A Independência do Brasil e as rebeliões coloniais
1.
2. SUMÁRIO
Rebeliões coloniais: Inconfidência Mineira e
Conjuração Baiana.
Família Real no Brasil
Revolução Pernambucana de 1817.
Retorno da Corte a Portugal.
Independência do Brasil.
5. • Causas: esgotamento do ouro, crise econômica,
exploração abusiva de Portugal: (impostos, derrama,
proibição de produção de manufaturados na colônia
– Alvará de D. Maria I).
• Líderes: elite mineira (Cláudio Manuel da
Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga
Peixoto, Joaquim José da Silva Xavier – o
“Tiradentes”)
• Objetivos:
• Separar o Brasil de Portugal e proclamar uma
República com sede em São João del Rei
criar o serviço militar obrigatório;
• Incentivar a natalidade e oferecer pensões com
mães com muitos filhos
• Perdão de todas as dívidas;
• Estímulo ao desenvolvimento de manufaturas
têxteis e siderúrgicas,
• Criação de uma Universidade em Vila Rica,
bandeira com a inscrição “Libertas quae sera
tamen” (Liberdade ainda que tardia).
6. o A revolta foi denunciada por Joaquim
Silvério dos Reis ao governador de
MG, que em troca recebeu o perdão
de suas dívidas junto à Fazenda Real..
o Seus líderes presos, julgados
condenados sendo que onze deles
receberam sentença de morte, mas a
rainha D. Maria I, modificando a pena
para o degredado para a África.
o Só Tiradentes teve sua pena de morte
mantida, é enforcado e esquartejado
para servir como exemplo, no Largo
da Lampadosa no Rio de Janeiro, no
dia 21 de abril de 1792.
10. Causas da revolta:
extrema pobreza, alta nos preços dos alimentos.
Más condições de vida
desigualdades sociais.
Queda nos preços do açúcar.
Planos dos revoltosos
Proclamar a independência, República, liberdade de
comércio, igualdade em todos os níveis, aumento da
remuneração dos soldos, abertura dos portos brasileiros a
todas as nações, melhoria de vida de toda população e
abolição da escravidão.
Influência da Revolução Francesa (Liberdade –
Igualdade – Fraternidade).
Distribuíam panfletos na porta das igrejas e colavam
cartazes nos muros e em lugares públicos.
Um deles dizia: “Está para chegar o tempo em que
todos seremos irmãos. O tempo em que todos seremos
iguais.”
11. Líderes: João de Deus
Nascimento, Manuel
Faustino dos Santos
(alfaiates e mulatos),
Luís Gonzaga das
Virgens, Lucas Dantas
Amorim Torres (soldados
e mulatos), entre outros.
Todos pobres.
LÍDERES DA CONJURAÇÃO BAIANA
1798
Repressão: foi intensa por
parte de Portugal, os líderes
foram julgados, condenados
e esquartejados..
15. CAUSAS DA VINDA PARA O
BRASIL
Invasão do exército
napoleônico em
Portugal por furar o
Bloqueio
Continental.
Sem condições de
resistir ao ataque, D.
João, que na época
era príncipe regente,
e toda a Corte vem
para o Brasil
escoltado pela
marinha britânica.
Chegaram à Bahia
em 22 de janeiro de
1808.
16. PARA O REI ! Quando a Família
Real veio para o Brasil, junto com
Sua Majestade, mais de dez mil
pessoas aportaram, de repente, no
Rio de Janeiro. Mas, onde instalar
todos aqueles nobres e protegidos?
Simples: escolhiam se as melhores
habitações da cidade e as famílias
eram obrigadas a desocupá-las,
deixando mobília, louças e talheres,
roupas de cama, criados, e o que
mais o invasor quisesse. As casas
escolhidas eram marcadas com as
iniciais P.R. que que a malícia do
povo carioca atribuiu o significado
irônico de “Ponham-se na Rua”!
Havia ainda quem dissesse que era
“Prédio Roubado!”
17. FIM DO MONOPÓLIO COMERCIAL
Abertura dos portos às
nações amigas. (sal e
pau-brasil)
Assinatura dos Tratados
de Comércio e
Navegação de 1810 com
a Inglaterra.
18. NO DIA 23 DE FEVEREIRO DE 1808, A
CORTE INSTALOU-SE NO RIO DE
JANEIRO
PRINCIPAIS MEDIDAS TOMADAS POR
D. JOÃO
Organizou a estrutura
administrativa da monarquia
no Brasil (nomeou ministros,
colocou em funcionamento
diversos órgãos públicos)
Instalou Tribunais e Justiça.
Fundou o Banco do Brasil.
Criou o Jardim Botânico.
Criou a Imprensa Régia e a
Biblioteca Nacional.
Elevou o Brasil à Categoria de
Reino Unido a Portugal e
Algarves em1815.
Invasão da Guiana Francesa e
do Uruguai.
Concedeu liberdade para
funcionarem fábricas no Brasil.
19. PROMOÇÃO DA VIDA CULTURAL
Academia Militar e da Marinha.
Hospital Militar.
Instituições de Ensino superior
(2 escolas de medicina)
Academia de Belas Artes.
Missão Artística Francesa
(Debret, Taunay, etc.)
Essas realizações não tinham
a preocupação de beneficiar a
população, mas sim de
satisfazer as elites coloniais e
a Corte que migrara para a
colônia.
As aquarelas de Debret
documenta a vida da corte na
1ª. Fase e depois saiu às ruas
para documentar através de
seu pincel o cotidiano na
capital federal.
21. CAUSAS DA REVOLTA PRINCIPAIS LÍDERES
Presença maciça de portugueses
na liderança do governo e na
administração pública;
Aumento dos impostos por D. João
VI para sustentar a corte.
A grande seca de 1816 que causou
graves prejuízos à agricultura e
provocou fome no nordeste.
Queda na produção do açúcar e do
algodão, que sustentavam a
economia de Pernambuco, esses
produtos começaram a sofrer
concorrência do algodão nos
Estados Unidos e do açúcar na
Jamaica.
Influências externas com a
divulgação das ideias liberais e
iluministas, que estimularam as
camadas populares de Pernambuco
na organização do movimento de
1817;
Teotônio Jorge, padre
Pedro
de Souza Tenório, Antônio
Henriques, José de Barros
Lima, entre outros.
Bandeira da Revolução Pernambucana
22. A TOMADA DO PODER O GOVERNO PROVISÓRIO
O movimento iniciou com
ocupação do Recife, em 6
de março de 1817.
Foi liderado por Domingos
José Martins, com o apoio
de Antônio Carlos de
Andrada e Silva e de Frei
Caneca.
O governador de
Pernambuco, Caetano
Pinto, deu ordens às tropas
para prender os revoltosos
que resisitiram à prisão
matando os militares que
tentaram dominá-los.
O governador fugiu do
palácio, mas foi preso pelos
rebeldes no Forte Brum
pouco tempo depois.
Os rebeldes tomaram o
poder e constituíram o
governo provisório
Em 29 de março foi convocada uma
assembléia constituinte, com
representantes eleitos em todas as
comarcas.
Foi estabelecida a separação entre os
poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário;
O catolicismo foi mantido como religião
oficial, porém havia liberdade de culto ( o
livre exercício de todas as religiões );
Foi proclamada a liberdade de imprensa
(uma grande novidade no Brasil);
Foram abolidos alguns impostos;
A escravidão entretanto foi mantida, pois
não queriam se indispor com os
latifundiários, diziam que a abolição seria
lenta e gradual.
À medida que o calor das discussões e
da revolta contra a opressão portuguesa
aumentava, crescia, também, o
sentimento de patriotismo dos
pernambucanos, ao ponto de passarem a
usar nas missas a aguardente (em lugar
do vinho) e a hóstia feita de mandioca
(em lugar do trigo), como forma de
marcar a sua identidade.
23. EXPANSÃO DO MOVIMENTO AUXÍLIO EXTERNO
Na Paraíba formou-se
um governo
revolucionário que
também se declarou
independente de
Portugal
No Rio Grande do Norte,
o movimento conseguiu
a adesão do proprietário
de um grande engenho
de açúcar, André de
Albuquerque Maranhão,
que depois de prender o
governador, José Inácio
Borges, ocupou Natal e
formou uma junta
governativa, porém não
despertou o interesse da
população e foi tirado do
poder em poucos dias.
Em maio de 1817, Antônio Gonçalves
Cruz, o Cruz Cabugá, desembarcou
na Filadélfia com 800 mil dólares na
bagagem com três missões:
01. Comprar armas para combater as
tropas de D. João VI.
02. Convencer o governo americano a
apoiar a criação de uma república
independente no Nordeste brasileiro.
03. Recrutar alguns antigos
revolucionários franceses exilados
em território americano para, com a
ajuda deles, libertar Napoleão
Bonaparte, exilado na Ilha de Santa
Helena, que seria transportado ao
Recife, onde comandaria a revolução
pernambucana.
Depois retornando a Paris para
reassumir o trono de imperador da
França.
24. REPRESSÃO AO MOVIMENTO AS CONDENAÇÕES
Tropas enviadas da Bahia avançaram
pelo sertão pernambucano, enquanto
uma força naval, despachada do Rio
de Janeiro, bloqueou o porto do
Recife.
Em poucos dias 8000 homens
cercavam a província.
No interior, a batalha decisiva foi
travada na localidade de Ipojuca.
Derrotados, os revolucionários
tiveram de recuar em direção ao
Recife.
Em 19 de maio as tropas
portuguesas entraram no Recife e
encontraram a cidade abandonada e
sem defesa.
O governo provisório, isolado, se
rendeu no dia seguinte.
Seguiram-se nove meses de
prisões, julgamentos e
execuções.
Um ano depois todos os
revoltosos foram anistiados,
e apenas quatro haviam sido
executados.
• A Revolução Pernambucana
foi a única rebelião anterior à
independência política do
Brasil que ultrapassou a fase
da conspiração.
• Os rebeldes ficaram no
poder por 75 dias, de 6 de
maio a 19 de maio de 1817.
25. BATALHA TRAVADA NA REVOLUÇÃO
PERNAMBUCANA
EXECUÇÃO DE LÍDERES DA
REVOLUÇÃO
26. A REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO (1820) E O
RETORNO DA CORTE PARA PORTUGAL
Proclamado rei com o nome de D. João VI em 1818 devido
à morte de sua mãe, D. João continuava no Brasil,
enquanto Portugal passava por dificuldades.
Com a expulsão das tropas francesas, o governo
português ficou a cargo do inglês William Carr Beresford.
Essa situação de submissão ao general inglês provocou
revolta.
Em 1820, a guarnição do militar do Porto rebelou-se contra
o governo inglês e, no dia 15 de agosto a rebelião chegou
a Lisboa.
As lideranças constituíram um governo provisório, que
convocou as Cortes de Lisboa (Parlamento) para votar
uma Constituição e criar uma monarquia constitucional.
Diante desses acontecimentos D. João foi obrigado a
retornar a Portugal, fato ocorrido no dia 26 de abril de
1821.
27. A REGÊNCIA DE D. PEDRO
D. Pedro ficou governando
o Brasil como príncipe
regente acreditando que a
unidade da monarquia
portuguesa seria mantida.
As Cortes de Lisboa
pretendiam recolonizar o
Brasil, pois era
praticamente a única
colônia que gerava lucros.
Para isso restringiram a
autonomia administrativa,
enfraquecendo a autoridade
de D. Pedro, e depois
passam a exigir seu retorno
a Portugal.
Organizaram em torno de
D. Pedro os latifundiários
e os comerciantes que
temiam ter seus negócios
prejudicados, dando-lhe
apoio para resistir e
desobedecer as ordens
que chegavam de Lisboa.
Surgiu o partido Brasileiro
(José Bonifácio, Cipriano
Barata e Gonçalves
Ledo), que se uniram
momentaneamente para
enfrentar as Cortes e seu
projeto de recolonizar o
Brasil.
28. O DIA DO FICO
O Partido Brasileiro elaborou
um documento que reuniu 8
mil assinaturas, pedindo que
D. Pedro ficasse no Brasil.
Ao receber o documento no
dia 9 de janeiro de 1822,
declarou:
“Como é para o bem de todos e
felicidade geral da nação,
estou pronto: diga ao povo
que fico.”
Esse dia ficou conhecido como
o “Dia do Fico”, D. Pedro
permaneceu no Brasil e
decretou que as ordens vindas
de Lisboa só seriam cumpridas
mediante sua autorização,
ERA O CUMPRA-SE.
30. PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que
desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a
independência do Brasil.
D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de
Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino.
O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para
acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos
acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma
desestabilização social.
Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que
anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a
metrópole.
Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em
viagem de Santos para São Paulo.
Próximo ao riacho do Ipiranga, recebeu cartas de D. Leopoldina e José
Bonifácio que o aconselhava a proclamar a independência, diante disso,
levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !".
Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência
do Brasil.
No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.