2. Refluxo gastroesofágico – Esofagite - Gastrite - Úlcera
Objetivos da dietoterapia:
• Proteger a mucosa do esôfago e estômago
• Facilitar a digestão e aliviar a dor
• Acelerar o esvaziamento gástrico
• Contribuir para o aumento da pressão do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI)
Recomendações:
• Fracionamento: 6 a 8 refeições de pequenos volumes;
horários regulares; mastigação lenta; ambiente tranquilo;
• Não deitar após a refeição e não comer antes de dormir;
• Evitar alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, café,
refrigerante, pimenta e condimentos fortes
• Preferir alimentos de consistência líquida ou semi-líquida na fase
aguda
• Líquidos: preferencialmente entre as refeições;
• Excluir alimentos que diminuem a pressão do EEI: café, chá preto e
mate, bebidas alcoólicas.
3. Diarreia
Recomendações:
• Oferta de líquidos e eletrólitos para repor as perdas. Água de coco –
rica em potássio, suco limão, cajú
• Dieta constipante/pobre em fibras:
• sem leite e derivados,
• pouca fibra insolúvel-celulose, hemicelulose, lignina (verduras e
legumes, frutas-mamão, abacate, caqui, laranja-bagaço; alimentos
integrais),
• rica em fibras solúveis (frutas-maçã, pera, banana maçã, aveia,
cenoura, tomate),
• sem alimentos fermentativos: feijão, ovo, brócolis, couve-flor,
repolho, pepino, pimentão;
• Utilizar probióticos/leite fermentado para recuperação da flora
bacteriana depois da fase aguda. Exemplo: lactobacilos,
bifidobactérias
4. Constipação
ALERTA ao uso de medicamentos (laxantes), pois estes podem acabar
“viciando” a mucosa intestinal e quantidades crescentes são necessárias
para provocar o efeito.
Dieta rica em fibras insolúveis:
Aumentar a frequência e quantidade de ingestão de:
• Vegetais folhosos,
• frutas com casca, semente e bagaço,
• alimentos integrais,
• farelos e cereais integrais
• Água: pelo menos 8 copos/dia.
Outras medidas:
• Atividade física
• Rotina para evacuação: horário
5. DIETOTERAPIA NA INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA
DISCIPLINAS: ERM 306 E 307
DIETOTERAPIA
ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública
6. Recomendações nutricionais na fase não-dialítica
(tratamento conservador)
Energia (Kcal/Kg/dia)
Manutenção de peso:
< 60 anos 35
> 60 anos 30
Redução de peso 30
Recuperação de peso > 35
Carboidrato (% do VCT) 55 a 65%
Lipídios (% do VCT) 30 a 35%
Saturados < 10%
Monoinsaturados 10 a 15%
Poliinsaturados 10%
7. Recomendação de proteína
Fase não-dialítica (tratamento conservador)
Taxa de filtração glomerular
(mL/min)
Proteína (g/Kg/dia)
> 60 Sem restrição: dieta normoprotéica (0,8 a 1,0)
25 – 60 Com restrição: dieta hipoprotéica (0,6, sendo
50-60% de prot. de alto valor biológico)
<25 Com restrição: dieta hipoprotéica (0,6 + 1 g de
prot. para cada g de proteínúria)
< 60 + síndrome nefrótica 0,8 + 1 g de prot. para cada g de proteinúria
Diabéticos com controle glicêmico
inadequado
0,8 (50-60% de prot. de alto valor biológico)
8. Teor de proteína de acordo com o valor biológico
Alimento Quantidade (g) Medida caseira Proteína (g)
Alto Valor Biológico
Leite de vaca 200 1 copo médio 7,0
Queijo 30 1 fatia média 7,0
Ovo de galinha 50 1 unidade 6,4
Carne bovina 100 1 bife médio 23,0
Frango 100 1 peito pequeno 22,0
Peixe 100 1 filé médio 19,0
Baixo Valor Biológico
Feijão 120 8 col. sopa 9,4
Ervilha 100 5 col. sopa 6,7
Lentilha 120 8 col. sopa 6,0
Pão 50 col. sopa 5,0
Macarrão 125 1 prato raso 4,0
Arroz 100 5 col. sopa 2,0
Batata 110 1 unidade média 2,0
12. Consequências nutricionais das lesões
hepáticas
1. Lesão aguda: hepatite viral (A, E)
ingestão alimentar,
mas afeta pouco o estado nutricional.
Causa hipoglicemia ( ingestão, depleção das reservas
de glicogênio hepático e bloqueio da gliconeogênese).
anorexia, náuseas, vômitos
13. Consequências nutricionais das
lesões hepáticas
2. Lesão crônica: hepatite B, C, alcoólica;
cirrose
Alterações antropométricas e testes de sensibilidade
cutânea; níveis séricos de vitaminas
Deterioração do estado nutricional
14. Conseqüências nutricionais das
lesões hepáticas
2. Lesão crônica:
Ingestão protéica inadequada
+
alteração do estado mental (encefalopatia
hepática)
Desnutrição Protéico-Calórica
(DPC)
15. Conseqüências nutricionais das
lesões hepáticas
2. Lesão crônica:
Má digestão e absorção: secreção de sais
biliares
Comprometimento da assimilação de
gorduras
Esteatorreia (presença de gordura nas fezes)
Deficiência de vitaminas lipossolúveis
16. Alterações Metabólicas
Síntese de albumina (ascite quando há HAS)
e fatores de coagulação ( risco de hemorragia
gastrointestinal);
Síntese da ureia: amônia e alteração do
perfil de aminoácidos:
aminoácidos de cadeia ramificada-BCAA
(isoleucina, leucina, valina)
aminoácidos aromáticos (fenilalanina,
triptofano, tirosina) falsos
neurotransmissores encefalopatia hepática.
17. Terapia Nutricional
25 a 45 Kcal/Kg/dia;
Proteínas:
- paciente sem complicação - dieta normoprotéica:
0,8 a 1,0g/kg de peso seco;
- cirrose sem encefalopatia: dieta hiperprotéica: 1,5g/Kg;
- encefalopatia: dieta hipoprotéica: 0,5 a 0,7g/Kg;
aumentar 0,2 g/Kg até atingir de 1,2 a 1,5 g/Kg;
Fontes de BCAA: maça, mamão, manga, goiaba, brócolis, couve-flor, pepino, abóbora,
rabanete, cebola, soja, lentilha, feijão, leite de ovelha, cabra e soja; miúdos de carneiro,
peixe, camarão, lagosta
18. Terapia Nutricional
Gorduras: 25 a 30% do VCT com Triglicérides de Cadeia Média (TCM); fácil
absorção;
CHO: 60% do VCT; normoglicídica;
Líquidos e Sódio: restrição se houver edema;
Vitaminas: suplementar as lipossolúveis, Vit. C e Complexo B.