O pensamento de Karl Marx sobre a luta de classes e a exploração do proletariado
1. FACAM – Faculdade do Maranhão
São luis
KARL MARX
ALUNA: Greice L Cherspinski
MARÇO DE 2012
2. O ponto de partida do
pensamento marxista é a
consciência de que toda história
humana parte da existência de
seres humanos vivos, onde,
partindo deste princípio –
valorização do homem – buscam
alcançar as transformações
necessárias para uma sociedade
mais justa, igualitária e humana.
A teoria marxista também procura
explicar a evolução das relações
econômicas nas sociedades
humanas ao longo da história – a
história da humanidade seria
constituída por uma permanente
luta de classes
3. BIOGRAFIA
Nasceu em Treves, na Alemanha, em 1818;
Seu pai era advogado e sua mãe era judia e
oriunda da Holanda;
Sua família se converteu ao cristianismo
quando ele tinha seis anos;
Foi casado com Jenny von Westphalen, filha
de um barão da Prússia;
Sua vida pessoal alternou momentos de
tranquilidade financeira com outros de
completo caos. Teve 6 filhos dos quais
apenas 2 sobreviveram,e em alguns períodos
sobreviveu graças a campanhas de amigos
como Ferdinand Lassalle; Foi expulso da
Alemanha, da França e da Bélgica
•Em 1844 conhece Friedrich Engels: é o
começo de uma grande amizade.
•Em 1848, Marx e Engels publicaram o
folheto O Manifesto Comunista, primeiro
esboço da teoria revolucionária que, mais
tarde, seria chamada marxista.
e morreu na Inglaterra, em 14 de março
1883, deprimido com a morte de sua esposa
que ocorrera dois anos antes.
4. Bibliografia
O alemão foi autor de muitas obras nas quais defendeu
suas idéias. As principais delas são o Manifesto
Comunista e O Capital (livros um, dois, três e quatro).
O Manifesto Comunista foi escrito em 1848 em parceria
com Friedrich Engels. A obra critica a propriedade
privada e o modo de produção capitalista – que
privilegia os detentores dos meios de produção – e a
forma como a sociedade acabou se estruturando em
função disso. O Manifesto também busca demonstrar
que o proletariado pode organizar-se para reverter
essa situação, na chamada luta de classes
.Em 1867 publicou o primeiro volume da
sua obra principal: O Capital.
O Capital é um conjunto de livros que foi escrito anos
depois e somente o primeiro foi publicado enquanto
Marx ainda era vivo. Esta obra é considerada um marco
do pensamento marxista, pois expõe conceitos
econômicos complexos como o da mais-valia, dos
diferentes tipos de capitais e da produção capitalista
como um todo.
5. O Materialismo histórico dialético: Não
são as ideias ou os valores que transformariam uma
sociedade, mas as condições materiais entre as classes
sociais
Tipos de modo de produção:
Comunismo ou sociedades primitivas: os seres humanos se
unem para enfrentar os desafios da natureza hostil e dos
animais ferozes. Os meios de produção, as áreas de caça,
assim como os produtos, são propriedades comuns, isto é,
pertencem a toda a sociedade. A base econômica determina
certa maneira de pensar peculiar, em que não há sentimento
de posse, uma vez que não existe propriedade privada.
Aspectos fundamentais das sociedades primitivas:
▪ Não há sentimento de posse;
▪ A propriedade é comum.
6. Superestrutura e
infraestrutura
A realidade imaterial: que se refere ao nível político-
ideológico, comumente chamado de Superestrutura. É
constituído:
● pela estrutura jurídico-política representada pelo
Estado e pelo direito.
● pela estrutura ideológica referente às formas de
pensamento, sentimento e consciência social, tais como:
▪ Filosofia; ▪ Literatura; ▪ Estética;
▪ Ciência; ▪ Religião; ▪
Moral;
▪ Arte; ▪ Educação; ▪ Música.
7. Relações sociais de produção
Forças produtivas: é a relação do ser
humano com a natureza no esforço de
produzir a própria existência – isto é, relação
dialética entre homem e natureza, que
permite desenvolver instrumentos,
ferramentas etc.
Trabalho: Ação humana transformadora da natureza que visa suprir as
necessidades materiais.
Relações sociais de produção: é a relação dos indivíduos entre si - isto
é, é a relação dialética entre homem e homem, que pode ser de dois
tipos:
● explorador-explorado; Formas de ação
entre os indivíduos
● solidariedade e respeito recíproco.
8. DIREITO
No capitalismo a exploração é intermediada pelo Estado e pelo direito.
Marx afirma que a sociedade burguesa reduz o direito a lei, de modo que esse mecanismo
seja a imediata reprodução da circulação mercantil.
Porém na sociedade socialista, não existindo a equivalência universal do dinheiro, o valor de
troca é substituído pelo valor de uso. Poder-se-ia afirmar a partir disso uma teoria do justo
socialista?
Para Marx a justiça não pode ser pensada fora da história ou das circunstâncias concretas
que envolvem a reprodução econômica de um determinado tempo.
Por isso é que o problema da justiça em Marx aponta para a própria limitação estrutural do
conceito: a justiça é apenas o correto modo de funcionamento de um determinado sistema
de exploração.
O Estado está a serviço da exploração capitalista, mas de forma sutil e dissimulada, porque
aos olhos de todos aparece como o garantidor do bem comum, da democracia, do interesse
público se sobrepondo ao privado. O Estado tem um aparato ideológico que não corresponde
à sua verdade e, se apresenta como universal para atender à reprodução de uma estrutura
de apropriação da riqueza do trabalhador por alguns particulares.
O Estado não se mostra em sua face de defensor dos interesses de apenas uma das classes
sociais, ao contrário, se apresenta como universal para atender à reprodução de uma
estrutura de apropriação da riqueza do trabalho por alguns particulares
9. O CAPITAL
O capital pressupõe a formação de duas classes sociais
opostas e complementares:
BURGUESIA PROLETARIADO
Interesse em produzir para Vende a sua força
obter lucros de trabalho para
obtenção dos meios
de subsistência
para a manutenção
da própria vida
10. O salário refere-se ao tempo de trabalho
necessário para a produção da força de
trabalho, do qual constam os tempos
necessários para a produção de todos os
meios de subsistência para a manutenção
da vida dos trabalhadores.
11. A força de trabalho é remunerada pelo seu valor; no
entanto, ela produz um valor maior do que o seu
próprio valor, que corresponde a outra parcela da
jornada de trabalho. Esse excedente – que Marx
denomina de MAIS VALIA – se produz durante a
jornada institucionalizada de trabalho.
Trata-se de um trabalho não pago, de modo que a
origem do capital se fundamenta na apropriação
privada do trabalho excedente.
12. Segundo Marx, as características
fundamentais do capitalismo são:
Generalização da
produção de
mercadorias
Valor de troca
13. Separação entre
produtores
diretos e os
meios de
produção
Formação das
classes sociais
Burgueses/capitalistas
X
proletários/trabalhado
res assalariados
17. CAPITAL
=
MEIOS DE PRODUÇÃO + FORÇA
DE TRABALHO + MAIS VALIA
18. Marx queria a inversão da
pirâmide social:
Burgueses
Proletários
Proletários
Burgueses
19. Ele acreditava que a inversão da
pirâmide social era a única força capaz
de destruir a sociedade capitalista e
construir uma nova sociedade –
socialista.
Tentou demonstrar que no
capitalismo sempre haveria injustiça
social, e que o único jeito de uma
pessoa ficar rica e ampliar a sua
fortuna seria explorando os
trabalhadores, ou seja, o capitalismo,
que de acordo com Marx é agressivo.
20. O Estado é tratado por Marx e Engels como
o poder público dominado pela classe que
detém o poder sobre os meios de
produção. Significa, portanto, que se as
classes desaparecerem esses poder público
perde o seu caráter de classe (poder
político), mas não deve desaparecer
enquanto poder público.
21. A mais valia não é o lucro que o industrial recebe pela venda dos
produtos, mas a exploração da mão de obra, as horas não pagas ao
trabalhador, obtidas pela mais valia absoluta - o operário trabalha 8
horas e recebe por 4 - ou pela mais valia relativa - aumento da
produção pela tecnologia obtida.
22. Mais valia
absoluta
A produção de mais valia absoluta se realiza com o prolongamento da
jornada de trabalho além do ponto em que o trabalhador produz apenas
um equivalente ao valor de sua força de trabalho e com a apropriação
pelo capital desse trabalho excedente” (Marx, O Capital)
• Pressupõe que a jornada de trabalho já esteja
dividida em duas partes:
– Trabalho necessário
– Trabalho excedente
•Gera exclusivamente em torno da duração da
jornada de trabalho
É absoluta por exigir a prolongação absoluta da
jornada de trabalho além do tempo necessário à
existência do trabalhador
23. Mais valia relativa
• Revoluciona totalmente os processos técnicos de
trabalho e as combinações sociais
• Pressupõe um modo de produção especificamente
capitalista
• Subordinação formal é substituída pela sujeição real
do trabalho ao capital
• É relativa por exigir um desenvolvimento da
produtividade do trabalho que permite reduzir o
tempo de trabalho necessário a uma parte da jornada
de trabalho
24. Alienação
• Alienar vem do Latim
Alienare, de alienus, que significa “que pertence a
um outro”
(outro = alius)
• Falta de consciência dos problemas políticos e sociais
• Perde a chave da compreensão da sociedade em que
vive, isto é, dos mecanismos e fatores que o colocam
numa determinada posição na sociedade e que
produzem, inclusive, a sua própria percepção dessa
posição
25. Alienação do
Trabalho
• Trabalho forçado, em
sacrifício, mortificação
• O operário não se afirma
• Não se desenvolve seu
corpo e seu espírito