O documento discute a variação linguística e defende que não existe uma língua uniforme sem variação. A norma culta não deve ser vista como absoluta ou superior às outras variedades. Uma comunicação eficiente depende da adequação da variedade linguística à situação.
1. LINGUÍSTICA II
PROFESSORA FORMADORA: LUCIANA AIRES DA COSTA
COMPONENTES: MARCELO, PATRÍCIA.
TEXTO TEÓRICO 06
“NEM TODO USO DE LÍNGUA TEM QUE SE PAUTAR PELA NORMA CULTA.”
2. O FENÔMENO DA VARIAÇÃO
LINGUÍSTCA
Segundo o autor, outro equívoco de que toda atuação verbal deve estar conforme
as regras da norma culta [..] e finaliza que em nenhuma língua, os próprios usuários se
encarregam de desmistificar essa idealização.
A ideia que só se deve falar segundo a norma culta.
O mito de uma língua uniforme, sem variação, sem adequação à situação em que é usada
e, lá no fundo, o outro mito que a norma culta é inerente melhor que as outras.
A ciência linguística defende que o bom uso da língua é aquela que é adequado às condições
de uso.
Se existem situações diferentes; logo devem haver também padrões de uso de língua diferentes.
Não porque as pessoas são ignorantes ou indisciplinadas; as línguas são fatos sociais
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4. O FENÔMENO DA VARIAÇÃO
LINGUÍSTCA
[...]A norma culta não deve ser endeusada, absolutizada como um recurso suficiente ao
sucesso da interação, nem tampouco rechaçada como algo que se deve evitar para não
parecer pernóstico.
é necessário que haja cooperação entre os interlocutores para que não haja um
comprometimento da eficiência da interação. Por isso, que se pregou que a correção linguística
não garante uma comunicação eficiente.
Maníaca fixação dos professores nos erros de gramática.
Visão equivocada que se tem da gramatica leva atribuir demasiada importância aos erros
(incompetência crônica)
Saem da escola com uma visão de que não sabem falar e nem escrever
Somente uma língua idealizadamente descontextualizada é uniforme
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6. O FENÔMENO DA VARIAÇÃO
LINGUÍSTCA
Abordagem contextualizada a variação naturalmente aparece. Porque
quem está no comando são as pessoas; são elas que significam.
Não existe língua sem variação. O desafio é ter a competência
suficiente para variar conforme as condições de realização da atividade
verbal.
Quanto maior é o domínio das variedades de uma língua, maior é a
capacidade de alguém para usá-la adequadamente em cada
circunstancia.
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8. IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO
DIVERSIDADE:
De modalidade de uso da língua
De norma
De registro
Interlocutores
De suportes
De funções
De universos de referencia
De tipos
9. De complexidade
De diversidade.
• Tem sido comum encontrar proposta de exercício, a partir de textos fora da
norma culta, para que os alunos “os passem para a norma culta.
• Crítica: Essas atividades ferem os princípios da sociolinguística. Traz
embutida a ideia de que a outra “é melhor”, o que reforça aqueles mitos a
favor da hegemonia de uma norma sobre a outra.
• Identidade Cultura: alterar os padrões da fala é descaracterizar essa fala,
é tirar aquilo que faz a originalidade de usa feição.
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13. REFERÊNCIA
ANTUNES, Irandé. Nem todo uso de língua tem que se pautar pela gramática
linguagem. In: muito além da gramática: por um ensino de língua sem pedras
no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.