E.coli em linguiças: enumeração, isolamento e resistência
1. Escherichia coli : DETERMINAÇÃO DO NÚMERO MAIS PROVÁVEL PELA
TÉCNICA DE MINIATURIZAÇÃO E SUSCEPTIBILIDADE
ANTIMICROBIANA EM LINGUIÇAS FRESCAIS SUÍNAS.
RAFAELLA AGÜERO DA SILVA1; CARINNE RODRIGUES DE OLIVEIRA
PINTO1; SAMIRA PIROLA SANTOS MANTILLA2; ÉRICA BARBOSA SANTOS2;
ROBSON MAIA FRANCO3
1
Aluna de graduação do Curso de Medicina Veterinária - UFF.
2
Programa de Pós-Graduação em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de
Produtos de Origem Animal. Faculdade de Veterinária - UFF.
3
Departamento de Tecnologia de Alimentos. Faculdade de Veterinária - UFF.
e-mail: rafaella_aguero@yahoo.com.br
RESUMO
A presença de E.coli pode provocar alterações que descaracterizam a linguiça frescal e
tornam o seu consumo perigoso para a saúde humana. A avaliação da resistência
antimicrobiana é importante para a saúde coletiva, pois muitos antimicrobianos podem
estar presentes de forma acidental ou intencional na linguiça frescal suína, podendo
transmitir aos ingestores resistência através de conjugação bacteriana na microbiota
intestinal.O objetivo desse trabalho foi realizar a enumeração e o isolamento de E.coli e
a avaliação da susceptibilidade das cepas patogênicas aos antimicrobianos mais
utilizados na terapêutica humana. Foram analisadas 20 amostras de lingüiça frescal
suína comercializadas nos municípios de Niterói (8 amostras) e Rio de Janeiro (12
amostras). As metodologias utilizadas foram: Método 1- Enumeração pela técnica de
miniaturização e identificação de E.coli baseado em Merck, (2000) modificado por
Franco e Mantilla (2004); Método 2- Isolamento e identificação de cepas de E.coli
patogênicas (EIEC, ETEC, EPEC) de acordo com Kornacki e Johnson (2001); Método
3- Isolamento e identificação de E.coli O157:H7 e diferenciação de cepas
enterohemorrágicas (EHEC), Merck (2000). Na técnica de miniaturização foi usado o
Caldo “Fluorocult” em tubos “eppendorf”, os meios de plaqueamento foram Mac
Conkey Lactose, Mac Conkey Sorbitol e o “Rapid Hicoliform agar”. No método 2
utilizou-se Mac Conkey Lactose , agar EMB e ágar SS e no Método 3, o Mac Conkey
Sorbitol e o “Rapid Hicoliform Agar”. No teste de sensibilidade aos antimicrobianos foi
usada a metodologia descrita por Clinical and Laboratory Standards Institute (2003) e o
diagnóstico sorológico pelo método de EWING (1986). O NMP variou de < 3,0 NMP/g
a 4,3x102 NMP/g. Na sorologia, das 126 cepas isoladas, 16 (Método 1), 61 (Método 2) e
49 (Método 3), apenas 7 (5,55%) eram do grupo de E.coli patogênicas. A porcentagem
da classe EPEC A foi de 71,42% e a da EPEC B foi de 28,57%. Na EPEC A foi
detectado o sorogrupo O119 em 3 cepas (42,85%) e o O111 em 2 cepas(28,57%), e na
EPEC B o sorogrupo O125 em 2 cepas (28,57%). No teste de sensibilidade aos
antimicrobianos, a amicacina foi o que melhor apresentou resultados em relação à