2. A História
O AT é primordialmente um livro de história, nele que foi
incorporado outros gêneros literários. De fato, a história
constitui o tema principal da literatura do Antigo
Testamento.
A Bíblia é, em ultima instância, a história da Salvação. A
revelação bíblica é essencialmente histórica. Deus se dá a
conhecer por meio das palavras dita pelos profetas, mas se
revela sobretudo através de suas intervenções a favor do
seu povo. O credo israelita não é um profissão de fé
abstrata, mas sim uma seqüência de intervenções salvificas
de Deus na história. Em suma, a fé bíblica está encarnada
na vida.
3. A História
Ao chamarmos de livros históricos, podemos facilmente
entender que se trata de crônicas ou anais históricos no
sentido cientifico da palavra. Mas a história bíblica não é
uma crônica ou narração seca dos fatos. Longe disso, os
fatos para que sejam acessíveis e inteligíveis devem ser
verbalizados e toda verbalização já é uma interpretação.
Não existe uma história narrada senão a história
interpretada.
Na história bíblica, os acontecimentos cotidiano se abrem a
transcendência, dimensão que só se pode conhecer e
expressar pela fé e desde a fé.
4. Sentido Confessional
A história bíblica está enraizada na fé em Deus, que se deu
a conhecer ao povo com o nome de “Javé”. Por isso
chama-se os relatos de confessional ou sagrado. Os autores
descobrem nos acontecimentos uma quarta dimensão que
faz referencia a Divindade. Tudo vem de Deus e tudo
caminha para Deus.
5. Sentido Kerigmatico
Escrita à partir da fé, a história biblica quer ser
proclamação e anúncio da mesma fé. É o que se
pode chamar de “histótia kerigmatica”. O credo
bíblico está integrado por dogmas de catarer
histórico, os artigos da fé israelita não são
verdade abstratas, são na verdade intervenções
concretas e ações salvifica de Deus em favor de
seu povo.
6. Sentido Interpelativo
Ao está escrita a partir da fé e ser uma
proclamação de fé, fica claro que a história
biblica é um anúncio de boa nova da salvação
que pede e espera resposta e assentimento dos
ouvintes e leitores. Em suma, é uma história que
interpela.
7. Sentido Profético
Os livros que nós chamamos de histórico recebe o nome no
Canon judaico de “profetas”. É sem dúvida um título mais
apropriado. Certamente, os livros históricos são leituras
profética dá história. Os profetas são teólogos da história,
capazes de ler os sinais dos tempos e de descobrir na
história nos diversos acontecimentos o designo salvifico
de Deus. A presença e atuação de Deus na história, junto
com a voz dos profetas que as interpretam, forma a palavra
completa de Deus e constitui a sua revelação.
As intervenções de Deus sem a voz dos profetas permanece
mudas. As vozes dos profetas sem as intervenções são
vazias.
8. Sentido Escatológico
Os povos vencidos, que professavam crenças míticas e
naturalista tinham uma concepção cíclica e fechada da
história. Criam que esta girava e se repetia sempre em
torno do mesmo centro de gravidade, como os ciclos da
natureza sem jamais avançar.
Todavia, para os judeus, a história tem seu ponto de
arranque um encontro inicial com Deus e caminha para o
encontro pleno e definitivo através dos tempos messiânicos
e escatológico.
9. Sentido Salvifico
Uma das característica especifica dá história bíblica é
possivelmente seu tom salvifico. A verdade que Deus há
desejado imprimir nos livros sagrados é uma verdade
destinada a salvar o homem em sua integridade. Por isso os
relatos bíblicos não são apenas história da revelação, mas
também história da salvação.
São histórias das grandes e pequenas intervenções salvifica
de Deus em favor de seu povo. Estas intervenções, contudo,
nunca são definitivas. Sempre apontam e anunciam outras
novas.
10. Dinâmica Deuteronomista
Veredicto de condenação: o exilio e outros males sofrido
pelo povo era consequencia de suas ações desconforme com
a vontade de Deus.
Chamado a Conversão: Não bastava apontar a trajetória
atrapalhada do povo de Deus, era preciso também lançar
luz no momento atual. Olha-se para o passado para
caminhar melhor no presente.
Chamado a Esperança: Olhar o passado, compreender o
presente. Há uma palavra que condena fazendo memoria
das faltas, mas há uma palavra que trás esperança,
lembrando da Aliança de Deus com seu povo.
11. Livro de Josué
O livro de Josué se divide em três partes: a conquista
da Terra Prometida; a partilha do território entre as
tribos; o fim da carreira de Josué.
“O senhor falou a Josué, filho de Num, o auxiliar de
Moises e lhe disse: ‘Moises meu servo morreu;
agora, levanta-te. Atravessa o Jordão, tu e todo este
povo, para a terra que dou aos israelita... Sê firme e
corajoso, porque farás esse povo herdar a terra que a
seus pais jurei lhe dar’”
12. Livro de Rute
Embora o livro esteja posto no Canon cristão dentro
da tradição deuteronomista, este livro é de uma
tradição diferente. Todavia, por causa de seu
conteúdo, foi posto nessa posição.
Trata-se da história de Rute, a moabita que depois da
morte do marido, nascido em Belém e emigrado para
Moab, retorna a Judá coma sogra Noemi e casa-se
com Booz, parente do marido, em cumprimento da lei
do levirato, deste matrimonio nasce Obed que será
avô de Davi.
13. Livro de Samuel
O livro de Samuel cobre o período que vai das
origens da monarquia israelita ao fim do reinado de
Davi. É um livro carregado de um conteúdo político,
todavia, é nele que se dá desdobramentos
profundamente religiosos.
Personagem principais: Samuel; Saul e Davi. O
livro contrasta o fim da era do juízes e a instituição
da realeza em Israel com a unificação das tribos
sobre um lider.
14. Livro dos Reis
Assim como o livro de Samuel, o livro dos Reis forma uma
só obra na Bíblia judaica. O seu conteúdo é uma
continuação imediata dos relatos do livro de Samuel. Tem
uma grande seção dedicado ao reinado do Rei Salomão,
fala da época gloriosa do seu reinado.
Também relata o que se segue a morte de Salomão, onde o
reinado de Israel é dividido em dois, o reinado do norte e o
do sul. À partir da divisão dos reinados e os problemas que
se instaura de cunho político-social, floresce o período
profético, tendo seu personagem mais proeminente Elias,
Eliseu e Jeremias.