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DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS
GASTROINTESTINAIS
Refluxo gastroesofágico – Esofagite - Gastrite - Úlcera
Objetivos da dietoterapia:
• Proteger a mucosa do esôfago e estômago
• Facilitar a digestão e aliviar a dor
• Acelerar o esvaziamento gástrico
• Contribuir para o aumento da pressão do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI)
Recomendações:
• Fracionamento: 6 a 8 refeições de pequenos volumes;
horários regulares; mastigação lenta; ambiente tranquilo;
• Não deitar após a refeição e não comer antes de dormir;
• Evitar alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, café,
refrigerante, pimenta e condimentos fortes
• Preferir alimentos de consistência líquida ou semi-líquida na fase
aguda
• Líquidos: preferencialmente entre as refeições;
• Excluir alimentos que diminuem a pressão do EEI: café, chá preto e
mate, bebidas alcoólicas.
Diarreia
Recomendações:
• Oferta de líquidos e eletrólitos para repor as perdas. Água de coco –
rica em potássio, suco limão, cajú
• Dieta constipante/pobre em fibras:
• sem leite e derivados,
• pouca fibra insolúvel-celulose, hemicelulose, lignina (verduras e
legumes, frutas-mamão, abacate, caqui, laranja-bagaço; alimentos
integrais),
• rica em fibras solúveis (frutas-maçã, pera, banana maçã, aveia,
cenoura, tomate),
• sem alimentos fermentativos: feijão, ovo, brócolis, couve-flor,
repolho, pepino, pimentão;
• Utilizar probióticos/leite fermentado para recuperação da flora
bacteriana depois da fase aguda. Exemplo: lactobacilos,
bifidobactérias
Constipação
ALERTA ao uso de medicamentos (laxantes), pois estes podem acabar
“viciando” a mucosa intestinal e quantidades crescentes são necessárias
para provocar o efeito.
Dieta rica em fibras insolúveis:
Aumentar a frequência e quantidade de ingestão de:
• Vegetais folhosos,
• frutas com casca, semente e bagaço,
• alimentos integrais,
• farelos e cereais integrais
• Água: pelo menos 8 copos/dia.
Outras medidas:
• Atividade física
• Rotina para evacuação: horário
DIETOTERAPIA NA INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA
DISCIPLINAS: ERM 306 E 307
DIETOTERAPIA
ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública
Recomendações nutricionais na fase não-dialítica
(tratamento conservador)
Energia (Kcal/Kg/dia)
Manutenção de peso:
< 60 anos 35
> 60 anos 30
Redução de peso 30
Recuperação de peso > 35
Carboidrato (% do VCT) 55 a 65%
Lipídios (% do VCT) 30 a 35%
Saturados < 10%
Monoinsaturados 10 a 15%
Poliinsaturados 10%
Recomendação de proteína
Fase não-dialítica (tratamento conservador)
Taxa de filtração glomerular
(mL/min)
Proteína (g/Kg/dia)
> 60 Sem restrição: dieta normoprotéica (0,8 a 1,0)
25 – 60 Com restrição: dieta hipoprotéica (0,6, sendo
50-60% de prot. de alto valor biológico)
<25 Com restrição: dieta hipoprotéica (0,6 + 1 g de
prot. para cada g de proteínúria)
< 60 + síndrome nefrótica 0,8 + 1 g de prot. para cada g de proteinúria
Diabéticos com controle glicêmico
inadequado
0,8 (50-60% de prot. de alto valor biológico)
Teor de proteína de acordo com o valor biológico
Alimento Quantidade (g) Medida caseira Proteína (g)
Alto Valor Biológico
Leite de vaca 200 1 copo médio 7,0
Queijo 30 1 fatia média 7,0
Ovo de galinha 50 1 unidade 6,4
Carne bovina 100 1 bife médio 23,0
Frango 100 1 peito pequeno 22,0
Peixe 100 1 filé médio 19,0
Baixo Valor Biológico
Feijão 120 8 col. sopa 9,4
Ervilha 100 5 col. sopa 6,7
Lentilha 120 8 col. sopa 6,0
Pão 50 col. sopa 5,0
Macarrão 125 1 prato raso 4,0
Arroz 100 5 col. sopa 2,0
Batata 110 1 unidade média 2,0
Alimentos hipercalóricos e hipoprotéicos
Alimento Quantidade (g) Medida caseira Energia (Kcal) Proteína (g)
Mandioca cozida 130 3 ped. médios 154 1,2
Farinha de
mandioca
40 2 col. sopa 142 0,7
Mandioquinha
cozida
114 1 unidade med. 92 1,5
Óleos vegetais 8 1 col. sopa 71 0
Margarina 5 1 col. chá 36 0
Creme de leite 20 1 col. sopa 50 0,5
Maionese 15 1 col. sopa 58 0,1
Açúcar 10 1 col. sobrem. 39 0
Mel 14 1 col. sobrem. 43 0
Goiabada 30 1 fatia média 82 0
Recomendações nutricionais na fase de diálise
Energia (Kcal/Kg/dia)
Hemodiálise CAPD
Manutenção do peso 30 - 35 25 - 35
Recuperação de peso 35 - 50 35 - 50
Redução de peso 20 - 30 20 - 25
Carboidrato (% VCT) 50 - 60 35 (oral)
Lipídios (% VCT) 30 - 35 30 - 35
Proteína (g/Kg/dia)
> 50% de AVB
Manutenção de peso Dieta hiperprotéica
1,2
Dieta hiperprotéica
1,3
Recuperação de peso Dieta hiperprotéica
1,2- 1,4
Dieta hiperprotéica
1,3 – 1,5
DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS
HEPÁTICAS
DISCIPLINAS: ERM 306 E 307
DIETOTERAPIA
ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública
Consequências nutricionais das lesões
hepáticas
1. Lesão aguda: hepatite viral (A, E)
 ingestão alimentar,
mas afeta pouco o estado nutricional.
Causa hipoglicemia ( ingestão, depleção das reservas
de glicogênio hepático e bloqueio da gliconeogênese).
anorexia, náuseas, vômitos
Consequências nutricionais das
lesões hepáticas
2. Lesão crônica: hepatite B, C, alcoólica;
cirrose
Alterações antropométricas e testes de sensibilidade
cutânea;  níveis séricos de vitaminas
Deterioração do estado nutricional
Conseqüências nutricionais das
lesões hepáticas
2. Lesão crônica:
Ingestão protéica inadequada
+
alteração do estado mental (encefalopatia
hepática)
Desnutrição Protéico-Calórica
(DPC)
Conseqüências nutricionais das
lesões hepáticas
2. Lesão crônica:
Má digestão e absorção: secreção de sais
biliares
Comprometimento da assimilação de
gorduras
Esteatorreia (presença de gordura nas fezes)
Deficiência de vitaminas lipossolúveis
Alterações Metabólicas
 Síntese de albumina (ascite quando há HAS)
e fatores de coagulação ( risco de hemorragia
gastrointestinal);
 Síntese da ureia:  amônia e alteração do
perfil de aminoácidos:
 aminoácidos de cadeia ramificada-BCAA
(isoleucina, leucina, valina)
 aminoácidos aromáticos (fenilalanina,
triptofano, tirosina)  falsos
neurotransmissores  encefalopatia hepática.
Terapia Nutricional
 25 a 45 Kcal/Kg/dia;
 Proteínas:
- paciente sem complicação - dieta normoprotéica:
0,8 a 1,0g/kg de peso seco;
- cirrose sem encefalopatia: dieta hiperprotéica: 1,5g/Kg;
- encefalopatia: dieta hipoprotéica: 0,5 a 0,7g/Kg;
aumentar 0,2 g/Kg até atingir de 1,2 a 1,5 g/Kg;
Fontes de BCAA: maça, mamão, manga, goiaba, brócolis, couve-flor, pepino, abóbora,
rabanete, cebola, soja, lentilha, feijão, leite de ovelha, cabra e soja; miúdos de carneiro,
peixe, camarão, lagosta
Terapia Nutricional
Gorduras: 25 a 30% do VCT com Triglicérides de Cadeia Média (TCM); fácil
absorção;
CHO: 60% do VCT; normoglicídica;
Líquidos e Sódio: restrição se houver edema;
Vitaminas: suplementar as lipossolúveis, Vit. C e Complexo B.

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Dietoterapia doenças gastro intestinais

  • 2. Refluxo gastroesofágico – Esofagite - Gastrite - Úlcera Objetivos da dietoterapia: • Proteger a mucosa do esôfago e estômago • Facilitar a digestão e aliviar a dor • Acelerar o esvaziamento gástrico • Contribuir para o aumento da pressão do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) Recomendações: • Fracionamento: 6 a 8 refeições de pequenos volumes; horários regulares; mastigação lenta; ambiente tranquilo; • Não deitar após a refeição e não comer antes de dormir; • Evitar alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, café, refrigerante, pimenta e condimentos fortes • Preferir alimentos de consistência líquida ou semi-líquida na fase aguda • Líquidos: preferencialmente entre as refeições; • Excluir alimentos que diminuem a pressão do EEI: café, chá preto e mate, bebidas alcoólicas.
  • 3. Diarreia Recomendações: • Oferta de líquidos e eletrólitos para repor as perdas. Água de coco – rica em potássio, suco limão, cajú • Dieta constipante/pobre em fibras: • sem leite e derivados, • pouca fibra insolúvel-celulose, hemicelulose, lignina (verduras e legumes, frutas-mamão, abacate, caqui, laranja-bagaço; alimentos integrais), • rica em fibras solúveis (frutas-maçã, pera, banana maçã, aveia, cenoura, tomate), • sem alimentos fermentativos: feijão, ovo, brócolis, couve-flor, repolho, pepino, pimentão; • Utilizar probióticos/leite fermentado para recuperação da flora bacteriana depois da fase aguda. Exemplo: lactobacilos, bifidobactérias
  • 4. Constipação ALERTA ao uso de medicamentos (laxantes), pois estes podem acabar “viciando” a mucosa intestinal e quantidades crescentes são necessárias para provocar o efeito. Dieta rica em fibras insolúveis: Aumentar a frequência e quantidade de ingestão de: • Vegetais folhosos, • frutas com casca, semente e bagaço, • alimentos integrais, • farelos e cereais integrais • Água: pelo menos 8 copos/dia. Outras medidas: • Atividade física • Rotina para evacuação: horário
  • 5. DIETOTERAPIA NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA DISCIPLINAS: ERM 306 E 307 DIETOTERAPIA ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública
  • 6. Recomendações nutricionais na fase não-dialítica (tratamento conservador) Energia (Kcal/Kg/dia) Manutenção de peso: < 60 anos 35 > 60 anos 30 Redução de peso 30 Recuperação de peso > 35 Carboidrato (% do VCT) 55 a 65% Lipídios (% do VCT) 30 a 35% Saturados < 10% Monoinsaturados 10 a 15% Poliinsaturados 10%
  • 7. Recomendação de proteína Fase não-dialítica (tratamento conservador) Taxa de filtração glomerular (mL/min) Proteína (g/Kg/dia) > 60 Sem restrição: dieta normoprotéica (0,8 a 1,0) 25 – 60 Com restrição: dieta hipoprotéica (0,6, sendo 50-60% de prot. de alto valor biológico) <25 Com restrição: dieta hipoprotéica (0,6 + 1 g de prot. para cada g de proteínúria) < 60 + síndrome nefrótica 0,8 + 1 g de prot. para cada g de proteinúria Diabéticos com controle glicêmico inadequado 0,8 (50-60% de prot. de alto valor biológico)
  • 8. Teor de proteína de acordo com o valor biológico Alimento Quantidade (g) Medida caseira Proteína (g) Alto Valor Biológico Leite de vaca 200 1 copo médio 7,0 Queijo 30 1 fatia média 7,0 Ovo de galinha 50 1 unidade 6,4 Carne bovina 100 1 bife médio 23,0 Frango 100 1 peito pequeno 22,0 Peixe 100 1 filé médio 19,0 Baixo Valor Biológico Feijão 120 8 col. sopa 9,4 Ervilha 100 5 col. sopa 6,7 Lentilha 120 8 col. sopa 6,0 Pão 50 col. sopa 5,0 Macarrão 125 1 prato raso 4,0 Arroz 100 5 col. sopa 2,0 Batata 110 1 unidade média 2,0
  • 9. Alimentos hipercalóricos e hipoprotéicos Alimento Quantidade (g) Medida caseira Energia (Kcal) Proteína (g) Mandioca cozida 130 3 ped. médios 154 1,2 Farinha de mandioca 40 2 col. sopa 142 0,7 Mandioquinha cozida 114 1 unidade med. 92 1,5 Óleos vegetais 8 1 col. sopa 71 0 Margarina 5 1 col. chá 36 0 Creme de leite 20 1 col. sopa 50 0,5 Maionese 15 1 col. sopa 58 0,1 Açúcar 10 1 col. sobrem. 39 0 Mel 14 1 col. sobrem. 43 0 Goiabada 30 1 fatia média 82 0
  • 10. Recomendações nutricionais na fase de diálise Energia (Kcal/Kg/dia) Hemodiálise CAPD Manutenção do peso 30 - 35 25 - 35 Recuperação de peso 35 - 50 35 - 50 Redução de peso 20 - 30 20 - 25 Carboidrato (% VCT) 50 - 60 35 (oral) Lipídios (% VCT) 30 - 35 30 - 35 Proteína (g/Kg/dia) > 50% de AVB Manutenção de peso Dieta hiperprotéica 1,2 Dieta hiperprotéica 1,3 Recuperação de peso Dieta hiperprotéica 1,2- 1,4 Dieta hiperprotéica 1,3 – 1,5
  • 11. DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS HEPÁTICAS DISCIPLINAS: ERM 306 E 307 DIETOTERAPIA ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública
  • 12. Consequências nutricionais das lesões hepáticas 1. Lesão aguda: hepatite viral (A, E)  ingestão alimentar, mas afeta pouco o estado nutricional. Causa hipoglicemia ( ingestão, depleção das reservas de glicogênio hepático e bloqueio da gliconeogênese). anorexia, náuseas, vômitos
  • 13. Consequências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: hepatite B, C, alcoólica; cirrose Alterações antropométricas e testes de sensibilidade cutânea;  níveis séricos de vitaminas Deterioração do estado nutricional
  • 14. Conseqüências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: Ingestão protéica inadequada + alteração do estado mental (encefalopatia hepática) Desnutrição Protéico-Calórica (DPC)
  • 15. Conseqüências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: Má digestão e absorção: secreção de sais biliares Comprometimento da assimilação de gorduras Esteatorreia (presença de gordura nas fezes) Deficiência de vitaminas lipossolúveis
  • 16. Alterações Metabólicas  Síntese de albumina (ascite quando há HAS) e fatores de coagulação ( risco de hemorragia gastrointestinal);  Síntese da ureia:  amônia e alteração do perfil de aminoácidos:  aminoácidos de cadeia ramificada-BCAA (isoleucina, leucina, valina)  aminoácidos aromáticos (fenilalanina, triptofano, tirosina)  falsos neurotransmissores  encefalopatia hepática.
  • 17. Terapia Nutricional  25 a 45 Kcal/Kg/dia;  Proteínas: - paciente sem complicação - dieta normoprotéica: 0,8 a 1,0g/kg de peso seco; - cirrose sem encefalopatia: dieta hiperprotéica: 1,5g/Kg; - encefalopatia: dieta hipoprotéica: 0,5 a 0,7g/Kg; aumentar 0,2 g/Kg até atingir de 1,2 a 1,5 g/Kg; Fontes de BCAA: maça, mamão, manga, goiaba, brócolis, couve-flor, pepino, abóbora, rabanete, cebola, soja, lentilha, feijão, leite de ovelha, cabra e soja; miúdos de carneiro, peixe, camarão, lagosta
  • 18. Terapia Nutricional Gorduras: 25 a 30% do VCT com Triglicérides de Cadeia Média (TCM); fácil absorção; CHO: 60% do VCT; normoglicídica; Líquidos e Sódio: restrição se houver edema; Vitaminas: suplementar as lipossolúveis, Vit. C e Complexo B.