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Conhecer a Bíblia
Aula 1
A Revelação divina
1. A Revelação divina
2. Os livros da Bíblia
3. A integridade da Bíblia
4. Livros inspirados e
verdade da Bíblia
5. O cânone das Escrituras
6. Santidade e unidade de
ambos os Testamentos
7. A interpretação da Bíblia
8. As ideias mestras da
Antiga Aliança
9. A Nova Aliança de
Cristo
10. A Escritura na vida da
Igreja
Aulas previstas:
2/112/14
 O termo «bíblia procede do grego e significa etimologicamente «livros» ou
«livrinhos». A Igreja usava este plural para designar a colecção completa das
Escrituras Sagradas.
A Bíbia é o livro que contém a Palavra de Deus expressa em palavras
humanas. É uma grande obra literária; um livro único, inesgotável,
onde se encontra tudo o que se refere a Deus e ao homem.
 Desde os começos do cristianismo, a Bíblia foi a base da vida espiritual, da
pregação e ensinamentos da doutrina cristã.
Palavras e factos bíblicos
3/113/14
 O AT é composto por 46 livros.
 Chama-se NT ao conjunto dos restantes 27
livros, escritos de acordo com a «Nova
Aliança» de Jesus Cristo, gravada não sobre
tábuas de pedra, mas sobre corações de
carne. Todos eles anunciam a «Boa Nova»
proclamada por Jesus.
 A divisão actual da Bíblia em capítulos e
versículos remonta ao século XVI, por
Roberto Stephan.
 Foi,no entanto, Stephan Langton, à volta do
ano 1214, quem primeiro introduziu a divisão
dos capítulos nas cópias da versão latina da
Vulgata.
A colecção dos 73 livros que formam a SAGRADA ESCRITURA tem duas
partes bem diferenciadas, chamadas «Antigo Testamento» (AT) e «Novo
Testamento» (NT), que correspondem aos escritos antes ou depois da vinda
de Cristo. A palavra «testamento» equivale aqui praticamente a pacto ou
aliança.
A Bíblia: Antigo e Novo Testamento
4/11A Bíblia: Antigo e Novo Testamento
 A Sagrada Escritura viveu durante muito tempo
na tradição oral.
 Só depois se puseram por escrito as leis, as
palavras dos Profetas, as sentenças dos Sábios,
os cantos e os poemas dos Salmistas e as
recordações históricas das intervenções salvíficas
de Deus,.
AT e NT são duas partes de uma mesma história da salvação, e embora nós,
os cristãos pertençamos já ao povo da «Nova Aliança», nem por isso
podemos ignorar o que diz respeito à «Antiga Aliança» que durante tantos
séculos preparará a humanidade para a chegada da «plenitude dos tempos».
5/11A Revelação divina
 Porque se revelou Deus? Porque quis e
porque nos ama. Com que finalidade? Para
se dar a conhecer de modo gratuito e nos
convidar a uma íntima comunhão com Ele,
através de uma relação de amizade.
 A revelação divina é, pois, um grande dom,
imerecido e inesperado do amor de Deus,
em forma de diálogo amoroso, «conversa»
ou comunicação entre amigos.
 Em suma, «revelando-se a Si mesmo, Deus
quer tornar os homens capazes de Lhe
responderem, de O conhecerem e de O
amarem, muito para além de tudo o que
seriam capazes por si próprios».
Um facto central e ao mesmo tempo um dos mistérios fundamentais da
religião cristã é que se nos apresenta como tendo origem e fundamento numa
Revelação histórica.
6/11Revelação por meio de palavras e de obras
 A salvação de Deus aparece em tudo o que faz ao intervir
na história dos homens e não só na consciência dos cren-
tes ao ter conhecimento dessa história.
 Mediante a Sagrada Escritura Deus dá a conhecer o sen-
tido salvífico dos acontecimentos, e estes podem assim
compreender-se como história da salvação.
 Para aprofundar neste mistério da palavra divina, é preciso
ter em conta que «como, porém, na Sagrada Escritura Deus
falou por meio de homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura
para compreender o que Ele quis comunicar-nos, deve investigar atentamente o
que os hagiógrafos queriam realmente significar e o que aprouve a Deus
manifestar com a palavra deles».
A revelação divina é realmente Palavra de Deus, mas é também – e
inseparavelmente – acontecimento, manifestação e desenvolvimento do plano
de Deus ao longo da História.
7/11Revelação por meio de palavras e de obras
 O encontro de Deus com o homem realiza-se por meio da
história, quer dizer, por meio de factos, acontecimentos e
acções que depois são explicados por meio de palavras.
 A palavra bíblica tem origem num passado real - e não só
dum passado, mas ao mesmo tempo desde a eternidade
de Deus -; mas passa pelo caminho do tempo, ao qual
correspondem passado, presente e futuro.
A revelação divina é realmente Palavra de Deus, mas é também – e
inseparavelmente – acontecimento, manifestação e desenvolvimento do plano
de Deus ao longo da História.
8/11Etapas da revelação divina
Os elos ou etapas desta revelação divina são em síntese:
o proto-evangelho ou primeiro anúncio da salvação,
a aliança com Noé,
a escolha de Abraão com a aliança e as promessas,
o êxodo ou a saída do Egipto com Moisés e a aliança do Sinai,
a promessa a David de um Messias descendente da sua linhagem.
1
2
3
4
5
o Exílio ou cativeiro da Babilónia e o regresso à Terra Prometida no AT;6
a Encarnação do Redentor,7
a Igreja fundada por Cristo8
a Parusia ou segunda vinda do Senhor no NT.9
9/11Etapas da revelação divina
Na realidade, Deus dá-se a conhecer desde as origens em tudo o que criou
através do seu Verbo e, especialmente, na relação pessoal que estabeleceu
com os nossos primeiros pais, a quem «convidou a uma comunhão íntima
consigo, revestindo-os de graça e justiça resplandecentes».
 Ao quebrar-se pelo pecado a unidade do género
humano, Deus faz um pacto ou aliança com Noé depois
do castigo do dilúvio; este pacto afecta toda a
humanidade e revela o plano divino para todas as
nações da terra.
 Mais tarde, para reunir a humanidade dispersa, Deus
escolhe Abraão, chamando-o para fora da sua terra, da
sua pátria e da sua casa, e fá-lo pai de uma multidão de
nações.
10/11Etapas da revelação divina
 Depois dos patriarcas, Deus formou
Israel como seu povo, salvando-o da
escravidão do Egipto. Concluiu com
ele a aliança do Sinai e deu-lhe, por
Moisés, a sua Lei, para que Israel O
reconhecesse e O servisse como úni-
co Deus vivo e verdadeiro, Pai provi-
dente e justo Juiz, e vivesse na
expectativa do Salvador prometido».
 Mais tarde, Deus formará o seu povo através dos profetas, na esperança da salvação – o Messianismo do AT-, na espera duma
Aliança nova e eterna destinada a todos os homens, gravada nos corações e que terá o seu cumprimento no Cristo o Messias,
Jesus de Nazaré.
11/11
E, por fim, a plenitude dos tempos: a Encarnação do Verbo de Deus, Jesus
Cristo.
A plenitude da revelação
 A conclusão não pode ser mais contundente: o Filho de Deus
feito homem é, pois, a Palavra única, perfeita e insuperável do
Pai;
 n’ Ele disse tudo, não haverá outra palavra para além desta,
como afirma S. João da Cruz.
 Embora a Revelação esteja acabada – encerrou-se com a morte
do último Apóstolo -, não está completamente explicitada;
 o seu conteúdo poderá ser conhecido melhor e gradualmente no
decorrer dos séculos. Esta é uma razão da própria existência da
Igreja.
12/11
A Palavra divina de Jesus chega à Igreja de duas maneiras: oralmente e por
escrito.
A palavra entregue por Cristo à sua Igreja
 Por um lado, os Apóstolos, com a sua pregação e o
seu exemplo, transmitiram por palavra o que tinham
aprendido das obras e palavras de Cristo e aquilo que
o Espírito Santo lhes ensinou;
 E, por outro lado, os próprios Apóstolos – juntamente
com outros da sua geração - inspirados pelo Espírito
Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação.
 Por isso, junto à Sagrada Escritura existe também na
Igreja, a Sagrada Tradição, que recebe a palavra de
Deus, transmitida por Cristo e o Espírito Santo aos apóstolos, e a transmite íntegra
aos seus sucessores; «para que eles, com a luz do Espírito da verdade, a conser-
vem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação».
13/11
A Palavra divina de Jesus chega à Igreja de duas maneiras: oralmente e por
escrito.
A palavra entregue por Cristo à sua Igreja
 A Bíblia deve ser lida na Igreja e com a Igreja.
 O próprio Cristo quis que existisse nela um
Magistério vivo com a função de interpretar autenticamente a
palavra divina, escrita ou transmitida oralmente, exercendo a
sua autoridade em nome de Jesus Cristo, isto é, entregue
aos Bispos – sucessores dos Apóstolos – em comunhão com
o Papa – sucessor de Pedro -.
 Tradição e Escritura foram confiadas à Igreja e, dentro d’ Ela,
só ao Magistério compete interpretá-las autenticamente e
pregá-las com autoridade.
14/11Conclusões
 A Revelação divina deu-nos o enquadramento próprio para as palavras e
acontecimentos que se narram nos livros sagrados.
 A causa principal de uma incorrecta e incompleta compreensão do texto
sagrado deve-se com frequência mais à ignorância do que à malícia.
 Para o evitarmos, o Magistério da Igreja aconselha-nos três coisas:
1. Meditar, estudar e contemplar as Escrituras meditando-as no
nosso coração, e em particular anima os investigadores a aprofundarem o
conhecimento da verdade revelada;
2. Ouvir o Papa e os Bispos em comunhão com ele, porque são os sucessores
dos Apóstolos no carisma da verdade,
e, finalmente, procurarmos compreender internamente os mistérios que vivemos.
 A leitura meditada da Bíblia fez, com efeito, muitos santos.
 Portanto, não basta o estudo dos textos bíblicos; se queremos crescer na
inteligência do «depósito» revelado temos de pedir luzes ao Espírito Santo para
aprofundarmos, cada vez mais, na Palavra de Deus
15/11Ficha técnica
• Bibliografia
– Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciación
Teológica de Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)
• Slides
– Originais - D. Serge Nicoloff, disponíveis em www.agea.org.es (Guiones
doctrinales actualizados)
– Tradução para português europeu - disponível em inicteol.no.sapo.pt

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Biblia 01-a-revelacao

  • 1. 1/11 Conhecer a Bíblia Aula 1 A Revelação divina 1. A Revelação divina 2. Os livros da Bíblia 3. A integridade da Bíblia 4. Livros inspirados e verdade da Bíblia 5. O cânone das Escrituras 6. Santidade e unidade de ambos os Testamentos 7. A interpretação da Bíblia 8. As ideias mestras da Antiga Aliança 9. A Nova Aliança de Cristo 10. A Escritura na vida da Igreja Aulas previstas:
  • 2. 2/112/14  O termo «bíblia procede do grego e significa etimologicamente «livros» ou «livrinhos». A Igreja usava este plural para designar a colecção completa das Escrituras Sagradas. A Bíbia é o livro que contém a Palavra de Deus expressa em palavras humanas. É uma grande obra literária; um livro único, inesgotável, onde se encontra tudo o que se refere a Deus e ao homem.  Desde os começos do cristianismo, a Bíblia foi a base da vida espiritual, da pregação e ensinamentos da doutrina cristã. Palavras e factos bíblicos
  • 3. 3/113/14  O AT é composto por 46 livros.  Chama-se NT ao conjunto dos restantes 27 livros, escritos de acordo com a «Nova Aliança» de Jesus Cristo, gravada não sobre tábuas de pedra, mas sobre corações de carne. Todos eles anunciam a «Boa Nova» proclamada por Jesus.  A divisão actual da Bíblia em capítulos e versículos remonta ao século XVI, por Roberto Stephan.  Foi,no entanto, Stephan Langton, à volta do ano 1214, quem primeiro introduziu a divisão dos capítulos nas cópias da versão latina da Vulgata. A colecção dos 73 livros que formam a SAGRADA ESCRITURA tem duas partes bem diferenciadas, chamadas «Antigo Testamento» (AT) e «Novo Testamento» (NT), que correspondem aos escritos antes ou depois da vinda de Cristo. A palavra «testamento» equivale aqui praticamente a pacto ou aliança. A Bíblia: Antigo e Novo Testamento
  • 4. 4/11A Bíblia: Antigo e Novo Testamento  A Sagrada Escritura viveu durante muito tempo na tradição oral.  Só depois se puseram por escrito as leis, as palavras dos Profetas, as sentenças dos Sábios, os cantos e os poemas dos Salmistas e as recordações históricas das intervenções salvíficas de Deus,. AT e NT são duas partes de uma mesma história da salvação, e embora nós, os cristãos pertençamos já ao povo da «Nova Aliança», nem por isso podemos ignorar o que diz respeito à «Antiga Aliança» que durante tantos séculos preparará a humanidade para a chegada da «plenitude dos tempos».
  • 5. 5/11A Revelação divina  Porque se revelou Deus? Porque quis e porque nos ama. Com que finalidade? Para se dar a conhecer de modo gratuito e nos convidar a uma íntima comunhão com Ele, através de uma relação de amizade.  A revelação divina é, pois, um grande dom, imerecido e inesperado do amor de Deus, em forma de diálogo amoroso, «conversa» ou comunicação entre amigos.  Em suma, «revelando-se a Si mesmo, Deus quer tornar os homens capazes de Lhe responderem, de O conhecerem e de O amarem, muito para além de tudo o que seriam capazes por si próprios». Um facto central e ao mesmo tempo um dos mistérios fundamentais da religião cristã é que se nos apresenta como tendo origem e fundamento numa Revelação histórica.
  • 6. 6/11Revelação por meio de palavras e de obras  A salvação de Deus aparece em tudo o que faz ao intervir na história dos homens e não só na consciência dos cren- tes ao ter conhecimento dessa história.  Mediante a Sagrada Escritura Deus dá a conhecer o sen- tido salvífico dos acontecimentos, e estes podem assim compreender-se como história da salvação.  Para aprofundar neste mistério da palavra divina, é preciso ter em conta que «como, porém, na Sagrada Escritura Deus falou por meio de homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura para compreender o que Ele quis comunicar-nos, deve investigar atentamente o que os hagiógrafos queriam realmente significar e o que aprouve a Deus manifestar com a palavra deles». A revelação divina é realmente Palavra de Deus, mas é também – e inseparavelmente – acontecimento, manifestação e desenvolvimento do plano de Deus ao longo da História.
  • 7. 7/11Revelação por meio de palavras e de obras  O encontro de Deus com o homem realiza-se por meio da história, quer dizer, por meio de factos, acontecimentos e acções que depois são explicados por meio de palavras.  A palavra bíblica tem origem num passado real - e não só dum passado, mas ao mesmo tempo desde a eternidade de Deus -; mas passa pelo caminho do tempo, ao qual correspondem passado, presente e futuro. A revelação divina é realmente Palavra de Deus, mas é também – e inseparavelmente – acontecimento, manifestação e desenvolvimento do plano de Deus ao longo da História.
  • 8. 8/11Etapas da revelação divina Os elos ou etapas desta revelação divina são em síntese: o proto-evangelho ou primeiro anúncio da salvação, a aliança com Noé, a escolha de Abraão com a aliança e as promessas, o êxodo ou a saída do Egipto com Moisés e a aliança do Sinai, a promessa a David de um Messias descendente da sua linhagem. 1 2 3 4 5 o Exílio ou cativeiro da Babilónia e o regresso à Terra Prometida no AT;6 a Encarnação do Redentor,7 a Igreja fundada por Cristo8 a Parusia ou segunda vinda do Senhor no NT.9
  • 9. 9/11Etapas da revelação divina Na realidade, Deus dá-se a conhecer desde as origens em tudo o que criou através do seu Verbo e, especialmente, na relação pessoal que estabeleceu com os nossos primeiros pais, a quem «convidou a uma comunhão íntima consigo, revestindo-os de graça e justiça resplandecentes».  Ao quebrar-se pelo pecado a unidade do género humano, Deus faz um pacto ou aliança com Noé depois do castigo do dilúvio; este pacto afecta toda a humanidade e revela o plano divino para todas as nações da terra.  Mais tarde, para reunir a humanidade dispersa, Deus escolhe Abraão, chamando-o para fora da sua terra, da sua pátria e da sua casa, e fá-lo pai de uma multidão de nações.
  • 10. 10/11Etapas da revelação divina  Depois dos patriarcas, Deus formou Israel como seu povo, salvando-o da escravidão do Egipto. Concluiu com ele a aliança do Sinai e deu-lhe, por Moisés, a sua Lei, para que Israel O reconhecesse e O servisse como úni- co Deus vivo e verdadeiro, Pai provi- dente e justo Juiz, e vivesse na expectativa do Salvador prometido».  Mais tarde, Deus formará o seu povo através dos profetas, na esperança da salvação – o Messianismo do AT-, na espera duma Aliança nova e eterna destinada a todos os homens, gravada nos corações e que terá o seu cumprimento no Cristo o Messias, Jesus de Nazaré.
  • 11. 11/11 E, por fim, a plenitude dos tempos: a Encarnação do Verbo de Deus, Jesus Cristo. A plenitude da revelação  A conclusão não pode ser mais contundente: o Filho de Deus feito homem é, pois, a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai;  n’ Ele disse tudo, não haverá outra palavra para além desta, como afirma S. João da Cruz.  Embora a Revelação esteja acabada – encerrou-se com a morte do último Apóstolo -, não está completamente explicitada;  o seu conteúdo poderá ser conhecido melhor e gradualmente no decorrer dos séculos. Esta é uma razão da própria existência da Igreja.
  • 12. 12/11 A Palavra divina de Jesus chega à Igreja de duas maneiras: oralmente e por escrito. A palavra entregue por Cristo à sua Igreja  Por um lado, os Apóstolos, com a sua pregação e o seu exemplo, transmitiram por palavra o que tinham aprendido das obras e palavras de Cristo e aquilo que o Espírito Santo lhes ensinou;  E, por outro lado, os próprios Apóstolos – juntamente com outros da sua geração - inspirados pelo Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação.  Por isso, junto à Sagrada Escritura existe também na Igreja, a Sagrada Tradição, que recebe a palavra de Deus, transmitida por Cristo e o Espírito Santo aos apóstolos, e a transmite íntegra aos seus sucessores; «para que eles, com a luz do Espírito da verdade, a conser- vem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação».
  • 13. 13/11 A Palavra divina de Jesus chega à Igreja de duas maneiras: oralmente e por escrito. A palavra entregue por Cristo à sua Igreja  A Bíblia deve ser lida na Igreja e com a Igreja.  O próprio Cristo quis que existisse nela um Magistério vivo com a função de interpretar autenticamente a palavra divina, escrita ou transmitida oralmente, exercendo a sua autoridade em nome de Jesus Cristo, isto é, entregue aos Bispos – sucessores dos Apóstolos – em comunhão com o Papa – sucessor de Pedro -.  Tradição e Escritura foram confiadas à Igreja e, dentro d’ Ela, só ao Magistério compete interpretá-las autenticamente e pregá-las com autoridade.
  • 14. 14/11Conclusões  A Revelação divina deu-nos o enquadramento próprio para as palavras e acontecimentos que se narram nos livros sagrados.  A causa principal de uma incorrecta e incompleta compreensão do texto sagrado deve-se com frequência mais à ignorância do que à malícia.  Para o evitarmos, o Magistério da Igreja aconselha-nos três coisas: 1. Meditar, estudar e contemplar as Escrituras meditando-as no nosso coração, e em particular anima os investigadores a aprofundarem o conhecimento da verdade revelada; 2. Ouvir o Papa e os Bispos em comunhão com ele, porque são os sucessores dos Apóstolos no carisma da verdade, e, finalmente, procurarmos compreender internamente os mistérios que vivemos.  A leitura meditada da Bíblia fez, com efeito, muitos santos.  Portanto, não basta o estudo dos textos bíblicos; se queremos crescer na inteligência do «depósito» revelado temos de pedir luzes ao Espírito Santo para aprofundarmos, cada vez mais, na Palavra de Deus
  • 15. 15/11Ficha técnica • Bibliografia – Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciación Teológica de Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel) • Slides – Originais - D. Serge Nicoloff, disponíveis em www.agea.org.es (Guiones doctrinales actualizados) – Tradução para português europeu - disponível em inicteol.no.sapo.pt