O documento discute a proteção espiritual dos encarnados através de anjos da guarda ou espíritos protetores.
1) Cada pessoa encarnada tem um espírito protetor de natureza superior que a orienta e ampara, especialmente nos momentos difíceis.
2) Esses espíritos protetores adotam os encarnados inferiores e os guiam com amor e solicitude, como uma mãe guia uma criança.
3) Os espíritos protetores permanecem ao lado dos encarnados mesmo quando estes se a
2. ““Há o irmão espiritual, o que chamais
o bom Espírito ou o bom gênio.”
-LE Q.489
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3. CADA ENCARNADO TEM, AO SEU
LADO - LADO NO SENTIDO
FILOSÓFICO - UM ESPÍRITO DE
CONDIÇÕES ELEVADAS QUE O
PROTEGE, ORIENTA E ASSISTE, NAS
HORAS DIFÍCEIS, DE MODO QUE A
ALMA RECONHEÇA QUE DEUS A
NINGUÉM DESAMPARA. ATRAVÉS DOS
FILHOS MAIORES AMPARA OS
MENORES, ESTENDENDO
OPORTUNIDADES DE TRABALHO PARA
TODOS OS SERES, EM TODAS AS
ESCALAS DE EVOLUÇÃO ESPIRITUAL.
Miramez, Filosofia Espirita,
Volume 10, LE Questao 489
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4. QUANDO UM DESSES ESPÍRITOS ADOTA
UM DESSES IRMÃOS INFERIORES,
TORNA-SE SEU PROTETOR; COM QUE
SOLICITUDE AFETUOSA SUSTENTA SEUS
PASSOS, COM QUE ALEGRIA VÊ SEUS
PROGRESSOS, COM QUE AMARGURA
CONSTATA AS QUEDAS QUE NAO PÔDE
PREVENIR! ASSIM COMO A CRIANÇA,
SAÍDA DO BERÇO, TENTA SEUS
PRIMEIROS PASSOS SOB O OLHAR TERNO
DE SUA MÃE, ASSIM O ESPÍRITO
ASSISTIDO SE ENSAIA NOS COMBATES DA
VIDA SOB A ÉGIDE INVISÍVEL DE SEU
GUIA ESPIRITUAL.
Depois da Morte - Leon Denis
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5. O ESPÍRITO É OBRIGADO A VELAR POR VÓS,
SE ACEITOU ESSA TAREFA. MAS ESCOLHE
OS SERES QUE LHES SÃO SIMPÁTICOS.
PARA UNS É UM PRAZER; PARA OUTROS,
UMA MISSÃO OU UM DEVER
LE Q. 493
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6. “O Espírito familiar, que até certo ponto confirma a teoria católica do anjo-da-
guarda, não é, entretanto, exatamente aquilo que nos apresenta o dogma
católico. É simplesmente o Espírito de um mortal, que viveu como nós, mas
que é muito mais adiantado que nós e, conseqüentemente, nos é infinitamente
superior em bondade e em inteligência; que realiza uma missão meritória para
si, proveitosa para nós, desse modo nos acompanhando neste mundo e no
outro, até ser chamado a uma nova encarnação, ou até que nós mesmos,
chegados a um certo grau de superioridade, sejamos chamados a realizar, na
outra vida, missão semelhante junto a um mortal menos evoluído do que nós.
-Revista Espirita Fevereiro de 1861 pag. 86
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7. OS NOSSOS PASSOS SÃO ESCOLHIDOS POR NÓS. OS ESPÍRITOS QUE ATRAÍMOS OBEDECEM À JUSTIÇA
E NOS ACOMPANHAM POR SINTONIA ESPIRITUAL. ATRAÍMOS COMPANHIAS ESPIRITUAIS DE ACORDO
COM OS NOSSOS SENTIMENTOS. O ANJO-GUARDIÃO NOS TUTELA COM TODO O AMOR QUE NOS PODE
DAR SEM, CONTUDO, NOS FORÇAR EM QUAISQUER ENTENDIMENTOS; ELE SOMENTE EXPÕE OS
CONCEITOS ELEVADOS DO EVANGELHO, ARGUMENTANDO, NO SILÊNCIO, A FILOSOFIA DE LUZ CRIADA
POR DEUS. O NOSSO BOM ANJO NOS INSPIRA NAS LEITURAS, NAS CONVERSAÇÕES COM
COMPANHEIROS DO NOSSO NÍVEL, E PELOS PENSAMENTOS. NOS INTERVALOS DAS NOSSAS IDÉIAS,
SURGEM OS PENSAMENTOS DOS NOSSOS BENFEITORES, DANDO-NOS AS MÃOS PARA A CAMINHADA
COM JESUS.
Miramez, Filosofia Espirita, Volume 10, LE Questão 490)
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8. Os guias espirituais, se quisessem, lutariam com os Espíritos ignorantes e venceriam com
facilidade, expulsando-os do convívio do seu tutelado, no entanto, o seu protegido chama-los-ia
de novo pelo seu proceder. Necessário se faz que o protegido queira melhorar, para receber dos
seus benfeitores a assistência completa, de sorte a ser protegido por eles. Do contrário, ficará em
trevas como os malfeitores até acordar, ou acordarem, todos, perseguido e perseguidores, para o
rebanho de Jesus.
O Mestre, em Seu Evangelho, não arranca os defeitos dos Seus discípulos; apenas os ensina a
cultivar as virtudes, porque o erro é ilusório no campo da imortalidade do bem. O amor é um
sol, e seus raios são a fraternidade que se divide para depois formar um todo de luz, na garantia
de quem a conquistou no coração.
A luz não teme as trevas, como já falamos. Ela é, na sua expressão, o próprio Cristo em Seu
vigor que nunca falha, que saiu a semear as sementes do amor, que não deixam de nascer no
terreno da consciência. O fato de o anjo da guarda não opor resistência, não é sinônimo de
medo. Ele fica aguardando melhores resultados para os Espíritos que ainda dormem na
inconsciência dos valores imortais da alma.
Miramez, Filosofia Espirita, Volume 10, LE Questao 498
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9. ➤Afasta-se, quando vê que seus conselhos são inúteis e que
mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à
influência dos Espíritos inferiores. Mas, não o abandona
completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem
quem tapa os ouvidos. O protetor volta desde que este o
chame. “É uma doutrina, esta, dos anjos guardiães, que,
pelo seu encanto e doçura, devera converter os mais
incrédulos. Não vos parece grandemente consoladora a
idéia de terdes sempre junto de vós seres que vos são
superiores, prontos sempre a vos aconselhar e amparar, a
vos ajudar na ascensão da abrupta montanha do bem; mais
sinceros e dedicados amigos do que todos os que mais
intimamente se vos liguem na Terra? Eles se acham ao
vosso lado por ordem de Deus. Foi Deus quem aí os
colocou e, aí permanecendo por amor de Deus,
desempenham bela, porém penosa missão. Sim, onde quer
que estejais, estarão convosco. Nem nos cárceres, nem nos
hospitais, nem nos lugares de devassidão, nem na solidão,
estais separados desses amigos a quem não podeis ver,
mas cujo brando influxo vossa alma sente, ao mesmo
tempo que lhes ouve os ponderados conselhos.
São Luís, Santo Agostinho.
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10. ➤Ah! se conhecêsseis bem esta verdade! Quanto vos
ajudaria nos momentos de crise! Quanto vos livraria
dos maus Espíritos! Mas, oh! Quantas vezes, no dia
solene, não se verá esse anjo constrangido a vos
observar: “Não te aconselhei isto? Entretanto, não o
fizeste. Não te mostrei o abismo? Contudo, nele te
precipitaste! Não fiz ecoar na tua consciência a voz da
verdade? Preferiste, no entanto, seguir os conselhos da
mentira!” Oh! Interrogai os vossos anjos guardiães;
estabelecei entre eles e vós essa terna intimidade que
reina entre os melhores amigos. Não penseis em lhes
ocultar nada, pois que eles têm o olhar de Deus e não
podeis enganá-los. Pensai no futuro; procurai adiantar-
vos na vida presente. Assim fazendo, encurtareis
vossas provas e mais felizes tornareis as vossas
existências. Vamos, homens, coragem! De uma vez por
todas, lançai para longe todos os preconceitos e idéias
preconcebidas. Entrai na nova senda que diante dos
passos se vos abre. Caminhai! Tendes guias, segui-los,
que a meta não vos pode faltar, porquanto essa meta é
o próprio Deus.
São Luís, Santo Agostinho.
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12. ➤ O Espírito protetor, anjo de guarda ou bom gênio tem por missão seguir o homem na vida e
ajudá-lo a progredir. É sempre de natureza superior à do protegido.
➤ Os Espíritos familiares se ligam a certas pessoas por laços mais ou menos duráveis, para
ajudá-las conforme seu poder, muitas vezes limitado. São bons, mas, às vezes, pouco avançados e
mesmo um pouco levianos; ocupam-se voluntariamente dos detalhes da vida íntima e somente
agem por ordem ou com permissão dos Espíritos protetores.
➤ Os Espíritos simpáticos se ligam a nós por afeições particulares e certa semelhança de
gostos e de sentimentos tanto para o bem quanto para o mal. A duração de suas relações é quase
sempre subordinada às circunstâncias.
➤ O mau gênio é um Espírito imperfeito ou perverso que se liga ao homem para desviá-lo do
bem, mas age por sua própria iniciativa e não no cumprimento de uma missão. A constância da sua
ação está em razão do acesso mais ou menos fácil que encontra. O homem tem a liberdade para
escutar-lhe a voz ou rejeitá-la.
Há muitas gradações na proteção e na simpatia; dai-lhes os nomes que quiserdes. O
Espírito familiar é antes o amigo da casa.
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13. 500 - CHEGA UM MOMENTO EM QUE O ESPÍRITO NÃO TEM MAIS
NECESSIDADE DE UM ANJO DE GUARDA?
Sim, quando atingiu um grau de poder conduzir-se a si mesmo, como chega o
momento para o estudante em que não tem mais necessidade do mestre; mas
isso não sucederá para vós aqui na Terra.
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15. A VOZ DO ANJO-DA-GUARDA Médium – Srta. Huet
Todos os homens são médiuns; todos têm um Espírito que os
dirige para o bem, quando sabem escutá-lo. Pouco importa que
alguns se comuniquem diretamente com ele por uma
mediunidade particular, e que outros não o ouçam senão pela
voz do coração e da inteligência; nem por isso deixará de ser o
seu Espírito familiar que os aconselha. Chamai-o Espírito,
razão, inteligência: é sempre uma voz que responde à vossa
alma e vos dita boas palavras; só que nem sempre as
compreendeis. Nem todos sabem agir segundo os conselhos
dessa razão, não da razão que se arrasta, em vez de marchar,
dessa razão que se perde em meio aos interesses materiais e
grosseiros, mas da razão que eleva o homem acima de si
mesmo, que o transporta para regiões desconhecidas; chama
sagrada que inspira o artista e o poeta, pensamento divino que
eleva o filósofo, impulso que arrasta os indivíduos e os povos,
razão que o vulgo não pode compreender, mas que aproxima o
homem da divindade mais que qualquer outra criatura;
entendimento que sabe conduzi-lo do conhecido ao
desconhecido, fazendo com que execute os atos mais sublimes.
Ouvi, pois, essa voz interior, esse bom gênio que vos fala sem
cessar, e chegareis progressivamente a ouvir o vosso anjo da
guarda, que do alto do céu vos estende as mãos.
Channing
Revista Espirita - JANEIRO DE 1861 pag. 58
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16. Todos nós temos um desses gênios tutelares, que nos
inspira e nos dirige nas horas difíceis. Daí, a poética lenda
cristã do anjo guardião. Não há pensamento mais doce e
mais consolador. Saber que um amigo alcançou-nos,
sempre disposto a nos socorrer, de perto como de longe, a
nos influenciar a grandes distâncias, como a manter-se
perto de nós na prova, aconselhando-nos através da
intuição, aquecendo- nos com seu amor, eis a fonte
inapreciável de força moral. A ideia de que testemunhas
benfeitoras e invisíveis veem todas as nossas ações,
entristecem-se ou rejubilam-se, é bem feita também para
nos inspirar mais sabedoria e circunspecção (cautela).
É através dessa proteção oculta que se fortificam os
laços de solidariedade que unem o mundo celeste à Terra,
o espírito livre ao homem, espírito aprisionado na carne.
Através dessa assistência contínua criam-se, de parte a
parte, as simpatias profundas, as amizades duráveis e
desinteressadas. O amor que anima o espírito elevado
estende-se aos poucos a todos os seres, reportando-se
incessantemente a Deus, pai das almas, foco de todas as
potências afetivas.
(Depois da Morte - Leon Denis)
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18. A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA,
AO PASSO QUE A UNICIDADE DA EXISTÊNCIA OS DESFAZ
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap IV, Itens 18-23
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19. 18. Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como pensam certas pessoas. Ao
contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói. No Espaço, os
Espíritos formam grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações.
Felizes por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas os separa
momentaneamente, porque, ao regressarem à erraticidade, reúnem-se novamente como amigos que voltam
de uma viagem.
Muitas vezes, até, seguem juntos na mesma encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família ou num
mesmo círculo, a fim de trabalharem pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por
isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que estão livres velam pelos que se acham em cativeiro.
Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, deram mais
um passo no caminho da perfeição.
Cada vez menos apegados à matéria, seu afeto é mais vivo, justamente
por ser mais depurado e não ser perturbado pelo egoísmo, nem
pelas sombras das paixões. Podem, portanto, percorrer assim
ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe
fira a estima mútua que os liga.
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A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA, AO PASSO QUE A UNICIDADE DA EXISTÊNCIA OS DESFAZ
20. Fique bem claro que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que
sobrevive à destruição do corpo, porque os seres que neste mundo se unem apenas
pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos
Espíritos. Somente as afeições espirituais são duráveis; as de natureza carnal se
extinguem com a causa que lhes deu origem. Ora, essa causa não existe mais no
mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. Quanto às pessoas que se
unem exclusivamente por motivo de interesse, essas realmente nada são umas para
as outras: a morte as separa na Terra e no Céu.
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A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA, AO PASSO QUE A UNICIDADE DA EXISTÊNCIA OS DESFAZ
21. 19. A união e a afeição que existem entre parentes são um indício da
simpatia anterior que os aproximou. É por isso que se costuma dizer,
referindo-se a alguém cujo caráter, gostos e pendores não apresentam
nenhuma semelhança com os dos seus parentes mais próximos, que ela não é
da família. Dizendo-se isso, enuncia-se uma verdade maior do que se supõe.
Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos ou
estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns, e de
progresso para outros. Assim, os maus se melhoram pouco a pouco, ao
contato dos bons
e por efeito dos cuidados que destes recebem.
O caráter deles se abranda, seus costumes se apuram,
as antipatias se apagam. É desse modo que se estabelece
a fusão entre as diferentes categorias de Espíritos, como se
dá na Terra com as raças e os povos.
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A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA, AO PASSO QUE A UNICIDADE DA EXISTÊNCIA OS DESFAZ
22. 21. Vejamos agora as consequências da doutrina da não reencarnação.
Essa doutrina anula necessariamente a preexistência da alma. Sendo estas
criadas ao mesmo tempo que os corpos, não existe entre elas nenhum laço
anterior; são completamente estranhas umas às outras. O pai é estranho a
seu filho. A filiação das famílias fica assim reduzida apenas à filiação
corpórea, sem qualquer laço espiritual.
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A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA, AO PASSO QUE A UNICIDADE DA EXISTÊNCIA OS DESFAZ
23. Com a reencarnação, e o progresso, que é a sua consequência, todos os que se
amaram tornam a encontrar-se na Terra e no Espaço, gravitando juntos para
chegarem a Deus. Se alguns fraquejam no caminho, retardam o seu
adiantamento e a sua felicidade, mas a esperança não está de todo perdida.
Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, um dia sairão do
lodaçal em que se enterraram. Com a reencarnação, finalmente, há perpétua
solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, e, portanto,
estreitamento dos laços de afeição.
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A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA, AO PASSO QUE A UNICIDADE DA EXISTÊNCIA OS DESFAZ