2. 2
TRUÍSMO → A linguística é descritiva:
preocupa-se em descrever a estrutura e o uso
das línguas naturais e não em emitir juízos de
valor sobre eles.
Higiene Verbal
(Cameron, 1995)
desafio a essa perspectiva
Ideias sobre ‘bom’ e ‘mau’ na língua são
essenciais para seu entendimento e devem,
portanto, interessar aos linguistas que
estudam o uso da língua como uma forma
de comportamento social.
3. 1. O que é higiene verbal?
Tentativas de melhorar ou ‘faxinar’ a língua
Exemplos:
imposição de dialeto, pronúncia ou
ortografia
movimentos pela linguagem simples
campanhas feministas para eliminar
linguagem sexista
planejamento linguístico
movimentos substanciais de reforma
ortográfica
adoção de línguas artificiais
abolição de verbos de ligação
Um uso pode ser preferido a outro
4. 2. Higiene Verbal e Prescritivismo
✎ práticas normativas
referentes ao uso da
l í n g u a d e f o r m a s
diversas e por razões
diferentes;
✎ parte de uma função
metalinguística mais
a m p l a , l i g a d a à
comunicação verbal.
✎ p r á t i c a s
m e t a l i n g u í s t i c a s
n o r m a t i v a s , c o m o
correção, variedade
padrão da língua;
✎ fortes conotações
negativas: ignorância,
i n t o l e r â n c i a ,
preconceito.
Conceitos sobrepostos, mas não idênticos
5. 5
2. Higiene Verbal e Prescritivismo
O USO DA LÍNGUA É UMA AÇÃO SOCIAL PÚBLICA
E, PORTANTO, SUJEITA A NORMAS.
Sem recorrer às práticas metalinguísticas, a
comunicação seria ainda mais tensa. Sob tal
perspectiva, não faz sentido condenar o normatismo
linguístico.
PRÁTICAS
DE HIGIENE
VERBAL:
• nunca livres de valores, mas “correção”
não é seu único valor;
• outros seriam estética (qual sotaque é
preferível), utilidade (linguagem simples x
jargões em documentos e moralidade
(debates sobre sexismo e racismo na língua