2. Karl Heinrich Marx – Nasceu em Tréveris, 5 de
maio de 1818— Faleceu em Londres, 14 de março
de 1883) foi um intelectual alemão considerado
um dos fundadores da Sociologia.
Também podemos encontrar a influência de
Marx em várias outras áreas tais como: Filosofia,
Economia, História já que o conhecimento
humano, em sua época, não estava fragmentado
em diversas especialidades da forma como se
encontra hoje.
Teve participação como intelectual e como
revolucionário no movimento operário, sendo
que ambos (Marx e o movimento operário)
influenciaram uns aos outros durante o período
em que o autor viveu.
3. Com formação em Filosofia, Direito e Economia,
iniciou seus estudos dedicando-se aos temas
relacionados à alienação do homem,
principalmente as geradas pelas condições de
trabalho.
Mais tarde mudou a atenção para a conexão
entre economia e vida social, argumentava que
a organização da vida econômica – tanto no
Estado feudal como no capitalismo industrial –
afetava todos os demais aspectos da vida social,
da família à religião e à cultura, principalmente
a popular.
4. Karl Marx desenvolveu a teoria do materialismo
histórico – uma vez que tudo no capitalismo
envolve sistemas econômicos e cujo principal
foco são os aspectos materiais da vida humana.
Foi a corrente mais revolucionária do
pensamento social, tanto no campo teórico
quanto no da ação política e prática social.
É também um dos pensamentos mais difíceis de
compreender, explicar ou sintetizar, pois Marx
produziu muito, suas idéias se desdobraram em
várias correntes e foram incorporadas por
inúmeros teóricos.
5. Sua obra máxima, O CAPITAL, destinava-se a
todos os homens, não apenas aos estudiosos.
As condições básicas da sociedade capitalista e
as possibilidades de superação apontadas pelas
obras de Marx não puderam permanecer
ignoradas pela sociologia.
Suas teorias tinham em comum o desejo de
impor de uma só vez uma transformação social
total, implantando assim, o império da razão e
da justiça eterna, defendia a eliminação do
individualismo, da competição e da influência
da propriedade privada.
Para Marx, os ―males‖ do capitalismo não eram
causados por indivíduos maus, mas por um
sistema organizado de um modo que gerava
conseqüências más.
6. O capitalismo surge na história quando, por circunstâncias
diversas, uma enorme quantidade de riquezas se concentra
nas mãos de uns poucos indivíduos, que têm por objetivo a
acumulação de lucros cada vez maiores.
No início, a acumulação de riquezas se fez por meio da
pirataria, do roubo, dos monopólios e do controle de preços
praticados pelos Estados absolutistas.
A comercialização era a grande fonte de rendimentos para os
Estados e a nascente burguesia.
Uma importante mudança aconteceu com a Revolução
Industrial, quando, a partir do século XVI, o artesão e as
corporações de oficio foram substituídas pelo trabalhador
―livre‖ assalariado – o operário – e pela indústria.
Segundo Marx, a Revolução Industrial acelerou o processo de
alienação do trabalhador aos meios e dos produtos de seu
trabalho.
7. Marx desenvolveu o conceito de alienação
mostrando que a industrialização, a
propriedade privada e o assalariamento
separavam o trabalhador dos meios de
produção – ferramentas, matéria-prima, terra e
maquinas –, que se tornavam propriedade do
capitalista.
Separava também, ou alienava, o trabalhador
do fruto de seu trabalho, que também é
apropriado pelo capitalista.
Essa é a base da alienação econômica do
homem sob o capital.
8. Politicamente, também o homem se tornou
alienado, pois o princípio da representatividade –
base do liberalismo – criou a idéia de Estado como
um órgão político imparcial, capaz de representar
toda a sociedade e dirigi-la de acordo com o
poder delegado pelos indivíduos.
Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de
classes esse Estado representa apenas a classe
dominante e age conforme o interesse desta.
Uma vez alienado, separado e mutilado, o
homem só pode recuperar sua condição humana
pela critica radical ao sistema econômico, à
política e a filosofia que o excluíram da
participação efetiva na vida social
9. Karl Marx argumentava que as divisões de classe
baseiam-se em diferenças nas relações entre indivíduos
e processo de produção, em especial na propriedade e
controle dos meios de produção.
Sob o capitalismo, esses meios são possuídos e
controlados por uma única classe – a classe burguesa ou
capitalista –, cujos membros não os usam
concretamente para produzir riquezas.
Em vez disso, esse trabalho é realizado por membros
da classe operária ou proletariado, que produz
riquezas, mas não possui e não controla os meios de
produção.
Sendo assim, os capitalistas dependem necessariamente
do trabalho de outras pessoas para prosperar, dessa
maneira eles controlam os meios de produção e, por
extensão, a riqueza produzida.
10. Os trabalhadores satisfazem suas necessidades através
de salários, que lhe são pagos em troca da venda de seu
trabalho - força de trabalho -, salários que, do ponto de
vista marxista, representam apenas uma parte do valor
da riqueza que eles produzem.
Daí, classe e relações de classe baseiam-se em tensão
e luta de interesses e opostos, antagônicos e
conflitantes, exploração, complementaridade e
interdependência entre as classes sociais.
O proletário e a burguesia não foram as únicas classes
identificadas por Marx, embora sejam as mais
importantes.
As demais incluíam a aristocracia e os donos da terra, e
o lumpemproletariado, ou subclasse – que incluiria a
atual população dos sem-teto/miseráveis – que não
mantém nenhuma relação com o processo de produção.
11. o A história do homem é, segundo Marx, a história
da luta de classes, da luta constante entre
interesses opostos, embora esses conflitos nem
sempre se manifestem socialmente sob a forma
de guerra declarada.
o As divergências, oposição e antagonismo de
classes estão subjacentes á toda relação social,
nos mais diversos níveis da sociedade, em todos
os tempos, desde o surgimento da propriedade
privada.
o Marx queria a inversão da pirâmide social, ou
seja, pondo no poder a maioria, os proletários,
que seria a única força capaz de destruir a
sociedade capitalista e construir uma nova
sociedade, socialista.
12. O que é decisivo são as ações das classes sociais
que, para Marx e Engels, em todas as sociedades
em que a propriedade é privada existem lutas de
classes (senhores x escravos, nobres feudais x
servos, burgueses x proletariados).
A luta do proletariado do capitalismo não deveria
se limitar à luta dos sindicatos por melhores
salários e condições de vida.
Ela deveria também ser a luta ideológica para
que o socialismo fosse conhecido pelos
trabalhadores e assumido como luta política pela
tomada do poder.
13. Sob o CAPITALISMO, os trabalhadores não vendem
trabalho, uma vez que não tem controle sob os meios
de produção, o processo de produção ou o que é
produzido.
Tudo o que tem pra vender é tempo – seu potencial
de produzir alguma coisa – em troca de salário.
A distinção entre trabalho e força de trabalho é
fundamental na análise marxista do conflito de classe
e do capitalismo, porquanto chama a atenção para as
relações sociais entre trabalhadores, produção e
classe capitalista, bem como para as conseqüências
que elas produzem para a natureza do trabalho e a
criação da desigualdade de classe.
Privar os trabalhadores de vender seu trabalho, por
exemplo, e reduzi-los a vender força de trabalho é
uma das grandes causas da alienação.
14. Considerado um conceito fundamental na análise
marxista, o modo de produção é a maneira como uma
sociedade é organizada para produzir bens e serviços.
Consiste de dois aspectos principais: as forças
produtivas e as relações de produção.
As forças produtivas incluem todos os elementos que
são reunidos na produção – da terra, matérias-primas,
combustível, qualificações e trabalho humano à
maquinaria, ferramentas e fábrica.
As relações de produção incluem as forças deles com
as forças produtivas – se eles são proprietários da
terra ou dos meios de produção, por exemplo, ou se
recebem salário para usar meios que pertencem a
outras pessoas.
15. Na economia escravista, as relações de
produção concentravam-se na posse de escravos,
que usavam meios de produção de propriedade
de seus senhores.
Eles tinham autoridade também para se apropriar
de tudo o que os escravos produziam, incluindo
seus filhos.
Sob o feudalismo, as relações de produção
tinham caráter diferente.
A nobreza não possuía os meios de produção, mas
tinha direito á parte do que era produzido nas
terras sobre as quais exercia autoridade.
Os servos eram politicamente submetidos à
nobreza, mas tinham direito de usar a terra e
eram donos de seus próprios meios de produção.
16. Sob o capitalismo, as relações de produção e as
forças produtivas são muito diferentes das que
vigoravam nas sociedades escravista e feudal.
Essas forças incluem tecnologia sofisticada,
através da qual a produção é principalmente
industrial e não agrária, dependente de insumos
maciços de energia de fontes como combustíveis
fósseis e energia nuclear.
As relações de produção implicam a posse dos
meios de produção por uma classe capitalista,
controle dos mesmos por uma classe gerencial,
e uma grande classe de trabalhadores que os
utilizam para produzir bens em troca de salário.
17. Marx tentou demonstrar que no capitalismo
sempre haveria injustiça social, e que o
único jeito de uma pessoa ficar rica e
ampliar sua fortuna seria explorando os
trabalhadores, ou seja, o capitalismo, de
acordo com Marx é selvagem, pois o
operário produz mais para o seu patrão do
que o seu próprio custo para a sociedade, e
o capitalismo se apresenta necessariamente
como um regime econômico de exploração,
sendo a mais-valia a lei fundamental do
sistema.
18. A força vendida pelo operário ao patrão vai ser
utilizada não durante 6 horas, mas durante 8,
10, 12 ou mais horas.
A mais-valia é constituída pela diferença entre o
preço pelo qual o empresário compra a força de
trabalho (6 horas) e o preço pelo qual ele vende
o resultado (10 horas por exemplo).
Desse modo, quanto menor o preço pago ao
operário e quanto maior a duração da jornada
de trabalho, tanto maior o lucro empresarial.
20. Encontrando-se deprimido por conta da morte de
sua esposa, ocorrida em Dezembro de 1881, Marx
desenvolveu, em consequência dos problemas de
saúde que suportou ao longo de toda a vida,
bronquite e pleurisia, que causaram o seu
falecimento em 1883.
Foi enterrado na condição de apátrida, no
Cemitério de Highgate, em Londres.
Muitos dos amigos mais próximos de Marx
prestaram homenagem ao seu funeral, incluíndo
Wilhelm Liebknecht e Friedrich Engels. O último
declamou as seguintes palavras:
21. “Marx era, antes de tudo, um revolucionário. Sua verdadeira missão
na vida era contribuir, de um modo ou de outro, para a derrubada da
sociedade capitalista e das instituições estatais por esta suscitadas,
contribuir para a libertação do proletariado moderno, que ele foi o
primeiro a tornar consciente de sua posição e de suas necessidades,
consciente das condições de sua emancipação.
A luta era seu elemento. E ele lutou com uma tenacidade e um
sucesso com quem poucos puderam rivalizar. (…) Como
consequência, Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado de seu
tempo. Governos, tanto absolutistas como republicanos, deportaram-
no de seus territórios. Burgueses, quer conservadores ou ultra
democráticos, porfiavam entre si ao lançar difamações contra ele.
Tudo isso ele punha de lado, como se fossem teias de aranha, não
tomando conhecimento, só respondendo quando necessidade
extrema o compelia a tal. E morreu amado, reverenciado e
pranteado por milhões de colegas trabalhadores revolucionários - das
minas da Sibéria até a Califórnia, de todas as partes da Europa e da
América - e atrevo-me a dizer que, embora, muito embora, possa ter
tido muitos adversários, não teve nenhum inimigo pessoal. ”
24. “Venda para um
homem um
peixe, ele come
durante um dia,
ensine para um
homem como
pescar, você
arruína uma
oportunidade
empresarial
maravilhosa.”
Karl Marx
25. Sociologia para o Ensino Médio – Nelson Dácio
Tomazzi
Introdução à Sociologia – Pérsio Santos de
Oliveira
Imagens google.