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GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE JI-PARANÁ - RO
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SILVIO MICHELUZZI
Rua: Padre Franco 2315 - Bairro Habitar Brasil – CEP= 76909-846 – Ji-Paraná – RO
Telefone = (069) 3424-8522 - E-mail : escolasmicheluzzi@seduc.ro.gov.br
JI-PARANÁ- 2020
2
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE JI-PARANÁ – RO
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SILVIO MICHELUZZI
GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA
Marcos José Rocha dos Santos
SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Suamy Vivecananda Lacerda de Abreu
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Maria Conceição Alves
REPRESENTANTE DE ENSINO DE JI-PARANÁ
Rosangela Aparecida Marun Cândido
DIRETORA
Solange Alves de Souza
VICE-DIRETORA
Elisamar Ferreira Gomes Lopes
SECRETÁRIO
Fredson Rocha Negrine
SUPERVISORA
Edna Farias dos Santos Coimbra
ORIENTADOR EDUCACIONAL
Locimar Massalai
3
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA ESCOLA ........................................................ 5
1.1. Contextualização ............................................................ Error! Bookmark not defined.
1.1.1. Aspectos sociais, econômicos, culturais e geográficos.................................................... 5
1.1.2. Histórico da Escola ..................................................................................................... 8
1.2. Caracterização da Comunidade Escolar .........................................................................12
1.2.1. Estudantes ................................................................................................................14
1.2.2. Famílias.....................................................................................................................15
1.2.3. Equipe Escolar.....................................................................................................................15
1.3. Condições Físicas e Materiais ........................................................................................16
2.Error! Bookmark not defined. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO E PRÁTICAS ESCOLARES
..........................................17
2.1.Concepção de escola e perfil de formação de estudantes...................................................18
2.1.2. Papel da escola...........................................................................................................18
2.1.3. Definição de aprendizagem........................................... Error! Bookmark not defined.
2..1.4. Perfil de formação dos estudantes.................................Error! Bookmark not defined.
3. PLANO DE AÇÃO.....................................................................................................................20
3.1. Objetivo Geral........................................................................................................................20
3.2. Objetivos específicos..............................................................................................................21
3.3. Metas......................................................................................................................................21
3.4. Estratégias....................................................................................................................21
4. ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ..........................................................22
4.1. Aspectos organizacionais ..............................................................................................22
4.2. Aspectos administrativos . .............................................................................................24
4.3. Aspectos Financeiros .............................................................................................................24
5. PROPOSTA CURRICULAR ....................................................................................................25
5.1. Fundamentos epistemológicos, filosóficos, psicológicos, sociológicos, pedagógicos e
culturais ..........................................................................................................................................28
5.2. Organização Curricular ...........................................................................................................31
6. PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADAPARA DOCENTES .......................................32
7.PLANO DEAÇÃO INTEGRADO ..........................................................................................33
8. FORMAS DE AVALIAÇÃO DO PP ......................................................................................35
REFERÊNCIAS.................................................................................................................35
4
APRESENTAÇÃO
Ao construir o Projeto Pedagógico Escolar observam-se três momentos interligados:
concepção, execução e avaliação. Queremos esclarecer que este projeto é um documento que
não se reduz à dimensão pedagógica, nem muito menos ao conjunto de projetos e planos
isolados de cada professor e de cada setor.
Este Projeto Pedagógico foi reconstruído e retomado a partir da orientações e
pressupostos teóricos da BNCC, (Base Comum Curricular Nacional e do Referencial
Curricular de Rondônia neste ano letivo de 2020 com adaptações necessárias, considerando
o momento histórico, (pandêmico) que estamos vivendo e que nos desafiou a adotar
metodologias e olhares adaptadas à situação vigente
É, portanto um instrumento específico que deseja refletir a realidade da escola situada
em um contexto mais amplo que a influência e provoca.
A legitimidade do projeto está ligada ao grau e o tipo de participação de todos os envolvidos
com o processo educativo através de suas ações contínuas. Por esta razão, o Projeto tem que
ter a identidade da E.E.E.F. Silvio Micheluzzi e seus desafios atuais, especialmente “escola
em tempos de aulas remotas” ou em processo de mudanças enquanto os tempos de pandemia
não passarem. Pensamos ser importante ressaltar esta situação histórica e social que nos afeta
como escola e como comunidade humana geral e local.
Por ser um documento norteador, apresenta um diagnóstico da escola e ressalta os
objetivos a alcançar no sentido de diminuir ou de eliminar os problemas apresentados e,
através das ações que foram planejadas, propõe-se a atingir o objetivo principal que é
oferecer ao aluno a oferta de um ensino de qualidade.
O Projeto como um todo, obedece a um roteiro, a saber: diagnóstico, concepções
teóricas, priorização das necessidades, plano estratégico da escola e avaliação. Vão em
anexo: calendário escolar, plano de trabalho de cada setor, projeto da escola, planos
curriculares por ano e disciplina, e por último, quadro de lotação dos servidores que atuam
na escola.
A metodologia empregada na construção deste projeto é a do fazer coletivo,
acreditando que o essencial do mesmo é o seu caráter, processual e dinâmico. No caso
concreto deste, o realizamos através de palestras e trabalhos de grupo. Logo após houve
partilha retomada com sistematização final.
5
Em linha geral o projeto traduz de maneira prática aquilo que a escola identifica como
prioridade definida por todos seus membros, na dimensão política, pedagógica contribuindo
assim cumprir sua missão precípua que é a de oferecer ao alunado o acesso a cultura
sistematizada ou em processo de sistematização.
1 – IDENTIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA ESCOLA
Para chegarmos ao diagnóstico da realidade onde a escola está inserida, realizamos
um questionário sócio-econômico-cultural. A partir deste questionário fizemos a leitura da
realidade nos tópicos a seguir:
1.1 – Contextualização histórica da comunidade
A comunidade foi sendo formada a partir do momento em que os moradores
vieram se estabelecendo no bairro. Oriundos de outros bairros, cidades ou Estados, o que
antes era periférico está perdendo esta característica porque, junto com as pessoas, quase
sempre chegam os serviços. A comunidade humana se constitui histórica e socialmente a
partir do momento que se estabelece e as demandas advindas são sanadas desde as ofertas
ou não de políticas públicas. O que antes era uma zona rural vai se tornando eminenteme nte
urbana.
1.1.1 – Aspectos sociais, econômicos, culturais e geográficos
Apresentaremos dados gerais do município de Ji-Paraná para, em seguida, caracterizar
o diferencial no que concerne aos aspectos sociais, econômicos, culturais e geográficos do
bairro onde a escola está inserida e da clientela que ela atende, não sendo possível
descontextualizá-la deste todo maior que é a cidade.
Segundo dados do IBGE, (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro/ji-parana/panorama), a
população estimada da cidade de Ji-Paraná em 2019 era de 128.969 pessoas, com uma
densidade demográfica de 16, 91 habitantes por quilômetros quadrados. É o segundo mais
populoso do Estado de Rondônia e se localiza na porção centro-leste do estado, na
microrregião de Ji-Paraná e na mesorregião do Leste Rondoniense. Possui área de 6
897 quilômetros quadrados, representando 2,9% do estado. Seu território tem, como limites,
6
as cidades de: Vale do Anari ao norte, Theobroma ao noroeste, Ouro Preto do Oeste e Vale
do Paraíso ao oeste, Teixeirópolis e Urupá ao sudoeste, Presidente Médici ao sul e Ministro
Andreazza ao sudeste.
Nas questões relacionadas a trabalho e renda, em 2018, o salário médio mensal era de
2.0 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de
25.3%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 7 de 52 e
2 de 52, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição
2163 de 5570 e 800 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos
mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 34.1% da população nessas condições,
o que o colocava na posição 48 de 52 dentre as cidades do estado e na posição 3748 de 5570
dentre as cidades do Brasil.
Quando de se trata de questões relacionadas à saúde, constatamos que a taxa de
mortalidade infantil média na cidade é de 11.22 para 1.000 nascidos vivos. As internações
devido a diarreias são de 1.8 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os
municípios do estado, fica nas posições 26 de 52 e 23 de 52, respectivamente. Quando
comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 2826 de 5570 e 1659 de 5570,
respectivamente. E agora, em 2020, estamos sofrendo os reveses da pandemia relacionada
ao Corona Vírus e seus desdobramentos em nosso cotidiano escolar.
Dados referentes à problemática do saneamento básico, o que não difere do bairro
onde a nossa Unidade Escolar está localizada, apresenta apenas 20.2% de domicílios com
esgotamento sanitário adequado, 17.3% de domicílios urbanos em vias públicas com
arborização e 6.4% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada, isto
é, presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio.
Em se tratando da religiosidade, os dados confirmam que a população segue as
seguintes correntes religiosas em sua maioria: Católica Apostólica Romana, Evangélicas em
suas mais variadas nominações, o kardecismo e as religiões afro-brasileiras e indígenas. Por
respeito à diversidade destas vivências plurais, não podemos desconsiderar também aqueles
que não seguem religião alguma.
Finalmente, quanto ao viés cultural pontuamos também sua pluralidade haja vista que
as pessoas que vivem no município ao migrarem para Rondônia trouxeram suas culturais de
onde vieram. No entanto, consideramos que a vivência cultural no município é bem
diversificada. A prefeitura oferece gratuitamente aulas de teatro, dança e música, o que torna
o município uma potência cultural para a região. Há apenas um teatro na cidade, com
capacidade para 200 pessoas, onde ocorrem vários eventos no decorrer do ano.
7
Quanto ao bairro onde a escola está inserida podemos notar que a escola fica
situada na zona urbana do 2º distrito do município de Ji-Paraná. O bairro é promissor, pois
vem se desenvolvendo significativamente em função da mobilidade social fruto dos
movimentos sócio e culturais da própria sociedade em si.
A grande maioria dos moradores é proveniente de imigrantes várias regiões do Brasil
e de outras cidades de Rondônia.
Quanto às instituições socioculturais, na comunidade, existe uma Associação de
Moradores, duas igrejas católicas e várias comunidades evangélicas, cada qual atendendo ao
seu público específico. Na comunidade localiza-se um Estádio de Futebol chamado
popularmente de Biancão1, que, além de atender funções esportivas, serve para outros
eventos culturais e de lazer.
Estando localizada numa área periférica da cidade, sua clientela estudantil é oriunda
de todas as regiões do país e em geral pertence à grande parcela empobrecida2 q índice de
desestruturação familiar, fruto mesmo da pobreza, abandono social e ausência de políticas
públicas, falta de perspectiva de vida em função do alto índice de desemprego.
Algo peculiar que caracteriza os pais de nossos alunos é que muitos deles vão
trabalhar em fazendas, sítios e até mesmo vão embora do País como Portugal, Espanha,
principalmente para buscar uma vida melhor para os filhos e estes em sua maioria ficam
sendo cuidados pelos avós ou com parentes, ocasionando a falta de acompanhamento na vida
escolar dos mesmos. Tal realidade é uma das causas de problemas afetivos, emocionais e
baixo rendimento na aprendizagem do aluno.
Considerando toda esta realidade, é importante considerar que a BNCC, (2017,
p.473) apregoa que,
É papel da escola auxiliar os estudantes a aprendera se reconhecer como sujeitos,
considerando suas potencialidades e a relevância dos modos de participação e
intervenção social na concretização de seu projeto de vida. É, também, no
ambiente escolar que os jovens podem experimentar, de forma mediada e
intencional, as interações como outro,com o mundo, e vislumbrar, na valorização
da diversidade, oportunidades de crescimento para seu presente e futuro.
Ou seja, é papel da escola sair ao encontro dos alunos e acolhê-los a partir da
realidade em que se encontram.
No que se refere ao nível sócio econômico e cultural, a comunidade é formada por
uma classe social de baixa renda; sendo que 50% das famílias vivem com a renda de até um
1 Em homenagem ao ex-governador e ex-prefeito da cidade, o senhorJosé de Abreu Bianco.
2 Entendemos que o empobrecimento é um processo que ou aumenta ou diminui e que neste sentido, nossos
alunos são oriundos de famílias empobrecidas por falta de emprego e políticas públicas voltadas para esta e
outras questões que reduzemo nível de pobreza.
8
salário mínimo, 24% com dois salários mínimos, 26% com mais de dois salários mínimos.
Das famílias entrevistadas 21% não responderam a questão que: representa os autônomos,
que vivem com menos de um salário mínimo.
No campo da escolaridade, os dados3 revelaram um índice de analfabetismo de 15%;
sendo a maior porcentagem com ensino primário de 29%; e 9% ensino fundamental
completo; 5,5% com curso médio. Foi constatado que 57% possuem sua moradia própria e
29% em aluguel e outros; 14% não responderam à questão.
Conforme levantamento percebeu-se que os pais, sabem em geral o que acontece na escola,
mas acompanham com pouca regularidade a vida escolar dos filhos. Tal processo melhorou
significativamente quando foram desafiados a acompanhar seus filhos em tempos de aulas
remotas.
É importante frisar quer 75% dos familiares são conhecedores de PDE e dos projetos
escolares, dos quais, 25% ainda se demonstram pouca participação e envolvimento nas
atividades da escola, bem como, no empenho de conhecer o seu papel de atuação na
aprendizagem de seus filhos.
Nesse sentido, segundo a BNCC, (2017, p.16), este envolvimento é um desafio
constante e exige que,
[...] aprendizagens (...) se materializam mediante o conjunto de decisões que
caracterizam o currículo em ação. São essas decisões que vão adequar as
proposições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos sistemas
ou das redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto e as
características dos alunos. Essas decisões, que resultam de um process o de
envolvimento e participação das famílias e da comunidade, referem-se, entre
outras ações: contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares,
identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los,
conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo
nos quais as aprendizagens estão situadas.
Dar sentido e significado ao conhecimento que a escola se propõe socializar e conectá-
lo com a realidade é um desafio perene para nossa prática educativa.
1.1.2 Histórico da Escola
Escola Estadual de Ensino Fundamental Silvio Micheluzzi, tem este nome em
homenagem ao Padre Silvio Micheluzzi, missionário italiano, pertencente à ordem religiosa
3 Pesquisa feita em 2019.
9
dos Missionários Salesianos, que veio para Ji-Paraná nos idos de 1970. Este sacerdote foi
também um grande evangelizador e educador popular.
Criada pelo Decreto Nº 4875 de 23/11/90, publicada no Diário Oficial do Estado em
27/11/90 e Autorizada pela Portaria N.º 019/GAB/SEDUC de 2.002. A escola começou suas
atividades no dia 05 de maio de 1991, quando foram abertas as matrículas para alunos de
Pré-escolar até a 4ª série, e de 5ª à 8ª séries do Ensino Fundamental em suas instalações
próprias.
Foi inaugurada com dez (10) salas de aulas, sendo cinco (05) salas em cada pavilhão,
um pavilhão Administrativo com salas para: Secretaria, Direção, Supervisão, sala para os
professores, sala para planejamento e reforço, com dois (02) banheiros (de uso exclusivo dos
funcionários) e outro pavilhão com uma cozinha, sala de vídeo, uma pequena Biblioteca,
dois (02) banheiros (masculino e feminino com quatro sanitários cada um) para os alunos,
tudo em perfeito estado de funcionamento e conservação.
A partir de 05 de maio de 1991, esteve sob a gestão do professor José Emílio Barriviera,
e a professora Maria das Graças Rodrigues e Sônia da Silva Gomes (como secretária a partir
de 01/01/1992 a 13/09/2003).
Do ano de 1992 a 1994, a escola, teve como gestora a professora Cristina Rocco e o
professor Almir Zandonadi, nesta gestão não houve nenhuma mudança significativa na
estrutura física e funcional da mesma.
Do ano de 1995 a 1998, ficou sob a gestão da professora Girlene Lopes Amorim e
professora Elza Rodrigues. Nesta gestão houve melhoria na segurança da escola tais como:
construção de mais meio (1/2m) metro de muro, pois o mesmo era de um (01m) metro de
altura, a construção de um (01) poço semiartesiano. A escola recebeu um (01) kit para
funcionamento da TV Escola.
Do ano de 1999 a 2002, esteve sob a gestão do professor Arno João Webler e a
professora Maria dos Santos Navarro.
Esta gestão recebeu verbas para fazer reforma na pintura, piso, quadro, compra de
ventiladores, instalação de grades de ferro para as janelas, instalação de bebedouro,
construção de um pequeno depósito, muitos materiais didáticos foram comprados, tais como:
jogos, livros, dicionários, também nesta gestão foram comprados três (03) computadores. A
escola recebeu cadeiras e mesas novas para as salas de aula e armários de aço.
No ano de 2003, a escola iniciou suas atividades com sob a gestão do professor
Francisco Barros Filho e Marli da Silva Martins.
10
No mês de março de 2003 a professora Marli da Silva Martins foi substituída pela
professora Marli Raymundo de Abreu, e no mês de maio do mesmo ano, o professor
Francisco Barros Filho foi substituído pela professora Terezinha Vieira de Carvalho. Em
14/10/2003 foi designado para a Secretária da Escola a servidora Gleide Aparecida Rodeline.
Com a nova lei de Gestão Democrática, uma, vez que na escola não houve eleição e
sim aprovação por parte dos funcionários e pais de alunos decidindo que as professoras
Terezinha Vieira de Carvalho e Marli Raymundo de Abreu permanecessem na gestão da
escola.
No mês de fevereiro de 2005 a professora Marly Raymundo de Abreu foi substituída
pela professora Maria dos Santos Navarro.
No ano de 2005, estavam na gestão da escola, Terezinha Vieira de Carvalho (diretora),
Maria dos Santos Navarro (Vice-Diretora), Rosenir Navarro Molina (Supervisora
Pedagógica) e Locimar Massalai (Orientador Educacional).
No ano letivo de 2006, dando continuidade à administração escolar, a diretora
Terezinha Vieira de Carvalho e Vice-Diretora Maria dos Santos Navarro; estando na
coordenação pedagógica a cargo de Débora Macedo Oliveira e na Orientação Educacional
Locimar Massalai.
Neste mesmo ano foi construído um refeitório, cozinha e deposito de alimentos
medindo 208 metros quadrados.
A Unidade Escolar recebeu nessa ocasião quatro mesas com tampo em fórmica e pés
em aço tubular e oito bancos com pés de aço tubular e assento em fórmica, uma geladeira de
240 litros e um fogão industrial.
Em 2007 continuaram os mesmos gestores, mudando a orientação tendo assumido esta
função a Prof.ª. Marta Francisca Barbosa de Souza e na função de Coordenador Pedagógico
o Prof. João Cordeiro da Silva Filho. Em 2009, continua o mesmo grupo gestor no
estabelecimento de ensino.
Ao final do ano de 2011 houve mudanças na qual a A.P.P (Associação de Pais e
Professores), passa a ser denominada de Conselho Escolar, com isso também foi inserido a
Gestão Democrática nas escolas Estaduais de Rondônia. Houve então a primeira eleição
para escolha de diretores escolares.
Na E.E.E.F. Silvio Micheluzzi, concorreram aos cargos duas chapas: chapa 01,
Terezinha Vieira de Carvalho como diretora e Joanita Moreira da Conceição como vice-
diretora. Chapa 02 Joel Assis ao cargo de diretor e Elisamar Ferreira Gomes Lopes, ao cargo
de vice-diretora, sendo vencedora a Chapa 01 Terezinha Vieira de Carvalho e Joanita
11
Moreira da Conceição que permaneceram na gestão até o final de 2014. Ao final deste
mesmo ano, houve nova eleição, para um mandato dos 03 anos seguintes sendo duas chapas,
ficando assim compostas: concorrendo a chapa 01, Leda Maria de Melo e Tereza Cristina,
Chapa 02, Francisco Ruimar Maciel e Maria Cecília Neires, tendo como vencedora a Chapa
2, os mesmos atuaram no cargo de diretor e vice-diretora do ano de 2015 a 2017.
Com a saída do Professor Francisco Ruimar Maciel do cargo de Diretor foram
nomeados para compor a nova gestão, a então vice-diretora Professora Maria Cecília Neires
passa a ocupar o cargo de diretora e a Professora Solange Alves de Souza passa a ocupar o
cargo de vice-diretora sendo escolhida por meio de curriculum enviado para a CRE/SEDUC.
As mesmas fizeram parte da equipe gestora da escola até setembro de 2018 quando
Professora Maria Cecília Neires, diretora aposentou-se e a Professora Solange Alves de
Souza assumiu a direção, sendo escolhida como vice-diretora por meio de curriculum
enviado para a CRE/SEDUC a professora Elisamar Ferreira Gomes Lopes.
Em 2019 a equipe gestora nos primeiros meses esteve formada de seguinte forma:
Solange Alves de Souza, Diretora, Elisamar Ferreira Gomes Lopes, Vice-Diretora, Rita de
Cássia Oliveira, Supervisora Pedagógica Gizelle Cristina da Silva que ficou como
Orientadora Escolar até finais de abril que por questões familiares foi transferida para
Ariquemes. Tal função foi pelo Professor Orientador Locimar Massalai em inícios de maio
do corrente ano. Ocupa a função de Secretário Escolar o senhor Fredson Rocha Negrine
desde outubro e 2019.
Em 2020 a gestão da escola permaneceu praticamente a mesma. Atualmente não
temos Supervisora Pedagógica pois a senhora Rita de Cássia Oliveira solicitou mudança de
escola nos primeiros meses do ano letivo.
Através de uma Gestão Democrática nos consideramos como responsáveis, (apesar das
limitações encontradas em qualquer grupo humano), dinâmicos e participativos pois
acreditamos que uma Unidade Escolar só será verdadeiramente democrática quando,
“valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”, (BNCC, 2017,
p 9) para todos.
Como equipe, acolhemos as sugestões da CRE à qual pertencemos e as efetivamos de
forma criativa. Tal prática se materializa num regime de colaboração dos 31 educadores,
(consideramos todos que trabalham na escola como educadores), aguerridos e
comprometidos que compõem o quadro efetivo de servidores da escola.
12
Atualmente temos 81 alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais e
191 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais.
O perfil de nossos discentes é marcado também pela criatividade, participação,
protagonismo e respeito às leis coletivas. Como acreditamos que o ser humano em seu
processo de formação não nasce pronto, defendemos que [...] “os sistemas e redes de ensino
e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe
reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes”, (BNCC, 2017, p. 15). Não
apenas reconhecemos tal necessidade, mas a defendemos veementemente.
Quanto à tão propalada “desestruturação familiar” que sem dúvida afeta a vida de
qualquer ser humano, procuramos desmistificá-la em relação aos nossos alunos. Recebemos
nossos alunos como são e, a partir da realidade de cada um procuramos fazer o possível para
que eles aprendam e melhorem em sua integralidade.
Quanto aos recursos que são repassados à escola através dos convênios com o
Governo Federal e Estadual identificamos os seguintes:
PALE/PNAE – Programa nacional de Alimentação escolar – destinado à aquisição de
gêneros alimentícios (trimestral);
PDE/PME – Programa de Desenvolvimento Escolar (Anual);
PDDE– Programa Dinheiro Direto na Escola (Anual);
PROAFI – Programa de Apoio Financeiro a Escola e Programa Excelência.
Estes programas vêm ao encontro da escola, buscando oferecer o de melhor para
clientela estudantil, pois esses recursos têm contribuído muitíssimo em nosso dia-a-dia, ou
seja, seria praticamente impossível desenvolver um bom trabalho sem esses recursos, sendo
que os mesmos só têm melhorado a qualidade do ensino e da aprendizagem dos nossos
docentes e discentes, parafraseando Paulo Freire, porque quem ensina aprende ao ensinar e
quem aprende ensina ao aprender.
1.2 – Caracterização da Comunidade Escolar
Uma característica importante em nossa escola, já que estamos caracterizando-a é que
nos esforçamos para que os componentes curriculares sejam organizados de forma
interdisciplinar. A equipe gestora, juntamente com os professores buscam estratégias
dinâmicas, interativas e colaborativas em relação ao ensino e a aprendizagem.
Identificamos todos os que laboram na escola como “trabalhadores em educação”
porque ela, como escola pública é um local de trabalho [...] “que, por sua finalidade e por
13
sua natureza peculiar, supõe critérios especiais de organização. Tais critérios devem ser
estabelecidos a partir das características de trabalho que ali se desenvolve”, (JUNIOR, 1993,
p. 21).
Partindo do pressuposto acima apresentado, passaremos a descrever os atores, sujeitos
ativos que atuam no cenário do cotidiano escolar. Nossa escola atualmente conta em seu
quadro com 31 servidores, dentre estes 04 são emergenciais e 02 servidores federais.
Nominando-os por função a situação fica assim estabelecida: 19 Professores Classe “C”, 01
Professora Classe “A”, 07 Técnicos Educacionais Nível 01 e 04 Técnicos Educacionais
Nível 02.
Para que sua prática se efetive sob a égide de uma Gestão Democrática, contamos com
os seguintes parceiros, órgãos colegiados que a subsidiam: Conselho Escolar, Conselho de
Classe, Conselho de Professores e Líderes de turmas de 6º ao 9º ano do Anos Finais do
Ensino Fundamental.
Denominam-se órgãos colegiados aqueles destinados a prestar assessoramento
técnico-pedagógico e administrativo às atividades do Estabelecimento. Do Conselho Escolar
podemos dizer que
[...]tem por finalidade efetivar a gestão democrática na forma de colegiado,
promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar. (...)Terá
função de caráter consultivo, deliberativo, fiscalizador, normativo, mobilizador e
executivo nos assuntos referentes à gestão institucional nos aspectos pedagógico,
administrativo e financeiro do Estabelecimento de Ensino respeitado às normas
legais. (SEDUC/RO, p. 01.2011)
Em se tratando do Conselho de Professores, a Portaria n. 0007/10-Gab/Seduc/RO de
06/01/2010 o define em seus artigos 02 e 03 como um “órgão colegiado de função consultiva
e deliberativa em assuntos pedagógicos e disciplinares com atuação restrita ao âmbito
escolar”, composto pelo diretor (a), supervisor (a) escolar, orientador (a) educacional,
professores em efetivo exercício de docência e secretário escolar. A presidência do Conselho
de Professores será exercida pelo Diretor (a) da unidade escolar.
Quanto ao Conselho de Classe é considerado como um órgão consultivo, normativo e
deliberativo em assuntos didático-pedagógicos e disciplinares, com atuação restrita a cada
classe da escola, composto por professores, supervisores, orientadores e diretores.
Os Líderes de Turmas têm sua importância capital para promover o protagonismo dos
alunos e fazer com que tenham voz e vez na escola. Esta instância tem participação ativa nos
Conselhos de Classe, por exemplo, e é acompanhada de perto pelo Orientador Educaciona l.
14
A escola oferece Ensino Fundamental I – Anos Iniciais e II – Anos Finais – 1º ao 5º
e 6º ao 9º ano e atende seu alunado em dois turnos: no período matutino temos 06 (seis)
turmas: 1° ano “A” com (11) onze alunos, 2° ano “A” com (14) quatorze alunos, 3° ano “A”
com (28) vinte e oito alunos, 5° ano “A” com (28) vinte e oito alunos, 6° ano “A” com (30)
trinta alunos e 7º “A” com (35) trinta e cinco alunos. No turno vespertino atendemos as
seguintes turmas: 6° ano “B” com (24) vinte e quatro alunos, 7° ano B com (31) trinta e um
alunos, 8° ano “A” com (36) trinta e seis alunos e o 9° ano “A” com (36) trinta e seis alunos,
totalizando (292) duzentos e noventa e dois alunos conforme poderá ser visualizado na
tabela que segue abaixo.
Tabela 01: Quadro de alunos
T U R M A S NO DE ALUNOS
MATUTINO VESPERTINO MATUTINO VESPERTINO
1ª – A 1 11
2ª – A 1 14
3ª – A 1 28
4ª – A 1 17
5ª – A 1 28
6ª – A 1 36
6ª – B 1 24
7ª – A 1 31
7ª – B 1 31
8ª – A 1 28 36
9ª – A 1 36
SUB-
TOTAL
8 3 201 91
Fonte: Dados fornecidos pela secretaria da escola no dia 06/08/2020
Informamos que no período letivo “matutino” as aulas iniciam as 7:15 e terminam as
11:15 e no período vespertino o início se dá as 13:15 e finaliza as 17:15. Não temos classes
específicas para atender alunos com necessidades especiais. Os alunos com necessidades
especiais são atendidos e acompanhados em parceria com a professora da Sala de Recursos
(AEE) e os professores regentes de cada turma ou componente curricular.
1.2.1. Estudantes
Aproveitamos os dados fornecidos pelos próprios alunos de nossa escola na última
Prova Brasil, (www.qedu.org.br), para trazer algumas informações sobre os mesmos. 70/%
dos alunos moram com a mãe ou a avó, ou seja, a responsável pelos mesmos é uma figura
feminina o que confirma o que observamos no cotidiano. Os alunos consideram que a mãe
15
ou o pai são responsáveis por eles saberem ler. Os dados também nos dão conta que quase
76% dos responsáveis concluíram apenas o ensino fundamental. Quanto à participação na
escola 43% considera que os pais ou responseis participam, 12% de vez em quando e 45%
nunca ou quase nunca.
Quanto ao hábito de leitura, 25% dos alunos responderam que leem sempre ou com
relativa frequência, 67% de vez em quando e apenas 5% nunca ou quase nunca. 67% dos
alunos preferem fazer leituras na internet. Tal preferência se dá pela leitura de notícias.
Os discentes nos contam também que frequentam com regularidade a biblioteca da
escola e apreciam este local da escola. Outro dado interessante quanto ao perfil do nosso
aluno é que 92% sempre estudou em escola pública e o mesmo percentual nunca abandonou
a escola e 73% nunca reprovou.
Quanto às questões relacionadas à gravidez precoce e à sexualidade, temos que
trabalhá-las desde um viés interdisciplinar a partir de todos os componentes curriculares em
função de que houveram casos em 2019.
Quanto aos outros dados apontados acima, servirão para incrementar nossas ações
quando tratarmos das intervenções específicas.
1.2.2. Famílias
Em se tratando das famílias dos alunos de nossa escola, notamos que muitas estão
incluídas dentro daquilo que os autores chamam de “Novos arranjos familiares”,
considerando que “família” hoje é considerada quando há pessoas vivendo juntas
demonstrando laços de afeto e cuidado mútuo. Assim sendo, nossa clientela vem de famílias
com os seguintes arranjos: crianças e adolescentes vivendo apenas com a genitora, com a
genitora e padrasto, com o pai e madrasta, apenas com a avó materna ou paterna, com os
tios, dentre outros. Quando se trata da relação entre família, escola e o Conselho Tutelar,
muitas confundem a função deste último, principalmente quando é acionado em função de
faltas ou outras negligências. A escola tem o desafio de continuar esclarecendo qual é o papel
do Conselho Tutelar nesta relação e o Conselho Tutelar precisa, necessariamente se
aproximar mais da escola. Em geral os pais tem uma boa relação com a escola e seus
educadores. Quando há conflitos procuramos resolvê-los de maneira assertiva.
1.2.3. Equipe Escolar
É coesa. Composta pelos seguintes segmentos: equipe gestora (direção, vice direção,
orientação, supervisão e secretário com seus colaboradores, professores e técnicos com suas
16
devidas funções. Importante salientar que a equipe da escola sempre responde proativamente
os desafios propostos ou não, ou seja, aqueles advindos da própria rotina escolar, de forma
positiva e conciliadora. Quando há conflitos e eles existem, são resolvidos ou encaminhados
de forma dialógica e dentro dos parâmetros éticos pertinentes a qualquer instituição
educativa. Toda a equipe demonstra bem querer e apreço aos estudantes valorizando-os e
estimulando-os ao prosseguimento dos estudos necessários, segundo a visão freiriana, à
formação humana e cidadã.
1.3. Condições Físicas e Materiais
A escola é de alvenaria, coberta com telhas fibrocimento; possui uma área total de
4.800m2. Tem 10 (Dez) Salas de Aulas medindo 1.86m2 por aluno para um total de 292
(Duzentos e noventa e dois) alunos, 03 (três) Salas Administrativas, 01 (um) pátio coberto
medindo 324m², 01 (uma) Sala de aula que funciona como Biblioteca com
aproximadamente 1000 títulos, 01 Sala de aula que funciona como multimídia, 01 sala de
aula que funciona com Laboratório de informática 01 (um) Refeitório com Cozinha e
depósito para armazenar merenda, 04 (quatro) Sanitários Masculino e 04 (quatro) Sanitários
Femininos.
Em 2018 a Unidade de Ensino esteve com duas grandes obras: o pátio que passou
por uma reforma sendo financiado PROAF – Adicional e a construção da Quadra
poliesportiva coberta que segundo engenheiros da SEDUC era para ser inaugurada
oficialmente no corrente ano de 2018, no entanto, a empresa responsável abandonou a obra
antes de terminá-la. Neste sentido, “temos uma quadra e não a temos”.
Informamos que o Laboratório de Informática Educativa precisa de melhorias para
que possa responder às funções que lhes são urgentes e inerentes ao processo de ensino e de
aprendizagem. As melhorias a que nos reportamos estão relacionadas aos computadores4 e
suas devidas atualizações.
Em 2020 a escola passou por nova reforma, com recursos do programa Proaf
Adicional, (Melhoria da Rede Escolar) que começou em 03 de março e foi finalizada em 13
de julho do mesmo ano. Foram trocadas neste empreendimento telhados, parte elétrica e o
forro. A escola ficou muito mais bonita e funcional.
4 Computadores obsoletos e empouco número.
17
Como recursos humanos, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Silvio
Micheluzzi tem em seu quadro de pessoal e necessidades, os profissionais abaixo
relacionados cujos perfis se caracterizam pela boa vontade, criatividade e dinamismo em
desempenhar suas funções apesar das limitações encontradas em qualquer grupo humano.
ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE NECESSIDADE
Diretora 01 ---------------------------
Vice Diretora 01 ---------------------------
Secretário 01 ----------------------------
Auxiliar de Secretaria 02 ----------------------------
Supervisão 01
Orientador Educacional 01 ----------------------------
Professores em sala de aula 11 -----------------------------
Responsável pela biblioteca 02 -----------------------------
Responsável pelo LIE5 01
Inspetor de alunos 02 -----------------------------
Merendeiras 03 01
Zeladores 03 01
Cuidador 01 01
2. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO E PRÁTICAS ESCOLARES
É um grande desafio pensar a “Escola que temos e a escola que queremos”. O real
e o ideal, o presente e o futuro, o atual e o remoto se deslocam dialeticamente como desafio
à capacidade criadora de educadores e comunidade escolar, onde se precisa ter os pés no
chão e os olhos voltados para um horizonte maior.
A necessidade de fazer um balanço crítico reflexivo sobre a escola que temos, é
vital para que possamos alcançar mudanças às quais nos propomos.
Historicamente a escola tendeu a separar, na prática pedagógica, o trabalho manual
do trabalho intelectual, criando uma visão entre o fazer e o pensar, tomando-as como
instâncias distintas, desconexas e até opostas. Na verdade, o resultado prático disto é uma
escola que trabalha os conteúdos culturais desligados da prática social, isto é, isolado do
mundo trabalho, vida social, do contexto que dão sentido a ação humana. Contudo a
crescente globalização do conhecimento e da lacuna existente entre as desigualdades sociais
no mundo atual, faz com que repensemos o papel da educação, que se busque desenvolver
ações políticas para que a comunidade adquira conhecimentos e instrumentos indispensáveis
para a inserção no mundo atual, tecnológico, centrado na ciência, na cultura letrada, e acima
5 Laboratório de Informática Educativa
18
de tudo, nos meios de comunicação de massa, um mundo que está a exigir um aluno crítico
capaz de apropriar-se dos conhecimentos e experiências vividas com o meio.
O Projeto Pedagógico da E.E.E.F. Sílvio Micheluzzi é construído de forma
participativa com todos os integrantes da comunidade escolar, buscando retratar sua
identidade e objetivando uma ação inovadora e uma forma democrática de gestão escolar.
A necessidade de elaboração deste, parte dos pressupostos da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB, especificamente em seu artigo 12, onde se delega às
escolas a tarefa de construção da sua proposta pedagógica, bem como o anseio da
comunidade escolar em trabalhar com dados reais e norteadores dos principais problemas,
objetivando assim, fazer funcionar a escola e organizá-la com vistas à melhoria da qualidade
de ensino, pois seu foco principal é o aluno, e a oferta de um ensino de qualidade.
2.1. Concepções de escola e de perfil de formação de estudantes
Toda e qualquer escola tem suas concepções, isto é, a forma como concebe, pensa, vê,
crê e espera de sua própria prática e como quer que seus alunos sejam e onde deseja que eles
cheguem ao final do ciclo que ela oferece em sua proposta curricular. Dito isso, passaremos
a identificar quais concepções sobre “educação”, “papel ou função social da escola”,
“aprendizagem” e “perfil de alunos” que queremos ter no horizonte de nosso fazer educativo.
2.1.1. Educação
A educação integral como princípio norteador maior nos desafia. Para que este termo
“educação integral” não se torne vago, o consideramos como sendo a formação e o
desenvolvimento global dos estudantes, compreendendo [...] “a complexidade e a não
linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou
a dimensão intelectual, (cognitiva), ou a dimensão afetiva”, (BNCC, 2017, p. 14).
Esta forma de conceber a educação deve se materializar em uma prática educativa
ratificada pelos princípios de inclusão, equidade e diversidade sustentados pela BNCC.
2.1.2. Papel da escola
A escola tem um papel imperioso quando se trata dos processos de escolarização,
habilidades e competências dos alunos que deseja formar. Na prática isto significa que
19
principalmente o professor e, com ele, todos os que trabalham na escola precisam mudar sua
forma de atuar. Não se sustenta mais uma prática de apenas colocar conteúdo no quadro,
explicar o que está escrito e depois cobrar resultados em atividades, tarefas e em exames. É
necessário provocar reflexão, fazer com que os alunos pensem, identifiquem a situação,
trabalhem em conjunto.
Neste contexto, eis o papel da escola: ajudar os alunos a pensar, identificar problemas
e soluções conjuntamente. Deixará de ser mera transmissora de conteúdos e passará a se
preocupar com o desenvolvimento das competências sociais e emocionais das crianças,
jovens e adolescentes.
2.1.3. Definição de aprendizagem
A BNCC indica que a educação integral deve promover uma aprendizagem sem
fragmentação radical dos componentes curriculares e que tenha sentido para os estudantes,
ou seja, uma educação que promova pontes entre o conhecimento e a vida. O documento
também destaca a importância da valorização do contexto do estudante para que seja dado
sentido ao que se aprende, e joga luz sobre o "protagonismo do estudante em sua
aprendizagem e na construção de seu projeto de vida” (BNCC, 2017, p. 15).
Tendo presente esses princípios, a escola de Ensino Fundamental Sílvio Micheluzzi,
tem como definição de aprendizagem o processo de ajudar o educando na busca do
conhecimento e experiências a fim de que ele mesmo se sinta agente, sujeito de sua história
e compreenda o seu papel transformador na sociedade em que está inserido. Para que isto
aconteça é necessário que haja a integração entre os aspectos cognitivos e socioemocionais:
comunicação, criatividade, pensamento crítico e científico, empatia, comunicação e
autoconhecimento.
2.1.4. Perfil de formação dos estudantes
Desejamos que nossos estudantes desenvolvam competências e habilidades que lhes
possibilitem mobilizar e articular conhecimentos a partir dos componentes curriculares
fazendo pontes com as dimensões socioemocionais onde as relações interpessoais sejam
pautadas no respeito à diversidade, considerando as diferenças de gênero, crença e condições
sociais.
20
Entendemos que as competências socioemocionais influenciam a maneira de pensar,
sentir, decidir e agir das pessoas em determinadas situações e contexto e que não são fixas,
isto é, são flexíveis, maleáveis e que fazem parte intrínseca da vida de cada pessoa; sendo
assim, podem ser desenvolvidas, mudadas, intensificadas de acordo com os desafios da
própria vida do aluno na escola e fora dela.
Formar os alunos é ajudá-los a continuarem sendo únicos na constituição perene de
suas subjetividades que se materializam também e, fortemente, na convivência com seus
pares, professores e outras pessoas que fazem parte de suas existências.
3. PLANO DE AÇÃO
Em tempos desafiadores como os nossos cujas aulas são remotas utilizando-se de
várias estratégias, nosso plano de ação precisa contemplar e se ancorar nesta realidade.
A escola já passou historicamente por momentos desafiadores em relação à gestão
democrática; nesse sentido tivemos um grande avanço, porque existe um ambiente de
harmonia, respeito pelo trabalho de cada funcionário, profissionais capacitados e envolvidos
com a missão do ensino aprendizagem, visando a formação cognitiva e socioemocionais de
seus alunos, ou seja, uma formação integral.
É importante registrar todo trabalho que vem sendo feito para que os alunos continuem
mantendo o vínculo com a escola, realizando as atividades propostas pelos professores e
evitando assim a evasão escolar.
3.1. Objetivo Geral
Desenvolver e intensificar nos alunos a capacidade de leitura, escrita, interpretação de
informações, para que assim sejam capazes de superar as defasagens nas habilidades acima
mencionadas a partir de situações-problemas relacionados com a vida social e cotidiana dos
mesmos e nesta perspectiva, melhorar a qualidade e a eficácia da aprendizagem desde os
conteúdos de cada Componente Curricular proposto pelo Referencial Curricular do Estado
de Rondônia para o ciclo de aluno que atendemos – ou seja, Ensino Fundamental I e II,
assegurando destarte, uma educação integral conforme apregoa a BNCC, cujos conteúdos
não estejam distanciados da realidade concreta, ou seja que não exista dicotomia entre o
conhecimento e sua forma de aplicá-lo para fazer leitura do mundo.
21
3.2. Objetivos Específicos
Buscar melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem;
Continuar a dinâmica de fazer uma gestão escolar democrática, humana e promotora
de desenvolvimento de relações éticas e profissionais;
Fortalecer a integração escola x comunidade;
Desafiar a equipe pedagógica para que desenvolva o trabalho com competência e
eficiência;
Assegurar o sucesso da aprendizagem e a permanência do aluno na escola;
Proporcionar ao aluno, meios de conhecimento dos seus direitos e deveres no espaço
escolar e na sociedade;
Oferecer ao aluno a oportunidade de aprendizagem através dos
conteúdos/competências em todas as áreas do conhecimento;
Adaptar e alinhar a grade curricular da escola à BNCC e ao RCRO, promovendo
formação e ajuda aos professores neste processo.
3.3. Metas
Assegurar que os alunos mantenham o vínculo com a escola em tempos de aulas
remotas e desafiar os professores a aprofundar seu conhecimento e suas práticas através do
uso das mídias digitais;
Acompanhar de forma mais assertiva e empática os alunos com dificuldades emocionais
e cognitivas;
Acompanhar alunos eficazmente alunos com dificuldades de acesso às atividades;
Promover gincanas nas turmas de alunos para que melhore a entrega e a participação nas
atividades online;
Melhorar o processo de comunicação e acercamento aos pais ou responsáveis dos alunos;
Melhorar a qualidade de leitura e a escrita/ produção de texto do 1º ao 9º aumentando o
índice de aprovação em Língua Portuguesa;
Melhorar a qualidade de aprendizagem em Matemática do 1º ao 9º ano, melhorando a
aprendizagem e aprovação dos mesmos neste componente curricular.
22
3.4. Estratégias
Acompanhar de forma mais eficaz e sistematizada os alunos com dificuldade de
aprendizagem e de comportamento;
Oferecer aulas de reforço semanalmente;
Promover eventos que envolvam a participação da escola e da comunidade onde a
mesma está inserida;
Desafiar os pais no processo ensino-aprendizagem, isto é, no acompanhamento de
tarefas e atividades escolares como um todo;
Elaborar atividades que visem à socialização dos alunos (palestras, gincanas...);
Melhorar e intensificar o uso das mídias digitais para manter o aluno vinculado com a
escola e desafiá-lo a participar ativamente das tarefas propostas por cada professor em seu
devido componente curricular.
Motivar os professores para que participem ativamente das formações através da lives
ofertadas pela Seduc/RO e promover outras pela própria escola;
Encaminhar alunos que “desapareceram6” ou estão em processo de evasão.
Organizar lives com turmas de alunos e seus respectivos professores para incentivá- los
a se encontrarem mesmo que seja virtualmente e se animarem;
Promover reuniões virtuais com os professores de cada segmento para avaliar o
processo de ensino e seus desafios.
4. ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
4.1. Aspectos organizacionais
A escola é organizada e gerida sob os moldes e pressupostos da gestão democrática.
Assim sendo, a direção da Unidade de Ensino conta com um grupo de colaboradores que
fazem com que a mesma funcione sob o princípio da subsidiariedade, (aquele que ajuda,
apoia, auxilia, está junto com) em sua agenda de atendimento e gestão dos tempos e espaços
escolares. A Diretora juntamente com a Vice-Diretora da escola desempenhará todas as
6 Esta expressão vem aspeada justamente para dar ênfase a situação dos alunos que nunca fizeram atividades
propostas pelos professores nas suas mais variadas formas em tempos de aulas remotas, pelo WhatsApp,
Classroom ou quando aluno ou responsáveis vembuscar as atividades impressas na escola.
23
funções necessárias à manutenção dos esquemas de funcionamento, tendo para isso um
suporte administrativo determinado pelas necessidades e direcionamento da mesma.
Para o que afirmamos acima se concretize, a gestão conta com os serviços de apoio
pedagógico cuja função é prover condições satisfatórias para o desempenho Técnico-
Educacional que permita o dinamismo do processo ensino e aprendizagem.
O Serviço Técnico-Pedagógico é constituído por: Supervisão Pedagógica, Orientação
Educacional, Biblioteca, Sala de Recursos, (AEE) e o Laboratório de Informática Educativa.
A Supervisão Pedagógica tem como funções, planejar, coordenar, orientar e
acompanhar de forma cooperativa, as várias ações pedagógicas, visando o desenvolvimento
eficaz de todo processo de ensino e de aprendizagem.
Quanto à Orientação Educacional dentre suas funções precípuas citamos: acompanhar
alunos e demais envolvidos no processo educativo em relação aos aspectos humanos,
pedagógicos, psicológicos e sociais. Fazer mediação assertiva dos conflitos inerentes nas
relações professor e alunos, professores e pais de alunos dentre outras.
O serviço prestado pela Biblioteca Escolar tem por finalidade auxiliar no
desenvolvimento do currículo, dos programas específicos e das atividades escolares em
geral, constituindo uma fonte de informação, leitura e consultas para os alunos e professores,
ainda cuidando da catalogação, guarda e fornecimento para uso de livros e material
audiovisual.
Em se tratando dos Serviços da Sala de Recursos, (AEE), apresenta as seguintes
funções: identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade, que
eliminem as barreiras para plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas.
Finalmente, não de menor importância apresentamos os serviços pedagógicos
prestados pelo Laboratório de Informática que tem por finalidade, constituir fontes de
informações tecnológicas e informações globais. O Conhecimento de novas informações é
o instrumento necessário para que o aluno continue aprendendo e se desenvolva de forma
satisfatória em todos os contextos sociais.
A equipe gestora organiza reuniões formativas ou informativas com todos os sujeitos
que fazem parte da equipe que atua na escola bimestralmente ou quando necessário, ou seja,
quando cada situação concreta exige. Agora em tempos de aulas remotas, estas reuniões
estão sendo de formas virtuais através de lives.
24
4.2. Aspectos administrativos
Em se tratando da rotina da equipe escolar no atendimento junto aos alunos, seus
responsáveis e comunidade, a Unidade de Ensino está sempre aberta e receptiva para acolher,
orientar e ajudar democraticamente em tudo o que for necessário e estiver ao seu alcance.
Para que este atendimento aconteça com qualidade e eficácia e equidade, direção,
equipe de apoio administrativo, técnico pedagógico e conselho escolar procuram agir de
forma coparticipativa e democrática.
Além do que foi mencionado no caput deste aspecto, o setor de apoio administrativo é
constituído dos serviços de secretaria, serviços gerais e de material.
A secretaria está subordinada à Direção e é encarregada do serviço de escrituração e
registro escolar, de pessoal, de arquivo, fichário e preparação de correspondência do
Estabelecimento.
A constituição, composição, funcionamento e aproveitamento dos serviços auxiliares
obedecem ao disposto do Regimento Escolar, às conveniências administrativas e às normas
da Direção do Estabelecimento e da entidade mantenedora. Os serviços Auxiliares são
vinculados à Direção e se responsabilizam pela execução de tarefas de natureza burocrática,
de manutenção e conservação do patrimônio, da segurança e do funcionamento das
atividades de apoio e do estabelecimento.
4.3. Aspectos Financeiros
Os recursos financeiros recebidos pela escola chegam até ela através dos
convênios com o Governo Federal e Estadual e são os seguintes:
PALE/PNAE – Programa nacional de Alimentação escolar – destinado à aquisição de
gêneros alimentícios (trimestral).
PDE/PME – Programa de Desenvolvimento Escolar (Anual)
PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola (Anual).
PROAFI – Programa de Apoio Financeiro a Escola
Os recursos advindos dos programas elencados acima chegam até a escola e a
possibilitam oferecer atendimento de qualidade aos alunos em todas as dimensões a que se
propõe enquanto instância educadora. Consideramos que seria praticamente impossível
desenvolver um bom trabalho educativo sem tais prepostos financeiros, sendo que os
25
mesmos só têm melhorado a qualidade de ensino dos nossos educandos
5. PROPOSTA CURRICULAR
Segue Proposta Curricular. Em sua tessitura, consideramos obrigatoriamente as
seguintes orientações advindas do RCRO, (2018), que é embasado na BNCC (2017). Para
corroborar nossa proposta, citamos o artigo 7º do RCRO e excertos do 8ª no que tange à
proposta curricular.
Os currículos escolares relativos a todas as etapas e modalidades da Educação
Básica devem ter a BNCC como referência obrigatória e incluir uma parte
diversificada, definida pelas instituições ou redes escolares de acordo com a LDB,
as diretrizes curriculares nacionais e o atendimento das características regionais e
locais, segundo normas complementares estabelecidas pelos órgãos normativos
dos respectivos Sistemas de Ensino. (RCRO, p.85, 2018).
A Proposta Curricular deve estar alinhada ao Projeto Pedagógico da Escola, aos
pressupostos da BNCC, observando os seguintes princípios metodológicos, (RCRO, p. 86,
2018) em sua prática: contextualizar os conteúdos curriculares, identificando estratégias para
(...), conectá-los e torná-los significativos; fortalecer a competência pedagógica das equipes
escolares, para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação ao
ensino e da aprendizagem; aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas
diversificadas, (...), para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos e os
grupos sociais aos quais pertente7; aplicar procedimentos de avaliação formativa,(...), que
levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como
referência para melhorar o desempenho da instituição escolar, dos professores e dos alunos;
selecionar, produzir e aplicar recursos tecnológicos para apoiar a prática docente; manter
processos permanentes de desenvolvimento docente, que possibilitem formação continuada.
Tais pressupostos serão norteadores da prática educativa da Unidade de Ensino que
se materializarão em práticas de conhecimento contextualizados através dos componentes
curriculares que, numa visão efetivamente interdisciplinar sejam capazes, através da
docência, de dialogarem entre si.
Em seguida apresentamos a Matriz Curricular que a escola adota em conformidade
com as orientações da SEDUC/RO que por sua vez segue as legislações federais em sua
instância maior.
7 Redação nossa.
26
Indicadores: Dias Letivos Anuais: 200 dias, Carga Horária Anual: 800 horas; Dias Letivos
Semanais: 5 dias com 5 aulas; Módulo aula: 45 minutos; Módulo recreio: 15 minutos; Módulo
Semanal: 40 semanas.
Indicadores: Dias Letivos Anuais: 200 dias, Carga Horária Anual: 800 horas; Dias Letivos
Semanais: 5 aulas com cinco aulas; Módulo aula: 45 minutos; Módulo recreio: 15 minutos; Módulo
Ensino Modalidade Ano Escolar Componentes
Curricular
Ensino
Fundamental I
Regular 1º e 2º Ano CBA 08
Componente
Curricular
C. H. Diurno Reprova Opcional
Língua Portuguesa 800 Não Não
Arte 800 Não Não
Educação Física 80 Não Não
Matemática 800 Não Não
História 800 Não Não
Geografia 800 Não Não
Ciências 800 Não Não
Ensino Religioso 800 Não Não
Ensino Modalidade Ano Escolar Componentes
Curricular
Ensino
Fundamental I
Regular 3º ao 5º Ano 08
Componente
Curricular
C. H. Diurno Reprova Opcional
Língua Portuguesa 800 Sim Não
Arte 800 Não Não
Educação Física 80 Não Não
Matemática 800 Sim Não
História 800 Sim Não
27
Semanal: 40 semanas.
Indicadores: Dias Letivos Anuais: 200 dias, Carga Horária Anual: 832 horas; Dias Letivos
Semanais: 5 aulas; Módulo aula: 45 minutos; Módulo recreio: 15 minutos; Módulo Semanal: 40
semanas.
Segue abaixo o Calendário Escolar
Geografia 800 Sim Não
Ciências 800 Sim Não
Ensino Religioso 800 Não Não
Ensino Modalidade Ano Escolar Componentes
Curricular
Ensino
Fundamental II
Regular 6º ao 9º Ano 10
Componente
Curricular
C. H. Diurno Reprova Opcional
Língua Portuguesa 160 Sim Não
L.E.M – Língua
Inglesa
32 Não Não
Arte 32 Não Não
Educação Física 64 Não Não
Matemática 160 Sim Não
História 96 Sim Não
Geografia 64 Sim Não
Ciências 96 Sim Não
Ensino Religioso 32 Não Não
28
Figura 1: Calendário Escolar
Fonte 1:Secretaria da Escola
5.1. Fundamentos epistemológicos, filosóficos, psicológicos, sociológicos, pedagógicos e culturais
Para nos situar caracterizamos “epistemologia” como “ciência ou “conhecimento”.
Assim sendo, os fundamentos epistemológicos de nossa prática são conceitos científicos que
investigam determinadas concepções de conhecimento e os questionam ou ratificam. Ou
seja, é uma ciência que investiga, propõe, discorda e retoma visões sobre o que conhecemos
e como conhecemos. Para os docentes, é importante saber quais são as bases epistemológicas
que ancoram os conteúdos que vão socializar com seus alunos pois todo conhecimento é
histórico e como tal, provisório. Sendo assim,
[...] podemos dizer que os conhecimentos a serem transmitidos são aqueles que
ainda têm alguma serventia, mas que, com o tempo, poderão ficar obsoletos. O
que foi significativo em um momento e muito ajudou o homem em seu viver
poderá não representar ou ter serventia em outras etapas do existir, (NUNES,
p. 16, 2010).
Nossa prática educativa é amparada pela visão de conhecimento humano que está
sempre em mudança, é histórico e processual. Nunca está pronto e nenhum conhecimento
como tal tem em si ou carrega em si a verdade absoluta.
29
Quantos aos fundamentos filosóficos, defendemos que é intrínseco à educação como
processo sistematizado, estar em uma tensão permanente. Isto significa que a filosofia como
tal nos questiona sempre o que somos e o que queremos ser; o aluno que queremos educar e
aquele que de fato estamos educando. Quais representações de aluno, escola, temos para
nossa ação educativa, pois toda prática educativa “esconde” porque nem sempre está
explícita, significações filosóficas.
Desde este pressuposto, acreditamos que a escola tem o importante papel de favorecer
ao aluno espaços e tempos para que ele adquirira conhecimentos/conteúdos necessários para
sua emancipação, segundo apregoam Paulo Freire e Dermeval Saviani.
Desejamos que nossos alunos e todos os envolvidos no processo educativo sejam
capazes de olhar a si mesmos, os outros e o mundo desde sua complexidade e riqueza. Tal
movimento será impulsionado pelo acesso ao conhecimento. Conhecer é o primeiro caminho
para emancipar-se, como dizia Freire, (1996).
Quanto aos fundamentos que norteiam nosso olhar sobre a dimensão psicológica em
primeiro lugar consideramos imperiosamente a importância de se pensar a formação da
subjetividade da pessoa humana como um processo a ser construído sempre. Isso “significa
conceber os alunos como “sujeitos históricos, vivendo condições históricas concretas e
agindo a partir delas; por isso tais aspectos psicológicos se espraiam para além do sujeito
individual, constituindo os fenômenos da realidade que constituem os indivíduos.
(GONÇALVES, 2010, p.28). O que queremos dizer e defendemos é que as condições
materiais afetam profundamente a dimensão social, emocional e afetiva da meninada.
Em segundo lugar, ainda se tratando da dimensão psicológica, concordamos com o
texto da BNCC (2017, p.60), quando afirma que, as mudanças próprias da fase de vida em
que as crianças e adolescentes se encontram nos desafia a compreendê-los como sujeitos em
desenvolvimento, (...)”com singularidades e formações identitárias e culturais próprias, que
demandam práticas escolares diferenciadas, capazes de contemplar suas necessidades e
diferentes modos de inserção social”.
Ao identificar os pressupostos sociológicos que norteiam nossa prática nos amparamos
novamente na BNCC, (2017) em três de suas competências básicas: levar o aluno a
conhecer-se integralmente dentro do contexto da diversidade humana, reconhecendo suas
emoções e a dos demais e aprendendo a lidar com elas, exercitar a empatia, caminho que
leva para as demais competências: diálogo assertivo, cooperação, respeito aos demais desde
suas singularidades individuais e coletivas, sem preconceito de qualquer natureza, e procurar
30
agir como pessoa e como membro de uma coletividade sob a égide de princípios éticos e
solidários.
Quanto à dimensão pedagógica, continuamos nos amparando nos princípios que
assegurados pela LDB em seu artigo 3º, inciso I a XI,
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – Igualdade de condições para o cesso e permanência na escola
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisare divulgar a cultura, o pensamento,
a arte e o saber;
III – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV – Respeito à liberdade e o apreço a tolerância;
V – Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – Valorização do profissional da educação escolar;
VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX – Garantia de padrão de qualidade;
X – Valorização da experiência extraescolar;
XI – Vinculação entre a educação, o trabalho e as práticas sociais.
Dentro deste contexto é nosso desafio constante, proporcionar oportunidades para que
o aluno adquira crítica e criativamente aprenda a se posicionar conscientemente em tempos
e espaços sempre em mutação.
É a convivência amorosa com seus alunos e a postura curiosa e aberta que assume, ao
desafiar seus alunos a se assumirem enquanto sujeitos sócios-históricos-culturais, que o
professor pode falar do respeito à dignidade e autonomia do educando. (...) A competência
técnico científica e o rigor, (...), não são incompatíveis com a amorosidade necessária às
relações educativas. Essa postura ajuda a construir o ambiente favorável à produção do
conhecimento, (FREIRE, 1996).
E para que tal amorosidade e respeito se efetivem é necessário conforme apregoa o
RCRO, (2018, p.101), repensar o currículo escolar desafiando a escola assumir-se como espaço
de transformação dos sujeitos através do acesso à cultura “por meio do conhecimento
socialmente valorizado como forma de conhecimento pessoal, mas também da formação da
cidadania, através do convívio social e exercício de práticas participativas”.
Aqui já fazemos aceno para a dimensão cultural ao considerá-la a partir da
necessidade de compreender que os estudantes são e assim devem ser evocados como
sujeitos com histórias e saberes que foram construídos nas interações com outras pessoas,
tanto do entorno social mais próximo quanto do universo da cultura midiática e digital. Tal
31
concepção fortalece a escola como espaço de formação para a cidadania consciente, crítica
e participativa, (BNCC, 2017).
5.2. Organização Curricular
Salientamos a importância de que os componentes curriculares sejam organizados de
forma interdisciplinar e a equipe gestora, juntamente com os professores adotem estratégias
dinâmicas, interativas e colaborativas em relação ao ensino e a aprendizagem. Eis um grande
desafio para nossa escola.
Ofertamos turmas de alunos do Ensino Fundamental I – Anos Iniciais e Fundamental
II – Anos Finais, assim distribuídas: 01 turma do 1º ano ao 5º ano, 02 turmas do turmas de
6ºs anos, 02 turmas de 7ºs anos, 01 turma de 8º e 9º ano respectivamente.
Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano nos orientamos pelos
seguintes indicadores: 200 dias letivos, carga horária anual com 800 horas, 05 dias letivos
semanais com 5 aulas em cada dia, módulo aula de 45 minutos com módulo recreio de15
minutos e, finalmente, módulo semanal com 40 semanas.
Nos Anos Finais do Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano nos orientamos pelos seguintes
indicadores: 200 dias letivos, carga horária anual com 832 horas, 05 dias letivos semanais
com 5 aulas em cada dia, módulo aula de 45 minutos com módulo recreio de15 minutos e,
finalmente, módulo semanal com 40 semanas.
Quanto à avaliação da aprendizagem deve-se promover atividades livres e dirigidas a
partir das habilidades e competências apresentadas para cada série do Ensino Fundamental
I e II na BNCC, (2017) e no Referencial Curricular de Rondônia, (2018), no início e término
de cada bimestre para que o docente perceba a quantas anda a aprendizagem de seus alunos
e em que precisa mudar em suas metodologias para que melhore e se efetive com qualidade.
Quanto ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos far-se-á mediante registros
de atividades avaliativas contínuas e paralelas para um efetivo acompanhamento da
aprendizagem mediante as atividades teóricas e práticas dos conteúdos aplicados.
Serão oferecidas também aulas de reforço semanal (horário oposto pelo professor da
sala), de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental que apresentam maior dificuldade na
assimilação dos conteúdos trabalhados, com recursos pedagógicos diferenciados: jogos,
quebra-cabeças, bingo, pedras, sementes, desenhos, pinturas, leituras multimídias (Vídeos,
slides, filmes etc.).
32
Para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, será oferecida recuperação
paralela aos conteúdos regular, aulas de Reforço Escolar nas matérias básicas Português e
Matemática.
Também serão promovidos “Projetos de Leituras”, para que os alunos se tornem
competentes no uso da escrita, interpretação e leitura, pois são habilidades extremamente
necessárias em uma sociedade letrada como a nossa. Tais ações serão planejadas,
coordenadas e orientado pelos professores, coordenação pedagógica – supervisão e
orientação e direção da escola.
No âmbito de um processo de aprendizagem contínua, se faz necessário uma
participação assídua dos alunos e acompanhamento dos pais na vida escolar dos filhos, para
que as atividades dinamizadas no decorrer do ano letivo escolar obtenham sucesso, pois é
esta a função da escola, possibilitar oportunidades de aprendizagens.
6. PROPOSTA DE PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA DOCENTES
A legislação brasileira prevê a formação continuada como direito dos Profissionais da
Educação reconhecendo sua importância continuada e estabelecendo que a mesma ocorra no
espaço escolar e fora dele, quando possível.
No capítulo VI, a LDB regulamenta a formação dos profissionais da Educação, nos
seguintes artigos:
Art.61- A formação dos profissionais da educação, de modo a atender aos
objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada
fase de desenvolvimento do educando, terá como fundamento: I - a associação
entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; II -
aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e
outras atividades.
Art.67- Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais de
educação, assegurando-lhes: [...] aperfeiçoamento profissional continuado,
inclusive com licenciamento periódico para esse fim; [...] período reservado a
estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho.
Freire, (1996), defendia veementemente a formação permanente dos professores e a
reflexão crítica sobre a prática. Que era necessário um distanciamento epistemológico da
prática para repensá-la e transformá-la.
Pensando na formação que acontece num continuum dentro e fora da escola nos
organizamos para executar as seguintes ações que seguem no quadro abaixo com os
elementos que constituem tal planejamento.
33
Lembramos as formações ocorrerão através de videoconferências em seus mais
variados formatos em função do momento em que estamos vivendo como comunidade
humana desafiada pelas contingências sócio-históricas e de saúde individual e coletiva.
Plano de ação continuada
Objetivos Temáticas Período Carga
horária
Avaliação Metas
Conhecer a
aprofundar os
pressupostos
teóricos da
BNCC
Base nacional
comum
curricular e
seus desafios
para nossa
prática docente
Fevereiro a
outubro de
2020
60 horas Através de
atividades
individuais e
coletivas e
rodas de
conversas
Formação de
todos docentes
de forma
qualificada.
Apoiar a
materialização
do currículo e a
revisão do PP.
Conhecer a
proposta dos
Cadernos de
Orientações
Pedagógicas do
Ensino
Fundamental I e
II
Cadernos de
Orientações
Pedagógicas
para os
componentes
curriculares do
Fundamental I e
II
Agosto a
dezembro de
2020
40 horas Através de
atividades
individuais e
coletivas e
rodas de
conversas
Melhoria do
processo de
ensino e
aprendizagem
Aprofundar as
competências
gerais da
Educação
Básica
Competências
gerais da
Educação
Básica
Outubro a
dezembro de
2020
40 horas Através de
atividades
individuais e
coletivas e
rodas de
conversas
Desenvolver
em si mesmos
as
competências
apresentadas
pela BNCC
7. PROPOSTA DE PLANO DE AÇÃO INTEGRADO
Acreditamos que a integração entre os setores materializará o Plano de Ação Integrado
que nada mais é que a confluência de intencionalidades dos Planos de cada Setor que
constará em anexo ao final do PP. Todos trabalhando em sintonia com a proposta do Projeto
Pedagógico da Escola.
Em assim sendo, os profissionais dos diversos setores devem tomar conhecimento do
PP, condição 8sine qua non para que haja a tão propalada integração de ações.
8 Refere-se a uma ação cuja condição ou ingrediente é indispensável e essencial, sem a qual as coisas não
acontecem, não se efetivam ou se efetivam “à meia boca”.
34
Para que esta integração se faça presente como fio condutor do processo nos propusemos
alguns objetivos:
Procurar manter um ambiente de trabalho saudável, para que haja harmonia entre os setores.
Lembrando que setores são constituídos de pessoas e pessoas precisam ser ouvidas, ajudadas
e orientadas constantemente;
Desafiar os profissionais que atuam na escola que ativamente acompanhem a implantação e
o desenvolvimento do Projeto Pedagógico do Estabelecimento de Ensino;
Motivar para que a solidariedade e a ética profissional sejam princípios orientadores da ação
de todos os envolvidos na tarefa educativa propiciando ambiente favorável às mudanças;
Proporcionar aos professores e funcionários formação continuada para que sejam motivados
a lutar por uma educação pública de qualidade.
Justificativa
O presente plano constitui o encaminhamento das ações preestabelecidas para serem
desenvolvidas a curto, a médio e longo prazo em nossa Unidade de Ensino. Ressaltamos que
as ações nele contida, serão desenvolvidas e retomadas sempre que for necessário posto que
todo plano democrático é flexível e precisa ser avaliado constantemente, caso contrário as
propostas se tornariam vazias e meramente burocráticas, como narra o dito popularmente
conhecimento: “feita para inglês ver”.9
Ações
Reuniões de pais, professores e demais funcionários que atuam na escola. No caso das
reuniões com o pessoal da escola, haverá situação em que os encontros acontecerão somente
com os professores, outras, somente com o pessoal de apoio e em outras, todos juntos;
Organizar e fazer acontecer o grupo de estudos (formação continuada) de professores,
funcionários e conselheiros escolares;
Ser a ponte de informação entre o CRE e a coletividade da escola;
Fazer trabalho de conscientização com aos alunos e os pais sempre que necessário,
convidando-os para participar das atividades escolares;
9 No tempo do Império, as autoridades brasileiras, fingindo que cediam às pressões da Inglaterra, tomaram
providências de mentirinha para combater o tráfico de escravos africanos – um combate que nunca houve,que
era encenado apenas “para inglêsver”. O sentido da expressão nesse contexto é exatamente o mesmo que ela
tem até hoje.
35
Integradamente organizar palestras e cursos com profissionais específicos na área de
formação humana, que venha favorecer o trabalho pedagógico e desenvolvimento integral
de todos os alunos que frequentam a escola.
Cronograma
As ações serão desenvolvidas ao longo de todo ano letivo de 2020 obedecendo àquelas
propostas no Projeto Pedagógica da Escola.
Avaliação
Será realizada sempre que necessário seguindo metodologia já proposta acima quando
dos momentos organizados para avaliação do PP.
8. FORMAS DE AVALIAÇÃO DO PP
A avaliação de nosso Projeto Pedagógico acontecerá ao longo do ano letivo, de
preferência bimestralmente, acompanhado e revisto sempre que for necessário pela Equipe
Pedagógica da escola juntamente com os professores e demais trabalhadores em educação
que fazem parte da comunidade educativa.
A avaliação se dará com todos os trabalhadores em educação da escola em tempo
específico a ser marcado com dinâmica própria: rodas de conversa, dinâmicas de grupo,
individual e em seguida partilha com os demais, etc.
A Equipe Pedagógica necessita acompanhar todo o andamento da vida escolar:
orientar, avaliar, encaminhar e retomar sempre que se fizer necessário.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Leis de Diretrizes e bases da educação
nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm acesso em
26/08/2020.
_______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm acesso em 26/08/2020.
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÍLVIO MICHELUZZI.
Regimento Escolar, 2020.
36
FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro. 25ª Ed. 1996.
GONÇALVES, Maria da Graça M. Psicologia, subjetividade e políticas públicas. Cortez
Editora, São Paulo, 2010.
JI-PARANA. Aspectos culturais. Disponível em <:https://pt.wikipedia.org/wiki/Ji-
Paran%C3%A1#Cultura> acesso em 10/08/2020.
JUNIOR, Celestino Alves da Silva. A escola como local de trabalho. 2ª ed. São Paulo:
Cortez Editora, 1993.
NUNES, Antônio Vidal. Fundamentos filosóficos da educação. Vitória: UFES, 2010.
RONDÔNIA. Referencial Curricular de Rondônia: Ensino Fundamental, Anos Iniciais
e Anos Finais. Porto Velho: Seduc, 2018.
__________. Diretrizes operacionais para implantação de Conselho Escolar. <disponível em:
http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/PORTGABSEDUC1345_2011.pdf> acesso
em 17/08/2020.
_________. Diretrizes operacionais para a realização dos Conselhos de Professores.
<disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/6603679/pg-16-diario-oficial-do-
estado-de-rondonia-doero-de-12-01-2010> acesso em 17/08/2020.
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  • 1. GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE JI-PARANÁ - RO ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SILVIO MICHELUZZI Rua: Padre Franco 2315 - Bairro Habitar Brasil – CEP= 76909-846 – Ji-Paraná – RO Telefone = (069) 3424-8522 - E-mail : escolasmicheluzzi@seduc.ro.gov.br JI-PARANÁ- 2020
  • 2. 2 GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE JI-PARANÁ – RO ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SILVIO MICHELUZZI GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDÔNIA Marcos José Rocha dos Santos SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Suamy Vivecananda Lacerda de Abreu SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Maria Conceição Alves REPRESENTANTE DE ENSINO DE JI-PARANÁ Rosangela Aparecida Marun Cândido DIRETORA Solange Alves de Souza VICE-DIRETORA Elisamar Ferreira Gomes Lopes SECRETÁRIO Fredson Rocha Negrine SUPERVISORA Edna Farias dos Santos Coimbra ORIENTADOR EDUCACIONAL Locimar Massalai
  • 3. 3 SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA ESCOLA ........................................................ 5 1.1. Contextualização ............................................................ Error! Bookmark not defined. 1.1.1. Aspectos sociais, econômicos, culturais e geográficos.................................................... 5 1.1.2. Histórico da Escola ..................................................................................................... 8 1.2. Caracterização da Comunidade Escolar .........................................................................12 1.2.1. Estudantes ................................................................................................................14 1.2.2. Famílias.....................................................................................................................15 1.2.3. Equipe Escolar.....................................................................................................................15 1.3. Condições Físicas e Materiais ........................................................................................16 2.Error! Bookmark not defined. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO E PRÁTICAS ESCOLARES ..........................................17 2.1.Concepção de escola e perfil de formação de estudantes...................................................18 2.1.2. Papel da escola...........................................................................................................18 2.1.3. Definição de aprendizagem........................................... Error! Bookmark not defined. 2..1.4. Perfil de formação dos estudantes.................................Error! Bookmark not defined. 3. PLANO DE AÇÃO.....................................................................................................................20 3.1. Objetivo Geral........................................................................................................................20 3.2. Objetivos específicos..............................................................................................................21 3.3. Metas......................................................................................................................................21 3.4. Estratégias....................................................................................................................21 4. ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ..........................................................22 4.1. Aspectos organizacionais ..............................................................................................22 4.2. Aspectos administrativos . .............................................................................................24 4.3. Aspectos Financeiros .............................................................................................................24 5. PROPOSTA CURRICULAR ....................................................................................................25 5.1. Fundamentos epistemológicos, filosóficos, psicológicos, sociológicos, pedagógicos e culturais ..........................................................................................................................................28 5.2. Organização Curricular ...........................................................................................................31 6. PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADAPARA DOCENTES .......................................32 7.PLANO DEAÇÃO INTEGRADO ..........................................................................................33 8. FORMAS DE AVALIAÇÃO DO PP ......................................................................................35 REFERÊNCIAS.................................................................................................................35
  • 4. 4 APRESENTAÇÃO Ao construir o Projeto Pedagógico Escolar observam-se três momentos interligados: concepção, execução e avaliação. Queremos esclarecer que este projeto é um documento que não se reduz à dimensão pedagógica, nem muito menos ao conjunto de projetos e planos isolados de cada professor e de cada setor. Este Projeto Pedagógico foi reconstruído e retomado a partir da orientações e pressupostos teóricos da BNCC, (Base Comum Curricular Nacional e do Referencial Curricular de Rondônia neste ano letivo de 2020 com adaptações necessárias, considerando o momento histórico, (pandêmico) que estamos vivendo e que nos desafiou a adotar metodologias e olhares adaptadas à situação vigente É, portanto um instrumento específico que deseja refletir a realidade da escola situada em um contexto mais amplo que a influência e provoca. A legitimidade do projeto está ligada ao grau e o tipo de participação de todos os envolvidos com o processo educativo através de suas ações contínuas. Por esta razão, o Projeto tem que ter a identidade da E.E.E.F. Silvio Micheluzzi e seus desafios atuais, especialmente “escola em tempos de aulas remotas” ou em processo de mudanças enquanto os tempos de pandemia não passarem. Pensamos ser importante ressaltar esta situação histórica e social que nos afeta como escola e como comunidade humana geral e local. Por ser um documento norteador, apresenta um diagnóstico da escola e ressalta os objetivos a alcançar no sentido de diminuir ou de eliminar os problemas apresentados e, através das ações que foram planejadas, propõe-se a atingir o objetivo principal que é oferecer ao aluno a oferta de um ensino de qualidade. O Projeto como um todo, obedece a um roteiro, a saber: diagnóstico, concepções teóricas, priorização das necessidades, plano estratégico da escola e avaliação. Vão em anexo: calendário escolar, plano de trabalho de cada setor, projeto da escola, planos curriculares por ano e disciplina, e por último, quadro de lotação dos servidores que atuam na escola. A metodologia empregada na construção deste projeto é a do fazer coletivo, acreditando que o essencial do mesmo é o seu caráter, processual e dinâmico. No caso concreto deste, o realizamos através de palestras e trabalhos de grupo. Logo após houve partilha retomada com sistematização final.
  • 5. 5 Em linha geral o projeto traduz de maneira prática aquilo que a escola identifica como prioridade definida por todos seus membros, na dimensão política, pedagógica contribuindo assim cumprir sua missão precípua que é a de oferecer ao alunado o acesso a cultura sistematizada ou em processo de sistematização. 1 – IDENTIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA ESCOLA Para chegarmos ao diagnóstico da realidade onde a escola está inserida, realizamos um questionário sócio-econômico-cultural. A partir deste questionário fizemos a leitura da realidade nos tópicos a seguir: 1.1 – Contextualização histórica da comunidade A comunidade foi sendo formada a partir do momento em que os moradores vieram se estabelecendo no bairro. Oriundos de outros bairros, cidades ou Estados, o que antes era periférico está perdendo esta característica porque, junto com as pessoas, quase sempre chegam os serviços. A comunidade humana se constitui histórica e socialmente a partir do momento que se estabelece e as demandas advindas são sanadas desde as ofertas ou não de políticas públicas. O que antes era uma zona rural vai se tornando eminenteme nte urbana. 1.1.1 – Aspectos sociais, econômicos, culturais e geográficos Apresentaremos dados gerais do município de Ji-Paraná para, em seguida, caracterizar o diferencial no que concerne aos aspectos sociais, econômicos, culturais e geográficos do bairro onde a escola está inserida e da clientela que ela atende, não sendo possível descontextualizá-la deste todo maior que é a cidade. Segundo dados do IBGE, (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro/ji-parana/panorama), a população estimada da cidade de Ji-Paraná em 2019 era de 128.969 pessoas, com uma densidade demográfica de 16, 91 habitantes por quilômetros quadrados. É o segundo mais populoso do Estado de Rondônia e se localiza na porção centro-leste do estado, na microrregião de Ji-Paraná e na mesorregião do Leste Rondoniense. Possui área de 6 897 quilômetros quadrados, representando 2,9% do estado. Seu território tem, como limites,
  • 6. 6 as cidades de: Vale do Anari ao norte, Theobroma ao noroeste, Ouro Preto do Oeste e Vale do Paraíso ao oeste, Teixeirópolis e Urupá ao sudoeste, Presidente Médici ao sul e Ministro Andreazza ao sudeste. Nas questões relacionadas a trabalho e renda, em 2018, o salário médio mensal era de 2.0 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 25.3%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 7 de 52 e 2 de 52, respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 2163 de 5570 e 800 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 34.1% da população nessas condições, o que o colocava na posição 48 de 52 dentre as cidades do estado e na posição 3748 de 5570 dentre as cidades do Brasil. Quando de se trata de questões relacionadas à saúde, constatamos que a taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 11.22 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 1.8 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 26 de 52 e 23 de 52, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 2826 de 5570 e 1659 de 5570, respectivamente. E agora, em 2020, estamos sofrendo os reveses da pandemia relacionada ao Corona Vírus e seus desdobramentos em nosso cotidiano escolar. Dados referentes à problemática do saneamento básico, o que não difere do bairro onde a nossa Unidade Escolar está localizada, apresenta apenas 20.2% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 17.3% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 6.4% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada, isto é, presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio. Em se tratando da religiosidade, os dados confirmam que a população segue as seguintes correntes religiosas em sua maioria: Católica Apostólica Romana, Evangélicas em suas mais variadas nominações, o kardecismo e as religiões afro-brasileiras e indígenas. Por respeito à diversidade destas vivências plurais, não podemos desconsiderar também aqueles que não seguem religião alguma. Finalmente, quanto ao viés cultural pontuamos também sua pluralidade haja vista que as pessoas que vivem no município ao migrarem para Rondônia trouxeram suas culturais de onde vieram. No entanto, consideramos que a vivência cultural no município é bem diversificada. A prefeitura oferece gratuitamente aulas de teatro, dança e música, o que torna o município uma potência cultural para a região. Há apenas um teatro na cidade, com capacidade para 200 pessoas, onde ocorrem vários eventos no decorrer do ano.
  • 7. 7 Quanto ao bairro onde a escola está inserida podemos notar que a escola fica situada na zona urbana do 2º distrito do município de Ji-Paraná. O bairro é promissor, pois vem se desenvolvendo significativamente em função da mobilidade social fruto dos movimentos sócio e culturais da própria sociedade em si. A grande maioria dos moradores é proveniente de imigrantes várias regiões do Brasil e de outras cidades de Rondônia. Quanto às instituições socioculturais, na comunidade, existe uma Associação de Moradores, duas igrejas católicas e várias comunidades evangélicas, cada qual atendendo ao seu público específico. Na comunidade localiza-se um Estádio de Futebol chamado popularmente de Biancão1, que, além de atender funções esportivas, serve para outros eventos culturais e de lazer. Estando localizada numa área periférica da cidade, sua clientela estudantil é oriunda de todas as regiões do país e em geral pertence à grande parcela empobrecida2 q índice de desestruturação familiar, fruto mesmo da pobreza, abandono social e ausência de políticas públicas, falta de perspectiva de vida em função do alto índice de desemprego. Algo peculiar que caracteriza os pais de nossos alunos é que muitos deles vão trabalhar em fazendas, sítios e até mesmo vão embora do País como Portugal, Espanha, principalmente para buscar uma vida melhor para os filhos e estes em sua maioria ficam sendo cuidados pelos avós ou com parentes, ocasionando a falta de acompanhamento na vida escolar dos mesmos. Tal realidade é uma das causas de problemas afetivos, emocionais e baixo rendimento na aprendizagem do aluno. Considerando toda esta realidade, é importante considerar que a BNCC, (2017, p.473) apregoa que, É papel da escola auxiliar os estudantes a aprendera se reconhecer como sujeitos, considerando suas potencialidades e a relevância dos modos de participação e intervenção social na concretização de seu projeto de vida. É, também, no ambiente escolar que os jovens podem experimentar, de forma mediada e intencional, as interações como outro,com o mundo, e vislumbrar, na valorização da diversidade, oportunidades de crescimento para seu presente e futuro. Ou seja, é papel da escola sair ao encontro dos alunos e acolhê-los a partir da realidade em que se encontram. No que se refere ao nível sócio econômico e cultural, a comunidade é formada por uma classe social de baixa renda; sendo que 50% das famílias vivem com a renda de até um 1 Em homenagem ao ex-governador e ex-prefeito da cidade, o senhorJosé de Abreu Bianco. 2 Entendemos que o empobrecimento é um processo que ou aumenta ou diminui e que neste sentido, nossos alunos são oriundos de famílias empobrecidas por falta de emprego e políticas públicas voltadas para esta e outras questões que reduzemo nível de pobreza.
  • 8. 8 salário mínimo, 24% com dois salários mínimos, 26% com mais de dois salários mínimos. Das famílias entrevistadas 21% não responderam a questão que: representa os autônomos, que vivem com menos de um salário mínimo. No campo da escolaridade, os dados3 revelaram um índice de analfabetismo de 15%; sendo a maior porcentagem com ensino primário de 29%; e 9% ensino fundamental completo; 5,5% com curso médio. Foi constatado que 57% possuem sua moradia própria e 29% em aluguel e outros; 14% não responderam à questão. Conforme levantamento percebeu-se que os pais, sabem em geral o que acontece na escola, mas acompanham com pouca regularidade a vida escolar dos filhos. Tal processo melhorou significativamente quando foram desafiados a acompanhar seus filhos em tempos de aulas remotas. É importante frisar quer 75% dos familiares são conhecedores de PDE e dos projetos escolares, dos quais, 25% ainda se demonstram pouca participação e envolvimento nas atividades da escola, bem como, no empenho de conhecer o seu papel de atuação na aprendizagem de seus filhos. Nesse sentido, segundo a BNCC, (2017, p.16), este envolvimento é um desafio constante e exige que, [...] aprendizagens (...) se materializam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação. São essas decisões que vão adequar as proposições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto e as características dos alunos. Essas decisões, que resultam de um process o de envolvimento e participação das famílias e da comunidade, referem-se, entre outras ações: contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas. Dar sentido e significado ao conhecimento que a escola se propõe socializar e conectá- lo com a realidade é um desafio perene para nossa prática educativa. 1.1.2 Histórico da Escola Escola Estadual de Ensino Fundamental Silvio Micheluzzi, tem este nome em homenagem ao Padre Silvio Micheluzzi, missionário italiano, pertencente à ordem religiosa 3 Pesquisa feita em 2019.
  • 9. 9 dos Missionários Salesianos, que veio para Ji-Paraná nos idos de 1970. Este sacerdote foi também um grande evangelizador e educador popular. Criada pelo Decreto Nº 4875 de 23/11/90, publicada no Diário Oficial do Estado em 27/11/90 e Autorizada pela Portaria N.º 019/GAB/SEDUC de 2.002. A escola começou suas atividades no dia 05 de maio de 1991, quando foram abertas as matrículas para alunos de Pré-escolar até a 4ª série, e de 5ª à 8ª séries do Ensino Fundamental em suas instalações próprias. Foi inaugurada com dez (10) salas de aulas, sendo cinco (05) salas em cada pavilhão, um pavilhão Administrativo com salas para: Secretaria, Direção, Supervisão, sala para os professores, sala para planejamento e reforço, com dois (02) banheiros (de uso exclusivo dos funcionários) e outro pavilhão com uma cozinha, sala de vídeo, uma pequena Biblioteca, dois (02) banheiros (masculino e feminino com quatro sanitários cada um) para os alunos, tudo em perfeito estado de funcionamento e conservação. A partir de 05 de maio de 1991, esteve sob a gestão do professor José Emílio Barriviera, e a professora Maria das Graças Rodrigues e Sônia da Silva Gomes (como secretária a partir de 01/01/1992 a 13/09/2003). Do ano de 1992 a 1994, a escola, teve como gestora a professora Cristina Rocco e o professor Almir Zandonadi, nesta gestão não houve nenhuma mudança significativa na estrutura física e funcional da mesma. Do ano de 1995 a 1998, ficou sob a gestão da professora Girlene Lopes Amorim e professora Elza Rodrigues. Nesta gestão houve melhoria na segurança da escola tais como: construção de mais meio (1/2m) metro de muro, pois o mesmo era de um (01m) metro de altura, a construção de um (01) poço semiartesiano. A escola recebeu um (01) kit para funcionamento da TV Escola. Do ano de 1999 a 2002, esteve sob a gestão do professor Arno João Webler e a professora Maria dos Santos Navarro. Esta gestão recebeu verbas para fazer reforma na pintura, piso, quadro, compra de ventiladores, instalação de grades de ferro para as janelas, instalação de bebedouro, construção de um pequeno depósito, muitos materiais didáticos foram comprados, tais como: jogos, livros, dicionários, também nesta gestão foram comprados três (03) computadores. A escola recebeu cadeiras e mesas novas para as salas de aula e armários de aço. No ano de 2003, a escola iniciou suas atividades com sob a gestão do professor Francisco Barros Filho e Marli da Silva Martins.
  • 10. 10 No mês de março de 2003 a professora Marli da Silva Martins foi substituída pela professora Marli Raymundo de Abreu, e no mês de maio do mesmo ano, o professor Francisco Barros Filho foi substituído pela professora Terezinha Vieira de Carvalho. Em 14/10/2003 foi designado para a Secretária da Escola a servidora Gleide Aparecida Rodeline. Com a nova lei de Gestão Democrática, uma, vez que na escola não houve eleição e sim aprovação por parte dos funcionários e pais de alunos decidindo que as professoras Terezinha Vieira de Carvalho e Marli Raymundo de Abreu permanecessem na gestão da escola. No mês de fevereiro de 2005 a professora Marly Raymundo de Abreu foi substituída pela professora Maria dos Santos Navarro. No ano de 2005, estavam na gestão da escola, Terezinha Vieira de Carvalho (diretora), Maria dos Santos Navarro (Vice-Diretora), Rosenir Navarro Molina (Supervisora Pedagógica) e Locimar Massalai (Orientador Educacional). No ano letivo de 2006, dando continuidade à administração escolar, a diretora Terezinha Vieira de Carvalho e Vice-Diretora Maria dos Santos Navarro; estando na coordenação pedagógica a cargo de Débora Macedo Oliveira e na Orientação Educacional Locimar Massalai. Neste mesmo ano foi construído um refeitório, cozinha e deposito de alimentos medindo 208 metros quadrados. A Unidade Escolar recebeu nessa ocasião quatro mesas com tampo em fórmica e pés em aço tubular e oito bancos com pés de aço tubular e assento em fórmica, uma geladeira de 240 litros e um fogão industrial. Em 2007 continuaram os mesmos gestores, mudando a orientação tendo assumido esta função a Prof.ª. Marta Francisca Barbosa de Souza e na função de Coordenador Pedagógico o Prof. João Cordeiro da Silva Filho. Em 2009, continua o mesmo grupo gestor no estabelecimento de ensino. Ao final do ano de 2011 houve mudanças na qual a A.P.P (Associação de Pais e Professores), passa a ser denominada de Conselho Escolar, com isso também foi inserido a Gestão Democrática nas escolas Estaduais de Rondônia. Houve então a primeira eleição para escolha de diretores escolares. Na E.E.E.F. Silvio Micheluzzi, concorreram aos cargos duas chapas: chapa 01, Terezinha Vieira de Carvalho como diretora e Joanita Moreira da Conceição como vice- diretora. Chapa 02 Joel Assis ao cargo de diretor e Elisamar Ferreira Gomes Lopes, ao cargo de vice-diretora, sendo vencedora a Chapa 01 Terezinha Vieira de Carvalho e Joanita
  • 11. 11 Moreira da Conceição que permaneceram na gestão até o final de 2014. Ao final deste mesmo ano, houve nova eleição, para um mandato dos 03 anos seguintes sendo duas chapas, ficando assim compostas: concorrendo a chapa 01, Leda Maria de Melo e Tereza Cristina, Chapa 02, Francisco Ruimar Maciel e Maria Cecília Neires, tendo como vencedora a Chapa 2, os mesmos atuaram no cargo de diretor e vice-diretora do ano de 2015 a 2017. Com a saída do Professor Francisco Ruimar Maciel do cargo de Diretor foram nomeados para compor a nova gestão, a então vice-diretora Professora Maria Cecília Neires passa a ocupar o cargo de diretora e a Professora Solange Alves de Souza passa a ocupar o cargo de vice-diretora sendo escolhida por meio de curriculum enviado para a CRE/SEDUC. As mesmas fizeram parte da equipe gestora da escola até setembro de 2018 quando Professora Maria Cecília Neires, diretora aposentou-se e a Professora Solange Alves de Souza assumiu a direção, sendo escolhida como vice-diretora por meio de curriculum enviado para a CRE/SEDUC a professora Elisamar Ferreira Gomes Lopes. Em 2019 a equipe gestora nos primeiros meses esteve formada de seguinte forma: Solange Alves de Souza, Diretora, Elisamar Ferreira Gomes Lopes, Vice-Diretora, Rita de Cássia Oliveira, Supervisora Pedagógica Gizelle Cristina da Silva que ficou como Orientadora Escolar até finais de abril que por questões familiares foi transferida para Ariquemes. Tal função foi pelo Professor Orientador Locimar Massalai em inícios de maio do corrente ano. Ocupa a função de Secretário Escolar o senhor Fredson Rocha Negrine desde outubro e 2019. Em 2020 a gestão da escola permaneceu praticamente a mesma. Atualmente não temos Supervisora Pedagógica pois a senhora Rita de Cássia Oliveira solicitou mudança de escola nos primeiros meses do ano letivo. Através de uma Gestão Democrática nos consideramos como responsáveis, (apesar das limitações encontradas em qualquer grupo humano), dinâmicos e participativos pois acreditamos que uma Unidade Escolar só será verdadeiramente democrática quando, “valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”, (BNCC, 2017, p 9) para todos. Como equipe, acolhemos as sugestões da CRE à qual pertencemos e as efetivamos de forma criativa. Tal prática se materializa num regime de colaboração dos 31 educadores, (consideramos todos que trabalham na escola como educadores), aguerridos e comprometidos que compõem o quadro efetivo de servidores da escola.
  • 12. 12 Atualmente temos 81 alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais e 191 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. O perfil de nossos discentes é marcado também pela criatividade, participação, protagonismo e respeito às leis coletivas. Como acreditamos que o ser humano em seu processo de formação não nasce pronto, defendemos que [...] “os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes”, (BNCC, 2017, p. 15). Não apenas reconhecemos tal necessidade, mas a defendemos veementemente. Quanto à tão propalada “desestruturação familiar” que sem dúvida afeta a vida de qualquer ser humano, procuramos desmistificá-la em relação aos nossos alunos. Recebemos nossos alunos como são e, a partir da realidade de cada um procuramos fazer o possível para que eles aprendam e melhorem em sua integralidade. Quanto aos recursos que são repassados à escola através dos convênios com o Governo Federal e Estadual identificamos os seguintes: PALE/PNAE – Programa nacional de Alimentação escolar – destinado à aquisição de gêneros alimentícios (trimestral); PDE/PME – Programa de Desenvolvimento Escolar (Anual); PDDE– Programa Dinheiro Direto na Escola (Anual); PROAFI – Programa de Apoio Financeiro a Escola e Programa Excelência. Estes programas vêm ao encontro da escola, buscando oferecer o de melhor para clientela estudantil, pois esses recursos têm contribuído muitíssimo em nosso dia-a-dia, ou seja, seria praticamente impossível desenvolver um bom trabalho sem esses recursos, sendo que os mesmos só têm melhorado a qualidade do ensino e da aprendizagem dos nossos docentes e discentes, parafraseando Paulo Freire, porque quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. 1.2 – Caracterização da Comunidade Escolar Uma característica importante em nossa escola, já que estamos caracterizando-a é que nos esforçamos para que os componentes curriculares sejam organizados de forma interdisciplinar. A equipe gestora, juntamente com os professores buscam estratégias dinâmicas, interativas e colaborativas em relação ao ensino e a aprendizagem. Identificamos todos os que laboram na escola como “trabalhadores em educação” porque ela, como escola pública é um local de trabalho [...] “que, por sua finalidade e por
  • 13. 13 sua natureza peculiar, supõe critérios especiais de organização. Tais critérios devem ser estabelecidos a partir das características de trabalho que ali se desenvolve”, (JUNIOR, 1993, p. 21). Partindo do pressuposto acima apresentado, passaremos a descrever os atores, sujeitos ativos que atuam no cenário do cotidiano escolar. Nossa escola atualmente conta em seu quadro com 31 servidores, dentre estes 04 são emergenciais e 02 servidores federais. Nominando-os por função a situação fica assim estabelecida: 19 Professores Classe “C”, 01 Professora Classe “A”, 07 Técnicos Educacionais Nível 01 e 04 Técnicos Educacionais Nível 02. Para que sua prática se efetive sob a égide de uma Gestão Democrática, contamos com os seguintes parceiros, órgãos colegiados que a subsidiam: Conselho Escolar, Conselho de Classe, Conselho de Professores e Líderes de turmas de 6º ao 9º ano do Anos Finais do Ensino Fundamental. Denominam-se órgãos colegiados aqueles destinados a prestar assessoramento técnico-pedagógico e administrativo às atividades do Estabelecimento. Do Conselho Escolar podemos dizer que [...]tem por finalidade efetivar a gestão democrática na forma de colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar. (...)Terá função de caráter consultivo, deliberativo, fiscalizador, normativo, mobilizador e executivo nos assuntos referentes à gestão institucional nos aspectos pedagógico, administrativo e financeiro do Estabelecimento de Ensino respeitado às normas legais. (SEDUC/RO, p. 01.2011) Em se tratando do Conselho de Professores, a Portaria n. 0007/10-Gab/Seduc/RO de 06/01/2010 o define em seus artigos 02 e 03 como um “órgão colegiado de função consultiva e deliberativa em assuntos pedagógicos e disciplinares com atuação restrita ao âmbito escolar”, composto pelo diretor (a), supervisor (a) escolar, orientador (a) educacional, professores em efetivo exercício de docência e secretário escolar. A presidência do Conselho de Professores será exercida pelo Diretor (a) da unidade escolar. Quanto ao Conselho de Classe é considerado como um órgão consultivo, normativo e deliberativo em assuntos didático-pedagógicos e disciplinares, com atuação restrita a cada classe da escola, composto por professores, supervisores, orientadores e diretores. Os Líderes de Turmas têm sua importância capital para promover o protagonismo dos alunos e fazer com que tenham voz e vez na escola. Esta instância tem participação ativa nos Conselhos de Classe, por exemplo, e é acompanhada de perto pelo Orientador Educaciona l.
  • 14. 14 A escola oferece Ensino Fundamental I – Anos Iniciais e II – Anos Finais – 1º ao 5º e 6º ao 9º ano e atende seu alunado em dois turnos: no período matutino temos 06 (seis) turmas: 1° ano “A” com (11) onze alunos, 2° ano “A” com (14) quatorze alunos, 3° ano “A” com (28) vinte e oito alunos, 5° ano “A” com (28) vinte e oito alunos, 6° ano “A” com (30) trinta alunos e 7º “A” com (35) trinta e cinco alunos. No turno vespertino atendemos as seguintes turmas: 6° ano “B” com (24) vinte e quatro alunos, 7° ano B com (31) trinta e um alunos, 8° ano “A” com (36) trinta e seis alunos e o 9° ano “A” com (36) trinta e seis alunos, totalizando (292) duzentos e noventa e dois alunos conforme poderá ser visualizado na tabela que segue abaixo. Tabela 01: Quadro de alunos T U R M A S NO DE ALUNOS MATUTINO VESPERTINO MATUTINO VESPERTINO 1ª – A 1 11 2ª – A 1 14 3ª – A 1 28 4ª – A 1 17 5ª – A 1 28 6ª – A 1 36 6ª – B 1 24 7ª – A 1 31 7ª – B 1 31 8ª – A 1 28 36 9ª – A 1 36 SUB- TOTAL 8 3 201 91 Fonte: Dados fornecidos pela secretaria da escola no dia 06/08/2020 Informamos que no período letivo “matutino” as aulas iniciam as 7:15 e terminam as 11:15 e no período vespertino o início se dá as 13:15 e finaliza as 17:15. Não temos classes específicas para atender alunos com necessidades especiais. Os alunos com necessidades especiais são atendidos e acompanhados em parceria com a professora da Sala de Recursos (AEE) e os professores regentes de cada turma ou componente curricular. 1.2.1. Estudantes Aproveitamos os dados fornecidos pelos próprios alunos de nossa escola na última Prova Brasil, (www.qedu.org.br), para trazer algumas informações sobre os mesmos. 70/% dos alunos moram com a mãe ou a avó, ou seja, a responsável pelos mesmos é uma figura feminina o que confirma o que observamos no cotidiano. Os alunos consideram que a mãe
  • 15. 15 ou o pai são responsáveis por eles saberem ler. Os dados também nos dão conta que quase 76% dos responsáveis concluíram apenas o ensino fundamental. Quanto à participação na escola 43% considera que os pais ou responseis participam, 12% de vez em quando e 45% nunca ou quase nunca. Quanto ao hábito de leitura, 25% dos alunos responderam que leem sempre ou com relativa frequência, 67% de vez em quando e apenas 5% nunca ou quase nunca. 67% dos alunos preferem fazer leituras na internet. Tal preferência se dá pela leitura de notícias. Os discentes nos contam também que frequentam com regularidade a biblioteca da escola e apreciam este local da escola. Outro dado interessante quanto ao perfil do nosso aluno é que 92% sempre estudou em escola pública e o mesmo percentual nunca abandonou a escola e 73% nunca reprovou. Quanto às questões relacionadas à gravidez precoce e à sexualidade, temos que trabalhá-las desde um viés interdisciplinar a partir de todos os componentes curriculares em função de que houveram casos em 2019. Quanto aos outros dados apontados acima, servirão para incrementar nossas ações quando tratarmos das intervenções específicas. 1.2.2. Famílias Em se tratando das famílias dos alunos de nossa escola, notamos que muitas estão incluídas dentro daquilo que os autores chamam de “Novos arranjos familiares”, considerando que “família” hoje é considerada quando há pessoas vivendo juntas demonstrando laços de afeto e cuidado mútuo. Assim sendo, nossa clientela vem de famílias com os seguintes arranjos: crianças e adolescentes vivendo apenas com a genitora, com a genitora e padrasto, com o pai e madrasta, apenas com a avó materna ou paterna, com os tios, dentre outros. Quando se trata da relação entre família, escola e o Conselho Tutelar, muitas confundem a função deste último, principalmente quando é acionado em função de faltas ou outras negligências. A escola tem o desafio de continuar esclarecendo qual é o papel do Conselho Tutelar nesta relação e o Conselho Tutelar precisa, necessariamente se aproximar mais da escola. Em geral os pais tem uma boa relação com a escola e seus educadores. Quando há conflitos procuramos resolvê-los de maneira assertiva. 1.2.3. Equipe Escolar É coesa. Composta pelos seguintes segmentos: equipe gestora (direção, vice direção, orientação, supervisão e secretário com seus colaboradores, professores e técnicos com suas
  • 16. 16 devidas funções. Importante salientar que a equipe da escola sempre responde proativamente os desafios propostos ou não, ou seja, aqueles advindos da própria rotina escolar, de forma positiva e conciliadora. Quando há conflitos e eles existem, são resolvidos ou encaminhados de forma dialógica e dentro dos parâmetros éticos pertinentes a qualquer instituição educativa. Toda a equipe demonstra bem querer e apreço aos estudantes valorizando-os e estimulando-os ao prosseguimento dos estudos necessários, segundo a visão freiriana, à formação humana e cidadã. 1.3. Condições Físicas e Materiais A escola é de alvenaria, coberta com telhas fibrocimento; possui uma área total de 4.800m2. Tem 10 (Dez) Salas de Aulas medindo 1.86m2 por aluno para um total de 292 (Duzentos e noventa e dois) alunos, 03 (três) Salas Administrativas, 01 (um) pátio coberto medindo 324m², 01 (uma) Sala de aula que funciona como Biblioteca com aproximadamente 1000 títulos, 01 Sala de aula que funciona como multimídia, 01 sala de aula que funciona com Laboratório de informática 01 (um) Refeitório com Cozinha e depósito para armazenar merenda, 04 (quatro) Sanitários Masculino e 04 (quatro) Sanitários Femininos. Em 2018 a Unidade de Ensino esteve com duas grandes obras: o pátio que passou por uma reforma sendo financiado PROAF – Adicional e a construção da Quadra poliesportiva coberta que segundo engenheiros da SEDUC era para ser inaugurada oficialmente no corrente ano de 2018, no entanto, a empresa responsável abandonou a obra antes de terminá-la. Neste sentido, “temos uma quadra e não a temos”. Informamos que o Laboratório de Informática Educativa precisa de melhorias para que possa responder às funções que lhes são urgentes e inerentes ao processo de ensino e de aprendizagem. As melhorias a que nos reportamos estão relacionadas aos computadores4 e suas devidas atualizações. Em 2020 a escola passou por nova reforma, com recursos do programa Proaf Adicional, (Melhoria da Rede Escolar) que começou em 03 de março e foi finalizada em 13 de julho do mesmo ano. Foram trocadas neste empreendimento telhados, parte elétrica e o forro. A escola ficou muito mais bonita e funcional. 4 Computadores obsoletos e empouco número.
  • 17. 17 Como recursos humanos, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Silvio Micheluzzi tem em seu quadro de pessoal e necessidades, os profissionais abaixo relacionados cujos perfis se caracterizam pela boa vontade, criatividade e dinamismo em desempenhar suas funções apesar das limitações encontradas em qualquer grupo humano. ESPECIFICAÇÃO QUANTIDADE NECESSIDADE Diretora 01 --------------------------- Vice Diretora 01 --------------------------- Secretário 01 ---------------------------- Auxiliar de Secretaria 02 ---------------------------- Supervisão 01 Orientador Educacional 01 ---------------------------- Professores em sala de aula 11 ----------------------------- Responsável pela biblioteca 02 ----------------------------- Responsável pelo LIE5 01 Inspetor de alunos 02 ----------------------------- Merendeiras 03 01 Zeladores 03 01 Cuidador 01 01 2. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO E PRÁTICAS ESCOLARES É um grande desafio pensar a “Escola que temos e a escola que queremos”. O real e o ideal, o presente e o futuro, o atual e o remoto se deslocam dialeticamente como desafio à capacidade criadora de educadores e comunidade escolar, onde se precisa ter os pés no chão e os olhos voltados para um horizonte maior. A necessidade de fazer um balanço crítico reflexivo sobre a escola que temos, é vital para que possamos alcançar mudanças às quais nos propomos. Historicamente a escola tendeu a separar, na prática pedagógica, o trabalho manual do trabalho intelectual, criando uma visão entre o fazer e o pensar, tomando-as como instâncias distintas, desconexas e até opostas. Na verdade, o resultado prático disto é uma escola que trabalha os conteúdos culturais desligados da prática social, isto é, isolado do mundo trabalho, vida social, do contexto que dão sentido a ação humana. Contudo a crescente globalização do conhecimento e da lacuna existente entre as desigualdades sociais no mundo atual, faz com que repensemos o papel da educação, que se busque desenvolver ações políticas para que a comunidade adquira conhecimentos e instrumentos indispensáveis para a inserção no mundo atual, tecnológico, centrado na ciência, na cultura letrada, e acima 5 Laboratório de Informática Educativa
  • 18. 18 de tudo, nos meios de comunicação de massa, um mundo que está a exigir um aluno crítico capaz de apropriar-se dos conhecimentos e experiências vividas com o meio. O Projeto Pedagógico da E.E.E.F. Sílvio Micheluzzi é construído de forma participativa com todos os integrantes da comunidade escolar, buscando retratar sua identidade e objetivando uma ação inovadora e uma forma democrática de gestão escolar. A necessidade de elaboração deste, parte dos pressupostos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, especificamente em seu artigo 12, onde se delega às escolas a tarefa de construção da sua proposta pedagógica, bem como o anseio da comunidade escolar em trabalhar com dados reais e norteadores dos principais problemas, objetivando assim, fazer funcionar a escola e organizá-la com vistas à melhoria da qualidade de ensino, pois seu foco principal é o aluno, e a oferta de um ensino de qualidade. 2.1. Concepções de escola e de perfil de formação de estudantes Toda e qualquer escola tem suas concepções, isto é, a forma como concebe, pensa, vê, crê e espera de sua própria prática e como quer que seus alunos sejam e onde deseja que eles cheguem ao final do ciclo que ela oferece em sua proposta curricular. Dito isso, passaremos a identificar quais concepções sobre “educação”, “papel ou função social da escola”, “aprendizagem” e “perfil de alunos” que queremos ter no horizonte de nosso fazer educativo. 2.1.1. Educação A educação integral como princípio norteador maior nos desafia. Para que este termo “educação integral” não se torne vago, o consideramos como sendo a formação e o desenvolvimento global dos estudantes, compreendendo [...] “a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual, (cognitiva), ou a dimensão afetiva”, (BNCC, 2017, p. 14). Esta forma de conceber a educação deve se materializar em uma prática educativa ratificada pelos princípios de inclusão, equidade e diversidade sustentados pela BNCC. 2.1.2. Papel da escola A escola tem um papel imperioso quando se trata dos processos de escolarização, habilidades e competências dos alunos que deseja formar. Na prática isto significa que
  • 19. 19 principalmente o professor e, com ele, todos os que trabalham na escola precisam mudar sua forma de atuar. Não se sustenta mais uma prática de apenas colocar conteúdo no quadro, explicar o que está escrito e depois cobrar resultados em atividades, tarefas e em exames. É necessário provocar reflexão, fazer com que os alunos pensem, identifiquem a situação, trabalhem em conjunto. Neste contexto, eis o papel da escola: ajudar os alunos a pensar, identificar problemas e soluções conjuntamente. Deixará de ser mera transmissora de conteúdos e passará a se preocupar com o desenvolvimento das competências sociais e emocionais das crianças, jovens e adolescentes. 2.1.3. Definição de aprendizagem A BNCC indica que a educação integral deve promover uma aprendizagem sem fragmentação radical dos componentes curriculares e que tenha sentido para os estudantes, ou seja, uma educação que promova pontes entre o conhecimento e a vida. O documento também destaca a importância da valorização do contexto do estudante para que seja dado sentido ao que se aprende, e joga luz sobre o "protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de vida” (BNCC, 2017, p. 15). Tendo presente esses princípios, a escola de Ensino Fundamental Sílvio Micheluzzi, tem como definição de aprendizagem o processo de ajudar o educando na busca do conhecimento e experiências a fim de que ele mesmo se sinta agente, sujeito de sua história e compreenda o seu papel transformador na sociedade em que está inserido. Para que isto aconteça é necessário que haja a integração entre os aspectos cognitivos e socioemocionais: comunicação, criatividade, pensamento crítico e científico, empatia, comunicação e autoconhecimento. 2.1.4. Perfil de formação dos estudantes Desejamos que nossos estudantes desenvolvam competências e habilidades que lhes possibilitem mobilizar e articular conhecimentos a partir dos componentes curriculares fazendo pontes com as dimensões socioemocionais onde as relações interpessoais sejam pautadas no respeito à diversidade, considerando as diferenças de gênero, crença e condições sociais.
  • 20. 20 Entendemos que as competências socioemocionais influenciam a maneira de pensar, sentir, decidir e agir das pessoas em determinadas situações e contexto e que não são fixas, isto é, são flexíveis, maleáveis e que fazem parte intrínseca da vida de cada pessoa; sendo assim, podem ser desenvolvidas, mudadas, intensificadas de acordo com os desafios da própria vida do aluno na escola e fora dela. Formar os alunos é ajudá-los a continuarem sendo únicos na constituição perene de suas subjetividades que se materializam também e, fortemente, na convivência com seus pares, professores e outras pessoas que fazem parte de suas existências. 3. PLANO DE AÇÃO Em tempos desafiadores como os nossos cujas aulas são remotas utilizando-se de várias estratégias, nosso plano de ação precisa contemplar e se ancorar nesta realidade. A escola já passou historicamente por momentos desafiadores em relação à gestão democrática; nesse sentido tivemos um grande avanço, porque existe um ambiente de harmonia, respeito pelo trabalho de cada funcionário, profissionais capacitados e envolvidos com a missão do ensino aprendizagem, visando a formação cognitiva e socioemocionais de seus alunos, ou seja, uma formação integral. É importante registrar todo trabalho que vem sendo feito para que os alunos continuem mantendo o vínculo com a escola, realizando as atividades propostas pelos professores e evitando assim a evasão escolar. 3.1. Objetivo Geral Desenvolver e intensificar nos alunos a capacidade de leitura, escrita, interpretação de informações, para que assim sejam capazes de superar as defasagens nas habilidades acima mencionadas a partir de situações-problemas relacionados com a vida social e cotidiana dos mesmos e nesta perspectiva, melhorar a qualidade e a eficácia da aprendizagem desde os conteúdos de cada Componente Curricular proposto pelo Referencial Curricular do Estado de Rondônia para o ciclo de aluno que atendemos – ou seja, Ensino Fundamental I e II, assegurando destarte, uma educação integral conforme apregoa a BNCC, cujos conteúdos não estejam distanciados da realidade concreta, ou seja que não exista dicotomia entre o conhecimento e sua forma de aplicá-lo para fazer leitura do mundo.
  • 21. 21 3.2. Objetivos Específicos Buscar melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem; Continuar a dinâmica de fazer uma gestão escolar democrática, humana e promotora de desenvolvimento de relações éticas e profissionais; Fortalecer a integração escola x comunidade; Desafiar a equipe pedagógica para que desenvolva o trabalho com competência e eficiência; Assegurar o sucesso da aprendizagem e a permanência do aluno na escola; Proporcionar ao aluno, meios de conhecimento dos seus direitos e deveres no espaço escolar e na sociedade; Oferecer ao aluno a oportunidade de aprendizagem através dos conteúdos/competências em todas as áreas do conhecimento; Adaptar e alinhar a grade curricular da escola à BNCC e ao RCRO, promovendo formação e ajuda aos professores neste processo. 3.3. Metas Assegurar que os alunos mantenham o vínculo com a escola em tempos de aulas remotas e desafiar os professores a aprofundar seu conhecimento e suas práticas através do uso das mídias digitais; Acompanhar de forma mais assertiva e empática os alunos com dificuldades emocionais e cognitivas; Acompanhar alunos eficazmente alunos com dificuldades de acesso às atividades; Promover gincanas nas turmas de alunos para que melhore a entrega e a participação nas atividades online; Melhorar o processo de comunicação e acercamento aos pais ou responsáveis dos alunos; Melhorar a qualidade de leitura e a escrita/ produção de texto do 1º ao 9º aumentando o índice de aprovação em Língua Portuguesa; Melhorar a qualidade de aprendizagem em Matemática do 1º ao 9º ano, melhorando a aprendizagem e aprovação dos mesmos neste componente curricular.
  • 22. 22 3.4. Estratégias Acompanhar de forma mais eficaz e sistematizada os alunos com dificuldade de aprendizagem e de comportamento; Oferecer aulas de reforço semanalmente; Promover eventos que envolvam a participação da escola e da comunidade onde a mesma está inserida; Desafiar os pais no processo ensino-aprendizagem, isto é, no acompanhamento de tarefas e atividades escolares como um todo; Elaborar atividades que visem à socialização dos alunos (palestras, gincanas...); Melhorar e intensificar o uso das mídias digitais para manter o aluno vinculado com a escola e desafiá-lo a participar ativamente das tarefas propostas por cada professor em seu devido componente curricular. Motivar os professores para que participem ativamente das formações através da lives ofertadas pela Seduc/RO e promover outras pela própria escola; Encaminhar alunos que “desapareceram6” ou estão em processo de evasão. Organizar lives com turmas de alunos e seus respectivos professores para incentivá- los a se encontrarem mesmo que seja virtualmente e se animarem; Promover reuniões virtuais com os professores de cada segmento para avaliar o processo de ensino e seus desafios. 4. ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO 4.1. Aspectos organizacionais A escola é organizada e gerida sob os moldes e pressupostos da gestão democrática. Assim sendo, a direção da Unidade de Ensino conta com um grupo de colaboradores que fazem com que a mesma funcione sob o princípio da subsidiariedade, (aquele que ajuda, apoia, auxilia, está junto com) em sua agenda de atendimento e gestão dos tempos e espaços escolares. A Diretora juntamente com a Vice-Diretora da escola desempenhará todas as 6 Esta expressão vem aspeada justamente para dar ênfase a situação dos alunos que nunca fizeram atividades propostas pelos professores nas suas mais variadas formas em tempos de aulas remotas, pelo WhatsApp, Classroom ou quando aluno ou responsáveis vembuscar as atividades impressas na escola.
  • 23. 23 funções necessárias à manutenção dos esquemas de funcionamento, tendo para isso um suporte administrativo determinado pelas necessidades e direcionamento da mesma. Para o que afirmamos acima se concretize, a gestão conta com os serviços de apoio pedagógico cuja função é prover condições satisfatórias para o desempenho Técnico- Educacional que permita o dinamismo do processo ensino e aprendizagem. O Serviço Técnico-Pedagógico é constituído por: Supervisão Pedagógica, Orientação Educacional, Biblioteca, Sala de Recursos, (AEE) e o Laboratório de Informática Educativa. A Supervisão Pedagógica tem como funções, planejar, coordenar, orientar e acompanhar de forma cooperativa, as várias ações pedagógicas, visando o desenvolvimento eficaz de todo processo de ensino e de aprendizagem. Quanto à Orientação Educacional dentre suas funções precípuas citamos: acompanhar alunos e demais envolvidos no processo educativo em relação aos aspectos humanos, pedagógicos, psicológicos e sociais. Fazer mediação assertiva dos conflitos inerentes nas relações professor e alunos, professores e pais de alunos dentre outras. O serviço prestado pela Biblioteca Escolar tem por finalidade auxiliar no desenvolvimento do currículo, dos programas específicos e das atividades escolares em geral, constituindo uma fonte de informação, leitura e consultas para os alunos e professores, ainda cuidando da catalogação, guarda e fornecimento para uso de livros e material audiovisual. Em se tratando dos Serviços da Sala de Recursos, (AEE), apresenta as seguintes funções: identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. Finalmente, não de menor importância apresentamos os serviços pedagógicos prestados pelo Laboratório de Informática que tem por finalidade, constituir fontes de informações tecnológicas e informações globais. O Conhecimento de novas informações é o instrumento necessário para que o aluno continue aprendendo e se desenvolva de forma satisfatória em todos os contextos sociais. A equipe gestora organiza reuniões formativas ou informativas com todos os sujeitos que fazem parte da equipe que atua na escola bimestralmente ou quando necessário, ou seja, quando cada situação concreta exige. Agora em tempos de aulas remotas, estas reuniões estão sendo de formas virtuais através de lives.
  • 24. 24 4.2. Aspectos administrativos Em se tratando da rotina da equipe escolar no atendimento junto aos alunos, seus responsáveis e comunidade, a Unidade de Ensino está sempre aberta e receptiva para acolher, orientar e ajudar democraticamente em tudo o que for necessário e estiver ao seu alcance. Para que este atendimento aconteça com qualidade e eficácia e equidade, direção, equipe de apoio administrativo, técnico pedagógico e conselho escolar procuram agir de forma coparticipativa e democrática. Além do que foi mencionado no caput deste aspecto, o setor de apoio administrativo é constituído dos serviços de secretaria, serviços gerais e de material. A secretaria está subordinada à Direção e é encarregada do serviço de escrituração e registro escolar, de pessoal, de arquivo, fichário e preparação de correspondência do Estabelecimento. A constituição, composição, funcionamento e aproveitamento dos serviços auxiliares obedecem ao disposto do Regimento Escolar, às conveniências administrativas e às normas da Direção do Estabelecimento e da entidade mantenedora. Os serviços Auxiliares são vinculados à Direção e se responsabilizam pela execução de tarefas de natureza burocrática, de manutenção e conservação do patrimônio, da segurança e do funcionamento das atividades de apoio e do estabelecimento. 4.3. Aspectos Financeiros Os recursos financeiros recebidos pela escola chegam até ela através dos convênios com o Governo Federal e Estadual e são os seguintes: PALE/PNAE – Programa nacional de Alimentação escolar – destinado à aquisição de gêneros alimentícios (trimestral). PDE/PME – Programa de Desenvolvimento Escolar (Anual) PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola (Anual). PROAFI – Programa de Apoio Financeiro a Escola Os recursos advindos dos programas elencados acima chegam até a escola e a possibilitam oferecer atendimento de qualidade aos alunos em todas as dimensões a que se propõe enquanto instância educadora. Consideramos que seria praticamente impossível desenvolver um bom trabalho educativo sem tais prepostos financeiros, sendo que os
  • 25. 25 mesmos só têm melhorado a qualidade de ensino dos nossos educandos 5. PROPOSTA CURRICULAR Segue Proposta Curricular. Em sua tessitura, consideramos obrigatoriamente as seguintes orientações advindas do RCRO, (2018), que é embasado na BNCC (2017). Para corroborar nossa proposta, citamos o artigo 7º do RCRO e excertos do 8ª no que tange à proposta curricular. Os currículos escolares relativos a todas as etapas e modalidades da Educação Básica devem ter a BNCC como referência obrigatória e incluir uma parte diversificada, definida pelas instituições ou redes escolares de acordo com a LDB, as diretrizes curriculares nacionais e o atendimento das características regionais e locais, segundo normas complementares estabelecidas pelos órgãos normativos dos respectivos Sistemas de Ensino. (RCRO, p.85, 2018). A Proposta Curricular deve estar alinhada ao Projeto Pedagógico da Escola, aos pressupostos da BNCC, observando os seguintes princípios metodológicos, (RCRO, p. 86, 2018) em sua prática: contextualizar os conteúdos curriculares, identificando estratégias para (...), conectá-los e torná-los significativos; fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares, para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação ao ensino e da aprendizagem; aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas, (...), para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos e os grupos sociais aos quais pertente7; aplicar procedimentos de avaliação formativa,(...), que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da instituição escolar, dos professores e dos alunos; selecionar, produzir e aplicar recursos tecnológicos para apoiar a prática docente; manter processos permanentes de desenvolvimento docente, que possibilitem formação continuada. Tais pressupostos serão norteadores da prática educativa da Unidade de Ensino que se materializarão em práticas de conhecimento contextualizados através dos componentes curriculares que, numa visão efetivamente interdisciplinar sejam capazes, através da docência, de dialogarem entre si. Em seguida apresentamos a Matriz Curricular que a escola adota em conformidade com as orientações da SEDUC/RO que por sua vez segue as legislações federais em sua instância maior. 7 Redação nossa.
  • 26. 26 Indicadores: Dias Letivos Anuais: 200 dias, Carga Horária Anual: 800 horas; Dias Letivos Semanais: 5 dias com 5 aulas; Módulo aula: 45 minutos; Módulo recreio: 15 minutos; Módulo Semanal: 40 semanas. Indicadores: Dias Letivos Anuais: 200 dias, Carga Horária Anual: 800 horas; Dias Letivos Semanais: 5 aulas com cinco aulas; Módulo aula: 45 minutos; Módulo recreio: 15 minutos; Módulo Ensino Modalidade Ano Escolar Componentes Curricular Ensino Fundamental I Regular 1º e 2º Ano CBA 08 Componente Curricular C. H. Diurno Reprova Opcional Língua Portuguesa 800 Não Não Arte 800 Não Não Educação Física 80 Não Não Matemática 800 Não Não História 800 Não Não Geografia 800 Não Não Ciências 800 Não Não Ensino Religioso 800 Não Não Ensino Modalidade Ano Escolar Componentes Curricular Ensino Fundamental I Regular 3º ao 5º Ano 08 Componente Curricular C. H. Diurno Reprova Opcional Língua Portuguesa 800 Sim Não Arte 800 Não Não Educação Física 80 Não Não Matemática 800 Sim Não História 800 Sim Não
  • 27. 27 Semanal: 40 semanas. Indicadores: Dias Letivos Anuais: 200 dias, Carga Horária Anual: 832 horas; Dias Letivos Semanais: 5 aulas; Módulo aula: 45 minutos; Módulo recreio: 15 minutos; Módulo Semanal: 40 semanas. Segue abaixo o Calendário Escolar Geografia 800 Sim Não Ciências 800 Sim Não Ensino Religioso 800 Não Não Ensino Modalidade Ano Escolar Componentes Curricular Ensino Fundamental II Regular 6º ao 9º Ano 10 Componente Curricular C. H. Diurno Reprova Opcional Língua Portuguesa 160 Sim Não L.E.M – Língua Inglesa 32 Não Não Arte 32 Não Não Educação Física 64 Não Não Matemática 160 Sim Não História 96 Sim Não Geografia 64 Sim Não Ciências 96 Sim Não Ensino Religioso 32 Não Não
  • 28. 28 Figura 1: Calendário Escolar Fonte 1:Secretaria da Escola 5.1. Fundamentos epistemológicos, filosóficos, psicológicos, sociológicos, pedagógicos e culturais Para nos situar caracterizamos “epistemologia” como “ciência ou “conhecimento”. Assim sendo, os fundamentos epistemológicos de nossa prática são conceitos científicos que investigam determinadas concepções de conhecimento e os questionam ou ratificam. Ou seja, é uma ciência que investiga, propõe, discorda e retoma visões sobre o que conhecemos e como conhecemos. Para os docentes, é importante saber quais são as bases epistemológicas que ancoram os conteúdos que vão socializar com seus alunos pois todo conhecimento é histórico e como tal, provisório. Sendo assim, [...] podemos dizer que os conhecimentos a serem transmitidos são aqueles que ainda têm alguma serventia, mas que, com o tempo, poderão ficar obsoletos. O que foi significativo em um momento e muito ajudou o homem em seu viver poderá não representar ou ter serventia em outras etapas do existir, (NUNES, p. 16, 2010). Nossa prática educativa é amparada pela visão de conhecimento humano que está sempre em mudança, é histórico e processual. Nunca está pronto e nenhum conhecimento como tal tem em si ou carrega em si a verdade absoluta.
  • 29. 29 Quantos aos fundamentos filosóficos, defendemos que é intrínseco à educação como processo sistematizado, estar em uma tensão permanente. Isto significa que a filosofia como tal nos questiona sempre o que somos e o que queremos ser; o aluno que queremos educar e aquele que de fato estamos educando. Quais representações de aluno, escola, temos para nossa ação educativa, pois toda prática educativa “esconde” porque nem sempre está explícita, significações filosóficas. Desde este pressuposto, acreditamos que a escola tem o importante papel de favorecer ao aluno espaços e tempos para que ele adquirira conhecimentos/conteúdos necessários para sua emancipação, segundo apregoam Paulo Freire e Dermeval Saviani. Desejamos que nossos alunos e todos os envolvidos no processo educativo sejam capazes de olhar a si mesmos, os outros e o mundo desde sua complexidade e riqueza. Tal movimento será impulsionado pelo acesso ao conhecimento. Conhecer é o primeiro caminho para emancipar-se, como dizia Freire, (1996). Quanto aos fundamentos que norteiam nosso olhar sobre a dimensão psicológica em primeiro lugar consideramos imperiosamente a importância de se pensar a formação da subjetividade da pessoa humana como um processo a ser construído sempre. Isso “significa conceber os alunos como “sujeitos históricos, vivendo condições históricas concretas e agindo a partir delas; por isso tais aspectos psicológicos se espraiam para além do sujeito individual, constituindo os fenômenos da realidade que constituem os indivíduos. (GONÇALVES, 2010, p.28). O que queremos dizer e defendemos é que as condições materiais afetam profundamente a dimensão social, emocional e afetiva da meninada. Em segundo lugar, ainda se tratando da dimensão psicológica, concordamos com o texto da BNCC (2017, p.60), quando afirma que, as mudanças próprias da fase de vida em que as crianças e adolescentes se encontram nos desafia a compreendê-los como sujeitos em desenvolvimento, (...)”com singularidades e formações identitárias e culturais próprias, que demandam práticas escolares diferenciadas, capazes de contemplar suas necessidades e diferentes modos de inserção social”. Ao identificar os pressupostos sociológicos que norteiam nossa prática nos amparamos novamente na BNCC, (2017) em três de suas competências básicas: levar o aluno a conhecer-se integralmente dentro do contexto da diversidade humana, reconhecendo suas emoções e a dos demais e aprendendo a lidar com elas, exercitar a empatia, caminho que leva para as demais competências: diálogo assertivo, cooperação, respeito aos demais desde suas singularidades individuais e coletivas, sem preconceito de qualquer natureza, e procurar
  • 30. 30 agir como pessoa e como membro de uma coletividade sob a égide de princípios éticos e solidários. Quanto à dimensão pedagógica, continuamos nos amparando nos princípios que assegurados pela LDB em seu artigo 3º, inciso I a XI, O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – Igualdade de condições para o cesso e permanência na escola II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisare divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV – Respeito à liberdade e o apreço a tolerância; V – Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais; VII – Valorização do profissional da educação escolar; VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX – Garantia de padrão de qualidade; X – Valorização da experiência extraescolar; XI – Vinculação entre a educação, o trabalho e as práticas sociais. Dentro deste contexto é nosso desafio constante, proporcionar oportunidades para que o aluno adquira crítica e criativamente aprenda a se posicionar conscientemente em tempos e espaços sempre em mutação. É a convivência amorosa com seus alunos e a postura curiosa e aberta que assume, ao desafiar seus alunos a se assumirem enquanto sujeitos sócios-históricos-culturais, que o professor pode falar do respeito à dignidade e autonomia do educando. (...) A competência técnico científica e o rigor, (...), não são incompatíveis com a amorosidade necessária às relações educativas. Essa postura ajuda a construir o ambiente favorável à produção do conhecimento, (FREIRE, 1996). E para que tal amorosidade e respeito se efetivem é necessário conforme apregoa o RCRO, (2018, p.101), repensar o currículo escolar desafiando a escola assumir-se como espaço de transformação dos sujeitos através do acesso à cultura “por meio do conhecimento socialmente valorizado como forma de conhecimento pessoal, mas também da formação da cidadania, através do convívio social e exercício de práticas participativas”. Aqui já fazemos aceno para a dimensão cultural ao considerá-la a partir da necessidade de compreender que os estudantes são e assim devem ser evocados como sujeitos com histórias e saberes que foram construídos nas interações com outras pessoas, tanto do entorno social mais próximo quanto do universo da cultura midiática e digital. Tal
  • 31. 31 concepção fortalece a escola como espaço de formação para a cidadania consciente, crítica e participativa, (BNCC, 2017). 5.2. Organização Curricular Salientamos a importância de que os componentes curriculares sejam organizados de forma interdisciplinar e a equipe gestora, juntamente com os professores adotem estratégias dinâmicas, interativas e colaborativas em relação ao ensino e a aprendizagem. Eis um grande desafio para nossa escola. Ofertamos turmas de alunos do Ensino Fundamental I – Anos Iniciais e Fundamental II – Anos Finais, assim distribuídas: 01 turma do 1º ano ao 5º ano, 02 turmas do turmas de 6ºs anos, 02 turmas de 7ºs anos, 01 turma de 8º e 9º ano respectivamente. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano nos orientamos pelos seguintes indicadores: 200 dias letivos, carga horária anual com 800 horas, 05 dias letivos semanais com 5 aulas em cada dia, módulo aula de 45 minutos com módulo recreio de15 minutos e, finalmente, módulo semanal com 40 semanas. Nos Anos Finais do Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano nos orientamos pelos seguintes indicadores: 200 dias letivos, carga horária anual com 832 horas, 05 dias letivos semanais com 5 aulas em cada dia, módulo aula de 45 minutos com módulo recreio de15 minutos e, finalmente, módulo semanal com 40 semanas. Quanto à avaliação da aprendizagem deve-se promover atividades livres e dirigidas a partir das habilidades e competências apresentadas para cada série do Ensino Fundamental I e II na BNCC, (2017) e no Referencial Curricular de Rondônia, (2018), no início e término de cada bimestre para que o docente perceba a quantas anda a aprendizagem de seus alunos e em que precisa mudar em suas metodologias para que melhore e se efetive com qualidade. Quanto ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos far-se-á mediante registros de atividades avaliativas contínuas e paralelas para um efetivo acompanhamento da aprendizagem mediante as atividades teóricas e práticas dos conteúdos aplicados. Serão oferecidas também aulas de reforço semanal (horário oposto pelo professor da sala), de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental que apresentam maior dificuldade na assimilação dos conteúdos trabalhados, com recursos pedagógicos diferenciados: jogos, quebra-cabeças, bingo, pedras, sementes, desenhos, pinturas, leituras multimídias (Vídeos, slides, filmes etc.).
  • 32. 32 Para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, será oferecida recuperação paralela aos conteúdos regular, aulas de Reforço Escolar nas matérias básicas Português e Matemática. Também serão promovidos “Projetos de Leituras”, para que os alunos se tornem competentes no uso da escrita, interpretação e leitura, pois são habilidades extremamente necessárias em uma sociedade letrada como a nossa. Tais ações serão planejadas, coordenadas e orientado pelos professores, coordenação pedagógica – supervisão e orientação e direção da escola. No âmbito de um processo de aprendizagem contínua, se faz necessário uma participação assídua dos alunos e acompanhamento dos pais na vida escolar dos filhos, para que as atividades dinamizadas no decorrer do ano letivo escolar obtenham sucesso, pois é esta a função da escola, possibilitar oportunidades de aprendizagens. 6. PROPOSTA DE PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA DOCENTES A legislação brasileira prevê a formação continuada como direito dos Profissionais da Educação reconhecendo sua importância continuada e estabelecendo que a mesma ocorra no espaço escolar e fora dele, quando possível. No capítulo VI, a LDB regulamenta a formação dos profissionais da Educação, nos seguintes artigos: Art.61- A formação dos profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase de desenvolvimento do educando, terá como fundamento: I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. Art.67- Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais de educação, assegurando-lhes: [...] aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico para esse fim; [...] período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho. Freire, (1996), defendia veementemente a formação permanente dos professores e a reflexão crítica sobre a prática. Que era necessário um distanciamento epistemológico da prática para repensá-la e transformá-la. Pensando na formação que acontece num continuum dentro e fora da escola nos organizamos para executar as seguintes ações que seguem no quadro abaixo com os elementos que constituem tal planejamento.
  • 33. 33 Lembramos as formações ocorrerão através de videoconferências em seus mais variados formatos em função do momento em que estamos vivendo como comunidade humana desafiada pelas contingências sócio-históricas e de saúde individual e coletiva. Plano de ação continuada Objetivos Temáticas Período Carga horária Avaliação Metas Conhecer a aprofundar os pressupostos teóricos da BNCC Base nacional comum curricular e seus desafios para nossa prática docente Fevereiro a outubro de 2020 60 horas Através de atividades individuais e coletivas e rodas de conversas Formação de todos docentes de forma qualificada. Apoiar a materialização do currículo e a revisão do PP. Conhecer a proposta dos Cadernos de Orientações Pedagógicas do Ensino Fundamental I e II Cadernos de Orientações Pedagógicas para os componentes curriculares do Fundamental I e II Agosto a dezembro de 2020 40 horas Através de atividades individuais e coletivas e rodas de conversas Melhoria do processo de ensino e aprendizagem Aprofundar as competências gerais da Educação Básica Competências gerais da Educação Básica Outubro a dezembro de 2020 40 horas Através de atividades individuais e coletivas e rodas de conversas Desenvolver em si mesmos as competências apresentadas pela BNCC 7. PROPOSTA DE PLANO DE AÇÃO INTEGRADO Acreditamos que a integração entre os setores materializará o Plano de Ação Integrado que nada mais é que a confluência de intencionalidades dos Planos de cada Setor que constará em anexo ao final do PP. Todos trabalhando em sintonia com a proposta do Projeto Pedagógico da Escola. Em assim sendo, os profissionais dos diversos setores devem tomar conhecimento do PP, condição 8sine qua non para que haja a tão propalada integração de ações. 8 Refere-se a uma ação cuja condição ou ingrediente é indispensável e essencial, sem a qual as coisas não acontecem, não se efetivam ou se efetivam “à meia boca”.
  • 34. 34 Para que esta integração se faça presente como fio condutor do processo nos propusemos alguns objetivos: Procurar manter um ambiente de trabalho saudável, para que haja harmonia entre os setores. Lembrando que setores são constituídos de pessoas e pessoas precisam ser ouvidas, ajudadas e orientadas constantemente; Desafiar os profissionais que atuam na escola que ativamente acompanhem a implantação e o desenvolvimento do Projeto Pedagógico do Estabelecimento de Ensino; Motivar para que a solidariedade e a ética profissional sejam princípios orientadores da ação de todos os envolvidos na tarefa educativa propiciando ambiente favorável às mudanças; Proporcionar aos professores e funcionários formação continuada para que sejam motivados a lutar por uma educação pública de qualidade. Justificativa O presente plano constitui o encaminhamento das ações preestabelecidas para serem desenvolvidas a curto, a médio e longo prazo em nossa Unidade de Ensino. Ressaltamos que as ações nele contida, serão desenvolvidas e retomadas sempre que for necessário posto que todo plano democrático é flexível e precisa ser avaliado constantemente, caso contrário as propostas se tornariam vazias e meramente burocráticas, como narra o dito popularmente conhecimento: “feita para inglês ver”.9 Ações Reuniões de pais, professores e demais funcionários que atuam na escola. No caso das reuniões com o pessoal da escola, haverá situação em que os encontros acontecerão somente com os professores, outras, somente com o pessoal de apoio e em outras, todos juntos; Organizar e fazer acontecer o grupo de estudos (formação continuada) de professores, funcionários e conselheiros escolares; Ser a ponte de informação entre o CRE e a coletividade da escola; Fazer trabalho de conscientização com aos alunos e os pais sempre que necessário, convidando-os para participar das atividades escolares; 9 No tempo do Império, as autoridades brasileiras, fingindo que cediam às pressões da Inglaterra, tomaram providências de mentirinha para combater o tráfico de escravos africanos – um combate que nunca houve,que era encenado apenas “para inglêsver”. O sentido da expressão nesse contexto é exatamente o mesmo que ela tem até hoje.
  • 35. 35 Integradamente organizar palestras e cursos com profissionais específicos na área de formação humana, que venha favorecer o trabalho pedagógico e desenvolvimento integral de todos os alunos que frequentam a escola. Cronograma As ações serão desenvolvidas ao longo de todo ano letivo de 2020 obedecendo àquelas propostas no Projeto Pedagógica da Escola. Avaliação Será realizada sempre que necessário seguindo metodologia já proposta acima quando dos momentos organizados para avaliação do PP. 8. FORMAS DE AVALIAÇÃO DO PP A avaliação de nosso Projeto Pedagógico acontecerá ao longo do ano letivo, de preferência bimestralmente, acompanhado e revisto sempre que for necessário pela Equipe Pedagógica da escola juntamente com os professores e demais trabalhadores em educação que fazem parte da comunidade educativa. A avaliação se dará com todos os trabalhadores em educação da escola em tempo específico a ser marcado com dinâmica própria: rodas de conversa, dinâmicas de grupo, individual e em seguida partilha com os demais, etc. A Equipe Pedagógica necessita acompanhar todo o andamento da vida escolar: orientar, avaliar, encaminhar e retomar sempre que se fizer necessário. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Leis de Diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm acesso em 26/08/2020. _______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm acesso em 26/08/2020. ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÍLVIO MICHELUZZI. Regimento Escolar, 2020.
  • 36. 36 FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro. 25ª Ed. 1996. GONÇALVES, Maria da Graça M. Psicologia, subjetividade e políticas públicas. Cortez Editora, São Paulo, 2010. JI-PARANA. Aspectos culturais. Disponível em <:https://pt.wikipedia.org/wiki/Ji- Paran%C3%A1#Cultura> acesso em 10/08/2020. JUNIOR, Celestino Alves da Silva. A escola como local de trabalho. 2ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 1993. NUNES, Antônio Vidal. Fundamentos filosóficos da educação. Vitória: UFES, 2010. RONDÔNIA. Referencial Curricular de Rondônia: Ensino Fundamental, Anos Iniciais e Anos Finais. Porto Velho: Seduc, 2018. __________. Diretrizes operacionais para implantação de Conselho Escolar. <disponível em: http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/PORTGABSEDUC1345_2011.pdf> acesso em 17/08/2020. _________. Diretrizes operacionais para a realização dos Conselhos de Professores. <disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/6603679/pg-16-diario-oficial-do- estado-de-rondonia-doero-de-12-01-2010> acesso em 17/08/2020.
  • 37. 37