SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Baixar para ler offline
Problemas sobre os professores principiantes em seus processos de inserção
profissional
INFORMES DE INVESTIGAÇÃO
OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS
ESCOLAS PÚBLICAS DA REDE ESTADUAL DO PIAUÍ: DIFICULDADES E
DESAFIOS ENFRENTADOS PARA TORNA-SE UM BOM PROFESSOR
MENDES, Luciana
luquimi@gmail.com
Instituto Federal do Piauí – IFPI
NEVES, Rayssa
rayneves@yahoo.com.br
Instituto Federal do Piauí – IFPI
Palavras-chave: professores iniciantes; química; dificuldades; desafios; bom professor;
INTRODUÇÃO
A inserção de professores iniciantes tem sido assunto de estudos nas pesquisas
educacionais a nível tanto nacional como internacional. Com a finalidade de contribuir
com essa temática, este trabalho investigou como ocorre a inserção à docência dos
professores principiantes de Química selecionados para atuarem na rede estadual
pública do Piauí, principalmente quando esses não possuem a formação inicial concluída
e atuam como professores temporários, analisando as principais dificuldades e desafios
que enfrentaram para torna-se um bom professor.
Assim, tendo como objeto de estudo a iniciação à docência dos professores de Química
buscamos responder: Como ocorre a inserção à docência desses professores? Quais
as principais dificuldades e desafios enfrentados por eles? O que esses professores
iniciantes pensam sobre ser um bom professor?
Foi baseado nessas questões que fizemos uma breve discussão teórica sobre o ciclo da
vida profissional docente resgatando conceitos que vem sendo desenvolvido nas
pesquisas e literatura da atualidade científica sobre a temática dos professores iniciantes.
No segundo momento, apresentamos a metodologia da pesquisa, descrevendo os
instrumentos utilizados na produção dos dados e os passos metodológicos adotados no
desenvolvimento do estudo.
Na terceira parte intitulada: Dificuldades e desafios enfrentados pelos professores
iniciantes de Química, para tornar-se um bom professor, apresentamos as interpretações
2
e análises das transcrições produzidas através das entrevistas, que mostraram aspectos
sobre as dificuldades e problemas no início da carreira docente e a análise dos conceitos
sobre o que é ser um “bom professor” construído durante o processo.
Nas Considerações Finais, retomamos ao nosso tema de pesquisa, realizando
reflexões sobre os resultados encontrados e a forma como ocorre a inserção desses
professores iniciantes na rede pública estadual de ensino no Piauí.
1 CICLO DA VIDA PROFISSIONAL DOCENTE
Em pesquisas sobre o desenvolvimento da carreira docente Huberman (1992, apud
Stahlschmidt, 2009) identifica tendências comuns da vida profissional do professor. De
acordo com estes estudos, apesar de não se tratarem de fases fixas, mas sim de um
processo dinâmico e individual de cada docente, podemos caracterizar o que o autor
definiu como ciclo de vida dos professores, dividindo a carreira basicamente em quatro
momentos:
Formação inicial;
Inicio de carreira como etapa em que já possui estabilidade profissional;
Período em que questiona a sua opção profissional;
Período em que se aproxima de sua aposentadoria.
Nesses diferentes momentos, no caso da profissão de professores, observa-se o
enfrentamento de diferentes necessidades, desafios, dificuldades, problemas,
expectativas, dilemas e a partir disso constroem seu conhecimento profissional (Nono,
2011).
De acordo com Imbernón (2001) esse conhecimento adquirido durante a carreira
profissional no magistério é dinâmico e não estático e, portanto, depende da maneira que
se desenvolve em diversos momentos podendo ser descrito de acordo com as seguintes
situações:
A experiência como docente: quando ainda se encontram como alunos graduandos,
ocupando essa posição, interpretando o sistema educativo como espaço que lhes
apresentam grandes desafios a serem vencidos.
A etapa de formação inicial como pré-requisito fundamental, a fim de promover um
conhecimento profissional, como também, aspectos da profissão docente, de forma a
inspirar mudanças nas ações do futuro profissional.
Vivencia profissional. Durante a prática educacional ocorre o amadurece do
conhecimento específico referente à profissão, em busca da formação permanente, a
excelência do conhecimento profissional posto na pratica docente.
Sendo assim, no decorrer da carreira docente o profissional vivencia fases que possuem
níveis diferentes, sendo uns mais difíceis e outros mais fáceis, os quais contribuem para
torná-lo mais habilidoso e experiente. Com isso, o tempo profissional requer a
experimentação da prática, a superação dos desafios e das dificuldades presentes na
vida profissional dos professores.
Sobre essa perspectiva, o pesquisador de origem suíça Michael Huberman passou muito
tempo da sua vida acadêmica investigando sobre a carreira do professor,
especificamente os quais lecionaram para alunos de 13 a 19 anos no ensino médio, e
desenvolveu o que ele chamou de ciclo vital dos professores. Por meio de uma análise
sobre o ciclo vital profissional, identificou o que ele chamou de fases do desenvolvimento
profissional na carreira docente.
Sobre essas fases da carreira docente, Huberman (1993, apud Nono, 2011) faz um
destaque geral das características no ingresso inicial à carreira docente como a
sobrevivência e as descobertas entendidas como elementos que direcionam os anos
iniciais, sendo o aspecto da sobrevivência caracterizada como “choque da realidade”,
pontuando para tal: o embate inicial; a complexidade; a imprevisibilidade que caracteriza
a sala de aula; a discrepância entre os ideais educacionais e a vida cotidiana nas classes
3
de alunos e nas escolas; a fragmentação do trabalho; a dificuldade de empregar ensino e
gestão de sala de aula; a falta de materiais didáticos, etc.
Sobre os aspectos da descoberta podemos destacar: o entusiasmo do iniciante e
orgulho de finalmente ter sua própria classe, seus alunos, e fazer parte de um corpo
profissional.
Para alguns professores, o entusiasmo inicial torna fácil o inicio na docência, mas, para
outros, as dificuldades tornam o período muito difícil. Em todo caso, é no princípio da
carreira docente que se inicia a formação do conhecimento profissional para um contínuo
desenvolvimento profissional durante as demais fases da carreira docente serão
descritas a seguir (Huberman,1993, apud, Nono, 2011, p. 16):
A fase da estabilidade;
A fase da experimentação ou diversificação;
A fase da procura de uma situação de estabilidade profissional, que lhe
dê segurança;
A fase da preparação do jubilamento, que é a fase final da carreira.
Huberman ainda mostra o ciclo de vida dos professores a partir de um ângulo clínico por
fases desenvolvidas durante uma longa carreira profissional construída em experiência
que deram certo, e outras erradas que resultaram nos profissionais satisfações ou
frustrações, mas que não foi o suficiente para fazê-los abandonar o magistério o qual
exerceram como missão a ser cumprida, zelada e apurada por longo tempo de
dedicação.
Entre os professores que possuem um emprego estável no ensino, as bases dos saberes
profissional parecem terem sido construídas nos anos iniciais da carreira (Tardif e
Raymond, 2000). Para tanto, destaca-se a transição da vida acadêmica para vida
profissional marcada, de um modo geral, pelas desilusões e pelo desencanto na carreira
profissional. Sendo assim, os primeiros anos são decisivos na estruturação da prática
profissional e podem ocasionar o estabelecimento de rotinas e certezas petrificadas
sobre as práticas de ensino que acompanharão o professor ao longo de suas funções no
magistério (Nono, 2011, p. 19).
Garcia (1999, apud Nono, 2011, p. 19), descreve a iniciação a docência da seguinte
forma:
O período de tempo que corresponde os primeiros anos, nos quais os
professores precisam realizar a transição de estudantes a docentes é
uma etapa de tensões e aprendizagens intensivas em contextos
geralmente desconhecidos, durante a qual os professores iniciantes
devem adquirir conhecimento profissional, além de conseguir manter
certo equilíbrio pessoal.
Segundo Abarca (1999, apud Nono, 2011), é importante entender os principais elementos
que permitem caracterizar a temática específica dos professores iniciantes e
compreender esse processo de iniciação à docência considerando o que ocorre no
âmbito pessoal relativo ao próprio iniciante formativo, o que foi relevante ao exercício do
magistério adquirido durante sua formação inicial e como se deu o seu processo com
respeito à prática profissional referente ao exercício da profissão, considerando a
instituição na qual atua.
Sobre comportamento dos professores na realidade escolar, Veenman (1984, apud
Nono, 2011) afirmou que, durante a prática profissional, os docentes observam um
grande distanciamento dos ideais pedagógicos vistos durante a formação inicial e com
esse distanciamento entre essas duas realidades, a fase de transição da formação inicial
dos professores para o ambiente de trabalho na escola pode ser dramática e traumática.
4
1.1 Conhecimento profissional em processo de formação
Shulman (1989, apud Nono 2011) define conhecimento profissional como princípios e
normas formalmente desenvolvidos nos cursos de formação. Portanto, podemos afirmar
que o conhecimento profissional para o ensino deve ser entendido como o conjunto de
compreensões, conhecimentos, habilidades e disposição que um professor necessita ter
para transformar o conhecimento que possui do conteúdo em formas de atuações que
sejam pedagogicamente eficazes e adaptáveis às variações de habilidades e de
repertórios apresentados pelos alunos.
Da elaboração do conhecimento até o como ensinar é um dos grandes desafios dos
professores principiantes, pois o saber pedagógico é uma tarefa desenvolvida pelo
professor ao tentar, por meios próprios, a transmissão de conhecimento para seus
alunos. Para isso, ele lança mão de outros tipos de conhecimentos, a fim de transformar
o ensino do conteúdo de interesse em algo apreciável e significante para seus alunos.
Diante da tamanha relevância relatada anteriormente, observa-se que o processo de
ingresso na carreira docente e o desenvolvimento profissional do professor é um
processo repleto de dificuldades e grandes desafios.
1.2 O “choque de realidade”
Ideia formada pelo autor suíço Huberman e popularizada por Siomn Veeman é o
momento da fase inicial da carreira profissional dos docentes, marcada pelo que ele
caracteriza como períodos de “sobrevivência” e “descobertas” que são apresentados por
meio das dificuldades ou problemas, de uma forma geral, em sala de aula. Como por
exemplo: a falta de materiais didáticos, o saber como lidar com a direção da escola e a
relação com outros profissionais mais experientes, desenvolvimento dos conteúdos que
serão ministrados em sala de aula, elaboração do planejamento, o uso das cadernetas, a
maneira de lidar com as situações imprevisíveis na sala de aula, com os pais de alunos, e
também com a própria identidade do ser professor. Tudo isso e outras coisas mais se
definem por “sobrevivência”, o que acabam que marcando a vida dos professores
principiantes, pois é um período de tensão de aprendizagens sobre a prática docente
(Nono, 2011).
A maneira com que a profissão docente é assumida pelos professores principiantes nas
instituições de ensino é absurda quando comparada com outras profissões. Toda
profissão existe o inicio probatório, em que os novatos são preparados para assumir as
atribuições de sua profissão, além do acompanhamento por um profissional mais
experiente para orientá-lo na execução de suas tarefas. Esse momento de
acompanhamento é um pré-requisito para a orientação desses profissionais à execução
de importantes ações na profissão, que só depois desse período lhe será cobrada a real
execução das funções próprias do seu ofício.
METODOLOGIA
A pesquisa fundamenta-se nos pressupostos da investigação qualitativa e os sujeitos
foram três professores iniciantes de química da rede pública do Estado do Piauí, ainda
alunos matriculados no último ano do Curso de Licenciatura do Instituto Federal do Piauí
– Campus Teresina Central.
Os documentos utilizados no tratamento dos dados durante a pesquisa foram produzidos
a partir da transcrição digitada das falas em áudio para textos escritos que foram
posteriormente revisados e aprovados pelos próprios colaboradores
Com a finalidade de fazer uso de suas falas, atribuímos nomes fictícios para os
entrevistados - Professor Carlos, Professor Rogério e Professor Pablo.
Para a assimilação e interpretação dos dados colhidos nas entrevistas, e com a finalidade
de encontrar coerência nos dados para alcançar o objetivo da pesquisa, optamos em
5
fazer a análise de conteúdo, e para isso desenvolvemos um método de análise misto que
parte de categorias pré-definidas com base nas teorias escolhidas previamente (Moraes,
2003).
Então, as unidades foram definidas no processo inicial de análise e depois feitas o
agrupamento de elementos semelhantes. Construímos as categorias e a partir disso,
desenvolvemos o plano de análise, como poderão ser vistos a seguir:
Diagrama1: Indicadores e questões norteadoras da análise.
Dificuldades no
magistério
Desafios no magistério
O Desenvolvimento do
conhecimento
profissional
Quais as maiores dificuldades que você
vivencia no inicio da carreira docente?
? magistério?
Quais os desafios que você encontrou
no magistério?
Como você analisa esses desafios?
O que é ser um bom professor?
Faça uma análise de si mesmo como
professor.
Quais são suas perspectivas em
relação a sua carreira docência?
Você se sente apto para exercer o
magistério ou ainda necessita de
formação?
6
Tabela 01: Plano de Análise.
Professores Dificuldades Desafios “Bom” Professor
Carlos  Abordagem de
conteúdos de
química para os
alunos;
 Desenvolver
técnicas que
possibilitem
melhor
exposição de
conteúdos;
 Preparo de
materiais
didáticos;
 Lidar com as
dificuldades de
aprendizagens
os alunos;
 Adaptação de
postura e
linguagem com
os alunos;
 Utilização de
termos
científicos com
os alunos;
 Melhorar a
maneira de
expor os
conteúdos;
 “Diminuir” a
complexidade
dos conteúdos
de químicas
para os alunos;
 É um profissional
que tem
compromisso com
o ensino, gosta
do que faz e sua
atuação docente
é uma fonte de
aprendizagem
constante.
Rogério
 Abordagem de
conteúdos
 Relacionamento
com os alunos;
 Relacionamento
com a direção
da escola;
 Trabalha com
muitas turmas e
com a carga
horária
excessiva.
 Desmistificar
que o conteúdo
de química é
difícil.
 É aquele que leva
“a risca” o que
aprendeu na sua
graduação
aplicando as
“ferramentas”
durante o curso.
Pablo
 Em decidir qual
conteúdo a ser
exposto para os
alunos;
 Em fazer
planejamento;
 Em preencher as
cadernetas;
 Em saber a
melhor forma de
abordar os
 Elaborar
estratégias
para revisar
assuntos não
ministrados nas
series
anteriores.
 É aquele que
ensina com base
na teoria e utiliza
boas
“ferramentas”
para desenvolver
um bom ensino.
.
7
conteúdos
devido o atraso
acumulado de
assuntos
anteriores.
O Plano de Análise demonstrou a necessidade imprescindível, defendida pelo referencial
teórico deste estudo, dos professores iniciantes participarem de um programa de
iniciação à docência, a fim de diminuir as dificuldades encontradas no início do
magistério, preparando esses principiantes à docência para os desafios da carreira,
contribuindo efetivamente ao desenvolvimento profissional desses professores, pois,
entende-se que a iniciação à carreira não é um espaço vazio entre a formação inicial e a
carreira profissional, e que, de fato, deve ser acompanhada por todo o sistema
educacional que recebem os aspirantes à docência.
Assim, a interligação de um programa de iniciação à docência, com o enfrentamento da
realidade na escola, ocorrente no inicio da carreira docente e com o desenvolvimento do
conhecimento profissional é fundamental para o preparo dos professores principiantes
para que possam assumir efetivamente e sadiamente o ofício docente. É isso o que
sugerimos abaixo:
Diagrama 02: Inter-relação no inicio da carreira docente
3. DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES
INICIANTES DE QUÍMICA, PARA TORNA-SE UM BOM PROFESSOR
Os entrevistados têm em comum o pouco tempo de experiência no ensino de Química,
(cerca de onze meses). São, também, alunos dos últimos anos do Curso de Licenciatura
de Química do IFPI Campus Teresina Central:
Eu tenho experiência como professor de Ciências no ensino
fundamental. Agora, no ensino médio, como professor de Química é
diferente, é muito mais complexo (Prof. Carlos).
É bem recente minha experiência como professor atuante. Estou
aprendendo como lecionar, pois ainda não sou experiente, mas tenho
sido bem atuante; um professor bem dinâmico (Prof. Rogério).
Sou marinheiro de primeira viagem.(Prof.Pablo)
Sobre as dificuldades no inicio de carreira, os entrevistados responderam:
Uma das minhas maiores dificuldades é lidar com essa defasagem de
conhecimentos prévios dos alunos em química. Os alunos não sabiam
PROGRAMAS DE INICIAÇÃO A
DOCÊNCIA
ENFRENTAMENTO DA
REALIDADE NA ESCOLA
DESENVOLVIMENTO DO
CONHECIMENTO PROFISSIONAL
8
nada, coisas que eles deveriam ter aprendido lá nos anos anteriores. Eu
já apliquei estudos dirigidos e algumas questões de resolução de
problemas e percebo a deficiência na leitura, então, assim, eu tenho
muita dificuldade em abordar o contexto. (Prof. Carlos)
Os alunos chegam testando o seu conhecimento, foi nisso que senti
certa dificuldade. (Prof. Rogério)
Dos três relatos sobre as dificuldades enfrentadas no ambiente em sala de aula e na
escola como ambiente de trabalho, podemos constatar que a dificuldade mais comum é a
busca pela melhor forma de executar as tarefas em relação à aplicação, abordagem, e
transmissão do conteúdo específico, pois para vencer essas dificuldades partem ações
individuais, o que torna a suas vivências solitárias na escola em que trabalham. Mesmo
sendo especialistas no conhecimento específico não estão seguros em como
desenvolvê-lo de forma a torná-lo passível de ser ensinado.
A dificuldade dos professores iniciantes de estabelecerem os conteúdos a serem
ministrados também foi identificada em pesquisa realizada por Marcelo Garcia (1992,
apud Nono, 2011, p. 30):
A falta de conhecimento sobre quais critérios utilizar para selecionar os
conteúdos a grupo específico de alunos, caracterizam o grupo de
professores iniciantes entrevistados, pois apresentam dificuldades em
adaptar os conhecimentos que possuem, como especialista, a conteúdos
de ensino.
Os entrevistados também demonstraram insegurança diante de situações imprevistas,
principalmente com alunos com dificuldades de aprendizagem. Essas dificuldades
revelam uma preocupação que é bem característica dos professores iniciantes: a
sobrevivência na profissão. Como manejar suas aulas, dúvidas sobre o que deve ensinar,
medo de errar são coisas que ocupam bastante suas mentes e passam um bom tempo
se dedicando em busca de resolver essas questões que eles acham serem problemas
pessoais, no entanto, entendemos que seja falta de um acompanhamento e formação
continuada.
A segunda dificuldade enfrentada pelos professores iniciantes é o preparo de materiais
didáticos e a dificuldade em lidar com aprendizagem dos alunos, como pode ser visto no
relato do Professor Carlos: “Na turma que leciono aula não tem material como um
referencial, e o professor é que tem que procurar os conteúdos”.
Para um professor em início de carreira, a falta de material dificulta sua desenvoltura e
desestimula o trabalho em sala de aula, porque além de lidar com a adaptação do
conteúdo a ser ensinado, tem que desenvolver material de apoio que seja eficiente na
assimilação do conteúdo, além de fazer com que os alunos criem um distanciamento
ainda maior do conteúdo ensinado.
Ao serem questionados sobre os desafios no inicio da carreira, os professores
entrevistados relataram: adaptação de postura e linguagem com os alunos do ensino
médio; o uso de termos científicos com os alunos de ensino médio; a complexidade de
expor os conteúdos de química para alunos com déficit de aprendizagem e como planejar
e elaborar estratégicas para revisar assuntos com turmas que passaram muito tempo
sem professor da área de química.
Segundo Nono (2011) um dos desafios dos professore iniciantes está em descobrir como
tornar o conhecimento que possuem das disciplinas específicas em conhecimento
possível de ser ensinado. Assim, podemos relacionar esse argumento com o que consta
nos relatos:
Será que eu vou dá conta? Será que vou corresponder às expectativas,
então o maior desafio para mim foi eu mesmo, porque eu considerei o
9
conteúdo maior do que eu. Eu via os conteúdos como desafios. (Prof.
Carlos)
De acordo com a minha experiência vejo, no geral, que são as formas
de abordar os conteúdos. (Prof. Pablo)
.
Mesmo possuindo o domínio do conteúdo específico devido sua formação especifica, o
aprender a ensinar faz parte de um processo que se aperfeiçoa na prática e o modo que
usam para abordar o conhecimento em sala de aula é desafiador e complexo, pois além
de descobrir um modo de ensinar teriam que lidar com a deficiência na base do ensino
desses alunos, o que implicou em não só ministrar o conteúdo novo, mais também fazer
uma espécie de revisão de conceitos químicos, para dar suporte aos alunos na
aprendizagem dos conteúdos novos.
O segundo desafio apresentado pelo Professor Carlos foi o resultado de atividades, tendo
em vista a realização de uma avaliação diagnóstica:
Eu já apliquei estudos dirigidos e algumas questões que eu levo para
sala de aula, para acompanhar a resolução de problemas percebo a
deficiência na leitura, na resolução de problemas, então, assim, eu
percebo muita dificuldade em abordar o contexto (Prof. Carlos).
Assim dentre os maiores anseios dos professores iniciantes estar o de avaliar os
conhecimentos anteriores dos alunos sobre Química, por isso que o ato de ensinar inclui
compreensão, transformação, instrução, avaliação, reflexão e nova compreensão
(Wilson, Shulman e Richert,1987, apud Nono, 2011)
Já o professor Pablo relata sobre seu desafio no magistério mostrando carência de
orientação e acompanhamento para desenvolver planejamento e estratégias para lidar
com turmas com atraso de conteúdos de química:
Os principais desafios serão as turmas de segundo e primeiro, porque as
dos primeiros anos, nunca viram assuntos de química e agora vão ter
oportunidade de ver e diante disso sou desafiado a abordar os
conteúdos e preparar para fazer planejamentos para trabalhar com
essas turmas (Prof. Pablo).
Com relação ainda, aos desafios dos magistérios, os professores iniciantes foram
enfáticos na valorização profissional dos professores em início de carreira, pois percebem
o descaso, o desrespeito e as atitudes negativas tomadas pelos próprios profissionais da
categoria, como relata o professor Carlos:
Quero falar da desvalorização profissional que é muito grande por nós,
professores iniciantes e ou substituto. “Vejo grande descaso pelos
próprios profissionais da educação”. Eles modificam o horário sem aviso
prévio e joga qualquer turma, de preferência as piores turmas para
ensinarmos e não dão nenhum apoio para professores no inicio de
carreira. (Prof. Carlos).
De um modo geral os desafios não são somente do professor, pois
esses desafios vêm da parte governamental, também, porque
infelizmente aqui no Brasil há certo descaso com a educação. É um
grande desafio ser professor do magistério no ensino médio nesse
sistema público (Prof. Rogério).
Diante dos diversos desafios na carreira docente, Nono (2011) afirma que os primeiros
anos da carreira docente, é uma etapa decisiva para a estruturação da prática
profissional e podem ocasionar o estabelecimento de rotinas e certas ações enrijecidas
10
na prática do aprender a ensinar, função essa que deve acompanhar o professor em todo
seu magistério de forma evolutiva.
Ao serem questionados sobre o que é ser um bom professor, um dos entrevistados
respondeu: “O bom professor é aquele que tem compromisso com o ensino, que goste do
que faz, e procura realmente fazer da sua atuação docente uma fonte de aprendizagem”.
Outro ponto importante observado na entrevista com o professor Carlos é que ele se ver
apto para o exercício do magistério, quando relata que apesar dos desafios do magistério
quanto à desvalorização da sua classe trabalhista responde que “Você precisa ter muito
amor, muito compromisso e se valorizar porque eles pisam mesmo” (Prof. Carlos).
Então vemos aqui o entusiasmo do professor principiante, relato este que confirma a
teoria do choque de realidade, de Huberman que é marcada também pela “descoberta”,
caracterizada pelos elementos seguintes:
Entusiasmo do iniciante;
Orgulho de finalmente ter sua própria classe, seus alunos, e fazer parte
de um corpo profissional (Huberman 1993, apud, Nono, 2011, p. 16).
O Professor Carlos ainda complementa: “A desvalorização acontece mais devemos
mudar essa história deixando nossa marca e nos valorizar e cultivá-los onde estamos”.
Assim, de acordo com Freitas (2000, p. 105), “a maioria dos principiantes quer
permanecer na profissão, conseguir uma estabilidade profissional e ser reconhecido
como professor”.
O professor principiante precisa, muitas vezes, de ser acompanhado e apoiado pelos
demais profissionais mais experientes. Continuando a descrição do que seja a sua
concepção de bom professor, os professores Pablo e Rogério relataram o seguinte:
É aquele que ensina com base teórica e quando vai para a sala de aula
ministrar o conteúdo utilizando boas ferramentas, a fim de desenvolver o
ensino aprendizagem do aluno, portanto, também sabe planejar suas
aulas, que procura seguir as leis que regem a educação, na área de
química (Prof. Pablo).
Aquele que leva a risca o que aprendeu em toda sua formação, e além
da arte de ser professor ele tem que ser o mais profissional possível em
sua didática no qual ele aprendeu no curso de licenciatura e aplicar com
os seus alunos em sala de aula. O ser profissional é usar essas
ferramentas que ele aprendeu na licenciatura em química que está
cursando (Prof. Rogério).
Percebemos assim o que assinala Cunha (2012, p. 149):
O BOM PROFESSOR está assentado numa perspectiva de ensino que:
- tem no docente o centro do processo de ensinar e aprender;
- coloca no professor as condições do melhor ensinar, no sentido de
transferir seu próprio conhecimento aos alunos.
Portanto, podemos identificar que o modo que descrevem suas próprias experiências e a
concepção sobre o ser um bom professor está muito ligado aos problemas enfrentados
no início da docência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O início na carreira docente, de acordo com os principais problemas enfrentados pelos
professores principiantes de Química, está sendo marcada por grandes problemas
enfrentados no magistério dos quais, como foi discutido anteriormente, são comuns
11
àqueles que ingressam na docência, visto a prática de ensino ser algo aprendido na
vivência do ambiente de trabalho, que no caso é a escola.
Todas essas situações adversas enfrentadas pelos professores principiantes são
vivenciadas de forma solitária e assim, a superação de suas dificuldades é feita sem
nenhuma formação continuada oferecida aos novatos no inicio de carreira docente.
Portanto, os principiantes ao magistério não possuem um apoio que os valorizem, os
estimulem e os sustentem na transição sadia entre uma identidade de aluno graduando
para uma identidade à docência que lhes é exigida, responsabilidade tal qual a de um
professor experiente, já na fase inicial.
Assim, a fase de iniciação à docência na rede estadual pública do Piauí é encarada com
muitas dificuldades, além de não constatarmos nenhuma ação de acompanhamento ou
formação para esses profissionais.
Diante disso, queremos contribuir para a reflexão desses fatos para que as políticas
educacionais se voltem à resolução desses problemas enfrentados pelos iniciantes ao
magistério de Química. E para isso, a elaboração de um programa de inserção na
carreira docente é urgente e necessária, visto ser a melhor forma de ingresso ao
magistério, como acontece em países desenvolvidos, onde a adaptação dos professores
iniciantes ocorre de forma mais adequada na escola contribuindo para o desenvolvimento
profissional deles e, consequentemente, melhorando a qualidade da educação ofertada.
REFERÊNCIAS
CORRÊA, Thiago Henrique Barnabé; Os anos iniciais da docência em química: da
universidade ao chão da escola. Piracicaba, SP: UNIMEP. Dissertação (Mestrado em
Educação), Universidade Metodista de Piracicaba, 2013.
CUNHA, Maria Isabel . O bom professor e sua prática. 24ª Ed. Campinas, SP: Papirus,
2012. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico)
FLORES, Maria Assunção. (Des) ilusões e paradoxos: a entrada na carreira na
perspectiva dos professores neófitos. Revista portuguesa de educação. Portugal:
Universidade do Minho, 1999.
IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a
incerteza. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. (Coleção Questões da Nossa Época, 77).
MORAES, Roque. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela analise
textual discursiva. Ciência & Educação, 2003. p. 191-211.
NONO, Maévi Anabel. Professores Iniciantes: o papel da escola em sua formação. Porto
Alegre: Mediação, 2011.
STAHLSCHIMID, R. M; RANKEL, L. F. Profissão Docente. Curitiba: IESDE Brasil S. A.,
2009.
TARDIF, M.; RAYMOND, D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério.
Educação e Sociedade: revista quadrimestral de Ciência da Educação/Centro de Estudos
Educação e Sociedade (CEDES), Campinas, n. 73, p. 209-244, 2000.
VAILLANT, Denise; MARCELO, Carlos. Ensinando a ensinar: as quatro etapas de uma
aprendizagem. Editora Curitiba PR: UTFPR, 2012.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...ProfessorPrincipiante
 
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTILESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTILProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...ProfessorPrincipiante
 
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...ProfessorPrincipiante
 
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...ProfessorPrincipiante
 
DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...
DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...
DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...ProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRA
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRAPROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRA
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRAProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...ProfessorPrincipiante
 
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRA
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRADOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRA
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRAProfessorPrincipiante
 
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALProfessorPrincipiante
 
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...ProfessorPrincipiante
 
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...ProfessorPrincipiante
 
SOCIALIZAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAIS
SOCIALIZAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAISSOCIALIZAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAIS
SOCIALIZAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAISProfessorPrincipiante
 
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...ProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIA
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIAPROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIA
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIAProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...
PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...
PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...ProfessorPrincipiante
 
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...ProfessorPrincipiante
 
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...ProfessorPrincipiante
 
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...ProfessorPrincipiante
 

Mais procurados (20)

A INSERÇÃO NA CARREIRA DOCENTE
A INSERÇÃO NA CARREIRA DOCENTEA INSERÇÃO NA CARREIRA DOCENTE
A INSERÇÃO NA CARREIRA DOCENTE
 
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...
PROFESSORES INICIANTES, EXPERIENTES E PESQUISADORES EM GRUPO COLABORATIVO: NA...
 
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTILESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
 
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...
PERCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE BIOLOGIA EM INÍCIO DE CARREIRA SOBRE O PAPEL DA...
 
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
 
DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...
DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...
DESAFIOS DE PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS D...
 
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRA
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRAPROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRA
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRA
 
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
 
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRA
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRADOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRA
DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESAFIOS NO INÍCIO DA CARREIRA
 
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
 
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: ANÁLISE DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE PROF...
 
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
 
SOCIALIZAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAIS
SOCIALIZAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAISSOCIALIZAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAIS
SOCIALIZAÇÃO DOCENTE E EXPERIÊNCIAS PRÉ-PROFISSIONAIS
 
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
ENTRE A FORMAÇÃO INICIAL E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL: ALGUNS DILEMAS ENF...
 
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIA
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIAPROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIA
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DO INGRESSO NA CARREIRA UNIVERSITÁRIA
 
PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...
PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...
PROFESSORES INICIANTES NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: DESAFIOS NO CONTEXTO DA PRO...
 
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...
TRANSFORMANDO AS DIFICULDADES DO INÍCIO DA CARREIRA EM DESAFIOS PARA PERMANEC...
 
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
 
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
~INICIAÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: DIFICULDADES E ALTERNAT...
 

Destaque

Earthworms[1]
Earthworms[1]Earthworms[1]
Earthworms[1]Tamara
 
Family Diety (Kuladevata) Dr Shriniwas Kashalikar
Family Diety (Kuladevata) Dr  Shriniwas KashalikarFamily Diety (Kuladevata) Dr  Shriniwas Kashalikar
Family Diety (Kuladevata) Dr Shriniwas Kashalikarbanothkishan
 
Mollusks2
Mollusks2Mollusks2
Mollusks2Tamara
 
LSU communication parents par Nathalie Bécoulet
LSU communication parents par Nathalie BécouletLSU communication parents par Nathalie Bécoulet
LSU communication parents par Nathalie BécouletAnne-Cécile Callejon
 
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...ProfessorPrincipiante
 
Jesus leandro salamanca experiencia pedagogica
Jesus leandro salamanca experiencia pedagogicaJesus leandro salamanca experiencia pedagogica
Jesus leandro salamanca experiencia pedagogicaJesus Salamanca
 
Dissertation Conference Poster
Dissertation Conference PosterDissertation Conference Poster
Dissertation Conference PosterChris Hughes
 
Case Solution for Forest of Flowers
Case Solution for Forest of FlowersCase Solution for Forest of Flowers
Case Solution for Forest of Flowerscasesolutions12
 
Widyatama Lecture Applied-Networking.IV Week01
Widyatama Lecture Applied-Networking.IV Week01Widyatama Lecture Applied-Networking.IV Week01
Widyatama Lecture Applied-Networking.IV Week01Djadja Sardjana
 
Case Solution for Jane Lennox
Case Solution for Jane LennoxCase Solution for Jane Lennox
Case Solution for Jane Lennoxcasesolutions12
 
MARIA DEL CARMEN RODRIGUEZ
MARIA DEL CARMEN RODRIGUEZMARIA DEL CARMEN RODRIGUEZ
MARIA DEL CARMEN RODRIGUEZCarmen Rodriguez
 

Destaque (17)

Earthworms[1]
Earthworms[1]Earthworms[1]
Earthworms[1]
 
Family Diety (Kuladevata) Dr Shriniwas Kashalikar
Family Diety (Kuladevata) Dr  Shriniwas KashalikarFamily Diety (Kuladevata) Dr  Shriniwas Kashalikar
Family Diety (Kuladevata) Dr Shriniwas Kashalikar
 
Mollusks2
Mollusks2Mollusks2
Mollusks2
 
InTechnology InSpire Newsletter - Issue 5
InTechnology InSpire Newsletter - Issue 5InTechnology InSpire Newsletter - Issue 5
InTechnology InSpire Newsletter - Issue 5
 
LSU communication parents par Nathalie Bécoulet
LSU communication parents par Nathalie BécouletLSU communication parents par Nathalie Bécoulet
LSU communication parents par Nathalie Bécoulet
 
Waves.pptx
Waves.pptxWaves.pptx
Waves.pptx
 
Document1
Document1Document1
Document1
 
Fernando_Escribens_Resume
Fernando_Escribens_ResumeFernando_Escribens_Resume
Fernando_Escribens_Resume
 
Document2
Document2Document2
Document2
 
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
DISCUTINDO CONTROVÉRSIAS SOCIOCIENTÍFICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS POR MEIO DO “...
 
Jesus leandro salamanca experiencia pedagogica
Jesus leandro salamanca experiencia pedagogicaJesus leandro salamanca experiencia pedagogica
Jesus leandro salamanca experiencia pedagogica
 
MS PROJECT Alejandro Fachini
MS PROJECT Alejandro FachiniMS PROJECT Alejandro Fachini
MS PROJECT Alejandro Fachini
 
Dissertation Conference Poster
Dissertation Conference PosterDissertation Conference Poster
Dissertation Conference Poster
 
Case Solution for Forest of Flowers
Case Solution for Forest of FlowersCase Solution for Forest of Flowers
Case Solution for Forest of Flowers
 
Widyatama Lecture Applied-Networking.IV Week01
Widyatama Lecture Applied-Networking.IV Week01Widyatama Lecture Applied-Networking.IV Week01
Widyatama Lecture Applied-Networking.IV Week01
 
Case Solution for Jane Lennox
Case Solution for Jane LennoxCase Solution for Jane Lennox
Case Solution for Jane Lennox
 
MARIA DEL CARMEN RODRIGUEZ
MARIA DEL CARMEN RODRIGUEZMARIA DEL CARMEN RODRIGUEZ
MARIA DEL CARMEN RODRIGUEZ
 

Semelhante a OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DA REDE ESTADUAL DO PIAUÍ: DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PARA TORNA-SE UM BOM PROFESSOR

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRADESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRAProfessorPrincipiante
 
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: PERCEPÇÕES S
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: PERCEPÇÕES SDOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: PERCEPÇÕES S
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: PERCEPÇÕES SProfessorPrincipiante
 
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...ProfessorPrincipiante
 
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...ProfessorPrincipiante
 
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...ProfessorPrincipiante
 
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...ProfessorPrincipiante
 
DIFICULDADE DO USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELO PROFESSOR I...
DIFICULDADE DO USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELO PROFESSOR I...DIFICULDADE DO USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELO PROFESSOR I...
DIFICULDADE DO USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELO PROFESSOR I...ProfessorPrincipiante
 
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONALTRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONALProfessorPrincipiante
 
O OLHAR DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O PAPEL DO SUPERVI...
O OLHAR DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O PAPEL DO SUPERVI...O OLHAR DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O PAPEL DO SUPERVI...
O OLHAR DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O PAPEL DO SUPERVI...ProfessorPrincipiante
 
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES INICIANTES DE SOBRAL/CE
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES INICIANTES DE SOBRAL/CEFORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES INICIANTES DE SOBRAL/CE
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES INICIANTES DE SOBRAL/CEProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTEPROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTEProfessorPrincipiante
 
CONCEPÇÕES DE ENSINO NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA
CONCEPÇÕES DE ENSINO NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICACONCEPÇÕES DE ENSINO NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA
CONCEPÇÕES DE ENSINO NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICAProfessorPrincipiante
 
Dificuldade do Uso da TIC Pelo Professor Iniciante
Dificuldade do Uso da TIC Pelo Professor InicianteDificuldade do Uso da TIC Pelo Professor Iniciante
Dificuldade do Uso da TIC Pelo Professor InicianteAlexandre Bento
 
DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...
DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...
DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...ProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSPROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSProfessorPrincipiante
 
ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ...
ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ...ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ...
ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ...ProfessorPrincipiante
 
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraGRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraProfessorPrincipiante
 
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...ProfessorPrincipiante
 

Semelhante a OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DA REDE ESTADUAL DO PIAUÍ: DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PARA TORNA-SE UM BOM PROFESSOR (18)

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRADESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
 
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: PERCEPÇÕES S
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: PERCEPÇÕES SDOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: PERCEPÇÕES S
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: PERCEPÇÕES S
 
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
 
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
 
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
 
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...
APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA ENTRE PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS E PROBLEMATIZ...
 
DIFICULDADE DO USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELO PROFESSOR I...
DIFICULDADE DO USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELO PROFESSOR I...DIFICULDADE DO USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELO PROFESSOR I...
DIFICULDADE DO USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELO PROFESSOR I...
 
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONALTRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
 
O OLHAR DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O PAPEL DO SUPERVI...
O OLHAR DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O PAPEL DO SUPERVI...O OLHAR DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O PAPEL DO SUPERVI...
O OLHAR DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O PAPEL DO SUPERVI...
 
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES INICIANTES DE SOBRAL/CE
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES INICIANTES DE SOBRAL/CEFORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES INICIANTES DE SOBRAL/CE
FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES INICIANTES DE SOBRAL/CE
 
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTEPROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
 
CONCEPÇÕES DE ENSINO NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA
CONCEPÇÕES DE ENSINO NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICACONCEPÇÕES DE ENSINO NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA
CONCEPÇÕES DE ENSINO NA APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA
 
Dificuldade do Uso da TIC Pelo Professor Iniciante
Dificuldade do Uso da TIC Pelo Professor InicianteDificuldade do Uso da TIC Pelo Professor Iniciante
Dificuldade do Uso da TIC Pelo Professor Iniciante
 
DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...
DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...
DIMENSÕES CONTEXTUAIS DA INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...
 
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSPROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
 
ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ...
ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ...ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ...
ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL ...
 
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraGRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
 
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
 

Último

Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 

Último (20)

Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 

OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DA REDE ESTADUAL DO PIAUÍ: DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PARA TORNA-SE UM BOM PROFESSOR

  • 1. Problemas sobre os professores principiantes em seus processos de inserção profissional INFORMES DE INVESTIGAÇÃO OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DA REDE ESTADUAL DO PIAUÍ: DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PARA TORNA-SE UM BOM PROFESSOR MENDES, Luciana luquimi@gmail.com Instituto Federal do Piauí – IFPI NEVES, Rayssa rayneves@yahoo.com.br Instituto Federal do Piauí – IFPI Palavras-chave: professores iniciantes; química; dificuldades; desafios; bom professor; INTRODUÇÃO A inserção de professores iniciantes tem sido assunto de estudos nas pesquisas educacionais a nível tanto nacional como internacional. Com a finalidade de contribuir com essa temática, este trabalho investigou como ocorre a inserção à docência dos professores principiantes de Química selecionados para atuarem na rede estadual pública do Piauí, principalmente quando esses não possuem a formação inicial concluída e atuam como professores temporários, analisando as principais dificuldades e desafios que enfrentaram para torna-se um bom professor. Assim, tendo como objeto de estudo a iniciação à docência dos professores de Química buscamos responder: Como ocorre a inserção à docência desses professores? Quais as principais dificuldades e desafios enfrentados por eles? O que esses professores iniciantes pensam sobre ser um bom professor? Foi baseado nessas questões que fizemos uma breve discussão teórica sobre o ciclo da vida profissional docente resgatando conceitos que vem sendo desenvolvido nas pesquisas e literatura da atualidade científica sobre a temática dos professores iniciantes. No segundo momento, apresentamos a metodologia da pesquisa, descrevendo os instrumentos utilizados na produção dos dados e os passos metodológicos adotados no desenvolvimento do estudo. Na terceira parte intitulada: Dificuldades e desafios enfrentados pelos professores iniciantes de Química, para tornar-se um bom professor, apresentamos as interpretações
  • 2. 2 e análises das transcrições produzidas através das entrevistas, que mostraram aspectos sobre as dificuldades e problemas no início da carreira docente e a análise dos conceitos sobre o que é ser um “bom professor” construído durante o processo. Nas Considerações Finais, retomamos ao nosso tema de pesquisa, realizando reflexões sobre os resultados encontrados e a forma como ocorre a inserção desses professores iniciantes na rede pública estadual de ensino no Piauí. 1 CICLO DA VIDA PROFISSIONAL DOCENTE Em pesquisas sobre o desenvolvimento da carreira docente Huberman (1992, apud Stahlschmidt, 2009) identifica tendências comuns da vida profissional do professor. De acordo com estes estudos, apesar de não se tratarem de fases fixas, mas sim de um processo dinâmico e individual de cada docente, podemos caracterizar o que o autor definiu como ciclo de vida dos professores, dividindo a carreira basicamente em quatro momentos: Formação inicial; Inicio de carreira como etapa em que já possui estabilidade profissional; Período em que questiona a sua opção profissional; Período em que se aproxima de sua aposentadoria. Nesses diferentes momentos, no caso da profissão de professores, observa-se o enfrentamento de diferentes necessidades, desafios, dificuldades, problemas, expectativas, dilemas e a partir disso constroem seu conhecimento profissional (Nono, 2011). De acordo com Imbernón (2001) esse conhecimento adquirido durante a carreira profissional no magistério é dinâmico e não estático e, portanto, depende da maneira que se desenvolve em diversos momentos podendo ser descrito de acordo com as seguintes situações: A experiência como docente: quando ainda se encontram como alunos graduandos, ocupando essa posição, interpretando o sistema educativo como espaço que lhes apresentam grandes desafios a serem vencidos. A etapa de formação inicial como pré-requisito fundamental, a fim de promover um conhecimento profissional, como também, aspectos da profissão docente, de forma a inspirar mudanças nas ações do futuro profissional. Vivencia profissional. Durante a prática educacional ocorre o amadurece do conhecimento específico referente à profissão, em busca da formação permanente, a excelência do conhecimento profissional posto na pratica docente. Sendo assim, no decorrer da carreira docente o profissional vivencia fases que possuem níveis diferentes, sendo uns mais difíceis e outros mais fáceis, os quais contribuem para torná-lo mais habilidoso e experiente. Com isso, o tempo profissional requer a experimentação da prática, a superação dos desafios e das dificuldades presentes na vida profissional dos professores. Sobre essa perspectiva, o pesquisador de origem suíça Michael Huberman passou muito tempo da sua vida acadêmica investigando sobre a carreira do professor, especificamente os quais lecionaram para alunos de 13 a 19 anos no ensino médio, e desenvolveu o que ele chamou de ciclo vital dos professores. Por meio de uma análise sobre o ciclo vital profissional, identificou o que ele chamou de fases do desenvolvimento profissional na carreira docente. Sobre essas fases da carreira docente, Huberman (1993, apud Nono, 2011) faz um destaque geral das características no ingresso inicial à carreira docente como a sobrevivência e as descobertas entendidas como elementos que direcionam os anos iniciais, sendo o aspecto da sobrevivência caracterizada como “choque da realidade”, pontuando para tal: o embate inicial; a complexidade; a imprevisibilidade que caracteriza a sala de aula; a discrepância entre os ideais educacionais e a vida cotidiana nas classes
  • 3. 3 de alunos e nas escolas; a fragmentação do trabalho; a dificuldade de empregar ensino e gestão de sala de aula; a falta de materiais didáticos, etc. Sobre os aspectos da descoberta podemos destacar: o entusiasmo do iniciante e orgulho de finalmente ter sua própria classe, seus alunos, e fazer parte de um corpo profissional. Para alguns professores, o entusiasmo inicial torna fácil o inicio na docência, mas, para outros, as dificuldades tornam o período muito difícil. Em todo caso, é no princípio da carreira docente que se inicia a formação do conhecimento profissional para um contínuo desenvolvimento profissional durante as demais fases da carreira docente serão descritas a seguir (Huberman,1993, apud, Nono, 2011, p. 16): A fase da estabilidade; A fase da experimentação ou diversificação; A fase da procura de uma situação de estabilidade profissional, que lhe dê segurança; A fase da preparação do jubilamento, que é a fase final da carreira. Huberman ainda mostra o ciclo de vida dos professores a partir de um ângulo clínico por fases desenvolvidas durante uma longa carreira profissional construída em experiência que deram certo, e outras erradas que resultaram nos profissionais satisfações ou frustrações, mas que não foi o suficiente para fazê-los abandonar o magistério o qual exerceram como missão a ser cumprida, zelada e apurada por longo tempo de dedicação. Entre os professores que possuem um emprego estável no ensino, as bases dos saberes profissional parecem terem sido construídas nos anos iniciais da carreira (Tardif e Raymond, 2000). Para tanto, destaca-se a transição da vida acadêmica para vida profissional marcada, de um modo geral, pelas desilusões e pelo desencanto na carreira profissional. Sendo assim, os primeiros anos são decisivos na estruturação da prática profissional e podem ocasionar o estabelecimento de rotinas e certezas petrificadas sobre as práticas de ensino que acompanharão o professor ao longo de suas funções no magistério (Nono, 2011, p. 19). Garcia (1999, apud Nono, 2011, p. 19), descreve a iniciação a docência da seguinte forma: O período de tempo que corresponde os primeiros anos, nos quais os professores precisam realizar a transição de estudantes a docentes é uma etapa de tensões e aprendizagens intensivas em contextos geralmente desconhecidos, durante a qual os professores iniciantes devem adquirir conhecimento profissional, além de conseguir manter certo equilíbrio pessoal. Segundo Abarca (1999, apud Nono, 2011), é importante entender os principais elementos que permitem caracterizar a temática específica dos professores iniciantes e compreender esse processo de iniciação à docência considerando o que ocorre no âmbito pessoal relativo ao próprio iniciante formativo, o que foi relevante ao exercício do magistério adquirido durante sua formação inicial e como se deu o seu processo com respeito à prática profissional referente ao exercício da profissão, considerando a instituição na qual atua. Sobre comportamento dos professores na realidade escolar, Veenman (1984, apud Nono, 2011) afirmou que, durante a prática profissional, os docentes observam um grande distanciamento dos ideais pedagógicos vistos durante a formação inicial e com esse distanciamento entre essas duas realidades, a fase de transição da formação inicial dos professores para o ambiente de trabalho na escola pode ser dramática e traumática.
  • 4. 4 1.1 Conhecimento profissional em processo de formação Shulman (1989, apud Nono 2011) define conhecimento profissional como princípios e normas formalmente desenvolvidos nos cursos de formação. Portanto, podemos afirmar que o conhecimento profissional para o ensino deve ser entendido como o conjunto de compreensões, conhecimentos, habilidades e disposição que um professor necessita ter para transformar o conhecimento que possui do conteúdo em formas de atuações que sejam pedagogicamente eficazes e adaptáveis às variações de habilidades e de repertórios apresentados pelos alunos. Da elaboração do conhecimento até o como ensinar é um dos grandes desafios dos professores principiantes, pois o saber pedagógico é uma tarefa desenvolvida pelo professor ao tentar, por meios próprios, a transmissão de conhecimento para seus alunos. Para isso, ele lança mão de outros tipos de conhecimentos, a fim de transformar o ensino do conteúdo de interesse em algo apreciável e significante para seus alunos. Diante da tamanha relevância relatada anteriormente, observa-se que o processo de ingresso na carreira docente e o desenvolvimento profissional do professor é um processo repleto de dificuldades e grandes desafios. 1.2 O “choque de realidade” Ideia formada pelo autor suíço Huberman e popularizada por Siomn Veeman é o momento da fase inicial da carreira profissional dos docentes, marcada pelo que ele caracteriza como períodos de “sobrevivência” e “descobertas” que são apresentados por meio das dificuldades ou problemas, de uma forma geral, em sala de aula. Como por exemplo: a falta de materiais didáticos, o saber como lidar com a direção da escola e a relação com outros profissionais mais experientes, desenvolvimento dos conteúdos que serão ministrados em sala de aula, elaboração do planejamento, o uso das cadernetas, a maneira de lidar com as situações imprevisíveis na sala de aula, com os pais de alunos, e também com a própria identidade do ser professor. Tudo isso e outras coisas mais se definem por “sobrevivência”, o que acabam que marcando a vida dos professores principiantes, pois é um período de tensão de aprendizagens sobre a prática docente (Nono, 2011). A maneira com que a profissão docente é assumida pelos professores principiantes nas instituições de ensino é absurda quando comparada com outras profissões. Toda profissão existe o inicio probatório, em que os novatos são preparados para assumir as atribuições de sua profissão, além do acompanhamento por um profissional mais experiente para orientá-lo na execução de suas tarefas. Esse momento de acompanhamento é um pré-requisito para a orientação desses profissionais à execução de importantes ações na profissão, que só depois desse período lhe será cobrada a real execução das funções próprias do seu ofício. METODOLOGIA A pesquisa fundamenta-se nos pressupostos da investigação qualitativa e os sujeitos foram três professores iniciantes de química da rede pública do Estado do Piauí, ainda alunos matriculados no último ano do Curso de Licenciatura do Instituto Federal do Piauí – Campus Teresina Central. Os documentos utilizados no tratamento dos dados durante a pesquisa foram produzidos a partir da transcrição digitada das falas em áudio para textos escritos que foram posteriormente revisados e aprovados pelos próprios colaboradores Com a finalidade de fazer uso de suas falas, atribuímos nomes fictícios para os entrevistados - Professor Carlos, Professor Rogério e Professor Pablo. Para a assimilação e interpretação dos dados colhidos nas entrevistas, e com a finalidade de encontrar coerência nos dados para alcançar o objetivo da pesquisa, optamos em
  • 5. 5 fazer a análise de conteúdo, e para isso desenvolvemos um método de análise misto que parte de categorias pré-definidas com base nas teorias escolhidas previamente (Moraes, 2003). Então, as unidades foram definidas no processo inicial de análise e depois feitas o agrupamento de elementos semelhantes. Construímos as categorias e a partir disso, desenvolvemos o plano de análise, como poderão ser vistos a seguir: Diagrama1: Indicadores e questões norteadoras da análise. Dificuldades no magistério Desafios no magistério O Desenvolvimento do conhecimento profissional Quais as maiores dificuldades que você vivencia no inicio da carreira docente? ? magistério? Quais os desafios que você encontrou no magistério? Como você analisa esses desafios? O que é ser um bom professor? Faça uma análise de si mesmo como professor. Quais são suas perspectivas em relação a sua carreira docência? Você se sente apto para exercer o magistério ou ainda necessita de formação?
  • 6. 6 Tabela 01: Plano de Análise. Professores Dificuldades Desafios “Bom” Professor Carlos  Abordagem de conteúdos de química para os alunos;  Desenvolver técnicas que possibilitem melhor exposição de conteúdos;  Preparo de materiais didáticos;  Lidar com as dificuldades de aprendizagens os alunos;  Adaptação de postura e linguagem com os alunos;  Utilização de termos científicos com os alunos;  Melhorar a maneira de expor os conteúdos;  “Diminuir” a complexidade dos conteúdos de químicas para os alunos;  É um profissional que tem compromisso com o ensino, gosta do que faz e sua atuação docente é uma fonte de aprendizagem constante. Rogério  Abordagem de conteúdos  Relacionamento com os alunos;  Relacionamento com a direção da escola;  Trabalha com muitas turmas e com a carga horária excessiva.  Desmistificar que o conteúdo de química é difícil.  É aquele que leva “a risca” o que aprendeu na sua graduação aplicando as “ferramentas” durante o curso. Pablo  Em decidir qual conteúdo a ser exposto para os alunos;  Em fazer planejamento;  Em preencher as cadernetas;  Em saber a melhor forma de abordar os  Elaborar estratégias para revisar assuntos não ministrados nas series anteriores.  É aquele que ensina com base na teoria e utiliza boas “ferramentas” para desenvolver um bom ensino. .
  • 7. 7 conteúdos devido o atraso acumulado de assuntos anteriores. O Plano de Análise demonstrou a necessidade imprescindível, defendida pelo referencial teórico deste estudo, dos professores iniciantes participarem de um programa de iniciação à docência, a fim de diminuir as dificuldades encontradas no início do magistério, preparando esses principiantes à docência para os desafios da carreira, contribuindo efetivamente ao desenvolvimento profissional desses professores, pois, entende-se que a iniciação à carreira não é um espaço vazio entre a formação inicial e a carreira profissional, e que, de fato, deve ser acompanhada por todo o sistema educacional que recebem os aspirantes à docência. Assim, a interligação de um programa de iniciação à docência, com o enfrentamento da realidade na escola, ocorrente no inicio da carreira docente e com o desenvolvimento do conhecimento profissional é fundamental para o preparo dos professores principiantes para que possam assumir efetivamente e sadiamente o ofício docente. É isso o que sugerimos abaixo: Diagrama 02: Inter-relação no inicio da carreira docente 3. DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA, PARA TORNA-SE UM BOM PROFESSOR Os entrevistados têm em comum o pouco tempo de experiência no ensino de Química, (cerca de onze meses). São, também, alunos dos últimos anos do Curso de Licenciatura de Química do IFPI Campus Teresina Central: Eu tenho experiência como professor de Ciências no ensino fundamental. Agora, no ensino médio, como professor de Química é diferente, é muito mais complexo (Prof. Carlos). É bem recente minha experiência como professor atuante. Estou aprendendo como lecionar, pois ainda não sou experiente, mas tenho sido bem atuante; um professor bem dinâmico (Prof. Rogério). Sou marinheiro de primeira viagem.(Prof.Pablo) Sobre as dificuldades no inicio de carreira, os entrevistados responderam: Uma das minhas maiores dificuldades é lidar com essa defasagem de conhecimentos prévios dos alunos em química. Os alunos não sabiam PROGRAMAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA ENFRENTAMENTO DA REALIDADE NA ESCOLA DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL
  • 8. 8 nada, coisas que eles deveriam ter aprendido lá nos anos anteriores. Eu já apliquei estudos dirigidos e algumas questões de resolução de problemas e percebo a deficiência na leitura, então, assim, eu tenho muita dificuldade em abordar o contexto. (Prof. Carlos) Os alunos chegam testando o seu conhecimento, foi nisso que senti certa dificuldade. (Prof. Rogério) Dos três relatos sobre as dificuldades enfrentadas no ambiente em sala de aula e na escola como ambiente de trabalho, podemos constatar que a dificuldade mais comum é a busca pela melhor forma de executar as tarefas em relação à aplicação, abordagem, e transmissão do conteúdo específico, pois para vencer essas dificuldades partem ações individuais, o que torna a suas vivências solitárias na escola em que trabalham. Mesmo sendo especialistas no conhecimento específico não estão seguros em como desenvolvê-lo de forma a torná-lo passível de ser ensinado. A dificuldade dos professores iniciantes de estabelecerem os conteúdos a serem ministrados também foi identificada em pesquisa realizada por Marcelo Garcia (1992, apud Nono, 2011, p. 30): A falta de conhecimento sobre quais critérios utilizar para selecionar os conteúdos a grupo específico de alunos, caracterizam o grupo de professores iniciantes entrevistados, pois apresentam dificuldades em adaptar os conhecimentos que possuem, como especialista, a conteúdos de ensino. Os entrevistados também demonstraram insegurança diante de situações imprevistas, principalmente com alunos com dificuldades de aprendizagem. Essas dificuldades revelam uma preocupação que é bem característica dos professores iniciantes: a sobrevivência na profissão. Como manejar suas aulas, dúvidas sobre o que deve ensinar, medo de errar são coisas que ocupam bastante suas mentes e passam um bom tempo se dedicando em busca de resolver essas questões que eles acham serem problemas pessoais, no entanto, entendemos que seja falta de um acompanhamento e formação continuada. A segunda dificuldade enfrentada pelos professores iniciantes é o preparo de materiais didáticos e a dificuldade em lidar com aprendizagem dos alunos, como pode ser visto no relato do Professor Carlos: “Na turma que leciono aula não tem material como um referencial, e o professor é que tem que procurar os conteúdos”. Para um professor em início de carreira, a falta de material dificulta sua desenvoltura e desestimula o trabalho em sala de aula, porque além de lidar com a adaptação do conteúdo a ser ensinado, tem que desenvolver material de apoio que seja eficiente na assimilação do conteúdo, além de fazer com que os alunos criem um distanciamento ainda maior do conteúdo ensinado. Ao serem questionados sobre os desafios no inicio da carreira, os professores entrevistados relataram: adaptação de postura e linguagem com os alunos do ensino médio; o uso de termos científicos com os alunos de ensino médio; a complexidade de expor os conteúdos de química para alunos com déficit de aprendizagem e como planejar e elaborar estratégicas para revisar assuntos com turmas que passaram muito tempo sem professor da área de química. Segundo Nono (2011) um dos desafios dos professore iniciantes está em descobrir como tornar o conhecimento que possuem das disciplinas específicas em conhecimento possível de ser ensinado. Assim, podemos relacionar esse argumento com o que consta nos relatos: Será que eu vou dá conta? Será que vou corresponder às expectativas, então o maior desafio para mim foi eu mesmo, porque eu considerei o
  • 9. 9 conteúdo maior do que eu. Eu via os conteúdos como desafios. (Prof. Carlos) De acordo com a minha experiência vejo, no geral, que são as formas de abordar os conteúdos. (Prof. Pablo) . Mesmo possuindo o domínio do conteúdo específico devido sua formação especifica, o aprender a ensinar faz parte de um processo que se aperfeiçoa na prática e o modo que usam para abordar o conhecimento em sala de aula é desafiador e complexo, pois além de descobrir um modo de ensinar teriam que lidar com a deficiência na base do ensino desses alunos, o que implicou em não só ministrar o conteúdo novo, mais também fazer uma espécie de revisão de conceitos químicos, para dar suporte aos alunos na aprendizagem dos conteúdos novos. O segundo desafio apresentado pelo Professor Carlos foi o resultado de atividades, tendo em vista a realização de uma avaliação diagnóstica: Eu já apliquei estudos dirigidos e algumas questões que eu levo para sala de aula, para acompanhar a resolução de problemas percebo a deficiência na leitura, na resolução de problemas, então, assim, eu percebo muita dificuldade em abordar o contexto (Prof. Carlos). Assim dentre os maiores anseios dos professores iniciantes estar o de avaliar os conhecimentos anteriores dos alunos sobre Química, por isso que o ato de ensinar inclui compreensão, transformação, instrução, avaliação, reflexão e nova compreensão (Wilson, Shulman e Richert,1987, apud Nono, 2011) Já o professor Pablo relata sobre seu desafio no magistério mostrando carência de orientação e acompanhamento para desenvolver planejamento e estratégias para lidar com turmas com atraso de conteúdos de química: Os principais desafios serão as turmas de segundo e primeiro, porque as dos primeiros anos, nunca viram assuntos de química e agora vão ter oportunidade de ver e diante disso sou desafiado a abordar os conteúdos e preparar para fazer planejamentos para trabalhar com essas turmas (Prof. Pablo). Com relação ainda, aos desafios dos magistérios, os professores iniciantes foram enfáticos na valorização profissional dos professores em início de carreira, pois percebem o descaso, o desrespeito e as atitudes negativas tomadas pelos próprios profissionais da categoria, como relata o professor Carlos: Quero falar da desvalorização profissional que é muito grande por nós, professores iniciantes e ou substituto. “Vejo grande descaso pelos próprios profissionais da educação”. Eles modificam o horário sem aviso prévio e joga qualquer turma, de preferência as piores turmas para ensinarmos e não dão nenhum apoio para professores no inicio de carreira. (Prof. Carlos). De um modo geral os desafios não são somente do professor, pois esses desafios vêm da parte governamental, também, porque infelizmente aqui no Brasil há certo descaso com a educação. É um grande desafio ser professor do magistério no ensino médio nesse sistema público (Prof. Rogério). Diante dos diversos desafios na carreira docente, Nono (2011) afirma que os primeiros anos da carreira docente, é uma etapa decisiva para a estruturação da prática profissional e podem ocasionar o estabelecimento de rotinas e certas ações enrijecidas
  • 10. 10 na prática do aprender a ensinar, função essa que deve acompanhar o professor em todo seu magistério de forma evolutiva. Ao serem questionados sobre o que é ser um bom professor, um dos entrevistados respondeu: “O bom professor é aquele que tem compromisso com o ensino, que goste do que faz, e procura realmente fazer da sua atuação docente uma fonte de aprendizagem”. Outro ponto importante observado na entrevista com o professor Carlos é que ele se ver apto para o exercício do magistério, quando relata que apesar dos desafios do magistério quanto à desvalorização da sua classe trabalhista responde que “Você precisa ter muito amor, muito compromisso e se valorizar porque eles pisam mesmo” (Prof. Carlos). Então vemos aqui o entusiasmo do professor principiante, relato este que confirma a teoria do choque de realidade, de Huberman que é marcada também pela “descoberta”, caracterizada pelos elementos seguintes: Entusiasmo do iniciante; Orgulho de finalmente ter sua própria classe, seus alunos, e fazer parte de um corpo profissional (Huberman 1993, apud, Nono, 2011, p. 16). O Professor Carlos ainda complementa: “A desvalorização acontece mais devemos mudar essa história deixando nossa marca e nos valorizar e cultivá-los onde estamos”. Assim, de acordo com Freitas (2000, p. 105), “a maioria dos principiantes quer permanecer na profissão, conseguir uma estabilidade profissional e ser reconhecido como professor”. O professor principiante precisa, muitas vezes, de ser acompanhado e apoiado pelos demais profissionais mais experientes. Continuando a descrição do que seja a sua concepção de bom professor, os professores Pablo e Rogério relataram o seguinte: É aquele que ensina com base teórica e quando vai para a sala de aula ministrar o conteúdo utilizando boas ferramentas, a fim de desenvolver o ensino aprendizagem do aluno, portanto, também sabe planejar suas aulas, que procura seguir as leis que regem a educação, na área de química (Prof. Pablo). Aquele que leva a risca o que aprendeu em toda sua formação, e além da arte de ser professor ele tem que ser o mais profissional possível em sua didática no qual ele aprendeu no curso de licenciatura e aplicar com os seus alunos em sala de aula. O ser profissional é usar essas ferramentas que ele aprendeu na licenciatura em química que está cursando (Prof. Rogério). Percebemos assim o que assinala Cunha (2012, p. 149): O BOM PROFESSOR está assentado numa perspectiva de ensino que: - tem no docente o centro do processo de ensinar e aprender; - coloca no professor as condições do melhor ensinar, no sentido de transferir seu próprio conhecimento aos alunos. Portanto, podemos identificar que o modo que descrevem suas próprias experiências e a concepção sobre o ser um bom professor está muito ligado aos problemas enfrentados no início da docência. CONSIDERAÇÕES FINAIS O início na carreira docente, de acordo com os principais problemas enfrentados pelos professores principiantes de Química, está sendo marcada por grandes problemas enfrentados no magistério dos quais, como foi discutido anteriormente, são comuns
  • 11. 11 àqueles que ingressam na docência, visto a prática de ensino ser algo aprendido na vivência do ambiente de trabalho, que no caso é a escola. Todas essas situações adversas enfrentadas pelos professores principiantes são vivenciadas de forma solitária e assim, a superação de suas dificuldades é feita sem nenhuma formação continuada oferecida aos novatos no inicio de carreira docente. Portanto, os principiantes ao magistério não possuem um apoio que os valorizem, os estimulem e os sustentem na transição sadia entre uma identidade de aluno graduando para uma identidade à docência que lhes é exigida, responsabilidade tal qual a de um professor experiente, já na fase inicial. Assim, a fase de iniciação à docência na rede estadual pública do Piauí é encarada com muitas dificuldades, além de não constatarmos nenhuma ação de acompanhamento ou formação para esses profissionais. Diante disso, queremos contribuir para a reflexão desses fatos para que as políticas educacionais se voltem à resolução desses problemas enfrentados pelos iniciantes ao magistério de Química. E para isso, a elaboração de um programa de inserção na carreira docente é urgente e necessária, visto ser a melhor forma de ingresso ao magistério, como acontece em países desenvolvidos, onde a adaptação dos professores iniciantes ocorre de forma mais adequada na escola contribuindo para o desenvolvimento profissional deles e, consequentemente, melhorando a qualidade da educação ofertada. REFERÊNCIAS CORRÊA, Thiago Henrique Barnabé; Os anos iniciais da docência em química: da universidade ao chão da escola. Piracicaba, SP: UNIMEP. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Metodista de Piracicaba, 2013. CUNHA, Maria Isabel . O bom professor e sua prática. 24ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 2012. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico) FLORES, Maria Assunção. (Des) ilusões e paradoxos: a entrada na carreira na perspectiva dos professores neófitos. Revista portuguesa de educação. Portugal: Universidade do Minho, 1999. IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. (Coleção Questões da Nossa Época, 77). MORAES, Roque. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela analise textual discursiva. Ciência & Educação, 2003. p. 191-211. NONO, Maévi Anabel. Professores Iniciantes: o papel da escola em sua formação. Porto Alegre: Mediação, 2011. STAHLSCHIMID, R. M; RANKEL, L. F. Profissão Docente. Curitiba: IESDE Brasil S. A., 2009. TARDIF, M.; RAYMOND, D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educação e Sociedade: revista quadrimestral de Ciência da Educação/Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES), Campinas, n. 73, p. 209-244, 2000. VAILLANT, Denise; MARCELO, Carlos. Ensinando a ensinar: as quatro etapas de uma aprendizagem. Editora Curitiba PR: UTFPR, 2012.