O documento discute as leis divinas ou naturais. Resume que a lei natural é a lei de Deus, eterna e imutável, que indica o que os homens devem e não devem fazer para serem felizes. Também discute que todos podem conhecer a lei natural, mas nem todos a compreendem completamente. Jesus é apresentado como o modelo perfeito que Deus ofereceu aos homens.
3. 614 – Que se deve entender por lei natural?
A lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira
para a felicidade do homem. Ela lhe indica o que
deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz
senão quando se afasta dela. 3
4. 615 – A lei de Deus é eterna?
Ela é eterna e imutável quanto o próprio Deus.
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5. 616 – Deus prescreveu aos
homens, em uma época, o
que lhe proibiu em outra?
Deus não pode se enganar. Os
homens é que são obrigados a
mudar suas leis, porque são
imperfeitas. As leis de Deus
são perfeitas. A harmonia que
rege o universo material e o
universo moral está fundada
sobre as leis que Deus
estabeleceu para toda a
eternidade. 5
6. 617 – Que objetivos abrangem as leis
divinas? Concerne-lhes outra coisa que a
conduta moral?
Todas as leis da Natureza são leis divinas,
porque Deus é o Autor de todas as coisas. O
sábio estuda as leis da matéria, o homem de
bem estuda e pratica as da alma.
617.a) É dado ao homem se aprofundar em
ambas?
Sim, mas uma só existência não é suficiente.
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7. Allan Kardec:
Que são, com efeito, alguns anos para adquirir tudo
o que constitui o ser perfeito, se não se considere
mesmo senão a distância que separa o selvagem do
homem civilizado? A mais longa existência possível
é insuficiente e, com maior razão, quando ela é
breve, como ocorre com a maioria. Entre as leis
divinas, umas regem o movimento e as relações da
matéria bruta: são as leis físicas e seu estudo está
no domínio da Ciência. Outras, concernem
especialmente ao homem, em si mesmo e em suas
relações com Deus e com seus semelhantes. Elas
compreendem as regras da vida do corpo, como
também as da vida da alma: são as leis morais.
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8. 618 – As leis divinas são as mesmas para todos os
mundos?
A razão diz que elas devem ser apropriadas à
natureza de cada mundo e proporcionais ao grau
de adiantamento dos seres que os habitam.
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10. 619 – Deus deu a todos os homens os meios de conhecer sua lei?
Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os que
a compreendem melhor são os homens de bem e aqueles que
querem procurá-la. Entretanto, todos a compreenderão um dia,
porque é preciso que o progresso se cumpra.
Allan Kardec:
A justiça das diversas encarnações do homem é uma
consequência desse princípio, visto que, a cada nova existência,
sua inteligência está mais desenvolvida e ele compreende
melhor o que é o bem e o que é o mal. Se tudo devesse se
cumprir para ele numa só existência, qual seria a sorte de tantos
milhões de seres que morrem cada dia no embrutecimento da
selvageria ou nas trevas da ignorância, sem que tivesse
dependido deles se esclarecerem? (171-222). 10
11.
12. 12
621 – Onde está escrita a
lei de Deus?
Na consciência.
621.a) Posto que o homem
carrega na sua consciência
a lei de Deus, que
necessidade haveria de a
revelar?
Ele a esquecera e
menosprezara: Deus quis
que ela lhe fosse lembrada.
13. 622 – Deus deu a certos homens a missão de revelar
sua lei?
Sim, certamente. Em todos os tempos, homens
receberam essa missão. São os Espíritos superiores
encarnados com o objetivo de fazer a Humanidade
avançar.
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14. 623 – Os que pretenderam instruir
os homens na lei de Deus não
estavam, algumas vezes, enganados
e, frequentemente, não os
extraviaram por meio dos falsos
princípios?
Aqueles que não estando inspirados
por Deus e que se deram, por
ambição, uma missão que não
tinham, certamente, puderam
transviá-los. Entretanto, como, em
definitivo, eram homens de gênio,
no meio mesmo dos erros que eles
ensinaram, frequentemente, se
encontram grandes verdades.
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15. 624 – Qual é o caráter do
verdadeiro profeta?
O verdadeiro profeta é um homem
de bem inspirado por Deus. Pode-se
reconhecê-lo por suas palavras e
por suas ações. Deus não pode se
servir da boca do mentiroso para
ensinar a verdade.
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16. 625 – Qual é o tipo
mais perfeito que Deus
ofereceu ao homem
para lhe servir de guia e
de modelo?
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Vede Jesus.
17. Allan Kardec:
Jesus é para o homem o modelo da perfeição moral que a
Humanidade pode pretender sobre a Terra. Deus no-lo
oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que
ensinou é a mais pura expressão da sua lei, porque ele
estava animado de espírito divino e foi o ser mais puro que
apareceu sobre a Terra.
Se alguns daqueles que pretenderam instruir o homem na
lei de Deus, algumas vezes a extraviaram por meio de falsos
princípios, foi por se deixarem dominar, eles mesmos, por
sentimentos muito terrestres e por terem confundido as leis
que regem as condições da vida da alma com aquelas que
regem a vida do corpo. Vários deram como leis divinas o
que não eram senão leis humanas, criadas para servir às
paixões e dominar os homens.
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18. 626 – As leis divinas e naturais, não foram reveladas aos
homens senão por Jesus? Antes dele, delas não tinham
conhecimento senão por intuição?
Não dissemos que elas estão escritas por toda parte? Todos
os homens que meditaram sobre a sabedoria puderam
compreendê-las e as ensinaram desde os séculos mais
remotos. Pelos seus ensinamentos, mesmo incompletos, eles
prepararam o terreno para receber a semente. As leis
divinas, estando escritas no livro da Natureza, o homem
pôde conhecê-las quando quis procurá-las e é por isso que os
preceitos que elas consagram foram proclamados em todos
os tempos pelos homens de bem e é por isso, também, que
se encontram seus elementos na doutrina moral de todos os
povos saídos da barbárie, embora incompletos ou alterados
pela ignorância e a superstição.
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19. A REGRA ÁUREA
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” — Jesus. (MATEUS, 22.39)
Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a
Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer,
todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de
seus expositores.
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade
como a si mesmo.”
Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.
Profetas, administradores, juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou
menos identificados com a inspiração dos Planos mais altos da vida.
Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do
tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.
Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e
exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à
claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.
Emmanuel
Caminho, Verdade e Vida — Emmanuel, Mensagem nº 41.
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20. 627 – Visto que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual é
a utilidade do ensinamento dado pelos Espíritos? Terão a nos
ensinar alguma coisa a mais?
A palavra de Jesus era frequentemente alegórica e em parábolas,
porque falava segundo os tempos e os lugares. É necessário, agora,
que a verdade seja inteligível para todo o mundo. É preciso bem
explicar e desenvolver essas leis, visto que há tão pouca gente que
as compreende e ainda menos que as pratica. Nossa missão é
impressionar os olhos e os ouvidos para confundir os orgulhosos e
desmascarar os hipócritas: aqueles que tomam as aparências da
virtude e da religião para ocultarem suas torpezas. O ensinamento
dos Espíritos deve ser claro e inequívoco, a fim de que ninguém
possa pretextar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo
com sua razão. Estamos encarregados de preparar o reino do bem
anunciado por Jesus; por isso, não é preciso que cada um
interprete a lei de Deus ao capricho de suas paixões, nem falseie o
sentido de uma lei toda de amor e de caridade. 20
21. 628 – Por que a verdade não foi sempre colocada ao
alcance de todo mundo?
É preciso que cada coisa venha a seu tempo. A verdade
é como a luz: é preciso nos habituar a ela, pouco a
pouco, de outra forma ela nos deslumbra. 21
22. Allan Kardec:
Jamais ocorreu que Deus permitisse ao homem receber comunicações
tão completas e tão instrutivas como as que lhe é dado receber hoje.
Havia, como sabeis, na antiguidade, alguns indivíduos possuidores do
que consideravam uma ciência sacra, e da qual faziam mistério aos
profanos, segundo eles. Deveis compreender, com o que conheceis das
leis que regem esses fenômenos, que eles não recebiam senão algumas
verdades esparsas no meio de um conjunto equívoco e a maior parte do
tempo simbólico. Entretanto, não há para o estudioso, nenhum sistema
filosófico antigo, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar,
porque tudo contém os germes de grandes verdades que, ainda que
pareçam contraditórias umas com as outras, esparsas que estão no
meio de acessórios sem fundamentos, são muito fáceis de coordenar,
graças à chave que nos dá o Espiritismo para uma multidão de coisas
que puderam, até aqui, vos parecer sem razão e da qual, hoje, a
realidade vos demonstrada de maneira irrecusável. Não negligencieis,
portanto, de haurir objetos de estudos nesses materiais; eles são muito
ricos e podem contribuir poderosamente para a vossa instrução.
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24. 24
CRÉDITOS:
Formatação: Marta Gomes P. Miranda
Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
Tradução de Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras
– SP: IDE, 2009. Pág. 185 à 187.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Tradução De Salvador Gentile.
365ª Ed. Araras – SP: Ide, 2009.
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as
Predições Segundo o Espiritismo. Tradução
de Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE,
2008.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns.
Tradução De Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras
– SP: Ide, 2008.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução
de Salvador Gentile. Araras – SP: IDE, 2008.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília:
FEB, 2021. Pelo Espírito André Luiz.
25. CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo P. Amorim, nº 1.516
Bairro: Jardim Marajó
Rondonópolis - MT
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