SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas
Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences
vol. 39, n. 3, jul./set., 2003
Avaliação da Qualidade Microbiológica de Produtos Saneantes
Destinados à Limpeza
Adriana Bugno*, Adriana Aparecida Buzzo, Tatiana Caldas Pereira
Instituto Adolfo Lutz, Seção de Controle de Esterilidade e Pirogênio, São Paulo
Detergentes e seus congêneres são produtos destinados à limpeza
e higienização de objetos inanimados e/ou ambientes. As empresas
que produzem ou importam os produtos mencionados devem
cumprir as Boas Práticas de Fabricação e Controle, com a
finalidade de garantir a qualidade e a segurança de uso destes
produtos. Este estudo teve por objetivo avaliar a qualidade
microbiológica de detergentes e seus congêneres. Cento e quatro
amostras foram analisadas no período entre Abril de 2001 e
Outubro de 2002, sendo que 41% das amostras analisadas
apresentaram crescimento microbiano.
Unitermos:
• Microrganismos
• Contaminantes
• Detergentes
*Correspondência:
A. Bugno
Instituto Adolfo Lutz
Seção de Controle de Esterilidade e
Pirogênio
Av. Dr. Arnaldo, 355
01246-902 – São Paulo – SP
E-mail: adrbugno@ial.sp.gov.br
INTRODUÇÃO
Produtos saneantes domissanitários classificados
quanto à finalidade de uso, como produtos para limpeza
geral e afins são definidos na Resolução RDC no
184, de
22/10/01, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
como aqueles destinados à higienização de objetos inani-
mados e/ou ambientes domiciliares, coletivos e/ou públi-
cos, tanto para fins domésticos quanto para fins profissi-
onais (Brasil, 2001).
Esta Resolução, que define os procedimentos a serem
adotados para o registro de produtos saneantes domissani-
tários, estabelece que “as empresas legalmente autorizadas
a produzir ou importar estão sujeitas à verificação do cum-
primento das Boas Práticas de Fabricação e Controle”.
A ênfase às Boas Práticas de Fabricação e Contro-
le (BPF e C) iniciou nos Estados Unidos da América, de-
corrente da ação regulatória do Food and Drug
Administration (FDA). A abrangência nacional ou inter-
nacional destas normas está direcionada tanto às institui-
ções da área da saúde, quanto à atividade industrial dos
produtores de medicamentos, correlatos, cosméticos,
domissanitários e alimentos.
Para as Indústrias de Saneantes Domissanitários, as
diretrizes para a implantação das Boas Práticas de Fabri-
cação e Controle (BPF e C) estão estabelecidas na Porta-
ria nº 327, de 30 de julho de 1997, da Secretaria Nacional
de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, as quais
visam à padronização e definição de procedimentos, mé-
todos de fabricação, condições das instalações da empre-
sa, equipamentos e respectivas manutenções, critérios de
segurança, bem como matérias-primas, embalagens, con-
dições de estocagem e aspectos relativos ao meio ambien-
te, como forma de garantir a qualidade e a segurança no
uso destes produtos (Brasil, 1997).
O controle da contaminação microbiana é um aspecto
importante das BPF e C e deve ser parte integrante de pro-
gramas de Garantia da Qualidade (Sharpell, Manowitz,
1991). Inicialmente o controle microbiológico do processo
era associado à fabricação de produtos estéreis, porém ve-
rificou-se que a contaminação microbiana pode acarretar
problemas em ampla abrangência de produtos, comprome-
A. Bugno, A. A. Buzzo, T. C. Pereira336
tendo a qualidade final do produto ou a sua segurança de
uso, intimamente ligadas ao risco de infecção (Sharpell,
Manowitz, 1991; Pinto, Kaneko, Ohara, 2000).
A avaliação do risco de infecção associada a estes
produtos deve ser realizada considerando-se vários fato-
res, entre os quais pode-se citar a finalidade de uso, as
condições sob as quais o produto será utilizado, a popula-
ção exposta, a freqüência e o tempo de exposição ao pro-
duto, bem como as características dos microrganismos
contaminantes (Sharpell, Manowitz, 1991; Fassihi, 1991;
Brasil, 2001). Embora a pele intacta represente barreira
eficiente contra infecções, em peles lesadas o risco de in-
fecção aumenta consideravelmente (Fassihi, 1991). Al-
guns trabalhos reportam que inóculos contendo 106
Uni-
dades Formadoras de Colônias (UFC) são necessários
para produção de processos infecciosos em pele íntegra,
mas apenas 102
UFC são suficientes quando em pele
traumatizada ou sob oclusão (Fassihi, 1991; Pinto,
Kaneko e Ohara, 2000). Com relação ao tipo de microrga-
nismo contaminante, verifica-se que os microrganismos
mais freqüentemente encontrados como contaminantes de
produtos são os patogênicos oportunistas, principalmen-
te Pseudomonas spp, as enterobacteriáceas – Enterobacter
spp, Serratia spp e Klebsiella spp, além de Escherichia
coli e Proteus spp – Flavobacterium spp e Staphylococcus
spp (Sharpell, Manowitz, 1991; Fassihi, 1991; Silva,
1999; Pinto, Kaneko, Ohara, 2000).
O processo de fabricação exerce grande influência
sobre os níveis de contaminação microbiana do produto,
sendo, portanto fundamental entender as diferentes etapas
produtivas e se conhecer as fontes e os mecanismos res-
ponsáveis pela contaminação. As principais fontes de
contaminação a serem consideradas, responsáveis pela
carga microbiana total do produto, incluem as fontes dire-
tas – acarretadas por matérias-primas, água e material de
acondicionamento utilizados – e as fontes indiretas – de-
correntes de procedimentos de limpeza, instalações inade-
quadas, equipamentos, ambientes produtivos e operadores
envolvidos (Sharpell, Manowitz, 1991; Silva, 1999;
Macedo, 2000; Pinto, Kaneko, Ohara, 2000).
A finalidade do presente trabalho foi avaliar a quali-
dade microbiológica de produtos saneantes destinados à
limpeza comercializados em São Paulo, fornecendo subsí-
dios para ações de Vigilância Sanitária no que se refere ao
atendimento às Boas Práticas de Fabricação e Controle.
MATERIAL E MÉTODOS
Amostras
Entre novembro de 2001 a outubro de 2002, foi re-
alizado o Programa de Monitoramento de Saneantes No-
tificados – PROMOSAN, coordenado pela Agência Naci-
onal de Vigilância Sanitária (ANVISA), com o objetivo de
avaliar a qualidade desta classe de produtos, disponíveis
no comércio nacional.
No Estado de São Paulo, as amostras deste Progra-
ma de Monitoramento foram coletadas sob a coordenação
do Centro de Vigilância Sanitária do Estado, em estabele-
cimentos comerciais, abrangendo principalmente produ-
tores estabelecidos no Estado e encaminhadas ao Institu-
to Adolfo Lutz para a execução das análises programadas.
Neste período, foram analisadas 104 amostras, sendo:
Métodos
As análises microbiológicas compreenderam:
a) Contagem de bactérias heterotróficas, pela técnica de
Semeadura em profundidade (método de “Pour
Plate”);
b) Contagem de bolores e leveduras, pela técnica de Se-
meadura em profundidade (método de “Pour Plate”);
c) Número Mais Provável de coliformes totais, pela téc-
nica de Tubos múltiplos;
d) Número Mais Provável de coliformes fecais, pela téc-
nica de Tubos múltiplos;
e) Pesquisa e identificação de microrganismos conta-
minantes.
Preparação da amostra
Para os ensaios microbiológicos foram utilizadas
alíquotas de 10 g ou 10 mL do produto a ser analisado, que
foram adicionadas a 90 mL de Caldo Letheen (correspon-
dendo à diluição 10-1
). A partir da diluição inicial foram
executadas diluições decimais seriadas até a diluição 10-4
,
utilizando o mesmo como diluente.
Técnica de semeadura em profundidade
Esta técnica foi utilizada tanto para a determinar a
população de bactérias heterotróficas quanto para bolores
Tipo do produto Quantidade de amostras
Amaciante de roupas 26
Detergente para lavar louças 23
Detergente para limpeza geral 22
Detergente automotivo 04
Sabão para lavar roupas 10
Desengraxantes e Desincrustantes 06
Limpador multi-uso 05
Limpa-alumínio 05
Cera para móveis 03
Avaliação da Qualidade Microbiológica de Produtos Saneantes Destinados à Limpeza 337
e leveduras, tendo sido executada conforme indicado na
Farmacopéia Brasileira (1988), utilizando Ágar caseína de
soja e incubação a 35 o
C por 24 a 48 horas, na contagem
de bactérias e Ágar Sabouraud dextrose com cloranfenicol
(0,5%) e incubação a 27 o
C, por 5 dias, na contagem de
fungos.
Técnica de tubos múltiplos
Esta técnica foi utilizada para a determinar o número
mais provável (NMP) de coliformes presente nas amos-
tras, tendo sido executada conforme indicado na
Farmacopéia Brasileira (1988), utilizando Caldo Lauril
Sulfato de Sódio e incubação a 35 o
C por 48 horas, na
contagem de coliformes fecais e Caldo EC e incubação a
45 o
C por 24 horas, na contagem de coliformes fecais.
Identificação de microrganismos contaminantes
Aidentificação dos microrganismos contaminantes
foi executada conforme indicado na Farmacopéia Brasi-
leira (1988), utilizando técnicas de coloração de Gram e
testes bioquímicos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Do total de produtos analisados, 41% apresentaram
crescimento microbiano, sendo que em 96% das amostras
contaminadas foi possível detectar a presença de bactéri-
as heterotróficas; em 21%, a presença de fungos; em 16%,
a presença de coliformes e em 5% a presença de
coliformes fecais.
A Figura 1 mostra a porcentagem das amostras que
apresentaram microrganismos contaminantes.
Quarenta por cento (40%) das amostras que apre-
sentaram microrganismos contaminantes eram compostas
por amaciantes de roupas, enquanto que 51% eram com-
postas de detergentes, sendo que neste último grupo, os
detergentes para lavar louças foram os que apresentaram
maior proporção de amostras contaminadas.
De modo geral, os produtos que evidenciaram cres-
cimento microbiano apresentaram valores de pH entre 5,0
e 9,0. Produtos como os limpadores multi-uso, limpa-alu-
mínio e desengraxantes/desincrustantes, que não eviden-
ciaram crescimento microbiano, apresentaram valores de
pH abaixo de 5,0 e acima de 9,0. No caso de produtos em
pó, a baixa atividade de água mostrou-se fator impeditivo
de eventuais microrganismos contaminantes.
As Figuras 2 e 3 mostram as variações nas popula-
ções obtidas para bactérias heterotróficas e fungos e para
coliformes, respectivamente.
As amostras estão identificadas por números de 1 a
43, sendo que aquelas identificadas de 01 a 17 corres-
pondem aos amaciantes de roupas; identificadas de 18 a 20,
correspondem às ceras para móveis; identificada como 21,
ao detergente automotivo; identificadas de 22 a 34, aos
detergentes para lavar louças; de 35 a 42, a detergentes para
limpeza geral e identificada como 43, ao detergente para
lavar roupas.
Com relação às bactérias heterotróficas e fungos,
foram verificadas populações variando de 1,0 x 101
a 1,9
x 106
UFC/g ou mL, no caso de bactérias e entre 1 x 101
e
1,5 x 105
UFC/g ou mL, no caso de fungos.
Produtos com especificações de qualidade micro-
biológica estabelecidas, como produtos destinados à higi-
ene pessoal, devem apresentar carga microbiana máxima
de 5 x 103
UFC/g ou mL, ou até mais rígidas, se conside-
rados os produtos de uso infantil, que devem apresentar
carga microbiana máxima de 5 x 102
UFC/g ou mL. Ape-
sar dos produtos analisados não se destinarem à higiene
FIGURA 1 - Distribuição das amostras que apresentaram contaminantes microbianos de acordo com o tipo de produto
analisado.
A. Bugno, A. A. Buzzo, T. C. Pereira338
pessoal, ao comparar os valores obtidos, verifica-se que a
maior parte das amostras analisadas apresentou popula-
ções superiores a 5 x 103
UFC/g ou mL.
Em relação à presença de coliformes, verificaram-
se populações estimadas variando de 3 x 100
a 2,1 x 105
NMP/g ou mL, tendo sido obtidas apenas para detergen-
tes, principalmente nos destinados a lavar louças.
A Figura 4 considera os tipos de microrganismos
observados nas amostras analisadas.
Foi verificada a presença de bactérias Gram (-) não
fermentadoras, Enterobacter spp, Klebsiella spp,
Pseudomonas spp e Staphylococcus spp coagulase (-). A
presença destes tipos de microrganismos, bem como as
altas cargas microbianas obtidas nestas amostras podem
sugerir a necessidade de procedimentos adequados para o
controle de contaminação.
CONCLUSÃO
Entre os produtos analisados, 41% apresentaram
contaminação microbiana, cuja natureza – seja em termos
quantitativos quanto, principalmente, qualitativos – indica
um problema de Saúde Pública e a necessidade de controle
mais rigoroso no que se refere à implantação das BPF e C
FIGURA 2 - Contagens obtidas para bactérias heterotróficas e fungos nas amostras analisadas.
FIGURA 3 - Número mais provável obtido para coliformes de acordo com as amostras analisadas.
Avaliação da Qualidade Microbiológica de Produtos Saneantes Destinados à Limpeza 339
nas indústrias de saneantes e domissanitários, com a fina-
lidade de garantir a segurança de uso destes produtos.
ABSTRACT
Evalution of the microbiological quality of sanitizing
products for use in cleaning
Detergents and similars are products aimed to clean and
hygienize inanimate objects and/or ambients. The
enterprises dedicated to produce ou import the products
mentioned must to accomplish with the Good
Manufacturing and Control Pratices, in order to
guarantee the quality and be sure about the safety of them.
The aim of this study was evaluation of the
microbiological quality of detergents and similars
products. A hundred and four samples were analised in the
period from April, 2001 to October, 2002, and it was
verified that 41% of the products showed evidences of
microbial contamination.
UNITERMS: Microrganisms. Contaminants. Detergents
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Saneantes. Registro de Produtos.
ComoRegistrarSaneantes.Legislação.ResoluçãoRDC
n.184, de 22 de outubro de 2001. Procedimentos
referentes ao registro de produtos saneantes
domissanitários e outros de natureza e finalidade
idênticas. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/
legis/resol/2001/184_01rdc.htm. Acesso em: 26 nov.
2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Legislação. Legislação porTipo de
Ato.Resoluções.Resoluçõesde1999.Resoluçãon.481,
de 23 de setembro de 1999. Padrões de controle
microbiológico para produtos de higiene pessoal,
cosméticos e perfumes. Disponível em: http://
www.anvisa.gov.br/legis/resol/481_99.htm.Acessoem:
26 nov. 2002.
FIGURA IV - Microrganismos isolados em função do tipo de produto analisado.
A. Bugno, A. A. Buzzo, T. C. Pereira340
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Legislação. Legislação porTipo de
Ato. Portarias. Portarias - Anteriores a 1997. Portaria
n.327, de 30 de julho de 1997. Diretrizes estabelecidas
pelos Regulamentos Técnicos – Boas Práticas de
Fabricação e Controle (BPF e C). Disponível em: http://
www.anvisa.gov.br/legis.portarias/327_97.htm.Acesso
em: 26 nov. 2002.
BRITISH Pharmacopoeia 1993. London: Her Majesty’s
Stationary Office, 1993. p.A519.
EUROPEAN Pharmacopoeia. 3.ed. Strasbourg: Council of
Europe, 1997. p.287-288.
FARMACOPÉIABRASILEIRA.4.ed.SãoPaulo:Atheneu,
1988. pt.2, v.5.1.6-v.5.1.7-6
FASSIHI, R.A. Preservation of medicines against microbial
contamination. In: BLOCK, S., ed. Disinfection,
sterilization and preservation. Philadelphia: Lea &
Febiger, 1991. cap.50, p.871-886.
MACEDO, J.A.B. Águas & águas. Juiz de Fora: Ortofarma,
2000. 505p.
PINTO, T.J.A.; KANEKO, T.M.; OHARA, M.T. Controle
biológico de qualidade de produtos farmacêuticos,
correlatos e cosméticos. São Paulo: Atheneu, 2000.
309p.
SHARPELL, F.; MANOWITZ, M. Preservation of
cosmetics.In:BLOCK,S.,ed.Disinfection,sterilization
and preservation. Philadelphia: Lea & Febiger, 1991.
cap.51, 887-900.
SILVA, C.H.P.M. Bacteriologia: um texto ilustrado.
Teresópolis: Eventos, 1999. 531p.
Recebido para publicação em 15 de janeiro de 2003.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Dr. Marcus Coelho - Indisponibilidade de produtos registrados para controle d...
Dr. Marcus Coelho - Indisponibilidade de produtos registrados para controle d...Dr. Marcus Coelho - Indisponibilidade de produtos registrados para controle d...
Dr. Marcus Coelho - Indisponibilidade de produtos registrados para controle d...Oxya Agro e Biociências
 
Apostila microbiologia i
Apostila microbiologia iApostila microbiologia i
Apostila microbiologia iFredericoMMN
 
Boas Práticas de Laboratório - Biotério de Camundongos Departamento de Imunol...
Boas Práticas de Laboratório - Biotério de Camundongos Departamento de Imunol...Boas Práticas de Laboratório - Biotério de Camundongos Departamento de Imunol...
Boas Práticas de Laboratório - Biotério de Camundongos Departamento de Imunol...Sandra Alexandre -Ribeiro
 
Processo laboratorial de identificação de bactérias patogênicas
Processo laboratorial de identificação de bactérias patogênicasProcesso laboratorial de identificação de bactérias patogênicas
Processo laboratorial de identificação de bactérias patogênicasgabrielleminacio
 
Escherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNA
Escherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNAEscherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNA
Escherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNASamira Mantilla
 
Relatório técnico cecília (1)
Relatório técnico cecília (1)Relatório técnico cecília (1)
Relatório técnico cecília (1)sisivieira
 
Relatório técnico cecília
Relatório técnico cecíliaRelatório técnico cecília
Relatório técnico cecíliamigsantos
 
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. MagistraisControle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. MagistraisBarbara Blauth
 
Apresentação Toxilab Laboratório de Análises
Apresentação Toxilab Laboratório de AnálisesApresentação Toxilab Laboratório de Análises
Apresentação Toxilab Laboratório de Análisesadribender
 
Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2Tamara Garcia
 
Aula 1 coleta, transporte
Aula 1 coleta, transporteAula 1 coleta, transporte
Aula 1 coleta, transporteAtarissis Dias
 
Relatório técnico fátima
Relatório técnico fátimaRelatório técnico fátima
Relatório técnico fátimafatimariasantos
 
Relatório técnico fátima
Relatório técnico fátimaRelatório técnico fátima
Relatório técnico fátimamigsantos
 

Mais procurados (19)

47 desinfeccao e esterilizacao
47   desinfeccao e esterilizacao47   desinfeccao e esterilizacao
47 desinfeccao e esterilizacao
 
Dr. Marcus Coelho - Indisponibilidade de produtos registrados para controle d...
Dr. Marcus Coelho - Indisponibilidade de produtos registrados para controle d...Dr. Marcus Coelho - Indisponibilidade de produtos registrados para controle d...
Dr. Marcus Coelho - Indisponibilidade de produtos registrados para controle d...
 
Apostila microbiologia i
Apostila microbiologia iApostila microbiologia i
Apostila microbiologia i
 
Boas Práticas de Laboratório - Biotério de Camundongos Departamento de Imunol...
Boas Práticas de Laboratório - Biotério de Camundongos Departamento de Imunol...Boas Práticas de Laboratório - Biotério de Camundongos Departamento de Imunol...
Boas Práticas de Laboratório - Biotério de Camundongos Departamento de Imunol...
 
Processo laboratorial de identificação de bactérias patogênicas
Processo laboratorial de identificação de bactérias patogênicasProcesso laboratorial de identificação de bactérias patogênicas
Processo laboratorial de identificação de bactérias patogênicas
 
Princípios do diagnóstico microbiológico
Princípios do diagnóstico microbiológicoPrincípios do diagnóstico microbiológico
Princípios do diagnóstico microbiológico
 
Escherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNA
Escherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNAEscherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNA
Escherichia coli EM AMOSTRAS DE CARNE SUÍNA DA REGIÃO INTERNA
 
A quarentena e a fitossanidade 2008
A quarentena e a fitossanidade 2008A quarentena e a fitossanidade 2008
A quarentena e a fitossanidade 2008
 
Relatório técnico cecília (1)
Relatório técnico cecília (1)Relatório técnico cecília (1)
Relatório técnico cecília (1)
 
Relatório técnico cecília
Relatório técnico cecíliaRelatório técnico cecília
Relatório técnico cecília
 
Cap3
Cap3Cap3
Cap3
 
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. MagistraisControle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
Controle de Qualidade - análise microbiológica de MP e Form. Magistrais
 
Apresentação Toxilab Laboratório de Análises
Apresentação Toxilab Laboratório de AnálisesApresentação Toxilab Laboratório de Análises
Apresentação Toxilab Laboratório de Análises
 
Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2Resumo de micro clinica 2
Resumo de micro clinica 2
 
AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
AÇÃO MODULADORA DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS SOBRE ANTIBIÓTIC...
 
Aula 1 coleta, transporte
Aula 1 coleta, transporteAula 1 coleta, transporte
Aula 1 coleta, transporte
 
Cap20
Cap20Cap20
Cap20
 
Relatório técnico fátima
Relatório técnico fátimaRelatório técnico fátima
Relatório técnico fátima
 
Relatório técnico fátima
Relatório técnico fátimaRelatório técnico fátima
Relatório técnico fátima
 

Destaque

Destaque (9)

Grow 35% per year Organically! by Mike Mathisen
Grow 35% per year Organically! by Mike MathisenGrow 35% per year Organically! by Mike Mathisen
Grow 35% per year Organically! by Mike Mathisen
 
Expressions d’émotion intro. notes
Expressions d’émotion intro. notesExpressions d’émotion intro. notes
Expressions d’émotion intro. notes
 
How To Put Your Niches On Autopilot by Matt Davis
How To Put Your Niches On Autopilot by Matt DavisHow To Put Your Niches On Autopilot by Matt Davis
How To Put Your Niches On Autopilot by Matt Davis
 
Millimeters pt1of2
Millimeters pt1of2Millimeters pt1of2
Millimeters pt1of2
 
How to be a social media butterfly
How to be a social media butterflyHow to be a social media butterfly
How to be a social media butterfly
 
Administration of Thailand
Administration of Thailand Administration of Thailand
Administration of Thailand
 
Benang revision
Benang revisionBenang revision
Benang revision
 
Barbed sutures
Barbed sutures Barbed sutures
Barbed sutures
 
Nerve connector
Nerve connectorNerve connector
Nerve connector
 

Semelhante a qualidade de produto saneantes

Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.
Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.
Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.Refisa
 
Apostila pratica farm-odonto
Apostila pratica farm-odontoApostila pratica farm-odonto
Apostila pratica farm-odontoFernanda Luiza
 
ApresentaçãO Estagio 2008
ApresentaçãO Estagio 2008ApresentaçãO Estagio 2008
ApresentaçãO Estagio 2008tonyeu
 
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologioRelatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologioluancamargodesouza
 
APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS BACTERIOLOGIA
APOSTILA  DE  AULAS PRÁTICAS BACTERIOLOGIA APOSTILA  DE  AULAS PRÁTICAS BACTERIOLOGIA
APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS BACTERIOLOGIA Gregorio Leal da Silva
 
Escherichia Coli DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
Escherichia Coli  DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...Escherichia Coli  DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
Escherichia Coli DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...Samira Mantilla
 
Seminário Apresentado na matéria de Farmácia Clínica
Seminário Apresentado na matéria de Farmácia ClínicaSeminário Apresentado na matéria de Farmácia Clínica
Seminário Apresentado na matéria de Farmácia ClínicaKaren Zanferrari
 
biossegurança e Organismos Geneticamente Modificados
biossegurança e Organismos Geneticamente Modificadosbiossegurança e Organismos Geneticamente Modificados
biossegurança e Organismos Geneticamente Modificadosrodrigosett40
 
Manual de boas praticas prod mel
Manual de boas praticas prod melManual de boas praticas prod mel
Manual de boas praticas prod melRui Rodrigues
 
Biosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesBiosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesMarília Gomes
 
Controle de qualidade jean paul ducroquet
Controle de qualidade   jean paul ducroquetControle de qualidade   jean paul ducroquet
Controle de qualidade jean paul ducroquetCooplantio
 

Semelhante a qualidade de produto saneantes (20)

Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.
Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.
Guia Prático Refisa - Noções básicas sobre microbiologia em alimentos.
 
Apostila pratica farm-odonto
Apostila pratica farm-odontoApostila pratica farm-odonto
Apostila pratica farm-odonto
 
Apostila pratica farm-odonto
Apostila pratica farm-odontoApostila pratica farm-odonto
Apostila pratica farm-odonto
 
ApresentaçãO Estagio 2008
ApresentaçãO Estagio 2008ApresentaçãO Estagio 2008
ApresentaçãO Estagio 2008
 
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologioRelatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
 
Alimentos de rua
Alimentos de ruaAlimentos de rua
Alimentos de rua
 
APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS BACTERIOLOGIA
APOSTILA  DE  AULAS PRÁTICAS BACTERIOLOGIA APOSTILA  DE  AULAS PRÁTICAS BACTERIOLOGIA
APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS BACTERIOLOGIA
 
Escherichia Coli DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
Escherichia Coli  DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...Escherichia Coli  DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
Escherichia Coli DeterminaçãO Do NúMero Mais ProváVel Pela TéCnica De Miniat...
 
Appcc industria
Appcc industriaAppcc industria
Appcc industria
 
Appcc fabrica de ração
Appcc   fabrica de raçãoAppcc   fabrica de ração
Appcc fabrica de ração
 
Appcc fabrica de ração
Appcc   fabrica de raçãoAppcc   fabrica de ração
Appcc fabrica de ração
 
Seminário Apresentado na matéria de Farmácia Clínica
Seminário Apresentado na matéria de Farmácia ClínicaSeminário Apresentado na matéria de Farmácia Clínica
Seminário Apresentado na matéria de Farmácia Clínica
 
003
003003
003
 
008
008008
008
 
biossegurança e Organismos Geneticamente Modificados
biossegurança e Organismos Geneticamente Modificadosbiossegurança e Organismos Geneticamente Modificados
biossegurança e Organismos Geneticamente Modificados
 
Manual de boas praticas prod mel
Manual de boas praticas prod melManual de boas praticas prod mel
Manual de boas praticas prod mel
 
Biosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesBiosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e aves
 
Apresentação syngenta 2009
Apresentação syngenta 2009Apresentação syngenta 2009
Apresentação syngenta 2009
 
Controle de qualidade jean paul ducroquet
Controle de qualidade   jean paul ducroquetControle de qualidade   jean paul ducroquet
Controle de qualidade jean paul ducroquet
 
Programa de biossegurança
Programa de biossegurançaPrograma de biossegurança
Programa de biossegurança
 

Último

Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 

Último (20)

Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 

qualidade de produto saneantes

  • 1. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 39, n. 3, jul./set., 2003 Avaliação da Qualidade Microbiológica de Produtos Saneantes Destinados à Limpeza Adriana Bugno*, Adriana Aparecida Buzzo, Tatiana Caldas Pereira Instituto Adolfo Lutz, Seção de Controle de Esterilidade e Pirogênio, São Paulo Detergentes e seus congêneres são produtos destinados à limpeza e higienização de objetos inanimados e/ou ambientes. As empresas que produzem ou importam os produtos mencionados devem cumprir as Boas Práticas de Fabricação e Controle, com a finalidade de garantir a qualidade e a segurança de uso destes produtos. Este estudo teve por objetivo avaliar a qualidade microbiológica de detergentes e seus congêneres. Cento e quatro amostras foram analisadas no período entre Abril de 2001 e Outubro de 2002, sendo que 41% das amostras analisadas apresentaram crescimento microbiano. Unitermos: • Microrganismos • Contaminantes • Detergentes *Correspondência: A. Bugno Instituto Adolfo Lutz Seção de Controle de Esterilidade e Pirogênio Av. Dr. Arnaldo, 355 01246-902 – São Paulo – SP E-mail: adrbugno@ial.sp.gov.br INTRODUÇÃO Produtos saneantes domissanitários classificados quanto à finalidade de uso, como produtos para limpeza geral e afins são definidos na Resolução RDC no 184, de 22/10/01, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, como aqueles destinados à higienização de objetos inani- mados e/ou ambientes domiciliares, coletivos e/ou públi- cos, tanto para fins domésticos quanto para fins profissi- onais (Brasil, 2001). Esta Resolução, que define os procedimentos a serem adotados para o registro de produtos saneantes domissani- tários, estabelece que “as empresas legalmente autorizadas a produzir ou importar estão sujeitas à verificação do cum- primento das Boas Práticas de Fabricação e Controle”. A ênfase às Boas Práticas de Fabricação e Contro- le (BPF e C) iniciou nos Estados Unidos da América, de- corrente da ação regulatória do Food and Drug Administration (FDA). A abrangência nacional ou inter- nacional destas normas está direcionada tanto às institui- ções da área da saúde, quanto à atividade industrial dos produtores de medicamentos, correlatos, cosméticos, domissanitários e alimentos. Para as Indústrias de Saneantes Domissanitários, as diretrizes para a implantação das Boas Práticas de Fabri- cação e Controle (BPF e C) estão estabelecidas na Porta- ria nº 327, de 30 de julho de 1997, da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, as quais visam à padronização e definição de procedimentos, mé- todos de fabricação, condições das instalações da empre- sa, equipamentos e respectivas manutenções, critérios de segurança, bem como matérias-primas, embalagens, con- dições de estocagem e aspectos relativos ao meio ambien- te, como forma de garantir a qualidade e a segurança no uso destes produtos (Brasil, 1997). O controle da contaminação microbiana é um aspecto importante das BPF e C e deve ser parte integrante de pro- gramas de Garantia da Qualidade (Sharpell, Manowitz, 1991). Inicialmente o controle microbiológico do processo era associado à fabricação de produtos estéreis, porém ve- rificou-se que a contaminação microbiana pode acarretar problemas em ampla abrangência de produtos, comprome-
  • 2. A. Bugno, A. A. Buzzo, T. C. Pereira336 tendo a qualidade final do produto ou a sua segurança de uso, intimamente ligadas ao risco de infecção (Sharpell, Manowitz, 1991; Pinto, Kaneko, Ohara, 2000). A avaliação do risco de infecção associada a estes produtos deve ser realizada considerando-se vários fato- res, entre os quais pode-se citar a finalidade de uso, as condições sob as quais o produto será utilizado, a popula- ção exposta, a freqüência e o tempo de exposição ao pro- duto, bem como as características dos microrganismos contaminantes (Sharpell, Manowitz, 1991; Fassihi, 1991; Brasil, 2001). Embora a pele intacta represente barreira eficiente contra infecções, em peles lesadas o risco de in- fecção aumenta consideravelmente (Fassihi, 1991). Al- guns trabalhos reportam que inóculos contendo 106 Uni- dades Formadoras de Colônias (UFC) são necessários para produção de processos infecciosos em pele íntegra, mas apenas 102 UFC são suficientes quando em pele traumatizada ou sob oclusão (Fassihi, 1991; Pinto, Kaneko e Ohara, 2000). Com relação ao tipo de microrga- nismo contaminante, verifica-se que os microrganismos mais freqüentemente encontrados como contaminantes de produtos são os patogênicos oportunistas, principalmen- te Pseudomonas spp, as enterobacteriáceas – Enterobacter spp, Serratia spp e Klebsiella spp, além de Escherichia coli e Proteus spp – Flavobacterium spp e Staphylococcus spp (Sharpell, Manowitz, 1991; Fassihi, 1991; Silva, 1999; Pinto, Kaneko, Ohara, 2000). O processo de fabricação exerce grande influência sobre os níveis de contaminação microbiana do produto, sendo, portanto fundamental entender as diferentes etapas produtivas e se conhecer as fontes e os mecanismos res- ponsáveis pela contaminação. As principais fontes de contaminação a serem consideradas, responsáveis pela carga microbiana total do produto, incluem as fontes dire- tas – acarretadas por matérias-primas, água e material de acondicionamento utilizados – e as fontes indiretas – de- correntes de procedimentos de limpeza, instalações inade- quadas, equipamentos, ambientes produtivos e operadores envolvidos (Sharpell, Manowitz, 1991; Silva, 1999; Macedo, 2000; Pinto, Kaneko, Ohara, 2000). A finalidade do presente trabalho foi avaliar a quali- dade microbiológica de produtos saneantes destinados à limpeza comercializados em São Paulo, fornecendo subsí- dios para ações de Vigilância Sanitária no que se refere ao atendimento às Boas Práticas de Fabricação e Controle. MATERIAL E MÉTODOS Amostras Entre novembro de 2001 a outubro de 2002, foi re- alizado o Programa de Monitoramento de Saneantes No- tificados – PROMOSAN, coordenado pela Agência Naci- onal de Vigilância Sanitária (ANVISA), com o objetivo de avaliar a qualidade desta classe de produtos, disponíveis no comércio nacional. No Estado de São Paulo, as amostras deste Progra- ma de Monitoramento foram coletadas sob a coordenação do Centro de Vigilância Sanitária do Estado, em estabele- cimentos comerciais, abrangendo principalmente produ- tores estabelecidos no Estado e encaminhadas ao Institu- to Adolfo Lutz para a execução das análises programadas. Neste período, foram analisadas 104 amostras, sendo: Métodos As análises microbiológicas compreenderam: a) Contagem de bactérias heterotróficas, pela técnica de Semeadura em profundidade (método de “Pour Plate”); b) Contagem de bolores e leveduras, pela técnica de Se- meadura em profundidade (método de “Pour Plate”); c) Número Mais Provável de coliformes totais, pela téc- nica de Tubos múltiplos; d) Número Mais Provável de coliformes fecais, pela téc- nica de Tubos múltiplos; e) Pesquisa e identificação de microrganismos conta- minantes. Preparação da amostra Para os ensaios microbiológicos foram utilizadas alíquotas de 10 g ou 10 mL do produto a ser analisado, que foram adicionadas a 90 mL de Caldo Letheen (correspon- dendo à diluição 10-1 ). A partir da diluição inicial foram executadas diluições decimais seriadas até a diluição 10-4 , utilizando o mesmo como diluente. Técnica de semeadura em profundidade Esta técnica foi utilizada tanto para a determinar a população de bactérias heterotróficas quanto para bolores Tipo do produto Quantidade de amostras Amaciante de roupas 26 Detergente para lavar louças 23 Detergente para limpeza geral 22 Detergente automotivo 04 Sabão para lavar roupas 10 Desengraxantes e Desincrustantes 06 Limpador multi-uso 05 Limpa-alumínio 05 Cera para móveis 03
  • 3. Avaliação da Qualidade Microbiológica de Produtos Saneantes Destinados à Limpeza 337 e leveduras, tendo sido executada conforme indicado na Farmacopéia Brasileira (1988), utilizando Ágar caseína de soja e incubação a 35 o C por 24 a 48 horas, na contagem de bactérias e Ágar Sabouraud dextrose com cloranfenicol (0,5%) e incubação a 27 o C, por 5 dias, na contagem de fungos. Técnica de tubos múltiplos Esta técnica foi utilizada para a determinar o número mais provável (NMP) de coliformes presente nas amos- tras, tendo sido executada conforme indicado na Farmacopéia Brasileira (1988), utilizando Caldo Lauril Sulfato de Sódio e incubação a 35 o C por 48 horas, na contagem de coliformes fecais e Caldo EC e incubação a 45 o C por 24 horas, na contagem de coliformes fecais. Identificação de microrganismos contaminantes Aidentificação dos microrganismos contaminantes foi executada conforme indicado na Farmacopéia Brasi- leira (1988), utilizando técnicas de coloração de Gram e testes bioquímicos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Do total de produtos analisados, 41% apresentaram crescimento microbiano, sendo que em 96% das amostras contaminadas foi possível detectar a presença de bactéri- as heterotróficas; em 21%, a presença de fungos; em 16%, a presença de coliformes e em 5% a presença de coliformes fecais. A Figura 1 mostra a porcentagem das amostras que apresentaram microrganismos contaminantes. Quarenta por cento (40%) das amostras que apre- sentaram microrganismos contaminantes eram compostas por amaciantes de roupas, enquanto que 51% eram com- postas de detergentes, sendo que neste último grupo, os detergentes para lavar louças foram os que apresentaram maior proporção de amostras contaminadas. De modo geral, os produtos que evidenciaram cres- cimento microbiano apresentaram valores de pH entre 5,0 e 9,0. Produtos como os limpadores multi-uso, limpa-alu- mínio e desengraxantes/desincrustantes, que não eviden- ciaram crescimento microbiano, apresentaram valores de pH abaixo de 5,0 e acima de 9,0. No caso de produtos em pó, a baixa atividade de água mostrou-se fator impeditivo de eventuais microrganismos contaminantes. As Figuras 2 e 3 mostram as variações nas popula- ções obtidas para bactérias heterotróficas e fungos e para coliformes, respectivamente. As amostras estão identificadas por números de 1 a 43, sendo que aquelas identificadas de 01 a 17 corres- pondem aos amaciantes de roupas; identificadas de 18 a 20, correspondem às ceras para móveis; identificada como 21, ao detergente automotivo; identificadas de 22 a 34, aos detergentes para lavar louças; de 35 a 42, a detergentes para limpeza geral e identificada como 43, ao detergente para lavar roupas. Com relação às bactérias heterotróficas e fungos, foram verificadas populações variando de 1,0 x 101 a 1,9 x 106 UFC/g ou mL, no caso de bactérias e entre 1 x 101 e 1,5 x 105 UFC/g ou mL, no caso de fungos. Produtos com especificações de qualidade micro- biológica estabelecidas, como produtos destinados à higi- ene pessoal, devem apresentar carga microbiana máxima de 5 x 103 UFC/g ou mL, ou até mais rígidas, se conside- rados os produtos de uso infantil, que devem apresentar carga microbiana máxima de 5 x 102 UFC/g ou mL. Ape- sar dos produtos analisados não se destinarem à higiene FIGURA 1 - Distribuição das amostras que apresentaram contaminantes microbianos de acordo com o tipo de produto analisado.
  • 4. A. Bugno, A. A. Buzzo, T. C. Pereira338 pessoal, ao comparar os valores obtidos, verifica-se que a maior parte das amostras analisadas apresentou popula- ções superiores a 5 x 103 UFC/g ou mL. Em relação à presença de coliformes, verificaram- se populações estimadas variando de 3 x 100 a 2,1 x 105 NMP/g ou mL, tendo sido obtidas apenas para detergen- tes, principalmente nos destinados a lavar louças. A Figura 4 considera os tipos de microrganismos observados nas amostras analisadas. Foi verificada a presença de bactérias Gram (-) não fermentadoras, Enterobacter spp, Klebsiella spp, Pseudomonas spp e Staphylococcus spp coagulase (-). A presença destes tipos de microrganismos, bem como as altas cargas microbianas obtidas nestas amostras podem sugerir a necessidade de procedimentos adequados para o controle de contaminação. CONCLUSÃO Entre os produtos analisados, 41% apresentaram contaminação microbiana, cuja natureza – seja em termos quantitativos quanto, principalmente, qualitativos – indica um problema de Saúde Pública e a necessidade de controle mais rigoroso no que se refere à implantação das BPF e C FIGURA 2 - Contagens obtidas para bactérias heterotróficas e fungos nas amostras analisadas. FIGURA 3 - Número mais provável obtido para coliformes de acordo com as amostras analisadas.
  • 5. Avaliação da Qualidade Microbiológica de Produtos Saneantes Destinados à Limpeza 339 nas indústrias de saneantes e domissanitários, com a fina- lidade de garantir a segurança de uso destes produtos. ABSTRACT Evalution of the microbiological quality of sanitizing products for use in cleaning Detergents and similars are products aimed to clean and hygienize inanimate objects and/or ambients. The enterprises dedicated to produce ou import the products mentioned must to accomplish with the Good Manufacturing and Control Pratices, in order to guarantee the quality and be sure about the safety of them. The aim of this study was evaluation of the microbiological quality of detergents and similars products. A hundred and four samples were analised in the period from April, 2001 to October, 2002, and it was verified that 41% of the products showed evidences of microbial contamination. UNITERMS: Microrganisms. Contaminants. Detergents REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Saneantes. Registro de Produtos. ComoRegistrarSaneantes.Legislação.ResoluçãoRDC n.184, de 22 de outubro de 2001. Procedimentos referentes ao registro de produtos saneantes domissanitários e outros de natureza e finalidade idênticas. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/ legis/resol/2001/184_01rdc.htm. Acesso em: 26 nov. 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Legislação. Legislação porTipo de Ato.Resoluções.Resoluçõesde1999.Resoluçãon.481, de 23 de setembro de 1999. Padrões de controle microbiológico para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Disponível em: http:// www.anvisa.gov.br/legis/resol/481_99.htm.Acessoem: 26 nov. 2002. FIGURA IV - Microrganismos isolados em função do tipo de produto analisado.
  • 6. A. Bugno, A. A. Buzzo, T. C. Pereira340 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Legislação. Legislação porTipo de Ato. Portarias. Portarias - Anteriores a 1997. Portaria n.327, de 30 de julho de 1997. Diretrizes estabelecidas pelos Regulamentos Técnicos – Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF e C). Disponível em: http:// www.anvisa.gov.br/legis.portarias/327_97.htm.Acesso em: 26 nov. 2002. BRITISH Pharmacopoeia 1993. London: Her Majesty’s Stationary Office, 1993. p.A519. EUROPEAN Pharmacopoeia. 3.ed. Strasbourg: Council of Europe, 1997. p.287-288. FARMACOPÉIABRASILEIRA.4.ed.SãoPaulo:Atheneu, 1988. pt.2, v.5.1.6-v.5.1.7-6 FASSIHI, R.A. Preservation of medicines against microbial contamination. In: BLOCK, S., ed. Disinfection, sterilization and preservation. Philadelphia: Lea & Febiger, 1991. cap.50, p.871-886. MACEDO, J.A.B. Águas & águas. Juiz de Fora: Ortofarma, 2000. 505p. PINTO, T.J.A.; KANEKO, T.M.; OHARA, M.T. Controle biológico de qualidade de produtos farmacêuticos, correlatos e cosméticos. São Paulo: Atheneu, 2000. 309p. SHARPELL, F.; MANOWITZ, M. Preservation of cosmetics.In:BLOCK,S.,ed.Disinfection,sterilization and preservation. Philadelphia: Lea & Febiger, 1991. cap.51, 887-900. SILVA, C.H.P.M. Bacteriologia: um texto ilustrado. Teresópolis: Eventos, 1999. 531p. Recebido para publicação em 15 de janeiro de 2003.