Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Exame físico abdominal em ou menos
1. Exame Físico do Abdome
Daniele Nahmias Melo Rodrigues
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS-UEA
ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA SAUDE
2. Introdução
• 70% dos diagnósticos gastroenterológicos
são feitos com a história clínica
• 90% associando-se ao exame físico
• Exames subsidiários podem se tornar
desnecessários ou confundidores
Exame físico do abdome
Zaterca, S e et al, Tratado de Gastroenterologia; 2008
Dani et al Gastroenterologia Essencial; 2001
3. Exame físico abdominal
Sequência do exame:
1) Inspeção
2) Ausculta
3) Percussão
4) Palpação
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
4. Exame físico abdominal
Sequência do exame:
1) Inspeção
Despida, boa iluminacao
Seguir sequencia
Gastar tempo
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
11. Exame físico abdominal
Sequência
do exame:
1) Inspeção:
Parede posterior
Divisao do abdome
Região lombar esq
Região lombar dieita
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
28. Inspeção
• Dinâmica
– Hérnias (importância da expiração forçada)
– Respiração
– Movimentos peristálticos
– Pulsações (aortismo x dilatação aneurismática)
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
29. Inspeção
• Inspeçao com manobra de esforço:
elevação das pernas
elevação da cabeça
Manobra de valsava
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
Exame físico do abdome
30. Inspeção
A presença de peristaltismos visíveis em região
mesogástrica no indivíduo magro com abdome
flácido pode ser normal.
Abdome rígido + peristaltismo visível (ondas de Kussmaul) =
OBSTRUÇÃO !
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
31. Inspeção
Paciente JK, sexo masculino, 44anos.
QP- Barriga grande
HDA- Há 3 semanas apresentou aumento
progressivo do volume abdominal,
acompanhado de edema em mmii. Nega
fator de melhora ou piora. Refere ganho
ponderal de 10kg. Nega febre ou outras
queixas.
Hpp-
hf-
Hs- etilismo desde 16anos. 560g
etanol/dia
Exame físico do abdome
34. Ausculta
Recomenda-se executar a
ausculta antes da palpação para
evitar aumento involuntário do
peristaltismo.
• Ambiente tranquilo
• Permanência por 2 minutos
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
35.
36. Aorta abdominal
Na presença de sopro, obrigatória ausculta de
ilíacas e femorais.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al.
Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de
Semiologia; 2014
37. Percussão
• Técnica
• Sequência
• O que é esperado
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
38. Percussão
• Objetividade
• Ouvido do examinador < 1m
• Até 3 repetições
• Sequenciais
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
39. Percussão
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
41. Ascite
• Inspeção
• Percussão
– Toque retal (abaulamento fundo de saco de Douglas) (<300mL)
– Teste da macicez móvel (0,3 a 1L)
– Semicírculo de Skoda) (1-3L)
– Teste da onda líquida ( Piparote – Peteleco) (>3L)
• Palpação pelo rechaço
È o método mais precoce para diagnóstico de ascite !!!
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
42.
43. -Determinar limite
inferior e superior.
-Limite superior do
fígado: 4 e 5 EID.
-hepatimetria
normal:6-12cm.
Percussão
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
44.
45. Percussão
Sinal de Jobert
A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular
direita onde normalmente se encontra macicez hepática,
caracteriza pneumoperitônio.
T6-T12
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
47. Traube
Espaço de Traube
Espaço semilunar do sexto ao décimo primeiro espaços intercostais, tendo
como limites: gradeado costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago.
Normalmente quando percutido apresenta timpanismo.
T6-T12
Exame físico do abdome
48. Rim
unho percussão de Murphy
Sinal de Giordano: punho-percurssão dolorosa
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
49. Exame físico de abdome
Paciente JK, sexo masculino, 44anos.
QP- Barriga grande
HDA- Há 3 semanas apresentou aumento
progressivo do volume abdominal,
acompanhado de edema em mmii. Nega fator
de melhora ou piora. Refere ganho ponderal de
10kg. Nega febre ou outras queixas.
Hpp-
hf-
Hs- etilismo desde 16anos. 560g etanol/dia
66. Importância
Baço infeccioso agudo (malária, endocardite)
Volume aumentado (até 3-4 cm), mole, borda cortante e
extremamente doloroso
Baço “crônico” (esquistossomose, linfomas, malária)
Volume aumentado, duro, borda romba e indolor
Baço “crônico” (LMC, mielofibrose, leishmaniose)
Volume muito aumentado (até FID), borda romba, duro, indolor
Superfície: lisa hipertensivo, inflamatorio
irregular linfomas
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
67. Rim
• Limitação propedêutica devido a
posição retroperitonial (pólo
inferior)
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
68. Rim
Giordano x Punho percussão de Murphy
Aumento unilateral: tumor ou hidronefrose
Aumento bilateral: hidronefrose, rins policísticos
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
Exame físico do abdome
69. Pâncreas
• Propedêutica limitadíssima;
• Sinal de Grey-Turner e Sinal de Cullen
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
70. Vesícula Biliar
• Palpável quando há grande
aumento de volume
• Sinal de Murphy
• Sinal de Courvoisier Terrier
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
71. Descompressão brusca x Sinal de Blumberg
Presença de peritonite provoca dor tanto à compressão
quanto à descompressão podendo ser, por vezes, mais
desconfortável à descompressão.
72.
73. Sinais Propedêuticos
• Sinal de Murphy
• Sinal de Courvoisier Terrier
• Sinal de Giordano
• Sinal de Torres-Homem
• Sinal de Blumberg
• Sinal de Jobert
• Sinal Grey-Turner
• Sinal de Cullen
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
74. Abdome Agudo
Dor localizada na região abdominal que seja
suficiente para fazer com que o paciente
procure auxílio médico e que não tenha
diagnóstico prévio, com duração inferior a 6-
24h.
75. Abdome Agudo
Anamenese:
-identificação do paciente: sexo
idade
Crianças(dois anos): intussuscepção
jovens adolescentes: apendicite
Adultos(40anos)obstrução do intestino grosso
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
76. Abdome Agudo
•queixa principal: “dor abdominal“
•Caracteristicas: se súbito
ou insidioso
quais os sintomas que a acompanham
os fatores de melhora ou piora
quadros semelhantes no passado.
•dor os transtornos do peristaltismo intestinal.
•defesa ou contratura muscular da parede abdominal.
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
77. Abdome Agudo
• Sintomas associados: anorexia
náuseas, vômitos
parada de eliminação de gases e fezes.
- manifestações específicas(víscera ou órgão): icterícia
hemorragia digestiva
hematúria
corrimento genital
febre
desorientacão
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
78. Abdome Agudo
• tipos fundamentais de dor abdominal: a visceral
a parietal ou víscero-peritoneal
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
79. Abdome Agudo
• Dor visceral
• mediada por fibras aferentes( do sistema nervoso autônomo)
receptores (se localizam na parede) das vísceras ocas.
desencadeada sempre que se aumenta a tensão da parede da víscera
distensão / inflamação/ isquemia/ contração da musculatura.
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
80. Abdome Agudo
• Dor visceral: sensação dolorosa profunda
surda e mal localizada (linha mediana do abdome)
de início gradual e de longa duração.
primeira manifestação de doença intra-abdominal
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
81. Abdome Agudo
• Dor parietal:
• dor víscero-peritoneal
mediada por receptores ligados a nervos somáticos(existentes peritônio parietal e raiz dos mesos)
como o peritônio é inervado nervosa pelas raízes s provenientes de T6 a L1,
a dor é percebida em um dos quatro quadrantes do abdome
A dor parietal é provocada por estímulos mais intensos resultantes do processo inflamatório
(edema e congestão vascular).
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
82. Abdome Agudo
• Dor parietal: sensação dolorosa é aguda, em pontada
localizada e mais constante
associa-se à paralisia intestinal.
dor provocada pela compressão manual da parede abdominal
sinal de descompressão brusca dolorosa positiva.
• "abdome em tábua“: Quando o processo inflamatório atinge todo o peritônio parietal, toda a
musculatura abdominal se contrai. Ex.:úlcera péptica perfurada
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
83. Abdome Agudo
• Irradiação da dor: -freqüentemente diagnóstica
-dor irradiada
EX.: Cólica biliar: à ponta da escápula direita (oitavo segmento dorsal)
Ex.: Cólica renal: à dor no testículo do mesmo lado.
dor é referida ao ombro do mesmo lado da lesão.
Síndromes Abdominais
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
84. Síndromes abdominais
Síndrome abdominal aguda:
• perfurativa
• inflamatória
• Obstrutiva, hemorrágica
• Isquêmica
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
85. Síndromes abdominais
Cada síndrome tem um conjunto de sintomas e sinais peculiares
em muitos casos
devido à urgência pela gravidade do caso
ou porque nem mesmo os exames complementares são capazes de
esclarecer as dúvidas sobre a real natureza da afecção
conduta
somente no diagnóstico sindrômico.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
86. Síndromes abdominais
Síndrome abdominal aguda:
• Perfurativa: vísceras ocas deverão ser consideradas em dois grandes grupos
do tubo gastrintestinal e vesícula biliar
as da bexiga, ureter, útero e trompas.
.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
seqüência anátomo-patológica
Pneumoperitoneo
Peritonite quimica regional
generalizada
p.Infecciosa
À regiao perfurada
Choque misto
neurogênico, dor brusca,
vasogênico, pela
toxiinfecção,
urgência e precisão
87. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda:
• Perfurativa: Quadro clínico
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
Dor lancinante
Facada
Localizaçao aproximada
Irradiacão para ombros...
Respiração superficial
perfuração em peritônio
sem dor
mas é raro
só mal estar no abdome
estado de choque
88. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda:
• Perfurativa- Exame físico
Inspeção: quadro de imobilidade.
revela-o globoso
com mobilidade respiratória reduzida ou abolida nos hipocôndrios e epigástrio.
Ausculta: verificação dos ruídos intestinais normais
íleo adinâmico é de ocorrência precoce.
Percussão: dor à percussão leve de toda a parede abdominal.
sinal de Jobert
Palpação: "defesa muscular" generalizada (abdome em "tábua")
que impede a palpação profunda
descompressão brusca dolorosa positiva.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
89. Caso Clínico
Paciente M.S. , 27a, ac.medicina, chega ao PS com
queixa de nó nas tripas há 15 minutos.
Na anamnese foi verificado que o paciente não
apresentava doenças prévias e que a dor abdominal
teve início súbito, de fortíssima intensidade, sem
fatores de melhora ou piora, acompanhado de dor
torácica ventilatório dependente, gerando dispnéia.
Nos antecedentes foi encontrado apenas uso
de AINH para lombalgia.
Ao exame: regular estado geral, FC=110,
f=24, PA=160x90, SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
abdome plano, RHA -, com defesa importante, DB + em epigástrio,
sem visceromegalias
91. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda
• Inflamatória: dor é progressiva
moderada a intensa e bem localizada.
febre.
choque vasogênico, faz tardiamente
Inspeção: processos inflamatórios com coleção purulenta
sinais de tumoração (hiperemia, calor e dor).
manchas equimóticas dos flancos e pigmentares amarelo-vinhosas peri-umbilicais
posição antálgica do paciente já é sugestiva.
inspeção dinâmica: a dor é espontânea em hiperextensão e flexão posterior do membro inferior
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
92. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda
• Inflamatória
Ausculta: RHA presentes ou diminiudos
Percurssão: intensidade da dor
Palpação superficial: apresenta-se pouco dolorosa
"defesa muscular" regional
peritônio regional correspondente ao órgão afetado tiver sido comprometido.
"abdome em tábua".
Palpação profunda: descompressão brusca dolorosa positiva está presente no local ou difusa.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
93. Caso Clínico
Paciente C.J. , 47a, sexo feminino, pastora.
Queixa: dor no estômago
HDA: Há 24 hrs iniciou quadro de discreta epigastralgia, tipo em queimação, fazendo relação com uso de
tucumã, sem melhora ao uso de omperazol e luftal. Evoluindo com piora progressiva, acompanhado
de nauseas, dificuldade para eructar e eliminar flatos, e febre baixa. Procurando atendimento médico.
HPP-
HF-
HS-
HF- G2P2A0
Ao exame: regular estado geral, FC=89bpm,
f=20, PA=120x90, SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
abdome plano, RHA presentes, com defesa importante, blumberg +,
sem visceromegalias
Us- normal
95. Síndromes abdominais
Síndrome abdominal aguda:
• Obstrutiva: impedimento à progressão do conteúdo do intestino.
obstáculo mecânico ou mecanismo funcional.
isoperistaltismo, em seguida instalação do antiperistaltismo e por fim paralisia.
há perturbação da nutrição da região ocluída( necrosando )
irreversibilidade pode levar à morte.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
96. Síndromes abdominais
Síndrome abdominal aguda:
• Obstrutiva
• Quadro clínico: dor gradual, em cólicas.
vômitos( reflexos, tornam-se fecalóides).
desidratação instala-se
Não há febre, e o afligido torna-se irriquieto.
choque neurogênico inicial no período das dores em cólica,
e com a progressão instala-se o choque vasogênico.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
97. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda:
• Obstrutiva
Inspeção: abdome plano, ou abaulamentos localizados
“distensão rígida”, e “peristaltismo visível”
Asculta: ruídos hidroaéreos são intensos e em salvas, adquirindo um timbre metálico,
mas desaparecem na fase em que se instala o edema
Percussao: timpanismo acentuado.
Palpação: descompressão brusca é geralmente ausente
toque retal e o ginecológico devem ser realizados para a exploração do abaulamento e
dor no fundo do Saco de Douglas.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
98. Caso Clínico
Paciente S.A, 61a, aposentada.
Queixa: peso na barriga.
HDA: Há 7 dias iniciou quadro de dor abdominal difusa, tipo cólica, desencadeada ao acaso, sem fator de
melhora, acompanhada de nauseas. Evoluindo com piora do quadro, agora com vômitos fecalóides
procurou o Ps. Refere estar constipada há 14 dias.
HPP-Colecistectomia há 30 anos, apendicectomia há 45anos, herniorrafia inguinal direita, há 2 meses
has, DM, depressão. Em uso de metildopa, insulina e amytril.
Hf-
Hs-
Hf- G11P11A0
Ao exame: LOTE, REG, FC=100,
f=24, PA=170x90, SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
abdome assimétrico, abalamento em hipogástrio, flanco direito.
RHA + (timbre metálico),
indolor a palpação, sem visceromegalias
100. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda
• Hemorrágicas intra ou retroperitoneais
traumatismos e ferimentos pérfuro-contusos.
comprometimento visceral
peritonites químicas se houver hemorragia, ou infecciosa
choque misto (tipos neurogênico, hemorrágico ou vasogênico)
diagnóstico precoce e a cirurgia de urgência, não se atinja as fases irreversíveis do choque.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
agente vulnerante:
arma branca
de fogo
quedas
coices
traumas em geral
perfuração do abdome- é chamada aberta e
concussão- é chamada fechada
o local do traumatismo
a presença ou não de hemorragias externas
(hematêmese, enterorragia, melena e hematúria)
101. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda
• Hemorrágicas intra ou retroperitoneais
• Quadro clínico: dor súbita, intensa e bem localizada.
presença de náuseas e vômitos
hematêmese, com expulsão de sangue arterial ou venoso.
parada de eliminação de fezes e gases.
melena
Não há febre
choque do tipo hematogênico (taquicardia, oligúria, anúria, IRA)
imóvel e sem agitação psicomotora
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
102. Síndromes abdominais
Síndrome abdominal aguda
• Hemorrágicas intra ou retroperitoneais
Inspeção: distensão abdominal
identificam equimoses
ferimentos perfurantes, contusões
íleo adinâmico
Asculta: ruídos hidroaéreos são menos intensos
Percussao: é dolorosa
maciez móvel
Palpação: descompressão brusca dolorosa positiva é evidente no local
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
103. Caso Clínico
Paciente S.S. , 32a, dentista.
QP: dor abdominal
HDA: Há 6hrs apresentou dor súbita, em região supra-púbica intensa, desencadeada após esforço físico.
Sem melhora ao uso de buscopan. Nega febre ou nauseas. Evacuação preservada. Procurou o PS
Hpp-Uso de ACO
Hf-
Hs-
Hf-
Ao exame: regular estado geral, FC=121,
f=20, PA=120x90, SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
Abdome:distensão abdominal em FIE
RHA diminuidos
maciez móvel
descompressão brusca dolorosa positiva em FIesq
sem visceromegalias
105. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda:
• Isquêmica:por déficits circulatórios
lesões vasculares
infartos isquêmicos.
Quadro clínico: uma dor abdominal súbita, intensa e em cólica,
contínua, de menor intensidade e difusa.
vômitos e náuseas
há uma paralisação intestinal e conseqüente contra-peristaltismo,
vômitos fecalóides.
febre também é discreta
desidratação
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
106. Sindromes abdominais
Sindrome abdominal aguda:
• Obstrutiva
Inspeção: abdome plano, ou protuso
Asculta: ruídos hidroaéreos diminuem até cessarem
Percussao: dor discreta no início do quadro,
e se intensifica progressivamente se não houver intervenção adequada
Palpação: contratura defensiva da musculatura em caráter também crescente.
descompressão brusca positiva
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
107. Caso Clínico
Paciente M.S. , 72a, sexo masculino, advogado
QP- comprometimento abdominal
HDA: há 48hrs iniciou quadro súbito de dor abdominal intensa, difusa,
em cólica, contínua, referindo discreta melhora da intensidade da dor. Nega uso de medicações.
Informa ainda vômitos e náuseas e febre baixa. Porcurando o PS por apresentar 1 episódio de vômito
fecalóide.
HPP- DM, HAS, ICO, DPOC, Varizes em MMII
HF-
HS- Tabagista há 40anos
Ao exame: LOTE, regular estado geral, desidratado FC=127,
f=24, PA=160x90, SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
Abdome:plano, RHA diminuidos,
com defesa e dor importante, DB+ difusa
109. Caso Clínico
Paciente V.L , 26a, sexo feminino, secretária
QP.: dor no estômago
HDA.: Há 3 semanas iniciou quadro de epigastralgia, tipo em queimação, acompanhado de naúseas,
desencadeado após usar cipro e AZI(sic), e sem melhora ao uso de nexium. Evoluindo com piora da
quadro, agora acompanhado de vômitos pós-prandiais, astenia e hiporexia. Procurou atendimento,
sendo prescrito albendazol e secnidazol, com melhora do quadro por 48hrs. Há 5 dias apresentou
piora súbita da epigastralgia em queimação, acompanahda de vômitos e diarréia liq (2X)
Encaminhada ao ps para ser avaliada na urgência.
Hpp-cisto ovariano gigante, em uso de aco.
Hf-
Hs-
Hf- G0P0A0
HPPAo exame: bom estado geral, FC=90,
fr20 PA=100x70, SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
abdome plano, RHA +, dor a palpação superficial em epigástrio,
sem visceromegalias
112. Abdome Agudo
Causas clínicas que levam a quadro semelhante de
abdome agudo:
• Uremia
• Cetoacidose diabética
• Insuficiência adrenal
• Crise falcêmica
• Porfiria Aguda Intermitente
113. Abdome Agudo
Dor localizada na região abdominal que seja
suficiente para fazer com que o paciente
procure auxílio médico e que não tenha
diagnóstico prévio, com duração inferior a 6-
24h.
114.
115. Sindromes abdominais
• Diarréia aguda e crônicas
• Hemorragia digestiva
• Úlcera peptica
• Colelitíase
• Colecistite Aguda
• Pancreatite Aguda
• DRGE.
• Síndrome dispeptica
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
116. Síndromes abdominais
• Síndrome diarréica
• definição de diarréia:
-fisiopatológica: “excesso de água nas fezes, superior a 85%”,
associado ao “aumento do peso fecal (200g/dia)”
-clínica que é “a redução da consistência das fezes e o aumento da frequência
- No geral, é autolimitada, com duração entre 2 a 14 dias
- As formas variam desde leves até graves
- com desidratação e distúrbios eletrolíticos.
Síndrome diarréica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
117. Síndromes abdominais
• Diagnóstico clínico:
-boa anamnese/ idade do paciente
-duração do episódio atual de diarréia
-as características das fezes (líquidas ou pastosas),
-a frequência /o volume das defecações
-coloração da fezes/presença de restos alimentares
-presenca de muco, pus e sangue/fatores ou de melhora.
-a associação vômitos, dor abdominal, febre (sua duração), tenesmo e câimbras.
o quadro clínico é agudo, e não confere imunidade duradoura.
Síndrome diarréica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
118. Síndromes abdominais
• A doença diarréica aguda: infecciosa e não infecciosa.
• 1. Infecciosa: bactérias e suas toxinas, vírus, parasitas, toxinas naturais.
- Os vírus produzem diarréia autolimitada,
- Os parasitas podem ser encontrados isolados ou associados (poliparasitismo)
manifestação diarreica pode ser aguda, intermitente ou não ocorrer
• 2. Não infecciosa: a intolerância à lactose e glúten; ingestão de grandes quantidades de
hexitóis (adoçantes); ingestão demasiada de alguns alimentos, sais mal absorvido (ex.: laxantes e
antiácidos), algumas drogas.
Síndrome diarréica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
119. Síndromes abdominais
• Infecciosa:
-saúde pública, de maior importância
-período de incubação...
-transmissibilidade: por via fecal-oral
pessoa a pessoa
transmissão indireta
ingestão de água, alimentos contaminados e contato com objetos contaminados
vetores, como as moscas, formigas e baratas
Síndrome diarréica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
120. Síndromes abdominais
• A história epidemiológica:
-Onde o paciente reside
-Condições sanitárias do local,
-História de viagem recente a lugares endêmicos ou não endêmicos,
-portador de uma doença
-cuidadoso exame físico
-desidratação, forma, sensibilidade, rigidez ou qualquer outro sinal e sintoma abdominal.
Síndrome diarréica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
121. Síndromes abdominais
Classificadas quanto à origem :
• Alta: intestino delgado
diarréia de alto volume
baixa frequência
com presença de restos alimentares
dor em cólica na região periumbilical
geralmente de origem não-inflamatória
• Baixas: cólon
diarréia de baixo volume
alta frequência
impossibilidade a vida social da pessoa
episódios de emergências e tenesmo
com presença de muco, pus e sangue, e dor abdominal difusa.
Síndrome diarréica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
122. Síndromes abdominais
Classificadas quanto à fisiopatologia :
• Diarréia osmótica
• Diarréia secretora
• Diarréia motora
• Diarréia disabsortiva
Classificadas quanto à clínica
• Diarréia aguda
• Diarréia crônica
Síndrome diarréica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
123. Síndromes abdominais
Síndrome de má absorção: Conjunto de sinais e sintomas
Má absorção global ou específica
• Na síndrome global:
Síndrome diarréica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
Perda de peso
Atraso no desenvolvimento
Alterações da cor da pele
Alterações dos cabelos
Palidez
Glossite
Queilite angular
Astenia
Atrofia muscular
Abdome distendido
DESNUTRIÇÃO
Anemia
Perda de peso
Diarréia crônica
Má absorção
125. Síndromes abdominais
Paciente L.G , 70a, sexo feminino, aposentada
QP- diarréia
HDA: há 48hrs iniciou quadro súbito de diarréia líquida, com muco, sem sangue, em pequenas
quantidades, 7x ao dia, com despertar noturno. Faz relação do quadro com o uso de chiclete.
Nega fatores de piora. No momento está assintomática.
HPP- DM, HAS.
HF-
HS-
HF- G4P4A0
Ao exame: LOTE, bom estado geral, FC=87
f=20, PA=120x90, SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
Abdome:plano, RHA preservados,
indolor a palpação, sem visceromegalias.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
126. Hipótese Diagnóstica
A-diarréia aguda, parasitose.
B-diarréia crônica, parasitose.
C-diarréia aguda, uso abusivo de laxante.
D-diarréia crônica, intolerancia à lactose.
E-Emocional.
127. Síndromes abdominais
• Hemorragia digestiva
-perda de sangue através de qualquer ponto do tubo digestivo
-hemorragia digestiva...um sintoma de uma doença.
-patologias com pouca gravidade X potencialmente fatal.
• Hemorragia digestiva alta (HDA): até o ângulo de Treitz.
subdividida nas formas não varicosa e varicosa.
• Hemorragia digestiva baixa (HDB): além do ângulo de Treitz.
Hemorragia digestiva
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
128. Síndromes abdominais
Avaliação clínica inicial do paciente com suspeita de hemorragia digestiva
• História clínica
• 1. Tempo de queixa
• 2. Sinais e sintomas principais: hematêmese
melena (150ml de sangue), hematoquezia, enterorragia.
• 3. Avaliar afecções de base
• 4. Uso concomitante de medicações (AINEs, anticoagulantes orais)
• Exame físico
• 1. Estado geral
• 2. Presença de palidez cutâneo-mucosa, cianose, má perfusão periférica
• 3. Mensuração da perda sanguínea
• 4. Medição da pressão arterial e da frequência cardíaca em pé e deitado
• 5. Exame proctológico
Hemorragia digestiva
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
129. Síndromes abdominais
• Mensuração da perda sanguínea: até 500ml- bem tolerados
acima de 500ml manifestações clínicas de anemia
Hemorragia digestiva
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
131. Síndromes abdominais
Paciente F.F 35a, sexo masculino, empresário
QP- vômitos com sangue.
HDA: Há 2hrs iniciou quadro súbito de hematêmese(1 episódio).Procurando ou PS. Nega fatores
desencadeadores ou de piora. Informa ainda que há 4 dias apresenta melena, 2x ao dia. No
momento refere astenia.
HPP- em uso de aines há duas semanas.
HF-
HS-
Ao exame: LOTE, regular estado geral, FC=80 bpm (supino) FC- 84bpm (em ortostáse)
f=20, PA=150x100 (supino) PA- 160X100 ( em ortostáse) SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
Abdome:plano, RHA preservados
indolor a palpação, sem visceromegalias.
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
133. Sindromes abdominais
• Icterícia
- sinal clínico caracterizado pela coloração amarelada de pele, mucosas e escleróticas
- aumento de bilirrubina no sangue maior que 2 mg/dl (hiperbilirrubinemia).
• Icterícia verdadeira: coloração amarelada das conjuntivas (dos olhos)
• Icterícia falsa: cor amarela da da pele( grande quantidade de caroteno no sangue)
Pesquisa de ictéricia no frênulo lingual, em negros.
Síndrome ictérica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
134. Síndromes abdominais
• Classificação da hiperbilirrubinemia
-Não Conjugada: insolúvel
a icterícia e apenas observada nas conjuntivas
não há colúria
-Conjugada: hidrossolúvel
maior afinidade pelos tecidos.
mais acentuada
colúria
Síndrome ictérica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
135. Síndromes abdominais
Síndrome ictérica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
-Hepatocelular:cirrose, hepatites
-Canalicular:cirrose biliar ,atresia
-Extra-hepática:colelitiase, tumor
de pâncreas
Hiperbirrubinemia conjugada
136. Síndromes abdominais
Paciente L.A 35a, sexo feminino, juíza, branca.
QP- olhos amarelos.
HDA: Há 2 anos iniciou quadro icterícia em conjuntiva, de carater progressivo. Sem qualquer
outro sintoma associado. Com melhora espontânea, em 7dias. Faz relação do inicio do
quadro, com o concurso de Juiz. Informa crises intermitentes(4x ao ano, sendo a última há 3
meses). Há 2 dias apresentou icterícia, procurando atendimento.
HPP-
HF-
HS-
HF-G1P1A0
Ao exame: LOTE, bom estado geral, FC=60 bpm, ictérica +. frênulo lingual de coloração normal
f=20, PA=100x60 SaO2=99%, MV+ bilat.sem RA,
Abdome:plano, RHA preservados
indolor a palpação, sem visceromegalias.
Exame físico do abdome
137. Hipótese Diagnóstica
A- Sind ictérica. Hiperbilirrubinemia conjugada
B- Sind ictérica. Hiperbilirrubinemia não conjugada
C- Sind não ictérica. frênulo lingual normal
D- Sind ictérica leve. Hiperbilirrubinemia conjugada
E- Sind ictérica moderada. Hiperbilirrubinemia conjugada
138. Síndromes abdominais
• Colelitíase
• Colecistite é a inflamação da vesícula biliar
-Colecistite aguda é uma emergência médica, complicar levando à morte.
-Mulheres em período fértil, obesos e idade entre 40 e 50 anos.
-Dieta rica em gorduras é um comportamento de risco
-Perdas ou ganhos de peso rápidas e a diabetes mellitus.
Síndrome ictérica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
139. Síndromes abdominais
• Colecistites: 80% cálculos que causam obstrução dos canais biliares
-Litíase vesicular: Cálculos ou pedras no interior da vesícula.
constituidas de colesterol ou bilirrubina, início do quadro clínico.
estase de liquido biliar permite a multiplicação de bactérias.
• Outras causas de obstrução: são os tumores do canal cístico ou próximos a ele.
• Colecistite alitiásica: pode aparecer após um período sem alimentação por via oral.
Isto pode ocorrer por causa do jejum necessário.
depois de queimaduras graves, traumatismos, após o parto.
complicação em portadores do vírus HIV.
Síndrome ictérica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
140. Síndromes abdominais
• Colecistite aguda
• Quadro clínico: crianças pequenas
idosos pode ser quase assintomática
-Dor epigástrica ou no quadrante superior direito abdominal.
Pode ser intensa ("excruciante") ou leve, continuo ou cólicas.
-Febre baixa
-Anorexia (falta de apetite).
-Náuseas e vômitos
-icterícia se surge sugere obstrução mais baixa no canal biliar comum.
-análises sanguineas demostram leucocitose.
-sinal de Murphy
-com ecografia.
Síndrome ictérica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
141. Síndromes abdominais
• Colecistite aguda
-Processo inflamatório em veiscula
-dor em hipocôndrio direito
-sinal de Murphy positivo
-febre
-leucocitose
-queda do estado geral
-Ictericia
Síndrome ictérica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
Tríade de Charcot
Colangite
Pentade de Reynolds
Confusão mental
hipotensão
142. Síndromes abdominais
• Colelitíase.
• Colecistite Aguda.
• Colecistite crônica
-apresenta principalmente dor.
• Colecistite gangrenosa
-colecistite com bactérias formadoras de gás, mais comum em diabéticos.
-operada imediatamente
• Pancreatite aguda.
Síndrome ictérica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
143. Síndromes abdominais
• Síndrome dispéptica
• Dispepsia: Dys = dificuldade e Pepse = digestão
dificuldade de digestão", popularmente conhecida como
"indigestão".
• Presente em um quarto da população adulta
• Queixas mais comuns avaliadas pelos gastroenterologistas e clínicos gerais
• A dispepsia é um problema comum.
• Causada por: gastrite
pode ser o primeiro sintoma da doença da úlcera péptica
mediamentos
câncer
• Dispepsia: de início recente,em pessoas acima de 55
a presença de outros sintomas de alarme
requerer novas investigações.
Síndrome dispéptica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
144. Síndromes abdominais
• Quadro clínico:
caracteriza por um grupo de sintomas digestivos
- Epigastralgia
- Dor abdominal
- Eructação
- Náusea
- Vômito
- plenitude abdominal e gástrica
- Distensão
- Flatulência
- Anorexia etc.
- Sensação precoce de saciedade
Síndrome dispéptica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
Dispepsia orgânica
Dispepsia funcional
145. Síndromes abdominais
• Síndrome dispéptica
• Dispepsia funcional: Critérios do Consenso de Roma III
sintomas dispépticos com duração mínima de 12 semanas, contínuos ou
recidivantes, nos últimos seis meses, sem causa orgânica demonstrável.
• Síndrome da dor epigástrica = dor em andar superior do abdome;
• Síndrome do desconforto pós-prandial = "empachamento", saciedade precoce, náuseas e vômitos.
afastar possíveis causas orgânicas.
• Exames:Endoscopia digestiva alta pesqisa de hp
Ultrassonografia abdominal
Hemograma.
Protoparasitológico
Síndrome dispéptica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
146. Síndromes abdominais
A dispepsia não investigada :
-pacientes com sintomatologia dispéptica (funcional ou orgânica) .
-Excluindo os casos de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)
-Não associados a AINEs.
-Quando não há sinais de alarme e a idade é inferior a 45 anos
alternativa ao tratamento empírico de curta duração (4-8 semanas) com IBP.
Síndrome dispéptica
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
147. Síndromes abdominais
• DRGE
• Conceito: refluxo do conteúdo gástrico, provoca sintomas desagradáveis e/ou complicações.
• Quadro clínico
-manifestações típicas: pirose e
ou regurgitação.
-manifestações atípicas: sintomas crônicos laríngeos
asma
dor toracica
entalo
• As manifestações clínicas da doença não são necessariamente correlacionadas com a
gravidade das lesões esofágicas.
• Investigação: DRGE pode ser erosiva ou não erosiva (endoscopia negativa).
pHmetria de 24 horas é um método sensível e específico.
impedância esofágica.
DRGE
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
148. Síndromes abdominais
• Hpertensão portal
• Hipertensão portal define-se como uma pressão arterial anormalmente alta na veia porta,
• Veia porta recebe o sangue que vem do: intestino,
do baço
do pâncreas
da vesícula biliar. no fígado (em peq canais)
desemboca na grande circulação através da veia hepática
Existem fatores que podem aumentar a pressão nos vasos sanguíneos do sistema portal
• Nos países ocidentais, a causa mais frequente de hipertensão portal :cirrose
• Cirrose: ascite
varizes esofágicas
esplenomegalia
circulação colateral
Hipertensão Portal
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014
149. Sindromes abdominais
• DRGE
• Sindrome dispeptica
• Ulcera peptica
• Hemorragia digestiva
• Pancreatite Aguda e Cronica
• Colelitiase
• Colecistite Aguda
Exame físico do abdome
Porto&Porto et al. Semiologia Médica ; 2013.
Lisboa et al. Tratado de Semiologia; 2014