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DIETAS HOSPITALARES
NILTON AUGUSTO DA SILVA
NUTRICIONISTA HCRP/UE
MESTRANDO PPG NUTRIÇÃO E METABOLISMO
ALUNO PAE
PROF° DR.ANDERSON M. NAVARRO
QUAL O CENÁRIO DE DESNUTRIÇÃO INTRA-HOSPITAR ATUAL NO
BRASIL?
Raupp et al, 2018
 577 Pacientes – Porto Alegre
 Ambos os sexos
 Idade: 53.9 ± 15.8
 Prevalência: 28.5% a 35.3%
QUAL O MOTIVO DE BAIXA ACEITAÇÃO DAS DIETAS
HOSPITALARES?
Oferta Insuficiente de
Alimentos
Falta de Poder de Escolha
do Paciente
Tempo Gasto para se
alimentar
Horário das Refeições
Temperatura das
Refeições
Apresentação dos Pratos
Ambiência***
Erros nas Prescrições Dietoterápicas
(Limitações físicas do Paciente)
(FERREIRA; GUIMARÃES; MARCADENTI, 2013; MOREIRA, 2012)
CONCEITOS
 DIETA:
 Conjunto sistematizado de normas de alimentação de um indivíduo, seja ele saudável ou enfermo.
 Padrão alimentar do indivíduo, o que difere do conceito de cardápio (tradução culinária das preparações e da
forma de apresentação das refeições e alimentos).
 DIETOTERAPIA: Tratamento dos indivíduos portadores de determinada patologia através de uma
alimentação adequada, considerando-se não só a doença, mas também as condições em que se
encontra o indivíduo.
ALIMENTAÇÃO NORMALVS ALIMENTAÇÃO ESPECIAL
 Alimentação Normal: é aquela balanceada em nutrientes, de fácil preparação, de apresentação
agradável, adequada a indivíduos sadios e aqueles doentes que não necessitam de nenhum tipo de
modificação na sua dieta
 Alimentação Especial: é aquela que apresentam modificações nas suas características sensoriais,
físicas e químicas para atender as necessidades dos enfermos
Hábitos
Alimentares
Perfil Sócio-
econônimico
História
Clínica
Condições
do Aparelho
Digestório
Diagnóstico
Clínico
• Cultura
• Ambiente
• Idade
• Anamnese alimentar
• Antropometria
• Exames Clínicos e Laboratoriais
• Cálculo VET/Vitaminas/Minerais
• Sinais
• Sintomas
• Refeição
• Quantidade e qualidade
de nutrientes
• Consistência
Obs.: O paciente deve ser orientado em relação o que está sendo feito para ele se sentir responsável pelo tratamento.
DEVEM SER CONSIDERADOS:
TIPO DE REFEIÇÕES :
Casos em que não é desejado distensão gástrica
• Aumenta a frequência das refeições
• Diminuí o volume das refeições
Sabor :
• Doce, Salgado ou Mista
• Temperos suave, moderado ou intenso e
excitante.
Temperatura dos Alimentos:
• Quentes: acelera motilidade gástrica
• Frios: retardam o esvaziamento gástrico
Volume :
• Diminuído (< 1 Kcal/grama/ml de alimento)
• Normal ( 1 Kcal/grama/ml de alimento)
• Aumentado ( > 1 Kcal/gramaml de alimento).
RESÍDUOS
De acordo com a quantidade de celulose contida nos alimentos e com a rigidez do
tecido conectivo de animais.
Pode ser :
• Isenta de resíduos (repouso gastrointestinal)
• Pouco resíduos (frutas e/ou verduras cozidas em forma de purê).
• Resíduos brandos (cereais triturados, verduras tenras cruas ou cozidas, frutas
cozidas, em compotas ou sem casca).
• Rica em resíduos (vegetais folhosos, frutas cruas e com casca, cereais integrais) –
estimular o trânsito gastrointestinal.
GASTRONOMIA HOSPITALAR
vs vs
“O conceito de “Comida de hospital” tem sofrido uma mudança radical nos últimos anos. O Conceito de
HOTELARIA vem sendo incorporado à área hospitalar, fazendo com que aquela ideia de ambiente com
cheiro de remédio e comida sem sabor (e má aparência) seja completamente distorcida, ou seja, assim o
usuário se sente como cliente e menos paciente (BEZERRA, 2003).
DIETAS HOSPITALARES
Alterações: Físicas e Químicas
Alterações Físicas (Consistência):
 Normal/Geral
 Branda
 Leve
 Pastosa
 Líquida
Modificações da Dieta Normal :
COMO?
• Princípios físico-químicos
• Aspectos qualitativos e quantitativos
• Características organolépticas
>>> Modificação de CONSISTÊNCIA
>>> Modificação QUÍMICA
>>> Modificação SENSORIAL
Modificações da Dieta Normal :
POR QUÊ?
 Possibilitar a recuperação do paciente no menor tempo
possível
 Evitar a desnutrição intra-hospitalar
 Manter as reservas de nutrientes no organismo
 Adequar a ingestão de energia, macro e micronutrientes às
necessidades nutricionais do paciente
CONSISTÊNCIA TERAPÊUTICAS
Geral/Normal Normo / Hipo / Hipercalórica
Branda Normo / Hipo / Hiperproteica
Leve Hipogordurosa
Líquida Assódica/Hipossódica
Pastosa Sem resíduos ou Obstipante
Líquida Restrita Laxativa
Diabetes
Dietas para preparo de exames
Alta absorção
Hipofosfatêmica
Hipopotassêmica
Cetogênica
HC FMB UNESP - EXEMPLO
DIETA GERAL
 Definição: Sem Restrições
 Indicação: Não exige modificações químicas e/ou consistência
 Características:
 São permitidos todos os tipos de alimentos e Preparações Culinárias
 Dieta nutricionalmente Balanceada
(TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
DIETA NORMAL  Geral
Recomendações:
• Evitar frituras
• Preferir o cozimento rápido das hortaliças, para diminuir a perda de nutrientes
• Incluir hortaliças verde-escuras e frutas (frescas/com casca)
• Contar como uma porção de frutas somente os sucos 100% puros
• Retirar as gorduras visíveis das carnes
• Selecionar as carnes assadas, grelhadas ou preparadas no vapor
• Limitar a quantidade de gorduras e açúcares adicionais
• Dispor as preparações de forma harmoniosa e agradável
Alimentos Recomendados e Evitados
Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados
Pães, cereais, arroz e massas Grãos, produtos integrais e pobres
em gordura
Ricos em gordura e açúcar
Hortaliças Frescas Frituras, enlatados com sal e/ou óleo
Frutas Frescas, e a fruta em vez de seu suco Conservas com calda de açúcar
Leite, iogurte e queijo Com pouca gordura e sal Ricos em gordura e sal
Carnes, aves, peixes e ovos Magros, sem pele e gordura Ricos em gordura e sal, como os frios
em geral
Gorduras, óleos e açúcares Todos com muita moderação -----
DIETA GERAL
Exemplo de Cardápio
Desjejum
Café com leite
Pão com margarina
Fruta (colação)
Almoço
Salada de alface
Frango Assado
Quiabo Refogado
Arroz Cozido
Feijão
Fruta
Lanche da tarde
Vitamina (Leite+Banana)
Pão com geléia de morango
Jantar
Salada de acelga
Bife Acebolado
Couve-flor gratinada
Arroz Cozido
Feijão
Pudim de baunilha
Ceia
Chá erva doce
Bolacha Cream cracker
CONSISTÊNCIA:
Líquida Restrita
Líquida Completa
Pastosa
“Leve”
Branda
Geral
Dieta LÍQUIDA
RESTRITA/HÍDRICA
DIETA LÍQUIDA RESTRITA
(Líquida sem resíduos)
Objetivos:
• Fornecer líquidos e eletrólitos via oral
• Prevenir a desidratação
• Minimizar o trabalho do TGI e a presença de resíduos no cólon.
Indicações para uso:
• Preparo e pós-operatório de cirurgias do trato gastrintestinal
• Após uso via intravenosa
• Infecções graves e diarréia aguda
• Antes ou depois de procedimentos de diagnóstico
(TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
DIETA LÍQUIDA RESTRITA
(Líquida sem resíduos)
Características:
• Dieta altamente restritiva
• Nutricionalmente inadequada
• Não deve ser utilizada + de 3 dias
• Pacientes com disfagia tem risco de broncoaspiração
• CHO é a fonte de calorias
• Reduzida em resíduos gastrointestinais
Constituição:
Líquidos sem resíduos, ou seja, é ausente de fibras, de leite e derivados, de lipídeos e
proteínas fibrosas
Dieta Líquida Restrita
Alimentos Recomendados e Evitados
Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados
Pães, Cereais,Arroz e Massas Arroz Branco Todos, exceto arroz.
Hortaliças
Caldos e sucos coados de
hortaliças
Nenhum, exceto as leguminosas
Frutas Sucos coados
Abacate, manga e outros que não
produzem sucos claros
Leite, iogurte e Queijo Nenhum. Todos.
Carnes,Aves, Peixes e Ovos
Caldo de frango ou de carne
Bovina sem gordura.
Ovos, oleaginosas
Gorduras, Óleos e Açúcares Todos, sem excesso. Nenhum
DIETA LÍQUIDA RESTRITA
Recomendações
Podem ser utilizados
- Gelatina de todos os sabores
- Açúcar, sal, mel, café e chá  moderação
- Dietas hiperosmolares  diarréia
- Suplementos (fornecer nutrientes)  atenção: devem ser isentos de lactose
e diluídos em água
DIETA LÍQUIDA RESTRITA
Exemplo de Cardápio
Desjejum: Chá de erva cidreira
Colação: Suco de Maracujá coado
Almoço: Caldo de frango e gelatina (muito cuidado)
Lanche: Suco de Caju
Jantar: Caldo de carne
Ceia: Chá mate
DIETA LÍQUIDA (COMPLETA)
Objetivo:
 Fornecer uma dieta para pacientes que não podem ingerir alimentos sólidos
Indicações para uso:
 Após cirurgias de cabeça e pescoço ou quando há comprometimento da função
digestiva, problemas mecânicos de mastigação
 Doenças agudas
 Disfagia
 Preparo para exames
 Pré e/ou Pós-operatório
(TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
Dieta Líquida
Alimentos Recomendados e Evitados
Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados
Pães, Cereais,Arroz e massas
Cereais refinados e Cozidos,
farinha de aveia, creme de
arroz, milho e trigo.
Alimentos integrais, farelos,
Sementes.
Hortaliças caldos e sucos, sopas liquidificadas. Hortaliças cruas e inteiras.
Frutas Sucos coados. Frutas inteiras.
Leite, iogurte e Queijo
Leite integral e desnatado, bebidas lácteas,
iogurte líquido, suplementos comerciais à
base de leite, queijo cottage, tofu, requeijão
cremoso e outros queijos macios, pudim,
flan, manjar.
Queijos ricos em gordura
Carnes,Aves, Peixes e Ovos
Ovos, aves, peixes, carne bovina acrescida à
sopas Liquidificadas.
Carnes ricas em gordura
Embutidos
Gorduras, óleos e Açúcares Todos, sem excesso.
Nenhum
DIETA LÍQUIDA
Recomendações
 Nutricionalmente inadequada
 Permite adição de leite e derivados, ovos e cereais refinados
 Permitidos suplementos industrializados com baixa quantidade de resíduos
(módulos, dietas)
 Uso de canudos ou sonda quando necessário
 Podem ser incluídos: gelatina de todos os sabores, açúcar, sal, mel, margarina,
manteiga, geléias sem pedaços, café sucos coados e chás
DIETA LÍQUIDA
Recomendações
- Utilizar sob refrigeração até 24 horas, ou congelados logo após o preparo
- Diminuída saciedade (administrar de 2 em 2 horas)
- Cuidado com alimentos que causam fermentação e flatulência
- Volume deve ser controlado (200 ml)
- Considerar o balanço hídrico e a densidade calórica
- Leite de soja, frango e preparações sem lactose  para pacientes com intolerância
DIETA LÍQUIDA
Exemplo de Cardápio
Desjejum: Mingau de farinha de arroz (fino)
Colação: Suco de laranja coado.
Almoço: Sopa de hortaliças e frango (liquidificada e coada) e gelatina de framboesa
Lanche da tarde: Leite com suplemento nutricional industrializado em pó
Jantar: Sopa de hortaliças e carne (liquidificada e coada) e pudim de baunilha (exemplo)
Ceia: Leite com achocolatado
DIETA LÍQUIDA
Dieta Pastosa
Objetivos:
- Propiciar repouso digestivo
- Atender pacientes quando alimentos sólidos não são tolerados
Indicação:
- Impossibilidade ou dificuldade de mastigação e/ou deglutição
- Repouso digestivo  Situações onde a função gastrointestinal esteja moderadamente
reduzida
- Pacientes Idosos com dificuldade de mastigação
- Portadores de Doenças Neurológicas
(TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
Preparações indicadas:
• Água, chás, café e sucos em geral
• Legumes/Tubérculos sem casca, sementes e bem cozidos (abobrinha, moranga, chuchu,
batata, mandioquinha) ou na forma de purê
• Arroz Pastoso, macarrão e Polenta
• Caldo de Feijão, sopas liquidificadas e sopas-creme
• Leite, coalhada, queijos cremosos e margarina
• Frutas Pastosas (banana, mamão ou abacate) ou liquidificadas, pudins, gelatinas, sorvetes e
mingau (farinha de aveia, láctea, amido etc)
• Carne Moídas ou bem desfiadas, ovos (cozidos ou pochê ou mexidos)
Características:
• Preparações de consistência forma de purê
• Possui maior densidade calórica do que as anteriores
• Possibilidade de utilizar módulos e suplementos
Dieta Pastosa
(TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
Dieta Leve
Objetivo:
• Fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum
esforço.
Indicação para uso:
• Dificuldade de mastigação/deglutição  Disfagia
• Doença esofágica
• Neuropatias e distúrbios neuromotores
• Retardo mental severo
• Alterações anatômicas da boca ou esôfago
• Uso de próteses dentárias  atenção
• Não é indicada em pacientes com risco de broncoaspiração
Dieta Leve  Alimentos Recomendados e Evitados
Grupo Alimentar
Alimentos Recomendados Alimentos Evitados
Pães, Cereais,Arroz e massas
Todos que possam ser transformados em purê.
Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz e
outros
Pães duros ou com sementes, biscoitos amanteigados,
pastelarias.Arroz pode ser difícil de ser transformado
adequadamente em purê. Cereais secos, contendo
passas, nozes e outras frutas oleaginosas, ou sementes
Hortaliças
Purê de batata, batata doce, cenoura, sucos de
hortaliças etc.
Hortaliças folhosas cruas. Hortaliças com sementes
e/ou casca.
Frutas Todas na forma de purê, sem pele. Suco de frutas
Frutas com polpas (ex. laranja, uva, abacaxi) que são
difíceis de transformar em purê
Leite, iogurte e Queijo
(Uso de espessante)
Leite, milkshake, achocolatados, iogurte batido. Pudim,
manjar. Queijos cottage ou ricota amassados
Iogurte com pedaços de frutas
Carnes,Aves, Peixes e Ovos
Carnes, peixes e aves na forma de purê, sem pele.
Ovos mexidos moles ou pochê, na forma de purê.
Gemada.
Carnes duras, crocantes, empanados. Ovos fritos.
Gorduras, óleos e Açúcares
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Margarina, manteiga, creme de leite, chantilly, nata.
Bacon, azeitona, coco
Temperos Todos, sem excesso
Sal, pimenta, catchup e mostarda: somente com
moderação.
Dieta Leve
Considerações
- Adequada em todos os nutrientes (exceto fibras)
- Os alimentos estão na forma de sopa e macios
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Recomendações
- Leite, molhos, margarina, mel ou açúcar podem ser utilizados para melhora do aporte
calórico
- Podem ser utilizados laxativos  sucos, chás, módulos e farinha de trigo/aveia
- As fibras devem ser incluídas gradativamente à dieta, de acordo com a tolerância do
paciente
DIETA LEVE
Exemplo de Cardápio
Desjejum: Papa de leite com pão de leite
Colação: Fruta amassada (purê).
Almoço: Salada de chuchu bem cozido, frango desfiado ao molho, sopa de arroz com
legumes, purê de cenoura, gelatina de morango
Lanche da tarde: Papa de leite com bolachas
Jantar: Salada de batata bem cozida, carne moída refogada, sopa de fubá, purê de
beterraba e pudim de baunilha
Ceia: Papa de chá com bolachas
DIETA LEVE
Dieta Branda
Objetivo:
- Fornecer uma dieta contendo o mínimo possível de fibras e uma quantidade moderada de
resíduos
Características:
- Normal em todos os nutrientes, alimentos bem cozidos/macios
- Fibras e Tecido conectivo são modificados pela cocção ou ação mecânica
Indicação para uso:
- Dieta de transição para geral
- Pós-operatório (esôfago, estomago)
- ICC grau III a IV
- Gastrite ou úlcera péptica
- Dificuldade Mecânica para mastigação/digestão
(TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
Dieta Branda  Alimentos Recomendados e Evitados
Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados
Pães, Cereais,Arroz e Massas
Pães moles, de forma, bolinhos cozidos ou
assados moles, biscoitos sem recheio e
gordura, panquecas, torradas, cereais
cozidos, arroz, massas em geral. Centeio e
integrais (de acordo com a tolerância).
Pães duros ou com sementes, biscoitos
amanteigados, pastelarias.
Hortaliças
Todas cozidas, exceto as
Flatulentas.
Hortaliças folhosas cruas, brócolis
abóbora, couve-flor, pepino,
pimentão e outras hortaliças
formadoras de ases.
Frutas Frutas macias e pastosas Fibrosas
Leite, iogurte e Queijo
Com pouco sal e gordura. Queijo prato,
mussarela,
cottage, ricota.
Queijos muito gordurosos (ex.:
provolone).
Carnes,Aves, Peixes e Ovos
Carnes sem gordura, cozidas, moídas,
desfiadas, purê, ensopadas ao molho,
grelhadas ou assadas. Ovos
mexidos, moles ou pochê.
Carnes duras, crocantes,
Empanadas. Ovos fritos.
Gorduras, Óleos e Açúcares Todos, sem excesso. Nenhum
Dieta Branda
Recomendações:
- Todos os alimentos são modificados pela cocção, exceto frutas
- Evitar pimenta, refrigerantes, água com gás, extratos de carne e frituras
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e a páprica são permitidos
- O baixo teor de fibras pode resultar em obstipação intestinal; podem ser utilizados
laxativos  sucos, chás, módulos e farinha de trigo/aveia
- As fibras devem ser incluídas gradativamente à dieta, de acordo com a tolerância do
paciente
DIETA BRANDA
Exemplo de Cardápio
Desjejum: Leite com café, pão com margarina e fruta macia
Almoço: Salada de beterraba Cozida, peixe assado, cenoura cozida, arroz, caldo de
feijão e doce de leite
Lanche da tarde: Leite com achocolatado e pão com geléia
Jantar: Salada de chuchu, frango cozido ao molho, polenta, arroz, caldo de feijão e
Melancia
Ceia: Chá mate e bolacha salgada
DIETA BRANDA
HÍDRICA
GERAL
BRANDA
PASTOSA
LEVE
LÍQUIDA
sopa batida 
sopa normal 
geral macia 
+
-
normal 
Dietas modificadas
em consistência
BIBLIOGRAFIA
 BEZERRA,A. C. Gastronomia na prescrição de dietas hospitalares e as influências geradas pela
indústria hoteleira. 2003. 47g. Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília, Centro de Excelência em
Turismo, Brasília, 2003.
 FERREIRA, D.; GUIMARÃES,T. G.; MARCADENTI,A.Aceitação de dietas hospitalares e estado nutricional entre
pacientes com câncer. Einstein, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 41-46, Mar. 2013.
 MOREIRA, D. C. F. Teor de minerais veiculados por dietas hospitalares orais. 2011. 122f. Dissertação
(Mestrado) – Universidade Federal de Ouro Preto, Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição, Ouro
Preto, 2012.
 RAUPP, D. et al. Nutrition screening in public hospital emergency rooms: Malnutrition Universal Screening Tool
and Nutritional Risk Screening-2002 can be applied. Public Health, Londres, n. 165, p. 6-8, 2018.
 TANAKA, N.Y.Y; BRANDÃO, E. C. M; MARCHINI, J. S. Padronização de Dietas Hospitalares. In:VIEIRA, M. N. C.
M.; JAPUR, C. C. Gestão de Qualidade na Produção de Refeições. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

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  • 1. DIETAS HOSPITALARES NILTON AUGUSTO DA SILVA NUTRICIONISTA HCRP/UE MESTRANDO PPG NUTRIÇÃO E METABOLISMO ALUNO PAE PROF° DR.ANDERSON M. NAVARRO
  • 2. QUAL O CENÁRIO DE DESNUTRIÇÃO INTRA-HOSPITAR ATUAL NO BRASIL? Raupp et al, 2018  577 Pacientes – Porto Alegre  Ambos os sexos  Idade: 53.9 ± 15.8  Prevalência: 28.5% a 35.3%
  • 3. QUAL O MOTIVO DE BAIXA ACEITAÇÃO DAS DIETAS HOSPITALARES? Oferta Insuficiente de Alimentos Falta de Poder de Escolha do Paciente Tempo Gasto para se alimentar Horário das Refeições Temperatura das Refeições Apresentação dos Pratos Ambiência*** Erros nas Prescrições Dietoterápicas (Limitações físicas do Paciente) (FERREIRA; GUIMARÃES; MARCADENTI, 2013; MOREIRA, 2012)
  • 4. CONCEITOS  DIETA:  Conjunto sistematizado de normas de alimentação de um indivíduo, seja ele saudável ou enfermo.  Padrão alimentar do indivíduo, o que difere do conceito de cardápio (tradução culinária das preparações e da forma de apresentação das refeições e alimentos).  DIETOTERAPIA: Tratamento dos indivíduos portadores de determinada patologia através de uma alimentação adequada, considerando-se não só a doença, mas também as condições em que se encontra o indivíduo.
  • 5. ALIMENTAÇÃO NORMALVS ALIMENTAÇÃO ESPECIAL  Alimentação Normal: é aquela balanceada em nutrientes, de fácil preparação, de apresentação agradável, adequada a indivíduos sadios e aqueles doentes que não necessitam de nenhum tipo de modificação na sua dieta  Alimentação Especial: é aquela que apresentam modificações nas suas características sensoriais, físicas e químicas para atender as necessidades dos enfermos
  • 6. Hábitos Alimentares Perfil Sócio- econônimico História Clínica Condições do Aparelho Digestório Diagnóstico Clínico • Cultura • Ambiente • Idade • Anamnese alimentar • Antropometria • Exames Clínicos e Laboratoriais • Cálculo VET/Vitaminas/Minerais • Sinais • Sintomas • Refeição • Quantidade e qualidade de nutrientes • Consistência Obs.: O paciente deve ser orientado em relação o que está sendo feito para ele se sentir responsável pelo tratamento. DEVEM SER CONSIDERADOS:
  • 7. TIPO DE REFEIÇÕES : Casos em que não é desejado distensão gástrica • Aumenta a frequência das refeições • Diminuí o volume das refeições Sabor : • Doce, Salgado ou Mista • Temperos suave, moderado ou intenso e excitante. Temperatura dos Alimentos: • Quentes: acelera motilidade gástrica • Frios: retardam o esvaziamento gástrico Volume : • Diminuído (< 1 Kcal/grama/ml de alimento) • Normal ( 1 Kcal/grama/ml de alimento) • Aumentado ( > 1 Kcal/gramaml de alimento).
  • 8. RESÍDUOS De acordo com a quantidade de celulose contida nos alimentos e com a rigidez do tecido conectivo de animais. Pode ser : • Isenta de resíduos (repouso gastrointestinal) • Pouco resíduos (frutas e/ou verduras cozidas em forma de purê). • Resíduos brandos (cereais triturados, verduras tenras cruas ou cozidas, frutas cozidas, em compotas ou sem casca). • Rica em resíduos (vegetais folhosos, frutas cruas e com casca, cereais integrais) – estimular o trânsito gastrointestinal.
  • 9. GASTRONOMIA HOSPITALAR vs vs “O conceito de “Comida de hospital” tem sofrido uma mudança radical nos últimos anos. O Conceito de HOTELARIA vem sendo incorporado à área hospitalar, fazendo com que aquela ideia de ambiente com cheiro de remédio e comida sem sabor (e má aparência) seja completamente distorcida, ou seja, assim o usuário se sente como cliente e menos paciente (BEZERRA, 2003).
  • 10. DIETAS HOSPITALARES Alterações: Físicas e Químicas Alterações Físicas (Consistência):  Normal/Geral  Branda  Leve  Pastosa  Líquida
  • 11. Modificações da Dieta Normal : COMO? • Princípios físico-químicos • Aspectos qualitativos e quantitativos • Características organolépticas >>> Modificação de CONSISTÊNCIA >>> Modificação QUÍMICA >>> Modificação SENSORIAL
  • 12. Modificações da Dieta Normal : POR QUÊ?  Possibilitar a recuperação do paciente no menor tempo possível  Evitar a desnutrição intra-hospitalar  Manter as reservas de nutrientes no organismo  Adequar a ingestão de energia, macro e micronutrientes às necessidades nutricionais do paciente
  • 13. CONSISTÊNCIA TERAPÊUTICAS Geral/Normal Normo / Hipo / Hipercalórica Branda Normo / Hipo / Hiperproteica Leve Hipogordurosa Líquida Assódica/Hipossódica Pastosa Sem resíduos ou Obstipante Líquida Restrita Laxativa Diabetes Dietas para preparo de exames Alta absorção Hipofosfatêmica Hipopotassêmica Cetogênica HC FMB UNESP - EXEMPLO
  • 14. DIETA GERAL  Definição: Sem Restrições  Indicação: Não exige modificações químicas e/ou consistência  Características:  São permitidos todos os tipos de alimentos e Preparações Culinárias  Dieta nutricionalmente Balanceada (TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
  • 15. DIETA NORMAL  Geral Recomendações: • Evitar frituras • Preferir o cozimento rápido das hortaliças, para diminuir a perda de nutrientes • Incluir hortaliças verde-escuras e frutas (frescas/com casca) • Contar como uma porção de frutas somente os sucos 100% puros • Retirar as gorduras visíveis das carnes • Selecionar as carnes assadas, grelhadas ou preparadas no vapor • Limitar a quantidade de gorduras e açúcares adicionais • Dispor as preparações de forma harmoniosa e agradável
  • 16. Alimentos Recomendados e Evitados Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados Pães, cereais, arroz e massas Grãos, produtos integrais e pobres em gordura Ricos em gordura e açúcar Hortaliças Frescas Frituras, enlatados com sal e/ou óleo Frutas Frescas, e a fruta em vez de seu suco Conservas com calda de açúcar Leite, iogurte e queijo Com pouca gordura e sal Ricos em gordura e sal Carnes, aves, peixes e ovos Magros, sem pele e gordura Ricos em gordura e sal, como os frios em geral Gorduras, óleos e açúcares Todos com muita moderação -----
  • 17. DIETA GERAL Exemplo de Cardápio Desjejum Café com leite Pão com margarina Fruta (colação) Almoço Salada de alface Frango Assado Quiabo Refogado Arroz Cozido Feijão Fruta Lanche da tarde Vitamina (Leite+Banana) Pão com geléia de morango Jantar Salada de acelga Bife Acebolado Couve-flor gratinada Arroz Cozido Feijão Pudim de baunilha Ceia Chá erva doce Bolacha Cream cracker
  • 18.
  • 21. DIETA LÍQUIDA RESTRITA (Líquida sem resíduos) Objetivos: • Fornecer líquidos e eletrólitos via oral • Prevenir a desidratação • Minimizar o trabalho do TGI e a presença de resíduos no cólon. Indicações para uso: • Preparo e pós-operatório de cirurgias do trato gastrintestinal • Após uso via intravenosa • Infecções graves e diarréia aguda • Antes ou depois de procedimentos de diagnóstico (TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
  • 22. DIETA LÍQUIDA RESTRITA (Líquida sem resíduos) Características: • Dieta altamente restritiva • Nutricionalmente inadequada • Não deve ser utilizada + de 3 dias • Pacientes com disfagia tem risco de broncoaspiração • CHO é a fonte de calorias • Reduzida em resíduos gastrointestinais Constituição: Líquidos sem resíduos, ou seja, é ausente de fibras, de leite e derivados, de lipídeos e proteínas fibrosas
  • 23. Dieta Líquida Restrita Alimentos Recomendados e Evitados Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados Pães, Cereais,Arroz e Massas Arroz Branco Todos, exceto arroz. Hortaliças Caldos e sucos coados de hortaliças Nenhum, exceto as leguminosas Frutas Sucos coados Abacate, manga e outros que não produzem sucos claros Leite, iogurte e Queijo Nenhum. Todos. Carnes,Aves, Peixes e Ovos Caldo de frango ou de carne Bovina sem gordura. Ovos, oleaginosas Gorduras, Óleos e Açúcares Todos, sem excesso. Nenhum
  • 24. DIETA LÍQUIDA RESTRITA Recomendações Podem ser utilizados - Gelatina de todos os sabores - Açúcar, sal, mel, café e chá  moderação - Dietas hiperosmolares  diarréia - Suplementos (fornecer nutrientes)  atenção: devem ser isentos de lactose e diluídos em água
  • 25. DIETA LÍQUIDA RESTRITA Exemplo de Cardápio Desjejum: Chá de erva cidreira Colação: Suco de Maracujá coado Almoço: Caldo de frango e gelatina (muito cuidado) Lanche: Suco de Caju Jantar: Caldo de carne Ceia: Chá mate
  • 26. DIETA LÍQUIDA (COMPLETA) Objetivo:  Fornecer uma dieta para pacientes que não podem ingerir alimentos sólidos Indicações para uso:  Após cirurgias de cabeça e pescoço ou quando há comprometimento da função digestiva, problemas mecânicos de mastigação  Doenças agudas  Disfagia  Preparo para exames  Pré e/ou Pós-operatório (TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
  • 27. Dieta Líquida Alimentos Recomendados e Evitados Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados Pães, Cereais,Arroz e massas Cereais refinados e Cozidos, farinha de aveia, creme de arroz, milho e trigo. Alimentos integrais, farelos, Sementes. Hortaliças caldos e sucos, sopas liquidificadas. Hortaliças cruas e inteiras. Frutas Sucos coados. Frutas inteiras. Leite, iogurte e Queijo Leite integral e desnatado, bebidas lácteas, iogurte líquido, suplementos comerciais à base de leite, queijo cottage, tofu, requeijão cremoso e outros queijos macios, pudim, flan, manjar. Queijos ricos em gordura Carnes,Aves, Peixes e Ovos Ovos, aves, peixes, carne bovina acrescida à sopas Liquidificadas. Carnes ricas em gordura Embutidos Gorduras, óleos e Açúcares Todos, sem excesso. Nenhum
  • 28. DIETA LÍQUIDA Recomendações  Nutricionalmente inadequada  Permite adição de leite e derivados, ovos e cereais refinados  Permitidos suplementos industrializados com baixa quantidade de resíduos (módulos, dietas)  Uso de canudos ou sonda quando necessário  Podem ser incluídos: gelatina de todos os sabores, açúcar, sal, mel, margarina, manteiga, geléias sem pedaços, café sucos coados e chás
  • 29. DIETA LÍQUIDA Recomendações - Utilizar sob refrigeração até 24 horas, ou congelados logo após o preparo - Diminuída saciedade (administrar de 2 em 2 horas) - Cuidado com alimentos que causam fermentação e flatulência - Volume deve ser controlado (200 ml) - Considerar o balanço hídrico e a densidade calórica - Leite de soja, frango e preparações sem lactose  para pacientes com intolerância
  • 30. DIETA LÍQUIDA Exemplo de Cardápio Desjejum: Mingau de farinha de arroz (fino) Colação: Suco de laranja coado. Almoço: Sopa de hortaliças e frango (liquidificada e coada) e gelatina de framboesa Lanche da tarde: Leite com suplemento nutricional industrializado em pó Jantar: Sopa de hortaliças e carne (liquidificada e coada) e pudim de baunilha (exemplo) Ceia: Leite com achocolatado
  • 32. Dieta Pastosa Objetivos: - Propiciar repouso digestivo - Atender pacientes quando alimentos sólidos não são tolerados Indicação: - Impossibilidade ou dificuldade de mastigação e/ou deglutição - Repouso digestivo  Situações onde a função gastrointestinal esteja moderadamente reduzida - Pacientes Idosos com dificuldade de mastigação - Portadores de Doenças Neurológicas (TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
  • 33. Preparações indicadas: • Água, chás, café e sucos em geral • Legumes/Tubérculos sem casca, sementes e bem cozidos (abobrinha, moranga, chuchu, batata, mandioquinha) ou na forma de purê • Arroz Pastoso, macarrão e Polenta • Caldo de Feijão, sopas liquidificadas e sopas-creme • Leite, coalhada, queijos cremosos e margarina • Frutas Pastosas (banana, mamão ou abacate) ou liquidificadas, pudins, gelatinas, sorvetes e mingau (farinha de aveia, láctea, amido etc) • Carne Moídas ou bem desfiadas, ovos (cozidos ou pochê ou mexidos) Características: • Preparações de consistência forma de purê • Possui maior densidade calórica do que as anteriores • Possibilidade de utilizar módulos e suplementos Dieta Pastosa (TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
  • 34.
  • 35. Dieta Leve Objetivo: • Fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço. Indicação para uso: • Dificuldade de mastigação/deglutição  Disfagia • Doença esofágica • Neuropatias e distúrbios neuromotores • Retardo mental severo • Alterações anatômicas da boca ou esôfago • Uso de próteses dentárias  atenção • Não é indicada em pacientes com risco de broncoaspiração
  • 36. Dieta Leve  Alimentos Recomendados e Evitados Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados Pães, Cereais,Arroz e massas Todos que possam ser transformados em purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz e outros Pães duros ou com sementes, biscoitos amanteigados, pastelarias.Arroz pode ser difícil de ser transformado adequadamente em purê. Cereais secos, contendo passas, nozes e outras frutas oleaginosas, ou sementes Hortaliças Purê de batata, batata doce, cenoura, sucos de hortaliças etc. Hortaliças folhosas cruas. Hortaliças com sementes e/ou casca. Frutas Todas na forma de purê, sem pele. Suco de frutas Frutas com polpas (ex. laranja, uva, abacaxi) que são difíceis de transformar em purê Leite, iogurte e Queijo (Uso de espessante) Leite, milkshake, achocolatados, iogurte batido. Pudim, manjar. Queijos cottage ou ricota amassados Iogurte com pedaços de frutas Carnes,Aves, Peixes e Ovos Carnes, peixes e aves na forma de purê, sem pele. Ovos mexidos moles ou pochê, na forma de purê. Gemada. Carnes duras, crocantes, empanados. Ovos fritos. Gorduras, óleos e Açúcares Gelatina, sorvetes, geléia, mel, açúcar, xaropes. Margarina, manteiga, creme de leite, chantilly, nata. Bacon, azeitona, coco Temperos Todos, sem excesso Sal, pimenta, catchup e mostarda: somente com moderação.
  • 37. Dieta Leve Considerações - Adequada em todos os nutrientes (exceto fibras) - Os alimentos estão na forma de sopa e macios - Se necessário, utilizar espessantes industrializados Recomendações - Leite, molhos, margarina, mel ou açúcar podem ser utilizados para melhora do aporte calórico - Podem ser utilizados laxativos  sucos, chás, módulos e farinha de trigo/aveia - As fibras devem ser incluídas gradativamente à dieta, de acordo com a tolerância do paciente
  • 38. DIETA LEVE Exemplo de Cardápio Desjejum: Papa de leite com pão de leite Colação: Fruta amassada (purê). Almoço: Salada de chuchu bem cozido, frango desfiado ao molho, sopa de arroz com legumes, purê de cenoura, gelatina de morango Lanche da tarde: Papa de leite com bolachas Jantar: Salada de batata bem cozida, carne moída refogada, sopa de fubá, purê de beterraba e pudim de baunilha Ceia: Papa de chá com bolachas
  • 40. Dieta Branda Objetivo: - Fornecer uma dieta contendo o mínimo possível de fibras e uma quantidade moderada de resíduos Características: - Normal em todos os nutrientes, alimentos bem cozidos/macios - Fibras e Tecido conectivo são modificados pela cocção ou ação mecânica Indicação para uso: - Dieta de transição para geral - Pós-operatório (esôfago, estomago) - ICC grau III a IV - Gastrite ou úlcera péptica - Dificuldade Mecânica para mastigação/digestão (TANAKA, BRANDÃO, MARCHINI, 2012)
  • 41. Dieta Branda  Alimentos Recomendados e Evitados Grupo Alimentar Alimentos Recomendados Alimentos Evitados Pães, Cereais,Arroz e Massas Pães moles, de forma, bolinhos cozidos ou assados moles, biscoitos sem recheio e gordura, panquecas, torradas, cereais cozidos, arroz, massas em geral. Centeio e integrais (de acordo com a tolerância). Pães duros ou com sementes, biscoitos amanteigados, pastelarias. Hortaliças Todas cozidas, exceto as Flatulentas. Hortaliças folhosas cruas, brócolis abóbora, couve-flor, pepino, pimentão e outras hortaliças formadoras de ases. Frutas Frutas macias e pastosas Fibrosas Leite, iogurte e Queijo Com pouco sal e gordura. Queijo prato, mussarela, cottage, ricota. Queijos muito gordurosos (ex.: provolone). Carnes,Aves, Peixes e Ovos Carnes sem gordura, cozidas, moídas, desfiadas, purê, ensopadas ao molho, grelhadas ou assadas. Ovos mexidos, moles ou pochê. Carnes duras, crocantes, Empanadas. Ovos fritos. Gorduras, Óleos e Açúcares Todos, sem excesso. Nenhum
  • 42. Dieta Branda Recomendações: - Todos os alimentos são modificados pela cocção, exceto frutas - Evitar pimenta, refrigerantes, água com gás, extratos de carne e frituras - Os condimentos também devem ser excluídos porém alguns tais como a salva, o tomilho e a páprica são permitidos - O baixo teor de fibras pode resultar em obstipação intestinal; podem ser utilizados laxativos  sucos, chás, módulos e farinha de trigo/aveia - As fibras devem ser incluídas gradativamente à dieta, de acordo com a tolerância do paciente
  • 43. DIETA BRANDA Exemplo de Cardápio Desjejum: Leite com café, pão com margarina e fruta macia Almoço: Salada de beterraba Cozida, peixe assado, cenoura cozida, arroz, caldo de feijão e doce de leite Lanche da tarde: Leite com achocolatado e pão com geléia Jantar: Salada de chuchu, frango cozido ao molho, polenta, arroz, caldo de feijão e Melancia Ceia: Chá mate e bolacha salgada
  • 45.
  • 46. HÍDRICA GERAL BRANDA PASTOSA LEVE LÍQUIDA sopa batida  sopa normal  geral macia  + - normal  Dietas modificadas em consistência
  • 47. BIBLIOGRAFIA  BEZERRA,A. C. Gastronomia na prescrição de dietas hospitalares e as influências geradas pela indústria hoteleira. 2003. 47g. Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília, Centro de Excelência em Turismo, Brasília, 2003.  FERREIRA, D.; GUIMARÃES,T. G.; MARCADENTI,A.Aceitação de dietas hospitalares e estado nutricional entre pacientes com câncer. Einstein, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 41-46, Mar. 2013.  MOREIRA, D. C. F. Teor de minerais veiculados por dietas hospitalares orais. 2011. 122f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Ouro Preto, Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição, Ouro Preto, 2012.  RAUPP, D. et al. Nutrition screening in public hospital emergency rooms: Malnutrition Universal Screening Tool and Nutritional Risk Screening-2002 can be applied. Public Health, Londres, n. 165, p. 6-8, 2018.  TANAKA, N.Y.Y; BRANDÃO, E. C. M; MARCHINI, J. S. Padronização de Dietas Hospitalares. In:VIEIRA, M. N. C. M.; JAPUR, C. C. Gestão de Qualidade na Produção de Refeições. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.