As entidades espirituais designadas pelos nomes de “anjo da guarda”, “anjo guardião”, “protetor espiritual” ou “mentor espiritual” nada têm que ver com os anjos propriamente ditos.
Os protetores espirituais, que Deus concede a cada uma de suas criaturas, são Espíritos como nós mesmos, ainda no caminho da evolução, e não Espíritos puros, chegados ao ápice da evolução, embora muitos protetores espirituais sejam Espíritos de alta envergadura moral.
Espírito protetor, anjo da guarda ou bom gênio - É o Espírito que tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a progredir. É ele sempre de natureza superior com relação ao seu protegido. Sua missão é como a de um pai com relação ao filho: guiá-lo pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.
Espíritos familiares - São os que se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis com o fim de lhes serem úteis, dentro dos limites do poder de que dispõem. Podem ser bons, porém muitas vezes são pouco adiantados e, por isso, se ocupam com as particularidades da vida íntima das pessoas, só atuando por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores.
Espíritos simpáticos - São os que se sentem atraídos para o nosso lado por afeições particulares e também por uma certa semelhança de gostos e de sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal.
Pressentimento – sentir antes, perceber antes. Se colocar em uma situação que ainda não existe.
Os pressentimentos e intuições são meios de nos comunicarmos com nossos mentores Espirituais, assim como com o nosso próprio íntimo. É através desse tipo de mediunidade que é possível receber os auxílios para o cumprimento de nossa encarnação.
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Anjos Guardiães e Espíritos Protetores
1.
2. Capítulo IX: Intervenção dos
Espíritos no Mundo Corporal
Anjos guardiães, Espíritos
protetores, familiares ou
simpáticos
Pressentimentos
Questões 489 à 524
3. Anjo da guarda, Espírito protetor ou bom gênio É o Espírito que
tem por missão acompanhar o homem na vida e ajudá-lo a
progredir. É ele sempre de natureza superior com relação ao seu
protegido. Sua missão é como a de um pai com relação ao filho:
guiá-lo pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo
em suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.
Espíritos familiares São os que se ligam a certas pessoas por
laços mais ou menos duráveis com o fim de lhes serem úteis, dentro
dos limites do poder de que dispõem. Podem ser bons, porém
muitas vezes são pouco adiantados e, por isso, se ocupam com as
particularidades da vida íntima das pessoas, só atuando por ordem
ou com permissão dos Espíritos protetores.
Espíritos simpáticos São os que se sentem atraídos para o nosso
lado por afeições particulares e também por uma certa semelhança
de gostos e de sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal.
4. 489 – Há Espíritos que se
ligam a um indivíduo em
particular para proteger?
Sim, o irmão espiritual, a
que chamais o bom
Espírito ou o bom gênio.
5. 490 – Que se deve entender por anjo guardião?
O Espírito protetor de uma ordem elevada.
6. ESPÍRITOS PUROS
- Grau supremo da
perfeição
BONS ESPÍRITOS
- Desejo do bem
- Predominância do Espírito
sobre a matéria
ESPÍRITOS IMPERFEITOS
- predominância da matéria sobre o Espírito
- Propensão para o mal
6ª - Espíritos batedores e
perturbadores
7ª - Espíritos neutros
8ª - Espíritos pseudossábios
9ª - Espíritos levianos
10ª - Espíritos impuros
2ª - Espíritos superiores
3ª - Espíritos de sabedoria
4ª - Espíritos sábios
5ª - Espíritos benévolos
1ª - Classe Única
3ª Ordem
2ª Ordem
1ª Ordem
7. 491 – Qual é a missão do
Espírito protetor?
A de um pai sobre seus filhos:
guiar seu protegido no bom
caminho, ajudá-lo com seus
conselhos, consolar suas
aflições, sustentar sua
coragem nas provas da vida.
8. 492 – O Espírito protetor liga-
se ao indivíduo depois do seu
nascimento?
Depois do seu nascimento até à
morte, e, frequentemente, o
segue depois da morte na vida
espírita, e mesmo em várias
existências corporais, porque
essas existências são apenas
fases bem curtas com relação à
vida do Espírito.
9. 493 – A missão do Espírito
protetor é voluntária ou
obrigatória?
O Espírito protetor é obrigado a
velar sobre vós porque aceitou
essa tarefa, mas pode escolher
os seres que lhe são simpáticos.
Para alguns é um prazer, para
outros, uma missão ou um
dever.
493.a) Ligando-se a uma
pessoa, o Espírito renuncia a
proteger outros indivíduos?
Não, mas o faz menos
exclusivamente.
10. 494 – O Espírito protetor
está fatalmente ligado ao
ser confiado sua guarda?
Ocorre, frequentemente,
que certos Espíritos deixam
sua posição para executar
diversas missões; mas,
então, são substituídos.
11. 495 – O Espírito protetor abandona algumas vezes seu
protegido quando este é rebelde aos seus conselhos?
Ele se afasta quando vê seus conselhos inúteis, e que a
vontade de sofrer a influência dos Espíritos inferiores é mais
forte. Todavia, não o abandona completamente, e se faz
sempre ouvir sendo, então, o homem quem fecha os ouvidos.
Ele retorna, desde que chamado.
É uma doutrina que deveria converter os mais incrédulos pelo
seu encanto e pela sua doçura: a dos anjos guardiães. Pensar
que se tem sempre perto de si seres que vos são superiores,
que estão sempre aí para vos aconselhar, vos sustentar, vos
ajudar a escalar a áspera montanha do bem, que são os amigos
mais seguros e mais devotados do que as mais íntimas ligações
que se possa contrair sobre esta Terra, não é uma ideia bem
consoladora?
12. Esses seres aí estão por ordem de Deus; ele os colocou junto de
vós e aí estão, por seu amor, cumprindo uma bela, mas penosa
missão. Sim, onde estejais, ele estará convosco: as prisões, os
hospitais, os lugares de devassidão, a solidão, nada vos separa
desse amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma sente os
mais doces estímulos e ouve os sábios conselhos.
Deveríeis conhecer melhor esta verdade! quantas vezes ela vos
ajudaria nos momentos de crise; quantas vezes ela vos salvaria
dos maus Espíritos! Todavia, no grande dia, este anjo de bondade
terá frequentemente de vos dizer: “Não te disse isto? e não o
fizeste; não te mostrei o abismo? e aí te precipitaste; não te fiz
ouvir na consciência a voz da verdade? e não seguiste os
conselhos da mentira?” Ah! interrogai vossos anjos guardiães;
estabelecei entre eles e vós essa ternura íntima que reina entre
os melhores amigos. Não penseis em esconder-lhes nada, porque
eles têm os olhos de Deus, e não podeis enganá-los.
13. Sonhai com o futuro; procurai avançar nesta vida e vossas provas
serão mais curtas, vossas existências mais felizes. Caminhai!
homens de coragem; atirai para longe de vós, de uma vez por
todas, preconceitos e ideias preconcebidas; entrai na nova
estrada que se abre diante de vós; marchai! marchai! tendes
orientadores, segui-os: o objetivo não vos pode faltar, porque
esse objetivo é Deus.
Àqueles que pensem ser impossível aos Espíritos
verdadeiramente elevados, se sujeitarem a uma tarefa tão
laboriosa e de todos os instantes, diremos que influenciamos
vossas almas estando a vários milhões de léguas de vós. Para nós
o espaço não é nada, e vivendo em outro mundo, nossos Espíritos
conservam sua ligação com o vosso. Gozamos de qualidades que
não podeis compreender, mas estejais certos de que Deus não
nos impôs uma tarefa acima de nossas forças e que ele não vos
abandonou sós sobre a Terra, sem amigos e sem apoio.
14. Cada anjo guardião tem seu protegido sobre o qual vela, como
um pai vela sobre seu filho, e é feliz quando o vê no bom
caminho, e sofre quando seus conselhos são menosprezados.
Não temais em nos fatigar com vossas perguntas; estejais, ao
contrário, sempre em relação conosco: sereis mais fortes e mais
felizes. São essas comunicações de cada homem com seu Espírito
familiar que fazem todos os homens médiuns, médiuns hoje
ignorados, mas que se manifestarão mais tarde e se espalharão
como um oceano sem limites para repelir a incredulidade e a
ignorância. Homens instruídos, instruí; homens de talento, elevai
vossos irmãos. Não sabeis que obra cumprireis assim: a do Cristo,
a que Deus vos impôs. Para que Deus vos deu a inteligência e a
ciência, senão para repartir com vossos irmãos, para os adiantar
no caminho da alegria e da felicidade eterna?
São Luís, Santo Agostinho.
15. Allan Kardec
A doutrina dos anjos guardiães, velando sobre seus protegidos,
malgrado a distância que separa os mundos, não tem nada que
deva surpreender; ela é, ao contrário, grande e sublime. Não
vemos sobre a Terra um pai velar sobre seu filho ainda que
estando longe, ajudá-lo com seus conselhos por
correspondência? Que haverá, então, de espantoso em que os
Espíritos possam guiar aqueles que tomaram sob sua proteção,
de um mundo a outro, visto que, para eles, a distância que
separa os mundos é menor que a que separa, sobre a Terra, os
continentes? Não têm eles, por outro lado, o fluido universal
que liga todos os mundos e os torna solidários, veículo imenso
da transmissão dos pensamentos, como o ar é para nós o
veículo da transmissão do som?
16. 496 – O Espírito que abandona seu protegido, não lhe
fazendo mais o bem, pode lhe fazer o mal?
Os bons Espíritos não fazem, jamais, o mal; deixam que
o façam aqueles que tomam o seu lugar; então, acusais
a sorte pelos infortúnios que vos acabrunham, quando
é vossa a falta.
17. 497 – O Espírito protetor pode deixar
seu protegido à mercê de um Espírito
que poderia lhe desejar o mal?
Há união dos maus Espíritos para
neutralizar a ação dos bons. Mas, se o
protegido quiser, ele dará toda a força
ao seu bom Espírito. O bom Espírito
talvez encontre uma boa vontade,
alhures, para ajudar; disto aproveita
até seu retorno junto do seu
protegido.
18. 498 – Quando o Espírito protetor deixa seu protegido se
transviar na vida, é por falta de força, de sua parte, na
luta contra outros Espíritos malévolos?
Não é porque ele não pode, mas porque ele não quer. Seu
protegido sai das provas mais perfeito e mais instruído.
Ele o assiste com seus conselhos, pelos bons
pensamentos que lhe sugere, mas que, infelizmente, não
são sempre escutados. Não é senão a fraqueza, a
negligência ou o orgulho do homem que dão força aos
maus Espíritos; seu poder sobre vós resulta de não lhes
opordes resistência.
19. 499 – O Espírito protetor está constantemente com seu
protegido? Não há alguma circunstância em que, sem o
abandonar, o perca de vista?
Há circunstâncias em que a presença do Espírito protetor não é
necessária junto de seu protegido.
20.
21. 501 – Por que a ação dos Espíritos sobre nossa existência é
oculta e por que, quando nos protegem, não o fazem de uma
forma ostensiva?
Se contardes com a sua proteção, não agireis por vós mesmos, e
vosso Espírito não progredirá. Para que possa avançar lhe é
necessária a experiência e é preciso, frequentemente, que ele a
adquira às suas custas; é preciso que exerça suas habilidades,
sem isso seria como uma criança que não se permitisse andar
sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem o bem é sempre
regulada de maneira a vos deixar o livre-arbítrio, porque se não
tiverdes responsabilidade não avançareis no caminho que vos
deve conduzir até Deus. O homem, não vendo o seu apoio, se
entrega às suas próprias forças; seu guia, entretanto, vela por
ele e, de tempos em tempos, lhe brada para desconfiar do
perigo.
22. 502 – O Espírito protetor que
consegue conduzir seu
protegido no bom caminho,
experimenta algum bem para si
mesmo?
É um mérito do qual se lhe tem
em conta, seja para seu próprio
adiantamento, seja por sua
alegria. Ele é feliz quando vê seu
desvelo coroado de sucesso,
triunfando como um preceptor
triunfa com o sucesso de seu
aluno.
502.a) Ele é responsável se não
triunfar?
Não, visto que fez o que dele
dependia.
23. 503 – O Espírito protetor que vê seu
protegido seguir um mau caminho,
malgrado seus avisos, sofre com isso
e não lhe é uma causa de perturbação
para a sua felicidade?
Ele sofre por causa dos seus erros e o
lastima. Mas essa aflição não tem as
angústias da paternidade terrestre,
porque sabe que há remédio para o
mal, e que aquilo que não se faz hoje,
far-se-á amanhã.
24. 504 – Podemos sempre saber o nome
do nosso Espírito protetor ou anjo
guardião?
Por que razão quereis saber sobre
nomes que não existem para vós?
Credes então que não haverá entre os
Espíritos senão aqueles que conheceis?
504.a) De que modo invocá-lo se não
o conhecemos?
Dai-lhe o nome que quiserdes, o de um
Espírito superior pelo qual tendes
simpatia ou veneração. Vosso Espírito
protetor virá a esse apelo, porque
todos os bons Espíritos são irmãos e se
assistem entre si.
25. 505 – Os Espíritos protetores
que tomam nomes conhecidos,
são sempre, realmente, os das
pessoas que usaram esses
nomes?
Não, mas de Espíritos que lhes
são simpáticos e que,
frequentemente, vêm por sua
ordem. Precisais de nomes,
então, eles tomam um que vos
inspire confiança. Quando não
podeis cumprir uma missão
pessoalmente, enviais, vós
mesmos, um outro que age em
vosso nome.
26. 506 – Quando estivermos na vida espírita, reconheceremos
nosso Espírito protetor?
Sim, porque, frequentemente, vós o conhecíeis antes de
encarnardes.
27. 507 – Os Espíritos protetores
pertencem todos à classe dos
Espíritos superiores? Podem se
encontrar entre os médios? Um pai,
por exemplo, pode vir a ser o Espírito
protetor de seu filho?
Ele o pode, mas a proteção supõe um
certo grau de elevação, um poder ou
uma virtude a mais concedida por
Deus. O pai que protege seu filho,
pode ser, ele mesmo, assistido por um
Espírito mais elevado.
28. 508 – Os Espíritos que
deixaram a Terra em boas
condições, podem sempre
proteger os que amam e
que lhes sobrevivem?
Seu poder é mais ou menos
restrito; a posição em que
se encontram não lhes deixa
sempre toda a liberdade de
agir.
29. 509 – Os homens no estado selvagem ou de inferioridade
moral, têm, igualmente, seus Espíritos protetores? Nesse
caso, esses Espíritos são de uma ordem tão elevada
quanto aqueles dos homens mais avançados?
Cada homem tem um Espírito que vela por ele, mas as
missões são relativas ao seu objetivo. Não dais a uma
criança que aprende a ler um professor de filosofia. O
progresso do Espírito familiar segue o do Espírito
protegido. Tendo vós mesmos um Espírito superior que
vela por vós, podeis, a vosso turno, virdes a ser o protetor
de um Espírito que vos é inferior, e os progressos que o
ajudardes a fazer contribuirão para o vosso adiantamento.
Deus não pede ao Espírito, além do que comportem sua
natureza e o grau que alcançou.
30. 510 – Quando o pai que vela pelo filho vem a reencarnar,
vela ainda por ele?
Isso é mais difícil, mas ele convida, num momento de
desprendimento, um Espírito simpático para o assistir
nessa missão. Aliás, os Espíritos não aceitam senão
missões que podem cumprir até o fim.
O Espírito encarnado, sobretudo nos mundos onde a
existência é material, está mais submetido ao seu corpo
para poder ser inteiramente devotado, quer dizer, assistir
pessoalmente. Por isso, aqueles que não são bastante
elevados, são, eles mesmos, assistidos por Espíritos que
lhe são superiores, de tal sorte que se um falta por uma
causa qualquer, é substituído por um outro.
31. 511 – Além do Espírito protetor,
um mau Espírito é ligado a cada
indivíduo tendo em vista compeli-
lo ao mal e lhe fornecer uma
ocasião de lutar entre o bem e o
mal?
Ligado não é o termo. É bem
verdade que os maus Espíritos
procuram desviar do bom caminho
quando encontram oportunidade;
mas quando um deles se liga a um
indivíduo, o faz por si mesmo,
posto que espera ser escutado.
Então, há a luta entre o bom e o
mau, e vence aquele que o homem
deixa imperar sobre si.
32. 512 – Podemos ter vários Espíritos protetores?
Cada homem tem sempre Espíritos simpáticos, mais ou
menos elevados, que se afeiçoam e se interessam por ele,
como tem os que o assistem no mal.
33. 513 – Os Espíritos simpáticos
agem em virtude de uma missão?
Algumas vezes eles podem ter
uma missão temporária, mas, o
mais frequentemente, não são
solicitados senão pela semelhança
de pensamentos e de sentimentos
no bem, como no mal.
513.a) Parece resultar disso que
os Espíritos simpáticos podem ser
bons ou maus?
Sim, o homem encontra sempre
Espíritos que simpatizam com ele,
qualquer que seja seu caráter.
34. 514 – Os Espíritos familiares são os mesmos Espíritos
simpáticos ou Espíritos protetores?
Existem diferenças na proteção e na simpatia; dai-lhes o
nome que quiserdes. O Espírito familiar é antes o amigo da
casa.
35. Allan Kardec:
Das explicações acima e das observações feitas sobre a natureza dos
Espíritos que se ligam ao homem, pode-se deduzir o que se segue:
O ESPÍRITO PROTETOR, anjo guardião ou bom gênio, é aquele que tem por
missão seguir o homem na vida e ajudá-lo a progredir. Ele é sempre de uma
natureza superior relativamente à do protegido.
Os ESPÍRITOS FAMILIARES se ligam a certas pessoas por laços mais ou
menos duráveis tendo em vista ser-lhes úteis, no limite de seu poder,
frequentemente bastante limitado. Eles são bons, mas, algumas vezes,
pouco avançados e mesmo um pouco levianos. Eles se ocupam, de bom
grado, dos detalhes da vida íntima e não agem senão por ordem ou com
permissão dos Espíritos protetores.
Os ESPÍRITOS SIMPÁTICOS são os que se sentem atraídos para nós por
afeições particulares e uma certa semelhança de gostos e de sentimentos,
no bem como no mal. A duração de suas relações é quase sempre
subordinada às circunstâncias.
O MAU GÊNIO é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao homem
para desviá-lo do bem, e age por sua própria iniciativa e não em virtude de
uma missão. Sua tenacidade está em razão do acesso mais ou menos fácil
que encontra. O homem está sempre livre para escutar sua voz ou repeli-la.
36. 515 – Que se deve pensar
dessas pessoas que parecem
ligar-se a certos indivíduos
para os compelir fatalmente à
perdição, ou para guiá-los no
bom caminho?
Certas pessoas exercem, com
efeito, sobre outras, uma
espécie de fascinação, que
parece irresistível. Quando isso
tem lugar para o mal, são maus
Espíritos que se servem de
outros maus Espíritos para
melhor subjugar. Deus o
permite para vos experimentar.
37. 516 – Nosso bom e nosso
mau gênio poderiam se
encarnar para nos
acompanhar na vida de um
modo mais direto?
Isso ocorre algumas vezes.
Frequentemente, também,
eles encarregam dessa
missão outros Espíritos
encarnados, que lhes são
simpáticos.
38. 517 – Há Espíritos que se
ligam a toda uma família para
protegê-la?
Certos Espíritos se ligam aos
membros de uma mesma
família que vivem em
conjunto e que estão unidos
pela afeição, mas não creiais
em Espíritos protetores do
orgulho de raça.
39. 518 – Sendo os Espíritos atraídos para os indivíduos pela sua
simpatia, o são igualmente para as reuniões de indivíduos em
razão de causas particulares?
Os Espíritos vão, de preferência aonde estão seus semelhantes; aí
estão mais à vontade e mais seguros de serem ouvidos. O homem
atrai para si os Espíritos em razão de suas tendências, quer esteja
só ou formando uma coletividade, como uma sociedade, uma
cidade ou um povo. Há então, sociedades, cidades e povos que são
assistidos por Espíritos mais ou menos elevados segundo o caráter
e as paixões que neles dominam. Os Espíritos imperfeitos se
afastam daqueles que os repelem. Resulta disso que o
aperfeiçoamento moral das coletividades, como o dos indivíduos,
tende a afastar os maus Espíritos e a atrair os bons que excitam e
entretêm o sentimento do bem nas massas, como outros podem
lhes insuflar as más paixões.
40. 519 – As aglomerações de
indivíduos, como as
sociedades, as cidades, as
nações, têm seus Espíritos
protetores especiais?
Sim, porque essas reuniões
são de individualidades
coletivas que marcham com
um objetivo comum e que
têm necessidade de uma
direção superior.
41. 520 – Os Espíritos protetores das massas são de uma
natureza mais elevada que a daqueles que se ligam aos
indivíduos?
Tudo é relativo ao grau de adiantamento das massas, como
dos indivíduos.
42. 521 – Certos Espíritos podem ajudar o progresso das artes,
protegendo os que dela se ocupam?
Há Espíritos protetores especiais e que assistem aqueles que
os invocam, quando eles os julgam dignos. Mas que quereis
vós que façam com aqueles que creem ser o que não são?
Eles não fazem os cegos verem, nem os surdos ouvirem.
43. Allan Kardec:
Os Antigos fizeram divindades especiais; as Musas não eram
outras que a personificação alegórica dos Espíritos protetores
das ciências e das artes, como designaram sob o nome de lares
e de penates os Espíritos protetores da família. Entre os
modernos, as artes, as diferentes indústrias, as cidades, os
continentes têm também seus patronos protetores, que não
são outros que os Espíritos superiores, mas sob outros nomes.
Cada homem tendo seus Espíritos simpáticos, disso resulta
que, nas coletividades, a generalidade dos Espíritos simpáticos
está em relação com a generalidade dos indivíduos; que os
Espíritos estranhos para aí são atraídos pela identidade dos
gostos e dos pensamentos, em uma palavra, que esses
agregados, assim como os indivíduos, são mais ou menos bem
rodeados, assistidos, influenciados segundo a natureza dos
pensamentos da multidão.
44. Entre os povos, as causas de atração dos Espíritos são os
costumes, os hábitos, o caráter dominante, as leis,
sobretudo, porque o caráter de uma nação se reflete em
suas leis. Os homens, que fazem reinar a justiça entre si,
combatem a influência dos maus Espíritos. Em toda parte,
onde as leis consagram as coisas injustas, contrárias à
Humanidade, os bons Espíritos estão em minoria, e a massa
dos maus, que afluem, entretêm a nação em suas ideias e
paralisa as boas influências parciais perdidas na multidão,
como uma espiga isolada no meio as sarças. Estudando os
costumes dos povos ou de toda reunião de homens, é fácil
de se fazer uma ideia da população oculta que se imiscui nos
seus pensamentos e nas suas ações.
46. 522 – O pressentimento é sempre
uma advertência do Espírito
protetor?
O pressentimento é o conselho íntimo e
oculto de um Espírito que vos quer bem.
Está também na intuição da escolha que
se fez e é a voz do instinto. O Espírito,
antes de encarnar, tem conhecimento
das principais fases de sua existência,
quer dizer, do gênero de provas nas
quais se obriga. Quando estas têm um
caráter marcante, ele conserva no seu
foro íntimo, uma espécie de impressão,
que é a voz do instinto, despertando
quando o momento se aproxima, como
pressentimento.
47. 523 – Os pressentimentos
e a voz do instinto têm
sempre alguma coisa de
vago, que devam nos
deixar na incerteza?
Quando estás no vago,
invoca teu bom Espírito,
ou ora ao senhor de todas
as coisas, Deus, que ele te
enviará um dos seus
mensageiros, um de nós.
48. 524 – As advertências de nossos Espíritos protetores têm por
objeto único a conduta moral ou também a conduta a ter nas
coisas da vida particular?
Tudo; eles procuram fazer-vos viver o melhor possível. Mas,
frequentemente, fechais os ouvidos às boas advertências, e sois
infelizes por vossa causa.
Allan Kardec:
Os Espíritos protetores nos ajudam com seus conselhos pela voz
da consciência, que fazem falar em nós. Mas, como a isso não
ligamos sempre a importância necessária, nos dão de maneira
mais direta, servindo-se das pessoas que nos rodeiam. Que cada
um examine as diversas circunstâncias, felizes e infelizes, de sua
vida e verá que em muitas ocasiões recebeu conselhos que nem
sempre aproveitou e que lhe teriam poupado desgostos se os
houvesse escutado.
50. CRÉDITOS:
Formatação: Marta Gomes P. Miranda
Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras
– SP: IDE, 2009. Pág. 172 à 180.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução De Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras –
SP: Ide, 2008.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução De Salvador Gentile.
365ª Ed. Araras – SP: Ide, 2009.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução De Salvador Gentile. 61ª Ed. Araras –
SP: Ide, 2009.
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo.
Tradução de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008.
XAVIER, Chico. O Consolador. Brasília: Feb, 2013. Pelo Espírito Emmanuel.
http://bvespirita.com/
https://espirito.org.br/
50
51. CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo P. Amorim, nº 1.516
Bairro: Jardim Marajó
Rondonópolis - MT
51
https://br.pinterest.com/pin/628885535467990116/