Os mundos transitórios se caracterizam pelo fato de não propiciar condições para que espíritos possam se expressar materialmente em uma estrutura orgânica, tal como conhecemos ou equivalente.
3. Diferentes categorias de mundos habitados
Mundos
PRIMITIVOS
Mundos
PROVAS E EXPIAÇÃO
Mundos
REGENERAÇÃO
Mundos
FELIZES
Mundos
CELESTES ou
DIVINOS
Onde se verificam as primeiras
encarnações da alma humana
Onde o MAL predomina (Terra)
Onde as almas que ainda têm o que
expiar adquirem novas forças,
repousando das fadigas da luta
Onde o BEM supera o mal
Morada dos Espíritos purificados,
onde o bem reina sem mistura
Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo IIII
4. 234 – Como ficou dito, existem mundos
que servem aos Espíritos errantes
como estações e locais de repouso?
Sim, há mundos particularmente destinados aos
seres errantes e nos quais podem habitar
temporariamente; espécies de acampamentos,
de campos para se repousar de uma muito
longa erraticidade, estado sempre um pouco
penoso. São posições intermediárias entre os
outros mundos, graduados de acordo com a
natureza dos Espíritos que podem alcançá-los,
e nele gozam de um bem-estar maior ou menor.
5. 234.a) Os Espíritos que habitam esses
mundos podem deixá-los à vontade?
Sim, os Espíritos que se acham nesses mundos
podem deixá-los para irem aonde devem ir.
Imaginai-os como aves que, de passagem,
pousam numa ilha para refazerem suas forças,
a fim de alcançarem o seu destino.
6. 235 – Os Espíritos progridem durante sua estada
nos mundos transitórios?
Certamente; aqueles que se reúnem assim, o fazem
com o objetivo de se instruírem e de poderem, mais
facilmente, obter a permissão de alcançarem lugares
melhores, e ascender à posição dos eleitos.
7. 236 – Os mundos transitórios, por sua
natureza especial, são perpetuamente
destinados aos Espíritos errantes?
Não, sua posição é apenas temporária.
236.a) São eles, ao mesmo tempo, habitados
por seres corporais?
Não, sua superfície é estéril. Aqueles que os
habitam não têm necessidade de nada.
236.b) Essa esterilidade é permanente ou
resulta da sua natureza especial?
Não, são estéreis transitoriamente.
8. 236.c) Esses mundos, então, devem ser
desprovidos de belezas naturais?
A natureza se traduz pelas belezas da
imensidade, que não são menos admiráveis das
que chamais de belezas naturais.
236.d) Visto que o estado desses mundos é
transitório, a Terra estará um dia no mesmo
estado?
Já esteve.
236.e) Em que época?
Durante a sua formação.
9. Allan Kardec:
Nada é inútil na Natureza: cada coisa tem o
seu objetivo, a sua destinação; nada é vazio,
tudo é habitado, a vida está em toda a parte.
Assim, durante a longa série de séculos que
se escoaram antes da aparição do homem
sobre a Terra, durante esses lentos períodos
de transição atestados pelas camadas
geológicas, antes mesmo da formação dos
primeiros seres orgânicos sobre esta massa
informe, neste árido caos onde os elementos
estavam confundidos, não havia ausência de
vida. Os seres que não tinham as nossas
necessidades, nem as nossas sensações
físicas, aí procuravam refúgio. Deus quis que
mesmo neste estado imperfeito ele servisse
para alguma coisa.
10. Quem então ousaria dizer que entre esses
bilhões de mundos que circulam na
imensidade, um só, um dos menores, perdido
na multidão, tivesse o privilégio exclusivo de
ser povoado?
Qual seria, então, a utilidade dos outros? Deus
não os teria feito senão para recrear os nossos
olhos? Suposição absurda, incompatível com
a sabedoria que emana de todas as suas
obras, e inadmissível quando se imagina tudo
aquilo que não podemos perceber. Ninguém
contestará que nesta ideia de mundos ainda
impróprios à vida material e, portanto,
povoado de seres viventes apropriados a este
meio, há alguma coisa de grande e de sublime,
onde se encontra, talvez, a solução de mais de
um problema.