Este documento descreve uma pesquisa sobre o cotidiano de orientadoras educacionais em uma escola em Ji-Paraná, Rondônia. O estudo usou métodos etnográficos como observação participante e entrevistas para analisar como as orientadoras passam seus dias atendendo 279 alunos com diversos problemas. Os resultados mostraram que elas enfrentam uma grande demanda e têm pouco tempo para outras atividades além de atendimentos individuais. A conclusão é que as orientadoras têm dificuldade em se afirmar como profissionais e
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
O COTIDIANO DOS ORIENTADORES EDUCACIONAIS: REFLEXÕES A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO.
1. Ciências Humanas – Educação – Orientação e Aconselhamento
O COTIDIANO DOS ORIENTADORES EDUCACIONAIS:
REFLEXÕES A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO.
Locimar Massalai
1. Centro Universitário Luterano de Jí- Paraná – Rondônia
INTRODUÇÃO
A vida cotidiana é caracterizada como aquela feita dos
mesmos gestos, movimentos e ritos que marcam a existência.
É a vida de todos os dias de homens e mulheres de qualquer
tempo e espaço, possível de ser descrita. Interessante frisar
que o espaço de rotinas corriqueiras está permeado de
relações possíveis de serem descobertas, descritas e
modificadas. Então a vida de todos os dias não pode ser
recusada ou negada como fonte de pesquisa e de
conhecimento. Neste sentido este trabalho descreve o dia a
dia das orientadoras educacionais em uma escola de periferia
na cidade de Ji-Paraná, Rondônia, envolta com questões que
são próprias de cada comunidade escolar e questões que são
comuns às escolas brasileiras. O objetivo da pesquisa foi
analisar a prática cotidiana das orientadoras educacionais da
Escola Estadual Cravo.
OBJETIVOS E METODOLOGIA
O olhar foi centralizado sobre a prática cotidiana dos
Orientadores Educacionais da Escola Estadual Cravo que
fica situada em um bairro periférico do município de Ji-
Paraná/RO. Para atingir os objetivos propostos recorreu-se a
método etnográfico, pois o mesmo se mostrou o mais
adequado para a realização desta pesquisa. Como
instrumentos e técnicas de pesquisa foram utilizadas a
revisão bibliográfica e a observação participante. Além
destas, recorreu-se a entrevista semi-estruturada que foi
aplicada junto a supervisora, diretora e vice-diretora da
escola. Foram consultados os documentos e projetos da
escola.
RESULTADOS
A Escola Cravo atende a Educação Básica do Ensino Fundamental de nove
anos, de 1ª a 5ª séries, de acordo com a resolução 131/ 06 CEE/ RO, nos
períodos matutino e vespertino, totalizando um número de 279 alunos
matriculados. O fazer cotidiano das orientadoras de acordo com os dados
obtidos se traduz no atendimento aos alunos com as mais diversificadas causas
que vão desde problemas de comportamento, dificuldades de aprendizagem até
problemas de adaptação na escola. Afirmaram que traçaram um plano de metas
que segue as diretrizes do projeto pedagógico. Para os professores, o trabalho
das orientadoras é bom já que os ajuda nas dificuldades com os alunos e com a
família. Em função do número de atendimentos não resta tempo às orientadoras
para realizar palestras junto a comunidade escolar. Para os alunos o fazer da
orientadora só aparece em situações de brigas e de indisciplina na escola.
CONCLUSÃO
Os dados coletados demonstraram que na densidade do
cotidiano de uma escola está implícita uma cultura que é
influenciada pelas linguagens e símbolos dos sujeitos. Nesse
contexto, observou-se que a prática das orientadoras tem
relação íntima com as ocorrências cotidianas que a ela se
prendem, situações que acontecem no dia a dia da escola, na
vida dos alunos, pais e professores. Ressalta-se ainda que as
orientadoras em geral não percebem as contradições da cultura
escolar e do seu próprio fazer e têm dificuldade de se afirmar
na escola enquanto profissionais da educação com funções
específicas. Como a demanda é expressiva o tempo fica
reduzido a ações pontuais e poucos são os momentos em que
as orientadoras questionam a ação educativa.
Trabalho de Iniciação Científica