SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
Baixar para ler offline
Professora Enfermeira Giza Carla Nitz
Especialista em Urgência e Emergência
 Alimentação
 Hidratação
 Dietoterapia
 Dietas hospitalares
 Higienização bucal
A alimentação é essencial para nossa saúde e bem-estar.
O estado nutricional interfere diretamente nos diversos
processos orgânicos :
 Crescimento e desenvolvimento.
 Mecanismos de defesa imunológica e resposta às
infecções.
 Cicatrização de feridas.
 Evolução das doenças.
O profissional de enfermagem tem a responsabilidade de
verificar se os pacientes estão aceitando a dieta e
identificar precocemente problemas nutricionais.
Procedimento de alimentação
(pacientes dependentes)
 Proteger o tórax do cliente com toalha ou guardanapo,
oferecer pequenas porções, limpando-lhe a boca sempre
que necessário,
 Ao final, realizar a higiene oral.
 Visando evitar que o cliente se desidrate, a enfermagem
deve observar o atendimento de sua necessidade de
hidratação.
 Ao término da refeição, servir-lhe água e anotar a aceitação
da dieta no prontuário.
 O acompanhante deve ser orientado para realizar o
procedimento, neste caso observar se houve recusa da dieta.
Desde que não haja impedimento para que receba
líquidos por via oral, cabe ao Serviço de Nutrição e
Dietética fornecer água potável em recipiente
apresentável e de fácil limpeza, com tampa, passível
de higienização e reposição diária, para evitar
exposição desnecessária e possível contaminação.
• Por falta de hábito de ingerir água, em situações
de doença, aumenta o risco de desidratação e
desequilíbrio hidroeletrolítico.
• A enfermagem o oriente e incentive a tomar água,
auxiliando os dependentes.
• A posição sentada é a mais conveniente, porém,
se isto não for possível, deve estar atento para
evitar aspiração acidental de líquido.
• Por se tratar de um dos elementos fundamentais para o
tratamento e recuperação do paciente, a alimentação
adequada nos hospitais é considerada como uma
terapia, também chamada de “dietoterapia”.
• Prescrita pelo médico, é seguida à risca pela equipe da
cozinha, fazendo as adaptações necessárias de acordo
com a aceitação ou não pelo paciente, bem como
pela evolução do seu quadro clínico, sempre sob
supervisão médica.
• Este cuidado todo é necessário porque cada paciente
é internado por causa de uma patologia específica,
então todo o seu tratamento também é, considerando
sempre todas as demais condições, como outras
doenças, alergias e interação com a medicação.
 Dieta Livre ou Geral
 Dieta Branda
 Dieta Pastosa
 Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada
 Dieta Líquida Completa
 Dieta Líquida Restrita
 Dieta Hipolipídica
 Dieta Hipossódica
 Dieta Hipoglicídica
 Dieta Hipoprotéica
 Dieta HAS (Hipertensos)
 Dieta DM (Diabéticos)
 Dieta Nefropata (Insuficiência Renal)
 Dieta Hepatopata
 Dieta Cardiopata
Dieta Livre ou Geral
 Objetivo: Manter o estado nutricional de pacientes com
ausência de alterações metabólicas significativas ao
risco nutricional.
 Indicação: Para pacientes que não necessitam de
restrições específicas e que representam funções de
mastigação e gastrintestinais preservadas.
 Características: Dieta suficiente, harmônica,
consistência normal, distribuição e quantidades normais
de todos os nutrientes, ou seja, normoglicídica,
normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa.
Dieta Livre ou Geral
 Alimentos recomendados: Pães, cereais, arroz, massas,
leguminosas e seus produtos integrais, pobres em gorduras;
hortaliças e frutas frescas; leite, iogurte, queijo com pouca
gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos magros (sem pele e
gordura); e gorduras, óleos e açúcares com moderação.
 Alimentos evitados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas
ricos em gorduras e açúcar; hortaliças e frutas enlatadas com
sal e óleo, e conservas com calda de açúcar
respectivamente; leite, iogurte, queijo ricos em gordura e sal;
carnes, aves, peixes e ovos ricos em gordura e sal, como os
frios em geral; e gorduras, óleos e açúcares em excesso
Dieta Branda:
 Objetivo: Fornecer calorias e nutrientes para manter o
estado nutricional, além de melhorar a mastigação,
deglutição e digestão.
 Indicação: Para crianças e idosos, com alterações e/ou
perturbações orgânicas e funcionais do trato
gastrointestinal.
 Características: Normoglicídica, normoprotéica,
normolipídica, balanceada e completa; consistência
branda; 5 a 6 refeições diárias; tempo indeterminado;
pobres em resíduos celulósicos e tecido conjuntivo,
modificados por cocção e/ou subdivisão.
Dieta Branda:
 Alimentos recomendados: Salada cozida; carnes frescas
cozidas, assadas, grelhadas; vegetais cozidos no forno, água,
vapor e refogados; ovo cozido, pochê ou quente; frutas
(sucos, em compotas, assadas, ou bem maduras, sem a
casca); torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais);
pastel de forno, bolo simples, sorvete simples; sopas, óleos
vegetais; margarina; gordura somente para cocção, não
para frituras.
 Alimentos evitados: Cereais e derivados integrais; frituras em
geral; frutas oleaginosas; vegetais do tipo A, exceto em sucos
em cremes; frutas de tipo A, exceto em sucos; leguminosas
inteiras; doces concentrados; condimentos fortes, picantes;
queijos duros e fortes.
Dieta Pastosa:
 Objetivo: Fornecer uma dieta que possa ser
mastigada e deglutida com pouco ou nenhum
esforço.
 Indicação: Para os casos em que haja necessidade
de facilitar a mastigação, ingestão, deglutição; e
de se permitir certo repouso gastrointestinal; e em
alguns pós-operatórios.
 Características: Normoglicídica, normoprotéica e
normolipídica; consistência pastosa ou abrandada
pela cocção e processos mecânicos.
Dieta Pastosa:
 Alimentos recomendados: Todos os alimentos que
possam ser transformados em purê. Mingaus de
amido de milho, aveia, creme de arroz. Alimentos
sem casca ou pele, moídos, liquidificados e
amassados.
 Alimentos evitados: Alimentos duros, secos,
crocantes, empanadas, fritos, cruas, com semente,
casca, pele. Preparações contendo azeitona,
passas, nozes (outras frutas oleaginosas), coco e
bacon. Iogurte com pedaços de frutas, frutas com
polpas, hortaliças folhosas cruas, com sementes;
biscoitos amanteigados e pastelarias.
Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada
 Objetivo: Fornecer ao paciente uma dieta que permite
minimizar o trabalho do trato gastrointestinal e a presença de
resíduos no cólon.
 Indicação: Para pacientes com problemas de mastigação,
deglutição e digestão, com trato gastrointestinal com
moderadas alterações; e para o pós-operatório de cirurgias
do TGI.
 Características: Dietas normolipídicas, normoglicídicas,
normoprotéicas com consistência semilíquida; volume de 200
a 400ml por refeição; por tempo indeterminado; 5 a 6
refeições.
Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada
Alimentos recomendados: Preparações
com alimentos liquidificados e amassados.
Alimentos evitados: Leguminosas e grãos,
alimentos crus e inteiros.
Dieta Líquida Completa
 Objetivo: Hidratar e nutrir os tecidos; repousar o
trato gastrointestinal e amenizar a sintomatologia.
 Indicação: Para pacientes que apresentam
alterações na mastigação, deglutição, digestão ou
disfagias; com anorexia, que estão preparando
para exames ou em pós-operatórios; em casos de
graves infecções; transtornos gastrointestinais.
 Características: Hipocalórica (1000 a 1500
kcal/dia), normoglicídica, normoprotéica e
normolipídica; consistência líquida com volume de
200 a 300ml por refeições; de três em três horas.
Dieta Líquida Completa:
 Alimentos recomendados: Mingaus a 3% (arroz, milho,
mucilon, maisena); caldos e sopas liquidificadas; sucos
diluídos e/ou coados; leite, iogurte, creme de leite, queijos
cremosos; gelatina, geleia de mocotó, pudim, sorvetes; chá,
café, chocolate, mate, bebidas não gasosas, sucos de frutas
e de vegetais coados; mingau de cereais, sopa de vegetais
peneirados, cremosas e caldos de carnes; óleos vegetais.
 Alimentos evitados: Cereais integrais, sementes, farelos,
sementes oleaginosas, hortaliças, frutas inteiras com casca,
queijos ricos em gorduras, embutidos, condimentos picantes.
Dieta Líquida Restrita:
 Objetivo: Saciar a sede, hidratação dos tecidos,
evitar acidose, manter função renal, repousar o
TGI, amenizar a sintomatologia.
 Indicação: Pré-preparo de determinados exames
(colonoscopia e endoscopia) e pré e pós-
operatório.
 Características: Hipocalórica (500 a 600 kcal/dia),
hiperglicídica, hipoprotéica e hipolipídica;
consistência líquida com volume de 200 a 300ml
por refeições; de três em três horas. Isenta de fibras.
Dieta Líquida Restrita:
 Alimentos recomendados: Água, infusos
adocicados com açúcar e dextrosol e bebidas
carbonatadas; caldos de legumes coados; sucos
de frutas coados; geleia de mocotó, gelatina,
sorvetes a base de frutas coadas (sem leite).
 Alimentos evitados: Cereais integrais com exceção
do caldo; leguminosas; condimentos com exceção
do sal; sucos de frutas que contêm polpa,
hortaliças com exceção caldo, carnes de todos os
tipos e os respectivos caldos, leite e derivados.
Dieta Hipolipídica: São retirados da dieta as
gorduras de adição como manteiga, margarina, óleo
e azeite, e também os alimentos ricos em gordura,
como embutidos, queijos, abacate, frituras e gema
de ovo. O leite administrado é do tipo desnatado.
Frutas permitidas: todas, exceto abacate. Todos os
vegetais são permitidos.
 Indicação: Patologias hepáticas, pancreáticas e
de vesícula biliar. Aplicável no controle de
hipercolesterolemia, aterosclerose. Oferece alto
teor de fibras insolúveis e lipídeos poliinsaturados,
com restrição de lipídeos saturados
Dieta Hipossódica: Dieta de consistência normal,
com restrição de sódio em sua composição e de
alimentos que recebam adição de sal na sua
produção. O paciente normalmente recebe 2
gramas de cloreto de sódio (sal de cozinha) por dia,
podendo variar até 4 gramas por dia. Todas as frutas
e vegetais são permitidos. Alimentos não permitidos:
bacon, salsicha, azeitonas, apresuntado, presunto,
enlatados em geral e molho de soja. A ervilha e o
milho verde enlatados poderão ser utilizados com
moderação, ou seja, o per capita total não poderá
ser superior a 5 gramas.
 Indicação: Hipertensão e edema por problemas
renais/cardíacos.
Dieta Hipoglicídica: Dieta de consistência normal,
constituída principalmente de carboidratos
complexos e rica em fibras solúveis. A sacarose é
substituída por adoçante artificial à base do
edulcorante aspartame, ciclamato e sacarina,
esteviosídeo e sucralose. Todas as frutas e vegetais
são permitidos. Suplementos alimentares não
permitidos: ensure, sustacal, sustagem e sustain não
podem ser utilizados pela presença de sacarose em
sua formulação. O alimento achocolatado
normalmente utilizado para substituir as farinhas não
poderá ser utilizado.
 Indicação: Intolerância à glicose, obesidade e
hipertrigliceridemia.
Dieta Hipoprotéica: Dieta de consistência normal,
hipossódica, hiperglicídica, hipoprotéica, com
lipídeos para completar o valor calórico total/dia;
com alto teor de alimentos formadores de resíduos
intestinais. Oferece 2 gramas de NaCI de adição/dia.
Oferece 60% de proteínas de alto valor biológico.
Frutas permitidas: todas, exceto aquelas ricas em
potássio, como o melão e abacate. Vegetais
permitidos: todos, exceto verdes, batata, mandioca e
macarrão, por ser rico em potássio. Farinhas
permitidas: trigo, amido de milho, fubá, farinha de
arroz ou de milho.
 Indicação: Utilizada como tratamento conservador
em patologias onde ocorre a necessidade de
diminuição dos produtos do catabolismo proteico
como ureia, creatina e amônia.
Dieta HAS (Hipertensos): Alimentos ricos em sódio e
gorduras saturadas devem ser evitados, ao passo que os ricos
em fibras e potássio (4,7g de potássio ao dia) são permitidos.
Deve-se consumir frutas (4 a 5 vezes por dia), verduras, alimentos
integrais, leite desnatado e derivados (com menos de 25% de
gordura), quantidade, maior quantidade de fibras, potássio,
cálcio e magnésio. Substituir frituras por alimentos assados, crus
ou grelhados.
Os hipertensos devem reduzir a quantidade de sal na
elaboração de alimentos, dando preferência aos temperos
naturais como alho, cebola, limão, gengibre, alecrim, ervas,
salsa, cebolinha, hortelã e manjericão. Substituir doces e
derivados do açúcar por carboidratos complexos e frutas, evitar
sucos industrializados dando preferência aos sucos naturais de
frutas. Incluir cereais integrais na dieta.
É saudável uma pessoa ingerir até 6g de sal por dia (100 mmol
ou 2,4 g/dia de sódio), correspondente a quatro colheres de
café (4g) rasas de sal adicionadas aos alimentos.
Dieta DM (Diabéticos):
A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos,
30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos
devem ser consumidos de 5 a 6 porções por dia. As gorduras
devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que
significa que devem ser evitadas carnes gordas, embutidos,
frituras, laticínios integrais, molhos e cremes ricos em gorduras e
alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo.
As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal
por dia, o que corresponde em geral a 2 porções de carne ao
dia. Além disso, a alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas
e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 porções
de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a
alimentos integrais. Pode ser consumido uma ou duas vezes por
semana, dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de
uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez que o
álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia).
•
Dieta Nefropata (Insuficiência Renal):
 A dieta para a insuficiência renal deve ser sobretudo com
pouca quantidade de potássio. Alguns alimentos não devem
ser consumidos, como: carnes gordas, salsicha, fígado, língua
e coração; peixes secos e salgados, frutos do mar; conservas
e enlatados; cereais integrais e derivados; farinhas lácteas;
leguminosas secas e verdes: ervilha, feijão, grão, milho e favas
(tolera-se 1 vez/mês); frutos secos e cristalizados; sal;
refrigerantes e sucos concentrados.
 Os rins são responsáveis pela eliminação dos resíduos
provenientes da digestão dos alimentos depois que o
organismo aproveitou-se de todos os seus elementos
nutritivos. Quando os rins não estão trabalhando
apropriadamente, é necessário fazer ajustes na dieta para
que o organismo não se sobrecarregue com esses resíduos.
Dieta Nefropata (Insuficiência Renal):
A dieta prescrita para os pacientes com insuficiência renal
crônica depende de vários fatores, como o estágio da doença
renal (se é discreta com creatinina em torno de 2mg%; se é pré-
dialítica com creatinina em torno de 4mg% ou se o paciente já
se encontra em programa de diálise). Outras doenças
existentes, como o diabetes, hipertensão, dislipidemia, também
precisam ser levadas em consideração, assim como o peso, a
altura, o nível de atividade física e a quantidade de urina
(volume urinário em 24 horas). Desta maneira, cada pessoa
deve ter sua dieta individualizada pelo seu nefrologista e por um
nutricionista habilitado a lidar com pacientes com doença renal.
Cada organismo tem diferentes necessidades baseadas no grau
de doença, no resultado dos exames de laboratório, no peso do
paciente, (se é necessário perda ou ganho de peso), na
necessidade proteica e de outros elementos, como vitaminas e
sais minerais.
Dieta Nefropata (Insuficiência Renal):
A “Dieta para Nefropata” não deve ser prescrita
como se fosse uma fórmula única com “pouca”
proteína (a quantidade varia de pessoa para
pessoa), sem sal (nem todo paciente é hipertenso ou
apresenta “inchaço” que é o edema; alguns até são
perdedores de sal), pobre em potássio (existem
pessoas mais tolerantes que outras à quantidade de
potássio ingerido) e restrição hídrica (depende do
volume urinário).
Desta maneira não existe uma dieta padrão para o
nefropata e dificilmente duas pessoas vão seguir a
mesma dieta. Cada um deve ter uma dieta
personalizada, adequada às suas necessidades.
Dieta Nefropata (Insuficiência Renal):
O paciente com algum grau de insuficiência renal
deve acompanhar com seu nefrologista os resultados
de seus exames de laboratório e entender o que eles
significam. Esses exames são a chave para a
elaboração da dieta para os rins. É extremamente
importante, portanto, que se realize periodicamente
esses exames e que o médico, o nutricionista e o
paciente sejam capazes de traduzir os resultados em
alimentos, vitaminas e sais minerais.
De maneira geral, os nutrientes levados em
consideração na dieta do indivíduo nefropata são os
seguintes: cálcio e fósforo; sódio; líquidos em geral;
potássio; proteínas e calorias.
Dieta Nefropata (Insuficiência Renal):
Com a personalização da dieta é possível obter-se
cardápios variados, saborosos e com bom valor
nutricional. O paciente e sua família devem ser
reeducados em relação aos hábitos alimentares. A
tradição alimentar brasileira é baseada em alimentos
gordurosos, calóricos, com muito sal e que acabam
provocando sede, com muita ingestão de líquidos.
O nutricionista, geralmente, é o profissional
responsável por esta reeducação alimentar,
ensinando o paciente e sua família a elaborar um
cardápio adequado e fornecendo receitas já
testadas, que agradam ao paladar e são nutritivas.
Dieta Hepatopata:
Os pacientes com doença hepática toleram uma dieta normal.
A maioria dos pacientes não precisa de restrições dietéticas e
podem até ser prejudicados por esta prática. Um padrão
modificado de alimentação, com aumento do fracionamento e
da redução do volume das refeições melhora a utilização de
substratos em pacientes com cirrose hepática compensada.
Pacientes com doença hepática crônica, principalmente de
etiologia alcoólica, apresentam ingestão dietética inadequada,
alterações dos indicadores antropométricos, bioquímicos e
clínicos que evidenciam prejuízo nutricional. A avaliação
nutricional clássica desses pacientes pode ficar comprometida
se houver repercussões do dano hepático sobre o metabolismo
hídrico e distribuição de líquido nos compartimentos corpóreos
intra e extracelulares.
Dieta Hepatopata:
Ainda não existe método de avaliação nutricional para
hepatopatas considerado padrão ouro. Portanto, o diagnóstico
nutricional deve ser feito utilizando-se métodos antropométricos,
bioquímicos e clínicos, levando-se em consideração vantagens,
desvantagens e indicações de cada método.
Cerca de 40% dos pacientes com doença hepática não
alcoólica possuem deficiência de vitaminas lipossolúveis,
sobretudo A e E, 8 a 10% apresentaram falta de vitaminas do
complexo B (niacina, tiamina, riboflavina, piridoxina e vitamina
B12) e 17% tem deficiência de ácido fólico, relacionadas mais
diretamente as alterações da função hepática e reservas
reduzidas do que com a inadequação alimentar ou má
absorção.
Dieta Hepatopata:
Evitar sempre: Alimentos fritos, gordurosos e oleosos; alimentos
de consistência endurecida, torrados, cortantes e volumosos;
carne vermelha; frutas cítricas ou ácidas; leite animal in natura e
derivados; refrigerantes e qualquer tipo de bebida alcoólica.
Alimentos permitidos: Arroz branco ou integral; feijão preto,
marrom, branco ou outros tipos; óleo de girassol, oliva (usar
constantemente), milho; margarina sem sal, tipo Becel; carne
branca (frango, peixe e peru); bacalhau sem sal; carne de soja;
queijo de soja; qualquer tipo de farinha (tapioca, mandioca);
qualquer tipo de verdura (crua ou cozida) e frutas.
Dieta Cardiopata:
Aconselhável o consumo de carnes brancas, peixes, claras de
ovos, carnes vermelhas magras (sem gordura, e até 3x por
semana), preferível preparações assadas, cozidas, ensopadas
ou grelhadas, legumes e verduras em todas as refeições, arroz
branco ou integral, batata cozida, mandioca cozida, feijão,
lentilha, grão de bico, soja, ervilha, leite desnatado e derivados,
óleos vegetais, água mineral, sucos naturais sem açúcar, frutas
com a casca, frutas em calda e gelatina.
• No hospital, as medidas de peso e altura devem ser
obtidas no ato da internação. Certas doenças ou
tratamentos podem provocar oscilações rápidas e
frequentes de peso, por retenção ou perda de
líquidos do organismo.
• Nesses casos, há necessidade de controle mais
frequente. Quanto ao cliente acamado, seu
controle de peso é feito por intermédio de
balanças especiais (camabalança).
A higiene oral frequente reduz a colonização local, sendo
importante para prevenir e controlar infecções, pneumonia
associada à ventilação mecânica, diminuir a incidência de
cáries dentárias, manter a integridade da mucosa bucal, evitar
ou reduzir a halitose, além de proporcionar conforto ao
paciente.
Ela deve ser feita 3x ao dia.
Avaliar a possibilidade de o paciente realizar a própria higiene.
Se isto for possível, colocar o material ao seu alcance e auxiliá-lo
no que for necessário. Caso contrário, com o material e o
ambiente devidamente preparados, auxiliar o paciente a
posicionar-se, elevar a cabeceira da cama se não houver
contraindicação e proteger o tórax do mesmo com a toalha,
para que não se molhe durante o procedimento.
Atividades:
1. Qual a importância da alimentação para os
processos orgânicos?
2. Como auxiliar um cliente com dificuldades para
se alimentar sozinho?
3. Quais os riscos de uma má ingesta hídrica para o
paciente?
4. O que é dietoterapia?
5. Qual a importância da higiene bucal 3 x ao dia
para o paciente?
6. Descreva como é a dieta hospitalar:
a) Dieta Livre ou Geral
b) Dieta Branda
c) Dieta Pastosa
d) Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada
e) Dieta Líquida Completa
f) Dieta Líquida Restrita
g) Dieta Hipolipídica
h) Dieta Hipossódica
i) Dieta Hipoglicídica
j) Dieta Hipoprotéica
k) Dieta HAS (Hipertensos)
l) Dieta DM (Diabéticos)
m) Dieta Nefropata
n) Dieta Hepatopata
o) Dieta Cardiopata
Referências:
• Oliveira AF, Oliveira FLC, Juliano Y, Ancona-Lopez F. Evolução
nutricional de crianças hospitalizadas e sob acompanhamento
nutricional. Rev. Nutr. 2005; 18(3):348.
• Garcia RWD. A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos
envolvidos em sua produção e em seu planejamento. Rev.
Nutr. 2006; 19(2):129-144.
• Cupari L. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Nutrição
Clínica no Adulto 2Ş ed. São Paulo: Manole; 2005;
• Levy FML, Matos PES, Tomita NE. Programa de agentes
comunitários de saúde: a percepção de usuários e
trabalhadores da saúde. Cad Saude Publica 2004; 20(1):197-
203.
• Aquino RC. Fatores associados ao risco de desnutrição e
desenvolvimento de instrumentos de triagem nutricional [tese].
São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; 2005.
• Boog MCF. Dificuldades encontradas por médicos e
enfermeiros na abordagem de problemas alimentares. Rev.
Nutr. 1999; 12(3):261-272.
 Curso: Técnico de Enfermagem
 Período: Modulo III
 Disciplina: Assistência de Enfermagem
Em Situações Clínicas.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf

TRABALHO DE NUTRIÇÃO DE DIETAS HOSPITALARES
TRABALHO DE NUTRIÇÃO DE DIETAS HOSPITALARESTRABALHO DE NUTRIÇÃO DE DIETAS HOSPITALARES
TRABALHO DE NUTRIÇÃO DE DIETAS HOSPITALARESJackelineCruz21
 
Terapia Nutricional no idoso com câncer
Terapia Nutricional no idoso com câncerTerapia Nutricional no idoso com câncer
Terapia Nutricional no idoso com câncerBrendha Soares
 
Nutrição do paciente oncológico.pptx
Nutrição do paciente oncológico.pptxNutrição do paciente oncológico.pptx
Nutrição do paciente oncológico.pptxLarissaCampos96
 
156961099833 jjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjjjj jjjjjjjj
156961099833 jjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjjjj jjjjjjjj156961099833 jjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjjjj jjjjjjjj
156961099833 jjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjjjj jjjjjjjjAcademiaLotusclub
 
DIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdfDIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdfmauromaumau
 
DIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptxDIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptxmauromaumau
 
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdfsuporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdfBrunoPelosoSignorett
 
DIETAS HOSPITALARES - ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
DIETAS HOSPITALARES - ESTUDANTES DE ENFERMAGEMDIETAS HOSPITALARES - ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
DIETAS HOSPITALARES - ESTUDANTES DE ENFERMAGEMThiagoAlmeida458596
 
Alimentação em Instituições de Saúde.pptx
Alimentação em Instituições de Saúde.pptxAlimentação em Instituições de Saúde.pptx
Alimentação em Instituições de Saúde.pptxPauloVaz63
 
Alimentação do paciente.pptx
Alimentação do paciente.pptxAlimentação do paciente.pptx
Alimentação do paciente.pptxcasadaxeroxbrindes
 
Manual do paciente cap.2
Manual do paciente cap.2Manual do paciente cap.2
Manual do paciente cap.2adrianomedico
 
alimentacao do utente.pptx
alimentacao do utente.pptxalimentacao do utente.pptx
alimentacao do utente.pptxMeryVictorino
 
Manual de nutrição cap.6
Manual de nutrição cap.6Manual de nutrição cap.6
Manual de nutrição cap.6adrianomedico
 
Apostila gratuita-ses-df-nutrica
Apostila gratuita-ses-df-nutricaApostila gratuita-ses-df-nutrica
Apostila gratuita-ses-df-nutricaquerolen
 
Nutrição gastronomia 06-02-14
Nutrição  gastronomia 06-02-14Nutrição  gastronomia 06-02-14
Nutrição gastronomia 06-02-14Gleyson Costa
 

Semelhante a Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf (20)

A dieta indicada durante a gravidez
A dieta indicada durante a gravidezA dieta indicada durante a gravidez
A dieta indicada durante a gravidez
 
TRABALHO DE NUTRIÇÃO DE DIETAS HOSPITALARES
TRABALHO DE NUTRIÇÃO DE DIETAS HOSPITALARESTRABALHO DE NUTRIÇÃO DE DIETAS HOSPITALARES
TRABALHO DE NUTRIÇÃO DE DIETAS HOSPITALARES
 
Dietas hospitalares
Dietas hospitalaresDietas hospitalares
Dietas hospitalares
 
Terapia Nutricional no idoso com câncer
Terapia Nutricional no idoso com câncerTerapia Nutricional no idoso com câncer
Terapia Nutricional no idoso com câncer
 
Dietas
DietasDietas
Dietas
 
Nutrição do paciente oncológico.pptx
Nutrição do paciente oncológico.pptxNutrição do paciente oncológico.pptx
Nutrição do paciente oncológico.pptx
 
156961099833 jjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjjjj jjjjjjjj
156961099833 jjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjjjj jjjjjjjj156961099833 jjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjjjj jjjjjjjj
156961099833 jjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjj jjjjjjjjjjjjjj jjjjjjjj
 
DIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdfDIETOTERAPIA.pdf
DIETOTERAPIA.pdf
 
Tipos de dietas hospitalares
Tipos de dietas hospitalaresTipos de dietas hospitalares
Tipos de dietas hospitalares
 
DIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptxDIETOTERAPIA.pptx
DIETOTERAPIA.pptx
 
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdfsuporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
suporte-alimentar-doenca-gastroenterica.pdf
 
DIETAS HOSPITALARES - ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
DIETAS HOSPITALARES - ESTUDANTES DE ENFERMAGEMDIETAS HOSPITALARES - ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
DIETAS HOSPITALARES - ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
 
Alimentação em Instituições de Saúde.pptx
Alimentação em Instituições de Saúde.pptxAlimentação em Instituições de Saúde.pptx
Alimentação em Instituições de Saúde.pptx
 
Cardappio
Cardappio Cardappio
Cardappio
 
Alimentação do paciente.pptx
Alimentação do paciente.pptxAlimentação do paciente.pptx
Alimentação do paciente.pptx
 
Manual do paciente cap.2
Manual do paciente cap.2Manual do paciente cap.2
Manual do paciente cap.2
 
alimentacao do utente.pptx
alimentacao do utente.pptxalimentacao do utente.pptx
alimentacao do utente.pptx
 
Manual de nutrição cap.6
Manual de nutrição cap.6Manual de nutrição cap.6
Manual de nutrição cap.6
 
Apostila gratuita-ses-df-nutrica
Apostila gratuita-ses-df-nutricaApostila gratuita-ses-df-nutrica
Apostila gratuita-ses-df-nutrica
 
Nutrição gastronomia 06-02-14
Nutrição  gastronomia 06-02-14Nutrição  gastronomia 06-02-14
Nutrição gastronomia 06-02-14
 

Mais de Giza Carla Nitz

Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Primeiros Socorros - FRATURA - HEMORRAGIA .pdf
Aula 3 - Primeiros Socorros - FRATURA - HEMORRAGIA .pdfAula 3 - Primeiros Socorros - FRATURA - HEMORRAGIA .pdf
Aula 3 - Primeiros Socorros - FRATURA - HEMORRAGIA .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Primeiros Socorros - PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA .pdf
Aula 1 - Primeiros Socorros - PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA .pdfAula 1 - Primeiros Socorros - PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA .pdf
Aula 1 - Primeiros Socorros - PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Rotina Enfermagem no Centro Cirúrgico.pdf
Aula 6 - Rotina Enfermagem no Centro Cirúrgico.pdfAula 6 - Rotina Enfermagem no Centro Cirúrgico.pdf
Aula 6 - Rotina Enfermagem no Centro Cirúrgico.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte III.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte III.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte III.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte III.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte II.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte II.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte II.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte II.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 14 - SAUDE COLETIVA - Programa Saúde da Família.pdf
Aula 14 - SAUDE COLETIVA -  Programa Saúde da Família.pdfAula 14 - SAUDE COLETIVA -  Programa Saúde da Família.pdf
Aula 14 - SAUDE COLETIVA - Programa Saúde da Família.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 12 - SAUDE COLETIVA- Imunização .pdf
Aula 12 - SAUDE COLETIVA- Imunização .pdfAula 12 - SAUDE COLETIVA- Imunização .pdf
Aula 12 - SAUDE COLETIVA- Imunização .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 10 - Doenças Causadas Por Ectoparasitas.pdf
Aula 10 - Doenças Causadas Por Ectoparasitas.pdfAula 10 - Doenças Causadas Por Ectoparasitas.pdf
Aula 10 - Doenças Causadas Por Ectoparasitas.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 

Mais de Giza Carla Nitz (20)

Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
 
Aula 3 - Primeiros Socorros - FRATURA - HEMORRAGIA .pdf
Aula 3 - Primeiros Socorros - FRATURA - HEMORRAGIA .pdfAula 3 - Primeiros Socorros - FRATURA - HEMORRAGIA .pdf
Aula 3 - Primeiros Socorros - FRATURA - HEMORRAGIA .pdf
 
Aula 1 - Primeiros Socorros - PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA .pdf
Aula 1 - Primeiros Socorros - PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA .pdfAula 1 - Primeiros Socorros - PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA .pdf
Aula 1 - Primeiros Socorros - PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA .pdf
 
Aula 6 - Rotina Enfermagem no Centro Cirúrgico.pdf
Aula 6 - Rotina Enfermagem no Centro Cirúrgico.pdfAula 6 - Rotina Enfermagem no Centro Cirúrgico.pdf
Aula 6 - Rotina Enfermagem no Centro Cirúrgico.pdf
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdfAula 3-  Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
Aula 3- Conhecendo o Instrumental Cirúrgico.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte III.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte III.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte III.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte III.pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte II.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte II.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte II.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte II.pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Aula 14 - SAUDE COLETIVA - Programa Saúde da Família.pdf
Aula 14 - SAUDE COLETIVA -  Programa Saúde da Família.pdfAula 14 - SAUDE COLETIVA -  Programa Saúde da Família.pdf
Aula 14 - SAUDE COLETIVA - Programa Saúde da Família.pdf
 
Aula 12 - SAUDE COLETIVA- Imunização .pdf
Aula 12 - SAUDE COLETIVA- Imunização .pdfAula 12 - SAUDE COLETIVA- Imunização .pdf
Aula 12 - SAUDE COLETIVA- Imunização .pdf
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdf
 
Aula 10 - Doenças Causadas Por Ectoparasitas.pdf
Aula 10 - Doenças Causadas Por Ectoparasitas.pdfAula 10 - Doenças Causadas Por Ectoparasitas.pdf
Aula 10 - Doenças Causadas Por Ectoparasitas.pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 

Aula 3 - Clinica médica -Alimentação e hidratação.pdf

  • 1. Professora Enfermeira Giza Carla Nitz Especialista em Urgência e Emergência
  • 2.  Alimentação  Hidratação  Dietoterapia  Dietas hospitalares  Higienização bucal
  • 3. A alimentação é essencial para nossa saúde e bem-estar. O estado nutricional interfere diretamente nos diversos processos orgânicos :  Crescimento e desenvolvimento.  Mecanismos de defesa imunológica e resposta às infecções.  Cicatrização de feridas.  Evolução das doenças. O profissional de enfermagem tem a responsabilidade de verificar se os pacientes estão aceitando a dieta e identificar precocemente problemas nutricionais.
  • 4. Procedimento de alimentação (pacientes dependentes)  Proteger o tórax do cliente com toalha ou guardanapo, oferecer pequenas porções, limpando-lhe a boca sempre que necessário,  Ao final, realizar a higiene oral.  Visando evitar que o cliente se desidrate, a enfermagem deve observar o atendimento de sua necessidade de hidratação.  Ao término da refeição, servir-lhe água e anotar a aceitação da dieta no prontuário.  O acompanhante deve ser orientado para realizar o procedimento, neste caso observar se houve recusa da dieta.
  • 5. Desde que não haja impedimento para que receba líquidos por via oral, cabe ao Serviço de Nutrição e Dietética fornecer água potável em recipiente apresentável e de fácil limpeza, com tampa, passível de higienização e reposição diária, para evitar exposição desnecessária e possível contaminação.
  • 6. • Por falta de hábito de ingerir água, em situações de doença, aumenta o risco de desidratação e desequilíbrio hidroeletrolítico. • A enfermagem o oriente e incentive a tomar água, auxiliando os dependentes. • A posição sentada é a mais conveniente, porém, se isto não for possível, deve estar atento para evitar aspiração acidental de líquido.
  • 7. • Por se tratar de um dos elementos fundamentais para o tratamento e recuperação do paciente, a alimentação adequada nos hospitais é considerada como uma terapia, também chamada de “dietoterapia”. • Prescrita pelo médico, é seguida à risca pela equipe da cozinha, fazendo as adaptações necessárias de acordo com a aceitação ou não pelo paciente, bem como pela evolução do seu quadro clínico, sempre sob supervisão médica. • Este cuidado todo é necessário porque cada paciente é internado por causa de uma patologia específica, então todo o seu tratamento também é, considerando sempre todas as demais condições, como outras doenças, alergias e interação com a medicação.
  • 8.  Dieta Livre ou Geral  Dieta Branda  Dieta Pastosa  Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada  Dieta Líquida Completa  Dieta Líquida Restrita  Dieta Hipolipídica  Dieta Hipossódica  Dieta Hipoglicídica  Dieta Hipoprotéica  Dieta HAS (Hipertensos)  Dieta DM (Diabéticos)  Dieta Nefropata (Insuficiência Renal)  Dieta Hepatopata  Dieta Cardiopata
  • 9. Dieta Livre ou Geral  Objetivo: Manter o estado nutricional de pacientes com ausência de alterações metabólicas significativas ao risco nutricional.  Indicação: Para pacientes que não necessitam de restrições específicas e que representam funções de mastigação e gastrintestinais preservadas.  Características: Dieta suficiente, harmônica, consistência normal, distribuição e quantidades normais de todos os nutrientes, ou seja, normoglicídica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa.
  • 10. Dieta Livre ou Geral  Alimentos recomendados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas e seus produtos integrais, pobres em gorduras; hortaliças e frutas frescas; leite, iogurte, queijo com pouca gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos magros (sem pele e gordura); e gorduras, óleos e açúcares com moderação.  Alimentos evitados: Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas ricos em gorduras e açúcar; hortaliças e frutas enlatadas com sal e óleo, e conservas com calda de açúcar respectivamente; leite, iogurte, queijo ricos em gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos ricos em gordura e sal, como os frios em geral; e gorduras, óleos e açúcares em excesso
  • 11. Dieta Branda:  Objetivo: Fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, além de melhorar a mastigação, deglutição e digestão.  Indicação: Para crianças e idosos, com alterações e/ou perturbações orgânicas e funcionais do trato gastrointestinal.  Características: Normoglicídica, normoprotéica, normolipídica, balanceada e completa; consistência branda; 5 a 6 refeições diárias; tempo indeterminado; pobres em resíduos celulósicos e tecido conjuntivo, modificados por cocção e/ou subdivisão.
  • 12. Dieta Branda:  Alimentos recomendados: Salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, grelhadas; vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados; ovo cozido, pochê ou quente; frutas (sucos, em compotas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais); pastel de forno, bolo simples, sorvete simples; sopas, óleos vegetais; margarina; gordura somente para cocção, não para frituras.  Alimentos evitados: Cereais e derivados integrais; frituras em geral; frutas oleaginosas; vegetais do tipo A, exceto em sucos em cremes; frutas de tipo A, exceto em sucos; leguminosas inteiras; doces concentrados; condimentos fortes, picantes; queijos duros e fortes.
  • 13. Dieta Pastosa:  Objetivo: Fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço.  Indicação: Para os casos em que haja necessidade de facilitar a mastigação, ingestão, deglutição; e de se permitir certo repouso gastrointestinal; e em alguns pós-operatórios.  Características: Normoglicídica, normoprotéica e normolipídica; consistência pastosa ou abrandada pela cocção e processos mecânicos.
  • 14. Dieta Pastosa:  Alimentos recomendados: Todos os alimentos que possam ser transformados em purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz. Alimentos sem casca ou pele, moídos, liquidificados e amassados.  Alimentos evitados: Alimentos duros, secos, crocantes, empanadas, fritos, cruas, com semente, casca, pele. Preparações contendo azeitona, passas, nozes (outras frutas oleaginosas), coco e bacon. Iogurte com pedaços de frutas, frutas com polpas, hortaliças folhosas cruas, com sementes; biscoitos amanteigados e pastelarias.
  • 15. Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada  Objetivo: Fornecer ao paciente uma dieta que permite minimizar o trabalho do trato gastrointestinal e a presença de resíduos no cólon.  Indicação: Para pacientes com problemas de mastigação, deglutição e digestão, com trato gastrointestinal com moderadas alterações; e para o pós-operatório de cirurgias do TGI.  Características: Dietas normolipídicas, normoglicídicas, normoprotéicas com consistência semilíquida; volume de 200 a 400ml por refeição; por tempo indeterminado; 5 a 6 refeições.
  • 16. Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada Alimentos recomendados: Preparações com alimentos liquidificados e amassados. Alimentos evitados: Leguminosas e grãos, alimentos crus e inteiros.
  • 17. Dieta Líquida Completa  Objetivo: Hidratar e nutrir os tecidos; repousar o trato gastrointestinal e amenizar a sintomatologia.  Indicação: Para pacientes que apresentam alterações na mastigação, deglutição, digestão ou disfagias; com anorexia, que estão preparando para exames ou em pós-operatórios; em casos de graves infecções; transtornos gastrointestinais.  Características: Hipocalórica (1000 a 1500 kcal/dia), normoglicídica, normoprotéica e normolipídica; consistência líquida com volume de 200 a 300ml por refeições; de três em três horas.
  • 18. Dieta Líquida Completa:  Alimentos recomendados: Mingaus a 3% (arroz, milho, mucilon, maisena); caldos e sopas liquidificadas; sucos diluídos e/ou coados; leite, iogurte, creme de leite, queijos cremosos; gelatina, geleia de mocotó, pudim, sorvetes; chá, café, chocolate, mate, bebidas não gasosas, sucos de frutas e de vegetais coados; mingau de cereais, sopa de vegetais peneirados, cremosas e caldos de carnes; óleos vegetais.  Alimentos evitados: Cereais integrais, sementes, farelos, sementes oleaginosas, hortaliças, frutas inteiras com casca, queijos ricos em gorduras, embutidos, condimentos picantes.
  • 19. Dieta Líquida Restrita:  Objetivo: Saciar a sede, hidratação dos tecidos, evitar acidose, manter função renal, repousar o TGI, amenizar a sintomatologia.  Indicação: Pré-preparo de determinados exames (colonoscopia e endoscopia) e pré e pós- operatório.  Características: Hipocalórica (500 a 600 kcal/dia), hiperglicídica, hipoprotéica e hipolipídica; consistência líquida com volume de 200 a 300ml por refeições; de três em três horas. Isenta de fibras.
  • 20. Dieta Líquida Restrita:  Alimentos recomendados: Água, infusos adocicados com açúcar e dextrosol e bebidas carbonatadas; caldos de legumes coados; sucos de frutas coados; geleia de mocotó, gelatina, sorvetes a base de frutas coadas (sem leite).  Alimentos evitados: Cereais integrais com exceção do caldo; leguminosas; condimentos com exceção do sal; sucos de frutas que contêm polpa, hortaliças com exceção caldo, carnes de todos os tipos e os respectivos caldos, leite e derivados.
  • 21. Dieta Hipolipídica: São retirados da dieta as gorduras de adição como manteiga, margarina, óleo e azeite, e também os alimentos ricos em gordura, como embutidos, queijos, abacate, frituras e gema de ovo. O leite administrado é do tipo desnatado. Frutas permitidas: todas, exceto abacate. Todos os vegetais são permitidos.  Indicação: Patologias hepáticas, pancreáticas e de vesícula biliar. Aplicável no controle de hipercolesterolemia, aterosclerose. Oferece alto teor de fibras insolúveis e lipídeos poliinsaturados, com restrição de lipídeos saturados
  • 22. Dieta Hipossódica: Dieta de consistência normal, com restrição de sódio em sua composição e de alimentos que recebam adição de sal na sua produção. O paciente normalmente recebe 2 gramas de cloreto de sódio (sal de cozinha) por dia, podendo variar até 4 gramas por dia. Todas as frutas e vegetais são permitidos. Alimentos não permitidos: bacon, salsicha, azeitonas, apresuntado, presunto, enlatados em geral e molho de soja. A ervilha e o milho verde enlatados poderão ser utilizados com moderação, ou seja, o per capita total não poderá ser superior a 5 gramas.  Indicação: Hipertensão e edema por problemas renais/cardíacos.
  • 23. Dieta Hipoglicídica: Dieta de consistência normal, constituída principalmente de carboidratos complexos e rica em fibras solúveis. A sacarose é substituída por adoçante artificial à base do edulcorante aspartame, ciclamato e sacarina, esteviosídeo e sucralose. Todas as frutas e vegetais são permitidos. Suplementos alimentares não permitidos: ensure, sustacal, sustagem e sustain não podem ser utilizados pela presença de sacarose em sua formulação. O alimento achocolatado normalmente utilizado para substituir as farinhas não poderá ser utilizado.  Indicação: Intolerância à glicose, obesidade e hipertrigliceridemia.
  • 24. Dieta Hipoprotéica: Dieta de consistência normal, hipossódica, hiperglicídica, hipoprotéica, com lipídeos para completar o valor calórico total/dia; com alto teor de alimentos formadores de resíduos intestinais. Oferece 2 gramas de NaCI de adição/dia. Oferece 60% de proteínas de alto valor biológico. Frutas permitidas: todas, exceto aquelas ricas em potássio, como o melão e abacate. Vegetais permitidos: todos, exceto verdes, batata, mandioca e macarrão, por ser rico em potássio. Farinhas permitidas: trigo, amido de milho, fubá, farinha de arroz ou de milho.  Indicação: Utilizada como tratamento conservador em patologias onde ocorre a necessidade de diminuição dos produtos do catabolismo proteico como ureia, creatina e amônia.
  • 25. Dieta HAS (Hipertensos): Alimentos ricos em sódio e gorduras saturadas devem ser evitados, ao passo que os ricos em fibras e potássio (4,7g de potássio ao dia) são permitidos. Deve-se consumir frutas (4 a 5 vezes por dia), verduras, alimentos integrais, leite desnatado e derivados (com menos de 25% de gordura), quantidade, maior quantidade de fibras, potássio, cálcio e magnésio. Substituir frituras por alimentos assados, crus ou grelhados. Os hipertensos devem reduzir a quantidade de sal na elaboração de alimentos, dando preferência aos temperos naturais como alho, cebola, limão, gengibre, alecrim, ervas, salsa, cebolinha, hortelã e manjericão. Substituir doces e derivados do açúcar por carboidratos complexos e frutas, evitar sucos industrializados dando preferência aos sucos naturais de frutas. Incluir cereais integrais na dieta. É saudável uma pessoa ingerir até 6g de sal por dia (100 mmol ou 2,4 g/dia de sódio), correspondente a quatro colheres de café (4g) rasas de sal adicionadas aos alimentos.
  • 26. Dieta DM (Diabéticos): A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos, 30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos devem ser consumidos de 5 a 6 porções por dia. As gorduras devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que significa que devem ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo. As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o que corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia. Além disso, a alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a alimentos integrais. Pode ser consumido uma ou duas vezes por semana, dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez que o álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia). •
  • 27. Dieta Nefropata (Insuficiência Renal):  A dieta para a insuficiência renal deve ser sobretudo com pouca quantidade de potássio. Alguns alimentos não devem ser consumidos, como: carnes gordas, salsicha, fígado, língua e coração; peixes secos e salgados, frutos do mar; conservas e enlatados; cereais integrais e derivados; farinhas lácteas; leguminosas secas e verdes: ervilha, feijão, grão, milho e favas (tolera-se 1 vez/mês); frutos secos e cristalizados; sal; refrigerantes e sucos concentrados.  Os rins são responsáveis pela eliminação dos resíduos provenientes da digestão dos alimentos depois que o organismo aproveitou-se de todos os seus elementos nutritivos. Quando os rins não estão trabalhando apropriadamente, é necessário fazer ajustes na dieta para que o organismo não se sobrecarregue com esses resíduos.
  • 28. Dieta Nefropata (Insuficiência Renal): A dieta prescrita para os pacientes com insuficiência renal crônica depende de vários fatores, como o estágio da doença renal (se é discreta com creatinina em torno de 2mg%; se é pré- dialítica com creatinina em torno de 4mg% ou se o paciente já se encontra em programa de diálise). Outras doenças existentes, como o diabetes, hipertensão, dislipidemia, também precisam ser levadas em consideração, assim como o peso, a altura, o nível de atividade física e a quantidade de urina (volume urinário em 24 horas). Desta maneira, cada pessoa deve ter sua dieta individualizada pelo seu nefrologista e por um nutricionista habilitado a lidar com pacientes com doença renal. Cada organismo tem diferentes necessidades baseadas no grau de doença, no resultado dos exames de laboratório, no peso do paciente, (se é necessário perda ou ganho de peso), na necessidade proteica e de outros elementos, como vitaminas e sais minerais.
  • 29. Dieta Nefropata (Insuficiência Renal): A “Dieta para Nefropata” não deve ser prescrita como se fosse uma fórmula única com “pouca” proteína (a quantidade varia de pessoa para pessoa), sem sal (nem todo paciente é hipertenso ou apresenta “inchaço” que é o edema; alguns até são perdedores de sal), pobre em potássio (existem pessoas mais tolerantes que outras à quantidade de potássio ingerido) e restrição hídrica (depende do volume urinário). Desta maneira não existe uma dieta padrão para o nefropata e dificilmente duas pessoas vão seguir a mesma dieta. Cada um deve ter uma dieta personalizada, adequada às suas necessidades.
  • 30. Dieta Nefropata (Insuficiência Renal): O paciente com algum grau de insuficiência renal deve acompanhar com seu nefrologista os resultados de seus exames de laboratório e entender o que eles significam. Esses exames são a chave para a elaboração da dieta para os rins. É extremamente importante, portanto, que se realize periodicamente esses exames e que o médico, o nutricionista e o paciente sejam capazes de traduzir os resultados em alimentos, vitaminas e sais minerais. De maneira geral, os nutrientes levados em consideração na dieta do indivíduo nefropata são os seguintes: cálcio e fósforo; sódio; líquidos em geral; potássio; proteínas e calorias.
  • 31. Dieta Nefropata (Insuficiência Renal): Com a personalização da dieta é possível obter-se cardápios variados, saborosos e com bom valor nutricional. O paciente e sua família devem ser reeducados em relação aos hábitos alimentares. A tradição alimentar brasileira é baseada em alimentos gordurosos, calóricos, com muito sal e que acabam provocando sede, com muita ingestão de líquidos. O nutricionista, geralmente, é o profissional responsável por esta reeducação alimentar, ensinando o paciente e sua família a elaborar um cardápio adequado e fornecendo receitas já testadas, que agradam ao paladar e são nutritivas.
  • 32. Dieta Hepatopata: Os pacientes com doença hepática toleram uma dieta normal. A maioria dos pacientes não precisa de restrições dietéticas e podem até ser prejudicados por esta prática. Um padrão modificado de alimentação, com aumento do fracionamento e da redução do volume das refeições melhora a utilização de substratos em pacientes com cirrose hepática compensada. Pacientes com doença hepática crônica, principalmente de etiologia alcoólica, apresentam ingestão dietética inadequada, alterações dos indicadores antropométricos, bioquímicos e clínicos que evidenciam prejuízo nutricional. A avaliação nutricional clássica desses pacientes pode ficar comprometida se houver repercussões do dano hepático sobre o metabolismo hídrico e distribuição de líquido nos compartimentos corpóreos intra e extracelulares.
  • 33. Dieta Hepatopata: Ainda não existe método de avaliação nutricional para hepatopatas considerado padrão ouro. Portanto, o diagnóstico nutricional deve ser feito utilizando-se métodos antropométricos, bioquímicos e clínicos, levando-se em consideração vantagens, desvantagens e indicações de cada método. Cerca de 40% dos pacientes com doença hepática não alcoólica possuem deficiência de vitaminas lipossolúveis, sobretudo A e E, 8 a 10% apresentaram falta de vitaminas do complexo B (niacina, tiamina, riboflavina, piridoxina e vitamina B12) e 17% tem deficiência de ácido fólico, relacionadas mais diretamente as alterações da função hepática e reservas reduzidas do que com a inadequação alimentar ou má absorção.
  • 34. Dieta Hepatopata: Evitar sempre: Alimentos fritos, gordurosos e oleosos; alimentos de consistência endurecida, torrados, cortantes e volumosos; carne vermelha; frutas cítricas ou ácidas; leite animal in natura e derivados; refrigerantes e qualquer tipo de bebida alcoólica. Alimentos permitidos: Arroz branco ou integral; feijão preto, marrom, branco ou outros tipos; óleo de girassol, oliva (usar constantemente), milho; margarina sem sal, tipo Becel; carne branca (frango, peixe e peru); bacalhau sem sal; carne de soja; queijo de soja; qualquer tipo de farinha (tapioca, mandioca); qualquer tipo de verdura (crua ou cozida) e frutas.
  • 35. Dieta Cardiopata: Aconselhável o consumo de carnes brancas, peixes, claras de ovos, carnes vermelhas magras (sem gordura, e até 3x por semana), preferível preparações assadas, cozidas, ensopadas ou grelhadas, legumes e verduras em todas as refeições, arroz branco ou integral, batata cozida, mandioca cozida, feijão, lentilha, grão de bico, soja, ervilha, leite desnatado e derivados, óleos vegetais, água mineral, sucos naturais sem açúcar, frutas com a casca, frutas em calda e gelatina.
  • 36. • No hospital, as medidas de peso e altura devem ser obtidas no ato da internação. Certas doenças ou tratamentos podem provocar oscilações rápidas e frequentes de peso, por retenção ou perda de líquidos do organismo. • Nesses casos, há necessidade de controle mais frequente. Quanto ao cliente acamado, seu controle de peso é feito por intermédio de balanças especiais (camabalança).
  • 37. A higiene oral frequente reduz a colonização local, sendo importante para prevenir e controlar infecções, pneumonia associada à ventilação mecânica, diminuir a incidência de cáries dentárias, manter a integridade da mucosa bucal, evitar ou reduzir a halitose, além de proporcionar conforto ao paciente. Ela deve ser feita 3x ao dia. Avaliar a possibilidade de o paciente realizar a própria higiene. Se isto for possível, colocar o material ao seu alcance e auxiliá-lo no que for necessário. Caso contrário, com o material e o ambiente devidamente preparados, auxiliar o paciente a posicionar-se, elevar a cabeceira da cama se não houver contraindicação e proteger o tórax do mesmo com a toalha, para que não se molhe durante o procedimento.
  • 38. Atividades: 1. Qual a importância da alimentação para os processos orgânicos? 2. Como auxiliar um cliente com dificuldades para se alimentar sozinho? 3. Quais os riscos de uma má ingesta hídrica para o paciente? 4. O que é dietoterapia? 5. Qual a importância da higiene bucal 3 x ao dia para o paciente?
  • 39. 6. Descreva como é a dieta hospitalar: a) Dieta Livre ou Geral b) Dieta Branda c) Dieta Pastosa d) Dieta Líquida-Pastosa ou Pastosa Liquidificada e) Dieta Líquida Completa f) Dieta Líquida Restrita g) Dieta Hipolipídica h) Dieta Hipossódica i) Dieta Hipoglicídica j) Dieta Hipoprotéica k) Dieta HAS (Hipertensos) l) Dieta DM (Diabéticos) m) Dieta Nefropata n) Dieta Hepatopata o) Dieta Cardiopata
  • 40. Referências: • Oliveira AF, Oliveira FLC, Juliano Y, Ancona-Lopez F. Evolução nutricional de crianças hospitalizadas e sob acompanhamento nutricional. Rev. Nutr. 2005; 18(3):348. • Garcia RWD. A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos envolvidos em sua produção e em seu planejamento. Rev. Nutr. 2006; 19(2):129-144. • Cupari L. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Nutrição Clínica no Adulto 2Ş ed. São Paulo: Manole; 2005; • Levy FML, Matos PES, Tomita NE. Programa de agentes comunitários de saúde: a percepção de usuários e trabalhadores da saúde. Cad Saude Publica 2004; 20(1):197- 203. • Aquino RC. Fatores associados ao risco de desnutrição e desenvolvimento de instrumentos de triagem nutricional [tese]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; 2005. • Boog MCF. Dificuldades encontradas por médicos e enfermeiros na abordagem de problemas alimentares. Rev. Nutr. 1999; 12(3):261-272.
  • 41.  Curso: Técnico de Enfermagem  Período: Modulo III  Disciplina: Assistência de Enfermagem Em Situações Clínicas.