Conferência SC 24 | Estratégias de precificação para múltiplos canais de venda
Detecção de E. coli em carne suína
1. Escherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNA
DA PAPADA (FERIDA DE SANGRIA).
Franco, Robson Maia; Mantilla, Samira Pirola Santos; Gouvêa, Raquel; Cunha,
Fernanda Lima. Universidade Federal Fluminense, Niterói-RJ.
robsonmf@vm.uff.br
Cepas de Escherichia coli podem ocasionar surtos de enfermidades
transmissíveis por alimentos colocando em alerta o serviço de vigilância
sanitária e a comunidade científica. A carne suína, principalmente a região de
ferida de sangria, pode ser veiculadora desse patógeno devido às práticas
ineficientes de higiene pessoal e esterilização de facas. A pesquisa teve como
objetivo enumerar, isolar e identificar sorogrupos de E. coli em amostras da
região de ferida de sangria de suínos mediante aplicação de quatro
metodologias diferentes. Foram analisadas, após a divisão em meias
carcaças, 20 amostras de carne suína da região interna da papada
correspondente à área de ferida de sangria obtidos de suínos clinicamente
saudáveis e julgados aptos para o consumo, abatidos em frigoríficos sob
inspeção estadual do Grande Rio. Foram utilizados 4 métodos a saber: 1-
Enumeração de coliformes (Hitchins et al., 1995; Kornacki e Johnson, 2001),
2- Método SimplateTM para coliformes totais e Escherichia coli (Townsend et
al., 1996) , 3- Isolamento e diferenciação de cepas enterohemorrágicas
(EHEC) e Escherichia coli O157:H7 (Merck, 1996) , 4- Pesquisa de colônias
de Escherichia coli enteropatogênica (Mehlman e Lovett, 1984). Para o
método 1 a variação de coliformes, coliformes fecais e Escherichia coli foi
respectivamente < 2 NMP/g a 46 NMP/g, < 2 NMP/g a 33 NMP/g e de ausência
a 33 NMP/g, sendo que cinco (25%) amostras, quatro (20%) amostras e quatro
(20%) amostras estavam contaminadas por coliformes, coliformes fecais e
Escherichia coli, respectivamente. O NMP para o método 2 teve variação,
respectiva, de coliformes totais e Escherichia coli de zero a 28 e de zero a 18.
Pelo método 3, foram isoladas 18 colônias suspeitas de Escherichia coli, sendo
nenhuma EHEC e nem EPEC. O número de colônias de Escherichia coli
isoladas pelo método 4 foi 121. Do total de 20 amostras duas amostras da
ferida de sangria estavam contaminadas por EPEC (C O86). O método que
possibilitou o isolamento de maior número de colônias foi o de Mehlman e
Lovett (1984). A presença dos sorogrupos de E. coli nas amostras ressalta a
necessidade de se colocar em prática o sistema nacional e internacional da
inocuidade de produtos de origem animal, para que a carne suína não seja
veiculadora de enfermidades transmissíveis por alimentos, tendo como agente
etiológico sorogrupos patogênicos ou oportunistas de E. coli, e que através de
dejetos industriais, não tratados, estas cepas, inclusive O157:H- , não seja
inserida na cadeia alimentar.