Karl marx

Juliana Corvino de Araújo
Juliana Corvino de AraújoProfessora em Instituição Toledo de Ensino - ITE, Colégio ADV
KARL MARX (1818 – 1883)
Prof. Ms. Juliana Corvino
Principais Obras
• Teses sobre Feuerbach (1845)
• A Sagrada Família (1845)
• A ideologia alemã (1846)
• Manifesto comunista
Ano: 1848
• O 18 brumário de Luís Bonaparte
(1852)
• O Capital (1867)
• Não levar em consideração a visão de Marx é
praticamente impossível. É possível contestá-las,
mas difícil desprezá-las.
• Para este pensador alemão, o estudo de uma
sociedade deve ser feito a partir da forma como
os homens produzem os bens que necessitam.
• A partir da forma de produção é que surgem as
visões de vida, os comportamentos e as relações
humanas.
• Crítico do capitalismo como um sistema, Marx
não propõe apenas teorias, mas sim uma
revolução.
SOCIALISMO: Crítica às injustiças e à exploração
capitalista.
• O Socialismo fora pensado antes de Marx por Thomas Morus no séc.
XVI em Utopia.
• Também no séc. XVII Saint Simon fez críticas ao liberalismo econômico e
ao projeto industrial capitalista, causador da exploração humana e das
mazelas sociais, passando a defender a extinção das diferenças sociais e a
construção de uma sociedade onde cada indivíduo ganharia o valor real de
seu trabalho.
• No sé. XIX, Proudhon via a propriedade privada como causa da
exploração do trabalhador, pregando a liberdade, a igualdade e harmonia
para todos os seres humanos, com a extinção do Estado enquanto uma
instituição.
• A evolução do industrialismo e das teorias sociais foi acompanhada de
perto por Marx, que viveu momentos difíceis da consolidação da Alemanha
como país (unificação). Assistiu ainda a internacionalização industrial, a
exploração sem precedentes de continentes inteiros (neocolonialismo) e a
proliferação da miséria a muitos e a riqueza a poucos.
• Em Paris, Marx conheceu seu parceiro de ideias Engels, e juntos
escreveram O MANIFESTO COMUNISTA (1848), obra que
reconhece a importância do Socialismo, mas tece fortes críticas aos
modelos pensados anteriormente, classificando tal socialismo como
utópico e propondo o que chamara de socialismo científico,
fazendo aparecer conceitos como dialética, modo de produção e luta
de classes.
• Marx concretizou suas teorias na obra O CAPITAL, tecendo duras
críticas às injustiças sociais ocasionadas pelo capitalismo e à
exploração da mão de obra.
• Faz também uma crítica ao catolicismo, pois o Papa Leão XIII havia
defendido o direito à propriedade privada e dizia que a exploração do
trabalho humano deveria ser minimizada. O Papa, então, ordenou
que o marxismo fosse rejeitado.
O marxismo
• A base do marxismo compõe-se de 2 teorias principais: o materialismo
histórico e o materialismo dialético.
• Para o materialismo, o homem molda-se ao mundo material que o envolve,
sendo a consciência o reflexo da matéria. O Materialismo
dialético afirma que o ambiente tanto modela os seres humanos, sua
sociedade e sua cultura quanto é modelado por eles.
• De acordo com ele, as relações de produção (como os homens produzem os
bens necessários à vida) formam a estrutura material e econômica da
sociedade (infraestrutura). A superestrutura, por sua vez, corresponde à
estrutura política e jurídica (Estado, direito e outros) e às formas de
consciência que se adquire de acordo com os modos de produção.
• Para Marx, a infraestrutura precede a superestrutura e a sustenta, a define.
Assim, numa sociedade capitalista (infraestrutura) onde as relações
materiais são o ideal da sociedade, o Estado (superestrutura) tenderá a
proteger essas relações, buscando atender às necessidades daqueles que
fomentam o sistema, ou seja, os que são detentores do capital (burguesia).
• Para Marx, as condições materiais de uma
estrutura social condicionam as relações entre os
seus componentes, o que significa dizer que, para
viver, o homem precisa transformar a natureza
(comer, fabricar utensílios, construir abrigos).
Assim, o estudo da sociedade deve partir de como
são as relações criadas pelos homens para utilizar
os meios de produção e transformar a natureza.
• “A HISTÓRIA DA HUMANIDADE É A HISTÓRIA
DA LUTA DE CLASSES. Homem livre e escravo, patrício e plebeu,
barão e servo, mestre de corporação e companheiro...numa palavra, opressores e
oprimidos em constante oposição têm vivido uma guerra ininterrupta, ora franca, ora
disfarçada. Uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária,
da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.”.
• O modo de produção capitalista teria surgido do
modo de produção feudal, possuindo duas classes
sociais antagônicas: a burguesia (que possui o
capital e os meios de produção) e o proletariado
(que por não possuir capital vende sua força de
trabalho como forma de manter-se materialmente).
• Voltando à ideia de infraestrutura e superestrutura
de Marx, para ele então, o Estado moderno é um
“Escritório burguês”, uma vez que o Estado tende a
proteger as necessidades de quem fomenta o
sistema.
• Assim, as leis protegem a burguesia.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
• Nunca na história da humanidade houve uma
divisão igualitária. A partir do momento em que há
divisão, deixa de existir igualdade.
• Podemos dividir a estratificação de acordo com 3
tipos:
• 1 – Econômica
• 2 – Política
• 3 – Profissional
• Para Marx, as classes sociais expressam a desigualdade no sistema
capitalista pois, o proletário (expropriado) produz as mercadorias,
mas, o dono dos meios de produção (capitalista) apropria-se do
resultado dessa produção de forma privada, devolvendo ao primeiro
um salário que é utilizado para sua manutenção na aquisição de
alimentos, moradia, etc., garantindo com seu consumo a produção
de riqueza para o capitalista.
• Por isso, a relação social entre ambos torna-se antagônica.
• No capitalismo, o capital não existe sem o trabalho assalariado,
assim como o trabalho assalariado não existe sem o capital. Logo,
para Marx, essa relação deve ser superada, transformando a
sociedade e permitindo que o proletário seja efetivamente
beneficiado daquilo que ele produz.
• Para o capitalismo, a força de trabalho torna-se uma mercadoria a
ser comprada e vendida... Não uma mercadoria qualquer, mas uma
que cria valor (os bens produzidos), transformando-se na fonte de
riqueza de uma sociedade.
• Para manter-se vivo e produtivo nesse sistema, o
trabalhador precisa receber o salário para sua
sobrevivência e de sua família. Assim, é
idealizado um contrato entre o capitalista
(burguês) e o operário (proletário) que nunca
será justo ao segundo, que receberá sempre um
valor menor do que realmente deveria. Ou seja,
para Marx, o capitalismo pressupões a
exploração sobre o trabalhador.
• Em síntese, Marx dizia que o capitalismo é um
modelo de exploração do trabalhador, devendo
ser implantado não o Socialismo Utópico, mas
sim Socialismo Científico, que ocorreria por
maio da REVOLUÇÃO.
• De acordo com E. K. Hunt (A história do
pensamento econômico):
• “O capitalismo é caracterizado por quatro
conjuntos de arranjos institucionais e
comportamentais: produção de mercadorias,
orientada pelo mercado; propriedade privada
dos meios de produção; um grande segmento da
população que não pode existir, a não ser que
venda sua força de trabalho no mercado; e
comportamento individualista, aquisitivo,
maximizado, da maioria dos indivíduos dentro
do sistema econômico”.
Alienação e Mais Valia
Tendências do sistema ocupacional
• Todo trabalho está incrustado no sistema
econômico e no modo de produção da
sociedade em análise.
• Para cada tipo de sociedade, há um tipo de modo de
produção socialmente distribuído.
• Sistema de produção primitivo: O meio ambiente
pertence a todos e o trabalho é dividido por sexo e idade.
Não há estratificação social nem propriedade privada.
• Sistema de produção asiático: pagando um imposto ao
Estado (cobrado em produtos), o homem pode usar a terra
usufruir de seus benefícios, tirando o sustento de sua
família. É obrigado a trabalhar de graça para o Estado na
construção de obras de públicas, por exemplo.
• Sistema de produção escravista: o escravo é
propriedade de seu dono e trabalha em condições
subumanas sem nenhum tipo de retorno.
• Sistema de produção feudal: O servo recebe parte da
produção em troca de seu trabalho e a estrutura social é
estratificada sem condições de mobilidade.
• Sistema de produção capitalista: predominam as relações
assalariadas, onde o trabalhador fornece sua força de trabalho em
troca do salário. Presença do LUCRO.
• Segundo Marx, o trabalhador está alienado a seu trabalho, não
percebendo muitas vezes a exploração a que é submetido. A
mecanização transforma o modo de produção de produzir a
mercadoria, subordinando os trabalhadores à máquina e ao ritmo de
trabalho. É ai que reside a contradição do sistema capitalista:
• Ao ser contratado, o trabalhador vendo 8 horas de sua força de
trabalho. Em 4 horas produz o correspondente a seu salário e, as
horas restantes do período trabalhado são apropriadas pelo
capitalista. A esta apropriação dá-se o nome de MAIS VALIA.
• A mais valia pode ser ABSOLUTA ou RELATIVA.
• O operário, ao vender sua força de trabalho para o
sistema produtivo, deixa de ter direito ao que
produziu (pois o vendeu). Segundo Marx, o
trabalhador não mais projeta o que vai executar e não
estabelece o ritmo da produção (que agora é ditado
pelas máquinas), apenas realizando uma parte do
produto, tornando-se, então alienado.
• Assim, há uma inversão: o homem não é mais
soberano do que produz; pelo contrário, é
comandado e dirigido pelo que produziu,
desumanizando-se e coisificando-se (REIFICAÇÃO).
• O produto do trabalho do homem subtrai a sua
consciência e vontade (fetichismo da mercadoria =
ver na mercadoria algo que ela não é, algo vivo,
enfeitiçado).
• "O capital é trabalho morto que, tal como o vampiro, vive
apenas para sugar o trabalho vivo.”
• (O Capital. Marx, K.)
• Assim, a alienação provém da vida econômica. Ao
vender sua força de trabalho como mercadoria, o
operário a perde, e perde também sua capacidade de
criar e projetar, consequência da divisão de trabalho a
que é submetido.
• O trabalhador não é mais dono de seu próprio tempo,
que passa a ser determinado pelo ritmo de produção
fabril! Em outras palavras, o trabalhador não mais se
reconhece naquilo que ele mesmo produziu,
subestimando o trabalho que a gerou. A ideia de
fetichismo vem, por exemplo, da ideia de que como se
a mercadoria ganhasse um valor humano, e o homem,
em detrimento do produto, se desumanizasse e se
transformasse em coisa...
• A não reação do trabalhador à exploração a que é
submetido justifica-se pela implantação da ideologia
que mascara essas contradições do sistema capitalista,
impedindo que o operário ganhe consciência da
condição a que é submetido.
• A ideologia dita o que os membros de uma sociedade
capitalista devem valorizar, como devem pensar, agir e
sentir, o que devem consumir, etc., assegurando uma
coesão e impedindo o trabalhador a visualização de um
outro cenário possível!
• Pior.... Essa ideologia faz com que o explorado atribua
a si mesmo a “culpa” por sua condição, impedindo-lhe
a formação da consciência -> MERITOCRACIA.
NO CAPITALISMO TUDO VIRA MERCADORIA!
• Música, tv, saúde, educação....
O sentido da História e a sucessão
dos modos de produção
A PROPOSTA REVOLUCIONÁRIA
• Para Marx, a classe dominante faz uso de ideologias
para impedir que o trabalhador pereba com clareza a
exploração a que é submetido.
• O próprio Estado é protetor do capitalismo e
colabora para manutenção deste status quo,
colocando-se como a serviço de todos, mas
protegendo antes a propriedade privada e o
capitalismo em si.
• Caberia ao proletário a práxis (ação) revolucionária,
organizando-se com os demais membros da classe
operária com vistas a uma prática transformadora
que destrua o Estado burguês e articule um novo
Estado, onde a propriedade privada dos meios de
produção seja suprimida e a ditadura do proletariado
vigore.
• Deste modo, o novo Estado representaria o
interesse dos trabalhadores, mantendo,
inicialmente, poderes opressores para barrar uma
contrarrevolução do sistema derrubado -> ditadura
do proletariado = suspensão provisória das leis que
anteriormente protegiam os meios de produção!
• Assim, teria início o modo de produção
socialista.
• Modo de produção socialista: não permite a
propriedade privada sobre os meios de produção,
sendo o Estado o responsável por dirigir
diretamente as riquezas e destiná-las ao povo.
• “Toda revolução é um parto: nasce um mundo
novo, mas o processo é dolorido.” (Engels)
• No momento em que o governo dos homens é abolido, nasce o
comunismo, no qual não haverá nada governando os homens,
apenas um governo que administre as coisas, os alimentos, etc.
• Assim não há mais desigualdade, e haverá apenas leis para as
coisas.
• O sentido final da história seria, então: feudalismo ->
capitalismo -> socialismo -> comunismo.
• Marx diz que nós ainda não tínhamos noção de como seria a
sociedade comunista.
• Obs: na obra chamada “Luta de Classes na Rússia”, Marx afirma
que a Rússia seria o lugar mais provável onde aconteceria a
revolução....
• Após implantar o socialismo seguiria para o próximo
passo, que é a transformação em comunismo,
suprimindo o Estado e a luta de classes, pois é a condição
do “comum à todos”.
Karl marx
• Socialismo Comunismo
é um conjunto de doutrinas é um sistema de governo com
que têm por fim a socialização com ausência do Estado.
dos meios de produção.
• O comunismo seria alcançado através de uma revolução
proletária.
• O comunismo puro seria uma sociedade sem classes, sem
Estado e sem opressão.
• Dentro da teoria marxista elaborada no século
XIX, comunismo e socialismo seriam duas etapas
sucessivas no desenvolvimento da sociedade
humana, ocorrendo após o colapso do sistema
capitalista.
• O socialismo seria caracterizado pela abolição da
propriedade privada dos meios de produção e a
instalação de um estado forte ("ditadura do
proletariado"), capaz de consolidar o regime e
promover a diminuição da desigualdade social.
• No comunismo, o próprio estado seria abolido,
com a instauração de uma igualdade radical entre
os homens.
• A experiência da União Soviética
• O socialismo Russo teve início em 1917 iniciou a ditadura do
proletariado com a reforma agrária imediata, confiscando as terras da
Igreja Ortodoxa e da aristocracia, distribuindo-as aos camponeses por
meio de comitês agrários. Estatizaram bancos e fábricas,
determinando o fim da propriedade privada.
• O exercício do poder foi transferido aos soviets, formados por
camponeses e soldados, criando a ordem socialista.
• Como todo governo revolucionário implantado por um golpe, de início
precisou ser duro, pois as forças conservadoras e reacionárias
poderiam insurgir. Assim, criou-se uma polícia secreta (a tcheca).
• Em 1919 instalaram a III Internacional Socialista, unindo todos os
partidos comunistas e socialistas da Europa, procurando criar uma
expansão socialista para outros países. Após a morte de Lênin, em
1924, começou uma disputa entre Trotsky e Stálin pela liderança da
revolução.
Karl marx
Karl marx
• (UNICAMP) A história de todas as sociedades tem sido a história das lutas de
classe. Classe oprimida pelo despotismo feudal, a burguesia conquistou a
soberania política no Estado moderno, no qual uma exploração aberta e direta
substituiu a exploração velada por ilusões religiosas. A estrutura econômica da
sociedade condiciona as suas formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou
filosóficas. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, ao
contrário, são as relações de produção que ele contrai que determinam a sua
consciência.
• As proposições dos enunciados acima podem ser associadas ao pensamento
conhecido como:
•
a) materialismo histórico, que compreende as sociedades humanas a partir de
ideias universais independentes da realidade histórica e social.
b) socialismo utópico, que defende a reforma do capitalismo, com o fim da
exploração econômica e a abolição do Estado por meio da ação direta.
• c) socialismo utópico, que propõe a destruição do capitalismo por meio de uma
revolução e a implantação de uma ditadura do proletariado.
d) materialismo histórico, que concebe a história a partir da luta de classes e da
determinação das formas ideológicas pelas relações de produção.
RESPOSTA: D
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  • 1. KARL MARX (1818 – 1883) Prof. Ms. Juliana Corvino
  • 2. Principais Obras • Teses sobre Feuerbach (1845) • A Sagrada Família (1845) • A ideologia alemã (1846) • Manifesto comunista Ano: 1848 • O 18 brumário de Luís Bonaparte (1852) • O Capital (1867)
  • 3. • Não levar em consideração a visão de Marx é praticamente impossível. É possível contestá-las, mas difícil desprezá-las. • Para este pensador alemão, o estudo de uma sociedade deve ser feito a partir da forma como os homens produzem os bens que necessitam. • A partir da forma de produção é que surgem as visões de vida, os comportamentos e as relações humanas. • Crítico do capitalismo como um sistema, Marx não propõe apenas teorias, mas sim uma revolução.
  • 4. SOCIALISMO: Crítica às injustiças e à exploração capitalista. • O Socialismo fora pensado antes de Marx por Thomas Morus no séc. XVI em Utopia. • Também no séc. XVII Saint Simon fez críticas ao liberalismo econômico e ao projeto industrial capitalista, causador da exploração humana e das mazelas sociais, passando a defender a extinção das diferenças sociais e a construção de uma sociedade onde cada indivíduo ganharia o valor real de seu trabalho. • No sé. XIX, Proudhon via a propriedade privada como causa da exploração do trabalhador, pregando a liberdade, a igualdade e harmonia para todos os seres humanos, com a extinção do Estado enquanto uma instituição. • A evolução do industrialismo e das teorias sociais foi acompanhada de perto por Marx, que viveu momentos difíceis da consolidação da Alemanha como país (unificação). Assistiu ainda a internacionalização industrial, a exploração sem precedentes de continentes inteiros (neocolonialismo) e a proliferação da miséria a muitos e a riqueza a poucos.
  • 5. • Em Paris, Marx conheceu seu parceiro de ideias Engels, e juntos escreveram O MANIFESTO COMUNISTA (1848), obra que reconhece a importância do Socialismo, mas tece fortes críticas aos modelos pensados anteriormente, classificando tal socialismo como utópico e propondo o que chamara de socialismo científico, fazendo aparecer conceitos como dialética, modo de produção e luta de classes. • Marx concretizou suas teorias na obra O CAPITAL, tecendo duras críticas às injustiças sociais ocasionadas pelo capitalismo e à exploração da mão de obra. • Faz também uma crítica ao catolicismo, pois o Papa Leão XIII havia defendido o direito à propriedade privada e dizia que a exploração do trabalho humano deveria ser minimizada. O Papa, então, ordenou que o marxismo fosse rejeitado.
  • 6. O marxismo • A base do marxismo compõe-se de 2 teorias principais: o materialismo histórico e o materialismo dialético. • Para o materialismo, o homem molda-se ao mundo material que o envolve, sendo a consciência o reflexo da matéria. O Materialismo dialético afirma que o ambiente tanto modela os seres humanos, sua sociedade e sua cultura quanto é modelado por eles. • De acordo com ele, as relações de produção (como os homens produzem os bens necessários à vida) formam a estrutura material e econômica da sociedade (infraestrutura). A superestrutura, por sua vez, corresponde à estrutura política e jurídica (Estado, direito e outros) e às formas de consciência que se adquire de acordo com os modos de produção. • Para Marx, a infraestrutura precede a superestrutura e a sustenta, a define. Assim, numa sociedade capitalista (infraestrutura) onde as relações materiais são o ideal da sociedade, o Estado (superestrutura) tenderá a proteger essas relações, buscando atender às necessidades daqueles que fomentam o sistema, ou seja, os que são detentores do capital (burguesia).
  • 7. • Para Marx, as condições materiais de uma estrutura social condicionam as relações entre os seus componentes, o que significa dizer que, para viver, o homem precisa transformar a natureza (comer, fabricar utensílios, construir abrigos). Assim, o estudo da sociedade deve partir de como são as relações criadas pelos homens para utilizar os meios de produção e transformar a natureza. • “A HISTÓRIA DA HUMANIDADE É A HISTÓRIA DA LUTA DE CLASSES. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro...numa palavra, opressores e oprimidos em constante oposição têm vivido uma guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada. Uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.”.
  • 8. • O modo de produção capitalista teria surgido do modo de produção feudal, possuindo duas classes sociais antagônicas: a burguesia (que possui o capital e os meios de produção) e o proletariado (que por não possuir capital vende sua força de trabalho como forma de manter-se materialmente). • Voltando à ideia de infraestrutura e superestrutura de Marx, para ele então, o Estado moderno é um “Escritório burguês”, uma vez que o Estado tende a proteger as necessidades de quem fomenta o sistema. • Assim, as leis protegem a burguesia.
  • 9. ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL • Nunca na história da humanidade houve uma divisão igualitária. A partir do momento em que há divisão, deixa de existir igualdade. • Podemos dividir a estratificação de acordo com 3 tipos: • 1 – Econômica • 2 – Política • 3 – Profissional
  • 10. • Para Marx, as classes sociais expressam a desigualdade no sistema capitalista pois, o proletário (expropriado) produz as mercadorias, mas, o dono dos meios de produção (capitalista) apropria-se do resultado dessa produção de forma privada, devolvendo ao primeiro um salário que é utilizado para sua manutenção na aquisição de alimentos, moradia, etc., garantindo com seu consumo a produção de riqueza para o capitalista. • Por isso, a relação social entre ambos torna-se antagônica. • No capitalismo, o capital não existe sem o trabalho assalariado, assim como o trabalho assalariado não existe sem o capital. Logo, para Marx, essa relação deve ser superada, transformando a sociedade e permitindo que o proletário seja efetivamente beneficiado daquilo que ele produz. • Para o capitalismo, a força de trabalho torna-se uma mercadoria a ser comprada e vendida... Não uma mercadoria qualquer, mas uma que cria valor (os bens produzidos), transformando-se na fonte de riqueza de uma sociedade.
  • 11. • Para manter-se vivo e produtivo nesse sistema, o trabalhador precisa receber o salário para sua sobrevivência e de sua família. Assim, é idealizado um contrato entre o capitalista (burguês) e o operário (proletário) que nunca será justo ao segundo, que receberá sempre um valor menor do que realmente deveria. Ou seja, para Marx, o capitalismo pressupões a exploração sobre o trabalhador. • Em síntese, Marx dizia que o capitalismo é um modelo de exploração do trabalhador, devendo ser implantado não o Socialismo Utópico, mas sim Socialismo Científico, que ocorreria por maio da REVOLUÇÃO.
  • 12. • De acordo com E. K. Hunt (A história do pensamento econômico): • “O capitalismo é caracterizado por quatro conjuntos de arranjos institucionais e comportamentais: produção de mercadorias, orientada pelo mercado; propriedade privada dos meios de produção; um grande segmento da população que não pode existir, a não ser que venda sua força de trabalho no mercado; e comportamento individualista, aquisitivo, maximizado, da maioria dos indivíduos dentro do sistema econômico”.
  • 14. Tendências do sistema ocupacional • Todo trabalho está incrustado no sistema econômico e no modo de produção da sociedade em análise.
  • 15. • Para cada tipo de sociedade, há um tipo de modo de produção socialmente distribuído. • Sistema de produção primitivo: O meio ambiente pertence a todos e o trabalho é dividido por sexo e idade. Não há estratificação social nem propriedade privada. • Sistema de produção asiático: pagando um imposto ao Estado (cobrado em produtos), o homem pode usar a terra usufruir de seus benefícios, tirando o sustento de sua família. É obrigado a trabalhar de graça para o Estado na construção de obras de públicas, por exemplo.
  • 16. • Sistema de produção escravista: o escravo é propriedade de seu dono e trabalha em condições subumanas sem nenhum tipo de retorno. • Sistema de produção feudal: O servo recebe parte da produção em troca de seu trabalho e a estrutura social é estratificada sem condições de mobilidade.
  • 17. • Sistema de produção capitalista: predominam as relações assalariadas, onde o trabalhador fornece sua força de trabalho em troca do salário. Presença do LUCRO. • Segundo Marx, o trabalhador está alienado a seu trabalho, não percebendo muitas vezes a exploração a que é submetido. A mecanização transforma o modo de produção de produzir a mercadoria, subordinando os trabalhadores à máquina e ao ritmo de trabalho. É ai que reside a contradição do sistema capitalista: • Ao ser contratado, o trabalhador vendo 8 horas de sua força de trabalho. Em 4 horas produz o correspondente a seu salário e, as horas restantes do período trabalhado são apropriadas pelo capitalista. A esta apropriação dá-se o nome de MAIS VALIA. • A mais valia pode ser ABSOLUTA ou RELATIVA.
  • 18. • O operário, ao vender sua força de trabalho para o sistema produtivo, deixa de ter direito ao que produziu (pois o vendeu). Segundo Marx, o trabalhador não mais projeta o que vai executar e não estabelece o ritmo da produção (que agora é ditado pelas máquinas), apenas realizando uma parte do produto, tornando-se, então alienado. • Assim, há uma inversão: o homem não é mais soberano do que produz; pelo contrário, é comandado e dirigido pelo que produziu, desumanizando-se e coisificando-se (REIFICAÇÃO). • O produto do trabalho do homem subtrai a sua consciência e vontade (fetichismo da mercadoria = ver na mercadoria algo que ela não é, algo vivo, enfeitiçado).
  • 19. • "O capital é trabalho morto que, tal como o vampiro, vive apenas para sugar o trabalho vivo.” • (O Capital. Marx, K.)
  • 20. • Assim, a alienação provém da vida econômica. Ao vender sua força de trabalho como mercadoria, o operário a perde, e perde também sua capacidade de criar e projetar, consequência da divisão de trabalho a que é submetido. • O trabalhador não é mais dono de seu próprio tempo, que passa a ser determinado pelo ritmo de produção fabril! Em outras palavras, o trabalhador não mais se reconhece naquilo que ele mesmo produziu, subestimando o trabalho que a gerou. A ideia de fetichismo vem, por exemplo, da ideia de que como se a mercadoria ganhasse um valor humano, e o homem, em detrimento do produto, se desumanizasse e se transformasse em coisa...
  • 21. • A não reação do trabalhador à exploração a que é submetido justifica-se pela implantação da ideologia que mascara essas contradições do sistema capitalista, impedindo que o operário ganhe consciência da condição a que é submetido. • A ideologia dita o que os membros de uma sociedade capitalista devem valorizar, como devem pensar, agir e sentir, o que devem consumir, etc., assegurando uma coesão e impedindo o trabalhador a visualização de um outro cenário possível! • Pior.... Essa ideologia faz com que o explorado atribua a si mesmo a “culpa” por sua condição, impedindo-lhe a formação da consciência -> MERITOCRACIA.
  • 22. NO CAPITALISMO TUDO VIRA MERCADORIA! • Música, tv, saúde, educação....
  • 23. O sentido da História e a sucessão dos modos de produção A PROPOSTA REVOLUCIONÁRIA
  • 24. • Para Marx, a classe dominante faz uso de ideologias para impedir que o trabalhador pereba com clareza a exploração a que é submetido. • O próprio Estado é protetor do capitalismo e colabora para manutenção deste status quo, colocando-se como a serviço de todos, mas protegendo antes a propriedade privada e o capitalismo em si. • Caberia ao proletário a práxis (ação) revolucionária, organizando-se com os demais membros da classe operária com vistas a uma prática transformadora que destrua o Estado burguês e articule um novo Estado, onde a propriedade privada dos meios de produção seja suprimida e a ditadura do proletariado vigore.
  • 25. • Deste modo, o novo Estado representaria o interesse dos trabalhadores, mantendo, inicialmente, poderes opressores para barrar uma contrarrevolução do sistema derrubado -> ditadura do proletariado = suspensão provisória das leis que anteriormente protegiam os meios de produção! • Assim, teria início o modo de produção socialista. • Modo de produção socialista: não permite a propriedade privada sobre os meios de produção, sendo o Estado o responsável por dirigir diretamente as riquezas e destiná-las ao povo.
  • 26. • “Toda revolução é um parto: nasce um mundo novo, mas o processo é dolorido.” (Engels) • No momento em que o governo dos homens é abolido, nasce o comunismo, no qual não haverá nada governando os homens, apenas um governo que administre as coisas, os alimentos, etc. • Assim não há mais desigualdade, e haverá apenas leis para as coisas. • O sentido final da história seria, então: feudalismo -> capitalismo -> socialismo -> comunismo. • Marx diz que nós ainda não tínhamos noção de como seria a sociedade comunista. • Obs: na obra chamada “Luta de Classes na Rússia”, Marx afirma que a Rússia seria o lugar mais provável onde aconteceria a revolução....
  • 27. • Após implantar o socialismo seguiria para o próximo passo, que é a transformação em comunismo, suprimindo o Estado e a luta de classes, pois é a condição do “comum à todos”.
  • 29. • Socialismo Comunismo é um conjunto de doutrinas é um sistema de governo com que têm por fim a socialização com ausência do Estado. dos meios de produção. • O comunismo seria alcançado através de uma revolução proletária. • O comunismo puro seria uma sociedade sem classes, sem Estado e sem opressão.
  • 30. • Dentro da teoria marxista elaborada no século XIX, comunismo e socialismo seriam duas etapas sucessivas no desenvolvimento da sociedade humana, ocorrendo após o colapso do sistema capitalista. • O socialismo seria caracterizado pela abolição da propriedade privada dos meios de produção e a instalação de um estado forte ("ditadura do proletariado"), capaz de consolidar o regime e promover a diminuição da desigualdade social. • No comunismo, o próprio estado seria abolido, com a instauração de uma igualdade radical entre os homens.
  • 31. • A experiência da União Soviética • O socialismo Russo teve início em 1917 iniciou a ditadura do proletariado com a reforma agrária imediata, confiscando as terras da Igreja Ortodoxa e da aristocracia, distribuindo-as aos camponeses por meio de comitês agrários. Estatizaram bancos e fábricas, determinando o fim da propriedade privada. • O exercício do poder foi transferido aos soviets, formados por camponeses e soldados, criando a ordem socialista. • Como todo governo revolucionário implantado por um golpe, de início precisou ser duro, pois as forças conservadoras e reacionárias poderiam insurgir. Assim, criou-se uma polícia secreta (a tcheca). • Em 1919 instalaram a III Internacional Socialista, unindo todos os partidos comunistas e socialistas da Europa, procurando criar uma expansão socialista para outros países. Após a morte de Lênin, em 1924, começou uma disputa entre Trotsky e Stálin pela liderança da revolução.
  • 34. • (UNICAMP) A história de todas as sociedades tem sido a história das lutas de classe. Classe oprimida pelo despotismo feudal, a burguesia conquistou a soberania política no Estado moderno, no qual uma exploração aberta e direta substituiu a exploração velada por ilusões religiosas. A estrutura econômica da sociedade condiciona as suas formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, ao contrário, são as relações de produção que ele contrai que determinam a sua consciência. • As proposições dos enunciados acima podem ser associadas ao pensamento conhecido como: • a) materialismo histórico, que compreende as sociedades humanas a partir de ideias universais independentes da realidade histórica e social. b) socialismo utópico, que defende a reforma do capitalismo, com o fim da exploração econômica e a abolição do Estado por meio da ação direta. • c) socialismo utópico, que propõe a destruição do capitalismo por meio de uma revolução e a implantação de uma ditadura do proletariado. d) materialismo histórico, que concebe a história a partir da luta de classes e da determinação das formas ideológicas pelas relações de produção. RESPOSTA: D