Movimentos Nativistas:
Aclamação de Amador Bueno;
Revolta de Beckman;
Guerra dos Emboabas;
Guerra dos Mascates;
Revolta de Filipe dos Santos;
Movimentos Emancipacionistas:
Inconfidência Mineira;
Conjuração Baiana;
Revolução Pernambucana.
2. Movimentos Nativistas – A partirMovimentos Nativistas – A partir
do séc. XVIdo séc. XVI
● Movimentos de contestação ao domínio português e ao
aumento da opressão metropolitana
● Reações de de descontentamento entre os colonos atingidos
por tais medidas
● Movimentos localizados, voltados à resolução de aspectos
isolados da relação metrópole-colônia.
● Não possuem a dimensão de uma contestação ao domínio
metropolitano como um todo e sem que forjasse a ideia de
uma nação (que, no caso, seria toda a colônia.)
3. Aclamação de Amador Bueno –Aclamação de Amador Bueno –
1641 – São Paulo1641 – São Paulo
● Ocorrida um ano após o fim da União Ibérica.
● Escravização indígena aumentado substancialmente no período de
dominação espanhola.
● Jesuítas enviados à capitania de São Vincente.
● “Botada dos padres fora”: reação dos bandeirantes paulistas,
expulsando os jesuítas.
● Aclamação de um comerciante de origem espanhola como “Rei
de São Paulo”, alardeando sua ruptura com Portugal.
● Amador Bueno recusou o título fugindo por três dias dos
manifestantes.
4. Revolta de Beckman – 1684 -Revolta de Beckman – 1684 -
MaranhãoMaranhão
● Criação da Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, em 1982, cujo
objetivo era monopolizar as drogas do sertão.
● Presença de jesuítas, os quais, com o apoio da coroa, impediam a escravização do
índio.
● A companhia do comércio vendia produtos europeus a um preço altíssimo e pagava
valores insignificantes pela produção local.
● Os revoltosos, sob a liderança de Manuel Beckman, ocuparam a cidade de São
Luís, expulsaram os representantes da companhia de comércio e os jesuítas e
instituíram um governo próprio.
● Envio do emissário Thomas Beckman para afirmar lealdade ao rei.
5. Guerra dos Emboabas – MinasGuerra dos Emboabas – Minas
Gerais – 1708 e 1709Gerais – 1708 e 1709
● Conflito envolvendo bandeirantes paulistas de um lado e portugueses de
outro, na disputa pelo domínio das áreas coloniais.
● As jazidas haviam sido descobertas por paulistas, os quais se
consideravam os proprietários da região e que, ao mesmo tempo, os
portugueses contavam com o apoio das autoridades metropolitanas.
● Principal luta ocorreu no chamado Capão da Traição, onde mais de 300
paulistas foram massacrados.
● A intervenção das autoridades portuguesas, assim como a descoberta do
ouro em Goiás e Mato Grosso, atraindo os bandeirantes para essas
regiões, contribuíram para o fim dos conflitos.
6. Guerra dos Mascates –Guerra dos Mascates –
Pernambuco - 1710 e 1711Pernambuco - 1710 e 1711
● A mais violenta e significativa de todas as revoltas nativistas
● Decadência da economia pernambucana (desde a expulsão dos holandeses)
● A aristocracia, empobrecida, mantinha o domínio político da região através da Câmara
Municipal de Olinda, a qual detinha o controle do porto do Recife.
● - Conquista da emancipação de Recife, através de Carta Régia de 1709, que passou a ser
vila independente, conquistando autonomia política com relação à Olinda. A aristocracia
rural de Olinda temia que Recife, além de ser o centro econômico, passasse a ser
também o centro político de Pernambuco.
● Inconformados, os olindeses invadiram Recife, dando origem a guerra. Com a
intervenção de Portugal, a guerra terminou em 1711.
● Todos os revoltosos foram anistiados, mas Recife manteve sua autonomia e foi
transformada em sede administrativa da Capitania.
7. Revolta de Filipe dos Santos –Revolta de Filipe dos Santos –
Vila Rica - 1720Vila Rica - 1720
● Reação aos excessos fiscalistas que incidiam sobre a mineração.
● A situação foi agravada quando, em 1719, o governo proibiu a circulação do
ouro em pó, instituindo a obrigatoriedade de que todo o ouro obtido fosse
entregue às Casas de Fundição.
● Mais de 20000 mineradores se rebelaram contra a medida. Passaram a
pressionar o intendente de Minas Gerais, o conde de Assumar, exigindo também
o fim de vários impostos que incidiam sobre a atividade econômica.
● Sem tropas que permitissem conter os revoltosos, Assumar adotou a posição de
tentar negociar e garantir-lhes a simpatia, acenando com o atendimento de todas
as reivindicações.
● Logo que conseguiu reunir um contingente suficiente de homens, Assumar
atacou os revoltosos, prendendo todos os líderes. Felipe dos Santos, um deles,
foi enforcado e esquartejado, como forma de atemorizar a população.
9. Inconfidência Mineira – 1789Inconfidência Mineira – 1789
● Organizada, inicialmente, contra a derrama e o arrocho na
região das minas. Tratava-se, a princípio, de uma
articulação de intelectuais, entre eles Cláudio Manuel da
Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto, Tomás Antonio
Gonzaga, os padres José de Oliveira Rolim, Carlos
Correia de Toledo e Manuel Rodrigues da Costa, além de
Joaquim Maia, o qual buscou contato com Thomas
Jefferson, líder do processo de independência das colônias
inglesas da América do Norte, e José Álvares Maciel, o
qual buscou o apoio dos comerciantes ingleses à rebelião.
10. ● Em contraponto com o caráter de elite dos outros
líderes, a figura do alferes Joaquim José da Silva
Xavier, conhecido como Tiradentes, ganhava um papel
fundamental. Ele seria o elemento de ligação entre ps
ideais dessa elite intelectualizada e os setores populares,
dos quais a elite precisava para atingir seus objetivos.
● Objetivos difusos e mal definidos.
● Intenção de proclamação de uma república nas Gerais
(depoimentos dos réus)
●
11. ● As ideias avançadas da República e liberdade apareciam como
forma de se livrar da opressão feita pelo absolutismo e pelo
colonialismo, buscando filiação com as luzes europeias.
● O plano era se aproveitar da indignação da população,
causada pela derrama, para desencadear um movimento
insurrecional com vistas à tomada do poder. Entretanto, o
movimento foi denunciado por alguns de seus participantes
em troca do perdão de suas dívidas, delatando os planos dos
revoltosos ao Visconde de Barbacena, o intendente das minas.
12. ● Os inconfidentes nem chegaram a por em prática os seus
planos, pois o governador suspendeu a derrama e
ordenou as prisões dos revolucionários. Foram todos
julgados e Tiradentes foi levado ao RJ e condenado à
forca. Os demais líderes foram condenados ao desterro,
sendo que Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão
antes do julgamento, tendo-se suicidado, segundo a
versão oficial.
● Foi um movimento que, mais uma vez, passava distante
de qualquer reivindicação popular.
13. A Conjuração Baiana - 1798A Conjuração Baiana - 1798
● Conhecida também como Conjuração dos Alfaiates.
● Movimento de características essencialmente populares,
contando com a participação e liderança de escravos, mulatos
e setores livres urbanos de baixa renda.
● Transferência da capital para o RJ, esvaziando
economicamente Salvador.
● Ideias básicas, em tese, são as mesmas da Inconfidência
Mineira, ou seja, as do Iluminismo europeu. Por outro lado,
houve movimentos que superaram em muito as concepções
burguesas.
14. ● Houve a participação de setores da elite baiana, num primeiro
momento. Entretanto, os membros da elite, os quais buscavam
limitar as propostas de transformações sociais, viram-se
isolados, retirando-se da articulação.
● Atraíram o apoio dos setores populares urbanos de Salvador
por suas ideias: a República, a libertação em relação a
Portugal, a democracia, o aumento dos salários, a liberdade de
comércio, além do fim da escravidão e da abolição de todas as
formas de preconceito.
15. ● A revolta em 12/08/1798, com os revoltosos espalhando-
se pela cidade de Salvador. Entretanto, foi denunciada
antecipadamente por alguns traidores, sofrendo pronta
repressão das autoridades, as quais sabiam inclusive
quem eram os cabeças.
● Com as prisões e assassinatos, o movimento foi
totalmente derrotado. Após um ano de prisões e
julgamentos, as penas começaram a ser divulgadas em
1799, sendo os mais pobres enforcados e esquartejados.
16. A Revolução Pernambucana deA Revolução Pernambucana de
18171817
● Coroa portuguesa sediada no RJ, com o Brasil convertendo-se em sede da
monarquia.
● Decadência econômica no Nordeste e agravando-se cada vez mais.
● Guerra de Portugal contra a França, contribuindo para acentuar a crise, uma
vez que a França era um dos compradores do açúcar nordestino.
● Domingos José Martins, João Ribeiro e Miguel Joaquim de Almeida Castro
entre os líderes. Apoio também dos militares, tendo o movimento a força
necessária para derrubar o governo, implantar um novo governo
republicano, decretar a extinção dos impostos, a liberdade de imprensa e de
religião e a igualdade entre os cidadãos.
17. ● Estabeleceram-se contatos com os governos dos EUA e
da Inglaterra, buscando, sem sucesso, o reconhecimento
político. Ao mesmo tempo, ganhavam a adesão dos
revoltosos da Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas.
● O movimento, contudo, procurou não romper com os
interesses da elite agrária. Assim, a Lei Orgânica, um
esboço de uma Constituição para o movimento,
assegurava, entre outras coisas, a propriedade privada,
inclusive de escravos.
18. ● Repressão violenta, tendo todos os líderes presos,
além de mais de duzentos participantes. O padre
Miguel Joaquim de Almeida Castro, conhecido
como padre Miguelinho, foi executado, a exemplo
das lideranças carismáticas dos demais movimentos
emancipacionistas.
19. ●Entretanto, a repressão ao movimento não
conseguiu sufocar as ideias revolucionárias
e separatistas. Elas voltariam a ganhar
forma sete anos depois, na mesma região,
em um movimento que se alastrou por todo
o Nordeste e que se constituiu no maior
elemento de oposição política ao governo
de d. Pedro no Brasil recém-separado de
Portugal.