supositório no reto, delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha por alguns minutos;
8. Colocar o material em ordem;
9. Tirar as luvas e lavar as mãos;
10. Anotar o cuidados prestado no prontuário do paciente.
Observações: O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio da enfermagem, desde que seja orientado -
Em caso de criança ou adulto incapacitado para retê-lo, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno
do supositório - É necessário colocar a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro.
VIA RETAL
23. VIA VAGINAL
• É a introdução de medicamentos no canal vaginal.
• O medicamento pode ser introduzido sob a forma de: creme ou gel, comprimido
ou óvulos.
Material:
üLuvas de procedimento ;
üAplicador vaginal (S/N);
üMedicamento.
24. v Procedimento:
1. Explicar o procedimento ao cliente;
2. Organizar o material e levar ao leito da paciente
3. Lavar as mãos e calçar luvas;
4. Cercar o leito com biombo;
5. Colocar o paciente em posição ginecológica;
6. Colocar o medicamento no aplicador próprio;
7. Com auxílio de gaze, afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar;
8. Introduzir delicadamente o aplicador aproximadamente 5 cm em direção ao sacro, para que haja na parede posterior da vagina;
9. Pressionar o êmbolo;
10. Retirar o aplicador e pedir ao paciente que permaneça em decúbito dorsal por 15 minutos;
11. Colocar um absorvente s/n;
12. Providenciar a limpeza e ordem do material;
13. Retirar as luvas e lavar as mãos;
14. Anotar o cuidado prestado.
VIA VAGINAL
25. VIA NASAL
• Consiste em administrar na mucosa nasal um medicamento líquido ou pomada.
Material:
üLuvas de procedimento;
üMedicação;
üGaze.
26. v Procedimento:
1. Levar o material e explicar o procedimento;
2. Lavar as mãos;
3. Solicitar que faça higiene nasal;
4. Inclinar a cabeça para trás (hiperextensão);
5. Pingar a medicação na parte superior da cavidade nasal, evitando que o frasco toque a
mucosa;
6. Solicitar ao paciente que permaneça nesta posição por mais alguns minutos;
7. Providenciar a limpeza e ordem do material;
8. Lavar as mãos;
9. Anotar o cuidado prestado.
VIA NASAL
27. VIA PARENTERAL
Vias:
Ø ID;
Ø SC;
Ø IM;
Ø EV.
Utiliza-se agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas
padronizadas.
Vantagens: - a disponibilidade é mais rápida e mais previsível, tratamento de
emergências.
Desvantagens - Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental, pode vir
acompanhada de forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco
em si mesmo se for necessária a automedicação. - Alto custo.
29. VIA INTRADÉRMICA - ID
• Via restrita;
• Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros;
• Usadas em reações de hipersensibilidade.
ü Provas de PPD;
ü Provas alérgicas;
ü Aplicação de vacinas: BCG;
ü Agulha 13x4,5.
Local mais apropriado: face anterior do antebraço; Pobre em pelos; Possui pouca
pigmentação; Possui pouca vascularização; Fácil acesso a leitura.
30. VIA SUBCUTÂNEA - SC
• A medicação é introduzida na tela subcutânea/hipoderme.
• Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura.
• O volume não deve ultrapassar 03 mililitros.
• Usada para administração:
ü Vacinas (rábica e sarampo);
ü Anticoagulante (heparina);
ü Hipoglicemiantes (insulina).
32. IMPORTANTE
• O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período
indeterminado.
Ângulo da agulha:
90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes obesos;
45°C – Agulhas normais e pacientes magros.
Complicações: Infecções inespecíficas ou abscessos; Formação de tecido fibrótico;
Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensões; Lesão
de nervos; Úlceras ou necrose de tecidos.
34. VIA INTRAMUSCULAR - IM
• Via muito utilizada, devido a absorção rápida.
Músculo escolhido:
ü Deve ser bem desenvolvido;
ü Ter fácil acesso;
ü Não possuir grande calibre e nem nervos.
Volume injetado:
üRegião deltoide – de 2 a 3 mililitros;
üRegião glútea – de 4 a 5 mililitros;
üMúsculo da coxa (vasto lateral)– de 3 a 4 mililitros
35.
36. VIA INTRAMUSCULAR - IM
v Quando não devemos utilizar a região glútea?
ü Crianças < 2 anos;
ü Pacientes com atrofia da musculatura;
ü Paralisia de membros inferiores.
v Complicações:
ü Deve-se evitar o nervo ciático;
ü Injeções intravasculares: embolias;
ü Infecções e abscessos.
38. VIA ENDOVENOSA - EV
• Via muito utilizada, com introdução de medicação diretamente na veia.
Local apropriados:
ü Melhor local: face anterior do antebraço (lado esquerdo);
ü Membros superiores;
ü Evitar articulações.
Indicações:
ü Necessidade imediata de ação;
üGrandes volumes;
ü hidratação;
üColeta de sangue para exames
39. v Tipos de medicamentos injetados na veia:
ü Soluções solúveis na veia.
v Líquidos hiper, iso ou hipotônicos:
ü Sais orgânicos;
ü Eletrólitos;
ü Medicamentos.
v Não oleosos.
v Não deve conter cristais visíveis em suspensão.
VIA ENDOVENOSA - EV
40. CATETERES INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS
v Cateteres Agulhados
Indicação: infusões de curta duração, baixo volume, em bolus ou push, pacientes c/
veias muito finas e comprometidas.
Contra indicação: nunca utilizar com solução vesicante/irritante
O USO DEVE SER LIMITADO À ADMINISTRAÇÃO DE DOSE ÚNICA E COLETA
DE AMOSTRA DE SANGUE PARA ANÁLISE CLÍNICA
42. v Cânula Intravenosa
Indicação: infusões de média duração até 72 ou 96 horas
Material: Teflon ou Poliuretano
REMOÇÃO DO CATETER
• O cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações, mau funcionamento
ou descontinuidade da terapia deve ser retirado.
• Recomenda-se a troca do cateter periférico em adultos em 72 horas quando
confeccionado com teflon e 96 horas quando confeccionado com poliuretano.
•Identificação!
CATETERES INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS