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LIVRO SEGUNDO: DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VI: VIDA ESPÍRITA
6.1 – ESPÍRITOS ERRANTES
6.2 – MUNDOS TRANSITÓRIOS
6.3 – PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS
6.4 – ENSAIO TEÓRICO SOBRE A SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS
6.5 – ESCOLHA DAS PROVAS
6.6 – RELAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO
6.7 – RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS DOS ESPÍRITOS.
METADES ETERNAS
6.8 – LEMBRANÇAS DA EXISTÊNCIA CORPORAL
6.9 – COMEMORAÇÃO DOS MORTOS – FUNERAIS
SLIDES:
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/261-espiritos-errantes
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/262-mundos-transitorios
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/263-percepcoes-sensacoes-e-
sofrimentos-dos-espiritos
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/264-ensaio-teorico-sobre-a-
sensacao-nos-epiritos
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/escolha-das-provas-238654197
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/266-relacoes-de-alemtumulo
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/267-relacoes-simpaticas-e-
antipaticas-dos-espiritos
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/268-lembrancas-da-existencia-
corporal
https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/269-comemoracao-dos-mortos-
funerais
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6.1 – ESPÍRITOS ERRANTES
COMENTÁRIOS:
Qual o significado de errante?
− Allan Kardec cunhou a expressão Espíritos errantes.
− Em francês errant = errante, que vagueia.
− Na Língua Portuguesa, tem diferentes significados, por exemplo, o de
pessoa nômade ou a que não tem residência fixa.
− Para o Espiritismo,serve para designar o Espírito que ainda necessita
passar por muitas reencarnações até que atinja o estágio de ser
espiritual evoluído, característico do Espírito Puro.
Para onde vai o Espírito após a morte do corpo físico?
Após a morte do corpo físico,o Espírito retornaao mundo espiritual onde
passa a viver e a se preparar para nova reencarnação.
Inicia-se, então, uma nova fase da vida em outro plano vibratório.
O perispírito, agora liberto do corpo físico, revela com mais intensidade
suas propriedadesplásticas e sutis que, sob o comando do pensamento e da
vontade, implementam as necessárias transformações, úteis à adaptação no
plano espiritual.
Erraticidade:
Podemos defini-la como sendo o estado dos Espíritos errantes, isto é,
não encarnados,durante os intervalos de suas diversas existências corpóreas.
Erraticidade é o nome que adotamos para indicar o tempo que o Espírito,
terminada uma experiência encarnatória, aguarda para reencarnar-se de novo.
Significa período de tempo entre uma existência que terminou e outra
que se estará iniciando.
O Espírito, durante esse tempo, não está à toa. Ele está vivendo sua vida
normal de espírito. Está estudando, preparando-se, aprendendo, convivendo com
outros Espíritos enquanto a hora do novo mergulho na carne não chega.
Todos os Espíritos sujeitos a novas reencarnações aguardam-nas na
chamada erraticidade.
Erraticidade é, portanto, tempo de espera. Seria a “fila da reencarnação”. E
é uma senhora fila. Sobretudo hoje, quando os casais se recusam,
insistentemente, a dar acolhida aos filhos que querem nascer.
3
A erraticidade mesmo sendo muito longa, nunca é perpétua. Após
determinado período, o Espírito voltará a uma existência apropriada a seu
aprendizado e aperfeiçoamento.
223 – A alma se reencarnaimediatamente apóster se separado do corpo?
Algumas vezes reencarna imediatamente; porém, com mais frequência,
depois de intervalos mais ou menos longos. Nos mundos superiores, a
reencarnação é, quase sempre, imediata; a matéria corporal sendo menos
grosseira,o Espírito encarnado gozaaí de quase todas as suas faculdades de
Espírito; seu estado normal é o dos vossos sonâmbulos lúcidos.
COMENTÁRIOS:
Não há uma regra geral para a reencarnação dos Espíritos.
Cada caso é um caso. Há aqueles que necessitam reencarnar imediatamente.
Há aqueles que precisam de um tempo maior e vai demorar para reencarnar.
Cada um conforme suas necessidades.
Tudo é feito na forma que melhor atender as necessidades do Espírito
reencarnante.
Há o período de perturbação após o desencarne (horas, dias, semanas,
meses). Depende do nível evolutivo e do equilíbrio do desencarnante.
Enquanto estamos no mundo espiritual – na erraticidade – nós aprendemos,
lá nós estudamos, trabalhamos, evoluímos também.
Após o período de uma reencarnação, é necessário um momento para
reestabelecermos, para refletirmos sobre os erros cometidos, sedimentar o
aprendizado obtido naquela reencarnação e programarmos a próxima
reencarnação que para isso deve haver o preparo através de estudos,
análises, cursos, observações, tarefas a desempenhar.
A vida não para enquanto estamos desencarnados. Ela continua muito mais
fluente.
Nos mundos superiores não há muita diferença em estar encarnado ou
desencarnado. A matéria é menos grosseira.
Se queremos uma reencarnação melhor no futuro, não desprezemos as
mudanças, os consertos morais, e para tanto procuremos Jesus; Seus
preceitos são eternos e vibram na eternidade da vida, sendo caminhos que
nos mostram a felicidade e como conquistá-la.
Coleção A Vida no Mundo Espiritual – Chico Xavier / André Luiz
4
André Luiz não é o único repórter do mundo espiritual. Inúmeros outros
Espíritos, aqui no Brasil e no exterior, já nos deram seguros e universais
esclarecimentos sobre a vida espiritual; seus sistemas de administração,
educação, saúde, segurança, disciplina, remuneração e várias outras
informações.
- Espírito Ângelo Inácio (repórter do Além) – Médium Robson Pinheiro
- Espírito Lúcius – Médiuns Zíbia Gasparetto, André Luiz Ruiz
- Espírito Patrícia – Médium Vera Lúcia
224 – Que se torna a alma nos intervalos das encarnações?
Espírito errante que aspira a seu novo destino; ele espera.
224.a) Qual pode ser a duração desses intervalos?
De algumas horas a alguns milhares de séculos. De resto, não há,
propriamente falando, limite extremo assinalado para o estado errante, que
pode prolongar-se por muito tempo, mas que, entretanto, não é jamais
perpétuo. O Espírito encontra sempre, cedo ou tarde, oportunidade de
recomeçar uma existência que sirva à purificação das anteriores.
224.b)Essa duraçãoestá subordinadaà vontadedo Espírito ou pode lhe
ser imposta como expiação?
É uma consequênciado livre-arbítrio. Os Espíritos sabem perfeitamente o que
fazem, porém, para alguns é também uma punição imposta por Deus. Outros
pedem para que ela seja prolongada, a fim de continuarem estudos que não
podem ser feitos com proveito, senão no estado de Espírito.
COMENTÁRIOS:
Todos nós somos Espíritos e a nossa individualidade continua sendo aqui na
Terra, no Mundo Espiritual ou reencarnado em outro orbe. Somos o que
somos,o que construímos a nossa história. O tempo aqui ou lá na erraticidade
depende da nossa necessidade de aprendizado.
É necessário que tenhamos experiências na matéria porque a matéria nos
impões limitações. Temos que trabalhar para conseguir o alimento, o
vestuário, o abrigo, a manutenção da saúde e outras necessidades na
construção de um mundo melhor. Esse trabalho impõe ao Espírito o
5
desenvolvimento da inteligência, a melhoria na convivência, aprimorando a
evolução.
No mundo espiritual também trabalhamos e estudamos, mas não temos as
limitações da matéria.
Reencarnação voluntária – Opção do próprio Espírito – depende da
consciência do Espírito que deve reencarnar. Ele mesmo apura as suas
necessidades, promovendo juntamente com os mentores uma programação
de vida avaliando as suas necessidades de aprendizado, de ajustes e de
desenvolvimento no processo evolutivo. Se prepara no mundo espiritual,
através de cursos,de trabalhos que enriqueçaessaprogramação.É destinada
à grande maioria dos Espíritos, basta que tenha um mínimo de consciência
para fazer as suas escolhas para promover a sua evolução.
Reencarnação compulsória – Imposta ao Espírito – Espíritos que ainda
estão em uma fase bem infantil, que estão empenhados no mal, com aquela
ideia fixa de prejudicar o próximo, de lutar contra o bem. A esses Espíritos
quase sempre é fornecida uma reencarnação compulsória porque não estão
em condições de fazer as próprias escolhas.De escolher reencarnar ou não.
Ou de escolher em opção irá reencarnar, que situações irá vivenciar. A
programação é feita pelos mentores espirituais que normalmente programam
uma vida mais simples, que proporcione o seu crescimento junto ao grupo
familiar em que vive.
Exemplos de Espíritos que reencarnaram logo após o seu desencarne.
- Júlio – Entre a Terra e o Céu
- Marita e Cláudio retornam como filhos do casal Marina e Gilberto.Marina era
irmã de Marita. Cláudio era pai de Marina, com Márcia e era pai de Marita,
com Araceles.Gilbertofoinamorado de Marita e Marina. Cláudio tentou abusar
sexualmente de Marita antes de saber que era seu pai.
Exemplos de Espíritos que já se encontram há séculos no mundo
espiritual cumprindo tarefas de aprendizado, de crescimento através do
auxílio.
- “Alguns podem gastar mil anos para a descida à carne, com missão divina
de instruir e dar exemplo de amor para a humanidade, como no caso de
Francisco de Assis” (Miramez)
- Asclépios - Obreiros da Vida Eterna – Capítulo 03
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225 – A erraticidade, por si mesma, é um sinal de inferioridade nos
Espíritos?
Não, pois há Espíritos errantes de todos os graus. Já dissemos que a
encarnação é um estado transitório; no seu estado normal o Espírito está
liberto da matéria.
COMENTÁRIOS:
O termo “Erraticidade” é o mesmo que “Mundo Espiritual”.
Erraticidade – é a condição do Espírito entre uma reencarnação e outra. Se
está no processo reencarnatório é porque ainda não é Espírito puro.
Não há evolução sem estarimerso no corpo físico.A vivência das experiências
no corpo físico faz com que o Espírito aprenda e evolui.
No mundo espiritual há os umbrais, mas também há as Colônias Espirituais.
Na Casa do Pai há muitas moradas.
Da mesmaforma que no mundo material há mundos mais evoluídos e menos
evoluídos, há colônias espirituais cuja felicidade não temos atualmente
condições de compreender.
Espíritos evoluídos – estão acima de nós (em conhecimento, moral e
sabedoria) mas abaixo dos Espíritos Puros.
O fato de estar no mundo espiritual não quer dizer que o Espírito esteja mais
ou menos evoluído.
A erraticidade está também entre nós, pois convivemos com o mundo
espiritual, em qualquer lugar que estivermos haverá Espíritos convivendo
conosco
A erraticidade não caracteriza o estado dos Espíritos inferiores. Nela se
encontram diversas colônias espirituais, postos avançados de socorro, para
receber e instruir todos os Espíritos recém-vindos da matéria; aqueles mais
endurecidos acomodar-se-ão em lugares compatíveis com os seus
sentimentos sem, entretanto, ficarem órfãos da bondade do Criador, pois
sempre receberão, por misericórdia, a visita dos benfeitores da verdade e do
bem comum.
Aqui encarnados estamos fora de casa, estagiando, praticando a
aprendizagem teórica.
Nosso verdadeiro mundo é o mundo espiritual.
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226 – Pode-se dizer que todos os Espíritos, que não estão encarnados,
são errantes?
Os que devem se reencarnar, sim, mas os Espíritos puros,que alcançaram a
perfeição, não são errantes: seu estado é definitivo.
Allan Kardec:
Com relação às qualidadesíntimas,os Espíritossão dediferentes ordens
ou graus, que percorrem sucessivamente, à medida que se depuram.
Quanto ao estado, podem ser: encarnados, quer dizer, unidos a um
corpo; errantes, isto é, livres do corpo material e esperando uma nova
encarnação para se melhorarem; Espíritos puros,perfeitos,e não tendo
mais necessidade de encarnação.
COMENTÁRIOS:
No tocante às qualidades íntimas, os Espíritos são de diferentes ordens ou
graus, pelos quais vão passando sucessivamente,à medidaque se purificam.
Quanto as qualidades íntimas, os espíritossão de diferentes ordens ougraus,
que vão se sucedendo àmedidaque evoluem.Com relação ao estado em que
se encontram, podem ser assim considerados:
• Espíritos Encarnados - Encontram-se ligados a um corpo físico;
• Espíritos Errantes - Encontram-se desligados do corpo material e
aguardando nova encarnação para se melhorarem.
• Espírito Puros - Não necessitam mais de reencarnações. (somente
quando em missão).
Esses termos são apenas didáticos para que possamos compreender.
Todos nós temos a mesma essência:
Somos Espíritos criados por Deus, simples e ignorantes. Começamos a
caminhada e temos comoobjetivo finalaconquistada felicidade.Todossomos
Espíritos, uns mais no início da caminhada, outros mais avançados. A
maturidade é obra do tempo, os valores internos vão sendo despertados
gradativamente.
Errante é o Espírito que nesse momento está desencarnado, mas que está
aguardando uma oportunidade para reencarnar.
Esse aguardar é em ação: trabalho, estudo, auxílio. Ninguém fica parado,
ocioso. A não ser que pelo livre-arbítrio não queira estar em ação. O livre-
arbítrio existe tanto aqui, quanto lá.
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Os Espíritos Puros não precisam mais reencarnar, porém continuam
progredindo. Toda a criação do Pai caminha rumo ao progresso infinito.
Ex: Jesus encarnou para nos beneficiar,nos auxiliar, nos ensinar por meio das
palavras e da prática, ou seja, cumprir a missão libertadora da humanidade.
227 – De que maneira os Espíritos errantes se instruem? Sem dúvida,
eles não o fazem do mesmo modo que nós?
Estudam o seu passado e procuram os meios para se elevarem. Veem,
observam o que se passa nos lugares que percorrem;ouvem as palavras dos
homens mais esclarecidose os avisos dos Espíritos mais elevados,e isso lhes
dá ideias que não tinham.
COMENTÁRIOS:
Os livros da coleção A vida no mundo espiritual deixam claro as tarefas no
mundo espiritual. São várias as histórias que André Luiz relata.
A Terraé uma cópiapálida do Mundo Espiritual. Lá é o mundo real. Látambém
há trabalho, há estudo, escolas, faculdades, estágios.
Eles se instruem na vida espiritual em cursos intensivos e no próprio trabalho
em colônias espirituais, bem como junto aos homens instruídos da Terra.
Assistem muitos congressos dos seres humanos, anotam coisas e se
interessam por todas as inovações que se fazem no planeta.
André Luiz relata a sua vida em Nosso Larnos mostrando de formaclara como
é a vida e como a vida no mundo espiritual nos proporcionaa continuidade de
crescimento, de aprendizado, de oportunidades de evolução. Não há dúvida
que em todos os lugares há a oportunidade de crescimento,de trabalho e de
estudo, de evolução.
Ex: André Luiz – como ele foi descrito em “Nosso Lar” e depois como ele
estava no último livro “E a vida continua”. O quanto ele aprendeu e está
aprendendo na erraticidade.
Há as oportunidades para aqueles que optam por trabalhar. Lá também há a
lei do livre arbítrio.
Mas há Espíritos errantes, sem a maturidade devida, que não se interessam
pelo progresso e, pela sintonia, se acham ligados a almas da mesma índole,
onde escapa o interesse de servir e de aprender.
Tem muitos que não avançam na erraticidade e nem como encarnados.
Quem se encontra na Terra, movendo-se em um corpo de carne, que
agradeça a Deus pela oportunidade valiosa, e faça tudo para compreender
9
as leis que regem o campo fisiológico, conservando-o com saúde e bem-
estar. Quando mais tempo viver no campo da carne, mais possibilidades terá
o Espírito de aprendizado.
228 – Os Espíritos conservam algumas das paixões humanas?
Os Espíritoselevados,perdendo seuenvoltório físico,deixam as más paixões
e só guardam as do bem;quanto aos Espíritos inferiores, conservam-nas,pois,
de outra forma, seriam da primeira ordem.
COMENTÁRIOS:
Quando nós desencarnamos, continuamos a ser nós mesmos, com os
mesmos sentimentos, as mesmas preferências, os mesmos conhecimentos,
as mesmas emoções.
Vencer as más paixões é objetivo do Espírito, ser imortal, criado por Deus.
Estar reencarnado é uma etapa para a conquista desse objetivo. Tanto aqui,
quanto no mundo espiritual, o Espírito traz consigo todas as suas conquistas
de ordem emocional, moral e intelectual que já tenha conquistado nas suas
diversas reencarnações. Sempre terá esse patrimônio.
O Espírito não consegue se livrar de todas as suas paixões em uma única
encarnação. Fica claro que toda vez que retorna à pátria ainda leva consigo
as paixões (sentimentos negativos) que não conseguiu extinguir. Leva
também as virtudes adquiridas.
Enquanto não se tornar Espíritos puros terão paixões. E enquanto isso vão
levar e trazer até eliminar. À medidaque vai eliminando as paixões, as virtudes
vão se ampliando.
229 – Por que os Espíritos, deixando a Terra, não deixam nela todas as
suas más paixões, uma vez que eles veem os seus inconvenientes?
Tens nesse mundo pessoas que são excessivamente invejosas; acreditas
que, mal o deixem,perdem os seus defeitos? Depoisde sua partida da Terra,
sobretudo para aqueles que têm paixões bem acentuadas, resta uma espécie
de atmosfera que os envolve e conserva todas as suas coisas más, porque o
Espírito não está inteiramente desprendido; só por momentos vê a verdade,
como para lhe mostrar o bom caminho.
COMENTÁRIOS:
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As paixões são vícios do Espírito: maledicência, vaidade, orgulho, egoísmo,
ódio, inveja, ira, preguiça, ciúme, etc.
Deixar as más paixões é o grande objetivo de todos nós,condição para nossa
evolução. É o mesmo objetivo tanto para encarnados, quanto para
desencarnados.
Não é pelo fato de desencarnar que vamos vencer automaticamente as más
paixões, nos proporcionando a conquista da evolução.
O desencarne não muda a personalidade do Espírito.É apenas um momento
biológico da vida do Espírito.
A desencarnação nos transfere de plano, mas não altera a realidade evolutiva
do ser imortal – o Espírito.
Quando a alma parte do mundo físico,ela leva consigo as suas paixões, que
atravessam com ela o túmulo sem nenhuma dificuldade.
Se as paixões nos acompanham depois da chamada morte do corpo, a
inteligência nos diz que devemos suspendê-las antes que chegue a hora de
partir da Terra para o mundo espiritual.
A evolução do ser ocorre pelas duas asas: a asa da razão (desenvolvimento
intelectual) e a asa da emoção, dos sentimentos, da conquista do amor.
Precisamos amar para vencer.
Jesus nos ensinou amar. O amor é uma Lei Universal.
O amor se desenvolve através da nossa vivência diária, da nossaconvivência
com o próximo.
O verdadeiro espírita não é aquele ser humano perfeito, uma vez que esse
não existe em nosso planeta. O verdadeiro espírita é aquele que se esforça
no cotidiano para vencer as más paixões,para promovera sua transformação
moral.
Devemos começaro esforçode purificação hoje, agora, sem perda de tempo,
porque todo trabalho para melhorar moralmente é assistido pelos benfeitores
da espiritualidade maior que caridosamente beneficiam a todos através do
amor.
230 – O Espírito progride no estado errante?
Pode melhorar-se muito, sempre segundo a sua vontade e o seu desejo;mas
é na existência corporalque ele põe em prática as novas ideias que adquiriu.
COMENTÁRIOS:
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O progresso está em todos os lugares da criação divina.
Cada lugar é apropriado para um tipo de ensinamento que ele oferece.
Aqui na Terra nós aprendemos com as restrições que a matéria nos impõe,
nos impulsionando para o trabalho, que nos proporcionaa convivência com os
outros e, enfim, o progresso coletivo.
Na erraticidade passamos pormomentos de vidauns mais curtos, outros mais
longos aguardando uma nova reencarnação. Não ficamos parados do lado de
lá. Vamos buscar melhorar através de cursos, de trabalhos, de auxílio ao
próximo.
Se o Espírito não tem um certo preparo,encontrará grandes dificuldades,mas,
se já tem o princípio do amor aflorado no coração, esse cresce em todos os
seus caminhos.
A missão do Espírito é aprendera amar e a espalhar esse amor. Essa missão
é contínua, independentemente, se esteja encarnado ou não.
Fazemos isso pela lei do livre arbítrio. Podemos escolher amar. Podemos
escolher vivenciar os ensinamentos de Jesus.
O Evangelho de Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.
O despertamento está em nossas mãos. Jesus nos espera estendendo as
mãos para nos guiar em direção a Deus.
Exemplo de Silvério:
Aproximando-nos dos pavilhões de desenho, onde numerosos cooperadores traçavam
planos para reencarnações incomuns, foi o meu novo companheiro procurado por uma
entidade simpática que lhe pediainformações. Manassés apresentou-me, otimista. Tratava-
se dum colega que, depoisde quinze anos de trabalho nas atividades de auxílio, regressaria
à esfera carnal para a liquidação de determinadas contas. O recém-chegado parecia
hesitante. Via-se-lhe o receio, a indecisão.
– Não se deixe dominar pelas impressões negativas – dirigia-se Manassés a ele,
infundindo-lhe bom ânimo.
– O problema do renascimento não é assim tão intrincado. Naturalmente, exige coragem,
boas disposições.
– Entretanto – exclamava o interlocutor, algo triste –, temo contrair novos débitos ao invés
de pagar os velhos compromissos. É tão penoso vencer na experiência carnal, em vista do
esquecimento que sobrevém à encarnação...
– Mas seria muito mais difícil triunfar guardando a lembrança – redarguiu Manassés,
incontinente.
Prosseguindo, sorridente, acrescentou:
– Se tivéssemos grandes virtudes e belas realizações, não precisaríamos recapitular as
lições já vividas na carne. E se apenas possuímos chagas e desvios para rememorar,
abençoemos o olvido que o Senhor nos concede em caráter temporário.
Esforçou-se o outro para esboçar um sorriso e objetou:
– Conheço-lhe o otimismo; quisera ser igualmente assim. Voltarei confiante no concurso
fraterno de vocês.
E modificando o tom de voz, indagou:
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– Pode informar se o meu modelo está pronto?
– Creio que poderá procurá-lo amanhã – tornou Manassés, bem disposto –; já fui observar
o gráfico inicial e dou-lhe parabéns por haver aceitado a sugestão amorosa dos amigos
bem orientados, sobre o defeito da perna. Certamente, lutará você com grandes
dificuldades nos princípios da nova luta, mas a resolução lhe fará grande bem.
– Sim – disse o outro, algo confortado –, preciso defender-me contra certas tentações de
minha natureza inferior e a perna doente me auxiliará, ministrando-me boas preocupações.
Ser-me-á um antídoto à vaidade, uma sentinela contra a devastação do amor-próprio
excessivo.
– Muito bem! – respondeu Manassés, francamente otimista. – E pode informar-me ainda a
média de tempo conferida à minha forma física futura?
– Setenta anos, no mínimo – redarguiu meu novo companheiro, contente.
O outro fixou uma expressão de reconhecimento, enquanto Manassés continuava:
– Pondere a graça recebida, Silvério, e, depois de tomar-lhe a posse no plano físico, não
volte aqui antes dos setenta. Trate de aproveitar a oportunidade.1
Exemplo de Anacleta:
Impressionado, seguia atenciosamente os trabalhos em curso. Dispúnhamo-nos a seguir
adiante, quando uma irmã, de porte muito respeitável, se aproximou saudando Manassés
afetuosamente. Ele respondeu com gentileza e apresentou-ma:
– É nossa irmã Anacleta.
Cumprimentei-a, sentindo-lhe a simpatia pessoal.
– Trata-se de uma das nossas trabalhadoras mais corajosas – acentuou o funcionário do
trabalho de informações.
A senhora sorriu, algo contrafeita por se ver focalizada na opinião franca do companheiro.
Todavia, Manassés, com o otimismo que lhe era característico, prosseguiu:
– Imagine que voltará à esfera do Globo, em breves dias, em tarefa de profunda abnegação
por quatro entidades que, há mais de quarenta anos, se debatem em regiões abismais das
zonas inferiores.
– Não vejo nisso abnegação alguma – atalhou à senhora, sorrindo –, cumprirei tão somente
um dever.
E fixando-me, desassombrada e serena, asseverou:
– As mães que não completaram a obra de amor que o Pai lhes confia junto dos filhos
amados, devem ser bastante fortes para recomeçarem os serviços imperfeitos. Esse o meu
caso. Não se deve mencionar sacrifício onde existe apenas obrigação.
Interessava-me a história daquela irmã despretensiosa e simpática e, por isso mesmo,
animei-me a perguntar-lhe:
– Regressará, então, dentro em breve? De qualquer maneira, sua resolução traduz
devotamento e bondade. Não posso esquecer que também minha mãe voltou ao círculo da
carne, tangida por sublime dedicação.
Notei que os olhos dela se encheram de lágrimas discretas, que não chegaram a cair,
emocionada talvez com a minha observação sincera. Estendeu-me a destra, gentilmente,
e, dando a ideia de que não desejava continuar em conversação relativa ao assunto, disse-
me, comovida:
– Muito grata pelo conforto de suas palavras. Mais tarde, ao se lembrar de mim, ajude-me
com o seu pensamento amigo.
Nesse ponto da ligeira palestra, Manassés indagou:
– Já recebeu todos os projetos?
1 - XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. 36 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001, Cap. 12.
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– Sim – respondeu ela –, não somente os que se referem aos meus pobres filhos, mas
também a planta relativa à minha própria forma futura.
– Está satisfeita?
– Muitíssimo! – redarguiu a dama.
– Na lei do Pai, a justiça está cheia de misericórdia e continuo na condição de grande
devedora.
Em seguida, despediu-se, calma e afável.
Manassés compreendeu-me a curiosidade e explicou:
– Anacleta é um exemplo vivo de ternura e devotamento, mas voltará às lutas do corpo a
fim de operar determinadas retificações no coração materno. Por imprevidência dela, noutro
tempo, os quatro filhos, que o Senhor lhe confiara, caíram desastradamente. A pobrezinha
albergava certas noções de carinho que não se compadecem com a realidade. Seu esposo
era homem probo e trabalhador e, apesar de abastado, nunca se esqueceu dos deveres
que lhe prendiam as atividades de homem de bem ao campo da sociedade em geral.
Caracterizava-se por uma energia sempre construtiva, mas a esposa, embora
devotadíssima, contrariava-lhe a influência do lar, viciando o afeto de mãe com excessos
de meiguice desarrazoada. E, como consequência indireta, quatro almas não encontraram
recursos para a jornada de redenção. Três rapazes e uma jovem, cuja preparação
intelectual exigira os mais árduos sacrifícios, caíram muito cedo em desregramentos de
natureza física e moral, a pretexto de atenderem a obrigações sociais. E tão degradantes
foram esses desregramentos que perderam muito cedo o templo do corpo, entrando em
regiões baixas, em tristes condições. Anacleta, contudo, voltando ao campo espiritual,
compreendeu o problema e dispôs-se a trabalhar afanosamente para conseguir, não só a
reencarnação de si própria, senão também a dos filhos que deverão segui-la nas provas
purificadoras da Crosta.
– Quantos anos gastaram para obter semelhante concessão? – perguntei, impressionado.
– Mais de trinta.
– Imagino-lhe os sacrifícios futuros! – exclamei.
– Sim – esclareceu Manassés –, a experiência ser-lhe-á bem dura, porque dois dos rapazes
deverão regressar na condição de paralíticos, um na qualidade de débil mental e, para
auxiliá-la na viuvez precoce, terá tão somente a filha, que, por si mesma, será também
portadora de prementes necessidades de retificação.2
231 – Os Espíritos errantes são felizes ou infelizes?
Mais ou menos de acordo com os seus méritos. Sofrem as paixões cuja
essência conservaram, ou são felizes segundo eles sejam mais ou menos
desmaterializados. No estado errante, o Espírito entrevê o que lhe falta para
ser mais feliz e procura os meios para alcançar a felicidade; mas não lhe é
sempre permitido reencarnar-se como seria do seu agrado, e isso, então, lhe
é uma punição.
COMENTÁRIOS:
2 - XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. 36 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001, Cap. 12.
14
Não existe felicidade plena no meio deles, por não haver perfeição; somente
os Espíritos perfeitosgozam de plena tranquilidade de consciência. Uns ainda
dormem na ignorância, outros já estão despertando para o entendimento
espiritual.
Muitos chegam ao mundo espiritual, provindos da carne, cheios de mazelas e
paixões que os fazem sofrer pelos processos de lembranças indesejadas.
Para se esconderemdas regressõesda memória,pedem imediatamente para
voltar à carne, que lhes abafa as fortes lembranças dos fatos acontecidos,de
modo a surgir nos seus caminhos, como problemas, dores e decepções, e
uma gama de sofrimentos para limpar a consciência entulhada de processos
mentais criados por eles mesmos.
A reencarnação é uma bênção de Deus para as criaturas.
Os Espíritos errantes nuncasão totalmente felizes,pois,aindaerram. Pormais
conhecedores que sejam das leis naturais, se encontram envolvidos nos
dramas das paixões que destilaram na Terra, criando embaraço para os seus
próprios passos.
É preciso que nós encarnados aproveitemos a nossa estadia na matéria;
analisando a vida e se esforçando para melhorar em todas as direções; não
nos faltam apoio, instrução, nem mesmo exemplosdignos de serem imitados.
Não devemos esperar passar para o outro lado para os devidos consertos
morais.
Comecemos hoje mesmo a nossa reforma moral. Os costumes velhos devem
ser esquecidos, desde quando eles não correspondem à verdade que todos
conhecem por intuição divina, que vibram dentro de todos, por ser lei eterna.
232 – No estado errante,podemos Espíritos ir para todos os mundos?
Conforme. Quando o Espírito deixa o corpo, ele não está, por isso,
completamente liberto da matéria e pertence ainda ao mundo onde viveu ou a
um mundo do mesmo grau, a menos que, durante a sua vida, ele se tenha
elevado;e deve seresse seuobjetivo pois,caso contrário,não se aperfeiçoará
jamais. Ele pode,entretanto, ir a certos mundos superiores,mas, nesse caso,
aí é como um estranho; não faz, por assim dizer, mais do que os entrever, e é
isso que lhe dá o desejo de se melhorar,para serdigno da felicidade que neles
se desfruta e poder habitá-los mais tarde.
COMENTÁRIOS:
Há muitas moradas na Casa de meu Pai.
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Muitas dessas moradas físicas podemos deslumbrar olhando para o céu.
Outras não temos alcance de visualizar, seja em razão da distância, seja em
razão da matéria de constituição.
Cada uma dessas moradas tem a sua qualidade específica para atender as
necessidades dos diversos seres.
Nós estamos aqui porque necessitamos vivenciarnesse ambiente que a Terra
nos proporciona.
Cada mundo oferece condições diferentes para o aprendizado do ser em
evolução.
A estadaem outros mundos depende danecessidade decadaum.Não vamos
fazer lazer em outro mundo. Podemos ir até lá se tivermos necessidades de
aprender algo que aquele mundo esteja em condições de nos ensinar.
Às vezes nos é permitido, em companhia com os mentores, fazer uma
excursão em mundos superiores, que tem sua utilidade, como nos trazer
aquela esperança de algo bom que esteja nos aguardando no futuro.
233 – Os Espíritos já purificados vão aos mundos inferiores?
Eles vão frequentemente paraajudar o seuprogresso;semisso essesmundos
estariam entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los.
COMENTÁRIOS:
Os Espíritos puros, aqueles que já passaram por todas as experiências que
nós estamos passando e que ainda passaremos, são trabalhadores do Pai.
Eles vêm na qualidade de nossos orientadores.
Eles descem nos mais profundos umbrais para levar o socorro, a luz divina
aos seres que estão situados nas trevas. Ninguém, em qualquer lugar da
criação estará desamparado,porque Deus através dos trabalhadores mantém
o auxílio para os nossos corações.
O Espírito elevado pode voltar. Essa volta é em missão.
Ex: Jesus
Sócrates, Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Emmanuel, Joana D’arc,
Francisco de Assis, Ghanci, Madre Tereza, Irmã Dulce,
16
6.2 – MUNDOS TRANSITÓRIOS
O que caracteriza um mundo de transição é o fato de não propiciar condições para que espíritos
possam se expressar materialmente em uma estrutura orgânica, tal como conhecemos ou
equivalente.
A possibilidade de haver a encarnação está intimamente atrelada às condições de habitabilidade
material de determinando local, isto é, a vida orgânica, ou equivalente, necessita de determinados
requisitos para sua manutenção. Na Terra, por exemplo, necessitamos de água, ar, luz solar,
alimento, dentre outros.
No processo de elaboração dos mundos que venham a abrigar vida material, há algumas etapas
bem definidas:
a) formação – A formação é decorrente de fatores materiais, obedecendo às leis da Física e da
Química, estáveis econstantes para o universo conhecido. Contudo, as condições de habitabilidade,
aquelas condizentes com a vida física, serão decorrentes do tipo de vida em si mesma que, por sua
vez, está relacionado com o tipo de espírito que se manifestará na matéria.
b) esterilidade – os mundos transitórios não são todos de uma única categoria, servindo de estação
para todo e qualquer espírito, mas estão em níveis intermediários em relação com os outros
mundos. Assim, os espíritos que “descansam" neste ou naquele mundo deverão ser de condição
específica, compatível com ele.
c) estruturação de matéria condizente com a vida física – a vida física está relacionada com o tipo
de espírito, desta forma, é preciso a presença de espíritos para moldar a matéria segundo seu
psiquismo, mesmo que inconscientemente, através de um processo natural.
d) surgimento da vida física em níveis mais simples – é decorrente de um processo de elaboração
das formas e que deve ser condizente com os espíritos que utilizarão estas mesmas formas.
“Dizíamos que uma camada de matéria gelatinosa envolveu o orbe terreno em seus mais íntimos
contornos. Essa matéria, amorfa e viscosa, era o celeiro sagrado das sementes da vida. O
protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre, e, se essa matéria, sem
forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta, em breve a condensação da massa dava
origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se as primeiras manifestações dos seres vivos”. (A
Caminho da Luz)
e) surgimento da vida em níveis mais complexos – Emmanuel diz que “milhares de anos foram
precisos aos operários de Jesus, nos serviços de elaboração das formas”. É todo um longo processo
de formação e adequação de mundos para que os espíritos nas diversas condições possam
encontrar campo propício para sua evolução.
234 – Como ficou dito, existem mundos que servem aos Espíritos
errantes como estações e locais de repouso?
Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes e nos quais
podem habitartemporariamente;espéciesde acampamentos,de campos para
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se repousar de uma muito longa erraticidade, estado sempre um pouco
penoso. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados de
acordo com a natureza dos Espíritos que podem alcançá-los,e nele gozam de
um bem-estar maior ou menor.
234.a) Os Espíritos que habitam esses mundos podem deixá-los à
vontade?
Sim, os Espíritos que se acham nesses mundos podem deixá-los para irem
aonde devem ir. Imaginai-os como aves que,de passagem,pousam numa ilha
para refazerem suas forças, a fim de alcançarem o seu destino.
COMENTÁRIOS:
Não confundir com as colônias espirituais e nem com a fase de transição que
a Terra está passando.
Os mundos transitórios não estão inseridos na escala de mundos organizada
por Kardec.
Deus não se esqueceude nada que poderiaeducar seus filhos. Como Senhor
do Universo, criou todas as coisas objetivando a luz, e dispondo meios para a
educação de todos os seres.
Existem, no espaço, mundos transitórios capazes de fornecer aos Espíritos
errantes, meios para a escalada maior. Ali, eles aprendem os segredos do
amor e da caridade, pelas portas do sofrimento.
Nos mundos transitórios podemos encontrar Espíritos de várias escalas,
recebendo lições de acordo com as suas necessidades de ascensão,porém,
a bondade de Deus é tão grande que Ele não deixa faltar Seus anjos junto a
esses seres errantes, para instruí-los, ensinando-lhes a amar.
Há muitas moradas na Casa de meu Pai, disse Jesus.
Em todas essas moradas há trabalho, há luz, há oportunidades de
aprendizado, de crescimento para todos nós.
O Espírito sempre tem oportunidade de trabalhar fazendo algo para a
realização do bem, o que depende da sua vontade.
O ser humano pode estar em qualquer parte do Universo, desde que esse
local seja útil para aquele momento da sua existência.
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235 – Os Espíritos progridem durante sua estada nos mundos
transitórios?
Certamente; aqueles que se reúnem assim, o fazem com o objetivo de se
instruírem e de poderem, mais facilmente, obter a permissão de alcançarem
lugares melhores, e ascender à posição dos eleitos.
COMENTÁRIOS:
O progresso está na essência da criação, na essência da Lei Divina.
Progredimos sempre.
Todo o Universo está em movimento evolutivo. Desde o átomo até os grandes
astros.
Dessa forma, vamos aprendendo, porém, sempre através de um
planejamento, pois no mundo espiritual todas as ações são planejadas.
A estada de um Espírito em um mundo transitório é planejada, tem o motivo
para estar lá, tem o objetivo de trabalho, estudo, evolução.
Os Espíritos inferiores que ainda não conseguem buscar a sua evolução por
meio do livre arbítrio, estando ainda presos nos umbrais através dos vícios,
das más tendências, não têm condições de planejar para estar em um desses
mundos transitórios.
Mas os irmãos que vão galgando oportunidades vão planejando como fazer
em cada nova situação.
A estada de qualquer Espírito nesses mundos transitórios é calculada,
planejada, tem objetivo certo de aprendizado, de crescimento, de trabalho
para promover a sua evolução moral e espiritual.
236 – Os mundos transitórios, por sua natureza especial, são
perpetuamente destinados aos Espíritos errantes?
Não, sua posição é apenas temporária.
236.a) São eles, ao mesmo tempo, habitados por seres corporais?
Não, sua superfície é estéril.Aqueles que os habitam não têm necessidade de
nada.
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236.b) Essa esterilidade é permanente ou resulta da sua natureza
especial?
Não, são estéreis transitoriamente.
236.c) Esses mundos, então, devem ser desprovidos de belezas
naturais?
A natureza se traduz pelas belezas da imensidade, que não são menos
admiráveis das que chamais de belezas naturais.
236.d)Visto que o estado desses mundos é transitório,a Terra estaráum
dia no mesmo estado?
Já esteve.
236.e) Em que época?
Durante a sua formação.
Allan Kardec:
Nada é inútil na Natureza: cada coisa tem o seu objetivo, a sua
destinação; nada é vazio, tudo é habitado, a vida está em toda a parte.
Assim, durante a longa série de séculos que se escoaram antes da
aparição do homem sobre a Terra, durante esses lentos períodos de
transição atestados pelas camadas geológicas, antes mesmo da
formação dos primeiros seres orgânicos sobre esta massa informe,
neste árido caos onde os elementos estavam confundidos, não havia
ausência de vida.Os seres quenão tinham as nossas necessidades,nem
as nossas sensações físicas, aí procuravam refúgio. Deus quis que
mesmo neste estado imperfeito ele servisse para alguma coisa. Quem
então ousaria dizer que entre esses bilhões de mundos que circulam na
imensidade, um só, um dos menores, perdido na multidão, tivesse o
privilégio exclusivo de ser povoado?
Qual seria, então, a utilidade dos outros? Deus não os teria feito senão
para recrear os nossos olhos? Suposição absurda, incompatível com a
sabedoria queemana de todas as suas obras,e inadmissívelquando se
imagina tudo aquilo quenão podemosperceber.Ninguémcontestará que
nesta ideia de mundos ainda impróprios à vida material e, portanto,
povoado de seres viventesapropriados a este meio, há alguma coisa de
grande e de sublime,onde se encontra,talvez,a solução de mais de um
problema.
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COMENTÁRIOS:
No passado geológico, durante sua formação, a Terra era um planeta
desprovido de vida orgânica, tal como conhecemos hoje.
Nessa fase a Terra abrigava Espíritos desencarnados, outras formas de vida
que nós ainda não compreendemos.
A Terra é um planeta em evolução. A natureza de hoje não é a mesma de
alguns milhões de anos atrás. Estado que não era propício para abrigar o ser
humano, com animais grotescos tanto no tamanho quanto na constituição
física,as florestas com árvores bem maiores que as atuais. Com o passar do
tempo o planeta foi evoluindo e a natureza foi tornando mais sutil, sendo
preparada para receber o ser humano. A evolução é muito lenta aos nossos
olhos enquanto encarnados, por isso, não conseguimos perceber as
mudanças.
Morada são lugares onde há vida, onde seres habitam, não necessariamente,
seres encarnados, ou seres encarnados em corpos semelhantes a nós seres
humanos na Terra. Podem haverplanetas com ambientes biológico e climático
inóspitos,seres desencarnados ali abrigados ou mesmo encarnados em uma
matéria de outra consistência que não conhecemos e não concebemos.
A gente acompanha planetas descobertos pela tecnologia humana são
aparentemente estéreis às lentes dos telescópios,das câmeras.Com certeza,
se não há vidas como conhecemos, de corpos materializados, servem como
abrigos de Espíritos desencarnados ouentão de vida de seres encarnados em
matéria que foge da nossa percepção, por ser de constituição diferente.
Todos os planetas são povoados. Cada partícula do Universo é aproveitada.
Deus, na sua grandiosidade e sendo a Inteligência Suprema do universo, não
iria criar os mundos somente para Sua satisfação e dos Espíritos; todos eles
têm sua missão em variados esquemas que o progresso aciona.
Os mundos transitórios, que recebem Espíritos de todas as naturezas,
evoluem com as almas que nele habitam temporariamente. Nada estaciona;
há leis para governar tudo que existe na criação.
Os Espíritoserrantes habitam mundos nos quais, por vezes, permanecem em
Espírito, visto que essas casas do universo ainda não se encontram com
capacidade para lhes fornecer corpos materiais.
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22
6.3 – PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS
237 – Uma vez no mundo dos Espíritos, a alma conserva ainda as
percepções que tinha quando da sua vida física?
Sim, e outras que ela não possuíaporque seu corpo era como um véu que as
obscureciam. A inteligência é um atributo do Espírito, mas que se manifesta
mais livremente quando não há obstáculos.
COMENTÁRIOS:
Quando desencarnamos continuamos a ser os mesmo Espíritos que somos,
com os mesmos sentimentos, as mesmas emoções, a mesma memória,
mantemos a nossaidentidade.Tudo que nós aprendemos através dos nossos
estudos e da nossa convivência é patrimônio do Espírito que levamos para
onde estivermos. Trazemos esse patrimônio quando reencarnamos,
acrescentamos tudo o que aprendemos enquanto encarnados e voltamos de
regresso ao mundo Espiritual levando todo esse arcabouço de patrimônio.
Quando viemos para cá deixamos parte desse patrimônio através do
esquecimento. São informações que não são necessárias para as
experiências que vamos viver aqui. Quando retornamos ao mundo espiritual,
aos poucos vamos retomando a consciênciada nossamemória integral, tanto
da parte emotiva, quanto da parte intelectual. Somando tudo o que
aprendemos nessa reencarnação com aquilo que já conhecíamos de
reencarnações anteriores.
Essa retomada da memória não é de forma imediata. Ela é gradativa. Muitas
coisas permanecem no nosso esquecimento por ser necessário neste
momento da nossa experiência evolutiva.
Tudo aquilo que nós precisamos estará aflorando na nossa memória, pois faz
parte do nosso patrimônio.
238 – As percepções e os conhecimentos dosEspíritos são indefinidos;
em uma palavra, sabem eles todas as coisas?
Quanto mais se aproximam da perfeição, mais sabem; se são superiores,
sabem muito. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes sobre
todas as coisas.
COMENTÁRIOS:
23
Nós reencarnamos para aprender a promover a nossa evolução moral e
intelectual, nossa evolução Espiritual e vamos crescendo gradativamente a
cada reencarnação.
Se o Espírito só por estar desencarnado soubesse tudo, não haveria razão
para a reencarnação. Não necessitariavir para aprender algo que ele já sabe.
O fato de desencarnarmos não nos atribuirá mais conhecimento.Podeserque
retomamos o conhecimento arquivado em nossa memória, mas é patrimônio
nosso, conquista nossa e não é tudo.
O conhecimento é fruto do trabalho, fruto do estudo. É esforço de cada um.
Ele só vai saber de acordo com aquilo que já aprendeu, de acordo com suas
experiências.
A Lei Divina é uma só tanto para os desencarnados, como para os que se
encontram encarnados. Não há seres privilegiados na criação. Aqueles que
são Espíritos superiores, estão nessa condição devido ao seu esforço, a sua
dedicação,o seutrabalho, o seu estudo.Não foram assim criados.É conquista
própria.
Os Espíritos Superiores conhecem muito; eles dominam grande parte dos
segredos danatureza divina e humana. Não conhecem tudo,porque somente
Deus é conhecedor das leis e dos segredos da criação que Ele mesmo
estabeleceu.
Os Espíritos inferiores têm o conhecimento que a sua elevação atingiu, muitos
deles não sabem mais que os homens, e outros sabem menos que estes.
239 – Os Espíritos conhecem o princípio das coisas?
Conhecem segundo a sua elevação e a sua pureza; os Espíritos inferiores,a
esse respeito, não sabem mais que os homens.
COMENTÁRIOS:
A eternidade é muito difícil para nós compreendermos.
O Espírito é imortal, mas ele teve um início, como consta na questão 115.
Todos nós fomos criados por Deus, em determinado momento, simples e
ignorantes. O que aconteceu antes desse momento, só poderemos saber
através de estudos, mas nunca pela vivência, pois não existíamos naquela
ocasião.
Então os Espíritos superiorespodem estudare conheceros fatos do início da
criação de todas as coisas,mas só Deus, o Criadoré que tem o conhecimento
pleno.
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É difícil para a gente compreender o que seria o início das coisas. Por mais
que a gente possa tentar levar o nosso pensamento no passado para
estabelecer o início, a razão nos mostra que antes já havia alguma coisa.
Se Deus é eterno, se Ele existe de todo o sempre, jamais poderia conceber
Deus um segundo sequersem estartrabalhando, sem estar criando, portanto,
o princípio das coisas vem assim como Deus praticamente na eternidade.
Para os Espíritos não há a possibilidade de ter esse conhecimento da
plenitude do princípio de tudo.
240 – Os Espíritos compreendem o tempo como nós?
Não, e é por isto que não nos compreendeis sempre,quando se trata de fixar
datas ou épocas.
Allan Kardec:
Os Espíritos vivem fora do tempo, tal como o compreendemos; o tempo
para eles se anula, por assim dizer, e os séculos, tão longos para nós,
não são aos seus olhos senão instantesque se esvaecem na eternidade,
da mesma forma que as desigualdades do solo se apagam e
desaparecem para aqueles que se elevam no espaço.
COMENTÁRIOS:
Toda observação depende do ponto de referência do observador.
Nós que estamos aqui reencarnados temos como referênciado tempo o Sole
os movimentos da Terra.
Temos como parâmetros a média de idade vivida pelos encarnados. Esse
parâmetro é relativo.
Para o desencarnado, esse parâmetro se perde, pois ele se encontra com a
eternidade. Olha para trás encontra-se com a eternidade. Olha para frente,
sabe que a vida lhe propiciará eternamente todas as oportunidades. Por isso
há a diferenciação de tempo para nós encarnados e para aqueles que estão
desencarnados.
Quem vive irradiando a felicidade deixa de perceber tempo e espaço.
Exemplo: quando estamos cercados de companheiros cuja presença nos dá
satisfação, as horas passam sem que percebamos.
Para os Espíritos, nos seus trabalhos benfeitores, cuja consciência se
encontra na tranquilidade de Deus, o tempo desaparece e o espaço deixa de
existir. No entanto, para a humanidade e Espíritos ainda ligados às paixões
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humanas, esse tempo é uma realidade e o espaço tem a sua presença,
impondo limitações.
241 – Os Espíritos têm,do presente,uma ideia mais precisa e mais justa
que nós?
Do mesmo modoque aquele que vê claramente as coisas tem uma ideia mais
justa do que o cego.Os Espíritos veem o que não vedes;eles julgam, pois,de
outro modo que vós, mas ainda uma vez, isto depende da sua elevação.
COMENTÁRIOS:
Os Espíritos fora da carne têm uma visão mais acentuada do que os
encarnados, por estarem mais livres as suas faculdades. Entretanto, é bom
que se compreendaque tudo é relativo; o despertamento da alma obedecea
uma lei que podemos denominar de merecimento,pelo tamanho espiritual de
cada um.
O presente é um espaço de tempo.É o agora. Este momento.Passados cinco
minutos, esse momento agora já é passado.
Para ser mais precisa e exata ideia do presente,temos que ter a consciência
da sua importância para a nossa evolução.
Esse momento, o presente, é muito importante na vida de todos nós, porque
é no presente que nós podemosatuar. É no presente que podemosfazer algo
em prol de nós mesmos ou do próximo. Ou até em prejuízo também.
Se formos verificar o passado nos traz experiências, conhecimentos,
sentimentos que formam a nossa personalidade,o ser de cada um, é a nossa
história construída. Somos o resultado daquilo que vivemos no passado.
Se formos pensar no futuro, é um espaço de tempo que nos apresenta
oportunidades de crescimento, de avanço na vida. Sabemos que temos uma
caminhada para atingir. É no presente que temos aação, vamos conquistando
gradativamente as nossas metas visadas para o futuro.
Se eu não agir no presente, não conseguirei nada.
O presente é o momento em que vamos construir a nossa evolução, a nossa
felicidade.
242 – Como é que os Espíritos têm conhecimento do passado? Esse
conhecimento lhes é limitado?
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O passado, quando nos ocupamos dele, é presente; precisamente como te
recordas de uma coisa que te impressionou durante o teu exílio. Entretanto,
como não temos mais o véu material que obscurece a tua inteligência,
lembramo-nos de coisas que se apagam para a tua memória,mas os Espíritos
não conhecem tudo, a começar pela sua própria criação.
COMENTÁRIOS:
A lembrança do passado depende da evolução do Espírito.
Recordaré conhecero que se foi para melhorar o presente e preparar para o
futuro.
O Espírito não tem pleno conhecimento das vidas passadas; ele somente
recorda, até onde as suas forças suportarem,o que lhe sirva de lições.Mesmo
ao Espírito livre da matéria ainda é vedado saber o que já foi. A gradação é
norma de equilíbrio em todos os planos de vida, para que tenhamos paz, e
essa paz possa nos fornecer forças no decorrer de novas lutas.
Ao desencarnar vamos nos recordando aos poucos, conforme as nossas
necessidades. Lembramos de situações difíceis que passamos para que
possamos cuidar delas, aprendendo a superá-las.
Quando a gente ocupa do passado, ele passa a ser presente, porque o
sentimento vem à tona para que possamos cuidar dele. Se há um sentimento
que nos faz mal, perturbando a nossaharmonia interna é porque há algo ainda
pendente que temos que construir para superar e vencer essa dificuldade.
Não adiantaria vir à tona lembranças de erros que ainda não temos condições
de cuidar deles.
Existem muitos estudiosos que fazem exercícios de regressão de memória que podem
levar o incauto ao abismo, onde a perturbação comanda os sentimentos. Desde quando
a natureza escondeu, por lei do equilíbrio, os feitos longínquos, é porque tudo tem a hora
exata de manifestar-se por meios naturais e gradativos, apresentando-se como agente
de recuperação das criaturas.
Existem, igualmente, pessoas que estudam hipnotismo, e magnetismo, idealizando por
esses meios fazer alguém recordar o passado distante, às vezes por brincadeira de mau
gosto, e outros querendo criar métodos de cura de pessoas cheias de fobias de outros
desequilíbrios provindos do fundo d'alma. Esses mexem com fogo, esforçando-se para
entenderem que são terapias benfeitoras. O passado, para quem não compreende suas
reações, não deve ser tocado; é como que ativação de labaredas que podem destruir o
próprio presente, e fazer com que a alma sofra recordações desagradáveis, capazes de
levá-la ao caos.
A melhor terapia para esses enfermos é, pois, o Evangelho de Jesus, que se reflete
com fulgor na Doutrina dos Espíritos procurando educar a vida que se leva no presente,
porque a fração do consciente em atividade está de certa forma ligado à consciência
profunda, tendo o poder, quando bem estruturado, de dissolver as mazelas de depósitos
negativos acamados no subconsciente, aliviando todo o ser e preparando-o para novas
vidas em paz.
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Mexer com o fundo do lago interno, há milênios acomodando impurezas, é turvar toda
a água da vida. É melhor que as impurezas se transformem, pelos poderes do amor e da
caridade, em energias sublimadas. Querer recordar o passado é viver nele, é esquecer-
se do presente que nos chama, por vezes à realidade.
243 – Os Espíritos conhecem o futuro?
Isto depende ainda de sua perfeição; frequentemente, eles apenas o
entreveem, mas nem sempre têm a permissão de o revelar.
Quando o veem, parece-lhes presente.O Espírito vê o futuro mais claramente,
à medida que se aproxima de Deus. Depois da morte, a alma vê e abrange,
de um golpe de vista,suas migrações passadas,mas não pode vero que Deus
lhe reserva; para isso, é necessário que esteja integrada nele, depois de
muitas existências.
243.a) Os Espíritos que alcançaram a perfeição absoluta têm o
conhecimento completo do futuro?
Completo não é a palavra, porque só Deus é soberano senhor e ninguém o
pode igualar.
COMENTÁRIOS:
Existem muitas profecias; os profetas são inúmeros, em todas as religiões e
filosofias espiritualistas,no entanto, todos já conhecem a existênciados falsos
profetas. Eles são em quantidade inumerável.
Os Espíritos altamente evoluídos conhecem mais o futuro, e quando falam aos
encarnados sabem dosá-lo, são cautelosos nas suas predições, às vezes
falam por parábolas.
A verdade fora de hora destrói tanto quanto a mentira.
O conhecimento do futuro não faz bem a todas as criaturas por lhes faltar o
preparo para tal saber.
Para se ter uma visão completado futuro seria necessário que já existisse um
futuro pré-determinado para cada um de nós e não é assim. Há uma
programação a nível individual e no nível coletivo, mas nestas programações
estão apenas os nossos instrumentos de aprendizado, ou seja, as
circunstâncias que a vida nos trará. Como cada um vai reagir diante dessas
circunstâncias depende do livre arbítrio.
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244 – Os Espíritos veem a Deus?
Só os Espíritos superioreso veem e o compreendem;os Espíritos inferiores o
sentem e o adivinham.
244.a)Quando um Espírito inferior diz queDeuslhe proíbe ou lhe permite
uma coisa, como sabe que a ordem vem de Deus?
Ele não vê a Deus,mas sente a sua soberania e, quando uma coisanão deve
ser feita ou uma palavra não deve ser dita, ele pressente como por uma
intuição, uma advertência invisível que o proíbe de fazê-lo. Vós mesmos não
tendes pressentimentos,que são como uma advertência secreta, de fazer, ou
não, alguma coisa? Ocorre o mesmo para nós, somente que num grau
superior, porque como compreendes, sendo a essência dos Espíritos mais
sutil que a tua, eles podem melhor receber as advertências divinas.
244.b)A ordem é transmitida diretamente por Deus ou por intermédio de
outros Espíritos?
Ela não vem diretamente de Deus; para comunicar-se com ele é preciso ser
digno. Deus lhes transmite suas ordens pelos Espíritos mais elevados em
perfeição e em instrução.
COMENTÁRIOS:
Deus se faz presente em todos os lugares e Ele está presente em tudo, na
natureza, na nossa vida, na nossa consciência.
Deus é Onipresente. Esse é um dos atributos da Divindade.
Somente os Espíritos perfeitos têm o alcance espiritual de ver a Deus. Essa
visão não se compara à proporcionada pelos olhos do corpo físico. É uma
visão diferente, e as limitações da linguagem humana nos impedem de
explicá-la com clareza.
Os Espíritospuros veem Deus e recebem dEle uma missão maior de conduzir
comunidades planetárias, os sistemas, as galáxias.
Outros Espíritos contribuem na condução de comunidades menores, como
Ismael que administra o Brasil. E assim cada um de nós, conforme a nossa
condição evolutiva recebemos nossa missão nas tarefas do Pai. Todos nós
temos uma missão.
Os Espíritos que ainda não atingiram a superioridade na escala da perfeição
não veem a Deus, mas têm a intuição da Sua existência e a Seu respeito são
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esclarecidos pelos Espíritosmais elevados.Deus Se expressana criação pela
visibilidade dos Seus feitos.
Muitos dos falsos profetas encarnados que dizem, e mesmo escrevem, que
viram a Deus,que conversam com Ele face aface,estão iludindo a simesmos.
Eles veem Espíritos, que tomam por Deus.
Vera Deus é uma coisa,e sentir a Sua soberaniaé outra. A voz da consciência
sempre fala do Criador.
A visão de Deus não é para todos, mas o caminho é comum.
Essa caminhada que nos leva ao Pai é percorrida através de Jesus. É na
vivência do amor que vamos até Jesus.
Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.
(João 14:6)
Devemos percorrê-lo com segurança, de modo que a fé nos leve a essa
esperança, amando e servindo, perdoando e esquecendo faltas, trabalhando
por dever de servir mais.
245 – A visão dos Espíritos é circunscrita como nos seres corpóreos?
Não, ela reside neles.
COMENTÁRIOS:
Para nós encarnados, a visão se manifesta através dos nossos olhos. É por
eles que nós conseguimos ter a percepção visual do que está no nosso
entorno (relativo).
Para os Espíritos mais evoluídos isso ocorre de forma diferente.São capazes
de ver por todos os lados e até lugares distantes. Sua visão não está
circunscrita como a nossa.
Espíritos desencarnadosapegadosà matéria mantém todas as sensaçõesda
matéria, inclusive, a visão circunscrita aos próprios olhos.
A visão do Espírito reside em todo o seu ser, quando se trata de Espíritos
superiores. Em muitos dos que ainda alimentam paixões inferiores, a visão é
bem mais restrita que às criaturas encarnadas, quando não perdem esse dom
temporariamente.
246 – Os Espíritos têm necessidade da luz para ver?
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Veem por si mesmos, não têm necessidade da luz exterior; para eles não há
trevas, a não ser aquelas em que se encontram por expiação.
COMENTÁRIOS:
Depende da evolução do Espírito.
Espíritos que estão em um nível evolutivo mais elevado não necessitam dos
olhos para ver, daí não necessitarem da luz para ver.
Espíritos apegados à matéria tem as mesmas dificuldades que nós para
enxergar, às vezes até mais. Necessitamos do reflexo da luz nos objetos para
enxergarmos. Da mesma forma, os Espíritos que estão mais materializados,
daí a dificuldade para visualizar as coisas, pois uma grande parte deles se
encontra nos umbrais, onde há a escassez de luz. Eles lidam com muita
dificuldade no sentido da visão.
Espíritos superiores não dependem da luz, veem onde quer que esteja.
Conseguem enxergar por todos os pontos do seu corpo perispiritual. Essa
visão independe de luz. O Espírito vê além de uma parede, de um obstáculo
físico que esteja à frente. Eles têm uma percepção de tudo o que está no seu
entorno e além dos obstáculos que para nós impediria a visão.
247 – Os Espíritos têm necessidade de se transportarem para ver dois
lugares diferentes? Podem, por exemplo, ver simultaneamente os dois
hemisférios do globo?
Como o Espírito se transporta com a rapidez do pensamento, pode-se dizer
que vê tudo a uma só vez; seupensamento podeirradiare se dirigir, ao mesmo
tempo,sobre vários pontos diferentes.Estafaculdade dependede suapureza:
quanto menos puro ele for, mais sua visão é limitada; somente os Espíritos
superiores podem ter visão de conjunto.
Allan Kardec:
A faculdade de ver, nos Espíritos, é uma propriedade inerente à sua
natureza e que reside em todo o seu ser, como a luz reside em todas as
partes de um corpo luminoso.É uma espéciede lucidez universalque se
estende a tudo, envolve, a uma só vez, o espaço, o tempo e as coisas e
para a qualnão há trevas nem obstáculos materiais.Compreende-seque
deve ser assim; no homem a visão se realiza através do funcionamento
de um órgão impressionado pela luz, e sem luz ele fica na obscuridade.
No Espírito a faculdade de ver sendo um atributo próprio,abstração feita
de todo agente exterior, a visão é independente da luz (Veja-se:
Ubiquidade, nº 92).
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COMENTÁRIOS:
Os Espíritos superiores podem se transportar para qualquer lugar na
velocidade do pensamento.
Como o Espíritopodefazeresse deslocamento instantâneo,pode-sedizerque
ele consegue ver fatos ocorrendo nessesdois pontos ao mesmo tempo.Pode
estar aqui e acolá de forma instantânea. Pode se deslocar para diversos
pontos diferentes de forma instantânea e assim ter visão de fatos que estão
ocorrendo em todos esses lugares.
Isso não acontece com os Espíritos mais inferiores que tem muita dificuldade
para a sua locomoção e, principalmente, aqueles que se encontram nos
umbrais. Se deslocam de forma penosa, como nós.
Os Espíritos superiores não são privilegiados. São conquistas próprias que
todos nós também obteremos diante dos nossos esforços.
Para os Espíritos puros, desaparecem o tempo e espaço como, e certamente, deixam de existir distâncias
que, para nós outros, são obstáculos. O Espírito, de acordo com o seu crescimento espiritual, pode
comunicar-se em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo, por vários médiuns. Não tendo outra
expressão,podemosdizerque se expande ao infinito,emplenaconsciência.Elestêmo poderde ver tanto
de perto,quanto emdistânciasimensuráveis,comose acreditaser.É, pois,uma dilataçãodosseuspoderes
de visão.
248 – O Espírito vê as coisas tão distintamente como nós?
Mais distintamente, porque sua visão penetra aquilo que não podeis penetrar;
nada a obscurece.
COMENTÁRIOS:
A nossa visão enquanto encarnados depende da luz. Os objetos que vemos
refletem a luz que incidem sobre eles e essa luz sensibiliza os nossos olhos
para que possamos enxergar.
A nossa visão é limitada a ambientes que tem luz para que os objetos podem
refleti-lae sensibilizara nossavisão,mas também limita-se aos objetos porque
não podemos ver além dos objetos.
Qualquer obstáculo de ordem material impede que a nossa visão vá além
desse obstáculo.
Os Espíritos superiores, evoluídos não veem através da sensibilidade da luz.
A visão para o Espírito é um atributo seu. Não vê através de um órgão como
nós. Ele vê através de todo o seu corpo perispiritual, independe de luz.
32
Portanto, ele vê em qualquer ambiente que tenha ou não luz e também não se
limita a nenhum tipo de obstáculo físico.
Os Espíritos inferioresporestarem ligados àmatéria, têm suas limitações bem
parecidas com as nossas.
Cada um de acordo com o seu grau evolutivo.
Os Mensageiros – Cap. 14 e 49.
249 – O Espírito percebe os sons?
Sim, e percebe até mesmo o que os vossos sentidos obtusos não podem
perceber.
249.a) A faculdade de ouvir, como a de ver, está em todo o seu ser?
Todas as percepções são atributos do Espírito e fazem parte do seu ser.
Quando está revestido de um corpo material, elas não lhe chegam senão por
um canal de órgãos; mas no estado de liberdade,não estão mais localizadas.
COMENTÁRIOS:
Os Espíritos superiores,da mesmaforma que a visão, não percebem os sons
através de um órgão restrito como nós temos os ouvidos, mas percebem os
sons por todo o seu corpo perispiritual, assim como percebe a luz.
Essas percepções são atributos do ser espiritual. Não dependem de órgãos
específicos.
Eles têm a capacidade de selecionaro som que sejanecessário ouvir,isolando
aqueles que venham interferir naquilo que seja do seu interesse.
Os Espíritos apegados à matéria têm as mesmas dificuldades que nós
encarnados, as mesmas limitações. Estando mais materializados terão a
percepção dos sons pelos órgãos perispirituais.
250 – Sendo as percepções atributos do próprio Espírito,é possívelque
ele deixe de usá-las?
O Espírito só vê e ouve o que ele quiser. Isto de uma maneira geral e,
sobretudo, para os Espíritos elevados; os imperfeitos ouvem e veem
frequentemente, queiram ou não, aquilo que pode ser útil ao seu
adiantamento.
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COMENTÁRIOS:
Os Espíritos elevados tem os seus poderes dilatados no que se refere aos
seus dons.
Os Espíritossuperiores podem selecionaro que ele quer ouvir ou ver naquele
momento.Pode estarem ambientes com muito barulho,que ele tem condições
de focar somente naquilo que ele quer ou precisa ver e ouvir, isolando os
demais.
Podem ouvir sons que não ouvimos e ver além do que nós vimos. Pode ver
além da matéria e até o interior, a intimidade da matéria.
Os Mensageiros – Cap. 49
251 – Os Espíritos são sensíveis à música?
Quereis falar de vossa música? O que é ela diante da música celeste? Desta
harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma ideia? Uma é para a outra
o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos
vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música,
porque não são ainda capazes de compreenderoutra mais sublime.A música
tem para os Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades
sensitivas muito desenvolvidas.Refiro-me músicaceleste,que é tudo o que a
imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.
COMENTÁRIOS:
A músicano mundo espiritual possuiuma grande sublimidade que não dá para
comparar com as músicas que ouvimos aqui.
Na época de Kardec, a música que se ouvia era a música clássica, portanto,
a gente pode imaginar o que é a sublimidade da música no mundo espiritual.
Essa questão se refere aos altos níveis da espiritualidade maior.
A Leidivina buscao progresso em todas as coisas.Dessaformaestápresente
o belo.
Com relação aos sons,a música é a própriaharmonização da sonoridade para
os nossos ouvidos.
Espíritos mais inferioresestarão em sintonia com músicas no mesmo níveldas
nossas ou piores.
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As músicas potencializam as vibrações,influenciando as pessoas ougrupo de
pessoas.
Essas influencias podem ser tanto benéficas, quanto negativas.
Músicas agressivas ou com letras agressivas, que denigrem os valores terão
a mesma força influenciando para o lado negativo.
É importante selecionar e saber quais as músicas devemos ouvir.
Se estivermos em um ambiente em que a música que está tocando seja de
influência negativa, devemos entrarem prece para buscar outra sintonia e não
deixar influenciar pelo som expostos aos ouvidos. Temos que estar vigilantes
para termos a percepção da influência a fim de sintonizarmos com outro
padrão vibratório.
A música enquanto meio da harmonia divina nos traz grandes possibilidades
de luz, de aprendizado, de crescimento e de união.
- Os Mensageiros – Capítulos 31 e 32 (“Tocata e Fuga em Ré Menor”, de Bach)
252 – Os Espíritos são sensíveis às belezas da Natureza?
As belezas naturais dos diversos mundos são tão diferentes que se estálonge
de as conhecer.Sim, são sensíveis de acordo com a sua aptidão em apreciá-
las e compreendê-las. Para os Espíritos elevados, há belezas de conjunto
diante das quais desaparecem, por assim dizer, as belezas dos detalhes.
COMENTÁRIOS:
O belo é próprio da criação Divina.
Todos os mundos são dotadosde encantos peculiares àsua evolução, porque
diferentes são as humanidades neles estagiadas.
A natureza nos oferece a beleza tanto para a visão, para a audição, para o
sentimento, para as emoções quando a gente pode flagrar situações da
natureza que nos compele à elevação.
Muitas vezes buscamos o contato direto com a natureza para descontrair,
revigorar as nossas energias.
Além da beleza para a visão, a natureza vibra na energia do criador. Ela tem
a capacidade de renovar as nossas energias.
André Luiz nos esclarece em suas obras que os Espíritos buscam refazersuas
energias junto à natureza, normalmente em áreas verdes e próximos a água.
A beleza da natureza é muito maior do que a que nos concede a dádiva da
visão. Aprofunda em nossos sentimentos, nossas emoções, fornecendo
harmonia.
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Os Mensageiros – Capítulos 40 à 42.
253 – Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e os nossos
sofrimentos físicos?
Eles os conhecem, visto que os suportaram, mas não sentem materialmente
como vós, porque são Espíritos.
COMENTÁRIOS:
Temos que levar em conta que a Espiritualidade considera aqui os Espíritos
superiores que já passaram pelas inferioridades, pelos sentimentos mais
materializados pelo apego à matéria.
Os Espíritos desencarnados vibram conforme os seus interesses presentes
em seus corações.
Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. (Mt 6:21)
Espíritos desencarnados que já superaram as ligações com a matéria, que já
vibram na energia do amor ensinado por Jesus não passam por sofrimentos e
necessidades de ordem física.
Muitos de nós ao desencarnarmos continuamos apegados à matéria: os bens
materiais, o corpo, os vícios...
Quando se valoriza mais a matéria do que as questões espirituais certamente
o tesouro estarána matéria, daí sofre as necessidades do corpo físico,mesmo
após o desencarne,como as dores,a fome,as sensaçõesde frio ou calor, os
vícios, etc.
Em tudo se encontra a mente colhendo os resultados dos feitos da alma.
Para vencer as necessidades da matéria, só vivenciando o amor que Jesus
nos ensinou.
254 – Os Espíritos experimentam a fadiga e a necessidadede repouso?
Não podem sentir a fadiga tal como a entendeis e, por conseguinte, não têm
necessidade de vosso repouso corporal,pois eles não têm órgãos cujas forças
devam ser reparadas. O Espírito repousa no sentido de que não tem uma
atividade constante. Sua ação não é material, mas intelectual, e, seu repouso,
moral. Há momentos em que seu pensamento deixa de ser tão ativo e não se
fixa sobre um objeto determinado; é um verdadeiro repouso, mas que não
pode ser comparado ao repouso do corpo. A espécie de fadiga que os
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Espíritos podem experimentarestáem razão da sua inferioridade:quanto mais
sejam elevados, menos necessitam de repouso.
COMENTÁRIOS:
A evolução de cada Espírito determina os interesses expressos em seu
coração.
A fadiga se dá quando estamos envolvidos no magnetismo inferior, filho dos
próprios habitantes do planeta.
Os Espíritos ligados à matéria necessitam de repouso pois ainda trazem
consigo as sensações das necessidades do corpo material.
- André Luiz, em suas obras, nos relata casos de Espíritos que ainda presos
aos umbrais apresentam grandes necessidades de repouso devido à fadiga.
- Reuniões mediúnicas
Os Mensageiros – Capítulos 21 à 23.
255 – Quando um Espírito diz que sofre,quala naturezados sofrimentos
que experimenta?
Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente que os sofrimentos
físicos.
COMENTÁRIOS:
A harmonia interior de cada um de nós é conquistada com a vibração dos
sentimentos, dos pensamentos elevados na mesma faixa dos ensinamentos
de Jesus.
Por isso Jesus nos disse: Vigiai e orai.
Estejamos vigilantes com os sentimentos reservados em nossos corações e
com os pensamentos que exteriorizamos.
Sempre que nossos pensamentos ou sentimentos estiverem desacordo com
a harmonia, com o amor, busquemos o refúgio em oração. Basta entrar em
oração que nós estaremos vibrando na energia do amor divino.
Tudo que vibra em sentido contrário aos valores do amor divino causa
desarmonia com a vida, com a criação de Deus.
Quando vibramos em sintonia com os valores da criação, estaremos em
harmonia, em paz.
A escolha é de cada um, conforme o livre arbítrio.
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Em busca da própria evolução, vamos diminuir o próprio sofrimento na
conquista da felicidade que almejamos vibrar no amor de Deus.
Que possamos refrear todos os impulsos inferiores, fazendo e usando essa
energia para despertar qualidades superiores que se encontram dentro de
nós.
Quando o Espírito diz que está sofrendo, os sofrimentos não são físicos; são angústias
morais, bem piores do que os padecimentos terrenos. É nesse sentido que a Doutrina dos
Espíritos vem trabalhando junto aos encarnados, e por vezes com os fora da carne,
evitando as angústias morais para o futuro, que são piores.
A consciência registra, sem que a consciência ativa saiba, todos os atos da alma, como
que fotografando em todas as suas nuances, de modo que no momento certo, essas forças
negativas transbordam para a mente do Espírito, entregando-o às consequências que são
próprias do clima negativo das ações inferiores. É o que se chama de remorso, ou
regressão de memória.
256 – Por que,então,algunsEspíritos se queixam de sofrerfrio ou calor?
Lembrança do que padeceram durante a vida, tão penosa, algumas vezes,
como a realidade. Frequentemente, é uma comparação que fazem para
exprimirem melhor a sua situação. Quando se lembram do corpo,
experimentam uma espécie de impressão como quando se tira um capote e
se crê ainda vesti-lo algum tempo depois.
COMENTÁRIOS:
A realidade do Espírito encarnado ou desencarnado está na mente.
A dor é um comando mental que manifestamos quando estamos em risco.
Quando se desencarnajá não temos o corpo,mas o condicionamento mental
não desaparece instantaneamente. O Espírito mantém o condicionamento
mental. O que ele sente pode ter certa diferença na sensação com relação à
dor do corpo físico,mas há um desconforto que incomodada mesma formae
ele relata como sendo uma dor fruto do seu condicionamento.
Aquelas pessoas que vivenciaram os ensinamentos de Jesus, o amor ao
próximo, valorizando as coisas do bem, o trabalho, a fé não terá dificuldades
de desvincular das coisas materiais, do corpo físico.
Os Espíritos desencarnados que falam que estão sofrendo,têm frio e as vezes
calor, têm essas sensações em função do seu estado psicológico. Eles
relembram o passado, de quando estavam na carne, passando por
determinadas provas, e têm as mesmas sensações;a mente regride e busca
no passado as mesmas dores e padecimentos que lhes fizeram sofrer.
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6.4 – ENSAIO TEÓRICO SOBRE A SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS
257 – O corpo é o instrumento da dor e, se não é a sua causa primeira,
pelo menos é a causa imediata. A alma tem a percepção da dor, mas essa
percepção é um efeito.A lembrançaque delaconservapodesermuito penosa,
contudo, não pode ter ação física. Com efeito, nem o frio, nem o calor podem
desorganizar os tecidos da alma e esta não pode gelar-se nem queimar-se.
Não vemos, todos os dias, a lembrança ou a apreensão de um mal físico
produzir efeitos tão reais e ocasionar mesmo a morte? Todo o mundo sabe
que as pessoas amputadas sentem dor no membro que não existe mais.
Seguramente,não é nesse membro que está a sede ou o ponto de partida da
dor; apenas o cérebro conservoua impressão dador. Pode-se,pois, crer que
há alguma coisa de analogia com os sofrimentos doEspírito depois da morte.
Um estudo mais aprofundado do perispírito,que desempenhaum papelmuito
importante em todos os fenômenos espíritas, como as aparições vaporosas
ou tangíveis, o estado do Espírito no momento da morte, a ideia tão frequente
de que ainda está vivo, o quadro tão comovente dos suicidas,dos supliciados,
dos que se deixaram absorver nos prazeres materiais, e tantos outros fatos,
vieram fazer luz sobre essa questão e dar lugar às explicações que damos,
aqui, resumidas.
COMENTÁRIOS:
Nós somos Espíritos que enquanto encarnados estamos utilizando esse corpo
físico para manifestarmos aqui no planeta Terra.
A nossa realidade é a Espiritual.
Esta é apenas uma pequena passagem da vida imortal do Espírito.
Para manifestarmos aqui no planeta utilizamos de alguns instrumentos e um
deles é o períspirito, corpo de matéria quintessenciada. Corpo que o espírito
desencarnado usa para se manifestar entre nós.
Quando encarnados, utilizamos do corpo físico que nos fornece as limitações
para o nosso aprendizado e que são próprias da matéria. Então vem a dor, a
necessidade do alimento,do agasalho,nos impondo ao trabalho, às condições
que auxilia no nosso aprendizado e no nosso crescimento como Espírito.
Tanto o corpo Espiritual, quanto o corpo carnal (físico) são instrumentos que
a leidivina nos concedeparapromovero nosso crescimento morale espiritual.
O perispírito é o laço que une o Espírito à matéria do corpo,sendo tirado
do meio ambiente, do fluido universal; contém, ao mesmo tempo,eletricidade,
fluido magnético e, até certo ponto, a matéria inerte. Poder-se-iadizer que é a
quintessência da matéria, o princípio da vida orgânica, mas não da vida
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intelectual, porque esta está no Espírito. É, além disso, o agente das
sensações externas. No corpo, essas sensações estão localizadas pelos
órgãos que lhes servem de canais. Destruído o corpo, as sensações ficam
generalizadas.
COMENTÁRIOS:
Quando desencarnado o Espírito se manifesta através do períspirito, já não
tem os órgãos, já não sente dor nas moléstias que tinha quando encarnado,
mas sente certo desconforto devido ao condicionamento mental.
A dor é o alerta de que algo não está normal em nosso organismo.A dor é um
instrumento para a proteção do corpo material.
Quando o Espírito desencarna não sentirá mais dor, por exemplo,quando se
queima.
O Espírito com mente condicionada à dor, reclama de dor, de calor, de frio.
Eis porque o Espírito não diz que sofre mais da cabeça do que dos pés.
É preciso, de resto, não confundir as sensações do perispírito, que se tornou
independente, com as do corpo; não podemos tomar estas últimas como
análogas, mas apenas como termo de comparação. Liberto do corpo, o
Espírito pode sofrer, mas esse sofrimento não é corporal, embora não seja
exclusivamente moral como o remorso,uma vez que ele se queixa de frio e de
calor. Ele não sofre mais no inverno que no verão e o temos visto passar
através das chamas sem nada experimentar de penoso; a temperatura não
lhes causa, pois,nenhuma impressão.A dorque ele sente não é propriamente
uma dor física, mas um vago sentimento íntimo que o próprio Espírito nem
sempre entende, precisamente porque a dor não está localizada e não é
produzida por agentes externos: é mais uma lembrança que uma realidade,
porém,uma recordação também penosa.Há algumas vezes, entretanto, mais
que uma lembrança, como iremos ver.
COMENTÁRIOS:
A dor físicatem origem na mente que nos impulsiona ter uma defesano nosso
corpo quando está iminente um risco.
Quando o Espírito desencarnae a sua mente condicionadaa protegero corpo
produz a mesmaquestão da dor, ele sente aquele desconforto que pode não
ser igual a dor aqui no plano material, mas é igualmente penoso, por isso a
reclamação.
Não está localizado no corpo físico,tem certadiferençana formade sensação,
mas ainda assim é uma sensação penosa, difícil e que o Espírito só vai aos
poucos conseguindo se livrar.
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A experiência nos ensina que no momento da morte o perispírito se
liberta mais ou menos lentamente do corpo.Durante os primeiros instantes, o
Espírito não entende sua situação: não se crê morto porque se sente vivo; vê
seu corpo de um lado, sabe que é seu, mas não entende por que está
separado dele. Este estado perdura enquanto existe alguma ligação entre o
corpo e o perispírito.Um suicida nos disse:Não, não estou morto – e ajuntou
– entretanto,sinto os vermes que me roem.Ora, seguramente,os vermes não
roíam o perispírito, e muito menos o Espírito; roíam apenas o corpo.
Entretanto, como a separação do corpo e do perispírito não tinha se
completado,resultava uma espéciede repercussão moralque lhe transmitia a
sensação do que se passava no corpo. Repercussão pode não ser, talvez, a
palavra certa, pois faria supor um efeito muito material; era, antes, a visão do
que se passava no corpo, ligado ainda ao seu perispírito, que produzia nele
uma ilusão, a qual tomava por uma realidade. Assim,não era uma lembrança,
pois que,durante sua vida não havia sido roído pelos vermes;erao sentimento
de um fato atual. Vê-se, por aí, as deduções que se podem tirar dos fatos,
quando são observados atentamente.
COMENTÁRIOS:
Aqui Kardec trata de um caso específico, um suicida.
Pessoas que no decorrerda vida dá muito valor à matéria, como a fortuna, as
questões de poder, o corpo físico, numa condição de perturbação acaba se
suicidando, permanece ligada ao corpo, se recusando a abandonar o corpo.
O corpo sendo já corroído pelos microrganismos e aquele espírito ainda preso
ao corpo através do períspirito,começaa sentir as sensações que sentiria se
o corpo ainda tivesse vivo.
Isso acontece apenas quando estamos muito ligados às questões materiais.
Aquele que valoriza muito as questões materiais, irá ficar preso nos círculos
materiais. Mas aquele que tem uma vida mais espiritualizada, se esforçando
cotidianamente para aprender o amor ao próximo, como nos ensinou Jesus,
conseguindo certo desprendimento das questões materiais, ao desencarnar
não ficará preso ao corpo físico e não sentirá nada do que ocorre com o corpo
físico. Essa é a realidade da maioria de nós ao desencarnar.
Devemos valorizar o patrimônio espiritual, aquilo que vamos aprendendo nas
esferas moral e intelectual.
Durante a vida, o corpo recebe as impressões exteriores e as transmite
ao Espírito por intermédio do perispírito que constitui, provavelmente, o que
se chama de fluido nervoso.Morto o corpo,ele não sente mais nada, visto que
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não há mais nele Espírito,nem perispírito.O perispírito,desprendido do corpo,
experimenta sensação, mas como esta não lhe chega mais por um canal
limitado,é generalizada. Ora, como narealidade ele não é mais que um agente
de transmissão, pois é no Espírito que está a consciência, resulta disso que,
se pudesse existirum perispírito sem Espírito,ele não sentiria mais do que um
corpo morto. Da mesma forma, se o Espírito não tivesse o perispírito, seria
inacessível a toda a sensação penosa, como ocorre com os Espíritos
completamente purificados. Sabemos que, quanto mais eles se purificam,
mais a essência do perispírito se torna etérea, do que se segue que a
influência material diminui à medida que o Espírito progride, quer dizer, à
medida que o próprio perispírito se torna menos grosseiro.
COMENTÁRIOS:
A escolha é de cada um.
Conforme o nosso livre-arbítrio fazemos escolhas todos os dias, a todo
momento. Essas escolhas vão nos criando créditos ou débitos para nós
mesmos. E assim vamos construindo nossa história.
Se em nossas escolhas colocamos o amor ensinado por Jesus, vamos nos
tornando Espíritos melhores, menos materializados.
No entanto, se esquecemos o amor de Jesus, passamos a ser egoístas,
orgulhosos,ficamosparalisados nanossaevolução,mais apegados àmatéria,
sentindo a influência pesada da matéria.
Temos que fazer bem as nossas escolhas para conquistar a felicidade
almejada.
Mas, dir-se-á, as sensaçõesagradáveis são transmitidas ao Espírito pelo
perispírito, da mesma forma que as sensações desagradáveis; ora, se o
Espírito puro é inacessível a umas, deve ser igualmente a outras. Sim, sem
dúvida, para aquelas que provêm unicamente da influência da matéria que
conhecemos: o som dos nossos instrumentos, o perfume de nossas flores,
nenhuma impressão lhe causa. Entretanto, ele experimenta sensações
íntimas, de um encanto indefinível que nem podemos imaginar, pois a esse
respeito somos como cegos de nascença em relação à luz: sabemos que ela
existe, mas por que meio? Aí se detém a nossa ciência.
Sabemos que existe percepção, sensação, audição, visão; que essas
faculdades são atributos de todo o ser, e não, como no homem, de uma parte
do ser; mas, ainda uma vez, porque intermediário? É o que não sabemos.Os
próprios Espíritos não podem nos dar conta, visto que nossa linguagem não
está em condiçõesde exprimir as ideias que não temos,da mesmaforma que
a língua dos selvagens não tem termos para exprimir nossas artes, nossas
ciências e nossas doutrinas filosóficas.
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COMENTÁRIOS:
Assim como ainda não conseguimos explicar aos seres menos evoluídos as
questões daintelectualidade, nós não conseguimosainda apreendersomente
pela articulação da palavra as questões da vida espiritual mais elevada. Não
temos ainda condições de ter essa compreensão.
Os Espíritos superiores nos dão assistência. Se não sentem a dor física,
sentem a dor moral porque quando desviamos do caminho, apesar do esforço
da parte deles,eles acabam sentindo porque nos amam. Sentem também as
boas sensações morais.
Dizendo que os Espíritos são inacessíveis às impressões da nossa
matéria, queremos falar dos Espíritos muito elevados, cujo envoltório etéreo
não encontra analogia em nosso mundo. O mesmo não ocorre com os de
perispírito mais denso, que percebem os nossos sons e os nossos odores,
embora não o façam por uma parte da sua individualidade, como quando em
vida. Poder-se-ia dizer que as vibrações moleculares se fazem sentir em todo
o ser e chegam, assim, ao seu sensorium commune, que é o próprio Espírito,
embora de um modo diferente, e pode ser também com uma impressão
diferente,o que produz uma modificação na percepção.Eles ouvem o som da
nossa voz, entretanto, nos compreendem sem o auxílio da palavra, apenas
pela transmissão do pensamento.Isso vem em apoio ao que dissemos:essa
penetração é tanto mais fácil quanto mais o Espírito está desmaterializado.
Quanto à visão, ela independe da nossa luz. A faculdade de ver é um atributo
essencial da nossa alma; para ela não há obscuridade, e apresenta-se mais
extensa, mais penetrante para os que estão mais purificados. A alma, ou o
Espírito,tem pois, em si mesmo,a faculdade de todas as percepções;na vida
corpórea elas são limitadas pela grosseria de seus órgãos, contudo, na vida
extracorpóreao são cada vez menos à medida que se torna menos compacto
o envoltório semimaterial.
COMENTÁRIOS:
O Espírito mais evoluído pode em um ambiente com muito barulho consegue
selecionar somente aquilo que aprouve-lhe ouvir, porque não precisa ouvir
pela sensibilidade material, mas pelo pensamento que nós exteriorizamos.
Da mesmaforma para ver, não precisada claridade da luz. É capaz de ver na
total escuridão porque o efeito para ver não é o efeito da luz, mas outra forma
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de se obter a visão, não necessitando dos órgãos dos olhos como nós
encarnados.
As sensações ocorrem por todo o seu ser e não circunscritas em seus
respectivos órgãos como em nós.
Esse envoltório, tirado do meio ambiente, varia de acordo com a
natureza dos mundos.Passando de um mundo a outro, os Espíritos trocam de
envoltório como trocamos de roupaao passarmos do inverno para o verão, ou
do polo para o equador. Os Espíritos mais elevados,quando nos vêm visitar,
revestem-se do perispírito terrestre e, então, suas percepções operam como
nos Espíritos vulgares; mas todos, inferiores como superiores, não ouvem e
não sentem mais do que aquilo que querem ouvir ou sentir. Sem possuírem
órgãos sensitivos,podem tornar, à vontade, ativas ou nulas suas percepções;
só uma coisa são forçados a ouvir: os conselhos dos bons Espíritos. A visão
é sempre ativa, mas eles podem, reciprocamente, tornarem-se invisíveis uns
aos outros. Segundo a categoria que ocupem,podem ocultar-se dos que lhes
são inferiores, mas não o podem dos que lhes são superiores. Nos primeiros
momentos que se seguem à morte, a visão do Espírito é sempre perturbadae
confusa e se aclara à medida que se desprende e pode adquirir a mesma
clareza que durante a vida, independentemente da sua penetração através
dos corpos que nos são opacos.Quanto à sua extensão pelo espaço infinito,
no futuro e no passado, depende do grau de pureza e elevação do Espírito.
COMENTÁRIOS:
O períspirito, corpo em que o Espírito desencarnado se manifesta no mundo
espiritual, é um instrumento de aprendizado e a sua formação é adequada às
condições materiais do globo em nos manifestamos.
Se estamos aqui na Terra, o nosso períspirito é formado de uma matéria
quintessenciada condizente com a vida aqui na Terra e o mesmo ocorre com
o nosso corpo físico que é constituído de matéria relativa à Terra.
Mas se o Espírito vaipara outro planeta vivenciar porlá, ele terá que se revestir
de um corpo de matéria quintessenciada condizente ao planeta de destino.
No momento do desencarne,o serpassaporum processo de perturbaçãoque
pode ser mais ou menos duradoura, de acordo com o grau de evolução do
Espírito.
Todaesta teoria, dir-se-á, não é nada tranquilizadora. Pensávamos que,
uma vez desembaraçados do nosso envoltório grosseiro, instrumento das
nossas dores,não sofreríamos mais e nos informais que ainda sofreremos e,
seja de uma maneira ou de outra, é sempre sofrer. Ah! Sim, podemos ainda
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sofrer muito e por muito tempo, mas, podemos também não mais sofrer,
mesmo desde o instante em que deixamos a vida corpórea.
Os sofrimentos deste mundo, algumas vezes, independem de nós, mas
muitos são consequências da nossa vontade. Remontando à origem, ver-se-
á que, em sua maior parte, resultam de causas que poderíamos evitar.
Quantos males e enfermidades deve o homem aos seus excessos, à sua
ambição, às suas paixões? O homem que tivesse vivido sempre sobriamente,
sem abusar de nada, com simplicidade de gostos,modestoem seus desejos,
se pouparia de muitas tribulações. Ocorre o mesmo com o Espírito; os
sofrimentos que enfrenta são consequência da maneira que viveu sobre a
Terra. Sem dúvida, não terá mais a gota e o reumatismo, mas terá outros
sofrimentos que não são menores.Vimos que esses sofrimentos resultam dos
laços que ainda existem entre o Espírito e a matéria e que quanto mais se
liberta da influência da matéria, quanto mais se desmaterializa, sofre menos
as sensações penosas.Ora, depende dele libertar-se dessainfluência desde
a vida atual; tem o seu livre- arbítrio e, por conseguinte, a faculdade de
escolherentre fazer e não fazer. Dome ele as suas paixões animais, não sinta
ódio,nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo orgulho
e purifique a sua alma pelos bons sentimentos,que faça o bem e dê às coisas
deste mundo a importância que elas merecem, então, mesmo estando
encarnado, já estará depurado, liberto da matéria, e quando deixar seu corpo
não mais lhe suportará a influência. Nenhuma recordação dolorosa,nenhuma
impressão desagradável lhe restará dos sofrimentosfísicosque experimentou,
porque elas afetaram o corpo e não o Espírito. Sentir -se -á feliz de ter se
libertado delas e a calma de sua consciência o isentará de todo o sofrimento
moral. Interrogamos milhares de Espíritos, que pertenceram a todas as
categorias da sociedade terrena, a todas as posições sociais; estudamo-los
em todos os períodos da sua vida espírita, a partir do momento em que
deixaram o corpo; seguimo-los, passo a passo, nessa vida de além-túmulo,
para observar as mudanças que neles se operavam, em ideias, em suas
sensações e, sob esse aspecto, os homens mais vulgares não foram os que
nos forneceram materiais de estudo menos preciosos. Ora, constatamos
sempre que os sofrimentostinham relação com a conduta, da qual suportavam
as consequências, e que essa nova existência era a fonte de uma felicidade
inefável para os que seguiram o bom caminho. Segue-se daí que os que
sofrem, sofrem porque quiseram e só de si mesmos podem queixar-se, tanto
neste como no outro mundo.
COMENTÁRIOS:
Lei do livre-arbítrio e lei de causa e efeito – duas grandes leis.
Temos liberdade de fazer as nossas escolhas. O que fazer da minha vida,
como viver,como encararas questões materiais,as questõesespirituais,amar
ao próximo ou não, etc.
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Tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém.
Nos é lícito porque pela lei de livre-arbítrio nós podemos fazer as nossas
escolhas e elas nos são respeitadas.Contudo, nem tudo nos convém, devido
à lei de causa e efeito.
Nós haveremos de colheros frutos daquilo que plantamos. Se plantamos boas
sementes seremosfelizes porque vamos colheros bons frutos que plantamos,
mas se vivemos na violência, no ódio,no desamor,certamente enfrentaremos
dificuldades no futuro. Toda dor que hoje se manifesta, tem origem na nossa
própria conduta.
Se conseguirmos analisar a razão da dor que hoje sentimos é porque são
causas atuais das aflições. Mas às vezes não conseguimos localizar a razão
desta dor, daí a causa está lá numa vida anterior e hoje estamos pagando o
débito daquilo que fizemos de mal.
Vamos vivenciar e praticar o amor que Jesus nos ensinou.
O Espírito, quando reencarna, é ligado ao corpo por fios tenuíssimos em vários centros de
força, refletores de outros centros da alma, no domínio de todas as células do campo
somático. Quando o corpo físico começa a desagregar-se por desleixo da alma que não
cuidou da sua vestimenta, ou por processos ligados ao passado, ou por leis de mudanças
necessárias, não é ele que sofre as impressões dolorosas; é o Espírito, por sua alta
sensibilidade, que capta essas impressões, pelas linhas que o prendem à argamassa física.
Com o conhecimento que agora se tem, trazido à luz pelo ensaio teórico do Codificador e
com todas as experiências adquiridas ao longo do tempo, deve-se passar à vivência dos
ensinos de Jesus, conhecendo a verdade que oferecerá a coroa de luz, marcando assim a
sua dignidade como cidadão livre no campo da vida espiritual.
Lembremo-nos bem: onde estarão os nossos pensamentos?
Onde os nossos sentimentos estão ligados?
Eis ai nosso tesouro! Vejamos, atentemos se é o que o Cristo deseja de nós!
47
6.5 – ESCOLHA DAS PROVAS
- Maturidade espiritual
- Progressivamente vamos assumindo responsabilidades sobre o nosso
próprio plano evolutivo. Quanto mais amadurecidos estivermos, melhores
escolhas faremos. Quanto mais conhecimento das leis que regem a vida e o
Universo faremos melhores escolhas.
- Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem. Eles (nós) não
amadureceram e nem tem conhecimento suficiente para fazer as escolhas
certas.
- Nós estamos aquinesse caminho de amadurecimento e de aprendizado para
fazermos boas escolhas hoje para termos uma vida melhor no futuro. Hoje
estamos vivenciando as consequências das escolhas realizadas no passado
e, também na atualidade.
258 – Quando noestado errantee antes de se reencarnar,o Espírito tem
a consciência e a previsão das coisasque lhe sucederãodurantea vida?
Ele próprio escolhe o gênero de provas que quer suportar e é nisso que
consiste o seu livre-arbítrio.
258.a) Não é Deus que lhe impõe, então, as tribulações da vida como
castigo?
Nada ocorre sem a permissão de Deus, pois é Ele quem estabelece todas as
leis que regem o Universo. Perguntai, então, por que fez tal lei ao invés de
outra. Dando ao Espírito a liberdade de escolha, deixa-lhe toda a
responsabilidade de seus atos e suas consequências, de maneira que nada
entrava o seu futuro; o caminho do bem, como o do mal, lhe está aberto. Se
sucumbe,resta-lhe a consolação de que nem tudo se acabou para ele; Deus,
na sua bondade, lhe dá a oportunidade de recomeçar o que foi mal feito. É
necessário, aliás, distinguir o que é obra da vontade de Deus do que é da
vontade do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós que criastes,
mas Deus; contudo, pela própria vontade, a ele vos expondes porque vedes
um meio de adiantar-vos e Deus o permitiu.
COMENTÁRIOS:
Quando desencarnamos não há um tribunal para sentenciaro que produzimos
aqui na Terra.
A Lei Divina está na consciênciade cada um de nós. É ela que vai nos julgar.
Nós somos os julgadores de nós mesmos.
48
Na construção da nossa história há duas principais Leis que direcionam o
nosso caminho:
- A lei do livre-arbítrio que autoriza a fazermos as nossas escolhas. Antes de
reencarnar é realizada uma programação para a nova existência. André Luiz
nos esclarece que quando candidatamos à reencarnação, somos recebidos
em um departamento específico para preparar essa reencarnação. Lá vamos
avaliar as nossas necessidades de aprendizagem,quais os débitos aresgatar,
quais foram os equívocos do passado em nossas diversas reencarnações
anteriores. Se já temos a consciência para resgatar.
Dessa forma antes de iniciar uma nova reencarnação é necessário elaborar
um projeto com as coisas mais relevantes, mais genéricas,como,qual é o lar
que irá receber, quem será a mãe, o pai, os irmãos, qual será a profissão, a
condição social.
Dentro dessa escolha, conforme o livre-arbítrio há a preparação no mundo
Espiritual. Fazer cursos,estágios,se preparando paraos resgates dos débitos
e para aquisição de novas experiências de acordo com as limitações. Com
relação aos débitos,não são todos,mas aqueles que já se consegue aprender
através das dificuldades que se passará.
O aprendizado, seja qual for, consiste no amor, porque só no amor que se
consegue a evolução.
Deus só dá o frio conforme o cobertor.
Nós escolhemos as provas, nos preparamos para elas, então estamos aptos
a passar pelas diversas circunstâncias aqui enquanto encarnados.
- A lei de causa e efeito que fornece as consequências de tudo o que se faz.
TIPOS DE ENCARNAÇÃO
Há quatro tipos de reencarnação, que vão de acordo com o grau de adiantamento do
espírito. São eles:
- Reencarnação Compulsória:
Este tipo de reencarnação é destinada a espíritos que não tem capacidade de fazer as suas
próprias escolhas, devido ao seu adiantamento evolutivo atrasado ou por faltas graves que
impedem a liberdade de escolha. O espírito é acolhido sem prévia concordância e até sem
o seu conhecimento. E também, a reencarnação compulsória é imposta pela Lei de Deus
nos casos que exige longas expiações. Neste, tudo acontece naturalmente, de uma forma
automática; este processo acontece de tal maneira: os espíritos inferiores com ideias fixas,
entram em grande associação com o útero, que tem circunstâncias adequadas para a sua
nova reencarnação, em moldes totalmente dependentes da hereditariedade. Mas até
mesmo nesses casos os espíritos superiores responsáveis pelo destino do planeta Terra
supervisionam à distância essas entidades reencarnantes; ou seja, nenhuma existência
está abandonada, a ajuda carinhosa de Deus está sempre presente, os espíritos
supervisores dos renascimentos na Terra, tem conhecimento de todas as reencarnações
automáticas/compulsória, que é o maior número no nosso planeta.
- Reencarnação Acidental:
Vida espiritual após a morte
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Vida espiritual após a morte

  • 1. 1 LIVRO SEGUNDO: DO MUNDO ESPÍRITA OU MUNDO DOS ESPÍRITOS CAPÍTULO VI: VIDA ESPÍRITA 6.1 – ESPÍRITOS ERRANTES 6.2 – MUNDOS TRANSITÓRIOS 6.3 – PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS 6.4 – ENSAIO TEÓRICO SOBRE A SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS 6.5 – ESCOLHA DAS PROVAS 6.6 – RELAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO 6.7 – RELAÇÕES SIMPÁTICAS E ANTIPÁTICAS DOS ESPÍRITOS. METADES ETERNAS 6.8 – LEMBRANÇAS DA EXISTÊNCIA CORPORAL 6.9 – COMEMORAÇÃO DOS MORTOS – FUNERAIS SLIDES: https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/261-espiritos-errantes https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/262-mundos-transitorios https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/263-percepcoes-sensacoes-e- sofrimentos-dos-espiritos https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/264-ensaio-teorico-sobre-a- sensacao-nos-epiritos https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/escolha-das-provas-238654197 https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/266-relacoes-de-alemtumulo https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/267-relacoes-simpaticas-e- antipaticas-dos-espiritos https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/268-lembrancas-da-existencia- corporal https://pt2.slideshare.net/MartaMiranda6/269-comemoracao-dos-mortos- funerais
  • 2. 2 6.1 – ESPÍRITOS ERRANTES COMENTÁRIOS: Qual o significado de errante? − Allan Kardec cunhou a expressão Espíritos errantes. − Em francês errant = errante, que vagueia. − Na Língua Portuguesa, tem diferentes significados, por exemplo, o de pessoa nômade ou a que não tem residência fixa. − Para o Espiritismo,serve para designar o Espírito que ainda necessita passar por muitas reencarnações até que atinja o estágio de ser espiritual evoluído, característico do Espírito Puro. Para onde vai o Espírito após a morte do corpo físico? Após a morte do corpo físico,o Espírito retornaao mundo espiritual onde passa a viver e a se preparar para nova reencarnação. Inicia-se, então, uma nova fase da vida em outro plano vibratório. O perispírito, agora liberto do corpo físico, revela com mais intensidade suas propriedadesplásticas e sutis que, sob o comando do pensamento e da vontade, implementam as necessárias transformações, úteis à adaptação no plano espiritual. Erraticidade: Podemos defini-la como sendo o estado dos Espíritos errantes, isto é, não encarnados,durante os intervalos de suas diversas existências corpóreas. Erraticidade é o nome que adotamos para indicar o tempo que o Espírito, terminada uma experiência encarnatória, aguarda para reencarnar-se de novo. Significa período de tempo entre uma existência que terminou e outra que se estará iniciando. O Espírito, durante esse tempo, não está à toa. Ele está vivendo sua vida normal de espírito. Está estudando, preparando-se, aprendendo, convivendo com outros Espíritos enquanto a hora do novo mergulho na carne não chega. Todos os Espíritos sujeitos a novas reencarnações aguardam-nas na chamada erraticidade. Erraticidade é, portanto, tempo de espera. Seria a “fila da reencarnação”. E é uma senhora fila. Sobretudo hoje, quando os casais se recusam, insistentemente, a dar acolhida aos filhos que querem nascer.
  • 3. 3 A erraticidade mesmo sendo muito longa, nunca é perpétua. Após determinado período, o Espírito voltará a uma existência apropriada a seu aprendizado e aperfeiçoamento. 223 – A alma se reencarnaimediatamente apóster se separado do corpo? Algumas vezes reencarna imediatamente; porém, com mais frequência, depois de intervalos mais ou menos longos. Nos mundos superiores, a reencarnação é, quase sempre, imediata; a matéria corporal sendo menos grosseira,o Espírito encarnado gozaaí de quase todas as suas faculdades de Espírito; seu estado normal é o dos vossos sonâmbulos lúcidos. COMENTÁRIOS: Não há uma regra geral para a reencarnação dos Espíritos. Cada caso é um caso. Há aqueles que necessitam reencarnar imediatamente. Há aqueles que precisam de um tempo maior e vai demorar para reencarnar. Cada um conforme suas necessidades. Tudo é feito na forma que melhor atender as necessidades do Espírito reencarnante. Há o período de perturbação após o desencarne (horas, dias, semanas, meses). Depende do nível evolutivo e do equilíbrio do desencarnante. Enquanto estamos no mundo espiritual – na erraticidade – nós aprendemos, lá nós estudamos, trabalhamos, evoluímos também. Após o período de uma reencarnação, é necessário um momento para reestabelecermos, para refletirmos sobre os erros cometidos, sedimentar o aprendizado obtido naquela reencarnação e programarmos a próxima reencarnação que para isso deve haver o preparo através de estudos, análises, cursos, observações, tarefas a desempenhar. A vida não para enquanto estamos desencarnados. Ela continua muito mais fluente. Nos mundos superiores não há muita diferença em estar encarnado ou desencarnado. A matéria é menos grosseira. Se queremos uma reencarnação melhor no futuro, não desprezemos as mudanças, os consertos morais, e para tanto procuremos Jesus; Seus preceitos são eternos e vibram na eternidade da vida, sendo caminhos que nos mostram a felicidade e como conquistá-la. Coleção A Vida no Mundo Espiritual – Chico Xavier / André Luiz
  • 4. 4 André Luiz não é o único repórter do mundo espiritual. Inúmeros outros Espíritos, aqui no Brasil e no exterior, já nos deram seguros e universais esclarecimentos sobre a vida espiritual; seus sistemas de administração, educação, saúde, segurança, disciplina, remuneração e várias outras informações. - Espírito Ângelo Inácio (repórter do Além) – Médium Robson Pinheiro - Espírito Lúcius – Médiuns Zíbia Gasparetto, André Luiz Ruiz - Espírito Patrícia – Médium Vera Lúcia 224 – Que se torna a alma nos intervalos das encarnações? Espírito errante que aspira a seu novo destino; ele espera. 224.a) Qual pode ser a duração desses intervalos? De algumas horas a alguns milhares de séculos. De resto, não há, propriamente falando, limite extremo assinalado para o estado errante, que pode prolongar-se por muito tempo, mas que, entretanto, não é jamais perpétuo. O Espírito encontra sempre, cedo ou tarde, oportunidade de recomeçar uma existência que sirva à purificação das anteriores. 224.b)Essa duraçãoestá subordinadaà vontadedo Espírito ou pode lhe ser imposta como expiação? É uma consequênciado livre-arbítrio. Os Espíritos sabem perfeitamente o que fazem, porém, para alguns é também uma punição imposta por Deus. Outros pedem para que ela seja prolongada, a fim de continuarem estudos que não podem ser feitos com proveito, senão no estado de Espírito. COMENTÁRIOS: Todos nós somos Espíritos e a nossa individualidade continua sendo aqui na Terra, no Mundo Espiritual ou reencarnado em outro orbe. Somos o que somos,o que construímos a nossa história. O tempo aqui ou lá na erraticidade depende da nossa necessidade de aprendizado. É necessário que tenhamos experiências na matéria porque a matéria nos impões limitações. Temos que trabalhar para conseguir o alimento, o vestuário, o abrigo, a manutenção da saúde e outras necessidades na construção de um mundo melhor. Esse trabalho impõe ao Espírito o
  • 5. 5 desenvolvimento da inteligência, a melhoria na convivência, aprimorando a evolução. No mundo espiritual também trabalhamos e estudamos, mas não temos as limitações da matéria. Reencarnação voluntária – Opção do próprio Espírito – depende da consciência do Espírito que deve reencarnar. Ele mesmo apura as suas necessidades, promovendo juntamente com os mentores uma programação de vida avaliando as suas necessidades de aprendizado, de ajustes e de desenvolvimento no processo evolutivo. Se prepara no mundo espiritual, através de cursos,de trabalhos que enriqueçaessaprogramação.É destinada à grande maioria dos Espíritos, basta que tenha um mínimo de consciência para fazer as suas escolhas para promover a sua evolução. Reencarnação compulsória – Imposta ao Espírito – Espíritos que ainda estão em uma fase bem infantil, que estão empenhados no mal, com aquela ideia fixa de prejudicar o próximo, de lutar contra o bem. A esses Espíritos quase sempre é fornecida uma reencarnação compulsória porque não estão em condições de fazer as próprias escolhas.De escolher reencarnar ou não. Ou de escolher em opção irá reencarnar, que situações irá vivenciar. A programação é feita pelos mentores espirituais que normalmente programam uma vida mais simples, que proporcione o seu crescimento junto ao grupo familiar em que vive. Exemplos de Espíritos que reencarnaram logo após o seu desencarne. - Júlio – Entre a Terra e o Céu - Marita e Cláudio retornam como filhos do casal Marina e Gilberto.Marina era irmã de Marita. Cláudio era pai de Marina, com Márcia e era pai de Marita, com Araceles.Gilbertofoinamorado de Marita e Marina. Cláudio tentou abusar sexualmente de Marita antes de saber que era seu pai. Exemplos de Espíritos que já se encontram há séculos no mundo espiritual cumprindo tarefas de aprendizado, de crescimento através do auxílio. - “Alguns podem gastar mil anos para a descida à carne, com missão divina de instruir e dar exemplo de amor para a humanidade, como no caso de Francisco de Assis” (Miramez) - Asclépios - Obreiros da Vida Eterna – Capítulo 03
  • 6. 6 225 – A erraticidade, por si mesma, é um sinal de inferioridade nos Espíritos? Não, pois há Espíritos errantes de todos os graus. Já dissemos que a encarnação é um estado transitório; no seu estado normal o Espírito está liberto da matéria. COMENTÁRIOS: O termo “Erraticidade” é o mesmo que “Mundo Espiritual”. Erraticidade – é a condição do Espírito entre uma reencarnação e outra. Se está no processo reencarnatório é porque ainda não é Espírito puro. Não há evolução sem estarimerso no corpo físico.A vivência das experiências no corpo físico faz com que o Espírito aprenda e evolui. No mundo espiritual há os umbrais, mas também há as Colônias Espirituais. Na Casa do Pai há muitas moradas. Da mesmaforma que no mundo material há mundos mais evoluídos e menos evoluídos, há colônias espirituais cuja felicidade não temos atualmente condições de compreender. Espíritos evoluídos – estão acima de nós (em conhecimento, moral e sabedoria) mas abaixo dos Espíritos Puros. O fato de estar no mundo espiritual não quer dizer que o Espírito esteja mais ou menos evoluído. A erraticidade está também entre nós, pois convivemos com o mundo espiritual, em qualquer lugar que estivermos haverá Espíritos convivendo conosco A erraticidade não caracteriza o estado dos Espíritos inferiores. Nela se encontram diversas colônias espirituais, postos avançados de socorro, para receber e instruir todos os Espíritos recém-vindos da matéria; aqueles mais endurecidos acomodar-se-ão em lugares compatíveis com os seus sentimentos sem, entretanto, ficarem órfãos da bondade do Criador, pois sempre receberão, por misericórdia, a visita dos benfeitores da verdade e do bem comum. Aqui encarnados estamos fora de casa, estagiando, praticando a aprendizagem teórica. Nosso verdadeiro mundo é o mundo espiritual.
  • 7. 7 226 – Pode-se dizer que todos os Espíritos, que não estão encarnados, são errantes? Os que devem se reencarnar, sim, mas os Espíritos puros,que alcançaram a perfeição, não são errantes: seu estado é definitivo. Allan Kardec: Com relação às qualidadesíntimas,os Espíritossão dediferentes ordens ou graus, que percorrem sucessivamente, à medida que se depuram. Quanto ao estado, podem ser: encarnados, quer dizer, unidos a um corpo; errantes, isto é, livres do corpo material e esperando uma nova encarnação para se melhorarem; Espíritos puros,perfeitos,e não tendo mais necessidade de encarnação. COMENTÁRIOS: No tocante às qualidades íntimas, os Espíritos são de diferentes ordens ou graus, pelos quais vão passando sucessivamente,à medidaque se purificam. Quanto as qualidades íntimas, os espíritossão de diferentes ordens ougraus, que vão se sucedendo àmedidaque evoluem.Com relação ao estado em que se encontram, podem ser assim considerados: • Espíritos Encarnados - Encontram-se ligados a um corpo físico; • Espíritos Errantes - Encontram-se desligados do corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem. • Espírito Puros - Não necessitam mais de reencarnações. (somente quando em missão). Esses termos são apenas didáticos para que possamos compreender. Todos nós temos a mesma essência: Somos Espíritos criados por Deus, simples e ignorantes. Começamos a caminhada e temos comoobjetivo finalaconquistada felicidade.Todossomos Espíritos, uns mais no início da caminhada, outros mais avançados. A maturidade é obra do tempo, os valores internos vão sendo despertados gradativamente. Errante é o Espírito que nesse momento está desencarnado, mas que está aguardando uma oportunidade para reencarnar. Esse aguardar é em ação: trabalho, estudo, auxílio. Ninguém fica parado, ocioso. A não ser que pelo livre-arbítrio não queira estar em ação. O livre- arbítrio existe tanto aqui, quanto lá.
  • 8. 8 Os Espíritos Puros não precisam mais reencarnar, porém continuam progredindo. Toda a criação do Pai caminha rumo ao progresso infinito. Ex: Jesus encarnou para nos beneficiar,nos auxiliar, nos ensinar por meio das palavras e da prática, ou seja, cumprir a missão libertadora da humanidade. 227 – De que maneira os Espíritos errantes se instruem? Sem dúvida, eles não o fazem do mesmo modo que nós? Estudam o seu passado e procuram os meios para se elevarem. Veem, observam o que se passa nos lugares que percorrem;ouvem as palavras dos homens mais esclarecidose os avisos dos Espíritos mais elevados,e isso lhes dá ideias que não tinham. COMENTÁRIOS: Os livros da coleção A vida no mundo espiritual deixam claro as tarefas no mundo espiritual. São várias as histórias que André Luiz relata. A Terraé uma cópiapálida do Mundo Espiritual. Lá é o mundo real. Látambém há trabalho, há estudo, escolas, faculdades, estágios. Eles se instruem na vida espiritual em cursos intensivos e no próprio trabalho em colônias espirituais, bem como junto aos homens instruídos da Terra. Assistem muitos congressos dos seres humanos, anotam coisas e se interessam por todas as inovações que se fazem no planeta. André Luiz relata a sua vida em Nosso Larnos mostrando de formaclara como é a vida e como a vida no mundo espiritual nos proporcionaa continuidade de crescimento, de aprendizado, de oportunidades de evolução. Não há dúvida que em todos os lugares há a oportunidade de crescimento,de trabalho e de estudo, de evolução. Ex: André Luiz – como ele foi descrito em “Nosso Lar” e depois como ele estava no último livro “E a vida continua”. O quanto ele aprendeu e está aprendendo na erraticidade. Há as oportunidades para aqueles que optam por trabalhar. Lá também há a lei do livre arbítrio. Mas há Espíritos errantes, sem a maturidade devida, que não se interessam pelo progresso e, pela sintonia, se acham ligados a almas da mesma índole, onde escapa o interesse de servir e de aprender. Tem muitos que não avançam na erraticidade e nem como encarnados. Quem se encontra na Terra, movendo-se em um corpo de carne, que agradeça a Deus pela oportunidade valiosa, e faça tudo para compreender
  • 9. 9 as leis que regem o campo fisiológico, conservando-o com saúde e bem- estar. Quando mais tempo viver no campo da carne, mais possibilidades terá o Espírito de aprendizado. 228 – Os Espíritos conservam algumas das paixões humanas? Os Espíritoselevados,perdendo seuenvoltório físico,deixam as más paixões e só guardam as do bem;quanto aos Espíritos inferiores, conservam-nas,pois, de outra forma, seriam da primeira ordem. COMENTÁRIOS: Quando nós desencarnamos, continuamos a ser nós mesmos, com os mesmos sentimentos, as mesmas preferências, os mesmos conhecimentos, as mesmas emoções. Vencer as más paixões é objetivo do Espírito, ser imortal, criado por Deus. Estar reencarnado é uma etapa para a conquista desse objetivo. Tanto aqui, quanto no mundo espiritual, o Espírito traz consigo todas as suas conquistas de ordem emocional, moral e intelectual que já tenha conquistado nas suas diversas reencarnações. Sempre terá esse patrimônio. O Espírito não consegue se livrar de todas as suas paixões em uma única encarnação. Fica claro que toda vez que retorna à pátria ainda leva consigo as paixões (sentimentos negativos) que não conseguiu extinguir. Leva também as virtudes adquiridas. Enquanto não se tornar Espíritos puros terão paixões. E enquanto isso vão levar e trazer até eliminar. À medidaque vai eliminando as paixões, as virtudes vão se ampliando. 229 – Por que os Espíritos, deixando a Terra, não deixam nela todas as suas más paixões, uma vez que eles veem os seus inconvenientes? Tens nesse mundo pessoas que são excessivamente invejosas; acreditas que, mal o deixem,perdem os seus defeitos? Depoisde sua partida da Terra, sobretudo para aqueles que têm paixões bem acentuadas, resta uma espécie de atmosfera que os envolve e conserva todas as suas coisas más, porque o Espírito não está inteiramente desprendido; só por momentos vê a verdade, como para lhe mostrar o bom caminho. COMENTÁRIOS:
  • 10. 10 As paixões são vícios do Espírito: maledicência, vaidade, orgulho, egoísmo, ódio, inveja, ira, preguiça, ciúme, etc. Deixar as más paixões é o grande objetivo de todos nós,condição para nossa evolução. É o mesmo objetivo tanto para encarnados, quanto para desencarnados. Não é pelo fato de desencarnar que vamos vencer automaticamente as más paixões, nos proporcionando a conquista da evolução. O desencarne não muda a personalidade do Espírito.É apenas um momento biológico da vida do Espírito. A desencarnação nos transfere de plano, mas não altera a realidade evolutiva do ser imortal – o Espírito. Quando a alma parte do mundo físico,ela leva consigo as suas paixões, que atravessam com ela o túmulo sem nenhuma dificuldade. Se as paixões nos acompanham depois da chamada morte do corpo, a inteligência nos diz que devemos suspendê-las antes que chegue a hora de partir da Terra para o mundo espiritual. A evolução do ser ocorre pelas duas asas: a asa da razão (desenvolvimento intelectual) e a asa da emoção, dos sentimentos, da conquista do amor. Precisamos amar para vencer. Jesus nos ensinou amar. O amor é uma Lei Universal. O amor se desenvolve através da nossa vivência diária, da nossaconvivência com o próximo. O verdadeiro espírita não é aquele ser humano perfeito, uma vez que esse não existe em nosso planeta. O verdadeiro espírita é aquele que se esforça no cotidiano para vencer as más paixões,para promovera sua transformação moral. Devemos começaro esforçode purificação hoje, agora, sem perda de tempo, porque todo trabalho para melhorar moralmente é assistido pelos benfeitores da espiritualidade maior que caridosamente beneficiam a todos através do amor. 230 – O Espírito progride no estado errante? Pode melhorar-se muito, sempre segundo a sua vontade e o seu desejo;mas é na existência corporalque ele põe em prática as novas ideias que adquiriu. COMENTÁRIOS:
  • 11. 11 O progresso está em todos os lugares da criação divina. Cada lugar é apropriado para um tipo de ensinamento que ele oferece. Aqui na Terra nós aprendemos com as restrições que a matéria nos impõe, nos impulsionando para o trabalho, que nos proporcionaa convivência com os outros e, enfim, o progresso coletivo. Na erraticidade passamos pormomentos de vidauns mais curtos, outros mais longos aguardando uma nova reencarnação. Não ficamos parados do lado de lá. Vamos buscar melhorar através de cursos, de trabalhos, de auxílio ao próximo. Se o Espírito não tem um certo preparo,encontrará grandes dificuldades,mas, se já tem o princípio do amor aflorado no coração, esse cresce em todos os seus caminhos. A missão do Espírito é aprendera amar e a espalhar esse amor. Essa missão é contínua, independentemente, se esteja encarnado ou não. Fazemos isso pela lei do livre arbítrio. Podemos escolher amar. Podemos escolher vivenciar os ensinamentos de Jesus. O Evangelho de Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. O despertamento está em nossas mãos. Jesus nos espera estendendo as mãos para nos guiar em direção a Deus. Exemplo de Silvério: Aproximando-nos dos pavilhões de desenho, onde numerosos cooperadores traçavam planos para reencarnações incomuns, foi o meu novo companheiro procurado por uma entidade simpática que lhe pediainformações. Manassés apresentou-me, otimista. Tratava- se dum colega que, depoisde quinze anos de trabalho nas atividades de auxílio, regressaria à esfera carnal para a liquidação de determinadas contas. O recém-chegado parecia hesitante. Via-se-lhe o receio, a indecisão. – Não se deixe dominar pelas impressões negativas – dirigia-se Manassés a ele, infundindo-lhe bom ânimo. – O problema do renascimento não é assim tão intrincado. Naturalmente, exige coragem, boas disposições. – Entretanto – exclamava o interlocutor, algo triste –, temo contrair novos débitos ao invés de pagar os velhos compromissos. É tão penoso vencer na experiência carnal, em vista do esquecimento que sobrevém à encarnação... – Mas seria muito mais difícil triunfar guardando a lembrança – redarguiu Manassés, incontinente. Prosseguindo, sorridente, acrescentou: – Se tivéssemos grandes virtudes e belas realizações, não precisaríamos recapitular as lições já vividas na carne. E se apenas possuímos chagas e desvios para rememorar, abençoemos o olvido que o Senhor nos concede em caráter temporário. Esforçou-se o outro para esboçar um sorriso e objetou: – Conheço-lhe o otimismo; quisera ser igualmente assim. Voltarei confiante no concurso fraterno de vocês. E modificando o tom de voz, indagou:
  • 12. 12 – Pode informar se o meu modelo está pronto? – Creio que poderá procurá-lo amanhã – tornou Manassés, bem disposto –; já fui observar o gráfico inicial e dou-lhe parabéns por haver aceitado a sugestão amorosa dos amigos bem orientados, sobre o defeito da perna. Certamente, lutará você com grandes dificuldades nos princípios da nova luta, mas a resolução lhe fará grande bem. – Sim – disse o outro, algo confortado –, preciso defender-me contra certas tentações de minha natureza inferior e a perna doente me auxiliará, ministrando-me boas preocupações. Ser-me-á um antídoto à vaidade, uma sentinela contra a devastação do amor-próprio excessivo. – Muito bem! – respondeu Manassés, francamente otimista. – E pode informar-me ainda a média de tempo conferida à minha forma física futura? – Setenta anos, no mínimo – redarguiu meu novo companheiro, contente. O outro fixou uma expressão de reconhecimento, enquanto Manassés continuava: – Pondere a graça recebida, Silvério, e, depois de tomar-lhe a posse no plano físico, não volte aqui antes dos setenta. Trate de aproveitar a oportunidade.1 Exemplo de Anacleta: Impressionado, seguia atenciosamente os trabalhos em curso. Dispúnhamo-nos a seguir adiante, quando uma irmã, de porte muito respeitável, se aproximou saudando Manassés afetuosamente. Ele respondeu com gentileza e apresentou-ma: – É nossa irmã Anacleta. Cumprimentei-a, sentindo-lhe a simpatia pessoal. – Trata-se de uma das nossas trabalhadoras mais corajosas – acentuou o funcionário do trabalho de informações. A senhora sorriu, algo contrafeita por se ver focalizada na opinião franca do companheiro. Todavia, Manassés, com o otimismo que lhe era característico, prosseguiu: – Imagine que voltará à esfera do Globo, em breves dias, em tarefa de profunda abnegação por quatro entidades que, há mais de quarenta anos, se debatem em regiões abismais das zonas inferiores. – Não vejo nisso abnegação alguma – atalhou à senhora, sorrindo –, cumprirei tão somente um dever. E fixando-me, desassombrada e serena, asseverou: – As mães que não completaram a obra de amor que o Pai lhes confia junto dos filhos amados, devem ser bastante fortes para recomeçarem os serviços imperfeitos. Esse o meu caso. Não se deve mencionar sacrifício onde existe apenas obrigação. Interessava-me a história daquela irmã despretensiosa e simpática e, por isso mesmo, animei-me a perguntar-lhe: – Regressará, então, dentro em breve? De qualquer maneira, sua resolução traduz devotamento e bondade. Não posso esquecer que também minha mãe voltou ao círculo da carne, tangida por sublime dedicação. Notei que os olhos dela se encheram de lágrimas discretas, que não chegaram a cair, emocionada talvez com a minha observação sincera. Estendeu-me a destra, gentilmente, e, dando a ideia de que não desejava continuar em conversação relativa ao assunto, disse- me, comovida: – Muito grata pelo conforto de suas palavras. Mais tarde, ao se lembrar de mim, ajude-me com o seu pensamento amigo. Nesse ponto da ligeira palestra, Manassés indagou: – Já recebeu todos os projetos? 1 - XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. 36 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001, Cap. 12.
  • 13. 13 – Sim – respondeu ela –, não somente os que se referem aos meus pobres filhos, mas também a planta relativa à minha própria forma futura. – Está satisfeita? – Muitíssimo! – redarguiu a dama. – Na lei do Pai, a justiça está cheia de misericórdia e continuo na condição de grande devedora. Em seguida, despediu-se, calma e afável. Manassés compreendeu-me a curiosidade e explicou: – Anacleta é um exemplo vivo de ternura e devotamento, mas voltará às lutas do corpo a fim de operar determinadas retificações no coração materno. Por imprevidência dela, noutro tempo, os quatro filhos, que o Senhor lhe confiara, caíram desastradamente. A pobrezinha albergava certas noções de carinho que não se compadecem com a realidade. Seu esposo era homem probo e trabalhador e, apesar de abastado, nunca se esqueceu dos deveres que lhe prendiam as atividades de homem de bem ao campo da sociedade em geral. Caracterizava-se por uma energia sempre construtiva, mas a esposa, embora devotadíssima, contrariava-lhe a influência do lar, viciando o afeto de mãe com excessos de meiguice desarrazoada. E, como consequência indireta, quatro almas não encontraram recursos para a jornada de redenção. Três rapazes e uma jovem, cuja preparação intelectual exigira os mais árduos sacrifícios, caíram muito cedo em desregramentos de natureza física e moral, a pretexto de atenderem a obrigações sociais. E tão degradantes foram esses desregramentos que perderam muito cedo o templo do corpo, entrando em regiões baixas, em tristes condições. Anacleta, contudo, voltando ao campo espiritual, compreendeu o problema e dispôs-se a trabalhar afanosamente para conseguir, não só a reencarnação de si própria, senão também a dos filhos que deverão segui-la nas provas purificadoras da Crosta. – Quantos anos gastaram para obter semelhante concessão? – perguntei, impressionado. – Mais de trinta. – Imagino-lhe os sacrifícios futuros! – exclamei. – Sim – esclareceu Manassés –, a experiência ser-lhe-á bem dura, porque dois dos rapazes deverão regressar na condição de paralíticos, um na qualidade de débil mental e, para auxiliá-la na viuvez precoce, terá tão somente a filha, que, por si mesma, será também portadora de prementes necessidades de retificação.2 231 – Os Espíritos errantes são felizes ou infelizes? Mais ou menos de acordo com os seus méritos. Sofrem as paixões cuja essência conservaram, ou são felizes segundo eles sejam mais ou menos desmaterializados. No estado errante, o Espírito entrevê o que lhe falta para ser mais feliz e procura os meios para alcançar a felicidade; mas não lhe é sempre permitido reencarnar-se como seria do seu agrado, e isso, então, lhe é uma punição. COMENTÁRIOS: 2 - XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. 36 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2001, Cap. 12.
  • 14. 14 Não existe felicidade plena no meio deles, por não haver perfeição; somente os Espíritos perfeitosgozam de plena tranquilidade de consciência. Uns ainda dormem na ignorância, outros já estão despertando para o entendimento espiritual. Muitos chegam ao mundo espiritual, provindos da carne, cheios de mazelas e paixões que os fazem sofrer pelos processos de lembranças indesejadas. Para se esconderemdas regressõesda memória,pedem imediatamente para voltar à carne, que lhes abafa as fortes lembranças dos fatos acontecidos,de modo a surgir nos seus caminhos, como problemas, dores e decepções, e uma gama de sofrimentos para limpar a consciência entulhada de processos mentais criados por eles mesmos. A reencarnação é uma bênção de Deus para as criaturas. Os Espíritos errantes nuncasão totalmente felizes,pois,aindaerram. Pormais conhecedores que sejam das leis naturais, se encontram envolvidos nos dramas das paixões que destilaram na Terra, criando embaraço para os seus próprios passos. É preciso que nós encarnados aproveitemos a nossa estadia na matéria; analisando a vida e se esforçando para melhorar em todas as direções; não nos faltam apoio, instrução, nem mesmo exemplosdignos de serem imitados. Não devemos esperar passar para o outro lado para os devidos consertos morais. Comecemos hoje mesmo a nossa reforma moral. Os costumes velhos devem ser esquecidos, desde quando eles não correspondem à verdade que todos conhecem por intuição divina, que vibram dentro de todos, por ser lei eterna. 232 – No estado errante,podemos Espíritos ir para todos os mundos? Conforme. Quando o Espírito deixa o corpo, ele não está, por isso, completamente liberto da matéria e pertence ainda ao mundo onde viveu ou a um mundo do mesmo grau, a menos que, durante a sua vida, ele se tenha elevado;e deve seresse seuobjetivo pois,caso contrário,não se aperfeiçoará jamais. Ele pode,entretanto, ir a certos mundos superiores,mas, nesse caso, aí é como um estranho; não faz, por assim dizer, mais do que os entrever, e é isso que lhe dá o desejo de se melhorar,para serdigno da felicidade que neles se desfruta e poder habitá-los mais tarde. COMENTÁRIOS: Há muitas moradas na Casa de meu Pai.
  • 15. 15 Muitas dessas moradas físicas podemos deslumbrar olhando para o céu. Outras não temos alcance de visualizar, seja em razão da distância, seja em razão da matéria de constituição. Cada uma dessas moradas tem a sua qualidade específica para atender as necessidades dos diversos seres. Nós estamos aqui porque necessitamos vivenciarnesse ambiente que a Terra nos proporciona. Cada mundo oferece condições diferentes para o aprendizado do ser em evolução. A estadaem outros mundos depende danecessidade decadaum.Não vamos fazer lazer em outro mundo. Podemos ir até lá se tivermos necessidades de aprender algo que aquele mundo esteja em condições de nos ensinar. Às vezes nos é permitido, em companhia com os mentores, fazer uma excursão em mundos superiores, que tem sua utilidade, como nos trazer aquela esperança de algo bom que esteja nos aguardando no futuro. 233 – Os Espíritos já purificados vão aos mundos inferiores? Eles vão frequentemente paraajudar o seuprogresso;semisso essesmundos estariam entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los. COMENTÁRIOS: Os Espíritos puros, aqueles que já passaram por todas as experiências que nós estamos passando e que ainda passaremos, são trabalhadores do Pai. Eles vêm na qualidade de nossos orientadores. Eles descem nos mais profundos umbrais para levar o socorro, a luz divina aos seres que estão situados nas trevas. Ninguém, em qualquer lugar da criação estará desamparado,porque Deus através dos trabalhadores mantém o auxílio para os nossos corações. O Espírito elevado pode voltar. Essa volta é em missão. Ex: Jesus Sócrates, Bezerra de Menezes, Chico Xavier, Emmanuel, Joana D’arc, Francisco de Assis, Ghanci, Madre Tereza, Irmã Dulce,
  • 16. 16 6.2 – MUNDOS TRANSITÓRIOS O que caracteriza um mundo de transição é o fato de não propiciar condições para que espíritos possam se expressar materialmente em uma estrutura orgânica, tal como conhecemos ou equivalente. A possibilidade de haver a encarnação está intimamente atrelada às condições de habitabilidade material de determinando local, isto é, a vida orgânica, ou equivalente, necessita de determinados requisitos para sua manutenção. Na Terra, por exemplo, necessitamos de água, ar, luz solar, alimento, dentre outros. No processo de elaboração dos mundos que venham a abrigar vida material, há algumas etapas bem definidas: a) formação – A formação é decorrente de fatores materiais, obedecendo às leis da Física e da Química, estáveis econstantes para o universo conhecido. Contudo, as condições de habitabilidade, aquelas condizentes com a vida física, serão decorrentes do tipo de vida em si mesma que, por sua vez, está relacionado com o tipo de espírito que se manifestará na matéria. b) esterilidade – os mundos transitórios não são todos de uma única categoria, servindo de estação para todo e qualquer espírito, mas estão em níveis intermediários em relação com os outros mundos. Assim, os espíritos que “descansam" neste ou naquele mundo deverão ser de condição específica, compatível com ele. c) estruturação de matéria condizente com a vida física – a vida física está relacionada com o tipo de espírito, desta forma, é preciso a presença de espíritos para moldar a matéria segundo seu psiquismo, mesmo que inconscientemente, através de um processo natural. d) surgimento da vida física em níveis mais simples – é decorrente de um processo de elaboração das formas e que deve ser condizente com os espíritos que utilizarão estas mesmas formas. “Dizíamos que uma camada de matéria gelatinosa envolveu o orbe terreno em seus mais íntimos contornos. Essa matéria, amorfa e viscosa, era o celeiro sagrado das sementes da vida. O protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre, e, se essa matéria, sem forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta, em breve a condensação da massa dava origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se as primeiras manifestações dos seres vivos”. (A Caminho da Luz) e) surgimento da vida em níveis mais complexos – Emmanuel diz que “milhares de anos foram precisos aos operários de Jesus, nos serviços de elaboração das formas”. É todo um longo processo de formação e adequação de mundos para que os espíritos nas diversas condições possam encontrar campo propício para sua evolução. 234 – Como ficou dito, existem mundos que servem aos Espíritos errantes como estações e locais de repouso? Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes e nos quais podem habitartemporariamente;espéciesde acampamentos,de campos para
  • 17. 17 se repousar de uma muito longa erraticidade, estado sempre um pouco penoso. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados de acordo com a natureza dos Espíritos que podem alcançá-los,e nele gozam de um bem-estar maior ou menor. 234.a) Os Espíritos que habitam esses mundos podem deixá-los à vontade? Sim, os Espíritos que se acham nesses mundos podem deixá-los para irem aonde devem ir. Imaginai-os como aves que,de passagem,pousam numa ilha para refazerem suas forças, a fim de alcançarem o seu destino. COMENTÁRIOS: Não confundir com as colônias espirituais e nem com a fase de transição que a Terra está passando. Os mundos transitórios não estão inseridos na escala de mundos organizada por Kardec. Deus não se esqueceude nada que poderiaeducar seus filhos. Como Senhor do Universo, criou todas as coisas objetivando a luz, e dispondo meios para a educação de todos os seres. Existem, no espaço, mundos transitórios capazes de fornecer aos Espíritos errantes, meios para a escalada maior. Ali, eles aprendem os segredos do amor e da caridade, pelas portas do sofrimento. Nos mundos transitórios podemos encontrar Espíritos de várias escalas, recebendo lições de acordo com as suas necessidades de ascensão,porém, a bondade de Deus é tão grande que Ele não deixa faltar Seus anjos junto a esses seres errantes, para instruí-los, ensinando-lhes a amar. Há muitas moradas na Casa de meu Pai, disse Jesus. Em todas essas moradas há trabalho, há luz, há oportunidades de aprendizado, de crescimento para todos nós. O Espírito sempre tem oportunidade de trabalhar fazendo algo para a realização do bem, o que depende da sua vontade. O ser humano pode estar em qualquer parte do Universo, desde que esse local seja útil para aquele momento da sua existência.
  • 18. 18 235 – Os Espíritos progridem durante sua estada nos mundos transitórios? Certamente; aqueles que se reúnem assim, o fazem com o objetivo de se instruírem e de poderem, mais facilmente, obter a permissão de alcançarem lugares melhores, e ascender à posição dos eleitos. COMENTÁRIOS: O progresso está na essência da criação, na essência da Lei Divina. Progredimos sempre. Todo o Universo está em movimento evolutivo. Desde o átomo até os grandes astros. Dessa forma, vamos aprendendo, porém, sempre através de um planejamento, pois no mundo espiritual todas as ações são planejadas. A estada de um Espírito em um mundo transitório é planejada, tem o motivo para estar lá, tem o objetivo de trabalho, estudo, evolução. Os Espíritos inferiores que ainda não conseguem buscar a sua evolução por meio do livre arbítrio, estando ainda presos nos umbrais através dos vícios, das más tendências, não têm condições de planejar para estar em um desses mundos transitórios. Mas os irmãos que vão galgando oportunidades vão planejando como fazer em cada nova situação. A estada de qualquer Espírito nesses mundos transitórios é calculada, planejada, tem objetivo certo de aprendizado, de crescimento, de trabalho para promover a sua evolução moral e espiritual. 236 – Os mundos transitórios, por sua natureza especial, são perpetuamente destinados aos Espíritos errantes? Não, sua posição é apenas temporária. 236.a) São eles, ao mesmo tempo, habitados por seres corporais? Não, sua superfície é estéril.Aqueles que os habitam não têm necessidade de nada.
  • 19. 19 236.b) Essa esterilidade é permanente ou resulta da sua natureza especial? Não, são estéreis transitoriamente. 236.c) Esses mundos, então, devem ser desprovidos de belezas naturais? A natureza se traduz pelas belezas da imensidade, que não são menos admiráveis das que chamais de belezas naturais. 236.d)Visto que o estado desses mundos é transitório,a Terra estaráum dia no mesmo estado? Já esteve. 236.e) Em que época? Durante a sua formação. Allan Kardec: Nada é inútil na Natureza: cada coisa tem o seu objetivo, a sua destinação; nada é vazio, tudo é habitado, a vida está em toda a parte. Assim, durante a longa série de séculos que se escoaram antes da aparição do homem sobre a Terra, durante esses lentos períodos de transição atestados pelas camadas geológicas, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos sobre esta massa informe, neste árido caos onde os elementos estavam confundidos, não havia ausência de vida.Os seres quenão tinham as nossas necessidades,nem as nossas sensações físicas, aí procuravam refúgio. Deus quis que mesmo neste estado imperfeito ele servisse para alguma coisa. Quem então ousaria dizer que entre esses bilhões de mundos que circulam na imensidade, um só, um dos menores, perdido na multidão, tivesse o privilégio exclusivo de ser povoado? Qual seria, então, a utilidade dos outros? Deus não os teria feito senão para recrear os nossos olhos? Suposição absurda, incompatível com a sabedoria queemana de todas as suas obras,e inadmissívelquando se imagina tudo aquilo quenão podemosperceber.Ninguémcontestará que nesta ideia de mundos ainda impróprios à vida material e, portanto, povoado de seres viventesapropriados a este meio, há alguma coisa de grande e de sublime,onde se encontra,talvez,a solução de mais de um problema.
  • 20. 20 COMENTÁRIOS: No passado geológico, durante sua formação, a Terra era um planeta desprovido de vida orgânica, tal como conhecemos hoje. Nessa fase a Terra abrigava Espíritos desencarnados, outras formas de vida que nós ainda não compreendemos. A Terra é um planeta em evolução. A natureza de hoje não é a mesma de alguns milhões de anos atrás. Estado que não era propício para abrigar o ser humano, com animais grotescos tanto no tamanho quanto na constituição física,as florestas com árvores bem maiores que as atuais. Com o passar do tempo o planeta foi evoluindo e a natureza foi tornando mais sutil, sendo preparada para receber o ser humano. A evolução é muito lenta aos nossos olhos enquanto encarnados, por isso, não conseguimos perceber as mudanças. Morada são lugares onde há vida, onde seres habitam, não necessariamente, seres encarnados, ou seres encarnados em corpos semelhantes a nós seres humanos na Terra. Podem haverplanetas com ambientes biológico e climático inóspitos,seres desencarnados ali abrigados ou mesmo encarnados em uma matéria de outra consistência que não conhecemos e não concebemos. A gente acompanha planetas descobertos pela tecnologia humana são aparentemente estéreis às lentes dos telescópios,das câmeras.Com certeza, se não há vidas como conhecemos, de corpos materializados, servem como abrigos de Espíritos desencarnados ouentão de vida de seres encarnados em matéria que foge da nossa percepção, por ser de constituição diferente. Todos os planetas são povoados. Cada partícula do Universo é aproveitada. Deus, na sua grandiosidade e sendo a Inteligência Suprema do universo, não iria criar os mundos somente para Sua satisfação e dos Espíritos; todos eles têm sua missão em variados esquemas que o progresso aciona. Os mundos transitórios, que recebem Espíritos de todas as naturezas, evoluem com as almas que nele habitam temporariamente. Nada estaciona; há leis para governar tudo que existe na criação. Os Espíritoserrantes habitam mundos nos quais, por vezes, permanecem em Espírito, visto que essas casas do universo ainda não se encontram com capacidade para lhes fornecer corpos materiais.
  • 21. 21
  • 22. 22 6.3 – PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS 237 – Uma vez no mundo dos Espíritos, a alma conserva ainda as percepções que tinha quando da sua vida física? Sim, e outras que ela não possuíaporque seu corpo era como um véu que as obscureciam. A inteligência é um atributo do Espírito, mas que se manifesta mais livremente quando não há obstáculos. COMENTÁRIOS: Quando desencarnamos continuamos a ser os mesmo Espíritos que somos, com os mesmos sentimentos, as mesmas emoções, a mesma memória, mantemos a nossaidentidade.Tudo que nós aprendemos através dos nossos estudos e da nossa convivência é patrimônio do Espírito que levamos para onde estivermos. Trazemos esse patrimônio quando reencarnamos, acrescentamos tudo o que aprendemos enquanto encarnados e voltamos de regresso ao mundo Espiritual levando todo esse arcabouço de patrimônio. Quando viemos para cá deixamos parte desse patrimônio através do esquecimento. São informações que não são necessárias para as experiências que vamos viver aqui. Quando retornamos ao mundo espiritual, aos poucos vamos retomando a consciênciada nossamemória integral, tanto da parte emotiva, quanto da parte intelectual. Somando tudo o que aprendemos nessa reencarnação com aquilo que já conhecíamos de reencarnações anteriores. Essa retomada da memória não é de forma imediata. Ela é gradativa. Muitas coisas permanecem no nosso esquecimento por ser necessário neste momento da nossa experiência evolutiva. Tudo aquilo que nós precisamos estará aflorando na nossa memória, pois faz parte do nosso patrimônio. 238 – As percepções e os conhecimentos dosEspíritos são indefinidos; em uma palavra, sabem eles todas as coisas? Quanto mais se aproximam da perfeição, mais sabem; se são superiores, sabem muito. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes sobre todas as coisas. COMENTÁRIOS:
  • 23. 23 Nós reencarnamos para aprender a promover a nossa evolução moral e intelectual, nossa evolução Espiritual e vamos crescendo gradativamente a cada reencarnação. Se o Espírito só por estar desencarnado soubesse tudo, não haveria razão para a reencarnação. Não necessitariavir para aprender algo que ele já sabe. O fato de desencarnarmos não nos atribuirá mais conhecimento.Podeserque retomamos o conhecimento arquivado em nossa memória, mas é patrimônio nosso, conquista nossa e não é tudo. O conhecimento é fruto do trabalho, fruto do estudo. É esforço de cada um. Ele só vai saber de acordo com aquilo que já aprendeu, de acordo com suas experiências. A Lei Divina é uma só tanto para os desencarnados, como para os que se encontram encarnados. Não há seres privilegiados na criação. Aqueles que são Espíritos superiores, estão nessa condição devido ao seu esforço, a sua dedicação,o seutrabalho, o seu estudo.Não foram assim criados.É conquista própria. Os Espíritos Superiores conhecem muito; eles dominam grande parte dos segredos danatureza divina e humana. Não conhecem tudo,porque somente Deus é conhecedor das leis e dos segredos da criação que Ele mesmo estabeleceu. Os Espíritos inferiores têm o conhecimento que a sua elevação atingiu, muitos deles não sabem mais que os homens, e outros sabem menos que estes. 239 – Os Espíritos conhecem o princípio das coisas? Conhecem segundo a sua elevação e a sua pureza; os Espíritos inferiores,a esse respeito, não sabem mais que os homens. COMENTÁRIOS: A eternidade é muito difícil para nós compreendermos. O Espírito é imortal, mas ele teve um início, como consta na questão 115. Todos nós fomos criados por Deus, em determinado momento, simples e ignorantes. O que aconteceu antes desse momento, só poderemos saber através de estudos, mas nunca pela vivência, pois não existíamos naquela ocasião. Então os Espíritos superiorespodem estudare conheceros fatos do início da criação de todas as coisas,mas só Deus, o Criadoré que tem o conhecimento pleno.
  • 24. 24 É difícil para a gente compreender o que seria o início das coisas. Por mais que a gente possa tentar levar o nosso pensamento no passado para estabelecer o início, a razão nos mostra que antes já havia alguma coisa. Se Deus é eterno, se Ele existe de todo o sempre, jamais poderia conceber Deus um segundo sequersem estartrabalhando, sem estar criando, portanto, o princípio das coisas vem assim como Deus praticamente na eternidade. Para os Espíritos não há a possibilidade de ter esse conhecimento da plenitude do princípio de tudo. 240 – Os Espíritos compreendem o tempo como nós? Não, e é por isto que não nos compreendeis sempre,quando se trata de fixar datas ou épocas. Allan Kardec: Os Espíritos vivem fora do tempo, tal como o compreendemos; o tempo para eles se anula, por assim dizer, e os séculos, tão longos para nós, não são aos seus olhos senão instantesque se esvaecem na eternidade, da mesma forma que as desigualdades do solo se apagam e desaparecem para aqueles que se elevam no espaço. COMENTÁRIOS: Toda observação depende do ponto de referência do observador. Nós que estamos aqui reencarnados temos como referênciado tempo o Sole os movimentos da Terra. Temos como parâmetros a média de idade vivida pelos encarnados. Esse parâmetro é relativo. Para o desencarnado, esse parâmetro se perde, pois ele se encontra com a eternidade. Olha para trás encontra-se com a eternidade. Olha para frente, sabe que a vida lhe propiciará eternamente todas as oportunidades. Por isso há a diferenciação de tempo para nós encarnados e para aqueles que estão desencarnados. Quem vive irradiando a felicidade deixa de perceber tempo e espaço. Exemplo: quando estamos cercados de companheiros cuja presença nos dá satisfação, as horas passam sem que percebamos. Para os Espíritos, nos seus trabalhos benfeitores, cuja consciência se encontra na tranquilidade de Deus, o tempo desaparece e o espaço deixa de existir. No entanto, para a humanidade e Espíritos ainda ligados às paixões
  • 25. 25 humanas, esse tempo é uma realidade e o espaço tem a sua presença, impondo limitações. 241 – Os Espíritos têm,do presente,uma ideia mais precisa e mais justa que nós? Do mesmo modoque aquele que vê claramente as coisas tem uma ideia mais justa do que o cego.Os Espíritos veem o que não vedes;eles julgam, pois,de outro modo que vós, mas ainda uma vez, isto depende da sua elevação. COMENTÁRIOS: Os Espíritos fora da carne têm uma visão mais acentuada do que os encarnados, por estarem mais livres as suas faculdades. Entretanto, é bom que se compreendaque tudo é relativo; o despertamento da alma obedecea uma lei que podemos denominar de merecimento,pelo tamanho espiritual de cada um. O presente é um espaço de tempo.É o agora. Este momento.Passados cinco minutos, esse momento agora já é passado. Para ser mais precisa e exata ideia do presente,temos que ter a consciência da sua importância para a nossa evolução. Esse momento, o presente, é muito importante na vida de todos nós, porque é no presente que nós podemosatuar. É no presente que podemosfazer algo em prol de nós mesmos ou do próximo. Ou até em prejuízo também. Se formos verificar o passado nos traz experiências, conhecimentos, sentimentos que formam a nossa personalidade,o ser de cada um, é a nossa história construída. Somos o resultado daquilo que vivemos no passado. Se formos pensar no futuro, é um espaço de tempo que nos apresenta oportunidades de crescimento, de avanço na vida. Sabemos que temos uma caminhada para atingir. É no presente que temos aação, vamos conquistando gradativamente as nossas metas visadas para o futuro. Se eu não agir no presente, não conseguirei nada. O presente é o momento em que vamos construir a nossa evolução, a nossa felicidade. 242 – Como é que os Espíritos têm conhecimento do passado? Esse conhecimento lhes é limitado?
  • 26. 26 O passado, quando nos ocupamos dele, é presente; precisamente como te recordas de uma coisa que te impressionou durante o teu exílio. Entretanto, como não temos mais o véu material que obscurece a tua inteligência, lembramo-nos de coisas que se apagam para a tua memória,mas os Espíritos não conhecem tudo, a começar pela sua própria criação. COMENTÁRIOS: A lembrança do passado depende da evolução do Espírito. Recordaré conhecero que se foi para melhorar o presente e preparar para o futuro. O Espírito não tem pleno conhecimento das vidas passadas; ele somente recorda, até onde as suas forças suportarem,o que lhe sirva de lições.Mesmo ao Espírito livre da matéria ainda é vedado saber o que já foi. A gradação é norma de equilíbrio em todos os planos de vida, para que tenhamos paz, e essa paz possa nos fornecer forças no decorrer de novas lutas. Ao desencarnar vamos nos recordando aos poucos, conforme as nossas necessidades. Lembramos de situações difíceis que passamos para que possamos cuidar delas, aprendendo a superá-las. Quando a gente ocupa do passado, ele passa a ser presente, porque o sentimento vem à tona para que possamos cuidar dele. Se há um sentimento que nos faz mal, perturbando a nossaharmonia interna é porque há algo ainda pendente que temos que construir para superar e vencer essa dificuldade. Não adiantaria vir à tona lembranças de erros que ainda não temos condições de cuidar deles. Existem muitos estudiosos que fazem exercícios de regressão de memória que podem levar o incauto ao abismo, onde a perturbação comanda os sentimentos. Desde quando a natureza escondeu, por lei do equilíbrio, os feitos longínquos, é porque tudo tem a hora exata de manifestar-se por meios naturais e gradativos, apresentando-se como agente de recuperação das criaturas. Existem, igualmente, pessoas que estudam hipnotismo, e magnetismo, idealizando por esses meios fazer alguém recordar o passado distante, às vezes por brincadeira de mau gosto, e outros querendo criar métodos de cura de pessoas cheias de fobias de outros desequilíbrios provindos do fundo d'alma. Esses mexem com fogo, esforçando-se para entenderem que são terapias benfeitoras. O passado, para quem não compreende suas reações, não deve ser tocado; é como que ativação de labaredas que podem destruir o próprio presente, e fazer com que a alma sofra recordações desagradáveis, capazes de levá-la ao caos. A melhor terapia para esses enfermos é, pois, o Evangelho de Jesus, que se reflete com fulgor na Doutrina dos Espíritos procurando educar a vida que se leva no presente, porque a fração do consciente em atividade está de certa forma ligado à consciência profunda, tendo o poder, quando bem estruturado, de dissolver as mazelas de depósitos negativos acamados no subconsciente, aliviando todo o ser e preparando-o para novas vidas em paz.
  • 27. 27 Mexer com o fundo do lago interno, há milênios acomodando impurezas, é turvar toda a água da vida. É melhor que as impurezas se transformem, pelos poderes do amor e da caridade, em energias sublimadas. Querer recordar o passado é viver nele, é esquecer- se do presente que nos chama, por vezes à realidade. 243 – Os Espíritos conhecem o futuro? Isto depende ainda de sua perfeição; frequentemente, eles apenas o entreveem, mas nem sempre têm a permissão de o revelar. Quando o veem, parece-lhes presente.O Espírito vê o futuro mais claramente, à medida que se aproxima de Deus. Depois da morte, a alma vê e abrange, de um golpe de vista,suas migrações passadas,mas não pode vero que Deus lhe reserva; para isso, é necessário que esteja integrada nele, depois de muitas existências. 243.a) Os Espíritos que alcançaram a perfeição absoluta têm o conhecimento completo do futuro? Completo não é a palavra, porque só Deus é soberano senhor e ninguém o pode igualar. COMENTÁRIOS: Existem muitas profecias; os profetas são inúmeros, em todas as religiões e filosofias espiritualistas,no entanto, todos já conhecem a existênciados falsos profetas. Eles são em quantidade inumerável. Os Espíritos altamente evoluídos conhecem mais o futuro, e quando falam aos encarnados sabem dosá-lo, são cautelosos nas suas predições, às vezes falam por parábolas. A verdade fora de hora destrói tanto quanto a mentira. O conhecimento do futuro não faz bem a todas as criaturas por lhes faltar o preparo para tal saber. Para se ter uma visão completado futuro seria necessário que já existisse um futuro pré-determinado para cada um de nós e não é assim. Há uma programação a nível individual e no nível coletivo, mas nestas programações estão apenas os nossos instrumentos de aprendizado, ou seja, as circunstâncias que a vida nos trará. Como cada um vai reagir diante dessas circunstâncias depende do livre arbítrio.
  • 28. 28 244 – Os Espíritos veem a Deus? Só os Espíritos superioreso veem e o compreendem;os Espíritos inferiores o sentem e o adivinham. 244.a)Quando um Espírito inferior diz queDeuslhe proíbe ou lhe permite uma coisa, como sabe que a ordem vem de Deus? Ele não vê a Deus,mas sente a sua soberania e, quando uma coisanão deve ser feita ou uma palavra não deve ser dita, ele pressente como por uma intuição, uma advertência invisível que o proíbe de fazê-lo. Vós mesmos não tendes pressentimentos,que são como uma advertência secreta, de fazer, ou não, alguma coisa? Ocorre o mesmo para nós, somente que num grau superior, porque como compreendes, sendo a essência dos Espíritos mais sutil que a tua, eles podem melhor receber as advertências divinas. 244.b)A ordem é transmitida diretamente por Deus ou por intermédio de outros Espíritos? Ela não vem diretamente de Deus; para comunicar-se com ele é preciso ser digno. Deus lhes transmite suas ordens pelos Espíritos mais elevados em perfeição e em instrução. COMENTÁRIOS: Deus se faz presente em todos os lugares e Ele está presente em tudo, na natureza, na nossa vida, na nossa consciência. Deus é Onipresente. Esse é um dos atributos da Divindade. Somente os Espíritos perfeitos têm o alcance espiritual de ver a Deus. Essa visão não se compara à proporcionada pelos olhos do corpo físico. É uma visão diferente, e as limitações da linguagem humana nos impedem de explicá-la com clareza. Os Espíritospuros veem Deus e recebem dEle uma missão maior de conduzir comunidades planetárias, os sistemas, as galáxias. Outros Espíritos contribuem na condução de comunidades menores, como Ismael que administra o Brasil. E assim cada um de nós, conforme a nossa condição evolutiva recebemos nossa missão nas tarefas do Pai. Todos nós temos uma missão. Os Espíritos que ainda não atingiram a superioridade na escala da perfeição não veem a Deus, mas têm a intuição da Sua existência e a Seu respeito são
  • 29. 29 esclarecidos pelos Espíritosmais elevados.Deus Se expressana criação pela visibilidade dos Seus feitos. Muitos dos falsos profetas encarnados que dizem, e mesmo escrevem, que viram a Deus,que conversam com Ele face aface,estão iludindo a simesmos. Eles veem Espíritos, que tomam por Deus. Vera Deus é uma coisa,e sentir a Sua soberaniaé outra. A voz da consciência sempre fala do Criador. A visão de Deus não é para todos, mas o caminho é comum. Essa caminhada que nos leva ao Pai é percorrida através de Jesus. É na vivência do amor que vamos até Jesus. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14:6) Devemos percorrê-lo com segurança, de modo que a fé nos leve a essa esperança, amando e servindo, perdoando e esquecendo faltas, trabalhando por dever de servir mais. 245 – A visão dos Espíritos é circunscrita como nos seres corpóreos? Não, ela reside neles. COMENTÁRIOS: Para nós encarnados, a visão se manifesta através dos nossos olhos. É por eles que nós conseguimos ter a percepção visual do que está no nosso entorno (relativo). Para os Espíritos mais evoluídos isso ocorre de forma diferente.São capazes de ver por todos os lados e até lugares distantes. Sua visão não está circunscrita como a nossa. Espíritos desencarnadosapegadosà matéria mantém todas as sensaçõesda matéria, inclusive, a visão circunscrita aos próprios olhos. A visão do Espírito reside em todo o seu ser, quando se trata de Espíritos superiores. Em muitos dos que ainda alimentam paixões inferiores, a visão é bem mais restrita que às criaturas encarnadas, quando não perdem esse dom temporariamente. 246 – Os Espíritos têm necessidade da luz para ver?
  • 30. 30 Veem por si mesmos, não têm necessidade da luz exterior; para eles não há trevas, a não ser aquelas em que se encontram por expiação. COMENTÁRIOS: Depende da evolução do Espírito. Espíritos que estão em um nível evolutivo mais elevado não necessitam dos olhos para ver, daí não necessitarem da luz para ver. Espíritos apegados à matéria tem as mesmas dificuldades que nós para enxergar, às vezes até mais. Necessitamos do reflexo da luz nos objetos para enxergarmos. Da mesma forma, os Espíritos que estão mais materializados, daí a dificuldade para visualizar as coisas, pois uma grande parte deles se encontra nos umbrais, onde há a escassez de luz. Eles lidam com muita dificuldade no sentido da visão. Espíritos superiores não dependem da luz, veem onde quer que esteja. Conseguem enxergar por todos os pontos do seu corpo perispiritual. Essa visão independe de luz. O Espírito vê além de uma parede, de um obstáculo físico que esteja à frente. Eles têm uma percepção de tudo o que está no seu entorno e além dos obstáculos que para nós impediria a visão. 247 – Os Espíritos têm necessidade de se transportarem para ver dois lugares diferentes? Podem, por exemplo, ver simultaneamente os dois hemisférios do globo? Como o Espírito se transporta com a rapidez do pensamento, pode-se dizer que vê tudo a uma só vez; seupensamento podeirradiare se dirigir, ao mesmo tempo,sobre vários pontos diferentes.Estafaculdade dependede suapureza: quanto menos puro ele for, mais sua visão é limitada; somente os Espíritos superiores podem ter visão de conjunto. Allan Kardec: A faculdade de ver, nos Espíritos, é uma propriedade inerente à sua natureza e que reside em todo o seu ser, como a luz reside em todas as partes de um corpo luminoso.É uma espéciede lucidez universalque se estende a tudo, envolve, a uma só vez, o espaço, o tempo e as coisas e para a qualnão há trevas nem obstáculos materiais.Compreende-seque deve ser assim; no homem a visão se realiza através do funcionamento de um órgão impressionado pela luz, e sem luz ele fica na obscuridade. No Espírito a faculdade de ver sendo um atributo próprio,abstração feita de todo agente exterior, a visão é independente da luz (Veja-se: Ubiquidade, nº 92).
  • 31. 31 COMENTÁRIOS: Os Espíritos superiores podem se transportar para qualquer lugar na velocidade do pensamento. Como o Espíritopodefazeresse deslocamento instantâneo,pode-sedizerque ele consegue ver fatos ocorrendo nessesdois pontos ao mesmo tempo.Pode estar aqui e acolá de forma instantânea. Pode se deslocar para diversos pontos diferentes de forma instantânea e assim ter visão de fatos que estão ocorrendo em todos esses lugares. Isso não acontece com os Espíritos mais inferiores que tem muita dificuldade para a sua locomoção e, principalmente, aqueles que se encontram nos umbrais. Se deslocam de forma penosa, como nós. Os Espíritos superiores não são privilegiados. São conquistas próprias que todos nós também obteremos diante dos nossos esforços. Para os Espíritos puros, desaparecem o tempo e espaço como, e certamente, deixam de existir distâncias que, para nós outros, são obstáculos. O Espírito, de acordo com o seu crescimento espiritual, pode comunicar-se em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo, por vários médiuns. Não tendo outra expressão,podemosdizerque se expande ao infinito,emplenaconsciência.Elestêmo poderde ver tanto de perto,quanto emdistânciasimensuráveis,comose acreditaser.É, pois,uma dilataçãodosseuspoderes de visão. 248 – O Espírito vê as coisas tão distintamente como nós? Mais distintamente, porque sua visão penetra aquilo que não podeis penetrar; nada a obscurece. COMENTÁRIOS: A nossa visão enquanto encarnados depende da luz. Os objetos que vemos refletem a luz que incidem sobre eles e essa luz sensibiliza os nossos olhos para que possamos enxergar. A nossa visão é limitada a ambientes que tem luz para que os objetos podem refleti-lae sensibilizara nossavisão,mas também limita-se aos objetos porque não podemos ver além dos objetos. Qualquer obstáculo de ordem material impede que a nossa visão vá além desse obstáculo. Os Espíritos superiores, evoluídos não veem através da sensibilidade da luz. A visão para o Espírito é um atributo seu. Não vê através de um órgão como nós. Ele vê através de todo o seu corpo perispiritual, independe de luz.
  • 32. 32 Portanto, ele vê em qualquer ambiente que tenha ou não luz e também não se limita a nenhum tipo de obstáculo físico. Os Espíritos inferioresporestarem ligados àmatéria, têm suas limitações bem parecidas com as nossas. Cada um de acordo com o seu grau evolutivo. Os Mensageiros – Cap. 14 e 49. 249 – O Espírito percebe os sons? Sim, e percebe até mesmo o que os vossos sentidos obtusos não podem perceber. 249.a) A faculdade de ouvir, como a de ver, está em todo o seu ser? Todas as percepções são atributos do Espírito e fazem parte do seu ser. Quando está revestido de um corpo material, elas não lhe chegam senão por um canal de órgãos; mas no estado de liberdade,não estão mais localizadas. COMENTÁRIOS: Os Espíritos superiores,da mesmaforma que a visão, não percebem os sons através de um órgão restrito como nós temos os ouvidos, mas percebem os sons por todo o seu corpo perispiritual, assim como percebe a luz. Essas percepções são atributos do ser espiritual. Não dependem de órgãos específicos. Eles têm a capacidade de selecionaro som que sejanecessário ouvir,isolando aqueles que venham interferir naquilo que seja do seu interesse. Os Espíritos apegados à matéria têm as mesmas dificuldades que nós encarnados, as mesmas limitações. Estando mais materializados terão a percepção dos sons pelos órgãos perispirituais. 250 – Sendo as percepções atributos do próprio Espírito,é possívelque ele deixe de usá-las? O Espírito só vê e ouve o que ele quiser. Isto de uma maneira geral e, sobretudo, para os Espíritos elevados; os imperfeitos ouvem e veem frequentemente, queiram ou não, aquilo que pode ser útil ao seu adiantamento.
  • 33. 33 COMENTÁRIOS: Os Espíritos elevados tem os seus poderes dilatados no que se refere aos seus dons. Os Espíritossuperiores podem selecionaro que ele quer ouvir ou ver naquele momento.Pode estarem ambientes com muito barulho,que ele tem condições de focar somente naquilo que ele quer ou precisa ver e ouvir, isolando os demais. Podem ouvir sons que não ouvimos e ver além do que nós vimos. Pode ver além da matéria e até o interior, a intimidade da matéria. Os Mensageiros – Cap. 49 251 – Os Espíritos são sensíveis à música? Quereis falar de vossa música? O que é ela diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma ideia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreenderoutra mais sublime.A música tem para os Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas.Refiro-me músicaceleste,que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave. COMENTÁRIOS: A músicano mundo espiritual possuiuma grande sublimidade que não dá para comparar com as músicas que ouvimos aqui. Na época de Kardec, a música que se ouvia era a música clássica, portanto, a gente pode imaginar o que é a sublimidade da música no mundo espiritual. Essa questão se refere aos altos níveis da espiritualidade maior. A Leidivina buscao progresso em todas as coisas.Dessaformaestápresente o belo. Com relação aos sons,a música é a própriaharmonização da sonoridade para os nossos ouvidos. Espíritos mais inferioresestarão em sintonia com músicas no mesmo níveldas nossas ou piores.
  • 34. 34 As músicas potencializam as vibrações,influenciando as pessoas ougrupo de pessoas. Essas influencias podem ser tanto benéficas, quanto negativas. Músicas agressivas ou com letras agressivas, que denigrem os valores terão a mesma força influenciando para o lado negativo. É importante selecionar e saber quais as músicas devemos ouvir. Se estivermos em um ambiente em que a música que está tocando seja de influência negativa, devemos entrarem prece para buscar outra sintonia e não deixar influenciar pelo som expostos aos ouvidos. Temos que estar vigilantes para termos a percepção da influência a fim de sintonizarmos com outro padrão vibratório. A música enquanto meio da harmonia divina nos traz grandes possibilidades de luz, de aprendizado, de crescimento e de união. - Os Mensageiros – Capítulos 31 e 32 (“Tocata e Fuga em Ré Menor”, de Bach) 252 – Os Espíritos são sensíveis às belezas da Natureza? As belezas naturais dos diversos mundos são tão diferentes que se estálonge de as conhecer.Sim, são sensíveis de acordo com a sua aptidão em apreciá- las e compreendê-las. Para os Espíritos elevados, há belezas de conjunto diante das quais desaparecem, por assim dizer, as belezas dos detalhes. COMENTÁRIOS: O belo é próprio da criação Divina. Todos os mundos são dotadosde encantos peculiares àsua evolução, porque diferentes são as humanidades neles estagiadas. A natureza nos oferece a beleza tanto para a visão, para a audição, para o sentimento, para as emoções quando a gente pode flagrar situações da natureza que nos compele à elevação. Muitas vezes buscamos o contato direto com a natureza para descontrair, revigorar as nossas energias. Além da beleza para a visão, a natureza vibra na energia do criador. Ela tem a capacidade de renovar as nossas energias. André Luiz nos esclarece em suas obras que os Espíritos buscam refazersuas energias junto à natureza, normalmente em áreas verdes e próximos a água. A beleza da natureza é muito maior do que a que nos concede a dádiva da visão. Aprofunda em nossos sentimentos, nossas emoções, fornecendo harmonia.
  • 35. 35 Os Mensageiros – Capítulos 40 à 42. 253 – Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e os nossos sofrimentos físicos? Eles os conhecem, visto que os suportaram, mas não sentem materialmente como vós, porque são Espíritos. COMENTÁRIOS: Temos que levar em conta que a Espiritualidade considera aqui os Espíritos superiores que já passaram pelas inferioridades, pelos sentimentos mais materializados pelo apego à matéria. Os Espíritos desencarnados vibram conforme os seus interesses presentes em seus corações. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. (Mt 6:21) Espíritos desencarnados que já superaram as ligações com a matéria, que já vibram na energia do amor ensinado por Jesus não passam por sofrimentos e necessidades de ordem física. Muitos de nós ao desencarnarmos continuamos apegados à matéria: os bens materiais, o corpo, os vícios... Quando se valoriza mais a matéria do que as questões espirituais certamente o tesouro estarána matéria, daí sofre as necessidades do corpo físico,mesmo após o desencarne,como as dores,a fome,as sensaçõesde frio ou calor, os vícios, etc. Em tudo se encontra a mente colhendo os resultados dos feitos da alma. Para vencer as necessidades da matéria, só vivenciando o amor que Jesus nos ensinou. 254 – Os Espíritos experimentam a fadiga e a necessidadede repouso? Não podem sentir a fadiga tal como a entendeis e, por conseguinte, não têm necessidade de vosso repouso corporal,pois eles não têm órgãos cujas forças devam ser reparadas. O Espírito repousa no sentido de que não tem uma atividade constante. Sua ação não é material, mas intelectual, e, seu repouso, moral. Há momentos em que seu pensamento deixa de ser tão ativo e não se fixa sobre um objeto determinado; é um verdadeiro repouso, mas que não pode ser comparado ao repouso do corpo. A espécie de fadiga que os
  • 36. 36 Espíritos podem experimentarestáem razão da sua inferioridade:quanto mais sejam elevados, menos necessitam de repouso. COMENTÁRIOS: A evolução de cada Espírito determina os interesses expressos em seu coração. A fadiga se dá quando estamos envolvidos no magnetismo inferior, filho dos próprios habitantes do planeta. Os Espíritos ligados à matéria necessitam de repouso pois ainda trazem consigo as sensações das necessidades do corpo material. - André Luiz, em suas obras, nos relata casos de Espíritos que ainda presos aos umbrais apresentam grandes necessidades de repouso devido à fadiga. - Reuniões mediúnicas Os Mensageiros – Capítulos 21 à 23. 255 – Quando um Espírito diz que sofre,quala naturezados sofrimentos que experimenta? Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente que os sofrimentos físicos. COMENTÁRIOS: A harmonia interior de cada um de nós é conquistada com a vibração dos sentimentos, dos pensamentos elevados na mesma faixa dos ensinamentos de Jesus. Por isso Jesus nos disse: Vigiai e orai. Estejamos vigilantes com os sentimentos reservados em nossos corações e com os pensamentos que exteriorizamos. Sempre que nossos pensamentos ou sentimentos estiverem desacordo com a harmonia, com o amor, busquemos o refúgio em oração. Basta entrar em oração que nós estaremos vibrando na energia do amor divino. Tudo que vibra em sentido contrário aos valores do amor divino causa desarmonia com a vida, com a criação de Deus. Quando vibramos em sintonia com os valores da criação, estaremos em harmonia, em paz. A escolha é de cada um, conforme o livre arbítrio.
  • 37. 37 Em busca da própria evolução, vamos diminuir o próprio sofrimento na conquista da felicidade que almejamos vibrar no amor de Deus. Que possamos refrear todos os impulsos inferiores, fazendo e usando essa energia para despertar qualidades superiores que se encontram dentro de nós. Quando o Espírito diz que está sofrendo, os sofrimentos não são físicos; são angústias morais, bem piores do que os padecimentos terrenos. É nesse sentido que a Doutrina dos Espíritos vem trabalhando junto aos encarnados, e por vezes com os fora da carne, evitando as angústias morais para o futuro, que são piores. A consciência registra, sem que a consciência ativa saiba, todos os atos da alma, como que fotografando em todas as suas nuances, de modo que no momento certo, essas forças negativas transbordam para a mente do Espírito, entregando-o às consequências que são próprias do clima negativo das ações inferiores. É o que se chama de remorso, ou regressão de memória. 256 – Por que,então,algunsEspíritos se queixam de sofrerfrio ou calor? Lembrança do que padeceram durante a vida, tão penosa, algumas vezes, como a realidade. Frequentemente, é uma comparação que fazem para exprimirem melhor a sua situação. Quando se lembram do corpo, experimentam uma espécie de impressão como quando se tira um capote e se crê ainda vesti-lo algum tempo depois. COMENTÁRIOS: A realidade do Espírito encarnado ou desencarnado está na mente. A dor é um comando mental que manifestamos quando estamos em risco. Quando se desencarnajá não temos o corpo,mas o condicionamento mental não desaparece instantaneamente. O Espírito mantém o condicionamento mental. O que ele sente pode ter certa diferença na sensação com relação à dor do corpo físico,mas há um desconforto que incomodada mesma formae ele relata como sendo uma dor fruto do seu condicionamento. Aquelas pessoas que vivenciaram os ensinamentos de Jesus, o amor ao próximo, valorizando as coisas do bem, o trabalho, a fé não terá dificuldades de desvincular das coisas materiais, do corpo físico. Os Espíritos desencarnados que falam que estão sofrendo,têm frio e as vezes calor, têm essas sensações em função do seu estado psicológico. Eles relembram o passado, de quando estavam na carne, passando por determinadas provas, e têm as mesmas sensações;a mente regride e busca no passado as mesmas dores e padecimentos que lhes fizeram sofrer.
  • 38. 38
  • 39. 39 6.4 – ENSAIO TEÓRICO SOBRE A SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS 257 – O corpo é o instrumento da dor e, se não é a sua causa primeira, pelo menos é a causa imediata. A alma tem a percepção da dor, mas essa percepção é um efeito.A lembrançaque delaconservapodesermuito penosa, contudo, não pode ter ação física. Com efeito, nem o frio, nem o calor podem desorganizar os tecidos da alma e esta não pode gelar-se nem queimar-se. Não vemos, todos os dias, a lembrança ou a apreensão de um mal físico produzir efeitos tão reais e ocasionar mesmo a morte? Todo o mundo sabe que as pessoas amputadas sentem dor no membro que não existe mais. Seguramente,não é nesse membro que está a sede ou o ponto de partida da dor; apenas o cérebro conservoua impressão dador. Pode-se,pois, crer que há alguma coisa de analogia com os sofrimentos doEspírito depois da morte. Um estudo mais aprofundado do perispírito,que desempenhaum papelmuito importante em todos os fenômenos espíritas, como as aparições vaporosas ou tangíveis, o estado do Espírito no momento da morte, a ideia tão frequente de que ainda está vivo, o quadro tão comovente dos suicidas,dos supliciados, dos que se deixaram absorver nos prazeres materiais, e tantos outros fatos, vieram fazer luz sobre essa questão e dar lugar às explicações que damos, aqui, resumidas. COMENTÁRIOS: Nós somos Espíritos que enquanto encarnados estamos utilizando esse corpo físico para manifestarmos aqui no planeta Terra. A nossa realidade é a Espiritual. Esta é apenas uma pequena passagem da vida imortal do Espírito. Para manifestarmos aqui no planeta utilizamos de alguns instrumentos e um deles é o períspirito, corpo de matéria quintessenciada. Corpo que o espírito desencarnado usa para se manifestar entre nós. Quando encarnados, utilizamos do corpo físico que nos fornece as limitações para o nosso aprendizado e que são próprias da matéria. Então vem a dor, a necessidade do alimento,do agasalho,nos impondo ao trabalho, às condições que auxilia no nosso aprendizado e no nosso crescimento como Espírito. Tanto o corpo Espiritual, quanto o corpo carnal (físico) são instrumentos que a leidivina nos concedeparapromovero nosso crescimento morale espiritual. O perispírito é o laço que une o Espírito à matéria do corpo,sendo tirado do meio ambiente, do fluido universal; contém, ao mesmo tempo,eletricidade, fluido magnético e, até certo ponto, a matéria inerte. Poder-se-iadizer que é a quintessência da matéria, o princípio da vida orgânica, mas não da vida 03 04 05
  • 40. 40 intelectual, porque esta está no Espírito. É, além disso, o agente das sensações externas. No corpo, essas sensações estão localizadas pelos órgãos que lhes servem de canais. Destruído o corpo, as sensações ficam generalizadas. COMENTÁRIOS: Quando desencarnado o Espírito se manifesta através do períspirito, já não tem os órgãos, já não sente dor nas moléstias que tinha quando encarnado, mas sente certo desconforto devido ao condicionamento mental. A dor é o alerta de que algo não está normal em nosso organismo.A dor é um instrumento para a proteção do corpo material. Quando o Espírito desencarna não sentirá mais dor, por exemplo,quando se queima. O Espírito com mente condicionada à dor, reclama de dor, de calor, de frio. Eis porque o Espírito não diz que sofre mais da cabeça do que dos pés. É preciso, de resto, não confundir as sensações do perispírito, que se tornou independente, com as do corpo; não podemos tomar estas últimas como análogas, mas apenas como termo de comparação. Liberto do corpo, o Espírito pode sofrer, mas esse sofrimento não é corporal, embora não seja exclusivamente moral como o remorso,uma vez que ele se queixa de frio e de calor. Ele não sofre mais no inverno que no verão e o temos visto passar através das chamas sem nada experimentar de penoso; a temperatura não lhes causa, pois,nenhuma impressão.A dorque ele sente não é propriamente uma dor física, mas um vago sentimento íntimo que o próprio Espírito nem sempre entende, precisamente porque a dor não está localizada e não é produzida por agentes externos: é mais uma lembrança que uma realidade, porém,uma recordação também penosa.Há algumas vezes, entretanto, mais que uma lembrança, como iremos ver. COMENTÁRIOS: A dor físicatem origem na mente que nos impulsiona ter uma defesano nosso corpo quando está iminente um risco. Quando o Espírito desencarnae a sua mente condicionadaa protegero corpo produz a mesmaquestão da dor, ele sente aquele desconforto que pode não ser igual a dor aqui no plano material, mas é igualmente penoso, por isso a reclamação. Não está localizado no corpo físico,tem certadiferençana formade sensação, mas ainda assim é uma sensação penosa, difícil e que o Espírito só vai aos poucos conseguindo se livrar. 05 06
  • 41. 41 A experiência nos ensina que no momento da morte o perispírito se liberta mais ou menos lentamente do corpo.Durante os primeiros instantes, o Espírito não entende sua situação: não se crê morto porque se sente vivo; vê seu corpo de um lado, sabe que é seu, mas não entende por que está separado dele. Este estado perdura enquanto existe alguma ligação entre o corpo e o perispírito.Um suicida nos disse:Não, não estou morto – e ajuntou – entretanto,sinto os vermes que me roem.Ora, seguramente,os vermes não roíam o perispírito, e muito menos o Espírito; roíam apenas o corpo. Entretanto, como a separação do corpo e do perispírito não tinha se completado,resultava uma espéciede repercussão moralque lhe transmitia a sensação do que se passava no corpo. Repercussão pode não ser, talvez, a palavra certa, pois faria supor um efeito muito material; era, antes, a visão do que se passava no corpo, ligado ainda ao seu perispírito, que produzia nele uma ilusão, a qual tomava por uma realidade. Assim,não era uma lembrança, pois que,durante sua vida não havia sido roído pelos vermes;erao sentimento de um fato atual. Vê-se, por aí, as deduções que se podem tirar dos fatos, quando são observados atentamente. COMENTÁRIOS: Aqui Kardec trata de um caso específico, um suicida. Pessoas que no decorrerda vida dá muito valor à matéria, como a fortuna, as questões de poder, o corpo físico, numa condição de perturbação acaba se suicidando, permanece ligada ao corpo, se recusando a abandonar o corpo. O corpo sendo já corroído pelos microrganismos e aquele espírito ainda preso ao corpo através do períspirito,começaa sentir as sensações que sentiria se o corpo ainda tivesse vivo. Isso acontece apenas quando estamos muito ligados às questões materiais. Aquele que valoriza muito as questões materiais, irá ficar preso nos círculos materiais. Mas aquele que tem uma vida mais espiritualizada, se esforçando cotidianamente para aprender o amor ao próximo, como nos ensinou Jesus, conseguindo certo desprendimento das questões materiais, ao desencarnar não ficará preso ao corpo físico e não sentirá nada do que ocorre com o corpo físico. Essa é a realidade da maioria de nós ao desencarnar. Devemos valorizar o patrimônio espiritual, aquilo que vamos aprendendo nas esferas moral e intelectual. Durante a vida, o corpo recebe as impressões exteriores e as transmite ao Espírito por intermédio do perispírito que constitui, provavelmente, o que se chama de fluido nervoso.Morto o corpo,ele não sente mais nada, visto que 07 08 08
  • 42. 42 não há mais nele Espírito,nem perispírito.O perispírito,desprendido do corpo, experimenta sensação, mas como esta não lhe chega mais por um canal limitado,é generalizada. Ora, como narealidade ele não é mais que um agente de transmissão, pois é no Espírito que está a consciência, resulta disso que, se pudesse existirum perispírito sem Espírito,ele não sentiria mais do que um corpo morto. Da mesma forma, se o Espírito não tivesse o perispírito, seria inacessível a toda a sensação penosa, como ocorre com os Espíritos completamente purificados. Sabemos que, quanto mais eles se purificam, mais a essência do perispírito se torna etérea, do que se segue que a influência material diminui à medida que o Espírito progride, quer dizer, à medida que o próprio perispírito se torna menos grosseiro. COMENTÁRIOS: A escolha é de cada um. Conforme o nosso livre-arbítrio fazemos escolhas todos os dias, a todo momento. Essas escolhas vão nos criando créditos ou débitos para nós mesmos. E assim vamos construindo nossa história. Se em nossas escolhas colocamos o amor ensinado por Jesus, vamos nos tornando Espíritos melhores, menos materializados. No entanto, se esquecemos o amor de Jesus, passamos a ser egoístas, orgulhosos,ficamosparalisados nanossaevolução,mais apegados àmatéria, sentindo a influência pesada da matéria. Temos que fazer bem as nossas escolhas para conquistar a felicidade almejada. Mas, dir-se-á, as sensaçõesagradáveis são transmitidas ao Espírito pelo perispírito, da mesma forma que as sensações desagradáveis; ora, se o Espírito puro é inacessível a umas, deve ser igualmente a outras. Sim, sem dúvida, para aquelas que provêm unicamente da influência da matéria que conhecemos: o som dos nossos instrumentos, o perfume de nossas flores, nenhuma impressão lhe causa. Entretanto, ele experimenta sensações íntimas, de um encanto indefinível que nem podemos imaginar, pois a esse respeito somos como cegos de nascença em relação à luz: sabemos que ela existe, mas por que meio? Aí se detém a nossa ciência. Sabemos que existe percepção, sensação, audição, visão; que essas faculdades são atributos de todo o ser, e não, como no homem, de uma parte do ser; mas, ainda uma vez, porque intermediário? É o que não sabemos.Os próprios Espíritos não podem nos dar conta, visto que nossa linguagem não está em condiçõesde exprimir as ideias que não temos,da mesmaforma que a língua dos selvagens não tem termos para exprimir nossas artes, nossas ciências e nossas doutrinas filosóficas. 09 10 11
  • 43. 43 COMENTÁRIOS: Assim como ainda não conseguimos explicar aos seres menos evoluídos as questões daintelectualidade, nós não conseguimosainda apreendersomente pela articulação da palavra as questões da vida espiritual mais elevada. Não temos ainda condições de ter essa compreensão. Os Espíritos superiores nos dão assistência. Se não sentem a dor física, sentem a dor moral porque quando desviamos do caminho, apesar do esforço da parte deles,eles acabam sentindo porque nos amam. Sentem também as boas sensações morais. Dizendo que os Espíritos são inacessíveis às impressões da nossa matéria, queremos falar dos Espíritos muito elevados, cujo envoltório etéreo não encontra analogia em nosso mundo. O mesmo não ocorre com os de perispírito mais denso, que percebem os nossos sons e os nossos odores, embora não o façam por uma parte da sua individualidade, como quando em vida. Poder-se-ia dizer que as vibrações moleculares se fazem sentir em todo o ser e chegam, assim, ao seu sensorium commune, que é o próprio Espírito, embora de um modo diferente, e pode ser também com uma impressão diferente,o que produz uma modificação na percepção.Eles ouvem o som da nossa voz, entretanto, nos compreendem sem o auxílio da palavra, apenas pela transmissão do pensamento.Isso vem em apoio ao que dissemos:essa penetração é tanto mais fácil quanto mais o Espírito está desmaterializado. Quanto à visão, ela independe da nossa luz. A faculdade de ver é um atributo essencial da nossa alma; para ela não há obscuridade, e apresenta-se mais extensa, mais penetrante para os que estão mais purificados. A alma, ou o Espírito,tem pois, em si mesmo,a faculdade de todas as percepções;na vida corpórea elas são limitadas pela grosseria de seus órgãos, contudo, na vida extracorpóreao são cada vez menos à medida que se torna menos compacto o envoltório semimaterial. COMENTÁRIOS: O Espírito mais evoluído pode em um ambiente com muito barulho consegue selecionar somente aquilo que aprouve-lhe ouvir, porque não precisa ouvir pela sensibilidade material, mas pelo pensamento que nós exteriorizamos. Da mesmaforma para ver, não precisada claridade da luz. É capaz de ver na total escuridão porque o efeito para ver não é o efeito da luz, mas outra forma 12 13
  • 44. 44 de se obter a visão, não necessitando dos órgãos dos olhos como nós encarnados. As sensações ocorrem por todo o seu ser e não circunscritas em seus respectivos órgãos como em nós. Esse envoltório, tirado do meio ambiente, varia de acordo com a natureza dos mundos.Passando de um mundo a outro, os Espíritos trocam de envoltório como trocamos de roupaao passarmos do inverno para o verão, ou do polo para o equador. Os Espíritos mais elevados,quando nos vêm visitar, revestem-se do perispírito terrestre e, então, suas percepções operam como nos Espíritos vulgares; mas todos, inferiores como superiores, não ouvem e não sentem mais do que aquilo que querem ouvir ou sentir. Sem possuírem órgãos sensitivos,podem tornar, à vontade, ativas ou nulas suas percepções; só uma coisa são forçados a ouvir: os conselhos dos bons Espíritos. A visão é sempre ativa, mas eles podem, reciprocamente, tornarem-se invisíveis uns aos outros. Segundo a categoria que ocupem,podem ocultar-se dos que lhes são inferiores, mas não o podem dos que lhes são superiores. Nos primeiros momentos que se seguem à morte, a visão do Espírito é sempre perturbadae confusa e se aclara à medida que se desprende e pode adquirir a mesma clareza que durante a vida, independentemente da sua penetração através dos corpos que nos são opacos.Quanto à sua extensão pelo espaço infinito, no futuro e no passado, depende do grau de pureza e elevação do Espírito. COMENTÁRIOS: O períspirito, corpo em que o Espírito desencarnado se manifesta no mundo espiritual, é um instrumento de aprendizado e a sua formação é adequada às condições materiais do globo em nos manifestamos. Se estamos aqui na Terra, o nosso períspirito é formado de uma matéria quintessenciada condizente com a vida aqui na Terra e o mesmo ocorre com o nosso corpo físico que é constituído de matéria relativa à Terra. Mas se o Espírito vaipara outro planeta vivenciar porlá, ele terá que se revestir de um corpo de matéria quintessenciada condizente ao planeta de destino. No momento do desencarne,o serpassaporum processo de perturbaçãoque pode ser mais ou menos duradoura, de acordo com o grau de evolução do Espírito. Todaesta teoria, dir-se-á, não é nada tranquilizadora. Pensávamos que, uma vez desembaraçados do nosso envoltório grosseiro, instrumento das nossas dores,não sofreríamos mais e nos informais que ainda sofreremos e, seja de uma maneira ou de outra, é sempre sofrer. Ah! Sim, podemos ainda 14 15 16
  • 45. 45 sofrer muito e por muito tempo, mas, podemos também não mais sofrer, mesmo desde o instante em que deixamos a vida corpórea. Os sofrimentos deste mundo, algumas vezes, independem de nós, mas muitos são consequências da nossa vontade. Remontando à origem, ver-se- á que, em sua maior parte, resultam de causas que poderíamos evitar. Quantos males e enfermidades deve o homem aos seus excessos, à sua ambição, às suas paixões? O homem que tivesse vivido sempre sobriamente, sem abusar de nada, com simplicidade de gostos,modestoem seus desejos, se pouparia de muitas tribulações. Ocorre o mesmo com o Espírito; os sofrimentos que enfrenta são consequência da maneira que viveu sobre a Terra. Sem dúvida, não terá mais a gota e o reumatismo, mas terá outros sofrimentos que não são menores.Vimos que esses sofrimentos resultam dos laços que ainda existem entre o Espírito e a matéria e que quanto mais se liberta da influência da matéria, quanto mais se desmaterializa, sofre menos as sensações penosas.Ora, depende dele libertar-se dessainfluência desde a vida atual; tem o seu livre- arbítrio e, por conseguinte, a faculdade de escolherentre fazer e não fazer. Dome ele as suas paixões animais, não sinta ódio,nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; não se deixe dominar pelo orgulho e purifique a sua alma pelos bons sentimentos,que faça o bem e dê às coisas deste mundo a importância que elas merecem, então, mesmo estando encarnado, já estará depurado, liberto da matéria, e quando deixar seu corpo não mais lhe suportará a influência. Nenhuma recordação dolorosa,nenhuma impressão desagradável lhe restará dos sofrimentosfísicosque experimentou, porque elas afetaram o corpo e não o Espírito. Sentir -se -á feliz de ter se libertado delas e a calma de sua consciência o isentará de todo o sofrimento moral. Interrogamos milhares de Espíritos, que pertenceram a todas as categorias da sociedade terrena, a todas as posições sociais; estudamo-los em todos os períodos da sua vida espírita, a partir do momento em que deixaram o corpo; seguimo-los, passo a passo, nessa vida de além-túmulo, para observar as mudanças que neles se operavam, em ideias, em suas sensações e, sob esse aspecto, os homens mais vulgares não foram os que nos forneceram materiais de estudo menos preciosos. Ora, constatamos sempre que os sofrimentostinham relação com a conduta, da qual suportavam as consequências, e que essa nova existência era a fonte de uma felicidade inefável para os que seguiram o bom caminho. Segue-se daí que os que sofrem, sofrem porque quiseram e só de si mesmos podem queixar-se, tanto neste como no outro mundo. COMENTÁRIOS: Lei do livre-arbítrio e lei de causa e efeito – duas grandes leis. Temos liberdade de fazer as nossas escolhas. O que fazer da minha vida, como viver,como encararas questões materiais,as questõesespirituais,amar ao próximo ou não, etc. 17 18 18 20 19
  • 46. 46 Tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém. Nos é lícito porque pela lei de livre-arbítrio nós podemos fazer as nossas escolhas e elas nos são respeitadas.Contudo, nem tudo nos convém, devido à lei de causa e efeito. Nós haveremos de colheros frutos daquilo que plantamos. Se plantamos boas sementes seremosfelizes porque vamos colheros bons frutos que plantamos, mas se vivemos na violência, no ódio,no desamor,certamente enfrentaremos dificuldades no futuro. Toda dor que hoje se manifesta, tem origem na nossa própria conduta. Se conseguirmos analisar a razão da dor que hoje sentimos é porque são causas atuais das aflições. Mas às vezes não conseguimos localizar a razão desta dor, daí a causa está lá numa vida anterior e hoje estamos pagando o débito daquilo que fizemos de mal. Vamos vivenciar e praticar o amor que Jesus nos ensinou. O Espírito, quando reencarna, é ligado ao corpo por fios tenuíssimos em vários centros de força, refletores de outros centros da alma, no domínio de todas as células do campo somático. Quando o corpo físico começa a desagregar-se por desleixo da alma que não cuidou da sua vestimenta, ou por processos ligados ao passado, ou por leis de mudanças necessárias, não é ele que sofre as impressões dolorosas; é o Espírito, por sua alta sensibilidade, que capta essas impressões, pelas linhas que o prendem à argamassa física. Com o conhecimento que agora se tem, trazido à luz pelo ensaio teórico do Codificador e com todas as experiências adquiridas ao longo do tempo, deve-se passar à vivência dos ensinos de Jesus, conhecendo a verdade que oferecerá a coroa de luz, marcando assim a sua dignidade como cidadão livre no campo da vida espiritual. Lembremo-nos bem: onde estarão os nossos pensamentos? Onde os nossos sentimentos estão ligados? Eis ai nosso tesouro! Vejamos, atentemos se é o que o Cristo deseja de nós!
  • 47. 47 6.5 – ESCOLHA DAS PROVAS - Maturidade espiritual - Progressivamente vamos assumindo responsabilidades sobre o nosso próprio plano evolutivo. Quanto mais amadurecidos estivermos, melhores escolhas faremos. Quanto mais conhecimento das leis que regem a vida e o Universo faremos melhores escolhas. - Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem. Eles (nós) não amadureceram e nem tem conhecimento suficiente para fazer as escolhas certas. - Nós estamos aquinesse caminho de amadurecimento e de aprendizado para fazermos boas escolhas hoje para termos uma vida melhor no futuro. Hoje estamos vivenciando as consequências das escolhas realizadas no passado e, também na atualidade. 258 – Quando noestado errantee antes de se reencarnar,o Espírito tem a consciência e a previsão das coisasque lhe sucederãodurantea vida? Ele próprio escolhe o gênero de provas que quer suportar e é nisso que consiste o seu livre-arbítrio. 258.a) Não é Deus que lhe impõe, então, as tribulações da vida como castigo? Nada ocorre sem a permissão de Deus, pois é Ele quem estabelece todas as leis que regem o Universo. Perguntai, então, por que fez tal lei ao invés de outra. Dando ao Espírito a liberdade de escolha, deixa-lhe toda a responsabilidade de seus atos e suas consequências, de maneira que nada entrava o seu futuro; o caminho do bem, como o do mal, lhe está aberto. Se sucumbe,resta-lhe a consolação de que nem tudo se acabou para ele; Deus, na sua bondade, lhe dá a oportunidade de recomeçar o que foi mal feito. É necessário, aliás, distinguir o que é obra da vontade de Deus do que é da vontade do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós que criastes, mas Deus; contudo, pela própria vontade, a ele vos expondes porque vedes um meio de adiantar-vos e Deus o permitiu. COMENTÁRIOS: Quando desencarnamos não há um tribunal para sentenciaro que produzimos aqui na Terra. A Lei Divina está na consciênciade cada um de nós. É ela que vai nos julgar. Nós somos os julgadores de nós mesmos.
  • 48. 48 Na construção da nossa história há duas principais Leis que direcionam o nosso caminho: - A lei do livre-arbítrio que autoriza a fazermos as nossas escolhas. Antes de reencarnar é realizada uma programação para a nova existência. André Luiz nos esclarece que quando candidatamos à reencarnação, somos recebidos em um departamento específico para preparar essa reencarnação. Lá vamos avaliar as nossas necessidades de aprendizagem,quais os débitos aresgatar, quais foram os equívocos do passado em nossas diversas reencarnações anteriores. Se já temos a consciência para resgatar. Dessa forma antes de iniciar uma nova reencarnação é necessário elaborar um projeto com as coisas mais relevantes, mais genéricas,como,qual é o lar que irá receber, quem será a mãe, o pai, os irmãos, qual será a profissão, a condição social. Dentro dessa escolha, conforme o livre-arbítrio há a preparação no mundo Espiritual. Fazer cursos,estágios,se preparando paraos resgates dos débitos e para aquisição de novas experiências de acordo com as limitações. Com relação aos débitos,não são todos,mas aqueles que já se consegue aprender através das dificuldades que se passará. O aprendizado, seja qual for, consiste no amor, porque só no amor que se consegue a evolução. Deus só dá o frio conforme o cobertor. Nós escolhemos as provas, nos preparamos para elas, então estamos aptos a passar pelas diversas circunstâncias aqui enquanto encarnados. - A lei de causa e efeito que fornece as consequências de tudo o que se faz. TIPOS DE ENCARNAÇÃO Há quatro tipos de reencarnação, que vão de acordo com o grau de adiantamento do espírito. São eles: - Reencarnação Compulsória: Este tipo de reencarnação é destinada a espíritos que não tem capacidade de fazer as suas próprias escolhas, devido ao seu adiantamento evolutivo atrasado ou por faltas graves que impedem a liberdade de escolha. O espírito é acolhido sem prévia concordância e até sem o seu conhecimento. E também, a reencarnação compulsória é imposta pela Lei de Deus nos casos que exige longas expiações. Neste, tudo acontece naturalmente, de uma forma automática; este processo acontece de tal maneira: os espíritos inferiores com ideias fixas, entram em grande associação com o útero, que tem circunstâncias adequadas para a sua nova reencarnação, em moldes totalmente dependentes da hereditariedade. Mas até mesmo nesses casos os espíritos superiores responsáveis pelo destino do planeta Terra supervisionam à distância essas entidades reencarnantes; ou seja, nenhuma existência está abandonada, a ajuda carinhosa de Deus está sempre presente, os espíritos supervisores dos renascimentos na Terra, tem conhecimento de todas as reencarnações automáticas/compulsória, que é o maior número no nosso planeta. - Reencarnação Acidental: