SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
68
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 40(1):68-70, jan-fev, 2007ARTIGO/ARTICLE
Comportamento do método quimioluminescente-ELISA em
relação a resultados considerados discordantes por meio de
três técnicas convencionais para diagnóstico
da doença de Chagas
Behavior of the chemiluminescent ELISA method in relation to results considered
discordant via three conventional techniques for diagnosing Chagas disease
Cláudia Regina De Marchi1,2
, Vicente Amato Neto1,2
e Igor Correia de Almeida3
RESUMO
Quando utilizadas, em conjunto, a hemaglutinação indireta, a imunofluorescência indireta e ELISA para diagnóstico sorológico
da doença de Chagas por vezes ocorrem resultados considerados discordantes, por não haver concordância entre o que indicam
essas técnicas. A disponibilidade do método quimioluminescente-ELISA permitiu executá-lo com 200 soros que examinados pelos
três testes citados que motivaram a obtenção de resultados discordantes. Com o método quimioluminescente-ELISA sucederam
193 negativos e sete positivos. O emprego desse novo procedimento trouxe mais um subsídio para compreensão do assunto, mas
avanço mais concreto dependerá de documentação com soros de pessoas infectadas ou não pelo Trypanosoma cruzi conforme
comprovação parasitológica.
Palavras-chaves: Doença de Chagas. Diagnóstico sorológico. Resultados duvidosos. Método quimioluminescente-ELISA.
ABSTRACT
When indirect hemagglutination, indirect immunofluorescence and enzyme-linked immunosorbent assay are used together for
serologically diagnosing Chagas disease, results that are considered discordant sometimes occur because there is disagreement
between what these tests indicate. The availability of the chemiluminescent ELISA method enabled tests on 200 serum samples
that had previously produced discordant results from the three abovementioned methods. CL-ELISA revealed that 193 of these
samples were negative and seven were positive. The use of this new procedure provides further support for understanding this
subject, but more concrete advances will depend on documentation with blood analyses from people previously demonstrated
to be unquestionably infected or uninfected with Trypanosoma cruzi.
Key-words: Chagas disease. Serological diagnosis. Discordant results. Chemiluminescent ELISA.
1. Laboratório de Investigação Médica - Parasitologia do Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 2. Laboratório de Parasitologia,
Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 3. Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São
Paulo, São Paulo, SP.
Endereço para correspondência: Biomédica Cláudia Regina de Marchi. LIM/FM/USP. Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar 500, 05403-000 São Paulo, SP, Brasil.
e-mail: claudiamarchi@yahoo.com.br
Recebido para publicação em 17/3/2006
Aceito em 17/1/2007
Vários tipos de provas sorológicas são atualmente utilizados
para possibilitar o diagnóstico da doença de Chagas. Constituem
exames bastante efetuados para a identificação da parasitose em
pessoas que estão na fase crônica da doença. Os testes mais em
foco correspondem, no momento, à hemaglutinação indireta
(HAI), à imunofluorescência indireta (IFI) e ao enzyme-linked
immunosorbent assay (ELISA)4 5 12 14
. Nestes testes, conhecidos
como convencionais, são usados habitualmente, como antígenos,
extratos brutos de formas epimastigotas do Trypanosoma cruzi.
A presença nessas preparações de inúmeros antígenos e epitopos,
compartilhados com outros microorganismos, bem como a
baixa diluição sorológica utilizada leva, freqüentemente, a
resultados discordantes. Glicoinositolfosfolipídeos em seus
terminais residuais de -galactofuranose, ou presentes em
glicoconjugadosdefungoseLeishmaniasppodemserumdos
responsáveispelareatividadecruzadaentresorosdepacientes
com micoses ou leishmanioses e antígenos de T. cruzi.
Assim, os processos convencionais presentemente aplicados
em hemoterapias ou mesmo de forma rotineira para diagnósticos
têm apresentado resultados insatisfatórios em razão do grande
número de amostras duvidosas ou falso-positivas.
69
De Marchi CR cols
Com o objetivo de solucionar esta situação, conceituados
centros de pesquisas vêm empenhando-se no estudo de
proteínas recombinates, peptídeos sintéticos e antígenos
purificados3 6 7 8 9 10 13
. Dentre os purificados imudominantes,
em tarefas laboratoriais ocorre presentemente destaque para
uma glicoproteína (glicosilfosfatidilinositol) ancorada do tipo
mucina que quando isolada a partir de formas tripomastigotas
do T. cruzi está propiciando altos índices de sensibilidade e
especificidade1 2
.
Nesse contexto, ao lado dos expressivos benefícios que esses
métodos proporcionam estão duas circunstâncias rememoráveis.
Referimo-nos ao fato de ainda não contarmos com teste tido como
gold standard, por atingir de forma cabal os objetivos almejados,
ou seja, a apresentação de informações irrefutáveis, e também
à ocorrência de resultados qualificados como indeterminados,
por não haver concordância entre o que indicam as técnicas
utilizadas. Esse contratempo tem implicações muito impróprias,
pois se no grupo de três provas uma registra negatividade, fica
simples deduzir que advirá grave erro quanto à interpretação.
Por exemplo, isso é muitas vezes comprovado quando há análise
de soros em conjunto, através de HI, IFI e ELISA, nas atividades
rotineiras.
Como tentativa de propiciar novos conhecimentos quanto
aos resultados discordantes executamos comparação entre
verificações obtidas por três técnicas convencionais (HAI, IFI e
ELISA) e a quimioluminescente-ELISA (CL-ELISA).
MATERIAL E MÉTODOS
Utilizamos 200 amostras glicerinadas (v/v) de soros humanos,
mantidasa4ºC,comastrêsprovassorológicasconvencionais(HAI;
IFI;ELISA)revelandoresultadosdiscordantesentresi,considerados
os valores aceitos como significativos para doença de Chagas.
Quanto às técnicas adotadas, elas foram, para HI, IFI e
ELISA, respectivamente as indicadas por Hoshino-Shimizu e
cols11
, Camargo4
e Voller e cols14
, convindo contudo registrar, em
prosseguimento, alguns detalhes a respeito delas.
Hemaglutinação indireta. Foi realizada como descrita por
Hoshino-Shimizuecols11
.Osreagentesutilizadosforamcomerciais
(Cecon - Centro de Controle de Produtos para Diagnósticos Ltda)
com hemácias de galinha ou ganso sensibilizadas com formas
epimastigotas brutas de T. cruzi e soros diluídos a 1/20, 1/40,
1/80 e 1/160; 1/40 é comumente tido como aceitável para
diagnóstico da doença de Chagas.
Imunofluorescência indireta. A IFI quantitativa (IgG) foi
realizada nos títulos de 20, 40, 80 e 160 utilizando metodologia
padronizada por Camargo4
. Foi utilizado antígeno bruto de
formas epimastigotas (Cecon – Centro de Controle de Produtos
para Diagnósticos Ltda) para sensibilização das lâminas e
conjugado(anti-imunoglobulinas)anti-IgGhumanomarcadocom
isotiocianato de fluoresceína (Biolab). O título 1/40 é comumente
tido como aceitável para diagnóstico da doença de Chagas.
ELISA. Foi utilizado kit comercial Hemobio Chagas HBK 401
(EmpresaBrasileiradeBiotecnologiaS.A.-Embrabil)comextrato
bruto de formas epimastigotas, com soro na diluição 1:201.
Leitura por densidade ótica em espectofotômetro, com filtro
de leitura a 450nm, e de referência a 620nm em ELISA-LP 400
Microplate Reader. O limiar de reatividade (LR) foi encontrado
através da media aritimédica de três controles negativos mais
0,300(conformeinstruçõesdokit).Azonacinzafoiestabelecida
somando-se e subtraindo-se 10% ao valor do LR.
CL-ELISA. Foi realizada conforme instruções de Almeida
e cols4
. A obtenção do antígeno partiu da purificação de
mucinas de formas tripomastigotas do T. cruzi na concentração
de 188pg/50µl em cada poço da placa, com soro a 1:1000.
Inicialmente, para determinar o limiar de reatividade (LR)
houve emprego de painel de 52 soros de pacientes com doença
de Chagas, comprovada por hemocultura, e de 100 soros de
indivíduos sem a parasitose, ficando estabelecido valor de corte
de 0,729. Para estabelecer a zona cinza houve soma e subtração
de 10% dos valores de LR.
As formas tripomastigotas do T. cruzi, de cepa identificação
como Y, foram obtidas a partir do sobrenadante do 5o
ao 8o
dia
da cultura de células LLCMK2
(monkey kidney epithelial).
RESULTADOS
Das 200 amostras com resultados discordantes derivados de
técnicas convencionais (HAI, IFI e ELISA), em 193 sucederam
resultados negativos em CL-ELISA, efetuada com mucinas
purificadas de tripomastigotas (Muc-TCT), e quanto a somente
sete amostras houve positividade. Não encontramos amostras na
zona cinza (Tabela 1).
DISCUSSÃO
A técnica CL-ELISA é processada em tempo global similar
ao de outros testes de ELISA convencionais. A manipulação de
reagentes, assim como a execução do procedimento, também
são de fácil aprendizado para profissional treinado. A propósito,
porém, vale lembrar as dificuldades para manipulação e
manutenção de formas infectantes do parasita, e obtenção do
antígeno purificado, causando limitações à disponibilidade de
kits comerciais relacionados com tal método.
Há necessidade de investimento inicial relacionado com o
desenvolvimento da técnica, tanto para obtenção dos parasitas,
extração e purificação antigênica, como para leitura da placa em
Tabela 1 - Resultados de exames para diagnóstico da doença de Chagas
considerados discordantes por meio de três técnicas convencionais,
comparados com os decorrentes do método da quimioluminescente-ELISA.
Técnicas Discordantes Positivos Negativos
no
% no
% no
%
HI 200 100,0 0 0,0 0 0,0
IFI 200 100,0 0 0,0 0 0,0
ELISA 200 100,0 0 0,0 0 0,0
CL-ELISA 0 0,0 7 3,5 193 96,5
HI: hemaglutinação indireta; IFI: imunofluorescência indireta; ELISA; CL-ELISA:
quimioluminescente-ELISA.
70
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 40(1):68-70, jan-fev, 2007
quimioluminômetro, que cremos ser justificado pelos resultados
obtidos.
Nossa averiguação, com caráter eminentemente prático,
demonstrou a propósito de CL-ELISA indubitável ausência de
valores de leitura presentes dentro da chamada zona cinza ou
próximos a ela. Vale lembrar que neste contexto falta a existência
de reação qualificada como gold standart, apta a permitir
interpretações com resultado seguro.
Para avançar na resolução da incômoda ocorrência de
resultados discordantes impõe-se programar avaliações com
soros categoricamente de pessoas infectadas ou não através de
documentação parasitológica.
Empregamos amostras de um contingente problemático, o
do grupo de resultados discortantes, por dedução dos informes
decorrentes HI, IFI e ELISA convencionais, pela divergência entre
negatividade e positividades. Contudo, sem contarmos com teste
gold standart e comprovação parasitológica da presença ou não
de doença de Chagas merece cuidado eventual aceitação cabal do
que foi verificado, no sentido de validar negativos e positivos. Nossa
intençãobásicaconsistiuemaduzircolaboraçãoaoconhecimentodo
assunto,levandoemconsideraçãoosaltosíndicesdesensibilidadee
especificidade da CL-ELISA, conforme constatações anteriores.
Nossa avaliação pautou-se sobretudo na intenção de verificar
como o teste de CL-ELISA, utilizando um antígeno purificados de
formastripomastigotas(Muc-TCT),iriasecomportar-seanteoutros
três procedimentos, em um grupo ambíguo de amostras com
resultadosdiscordantes.Nãoencontramosnenhumvalordeleitura
próximo ao limiar de reatividade, na casuística por nós utilizada.
Porenquanto,evidentemente,nãoésuficienterecorreraumúnico
tipo de prova para o diagnóstico laboratorial da doença de Chagas,
mas a utilização do CL-ELISA (Muc-TCT) é por nós recomendada,
incorporando-o a outros testes rotineiramente usados, que prestam
apoio quando há intenção de diagnosticar a doença de Chagas.
REFERÊNCIAS
1. Almeida IC, Covas DT, Soussumi LM, Travassos LR. A highly sensitive and specific
chemiliminescent enzyme-linked immunosobent assay for diagnosis of active
Trypanosoma cruzi infection. Transfusion 37: 850-857, 1997.
2. Almeida IC, Rodrigues EG, Travassos LR. Chemiluminescent immunoassays:
discrimination between the reactivities of natural and human patient
antibodies with antigens from eukaryotic pathogens, Trypanosoma cruzi and
Paracoccidioides brasiliensis. Journal of Clinical Laboratory Analysis 8: 424-
431, 1994.
3. Amato Neto V, De Marchi CR, Ferreira CS, Ferreira AW. Observações sobre o
TESA blot no diagnóstico sorológico da doença de Chagas. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical 38: 534-535, 2005.
4. Camargo ME. Introdução às técnicas de imunofluorescência. Revista Brasileira
de Patologia Clínica 10: 57-71, 87-107, 143-171, 1974.
5. Camargo ME, Batista SM, Hoshino-Shimizu S. Avaliação de reagente liofilizado
de hemaglutinação para diagnóstico da tripanossomíase americana. Estudo em
1.123 soros de doadores de sangue. Revista do Instituto de Medicina Tropical
de São Paulo 17: 350-354, 1975.
6. Casadei CRDM, Braz LMA, Amato Neto V. Avaliação de prova sorológica, que utiliza
peptídeos sintéticos, para o diagnóstico da doença de Chagas. Revista Brasileira
de Clínica & Terapêutica 26: 45-47, 2000.
7. De Marchi CR. Avaliação da resposta imune humoral contra mucinas purificadas
e recombinantes de Trypanosoma cruzi. (resumo de tese) Revista do Instituto
de Medicina Tropical de São Paulo 45: 258, 2003.
8. De Marchi CR, Amato Neto V. Diagnóstico sorológico da doença de Chagas:
avaliação de modificação de prova que utiliza peptídeos sintéticos. Revista
Brasileira de Clínica & Terapêutica 28: 178-180, 2002.
9. De Marchi CR, Amato Neto V. Observações sobre o diagnóstico sorológico da
doença de Chagas por Immunoblot. Laes & Haes 23: 196-202, 2002.
10. De Marchi CR, Amato Neto V, Santos AG. Avaliação rotineira de prova de execução
rápida (ELISA – ImunoComb II Chagas Ab) para diagnóstico sorológico da
doença de Chagas. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica 3: 134-136,
2005.
11. Hoshino-Shimizu S, Camargo ME, Shimizu T, Nagasse TK. A study on the
reproducibility os a stable, liophilized reagent for the Chagas’ disease
Hemagglutination test: proposals for quality control analysis. Revista do Instituto
de Medicina Tropical de São Paulo 24: 63-68, 1982.
12. Sáez-Alquézar A, Luquetti AO, Borges-Pereira J, Moreira EL, Gadelha MFS,
Garcia-Zapata MT, Arruda AHS. Estudo multicêntrico: avaliação do desempenho
de conjuntos diagnósticos de hemaglutinação indireta, disponíveis no Brasil,
para o diagnóstico sorológico da infecção pelo Trypanosoma cruzi. Revista de
Patologia Clínica Tropical 26: 343-374, 1997.
13. Umezawa ES, Nascimento MS, Kesper N Jr, Coura JR, Borges-Pereira J, Junqueira
AC, Camargo ME. Immunoblot assay using excreted-secreted antigens of
Trypanosoma cruzi in serodiagnosis of congenital, acute, and chronic Chagas’
disease. Journal of Clinical Microbiology 34: 2143-2147, 1996.
14. Voller A, Drapper C, Bidwell DE et al. Microplate enzyme-linked immunosorbent
assay for Chagas’ disease. Lancet 1: 426-428, 1975.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ap7 - Reação de Aglutinação
Ap7 - Reação de AglutinaçãoAp7 - Reação de Aglutinação
Ap7 - Reação de AglutinaçãoLABIMUNO UFBA
 
Minicurso 2 - "Metodologias Inovadoras para ensaios diagnósticos"
Minicurso 2 - "Metodologias Inovadoras para ensaios diagnósticos"Minicurso 2 - "Metodologias Inovadoras para ensaios diagnósticos"
Minicurso 2 - "Metodologias Inovadoras para ensaios diagnósticos"JOFARUFPR
 
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISAICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISARicardo Portela
 
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseTeste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseFlávia Salame
 
Culturas puras e microorganismos através do microscópio
Culturas puras e microorganismos através do microscópioCulturas puras e microorganismos através do microscópio
Culturas puras e microorganismos através do microscópioUERGS
 
Teste de coombs direto
Teste de coombs diretoTeste de coombs direto
Teste de coombs diretoJorge Dias
 
Www.biomedicinapadrao.com.br_2011_02_teste-de-coombs-ind
  Www.biomedicinapadrao.com.br_2011_02_teste-de-coombs-ind  Www.biomedicinapadrao.com.br_2011_02_teste-de-coombs-ind
Www.biomedicinapadrao.com.br_2011_02_teste-de-coombs-ind3899916648
 
Epidemiologia da IH na UTI
Epidemiologia da IH na UTI Epidemiologia da IH na UTI
Epidemiologia da IH na UTI Renato sg
 
FixaÇo de-complemento
FixaÇo de-complementoFixaÇo de-complemento
FixaÇo de-complementoLABIMUNO UFBA
 
Formulario hemocomponentes
Formulario hemocomponentesFormulario hemocomponentes
Formulario hemocomponentesheroilma
 
Prova enfermagem primeiro semestre 2014
Prova enfermagem primeiro semestre 2014Prova enfermagem primeiro semestre 2014
Prova enfermagem primeiro semestre 2014Rodrigo Luciano
 
Ap6 - Reação de Precipitação
Ap6 - Reação de PrecipitaçãoAp6 - Reação de Precipitação
Ap6 - Reação de PrecipitaçãoLABIMUNO UFBA
 

Mais procurados (18)

Precipitacao
PrecipitacaoPrecipitacao
Precipitacao
 
Ap7 - Reação de Aglutinação
Ap7 - Reação de AglutinaçãoAp7 - Reação de Aglutinação
Ap7 - Reação de Aglutinação
 
diagnostico de hepatite c
diagnostico de hepatite cdiagnostico de hepatite c
diagnostico de hepatite c
 
Minicurso 2 - "Metodologias Inovadoras para ensaios diagnósticos"
Minicurso 2 - "Metodologias Inovadoras para ensaios diagnósticos"Minicurso 2 - "Metodologias Inovadoras para ensaios diagnósticos"
Minicurso 2 - "Metodologias Inovadoras para ensaios diagnósticos"
 
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISAICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
ICSA17 Imunologia (Prática) - ELISA
 
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseTeste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
 
Culturas puras e microorganismos através do microscópio
Culturas puras e microorganismos através do microscópioCulturas puras e microorganismos através do microscópio
Culturas puras e microorganismos através do microscópio
 
Teste de coombs direto
Teste de coombs diretoTeste de coombs direto
Teste de coombs direto
 
Diagnóstico da tuberculose
Diagnóstico da tuberculoseDiagnóstico da tuberculose
Diagnóstico da tuberculose
 
Cristiano SemináRio Toxicolo
Cristiano SemináRio ToxicoloCristiano SemináRio Toxicolo
Cristiano SemináRio Toxicolo
 
Www.biomedicinapadrao.com.br_2011_02_teste-de-coombs-ind
  Www.biomedicinapadrao.com.br_2011_02_teste-de-coombs-ind  Www.biomedicinapadrao.com.br_2011_02_teste-de-coombs-ind
Www.biomedicinapadrao.com.br_2011_02_teste-de-coombs-ind
 
Epidemiologia da IH na UTI
Epidemiologia da IH na UTI Epidemiologia da IH na UTI
Epidemiologia da IH na UTI
 
Artigo da bula
Artigo da bulaArtigo da bula
Artigo da bula
 
Patologia infecciosaemmi
Patologia infecciosaemmiPatologia infecciosaemmi
Patologia infecciosaemmi
 
FixaÇo de-complemento
FixaÇo de-complementoFixaÇo de-complemento
FixaÇo de-complemento
 
Formulario hemocomponentes
Formulario hemocomponentesFormulario hemocomponentes
Formulario hemocomponentes
 
Prova enfermagem primeiro semestre 2014
Prova enfermagem primeiro semestre 2014Prova enfermagem primeiro semestre 2014
Prova enfermagem primeiro semestre 2014
 
Ap6 - Reação de Precipitação
Ap6 - Reação de PrecipitaçãoAp6 - Reação de Precipitação
Ap6 - Reação de Precipitação
 

Destaque

Tendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaTendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaPatrícia Éderson Dias
 
ALFABETIZACIÓN ACADÉMICA DE LA DOCTORA PAULA CARLINO
ALFABETIZACIÓN ACADÉMICA DE LA DOCTORA PAULA CARLINO ALFABETIZACIÓN ACADÉMICA DE LA DOCTORA PAULA CARLINO
ALFABETIZACIÓN ACADÉMICA DE LA DOCTORA PAULA CARLINO Orlando José Reyes
 
Trabajo diapositivas julian vasquez lopez 1152698839
Trabajo diapositivas julian vasquez lopez 1152698839Trabajo diapositivas julian vasquez lopez 1152698839
Trabajo diapositivas julian vasquez lopez 1152698839yesicagutierrezo
 
Fase Transisi pada RUP
Fase Transisi pada RUPFase Transisi pada RUP
Fase Transisi pada RUPIfan Dhani
 
institución educativa concentración de desarrollo rural
institución educativa concentración de desarrollo ruralinstitución educativa concentración de desarrollo rural
institución educativa concentración de desarrollo ruralyulieth sanchez figueroa
 
Prediksi 4 Ujian Nasional Kimia 2017
Prediksi 4 Ujian Nasional Kimia 2017Prediksi 4 Ujian Nasional Kimia 2017
Prediksi 4 Ujian Nasional Kimia 2017dasi anto
 

Destaque (20)

Hbo raspored 30012017
Hbo raspored 30012017Hbo raspored 30012017
Hbo raspored 30012017
 
Conceptos basicos de_nutricion
Conceptos basicos de_nutricionConceptos basicos de_nutricion
Conceptos basicos de_nutricion
 
El dibujo y tecnicas
El dibujo y tecnicasEl dibujo y tecnicas
El dibujo y tecnicas
 
Deporte y Naturaleza
Deporte y NaturalezaDeporte y Naturaleza
Deporte y Naturaleza
 
Tendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaTendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de história
 
셀바스AI -108860- 알고리즘 기업분석 보고서
셀바스AI -108860- 알고리즘 기업분석 보고서셀바스AI -108860- 알고리즘 기업분석 보고서
셀바스AI -108860- 알고리즘 기업분석 보고서
 
ALFABETIZACIÓN ACADÉMICA DE LA DOCTORA PAULA CARLINO
ALFABETIZACIÓN ACADÉMICA DE LA DOCTORA PAULA CARLINO ALFABETIZACIÓN ACADÉMICA DE LA DOCTORA PAULA CARLINO
ALFABETIZACIÓN ACADÉMICA DE LA DOCTORA PAULA CARLINO
 
Actividad 3 investigación de mercados innovación. - copia
Actividad 3 investigación de mercados  innovación. - copiaActividad 3 investigación de mercados  innovación. - copia
Actividad 3 investigación de mercados innovación. - copia
 
LA IRA
LA IRALA IRA
LA IRA
 
Introdução ao estudo da história
Introdução ao estudo da históriaIntrodução ao estudo da história
Introdução ao estudo da história
 
1 celula
1 celula1 celula
1 celula
 
Trabajo diapositivas julian vasquez lopez 1152698839
Trabajo diapositivas julian vasquez lopez 1152698839Trabajo diapositivas julian vasquez lopez 1152698839
Trabajo diapositivas julian vasquez lopez 1152698839
 
Fase Transisi pada RUP
Fase Transisi pada RUPFase Transisi pada RUP
Fase Transisi pada RUP
 
Conceito de meio ambiente
Conceito de meio ambienteConceito de meio ambiente
Conceito de meio ambiente
 
Consumismo
ConsumismoConsumismo
Consumismo
 
Ética moral e valores
Ética moral e valoresÉtica moral e valores
Ética moral e valores
 
Aiepi cancer y_vih
Aiepi cancer y_vihAiepi cancer y_vih
Aiepi cancer y_vih
 
institución educativa concentración de desarrollo rural
institución educativa concentración de desarrollo ruralinstitución educativa concentración de desarrollo rural
institución educativa concentración de desarrollo rural
 
Metasoftica
MetasofticaMetasoftica
Metasoftica
 
Prediksi 4 Ujian Nasional Kimia 2017
Prediksi 4 Ujian Nasional Kimia 2017Prediksi 4 Ujian Nasional Kimia 2017
Prediksi 4 Ujian Nasional Kimia 2017
 

Semelhante a Comportamento do método quimioluminescente-ELISA

447 tese ccd-souza_pinto_v_2005
447 tese ccd-souza_pinto_v_2005447 tese ccd-souza_pinto_v_2005
447 tese ccd-souza_pinto_v_2005ssuser75f44f
 
Caso Clínico Veterinário: Poliencefalomalácia em Bovino
Caso Clínico Veterinário: Poliencefalomalácia em BovinoCaso Clínico Veterinário: Poliencefalomalácia em Bovino
Caso Clínico Veterinário: Poliencefalomalácia em BovinoNatália Borges
 
MANUAL_PATOLOGIA.pdf
MANUAL_PATOLOGIA.pdfMANUAL_PATOLOGIA.pdf
MANUAL_PATOLOGIA.pdfFabio Miranda
 
DIFERENTES MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES
DIFERENTES MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO DE COLIFORMESDIFERENTES MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES
DIFERENTES MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO DE COLIFORMESSamira Mantilla
 
pôster 2 congresso saúde pública bonito 2009
pôster 2 congresso saúde pública bonito 2009pôster 2 congresso saúde pública bonito 2009
pôster 2 congresso saúde pública bonito 2009Samira Mantilla
 
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e ParasitáriasDiagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e ParasitáriasMessias Miranda
 
Etiologia da babesiose bovina na ilha do marajó
Etiologia da babesiose bovina na ilha do marajóEtiologia da babesiose bovina na ilha do marajó
Etiologia da babesiose bovina na ilha do marajómauriciocoelhomicrobio
 
Imunodiagnóstico
ImunodiagnósticoImunodiagnóstico
Imunodiagnósticorwportela
 
Diagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepaDiagnóstico anclivepa
Diagnóstico ancliveparwportela
 
Escherichia Coli DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
Escherichia Coli  DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...Escherichia Coli  DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
Escherichia Coli DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...Samira Mantilla
 

Semelhante a Comportamento do método quimioluminescente-ELISA (18)

Imunologia - Casos Clínicos
Imunologia - Casos ClínicosImunologia - Casos Clínicos
Imunologia - Casos Clínicos
 
447 tese ccd-souza_pinto_v_2005
447 tese ccd-souza_pinto_v_2005447 tese ccd-souza_pinto_v_2005
447 tese ccd-souza_pinto_v_2005
 
Espermograma
EspermogramaEspermograma
Espermograma
 
Caso Clínico Veterinário: Poliencefalomalácia em Bovino
Caso Clínico Veterinário: Poliencefalomalácia em BovinoCaso Clínico Veterinário: Poliencefalomalácia em Bovino
Caso Clínico Veterinário: Poliencefalomalácia em Bovino
 
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V3N1 2013
 
Enteroparasitoses 75
Enteroparasitoses   75Enteroparasitoses   75
Enteroparasitoses 75
 
MANUAL_PATOLOGIA.pdf
MANUAL_PATOLOGIA.pdfMANUAL_PATOLOGIA.pdf
MANUAL_PATOLOGIA.pdf
 
DIFERENTES MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES
DIFERENTES MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO DE COLIFORMESDIFERENTES MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES
DIFERENTES MÉTODOS DE ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES
 
Api desenvolvimentodedotblot
Api desenvolvimentodedotblotApi desenvolvimentodedotblot
Api desenvolvimentodedotblot
 
pôster 2 congresso saúde pública bonito 2009
pôster 2 congresso saúde pública bonito 2009pôster 2 congresso saúde pública bonito 2009
pôster 2 congresso saúde pública bonito 2009
 
37º Congresso Brasileiro de Medicina Farmacêutica | Dr. Arnaldo Colombo
37º Congresso Brasileiro de Medicina Farmacêutica | Dr. Arnaldo Colombo37º Congresso Brasileiro de Medicina Farmacêutica | Dr. Arnaldo Colombo
37º Congresso Brasileiro de Medicina Farmacêutica | Dr. Arnaldo Colombo
 
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e ParasitáriasDiagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
Diagnóstico de Doenças Infecciosas e Parasitárias
 
Aula22 05
Aula22 05Aula22 05
Aula22 05
 
Etiologia da babesiose bovina na ilha do marajó
Etiologia da babesiose bovina na ilha do marajóEtiologia da babesiose bovina na ilha do marajó
Etiologia da babesiose bovina na ilha do marajó
 
Imunodiagnóstico
ImunodiagnósticoImunodiagnóstico
Imunodiagnóstico
 
Diagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepaDiagnóstico anclivepa
Diagnóstico anclivepa
 
Biossegurana
BiosseguranaBiossegurana
Biossegurana
 
Escherichia Coli DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
Escherichia Coli  DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...Escherichia Coli  DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
Escherichia Coli DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
 

Último

Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 

Último (10)

Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 

Comportamento do método quimioluminescente-ELISA

  • 1. 68 Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 40(1):68-70, jan-fev, 2007ARTIGO/ARTICLE Comportamento do método quimioluminescente-ELISA em relação a resultados considerados discordantes por meio de três técnicas convencionais para diagnóstico da doença de Chagas Behavior of the chemiluminescent ELISA method in relation to results considered discordant via three conventional techniques for diagnosing Chagas disease Cláudia Regina De Marchi1,2 , Vicente Amato Neto1,2 e Igor Correia de Almeida3 RESUMO Quando utilizadas, em conjunto, a hemaglutinação indireta, a imunofluorescência indireta e ELISA para diagnóstico sorológico da doença de Chagas por vezes ocorrem resultados considerados discordantes, por não haver concordância entre o que indicam essas técnicas. A disponibilidade do método quimioluminescente-ELISA permitiu executá-lo com 200 soros que examinados pelos três testes citados que motivaram a obtenção de resultados discordantes. Com o método quimioluminescente-ELISA sucederam 193 negativos e sete positivos. O emprego desse novo procedimento trouxe mais um subsídio para compreensão do assunto, mas avanço mais concreto dependerá de documentação com soros de pessoas infectadas ou não pelo Trypanosoma cruzi conforme comprovação parasitológica. Palavras-chaves: Doença de Chagas. Diagnóstico sorológico. Resultados duvidosos. Método quimioluminescente-ELISA. ABSTRACT When indirect hemagglutination, indirect immunofluorescence and enzyme-linked immunosorbent assay are used together for serologically diagnosing Chagas disease, results that are considered discordant sometimes occur because there is disagreement between what these tests indicate. The availability of the chemiluminescent ELISA method enabled tests on 200 serum samples that had previously produced discordant results from the three abovementioned methods. CL-ELISA revealed that 193 of these samples were negative and seven were positive. The use of this new procedure provides further support for understanding this subject, but more concrete advances will depend on documentation with blood analyses from people previously demonstrated to be unquestionably infected or uninfected with Trypanosoma cruzi. Key-words: Chagas disease. Serological diagnosis. Discordant results. Chemiluminescent ELISA. 1. Laboratório de Investigação Médica - Parasitologia do Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 2. Laboratório de Parasitologia, Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 3. Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Endereço para correspondência: Biomédica Cláudia Regina de Marchi. LIM/FM/USP. Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar 500, 05403-000 São Paulo, SP, Brasil. e-mail: claudiamarchi@yahoo.com.br Recebido para publicação em 17/3/2006 Aceito em 17/1/2007 Vários tipos de provas sorológicas são atualmente utilizados para possibilitar o diagnóstico da doença de Chagas. Constituem exames bastante efetuados para a identificação da parasitose em pessoas que estão na fase crônica da doença. Os testes mais em foco correspondem, no momento, à hemaglutinação indireta (HAI), à imunofluorescência indireta (IFI) e ao enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA)4 5 12 14 . Nestes testes, conhecidos como convencionais, são usados habitualmente, como antígenos, extratos brutos de formas epimastigotas do Trypanosoma cruzi. A presença nessas preparações de inúmeros antígenos e epitopos, compartilhados com outros microorganismos, bem como a baixa diluição sorológica utilizada leva, freqüentemente, a resultados discordantes. Glicoinositolfosfolipídeos em seus terminais residuais de -galactofuranose, ou presentes em glicoconjugadosdefungoseLeishmaniasppodemserumdos responsáveispelareatividadecruzadaentresorosdepacientes com micoses ou leishmanioses e antígenos de T. cruzi. Assim, os processos convencionais presentemente aplicados em hemoterapias ou mesmo de forma rotineira para diagnósticos têm apresentado resultados insatisfatórios em razão do grande número de amostras duvidosas ou falso-positivas.
  • 2. 69 De Marchi CR cols Com o objetivo de solucionar esta situação, conceituados centros de pesquisas vêm empenhando-se no estudo de proteínas recombinates, peptídeos sintéticos e antígenos purificados3 6 7 8 9 10 13 . Dentre os purificados imudominantes, em tarefas laboratoriais ocorre presentemente destaque para uma glicoproteína (glicosilfosfatidilinositol) ancorada do tipo mucina que quando isolada a partir de formas tripomastigotas do T. cruzi está propiciando altos índices de sensibilidade e especificidade1 2 . Nesse contexto, ao lado dos expressivos benefícios que esses métodos proporcionam estão duas circunstâncias rememoráveis. Referimo-nos ao fato de ainda não contarmos com teste tido como gold standard, por atingir de forma cabal os objetivos almejados, ou seja, a apresentação de informações irrefutáveis, e também à ocorrência de resultados qualificados como indeterminados, por não haver concordância entre o que indicam as técnicas utilizadas. Esse contratempo tem implicações muito impróprias, pois se no grupo de três provas uma registra negatividade, fica simples deduzir que advirá grave erro quanto à interpretação. Por exemplo, isso é muitas vezes comprovado quando há análise de soros em conjunto, através de HI, IFI e ELISA, nas atividades rotineiras. Como tentativa de propiciar novos conhecimentos quanto aos resultados discordantes executamos comparação entre verificações obtidas por três técnicas convencionais (HAI, IFI e ELISA) e a quimioluminescente-ELISA (CL-ELISA). MATERIAL E MÉTODOS Utilizamos 200 amostras glicerinadas (v/v) de soros humanos, mantidasa4ºC,comastrêsprovassorológicasconvencionais(HAI; IFI;ELISA)revelandoresultadosdiscordantesentresi,considerados os valores aceitos como significativos para doença de Chagas. Quanto às técnicas adotadas, elas foram, para HI, IFI e ELISA, respectivamente as indicadas por Hoshino-Shimizu e cols11 , Camargo4 e Voller e cols14 , convindo contudo registrar, em prosseguimento, alguns detalhes a respeito delas. Hemaglutinação indireta. Foi realizada como descrita por Hoshino-Shimizuecols11 .Osreagentesutilizadosforamcomerciais (Cecon - Centro de Controle de Produtos para Diagnósticos Ltda) com hemácias de galinha ou ganso sensibilizadas com formas epimastigotas brutas de T. cruzi e soros diluídos a 1/20, 1/40, 1/80 e 1/160; 1/40 é comumente tido como aceitável para diagnóstico da doença de Chagas. Imunofluorescência indireta. A IFI quantitativa (IgG) foi realizada nos títulos de 20, 40, 80 e 160 utilizando metodologia padronizada por Camargo4 . Foi utilizado antígeno bruto de formas epimastigotas (Cecon – Centro de Controle de Produtos para Diagnósticos Ltda) para sensibilização das lâminas e conjugado(anti-imunoglobulinas)anti-IgGhumanomarcadocom isotiocianato de fluoresceína (Biolab). O título 1/40 é comumente tido como aceitável para diagnóstico da doença de Chagas. ELISA. Foi utilizado kit comercial Hemobio Chagas HBK 401 (EmpresaBrasileiradeBiotecnologiaS.A.-Embrabil)comextrato bruto de formas epimastigotas, com soro na diluição 1:201. Leitura por densidade ótica em espectofotômetro, com filtro de leitura a 450nm, e de referência a 620nm em ELISA-LP 400 Microplate Reader. O limiar de reatividade (LR) foi encontrado através da media aritimédica de três controles negativos mais 0,300(conformeinstruçõesdokit).Azonacinzafoiestabelecida somando-se e subtraindo-se 10% ao valor do LR. CL-ELISA. Foi realizada conforme instruções de Almeida e cols4 . A obtenção do antígeno partiu da purificação de mucinas de formas tripomastigotas do T. cruzi na concentração de 188pg/50µl em cada poço da placa, com soro a 1:1000. Inicialmente, para determinar o limiar de reatividade (LR) houve emprego de painel de 52 soros de pacientes com doença de Chagas, comprovada por hemocultura, e de 100 soros de indivíduos sem a parasitose, ficando estabelecido valor de corte de 0,729. Para estabelecer a zona cinza houve soma e subtração de 10% dos valores de LR. As formas tripomastigotas do T. cruzi, de cepa identificação como Y, foram obtidas a partir do sobrenadante do 5o ao 8o dia da cultura de células LLCMK2 (monkey kidney epithelial). RESULTADOS Das 200 amostras com resultados discordantes derivados de técnicas convencionais (HAI, IFI e ELISA), em 193 sucederam resultados negativos em CL-ELISA, efetuada com mucinas purificadas de tripomastigotas (Muc-TCT), e quanto a somente sete amostras houve positividade. Não encontramos amostras na zona cinza (Tabela 1). DISCUSSÃO A técnica CL-ELISA é processada em tempo global similar ao de outros testes de ELISA convencionais. A manipulação de reagentes, assim como a execução do procedimento, também são de fácil aprendizado para profissional treinado. A propósito, porém, vale lembrar as dificuldades para manipulação e manutenção de formas infectantes do parasita, e obtenção do antígeno purificado, causando limitações à disponibilidade de kits comerciais relacionados com tal método. Há necessidade de investimento inicial relacionado com o desenvolvimento da técnica, tanto para obtenção dos parasitas, extração e purificação antigênica, como para leitura da placa em Tabela 1 - Resultados de exames para diagnóstico da doença de Chagas considerados discordantes por meio de três técnicas convencionais, comparados com os decorrentes do método da quimioluminescente-ELISA. Técnicas Discordantes Positivos Negativos no % no % no % HI 200 100,0 0 0,0 0 0,0 IFI 200 100,0 0 0,0 0 0,0 ELISA 200 100,0 0 0,0 0 0,0 CL-ELISA 0 0,0 7 3,5 193 96,5 HI: hemaglutinação indireta; IFI: imunofluorescência indireta; ELISA; CL-ELISA: quimioluminescente-ELISA.
  • 3. 70 Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 40(1):68-70, jan-fev, 2007 quimioluminômetro, que cremos ser justificado pelos resultados obtidos. Nossa averiguação, com caráter eminentemente prático, demonstrou a propósito de CL-ELISA indubitável ausência de valores de leitura presentes dentro da chamada zona cinza ou próximos a ela. Vale lembrar que neste contexto falta a existência de reação qualificada como gold standart, apta a permitir interpretações com resultado seguro. Para avançar na resolução da incômoda ocorrência de resultados discordantes impõe-se programar avaliações com soros categoricamente de pessoas infectadas ou não através de documentação parasitológica. Empregamos amostras de um contingente problemático, o do grupo de resultados discortantes, por dedução dos informes decorrentes HI, IFI e ELISA convencionais, pela divergência entre negatividade e positividades. Contudo, sem contarmos com teste gold standart e comprovação parasitológica da presença ou não de doença de Chagas merece cuidado eventual aceitação cabal do que foi verificado, no sentido de validar negativos e positivos. Nossa intençãobásicaconsistiuemaduzircolaboraçãoaoconhecimentodo assunto,levandoemconsideraçãoosaltosíndicesdesensibilidadee especificidade da CL-ELISA, conforme constatações anteriores. Nossa avaliação pautou-se sobretudo na intenção de verificar como o teste de CL-ELISA, utilizando um antígeno purificados de formastripomastigotas(Muc-TCT),iriasecomportar-seanteoutros três procedimentos, em um grupo ambíguo de amostras com resultadosdiscordantes.Nãoencontramosnenhumvalordeleitura próximo ao limiar de reatividade, na casuística por nós utilizada. Porenquanto,evidentemente,nãoésuficienterecorreraumúnico tipo de prova para o diagnóstico laboratorial da doença de Chagas, mas a utilização do CL-ELISA (Muc-TCT) é por nós recomendada, incorporando-o a outros testes rotineiramente usados, que prestam apoio quando há intenção de diagnosticar a doença de Chagas. REFERÊNCIAS 1. Almeida IC, Covas DT, Soussumi LM, Travassos LR. A highly sensitive and specific chemiliminescent enzyme-linked immunosobent assay for diagnosis of active Trypanosoma cruzi infection. Transfusion 37: 850-857, 1997. 2. Almeida IC, Rodrigues EG, Travassos LR. Chemiluminescent immunoassays: discrimination between the reactivities of natural and human patient antibodies with antigens from eukaryotic pathogens, Trypanosoma cruzi and Paracoccidioides brasiliensis. Journal of Clinical Laboratory Analysis 8: 424- 431, 1994. 3. Amato Neto V, De Marchi CR, Ferreira CS, Ferreira AW. Observações sobre o TESA blot no diagnóstico sorológico da doença de Chagas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 38: 534-535, 2005. 4. Camargo ME. Introdução às técnicas de imunofluorescência. Revista Brasileira de Patologia Clínica 10: 57-71, 87-107, 143-171, 1974. 5. Camargo ME, Batista SM, Hoshino-Shimizu S. Avaliação de reagente liofilizado de hemaglutinação para diagnóstico da tripanossomíase americana. Estudo em 1.123 soros de doadores de sangue. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 17: 350-354, 1975. 6. Casadei CRDM, Braz LMA, Amato Neto V. Avaliação de prova sorológica, que utiliza peptídeos sintéticos, para o diagnóstico da doença de Chagas. Revista Brasileira de Clínica & Terapêutica 26: 45-47, 2000. 7. De Marchi CR. Avaliação da resposta imune humoral contra mucinas purificadas e recombinantes de Trypanosoma cruzi. (resumo de tese) Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 45: 258, 2003. 8. De Marchi CR, Amato Neto V. Diagnóstico sorológico da doença de Chagas: avaliação de modificação de prova que utiliza peptídeos sintéticos. Revista Brasileira de Clínica & Terapêutica 28: 178-180, 2002. 9. De Marchi CR, Amato Neto V. Observações sobre o diagnóstico sorológico da doença de Chagas por Immunoblot. Laes & Haes 23: 196-202, 2002. 10. De Marchi CR, Amato Neto V, Santos AG. Avaliação rotineira de prova de execução rápida (ELISA – ImunoComb II Chagas Ab) para diagnóstico sorológico da doença de Chagas. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica 3: 134-136, 2005. 11. Hoshino-Shimizu S, Camargo ME, Shimizu T, Nagasse TK. A study on the reproducibility os a stable, liophilized reagent for the Chagas’ disease Hemagglutination test: proposals for quality control analysis. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 24: 63-68, 1982. 12. Sáez-Alquézar A, Luquetti AO, Borges-Pereira J, Moreira EL, Gadelha MFS, Garcia-Zapata MT, Arruda AHS. Estudo multicêntrico: avaliação do desempenho de conjuntos diagnósticos de hemaglutinação indireta, disponíveis no Brasil, para o diagnóstico sorológico da infecção pelo Trypanosoma cruzi. Revista de Patologia Clínica Tropical 26: 343-374, 1997. 13. Umezawa ES, Nascimento MS, Kesper N Jr, Coura JR, Borges-Pereira J, Junqueira AC, Camargo ME. Immunoblot assay using excreted-secreted antigens of Trypanosoma cruzi in serodiagnosis of congenital, acute, and chronic Chagas’ disease. Journal of Clinical Microbiology 34: 2143-2147, 1996. 14. Voller A, Drapper C, Bidwell DE et al. Microplate enzyme-linked immunosorbent assay for Chagas’ disease. Lancet 1: 426-428, 1975.